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ECOBAIRRO
JARDIM CAMPO BELO
CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UM PONTO ARTICULADOR DA REDE TÉCNICA AMBIENTAL URBANA
1
DIRETRIZES PROJETUAIS •83
5
1.1.INTRODUÇÃO • 4 5.1.O ECOBAIRRO • 84
1.2.OBJETIVOS • 5 5.2.AS REDES TÉCNICAS AMBIENTAIS URBANAS • 86
1.3.MOTIVAÇÃO • 7 5.3.DIRETRIZES PROJETUAIS • 89
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA •9
2
5.4.PROGRAMA DE NECESSIDADES • 97
2.1.TERRITÓRIO E ESPAÇO URBANO • 10 5.5.POTENCIALIDADES E PROPOSTAS •103
O PROJETO •121
6
2.2.AMBIENTE URBANO E SUSTENTABILIDADE • 14
2.3.O SISTEMA DE REDES TÉCNICAS • 17 6.1.ENSINO: UM TRANSFORMADOR SOCIAL • 122
APRESENTAÇÃO DO LOCAL •21
3
6.2.CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO
3.1.O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO EM CAMPINAS • 22 AMBIENTAL (CPEA) • 123
3.2.SETORES DE INTERVENÇÃO • 26 6.2.1.PROGRAMA DE NECESSIDADES • 123
4
6.2.7.ESTUDO SOLAR/ BRISES • 135
4.3.ECOBAIRRO DE WUHAN • 72
4.4.PARQUE LINEAR SAGRERA • 78 ANEXOS •148
4.5. APLICAÇÃO DAS REFERÊNCIAS AO PROJETO • 81 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS •164
APRESENTAÇÃO
“A sobrevivência humana depende
de adaptarmos nossas vidas e nossas
paisagens – cidades, edifícios, estradas,
CAPÍTULO I
rios, campos, florestas – em novas
formas de vida sustentáveis, moldando
os lugares que sejam funcionais,
sustentáveis, significativos, e belos,
lugares que nos ajudem a sentir e — INTRODUÇÃO
entender a relação entre o natural e o
construído”. — OBJETIVOS
Campinas é uma cidade que teve uma urbanização impulsionada O Jardim Campo Belo é um dos bairros carentes da região, que
pelo potencial industrial, o qual provocou um crescente e desenfreado foi escolhido como objeto de estudo devido a conexão direta com o
crescimento populacional, mal planejado e marcado pela desigualdade aeroporto através do anel viário da Avenida Miguel Melhado de Campos.
socioeconômica. Logo a periferia estava ocupada pela população O bairro se caracteriza pela falta de planejamento paralelo aos benefícios
pontuais fornecidos por subsídios governamentais, como por exemplo,
Após longos anos de ocupação clandestina, sem acesso ao Segundo Teresa Salgueiro (1998), os processos que promovem
saneamento básico e com crescentes cobranças para o cumprimento uma nova organização urbana, principalmente no que se diz respeito
dos direitos sociais por parte das associações de moradores formadas a renovação de áreas degradadas, vem adquirindo cada vez mais um
pelas famílias da região, o poder público resolve se manifestar e “abrir os aspecto misto, contrariando os princípios do zoneamento funcionalista
olhos” para a imensidão de urbanização precária que se alastrou no eixo e promovendo a criação de novas centralidades, contribuindo para uma
da Rodovia Santos Dumont. Houveram alguns incentivos nas áreas de estrutura policêntrica de territórios ligados em rede. A rede, por sua vez,
educação, saúde e assistência social, porém a questão da habitabilidade é vista por Milton Santos como uma tentativa organizada de reticular o
continuou estagnada (FONSECA, 2012). espaço com o intuito de facilitar os fluxos, aumentando a mobilidade e a
funcionalidade. Dessa maneira, é possível perceber que a conectividade
Uma das regiões de destaque na beira da Rodovia Santos Dumont planejada entre espaços promove a otimização da dinâmica social em
é a macrozona 7 (Área de Influência Aeroportuária), que está prestes a relação oferta de serviços em geral.
iniciar um amplo processo de requalificação urbana devido ampliação
do Aeroporto Internacional de Viracopos, que pretende torná-lo o maior O fato é que, além da carência socioeconômica, o levantamento
da América Latina (FONSECA, 2012). Em paralelo, os bairros carentes cadastral efetuado na região de estudo Jardim Campo Belo nos
vizinhos, reconhecidos como comunidades perante o poder público há mostrou que o problema vem da base, sendo preciso em primeiro
pouco menos de 10 anos, ainda vivem em situação precária, com um lugar propor um novo desenho urbano capaz de conectar alguns
pequeno subsídio governamental através do projeto “Vip-Viracopos”. A dos núcleos já estabelecidos na região e outros com potencialidade
incompatibilidade de investimentos públicos realizados entre as regiões para desenvolvimento futuro, visando a melhoria da qualidade de
separadas pelo eixo da Rodovia Santos Dumont aumentam a amplitude vida ligada ao acesso de serviços e infraestrutura. Em paralelo a essa
da segregação social estabelecida durante os anos de ocupação proposta é preciso sempre levar em conta a questão socioambiental e
conflitante. as alternativas sustentáveis para qualquer tipo de intervenção, já que
esses são parâmetros fundamentais quando o intuito é proporcionar
Quando uma determinada área está prestes a sofrer um processo aumento na qualidade de vida das pessoas. Será em busca do bem
tão intenso de requalificação urbana, como é o caso do aeroporto, estar dos habitantes do Jardim Campo Belo e vizinhança, que este
é fundamental que as regiões vizinhas não sejam ignoradas, pois os trabalho procurará estabelecer uma rede técnica ambiental urbana com
processos urbanos não obedecem a limitantes físicas, ou seja, toda a alternativas sustentáveis para proporcionar maior oferta de serviços e
macrozona 7 sofrerá influência das obras de ampliação de Viracopos. infraestrutura urbana.
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OBJETIVOS
O espaço urbano vem sendo estudado há muitos anos em através de alternativas sustentáveis capazes de suprir a demanda de
diferentes áreas de pesquisa, pois é um tema muito importante desde infraestrutura básica presente no bairro.
a geografia até a arquitetura em suas dimensões urbanísticas. Em busca O estudo e levantamento cadastral realizado na área de estudo
de olhares alternativos para a análise desse espaço que vivenciamos - Jardim Campo Belo - possibilitou uma profunda compreensão das
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na cidade, este trabalho terá início com uma breve dissertação sobre necessidades mais urgentes da população, fatores que serviram como
território e espaço urbano segundo autores conceituados na área, condicionantes no traçado dos objetivos de projeto para a região. Dessa
como: Milton Santos, Ermínia Maricato e Flávio Villaça. Essa conceituação forma, através da análise detalhada dos loteamentos vigentes, estudando
é importante para entender o valor da integração da questão social e os “cheios e vazios”, foi possível perceber a potencialidade para a
ambiental no projeto urbano, pois só assim qualquer tipo de intervenção implantação de um sistema de redes técnicas ambientais urbanas como
proposta será completa e de acordo com a realidade do local. sistema otimizador da qualidade de vida socioambiental e econômica
Dessa maneira, fica claro que, em primeiro lugar, um dos objetivos através da conectividade planejada entre núcleos de serviços dos quais a
desse trabalho será respeitar a dinâmica social existente no Jardim Campo população sente falta.
Belo, valorizar o histórico e a identidade territorial estabelecida desde a Para a concretização de tal proposta, é considerado fundamental
ocupação e propor intervenções que apenas otimizem as relações, sem o redesenho do sistema urbano viário do Jardim Campo Belo, já que
descaracterizar o bairro e mantendo uma linguagem regional. a conexão entre os fixos se dará a partir dos fluxos, os quais também
Segundo Juan Mascaró (2001), problemas ambientais como estarão ligados aos princípios ambientais através do desenvolvimento
o efeito estufa, o deterioro da camada de ozônio, a diminuição da de greenways, parkways, greenbelt, corredores ecológicos e demais
biodiversidade e os enormes e indevidos consumos de energia, fatores infraestruturas verdes.
que influenciam diretamente na qualidade de vida dos seres humanos, Em síntese, a proposta geral desse trabalho visa estabelecer uma
são resultado do isolamento do indivíduo urbano em relação à realidade relação de respeito com a natureza, tão essencial para a sobrevivência
natural e por isso a natureza se torna um bem desconhecido e ignorado, e qualidade de vida, atingindo a equidade social, sustentabilidade
que fica em segundo plano. A urbanização não é um mal em si, o ecológica, crescimento econômico, aceitabilidade cultural e distribuição
problema está no fato de que em países em desenvolvimento, como é espacial equilibrada entre os núcleos de serviços e infraestruturas verdes
o caso do Brasil, esse processo está altamente relacionado com o índice no Jardim Campo Belo. A intensão é que, a partir do momento em que
de pobreza e limitação dos recursos naturais. Para reverter essa situação, essas famílias estarão inseridas em um ambiente urbano requalificado e
é preciso que haja a conscientização da gravidade da degradação com uma qualidade de vida superior a situação atual, seja possível um
ambiental urbana com consequente procura de estratégias alternativas melhor relacionamento da população entre si, entre o espaço urbano e
na forma de viver a cidade sem produzir um impacto tão grande ao meio entre o meio ambiente.
ambiente, além de aproximar o indivíduo e a natureza como forma de
simbiose. Por fim, pensando na permanência dos habitantes à longo prazo
no ambiente urbano requalificado, também é objetivo deste trabalho
A fim de atingir um desenvolvimento sócio ambientalmente propor um programa complementar de capacitação profissional para
sustentável no meio urbano, outro forte objetivo desse trabalho é que as pessoas possam se especializar e crescer economicamente junto
respeitar a biodiversidade local e aproximar a natureza dos habitantes com o bairro.
