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A PRODUCAO SOCIAL DO ESPAÇO URBANO

Mark Gottidiener

Objetivo: Apresentar a perspectiva da produção do espaço, e procura desenvolver uma


análise mais ampla sobre as transformações no espaço urbano, considerando as
múltiplas inter-relações entre Estado e sociedade, e a intersecção com a política e a
economia, no intuito de compreender as diferenças e desigualdades socioespaciais que
se manifestam nesse espaço.

Propõe superar os paradigmas e teorias urbanas,que sao


insuficientes para explicar a organização espacial contemporânea e
propoe uma abordagem da producao social do espaço.

• Porque estas restringirem-se ao estudo da morfologia e não


contemplarem a organização social que pode produzir, manter
e até reproduzir os padrões de usos da terra.

• Geralmente nas pesquisas urbanas o estudo dos problemas econômicos, políticos


e sociais são dominados por uma perspectiva espacial básica, pautada na análise
dos padrões de localização.

• Apresenta as idéias e limitações das abordagens da Ecologia, Geografia e


Economia Urbana, que dominam os estudos acadêmicos urbanos nos Estados
Unidos: o estruturalismo marxista, a economia política urbana, o
neoweberianismo e a perspectiva de produção do espaço.

As limitações das abordagens convencionais são apontadas desde a perspectiva


marxista crítica

• Embora a encare como mais adequada para interpretar os padrões de


desenvolvimento urbano, o autor, também, ressalta seus limites:

1. Incapacidade de escapar dos viés analíticos que privilegiam o


crescimento econômico.

2. O espaço social, assim, seria visto como um mero receptáculo de


processos econômicos e políticos mais gerais.

3. Defende a construção de uma política pública urbana


preocupada com ações sociais transformadoras e não
apenas com a identificação da qualidade de vida
comunitária, bem como com o crescimento econômico.

Texto: no debate sobre a teoria do espaço apresenta a argumentação de Castells em


contraposição a Lefebvre, sendo que os dois propunham uma concepção mais global da
articulação entre sociedade e espaço embora com epistemologias diferentes.

Castells considera o espaço um produto material de uma dada formação social, e critica
a Escola de Chicago pelo “organicismo revolucionário”.

Sua abordagem consiste em especificar uma teoria geral da organização social, na


medida em que ela se articula com o espaço, não existiria uma teoria específica, mas um
desdobramento e especificação da teoria da estrutura social.

Castells afirma a teoria althusseriana da estrutura social para explicar as formas


espaciais, defendendo que se deve aplicar a estrutura economia, política, ideologia, não
ao sistema social como um todo, como o fez Althusser, mas ao sistema urbano.

Para Castells- a estrutura econômica seria o principal elo conceitual de uma


teoria do espaço, rejeitando a unidade ideológica e a estrutura política, pois a
organização espacial tornou-se cada vez mais produto dos processos econômicos
que políticos.

A dificuldade, segundo Gottdiener, em relação à teoria de Castells é sua insistência


em conservar o termo “urbano” na análise e sua definição da cidade como uma
unidade espacial de reprodução da força de trabalho.

Gottdiener assinala que Lefebvre trabalha na perspectiva da produção do espaço, e que


para ele o aspecto teórico mais importante seria a natureza multifacetada do espaço, que
não poderia ser reduzido a uma localização ou às relações sociais da posse de
propriedade, mas deveria ser considerado como local da ação e da possibilidade social.

Gottdiener destaca que Lefebvre propõe uma estratégia de libertação, que não implica
em substituir a luta de classes por outro tipo de luta, mas complementá-la, além de
enfatizar a importância de produzir um espaço em concomitância com a ação radical.

Texto: “Além da Economia Política Marxista, a fórmula da trindade e a análise do


espaço”, Gottdiener aponta que as abordagens marxistas negligenciaram o espaço
em favor da temporalidade e que para estudar a interconexão entre espaço/tempo,
atividades sociais e as relações sociais seria necessário ir além das categorias
analíticas marxistas.

Em seu entender os defensores do marxismo distanciaram-se das análises


convencionais, ao afirmarem que a contribuição fundamental de Marx foi entender, por
meio de Hegel, que as aparências, empiricamente observadas, constituíam reflexões
epifenomenais de relações sociais subjacentes e invisíveis.

A maioria dos economistas políticos marxistas não se dissociou do pensamento


positivista, por associar causas distintas à determinação de eventos superficiais.
Gottdiener analisa, também nesse capítulo, o conflito de classes, o espaço, a
natureza das classes de moradia, o valor da terra e o papel do espaço na
acumulação do capital.

