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Este documento discute (1) o efeito pelicular em condutores elétricos, onde a corrente se concentra na superfície do condutor em altas frequências, (2) a importância do isolamento correto para suportar o gradiente de tensão, e (3) a necessidade de terminações apropriadas em cabos para evitar danos à isolação.
Este documento discute (1) o efeito pelicular em condutores elétricos, onde a corrente se concentra na superfície do condutor em altas frequências, (2) a importância do isolamento correto para suportar o gradiente de tensão, e (3) a necessidade de terminações apropriadas em cabos para evitar danos à isolação.
Este documento discute (1) o efeito pelicular em condutores elétricos, onde a corrente se concentra na superfície do condutor em altas frequências, (2) a importância do isolamento correto para suportar o gradiente de tensão, e (3) a necessidade de terminações apropriadas em cabos para evitar danos à isolação.
Resumo- O presente documento apresenta uma breve explana- A Figura 1 ilustra o comportamento e a interao entre os o sobre o efeito pelicular de uma maneira intuitiva, utili- campos eltrico e magntico, bem como o sentido da corren- zando de conceitos comuns, porm sem apresentar comprova- te J num dado momento, em um certo condutor cilndrico. o matemtica da teoria apresentada. Apresentar-se- ainda Quanto maior a freqncia da onda, maior ser a concen- informaes sobre a necessidade de corretas terminaes em trao da corrente na superfcie. Alm disto, a resistncia cabos de mdia e alta tenses. eltrica do condutor, suas dimenses e forma geomtrica tambm influenciam na distribuio da mesma. Palavras-chaveCondutores eltricos; Efeito Pelicular; Skin effect; Muflas terminais; Isolantes. B. Isolantes I. INTRODUO Conforme j foi exposto, o isolamento separa o condutor Um tpico pouco discutido nas cadeiras de Engenharia (alta tenso) da blindagem (zero-volt). Teremos portanto um Eltrica o Efeito Pelicular. Este trabalho ir explicar este gradiente de tenso com valor mximo na superfcie do con- efeito, tambm conhecido como Efeito Kelvin ou Skin Effect, dutor e mnimo no exterior do isolante. em um condutor cilndrico. Como este documento objetiva a compreenso acadmica, o autor optou por omitir a compro- vao matemtica, que pode ser encontrada no trabalho indi- cado nas referncias bibliogrficas. Ser tratada a necessida- de de corretas terminaes em cabos de mdia e alta tenses, para evitar-se danos isolao. Alm disto, ser discutido brevemente sobre problemas de qualidade no material utili- zado para isolao em cabos, como bolhas ou elementos estranhos.
II. DISCUSSO SOBRE CONDUTORES ELTRICOS
A. Efeito Pelicular Figura 2. Distribuio das linhas de campo
Quando aplicamos uma corrente constante a um condutor eltrico, esta ir se distribuir uniformemente por todo o di- O isolante deve ser escolhido de maneira a suportar o m- metro do mesmo. Agora, se a fonte fornecer uma tenso se- ximo gradiente de tenso ao qual ele estar submetido (em noidal, de uma dada freqncia f, teremos uma maior densi- kV/mm), porm alguns problemas de qualidade na produo dade de corrente na regio superficial do condutor. Este fe- do material podem surgir. nmeno o Efeito Pelicular. Uma bolha no isolamento pode apresentar um enorme ris- Isto ocorre pois a corrente circulando no condutor, com co, pois sua rigidez dieltrica inferior do isolante. Como um sentido J, gera um campo explanado anteriormente, o gradiente de tenso depende do magntico B por induo. raio, e a bolha estar exposta ao mesmo gradiente de tenso Este, por sua vez, cria um que o isolamento e ela no poder suporta-lo. campo eltrico E. Dada a ori- Ocorrer uma chamada descarga parcial, que levar for- entao do campo eltrico, mao de O3 dentro da bolha, pois ela formada por gases ele ir reduzir a intensidade atmosfricos. da corrente no centro do Em um segundo momento, com o calor e somado aos ga- condutor e aumentar na su- ses presentes, surgir cido ntrico (HNO3): a isolao ir se perfcie, causando o Skin deteriorar at chegar ruptura. Effect. Em corrente contnua este C. Terminaes fenmeno no ocorre, j que Para explicar a necessidade da utilizao de terminaes, no j variao dos campos
Figura 1 2
importante primeiro ilustrar como formado um cabo de m- o est exemplificada na figura 5.
dia ou alta tenso.
No interior ele possui os condutores, envoltos por uma
camada semicondutora que torna as linhas equipotenciais circulares. Aps isto, temos a isolao e finalmente a blinda- gem eletrosttica. Esta montagem est exemplificada na Figu-
Figura 5. Deflexo das linhas de campo com termocon-
trteis
III. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
[1] R. Robert, "On the Skin Effect" Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, pp. 285-289, Junho. 2000. [2] J. Mamede Filho, Manual de Equipamentos Eltricos, vol. I. Rio de Janeiro: LTC Livros Tcnicos e Cientficos S.A, 1994, cap. 3 ra 3. [3] E. M. Rezende, Materiais Usados em Eletrotcnica, vol. nico, Figura 3. Cabo de mdia e alta tenses Rio de Janeiro: Livraria Intercincia Ltda., 1977, cap. 14. [4] BOYLESTAD R. L., Introduo Anlise de Circuitos, Prenti- Desta forma, temos que a isolao separa a tenso do ce-Hall do Brasil Ltda, Rio de Janeiro (1998), p.389. cabo do zero-volt Quando um cabo secionado para uma emenda ou juno, com o corte da blindagem do mesmo, ocorre que as linhas de campo convergem para a extremidade da blindagem. ne- cessrio ento, reduzir o gradiente de tenso, pois de outra forma teremos vrios milhares de volts separados por alguns milmetros de ar. O ar normalmente est contaminado por resduos que faro que um arco de fogo se forme, danifican- do a isolao. Uma maneira de se fazer isto, utilizando um cone de de- flexo: ele consiste basicamente no aumento da espessura da isolao, partir da blindagem eletrosttica at determinado ponto da extremidade do cabo.
Figura 4. Exemplo de cone de Deflexo
Outra opo disponvel a utilizao de materiais termo-
contrteis, para distribuir melhor o campo eltrico. O resulta- do obtido semelhante ao das muflas terminais e sua aplica-