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OBJETIVOS 9
> GREENWAYS
DIMENSÕES MORFOLÓGICAS > GREENPARKS
FLUXOS > GREENBELTS
> REDESENHO DO SISTEMA VIÁRIO URBANO > CORREDORES ECOLÓGICOS
PARA A OTIMIZAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DAS
REDES TÉCNICAS AMBIENTAIS URBANAS
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MOTIVAÇÃO
O bairro Jardim Campo Belo teve início na primeira fase do Todo o histórico do Jardim Campo Belo está diretamente
processo de periferização da cidade de Campinas, por volta da década relacionado com as transformações de Viracopos, não é coincidência
de 1950 devido ao desenvolvimento trazido pela implementação do que a macrozona 7 tenha sido nomeada como “Área de Influência
Aeroporto de Viracopos. Segundo a Secretaria de Habitação (SEHAB), o Aeroportuária” o que faz do Campo Belo um bairro satélite do aeroporto.
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primeiro loteamento no bairro está datado em 1953. No entanto, quase Em casos como esse é fundamental que o planejamento urbano seja
30 anos depois, em 1979, a área foi declarada de interesse público pelo aprofundado afim de evitar situações de pobreza e ocupações ilegais,
Estado através do Decreto Nº 14.031 (ANEXO I) com o intuito de ampliar consequêntemente precárias.
o aeroporto.
Atualmente a região não está mais na área de interesse público,
É suposto que talvez a demora na desapropriação da região tenha porém a herança da ocupação desorganizada é marcante no bairro.
favorecido a ocupação de grupos sociais excluídos que estavam em busca Embora a área de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos
de terras fáceis, sem políticas habitacionais. Dessa maneira, a partir dos tenha sido transferida, o bairro sofrerá novas influências resultantes das
anos 80 e 90 houve um crescimento da população e de imóveis na região, obras, por isso a motivação desse trabalho está em fortalecer o Jardim
como é possível observar na tabela I-A. Campo Belo como bairro consolidado afim de promover estruturas
suficientes para a permanência da população na região, com boa
Como o loteamento completo da região não estava totalemente qualidade de vida e estabilidade suficiente para suportar os impactos
finalizado, a ocupação foi feita de forma irregular e desorganizada, sem futuros.
obedecer uma malha urbana definida e sem acesso a infra-estrutura
básica. Para atingir esses objetivos, a hipótese que será desenvolvida
nesse trabalho tem alicerces na implantação de um sistema de redes
técnicas ambientais urbanas a partir do levantamento de núcleos de
TABELA I-A | EXPANSÃO DO NÚMERO DE IMÓVEIS NA REGIÃO SUL DE serviços e lazer já consolidados no bairro e demais espaços potenciais
CAMPINAS (MACROZONAS 6 E 7) para a implementação de outros núcleos dos quais a população mais
sente falta. A partir daí será proposto um novo desenho urbano viário
Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas que permita a conexão otimizada desses fixos, sempre levando em
conta as dinâmicas sociais já existentes no local e buscando alternativas
DÉCADAS Nº DE IMÓVEIS sustentáveis em qualquer tipo de intervenção.
1951-1960 Zero
1961-1970 Zero As redes técnicas ambientais urbanas estão diretamente ligadas
1971-1980 20 com o conceito de espaço e território. Dessa forma, o entendimento
prévio desses conceitos se faz necessário para a melhor compreensão do
1981-1990 279
tema que será abordado durante esse trabalho.
1991-2000 746
2001-2004 27
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MOTIVAÇÃO 11
Segundo Oliva (2001), o espaço urbano não pode ser considerado FIGURA I-A | PROPORÇÃO ENTRE TERRENOS DENSOS E TERRENOS NÃO
um receptáculo das relações sociais, funcionando como um vazio que OCUPADOS NO JARDIM CAMPO BELO - CAMPINAS
deve ser preenchido em diferentes densidades e compartimentos
pré-estabelecidos com limites municipais e zonas urbanas. Para que Fonte: Autora
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
“É por demais sabido que a principal
forma de relação entre o homem e a
CAPÍTULO II
natureza, ou melhor, entre o homem
e o meio, é dada pela técnica. As
técnicas são um conjunto de meios
instrumentais e sociais, com os quais
o homem realiza sua vida, produz e,
ao mesmo tempo, cria espaço. Essa — TERRITÓRIO E ESPAÇO URBANO
forma de ver a técnica não é, todavia,
completamente explorada.” — AMBIENTE URBANO E SUSTENTABILIDADE
É comum relacionar a definição de espaço com as formas e seus modificação do espaço; e os fluxos, uma resultante direta ou indireta das
diferentes usos na integração da cidade, como por exemplo, as edificações, ações, que atravessam ou se instalam nos fixos, capazes de modificar seu
anéis viários, marcos geográficos, redes e equipamentos de infraestrutura significado e seu valor da mesma forma que podem ser modificados. A
e demais serviços urbanos. Esses elementos também são importantes interação entre ambos expressam a realidade geográfica, considerando
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TERRITÓRIO E ESPAÇO URBANO
Assim como o espaço, o território não se reduz a dimensão histórica e tende a uma negação da natureza natural, substituindo-a por
material, sendo também formado por uma rede de relações sociais que uma natureza inteiramente humanizada” (SANTOS, 1997:51).
se projetam no espaço. O território assume significados distintos em
cada tipo de formação sócio-espacial, podendo ser remetido a diferentes No entanto, assim como foi dito no início desse capítulo, a
tendência é o abandono das concepções que tratam o espaço apenas
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contextos e escalas, é por isso que o território está vinculado a uma série
de dimensões, tais como: dimensão física (características geológicas como um ambiente natural, passando a ser considerada uma parte
e recursos naturais), dimensão econômica (organização espacial dos integrante da realidade social, “(...)uma realidade relacional, envolvendo
sistemas sociais de produção para consumo e comércio), dimensão natureza e sociedade” (BECKER, 1993:7).
simbólica (relações culturais e afetivas de um determinado grupo com Na Constituição brasileira, o capítulo nomeado Política Urbana
um determinado local), dimensão sociopolítica (relações de hierarquia (ANEXO II) faz referência às funções sociais da cidade e da propriedade
e poder).É por isso que as diferenças e desigualdades territoriais podem urbana. Além disso, o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257 - ANEXO
ter bases tanto físicas quanto sociais, dependendo da forma como se III) determina o Município como principal responsável pela execução
inserem em estruturas mais amplas (SOUZA, 1995). da política urbana, fortalecendo o conceito de função social no espaço
Em sua dimensão simbólica, o território é suporte e produto urbano.
da formação de identidades individuais e coletivas, despertando A partir do momento em que entramos na esfera municipal, a
sentimentos de pertencimento a um local. Desse modo, nossas práticas lei máxima que regula e ordena o desenvolvimento da cidade é o Plano
cotidianas podem ser comparadas as plantas que se enraízam na terra, Diretor, o qual tem a finalidade de orientar o poder público e a iniciativa
ficando vinculada a um território no qual, no caso da experiência humana, privada na construção dos espaços urbanos e rurais, visando sempre as
com o passar do tempo vai se formando um mapeamento pessoal dos melhores condições de vida para a população. Sua elaboração deve ter
pontos de referência da região na qual se esta inserida (SÉNÉCAL, 1992). A participação do público em geral como uma tentativa de promover ações
importância de valorizar essa identidade pessoal com o território é o fato mais ligadas a realidade da vida urbana. O próximo passo então é elaborar
de que esse sentimento transforma o local em um patrimônio ideológico, o plano de ações, responsável pelo cumprimento das determinações
fator que atua positivamente no que se diz respeito a conservação e contidas no Plano Diretor. O plano de ações deve conter as estratégias
organização. É dessa forma que são estabelecidas, em diferentes escalas, que serão utilizadas pela gestão municipal para implementar o Plano
as noções de bairro, cidade e nação. Diretor de acordo com os recursos de cada Município (SONDA, S/D).