A análise econômica não pode ser marxista, se não considerar a natureza social do
capitalismo, pois as categorias marxistas são ao mesmo tempo econômicas, sociais e
políticas.

A perspectiva analítica da produção do espaço compreenderia a organização


socioespacial não como uma estrutura conceitual ultrapassada das formas espaciais da
cidade, mas como conseqüência direta das relações entre processos econômicos,
políticos e culturais.

Para se entender a produção do espaço seria necessária uma abordagem sintética


que fosse além dos dois pólos da estrutura e ação, para uni-los em uma explicação
da articulação entre a sociedade e o espaço.

As formas espaciais, segundo o autor, seriam produzidas pelo que denomina


articulação entre estruturas capitalistas tardias e ações do setor da propriedade,
especialmente os efeitos dos grupos escolhidos e do Estado, na canalização do fluxo de
desenvolvimento social para lugares e modelos específicos.

O VALOR DA TERRA

O autor propõe uma abordagem alternativa, onde o mais importante é analisar a maneira
como as relações capitalistas de produção atuam para estruturar a organização sócio-
espacial, entendendo o processo pelo qual o próprio espaço é produzido pelo
capitalismo.

O que é importante é perceber como a lei do valor no espaço é estruturada e manipulada


pela classe capitalista e suas relações sociais.

Onde o mais importante não é fracionar para entender e sim discutir a própria lógica do
capitalismo.

É claro que o preço da terra e a renda tem um forte efeito sobre a forma urbana, mas é
preciso distinguir entre o papel da terra na produção de bens e serviços e seu papel
como meio direto de adquirir riqueza.
O valor da terra urbana é social

Utilizando Lefebrve na analise propõe que substitua:

• Analise da terra per se para a dos bens imóveis-


• bens imóveis é o meio ambiente espacial- constitui a terra desenvolvida e não
desenvolvida ( as estruturas edificadas sobre a terra e as melhorias de infra-
estrutura de portos, estradas, linhas de servico público, calcamento que
circundam essas estruturas, as quais são fornecidas por um mercado imobiliário
especifico.

• O mercado imobiliário é o mecanismo mediador do processo de acumulação de


capital que traduz os valores de uso produzidos pela matriz espacial das
atividades de acumulação de capital em valores de troca de mercadoria
refletidos no preço do bem imóvel.

Para entender que o valor da terra urbana é produzida socialmente ele apresenta uma
complexidade e um conjunto de escolhas analíticas, baseando-se em Lefebrve:
• O ambiente construído já existe em algum período, ele apresenta ao mesmo
tempo uma barreira ao uso e uma potencialidade de uso.
• Analisar os modos como se remove essa barreira e novos interesses de
investimentos impregnam os velhos- a forma de controle dos usos da terra, da
relação capital e trabalho
• Entender a determinação da lei do valor do ambiente construído exige que se
examine o papel do espaço nas relações capitalistas de produção e reprodução.

Conclusões:

Ao analisar o mercado da terra urbana deve-se focalizar na distribuição da mais –


valia pela industria imobiliária- a atuação, no espaço, das relações capitalistas
tardias- e nao a determinação do preço da terra.

Mostrar como a lei do valor no espaço é estruturada e manipulada pela classe


capitalista e suas relações sociais, pra produzir renda absoluta, renda de
monopólio dentro da metrópole.

A base social dessa lei do valor significa que os valores da terra urbana podem ser
criações tanto de fatores culturais, políticos como econômicos.

No caso do valor da terra o importante não é determinar seu preço por uma
analise econômica, mas como avaliar que, sob a natureza contraditória das
relações capitalistas de produção, o valor da terra urbana é desnecessariamente
alto e é produzido socialmente.

Espaço e acumulação de capital

Objetivo: Entender o papel contraditório da propriedade no processo de acumulação de


capital.

Lefebrve e o mercado imobiliário- ver a terra como oferta , de bens imóveis


sustentados pelo Estado, em função do nivel de organizacao social e de suas
necessidades em termos de localizacao e com um retorno- o lucro.

A principal contribuição de Lefebrve: o papel do mercado imobiliário no processo de


acumulação de capital- chamado por ele de setor secundário de investimento, ligado à
oferta.

É esse “circuito paralelo” à produção industrial que encarna a contradição da renda do


capital com a moderna propriedade fundiária, que explica porque os bens imóveis e a
moradia são tão caros e nos ajuda a compreeender o processo de acumulação no
espaço.

Lefebrve- O circuito secundário produz mais-valia.