Em relação ao histórico de ocupação do território, é possível
perceber que essa identidade territorial vai se transformando de acordo
com a evolução do espaço, como diz Milton Santos: É assim que ocorre o planejamento e o gerenciamento do território
no Brasil. Porém, essa é a maneira mais eficiente?
“(...)no começo da história do homem, a configuração territorial
é simplesmente o conjunto dos complexos naturais (...), à medida que a
história vai se fazendo, a configuração territorial é dada pelas obras dos
homens: estradas, plantações, casas, ..., verdadeiras próteses. Cria-se uma
configuração territorial que é cada vez mais o resultado de uma produção
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TERRITÓRIO E ESPAÇO URBANO 17
Segundo Flávio Villaça (2005), tudo isso não passa de uma ilusão. em relação a execução ou não das obras, cabe a nós destacar o papel
O autor relata que dentre as 338 ações estratégicas e as centenas de da lei para a manutenção de poder concentrado nas cidades, refletindo
obras mencionadas no Plano Diretor, nenhuma foi sequer citada pelos e promovendo ao mesmo tempo, a desigualdade social no território
candidatos a prefeito nas últimas eleições paulistanas. A realidade é que urbano (MARICATO, 2003).
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TERRITÓRIO E ESPAÇO URBANO
Dessa forma, a partir dos anos 1980 as periferias passaram a crescer mais a de bairro, porém a perspectiva é que o sistema possa se estender para
do que os núcleos metropolitanos. as áreas vizinhas.
A ocupação desenfreada das periferias deu início as grandes Esse objetivo foi adotado por acreditar que o desenvolvimento
manchas urbanas dominadas pela pobreza, enquanto as classes mais é produto das relações sociais de qualidade. O mundo contemporâneo
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privilegiadas se adensavam no centro da cidade. O resultado é conhecido tem visto a multiplicação das redes como um bom sistema organizacional
até hoje: exclusão social, segregação urbana, desigualdade, falta de efetivo, pois é um fenômeno não-vertical e não-centralizado, fato que
acesso a serviços e infraestrutura urbana, ilegalidade, etc. permite a participação de diversos núcleos autônomos capazes de tomar
iniciativas. O fluxo, por sua vez, quando planejado de forma otimizadora,
Segundo Maricato (2003), “(...) a produção do ambiente urbano garante a circulação de informação, conhecimento, ideias resultantes de
construído, escancara a simbiose entre modernização e desenvolvimento uma maior participação popular democrática com maior controle social.
do atraso”. Isso se deve ao fato dos padrões modernistas de construção
e ocupação do solo (determinados nas leis de zoneamento, código de “A noção de um espaço reticulado, (...) vem dessa construção
obras e outras) vivendo em paralelo a gigante mancha de cidade ilegal deliberada do espaço como quadro de vida, pronto a responder aos
sem lei, onde a maioria das pessoas não alcança a condição de cidadania. estímulos da produção em todas suas formas materiais e imateriais.
Mediante as redes, (“a aposta não é a ocupação de áreas, mas a
A autora ainda cita um trecho muito importante do texto de preocupação de ativar pontos e linhas, ou de criar novos” -Durand, Lévy,
Pedro Demo (1993): “Ser pobre não é apenas não ter, mas sobretudo ser Retaillé, 1992, p. 21).” (SANTOS, 2006:177)
impedido de ter, o que aponta muito mais para uma questão de ser do
que de ter”. Essa afirmação pode ser muito bem interpretada quando
ligada a ocupação ilegal do território urbano em contraposição a lei,
fato que faz com que essas pessoas que vivem na cidade informal não
possam lutar por justiça por medo de chamar a atenção das autoridades
para a sua situação ilegal de ocupação do solo. A intensão não é defender
a ocupação ilegal, principalmente nas áreas de risco, mas sim chamar a
atenção para uma política de respeito as pessoas carentes de moradia e
infra-estrutura urbana pública, que simplesmente não tem alternativas
devido a uma visão governamental restrita ao gerenciamento do
território que não inclui a dimensão social, intrínseca a qualquer espaço.
Esse trabalho não visa se aprofundar nas questões políticas
ambientais, no entanto a proposta é promover uma leitura correta do
território ocupado pelo Jardim Campo Belo em Campinas e a partir
daí propor uma rede técnica ambiental urbana como um sistema
otimizador da qualidade de vida socioambiental e econômica através da
conectividade planejada entre núcleos potenciais. A escala adotada será
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AMBIENTE URBANO E SUSTENTABILIDADE 19
A primeira imagem que nos vem à cabeça quando o assunto é valores são adquiridos, isso porque o espaço é um sistema de objetos
meio ambiente, é uma cena basicamente ecológica, estudada com interconectados submetidos às ações sociais e ambientais, responsáveis
afinco na Biologia, muitas vezes representando uma área protegida ou pelas transformações e relações desenvolvidas continuamente em um
até mesmo um ambiente selvagem de difícil acesso para o ser humano. espaço de tempo indeterminado.
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AMBIENTE URBANO E SUSTENTABILIDADE
abolir seu contato com os espaços ecológicos remanescentes no meio TABELA II-A | DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE URBANA
urbano não é a solução para evitar sua extinção. Para Anne Whiston
Spirn “(...) o valor da natureza só será apreciado e incorporado no momento Fonte: GUIMARÃES, 1997.
em que todo o ambiente urbano for considerado como um único sistema Dimensões da Sustentabilidade Urbana
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foco está sempre voltado no meio ambiente e nos recursos naturais, sem está intimamente relacionada com a manutenção da capacidade
sustentabilidade ambiental do
incluir a sociedade vigente no espaço. Isso acontece, pois o que interessa desenvolvimento
de carga dos ecossistemas, ou seja, a capacidade da natureza
é a riqueza natural, na qual não estão inclusas as pessoas. No entanto, para absorver e recuperar-se das agressões antrópicas
para propormos planos e programas que visem a sustentabilidade, deve- revela um aspecto particular das sustentabilidades ecológica e
se levar em conta a dinâmica social vigente na área de intervenção. ambiental, relacionado com a capacidade de suporte da
natureza. Neste sentido, a sustentabilidade demográfica
Segundo Silva (2003), ao estudar sistemas de avaliação e sustentabilidade demográfica do problematiza as duas anteriores ao incluir como critério de
certificação ambiental de empreendimentos, pode-se concluir que como desenvolvimento política pública os impactos da dinâmica demográfica tanto nos
aspectos de gestão da base de recursos naturais como de
a maioria desses sistemas foi desenvolvido para países industrializados, manutenção da capacidade de carga ou de recuperação dos
nos quais a desigualdade foi bastante reduzida nos últimos tempos ecossistemas
em função do desenvolvimento econômico, acabou-se por priorizar a
reconhece que a base do desenvolvimento reside na
dimensão ecológica. No entanto, é evidente que no Brasil e nas demais sustentabilidade cultural do
manutenção da diversidade em seu sentido mais amplo e se
desenvolvimento
economias mundiais em desenvolvimento, não se pode restringir o foco, dirigem, portanto, à integração nacional ao longo do tempo
afinal os grandes problemas ambientais convivem e em muitas vezes
vincula-se estreitamente ao processo de construção da
estão vinculados com as situações de carência e vulnerabilidade social. cidadania e busca garantir a incorporação plena dos indivíduos
sustentabilidade social do
ao processo de desenvolvimento. Esta resume-se, em seus
Para Roberto Pereira Guimarães é preciso pensar no desenvolvimento
aspectos micro, na democratização da sociedade, e macro, na
desenvolvimento sustentável “(...) em dimensões que lhe confiram sentido democratização do Estado
real (...)”, dessa maneira o autor propõe uma lista de dimensões da
projeta no próprio desenho das instituições que regulam a
sustentabilidade urbana, a seguir na tabela II-A. sustentabilidade política do
sociedade e a economia as dimensões sociais e políticas da
desenvolvimento
sustentabilidade em seus conteúdos macros
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AMBIENTE URBANO E SUSTENTABILIDADE 21
Em análise a teoria sobre as dimensões da sustentabilidade Por fim, a sustentabilidade ecológica, dentro do setor de
de GUIMARAÊS, buscou-se uma tentativa de reverter esses conceitos construção, pode ser pensada através da escolha adequada dos materiais,
em diretrizes prejetuais para o Jardim Campo Belo - Campinas,SP, com sempre considerando os impactos ambientais provenientes dessa
referência no projeto desenvolvido por SATTLER (2007). escolha. Outro ponto importante, já popular nos dias de hoje quando o
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O SISTEMA DE REDES TÉCNICAS
A técnica, como disse Milton Santos (1982), é um intermediário
“Uma das mais importantes considerações da compreensão sustinha-a da
entre a natureza e o homem, no entanto com o passar do tempo a técnica
vida é a do reconhecimento que redes constituem o padrão básico de organização
foi convertida em um objeto de elaboração científica o que acabou
de todo e qualquer sistema vivente. Ecossistemas são entendidos em forma de teias
de alimento (i.e., redes de organismos); organismos são redes de células; e células subvertendo as relações do homem com o meio. Considerando que a
ciência, a tecnologia e a informação são hoje a base técnica da vida social,
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são redes de moléculas. Rede é um padrão comum a todo tipo de vida. Onde quer
que nos deparemos com vida, constatamos redes“. como diria Santos “o meio técnico-científico informacional”, é coeso unir
esse conceito com a forma de organização mais utilizados no presente,
(CAPRA, 2003:4) que são as redes. Dessa forma, fica claro que redes técnicas são todos os
________________________________________________________________________
tipos de meios conectados que permitem a circulação de informações
As redes, pelo sentido único da palavra, já podem ser associadas ou elementos, cada um no seu tempo, interligando-se aos demais e
a um tipo de organização espacial organizada, um exemplo claro que permitindo as integrações territoriais.
demonstra esse fato é uma das mais antigas atividades artesanais da
Nas cidades a tentativa de reticular o espaço teve início com o
história: a tecelagem, técnica baseada no entrelaçamento de fios em
intuito de facilitar os fluxos, aumentando a mobilidade e a funcionalidade.
trama para formar tecidos (MUSSO, 2004).
Porém, para Milton Santos (2006) a rede possui duas definições, a
primeira, que, considera apenas sua materialidade no território; a outra,
considera o aspecto social. Sendo que, como já foi citado anteriormente,
devido à visão de espaço absoluto, o planejamento das cidades levou
em conta apenas o lado da materialidade das redes, desconectando-as
da realidade vivida. A diferença entre considerar o território um espaço
absoluto ou associá-lo as redes de forma relativa pode ser observada a
seguir no quadro comparativo.
FIGURA II-A | TECER TABELA II-B | VISÃO DICOTÔMICA TERRITÓRIO-REDE
Fonte: wikipedia.org Fonte: HAESBAERT, 2006:288)
Visão Dicotômica Território-Rede
Para efeito de representação gráfica, segundo Albagli (2004:36): TERRITÓRIO REDE
“(...) rede é um conjunto de pontos ou nós conectados entre si por segmentos intrínseco (mais introvertido) extrínseca (mais extrovertida)
– arcos – que viabilizam o intercâmbio de fluxos – de bens, pessoas, idéias ou centrípeto centrífuga
informações – entre os diversos pontos da estrutura (...)”. As redes podem áreas, superfícies pontos (nós) e linhas
ser classificadas como abstratas, no caso de redes sociais ou sistemas delimita (limites) rompe limites (fluxos)
de relações entre indivíduos ou grupos sociais; ou as redes podem ser enraizamento desraizamento
concretas, como as redes de transporte e comunicação; ainda podem mais estável mais instável
ser redes visíveis, como é o caso de redes materiais (rodovias e ferrovias, espaço areolar (habitação) espaço reticular (circulação)
redes de água e esgoto), ou invisíveis (telecomunicações). espaço de lugares espaço de fluxos
métrica geográfica métrica topológica
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O SISTEMA DE REDES TÉCNICAS 23
O sociólogo Stanley Milgram realizou na década de 60 um curioso
Segundo Demantova (2009:149), é “impossível desconsiderar o experimento para observar os graus de proximidade entre as pessoas,
componente social tanto na compreensão do mundo como na elaboração de para isso ele enviou uma determinada quantidade de cartas para vários
propostas de intervenção no território”. A autora ainda explica que sempre indivíduos, de forma aleatória, solicitando que essas pessoas tentassem
existe um agente articulador do espaço. No caso das redes esse agente é enviar a carta para uma outra pessoa específica que estava especificada
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O SISTEMA DE REDES TÉCNICAS
A respeito dos estudos sobre tipologias das redes, ou seja, os tipos Nesse trabalho, a implantação das redes técnicas terá como
de estruturação que uma rede pode ter através das diferentes formas de objetivo seguir a terceira tipologia de rede determinada por Baran, a rede
conexão entre os nós, citaremos neste trabalho as três tipologias básicas distribuída, na escala do bairro Jardim Campo Belo - Campinas, SP.
desenvolvidas por Paul Baran em 1964.
Em síntese, para dar sequência ao desenvolvimento do conceito
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FIGURA II-B | TIPOLOGIAS DE REDES DESENVOLVIDAS POR PAUL BARAN de redes técnicas para o projeto em questão, iremos defini-las como
Fonte: cybertelecom.org um sistema formado por objetos fixos no espaço ligados por fluxos,
representados pelos serviços e informações em circulação, os quais
criam conexões – que podem ser físicas ou invisíveis – entre os objetos
técnicos no espaço. Dessa maneira, considerando o meio ambiente e
a sustentabilidade como tópicos imprescindíveis para qualquer tipo
de intervenção, será adotado o conceito de rede técnica ambiental
urbana, onde os fixos serão as áreas verdes urbanas (parques, praças,
jardins, etc) e demais núcleos de serviços potenciais no bairro (como o
Centro de Capacitação Profissional); e os fluxos são representados pelas
informações e trajetos provenientes dos agentes sociais e sua forma de
ocupação/uso do espaço (DEMANTOVA, 2009).
Assim como diz Milton Santos (1996:166) “(...) as relações sociais
comandam os fluxos que precisam dos fixos para se realizar. Os fixos são
modificados pelos fluxos, mas os fluxos também se modificam ao encontro
dos fixos”.
Segundo Baran, as redes centralizadas são aquelas que possuem A partir dos conceitos expostos até o presente momento, é
um nó centralizador das conexões, as descentralizadas possuíam vários possível dizer que o uso das redes técnicas ambientais urbanas para a
centros conectados entre si e com outros pequenos nós; por fim as redes elaboração de projetos potencializam a preservação/conservação dos
distribuídas são aquelas onde todos os nós possuem aproximadamente espaços alvos da intervenção, já que a relação entre os fixos e fluxos criam
o mesmo número de conexões, formando uma malha uniformemente vínculos integrativos e a interdependência resultante induz à agregação
distribuída (rede igualitária). de valor, sendo assim, natural a iniciativa preservacionista. É por isso que
para Demantova (2009), as redes técnicas ambientais são uma importante
Voltando para o meio urbano é possível fazer uma analogia das estratégia para a organização espacial focada na melhoria da qualidade
escalas territoriais com as tipologias de redes desenvolvidas por Baran. ambiental. A autora ainda cita alguns diferenciais importantes da rede
Sendo que o primeiro tipo de rede, centralizada, representa a Nação e técnica ambiental em relação às lógicas tradicionais, como descrito
seus Estados; a segunda, descentralizada, representa os Municípios e abaixo:
seus bairros; por fim a terceira, distribuída, representa a escala do bairro,
com seus núcleos de serviços.
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O SISTEMA DE REDES TÉCNICAS
1
25
Nas redes técnicas ambientais o foco não é apenas a natureza ou O fluxo de informação produzido (a conexão invisível da rede deve
simplesmente o homem, mas a complexa interação entre o indivíduo e ser divulgado e apropriado (conexão visível da rede na forma de práticas
cotidianas ou de projetos urbanos implantados no território) por todos
2
espaços.
5
Nas redes técnicas ambientais os espaços verdes urbanos são
considerados objetos técnicos, e não mais simplesmente objetos naturais, A estruturação e constituição das redes técnicas ambientais deve
intocáveis, ou primeira natureza. ser feita a partir de uma análise espacial que considere e privilegie as
3
relações sociais de uso e ocupação do espaço. A importância da adoção
deste tipo de análise é justificada pela possibilidade de compreender
Através da estruturação e do desenho de redes técnicas e discutir os fenômenos espaciais em totalidade, deixando para trás
ambientais é possível planejar a oferta de diferentes categorias de aquela visão de espaço absoluto, que leva em consideração apenas
serviços ambientais em diferentes lugares do território, em função das atributos físicos e acabam assim por limitar as análises sobre organização
demandas e características locais, possibilitando o acesso igualitário aos e produção do espaço urbano.
benefícios que o verde pode ofertar.
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APRESENTAÇÃO DO LOCAL
CAPÍTULO III
— O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO
“Morar na periferia é condenar duas
vezes à pobreza. A pobreza gerada — SETORES DE INTERVENÇÃO
pelo modelo econômico, segmentador
do mercado de trabalho e das classes — O JARDIM CAMPO BELO
sociais, superpõe-se a pobreza gerada • HISTÓRICO
pelo modelo territorial”
• CONDICIONANTES
Milton Santos, 1987 • LEVANTAMENTO CADASTRAL
• LEGISLAÇÃO VIGENTE
O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO EM CAMPINAS 29
Campinas, cidade localizada no interior do Estado de São Paulo, infra-estrutura completa, adquiridos por proprietários que almejavam a
teve seu crescimento populacional potencializado pela ‘política de futura valorização, no entanto permaneceram desocupados por décadas,
desconcentração da Região Metropolitana de São Paulo’, que ocorreu até serem ocupados posteriormente de forma clandestina e precária
entre 1970-90. Em paralelo ao aumento disparado da população, veio o (FERNANDES, 2003; OLIVEIRA, 2000).