O papel do circuito secundário é importante porque ele introduz uma abordagem


espacial da acumulação de capital. Ou seja, leva a analise para fora das fabricas e das
salas de contabilidade da industria e a introduz no espaço do ambiente construído, que
contem as estruturas e suas relações sociais

Harvey – mostrou que o melhoramento no ambiente construído torna, ao mesmo tempo


a produção mais produtiva em períodos futuros e estimula o consumo a satisfazer as
necessidades do espaço social recém-desenhado. Isso enfatiza muito mais o papel da
formação de capital através da circulação de mais-valia ao que sua criação direta
mediante o trabalho.

A disposição espacial de fabricas e mercados e os elos de comunicação entre eles


constitui uma forca de produção, e o espaço faz parte das condições gerais de produção
e não apenas da circulação, como dizem os economistas políticos marxistas.

A análise da produção do espaço no processo de acumulação envolve duas questões


principais:

• O circuito secundário pode tirar investimento do circuito primário


• É preciso esclarecer se esse circuito é sempre o local da formação de capital.

Há inúmeras formas de se investir na terra, e qualquer um que disponha de uma reserva


de dinheiro, independente da posição de classe, pode participar do mercado imobiliário,
isso não quer dizer que todos aqueles que investem na terra, obtenham lucro.
As frações organizadas em torno do interesse imobiliario tornam o conflito
socioespacial uma coisa complexa, alem disso o padrão desordenado do circuito
secundário exacerba os problemas vinculados à atividade de investimento no circuito
primário e contribui para as oscilações do bem estar econômico. Ele ajuda a produzir
conflitos socioespaciais que não podem ser descartados como simples deslocamentos de
lutas de classes, como ambientalismo, ativismos de classes, movimentos de não-
crescimento e lobbies de organização em torno de reformas no uso da terra.

Em oposição à economia política marxista, o investimento no setor imobiliário


representa uma saída para a formação de capital, mas não é sempre assim- o
desenvolvimento improdutivo do ambiente construído pode realmente contribuir para
elevar os custos no circuito primário da produção.

É essa a contradição fundamental que exacerba as crises de acumulação do capitalismo


e faz com que a situação insalubre exija mais intervenção do Estado do que a teoria da
desvalorização proposta por Harvey.

O Estado aumenta as oscilações na atividade de investimento esses ciclos explicam a


forma desigual como desenvolveu o ambiente construído. O que eles não explicam é a
forma particular que o espaço assume.

Portanto, é preciso compreender as forças monopolistas que moldam o espaço de


assentamento, especialmente no uso do espaço abstrato pelo Estado e pela economia.

O planejamento não é neutro.

O Estado somente regula? Não cumpre o papel de assegurar os interesses de classe


e reproduzir um modo de producao dominante.

A ação do estado sobre o urbano-

Reforma urbana- um dos objetivos específicos para Coibir a especulação


imobiliária um dos instrumentos são o parcelamento e a edificação compulsória.

Novas forca sociais que lutam no sentido de alterar as forças políticas

O município pela política urbana( cidade)

A política de des urbano- objetivo ordenar o pleno desenv da cidade

A Constituiçao é um avanço,todos os instrumentos são avançados nos marcos


legais, no entanto o limite esta no porque instituiu direitos e diretrizes não esta
capacitado em termos políticos e institucional.
Poder publico institui direitos, as diretrizes e instrumentos de intervenção urbana
a partir da const federal no cap da reforma urbana-182

Limitação: a ausência de um poder publico capacitado em termos políticos e


institucionais- porque as relações de poder no âmbito da cidade ainda são
clientelistas, fisiológicas. As relações de poder são incompatíveis c a agenda.

O PP na maioria das cidade snão dispõe de corpo técnico e qdo tem é tecnocrata.

O ideário da reforma urbana é democrático que pode ser viabilizado a partir de


um conjunto articulado de ações, envolvendo todos os segmentos da sociedade
através de um pactuacao de interesses do espaço publico no espaço publico.

Tempos diferentes- O tempo do projeto político é incompatível com o tempo


necessário para assegurar o direito à cidade.

Os governantes , tomados pela necessidade de reproduzir o seu poder eles não


investem em aspectos fundamentais para garantir o direito a cidade como:

Dialogo intenso e extenso com a população, pelo se utilizam intencionalmente dos


instrumentos como a consulta popular;

Não investem no amadurecimento de processos sociais

- os governos tem dia e hora para acabar e precisa mostrar sua cara criar uma
marca uma cor, ter visibilidade com grandes empreendimentos

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