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30
O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO EM CAMPINAS
TABELA III-1B – CONJUNTOS HABITACIONAIS PROMOVIDOS PELA COHAB II – estabelecer critérios específicos para a ocupação das áreas urbana e
CAMPINAS (1990-1999). rural, observando as exigências do plano de proteção ao voo e das restrições
impostas pelas curvas de ruídos do Aeroporto Internacional de Viracopos;
Fonte: COHAB Campinas, 2010
III – priorizar soluções localizadas para os problemas de saneamento já
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O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO EM CAMPINAS 31
MAPA III-A – ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS (2000).
Fonte: Fundação Seade
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O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO EM CAMPINAS
MAPA III-B – ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS NA RMC (2000).
Fonte: CEM-CEBRAP a partir do censo demográfico IBGE 2000
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Local de Intervenção
Aglomerados Subnormais
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SETORES DE INTERVENÇÃO 33
A área de estudo deste trabalho, o Jardim Campo Belo, está TABELA III-C – FAVELAS, OCUPAÇÕES, LOTEAMENTOS CLANDESTINOS E
localizada na macrozona 7 da cidade de Campinas, denominada de IRREGULARES NA MACROZONA 7.
“Área de Influência Aeroportuária – AIA”, devido a presença do Aeroporto Fonte: SEPLAN, 2010
Internacional de Viracopos. Segundo levantamento da SEPLAN em 2010, TIPO DE EMPREENDIMENTO N° TOTAL DE ÁREA N° TOTAL DE LOTES
7.Predomínio de urbanização precária, ZEIS de regularização e indução/ Por outro lado o investimento governamental para os setores
parte da área apresenta conflitos com o sistema viário com necessidade de remoção de risco da macrozona 7 – denominado “Projeto de Inclusão Social da
de famílias em área de risco; Região do Aeroporto Viracopos”, ou popularmente conhecido como ‘Vip-
Viracopos’ (ANEXO IV)– tem, oficialmente, uma verba de 74 milhões de
8.Área de urbanização precária, ZEIS de regularização;
reais, tendo como objetivo, segundo a SEHAB, promover intervenções
9.Fazenda Palmeira, porção urbana com uso industrial e residencial; em áreas consideradas impróprias, recuperar unidades precárias (com
reformas, ampliação ou construção de unidades sanitárias), implantar
10.Distrito aduaneiro, essa área possui projeto de loteamento em processo
obras de infra-estrutura e proporcionar melhoria da qualidade de vida da
de aprovação pela SEMURB para uso comercial;
população (VER PUBLICAÇÃO I).
11.Uso de ocupação rarefeita, parte do território está em área urbana (ZEIS)
e parte em área rural; O fato é que a ampliação do aeroporto, que além de prever
uma requalificação da área, vai fornecer muitas vagas de emprego; em
Uma das questões que mais chama atenção é em relação a parceria com o projeto social que está sendo implantado, deveriam
habitação, sendo necessário solucionar com urgência a ocupação irregular significar uma boa notícia de que a população local terá a qualidade
das famílias situadas nas sub áreas de urbanização precária, como é o de vida aumentada. Porém, como diz Fonseca (2012), disponibilizar aos
caso dos itens 7 e 8, os quais envolvem os bairros Cidade Singer, Jardim moradores o direito de morar descentemente, por si só, não é suficiente,
Campo Belo, Jardim São João, Jardim Marisa, Jardim São Domingos, Vila a dimensão é muito maior, trata-se de um processo de reurbanização que
Palmeiras, Vila Nilza, Favela Campo Belo, ocupações Ulisses Guimarães, está sendo implementado na região.
Campo Belo II e MarisaI/II, conforme mostra a tabela III-C.
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34
SETORES DE INTERVENÇÃO
Segundo a autora, que acompanhou a implementação do projeto
na região, pode ser percebido o aumento de casas a venda devido a
valorização do solo urbano resultante das áreas privilegiadas pelas obras
do projeto Vip-Viracopos. Além disso, alguns grupos familiares tiveram
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Moradores do Campo Belo reunidos em escola estadual para discutir ações do movimento
que cobra regularização e melhorias no bairro
(Foto: Dominique Torquato / AAN)
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SETORES DE INTERVENÇÃO 35
1. Área Patrimonial do
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SETORES DE INTERVENÇÃO
PUBLICAÇÃO I – INAUGURAÇÃO DO CRAS.
Fonte: Diário Oficial, 2004
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O JARDIM CAMPO BELO 37
— HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO
O Jardim Campo Belo é um dos bairros localizados na Macrozona
7, em Campinas. Situado à margem da Rod. Santos Dumont, na ligação A ocupação do Jardim Campo Belo teve início, no primeiro
entre Campinas e Indaiatuba, a região tem limite nas proximidades da período de periferização da cidade de Campinas, por volta da década de
antiga linha de trem (oeste) - Lix da Cunha e na Rod. Miguel Melhado 1950, quando os primeiros loteamentos foram aprovados na região (VER
finalizado, a ocupação foi feita de forma irregular e desorganizada, sem Módulo de Saúde Campo Belo I Equivale ao posto de saúde. Capacidade: 6mil pessoas
obedecer uma malha urbana definida e sem acesso a infra-estrutura Centro de Referência de Assisntência Social. Capacidade:
básica. CRAS Campo Belo I
5 mil famílias por ano. Instalado em 2004
Fundação Municipal para a Educação Comunitária.
A região permaneceu abandonada pela Prefeitura de Campinas FUMEC Campo Belo I
Instalado em 2004
até 2006, quando, através de uma acordo entre os governos municipal, EMEI Campo Belo II Escola Municipal de Ensino Infantil
estadual e federal juntamente com a INFRAERO, através do decreto Centro de Saúde Campo Belo II
Capacidade: 12 mil pessoas. Instalado em 2008 - Vip
Viracopos
50.767 (ANEXO V), foi decidido modificar a área reservada para a futura Núcleo de Assitência Capacidade: 100 crianças, com desenvolvimento de
expansão do aeroporto para uma parcela de terras predominantemente Espiritual Jerônimo Campo Belo II atividades pedagógicas e sócio-educativas. Instalado em
rurais, escolha que reduziu drasticamente o número de desapropriações Mendonça (ONG) 1997
Capacidade: 100 crianças, com desenvolvimento de
necessárias, além de tornar o bairro Jd. Campo Belo visível perante o AMIC - Amigos da Criança
Campo Belo II atividades pedagógicas e sócio-educativas. Instalado em
poder público, já que o projeto “Vip-Viracopos”, citado anteriormente, (ONG)
2009
foi criado nesse mesmo acordo feito entre os governos e a INFRAERO EMEI Campo Belo III Escola Municipal de Ensino Infantil
Escola Estadual Jd. Fernanda Instalada antes da ocupação
(FONSECA, 2010). EMEI Jd. Fernanda Escola Municipal de Ensino Infantil
Equivale a creche. Capacidade: 500 crianças de 4 meses a
A partir daí, a região passou a receber alguns investimentos, Nave Mãe Jd. Fernanda
6 anos. Instalado em 2009 - Vip Viracopos
que, embora tenham sido aplicados muito lentamente, revelam a Módulo de Saúde Jd. Fernanda
Equivalente ao posto de saúde. Capacidade: 6 mil
tentativa de trazer melhorias a população vigente (VER TABELA III-E). pessoas
Centro de Saúde Jd. Fernanda Instalado em 2009 - Vip Viracopos
O subsídio governamental foi aplicado principalmente em educação, Escola Estadual Jd. Palmeiras Instalado antes da ocupação
saúde e assistência social, porém as questões habitacional e ambiental Escola Municipal Jd. Palmeiras Instalado antes da ocupação
permanecem estagnadas. EMEF Jd. Palmeiras Escola Municipal de Ensino Fundamental - Vip Viracops
CEMEI Jd. Palmeiras Centro Municipal de Educação Infantil
Após o novo rumo de desenvolvimento que a região tomou em Equivale a creche. Capacidade: 500 crianças de 4 meses a
2006 e principalmente pela proximidade de Viracopos, os proprietários Nave Mãe Jd. Marisa II
6 anos. Instalado em 2009 - Vip Viracopos
fundiários voltaram a se interessar pelos terrenos e até hoje movem Centro Cultural Esportivo Jd. Marisa II Acoplado a Nave Mãe. Instalado em 2008 - Vip Viracopos
processos para reintegração de posse de terras. Em contraposição, a Escola Municipal São Domingos Instalado antes da ocupação
prefeitura propõe entre outras ações, através do projeto “Vip-Viracopos”, EMEI São Domingos Escola Municipal de Ensino Infantil
o Programa de Regularização Fundiária, que contemplariam 13.934 lotes. EMEF São Domingos Escola Municipal de Ensino Fundamental - Vip Viracops
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O JARDIM CAMPO BELO 39
A história de Viracopos teve início na década de 30, quando os O primeiro conflito teve início desde então, pois a área englobada
paulistas faziam uso da atual área de localização do aeroporto como pelo decreto atingia cerca de 25 loteamentos que foram aprovados na
campo de atividades aéreas durante a revolução de 32. Em 1948 foi década de 1950, época na qual os empreendimentos eram aprovados sem
construído o primeiro hangar e, em 1957 a primeira pista para jatos a exigência de aporte em infra-estrutura e por isso induziu a ocupações
maiores. Enfim em 1960, foi elevado ao título de Aeroporto Internacional. urbanas diversas (STRUCHEL; CAPPA; BERNARDO, 2008).
A Região Oeste do município de Campinas, na qual está localizada Dessa maneira o decreto foi revisto, juntamente com a INFRAERO,
o Aeroporto Internacional de Viracopos, vem sofrendo alterações desde visando minimizar o impacto social que a ampliação do aeroporto
1979, época em que foi editado o Decreto Estadual nº 14.031 de 27 de causaria. Foi então decidido expandir o aeroporto no sentido sudeste,
setembro (ANEXO I), no qual foi declarada de utilidade pública as áreas através do decreto 50.767 (ANEXO V), conforme indica o MAPA III-E,
ao redor de Viracopos, sendo permitida a desapropriação de imóveis nas visando o menor número de desapropriações possíveis, sendo que a
áreas que se julgassem necessárias para ampliar o Aeroporto. Prefeitura Municipal de Campinas se comprometeu a garantir um novo
local de moradia com oferta de infra-estrutura para as famílias que
precisarão deixar a região (BONDUKI, 2002).
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O JARDIM CAMPO BELO Z^dZhdhZKhZE/EhKZ^/DEdKZ'/KKDWK>K
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O JARDIM CAMPO BELO 43
• TREM DE ALTA VELOCIDADE (TAV) No Brasil, foi através do Decreto nº 6.256/07 (ANEXO VI) que o
Governo Federal incluiu no Programa Nacional de Desestatização – PND a
Estrada de Ferro 222, destinada a implantação do trem de alta velocidade,
FIGURA III-F - TREM AVRIL, DESENVOLVIDO PARA O PROJETO TAV BR
que ligará os municípios do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
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44 O JARDIM CAMPO BELO
Abaixo temos uma visão mais ampliada desse estudo de traçado em relação a área de intervenção (VER TAMBÉM O MAPA III-E).
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O JARDIM CAMPO BELO 45
movimentar 31,7% da carga total importada no Brasil e 27,8% da carga
• PLATAFORMA LOGÍSTICA
total exportada de todos os terminais aéreos brasileiros. O objetivo será
A movimentação de cargas urbanas tem crescido que a Plataforma Logística funcione como um “Porto Seco”, ou seja,
exponencialmente à medida que a cidade se desenvolve, a demanda atuará como um depósito de cargas que possam ser distribuídas através
aumenta. Esse grande fluxo de mercadorias na cidade necessita de uma do aeroporto e das rodovias.
Rodovia Santos Dumont através da Rodovia Miguel Melhado Campos, Para tanto, no dia 18 de maio de 2009, durante a 29ª reunião
principal acesso para o Jardim Campo Belo, conforme é possível ver na extraordinária do Conselho da Cidade de Campinas, o Secretário Municipal
imagem abaixo: de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Engº Alair Roberto Godoy,
confirmou a mudança da rota proposta para o anel viário, assim como
FIGURA III-K - PROPOSTA DE COMPLEMENTAÇÃO DO ANEL RODOVIÁRIO
definiu que a Rod. Miguel Melhado Campos terá características de
Fonte: Plano Diretor de Campinas, 2006.
avenida (VER PUBLICAÇÃO II).
FIGURA III-L - TRAÇADO ANEL VIÁRIO
Fonte: Departamento de Estradas e Rodagem
Jd.Campo Belo
O intuito do projeto é completar o contorno viário de Campinas,
evitando o trânsito de passagem pela malha urbana municipal, além
de promover a ligação direta da RMC ao Aeroporto Internacional de
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CONDICIONANTES N
LEGENDA
1:50.000
RODOVIAS
FUTURO
ANEL VIÁRIO
TREM DE ALTA
CAMPINAS VELOCIDADE
AEROPORTO
INTERNACIONAL
DE VIRACOPOS
ÁREA DA FUTURA
Ro EXPANSÃO DE
d.
d os VIRACOPOS
Ba
FUTURA
nd
i PLATAFORMA
e
r an
LOGÍSTICA
es
t
ÁREA DE
INTERVENÇÃO
Macrozona 07
Rod.
M
ig
u
el
M
lh
ad
e
Camp
o
os
io
ár
l Vi
INDAIATUBA Futuro
Ane
MAPA
VINHEDO
III-E
O JARDIM CAMPO BELO 48
PUBLICAÇÃO II – TRECHO DA ATA DA 29ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA – asfalto e esgoto. Alair – Fala que o Plano de Gestão deverá apontar a necessidade
DIÁRIO OFICIAL Nº 9.681 Ano XXXIX de implantação de infraestrutura, porém não indicará o prazo de execução. Salien-
Prefeitura Municipal de Campinas - 18 de maio de 2009 tou contudo que muitas obras já foram ou estão sendo executadas; Peninha do Jd.
Itaguaçu - solicitou: - implantação de canteiro da Rod. Miguel Melhado, para mi-
Aos dezoito dias do mês de maio de dois mil e nove, realiza-se na sede da nimizar ocorrências de acidentes; - equacionamento da contaminação de águas
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O JARDIM CAMPO BELO
— LEVANTAMENTO CADASTRAL
Todas as informações de levantamento cadastral obtidas em pesquisas e visitas estão organizadas neste tópico pelos seguintes assuntos:
1. Situação Legal
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2. População e Habitações
3. Transportes e Pavimentação
4. Saúde
5. Educação
FIGURA III-M - PANORÂMICA DO JARDIM CAMPO BELO VISTO A PARTIR DA ROD. MIGUEL MELHADO CAMPOS
Fonte: Autora
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O JARDIM CAMPO BELO 50
FIGURA III-N - CRONOGRAMA DA SITUAÇÃO LEGAL (REGIÃO CAMPO BELO)
Fonte: Secretaria de Habitação de Campinas, Arte: Autora
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51 O JARDIM CAMPO BELO
MAPA III-F - SITUAÇÃO LEGAL
Fonte: PINTO, 2010, Edição: Autora
CIDADE
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SINGER
JARDIM
SÃO JOÃO
JARDIM
CAMPO BELO I VILA
JARDIM PALMEIRAS II
COLUMBIA
JARDIM VILA
CAMPO BELO II PALMEIRAS I
JARDIM
SÃO JORGE
JARDIM
PUCCAMP JARDIM
CAMPO
BELO III JARDIM
MARISA
JARDIM
D. GILBERTO
JARDIM
JARDIM SÃO DOMINGOS
JARDIM JARDIM
ITAGUAÇU I
SANTA FERNANDA II
MARIA
JARDIM
FERNANDA I
ROD. M
IGU
EL M
ELH
A DO
C AM
POS
JARDIM
ITAGUAÇU II
LEGENDA
LOTEAMENTOS REGULARES
A
NH RODOVIAS
A CU LOTEAMENTOS IRREGULARES
D
. LIX
(VIAS E QUADRAS DE ACORDO COM PROJETO APROVADO)
ÁREA DE INTERVENÇÃO
R OD LOTEAMENTOS IRREGULARES
DIVISA ENTRE BAIRROS (VIAS E QUADRAS PARCIALMENTE DE ACORDO)
LOTEAMENTOS IRREGULARES
(VIAS E QUADRAS EM TOTAL DESACORDO COM PROJETO)
OCUPAÇÕES
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O JARDIM CAMPO BELO 52
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O JARDIM CAMPO BELO
Há ao longo do córrego, aproximadamente 600 ocupações ilegais FIGURA III-O - SITUAÇÃO DOS TERRENOS APÓS DEMOLIÇÕES
entre o Jd. Campo Belo e o Jardim Marisa que deverão ser removidas Fonte: Pinto, 2010.
devido ao risco de inundação. Dentre essas 600 unidades habitacionais,
254 já foram demolidas durante a Operação Verão (iniciativa desenvolvida
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O JARDIM CAMPO BELO
MAPA III-H - VIAS ASFALTADAS
Fonte: Pinto, 2010
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O JARDIM CAMPO BELO 56
FIGURA III-Q - CENTRO DE SAÚDE JARDIM CAMPO BELO FIGURA III-Q - CENTRO DE SAÚDE JARDIM CAMPO BELO
Fonte: campinas.gov.br, foto: Luiz Granzotto Fonte: Autora
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O JARDIM CAMPO BELO
FIGURA III-R - ESCOLA ESTADUAL PROFº CELESTE P. DE MELLO
• EDUCAÇÃO Fonte: Autora
Em relação a educação a região apresenta 11 escolas (VER MAPA
III-I), das quais a maioria se restringe à creches e pré-escola, ainda
assim apenas 3 funcionam em período integral. Assim como na área da
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O JARDIM CAMPO BELO 58
EMEIs
LEGENDA (ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL)
EE - ESCOLAS ESTADUAIS
HA RODOVIAS
UN EMEF/SUPLETIVO
DAC
IX (ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL)
D. L ÁREA DE INTERVENÇÃO
RO CEMEIs
DIVISA ENTRE BAIRROS (CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL)
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O JARDIM CAMPO BELO
— LEGISLAÇÃO VIGENTE
• PLANO LOCAL DE GESTÃO NA MACROZONA 7
Embora ainda não esteja finalizado, o Plano Municipal de Habitação
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FIGURA III-S - SETORIZAÇÃO DAS ZONAS DE INTERVENÇÃO NA MZ7 TABELA III-F - RESUMO DAS INTERVENÇÕES PROPOSTAS POR SETOR
Fonte: Seplan, 2010. Fonte: Seplan, 2010.
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1
O JARDIM CAMPO BELO 60
• LEGISLAÇÃO FEDERAL AEROPORTUÁRIA Medida Restritiva nº01 - ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO (ZPA)
O Jardim Campo Belo está situado em uma área de influência do “O objetivo de um Plano de Zona de Proteção de Aeródromo é
Aeroporto de Viracopos, dessa maneira a Legislação Federal Aeroportuária estabelecer o espaço aéreo que deve ser mantido livre de obstáculos, a fim
se aplica de forma restritiva ao tipo de uso e ocupação do solo que podem de permitir que as operações de pouso e decolagem sejam conduzidas de
Ao mesmo tempo que os arredores de um aeroporto oferecem Para aplicação da legislação devemos considerar a classificação
infra-estrutura propícia para o desenvolvimento urbano, uma guerra do aeroporto Internacional de Viracopos como é IFR-PRECISÃO e seu
de interesses é criada, pois os usos do solo periférico ao aeroporto não código da pista, 4, uma vez que sua extensão é de 3.240m.
podem de forma alguma limitar ou impedir as operações aéreas. Dessa
maneira, as restrições impostas para o uso e ocupação desse solo tem TABELA III-G - CÓDIGO DE PISTA
como objetivo preservar a segurança na operação das aeronaves, além Fonte: Manual de Gerenciamento e Uso do Solo no entorno de Aeródromos - IAC.
de prever a possibilidade de expansão do aeroporto, bem como evitar o
incômodo sonoro da comunidade.
Tais restrições encontram amparo na seguinte legislação:
- Constituição Federal;
- Código Brasileiro de Aeronáutica, Lei nº 7.565, de 19 de dezembro
de 1986, que trata dos Planos de Zona de Proteção e de Zoneamento de O Plano Básico de Zona de Proteção de aeródromos (PBZPA),
Ruído; de acordo com a Portaria n° 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987,
é composto das seguintes superfícies limitadoras de obstáculos (VER
- Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, que trata
MAPA III-J):
dos Planos de Zona de Proteção e de Zoneamento de Ruído;
- Faixa de Pista;
- Resolução CONAMA nº 4, de 9 de outubro de 1995, que trata da
Área de Segurança Aeroportuária; - Áreas de Aproximação;
- Áreas de Decolagem;
- Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 139,
Certificação Operacional de Aeroportos, de 27 de novembro de 2003; e - Áreas de Transição;
- Portaria nº 398/GM5, de 4 de junho de 1999, que dispõe sobre - Área Horizontal Interna;
a aplicação do Anexo 14 à Convenção de Aviação Civil Internacional no - Área Cônica; e
Território Nacional.
- Área Horizontal Externa.
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PLANO ESPECÍFICO DE PROTEÇÃO DE VIRACOPOS N
LEGENDA
SEM ESCALA
LIMITE DA MZ7
ÁREA DE
INTERVENÇÃO
PISTA DE POUSO
FAIXA DE PISTA
ÁREA DE
APROXIMAÇÃO
ÁREA HORIZONTAL
EXTERNA
ÁREA HORIZONTAL
ÁREA CÔNICA
Macrozona 07
MAPA
III-J
Base: PINTO, 2010.
O JARDIM CAMPO BELO 62
FIGURA III-T - CROQUI DE UM PLANO BÁSICO DE ZONA DE PROTEÇÃO DE e similares, refinarias de combustíveis, indústrias químicas, depósitos ou
fábricas de gases, combustíveis ou explosivos, áreas cobertas de material
2
AERÓDROMOS
Fonte: Manual de Gerenciamento e Uso do Solo no entorno de Aeródromos - IAC. refletivo, matadouros, etc.
Medida Restritiva nº02 - ZONEAMENTO DE RUÍDO (ZR)
Na Faixa de Pista não são permitidos quaisquer aproveitamentos Área I – Área do Plano de Zoneamento de Ruído, interior à curva
que ultrapassem seu gabarito (VER MAPA III-K), tais como construções, de nível de ruído 1, onde o nível de incômodo sonoro é potencialmente
instalações e colocação de objetos de natureza temporária ou nocivo aos circundantes, podendo ocasionar problemas fisiológicos por
permanente, fixos ou móveis, exceto os auxílios à navegação aérea que, causa das exposições prolongadas.
obrigatoriamente, tenham de ser instalados nesta área. Área II – Área do Plano de Zoneamento de Ruído, compreendida
Nas Áreas de Aproximação, Decolagem e Transição não são entre as curvas de nível de ruído l e 2, onde são registrados níveis de
permitidas implantações de qualquer natureza que ultrapassem os seus incômodo sonoro moderados.
gabaritos, salvo as torres de controle e os auxílios à navegação aérea Área III – Área do Plano de Zoneamento de Ruído, exterior à curva
que, a critério do Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA, de ruído de nível 2, onde normalmente não são registrados níveis de
poderão ser instalados nas Áreas de Transição, mesmo que ultrapassem incômodo sonoro significativos.
o gabarito desta área.
Nas Áreas de Aproximação e Áreas de Transição dos aeródromos
e helipontos, não são permitidas implantações de natureza perigosa,
mesmo que não ultrapassem os gabaritos fixados.
Denomina-se Implantação de Natureza Perigosa toda aquela
que produza ou armazene material explosivo ou inflamável, ou cause
perigosos reflexos, irradiações, fumo ou emanações que possam
proporcionar riscos à navegação aérea, a exemplo de usinas siderúrgicas Fonte: Manual de Gerenciamento e Uso do Solo no entorno de Aeródromos - IAC.
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63
O JARDIM CAMPO BELO
MAPA III-K - GABARITOS MÁXIMOS PERMITIDOS
Fonte: PINTO, 2010, Edição: Autora.
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
L
LEGENDA
LIMITE DA MZ7
ÁREA DE
INTERVENÇÃO
GABARITO MÁXIMO
PERMITIDO DE 8 METROS
GABARITO MÁXIMO
PERMITIDO DE 19 METROS
GABARITO MÁXIMO
PERMITIDO DE 30 METROS
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O JARDIM CAMPO BELO 64
CURVA DE RUÍDO
DA PISTA ATUAL
CURVA DE RUÍDO
DA FUTURA PISTA
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PROJETOS REFERENCIAIS
CAPÍTULO IV
“Sustentabilidade é viver dentro da
capacidade de suporte do planeta. — ECOCIDADE DE MALMÖ
Desenvolvimento sustentável é aquele
desenvolvimento que conduz a — ECOBAIRRO DE VAUBAN
sustentabilidade.”
— ECOBAIRRO DE WUHAN
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ECOCIDADE DE MALMÖ 70
Este prédio, chamado Orkanen, é o Departamento de Treinamento Em um bairro sustentável é essencial a interação entre moradores
para Educação Sustentável, também conhecido por Incubadora dos e visitantes além da oferta de atividades culturais. Stapelbäddsparken é
negócios, pois é também um local onde os empresários recebem apoio uma área dominada pelas pistas de skate e está recebendo investimento
para iniciar a construção sustentável de seus negócios. em outros esportes, como quadra de bocha, escalada e parques. O
objetivo é que a região se torne um ponto de convivência fértil para o
FIGURA IV-D - ORKANEN| DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO desenvolvimento de atividades próprias de grupos comunitários mais
Fonte: Western Harbour Guide, Malmö Stad
organizados.
6. Playground ecológico de Stapelbäddsparken
O parque Stapelbädd é um espaço destinado para as pessoas
conversarem, descansarem, se exercitarem e praticarem esportes. Além
disso possui um playgroud único que foi criado para a Expo Bo01e é ao
mesmo tempo educacional, ecológico e um importante meio de diversão
para as crianças.
FIGURA IV-E - PLAYGROUND ECOLÓGICO
Fonte: Western Harbour Guide, Malmö Stad
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ECOCIDADE DE MALMÖ 72
9. Ciclovias
7. Os Edifícios e a Linguagem Habitacional
É grande o investimento de Malmö para tornar a bicicleta o
A área residencial Flagghusen é constituída por 16 edifícios e
principal meio de transporte, a cidade tem quilômetros de ciclovias em
600 apartamentos, todos provenientes de projetos ecológicos visando
ótimas condições, rápidas e seguras, facilitando a chegada ao destino
o desenvolvimento sustentável do desenho urbano. Os cidadãos foram
8. O Mar
A partir deste ponto, olhando para o Norte é possível ver o moinho
de vento Boel, que fornece 100% da eletricidade utilizada no bairro.
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73
ECOCIDADE DE MALMÖ
10. HSB Turning Torso 11. Transporte Público
O edifício é um dos marcos de Malmö, junto ao mar o prédio tem Muitos investimentos foram feitos para tornar o sistema de
190m de altura e cerca de 2500 janelas, projetado por Santiago Calatrava. transporte público mais atraente. Os pontos de ônibus tem plataformas
Dividido entre salas para escritórios e apartamentos o edifício híbrido elevadas, itinerários eletrônicos e proteção contra intempéries. Além
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
apresenta medição de água e eletricidade em cada unidade, permitindo disso foram tomadas medidas para reduzir as emissões de gases nocivos,
que seus usuários consultem esse consumo pela internet e controlar como por exemplo abastecer os ônibus com uma mistura de 8% gás
o uso de acordo com as atividades. Além disso, o HSB Turning Torso é hidrogênio (proveniente da energia eólica) e 92% combustível veicular.
equipado com eficientes aparelhos para geração de energia e todos
os apartamentos possuem trituradores de alimentos residuais para a FIGURA IV-I - PONTO DE ÔNIBUS COM INTINERÁRIO ELETRÔNICO
separação do lixo orgânico, destinado para a produção de biogás. Fonte: Western Harbour Guide, Malmö Stad
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ECOCIDADE DE MALMÖ 74
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ECOCIDADE DE MALMÖ
17. 100% de Energia Renovável Local 19. Natureza
O objetivo do projeto para a região de Western Harbour foi atingir A natureza está presente em toda a cidade devido ao planejamento
um consumo de energia muito baixo sem perder o alto nível de conforto urbano consciente. A vegetação é rica e variada em vários parques, praças
exigido pelos moradores. O objetivo foi atingido com sucesso a partir do e ao longo das ruas. O plano é eficiente: utilizar o espaço para promover
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
sistema de energia de carbono neutro implantado no Bo01, com isso as a biodiversidade. Além dos espaços livres, grande quantidade de casas
pessoas tem 100% de energia renovável. tem telhados e paredes verdes, o que beneficia o clima local.
18. Arte 20.Sistema aberto de captação de águas pluviais
Há obras de arte de vários artistas na área de Western Harbour, No bairro de Western Harbour as águas de chuva não são enviadas
fazendo da região um local de diferentes formas de expressão. Um diretamente para o sistema de esgoto, elas passam por canais, lagoas
exemplo são as pedras polidas de Sundspromenaden, chamada de e fontes. Esse sistema não é apenas bonito para os moradores, mas é
“Diamantes por toda parte”, criada por Sigurdur Gudmundsson. também muito bom para o meio ambiente, pois a água é biologicamente
limpa antes de chegar em Öresund (estreito entre Dinamarca e Suécia).
FIGURA IV-K - SUNDSPROMENADEN A possibilidade de apreciar a água correndo beneficia o físico e a saúde
Fonte: Western Harbour Guide, Malmö Stad mental dos moradores.
21.Feira Orgânica Local
Os prédios não são as únicas coisas sustentáveis da região,
o restaurante Salt&brygga leva a sustentabilidade muito a sério,
concentrando o cardápio em alimentos orgânicos e produzidos
localmente. A comida que comemos afeta o meio ambiente de várias
maneiras, afinal a agricultura, o refino e o transporte de alimentos
consomem muita energia, que quando não é obtida por fontes
alternativas, contribuem para o efeito estufa.
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ECOCIDADE DE MALMÖ 76
22. Vento, Sol e água FIGURA IV-L - ESTAÇÕES DE LIXO À VÁCUO
Fonte: Western Harbour Guide, Malmö Stad
Grande parte da eletricidade utilizada na região é obtida através
das turbinas eólicas, além disso outros 1400m² de painéis solares são
responsáveis pelo aquecimento da água dos chuveiros e torneiras.
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ECOBAIRRO DE VAUBAN
HISTÓRICO:
Vauban é um eco-bairro localizado na cidade de
Freiburg, Estado Federal de Baden-Wuttemberg,
Alemanha. 1. O aquartelamento é desocupado pelo exército francês;
2. Entra em vigor o regulamento de planeamento urbano que permite às administrações
autárquicas desenvolverem novas zonas financiando as infra-estruturas públicas com a
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ECOBAIRRO DE VAUBAN 78
VAUBAN EM 7 ASPECTOS
Gestão e decisão
Forte envolvimento do poder político local;
Planeamento flexível do projecto (estratégia ―learning while planning”);
Organização colectiva dos cidadãos;
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ECOBAIRRO DE VAUBAN
Edifício Wohnen Und Arbeiten Existem também as casas “plus energy” são aquelas que produzem
mais energia do que consomem, um exemplo desse tipo de construção
Este edifício passivo de 4 pisos combina soluções ecológicas de é o Empreendimento Solar, projetado por Rolf Dish, um dos pioneiros da
grande qualidade com um conceito de morar e trabalhar no mesmo Arquitetura Bioclimática.
edifício, que permite a redução dos custos, da emissão de co2 e do
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
tempo despendido com os transportes no trajeto casa/emprego. Oferece Pouco exuberante e com uma aparencia menos tecnológica,
16 apartamentos e 4 escritórios, com áreas entre os 36 e os 168 m2, parece um ordinário conjunto de sobrados. O que chama a atenção é a
complementados por salas e jardins de uso comunitário. superfície brilhante da cobertura e a matiz cromática das suas paredes,
que permitem aos donos escolherem a cor de sua casa.
Soluções sustentáveis incluídas no projecto:
Essas casas tem amplos envidraçados a sul e painéis fotovoltáicos
• pequeno gerador a gás natural para aquecimento e produção de de alto rendimento nos telhados. Os edifícios estão ligados a rede
energia eléctrica; pública de eletricidade, injetando cerca de 9000kwh/ano excedentes de
• dispositivos foto voltaicos com capacidade para produzirem 3 produção, não havendo necessidade de armazenamento em baterias,
kwp; o que é positivo, pois as baterias não conseguem acumular 100% da
energia produzida e tambémse degradam rapidamente, precisando de
• rede sanitária com sistema de drenagem de esgotos por vácuo; substituição periódica.
• fracções constituídas por apartamentos e escritórios; O aquecimento do empreendimento solar é garantido pela
central de co-geração do bairro.
FIGURA IV-N - WOHNEN UND ARBEITEN
Fonte: Moura, 2010.
FIGURA IV-O - EMPREENDIMENTO SOLAR
Fonte: Moura, 2010.
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ECOBAIRRO DE VAUBAN 80
A CO-GERAÇÃO TABELA IV-A - PRINCIPAIS INICIATIVAS PARA SUSTENTABILIDADE
Fonte: Moura, 2010, Edição: Autora.
A central é alimentada por raspas de madeira obtidos na
floresta negra próxima ao local. A proximidade da fonte de produção PRINCIPAIS INICIATIVAS PARA A SUSTENTABILIDADE
reduz os gastos com transporte e a emissão de gases de efeito estufa,
ECOLOGIA
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ECOBAIRRO DE WUHAN
O projeto de Wuhan seguiu os seguintes princípios:
1
LOCALIZAÇÃO: Wuhan, China (2007).
2
Tratamentos dos Poluentes: Tem a função de restauração de
recursos, através de estação de tratamento, dos ciclos de água, seja a
água de esgoto, cinza, ou água da chuva; do ciclo do solo no local, com
tratamento de materiais orgânicos reprocessado em “Neossolos“ e o ciclo
de energia pela biomassa da planta, em várias formas: caldeiras, digestão
anaeróbia e gaseificação.
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ECOBAIRRO DE WUHAN 82
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ECOBAIRRO DE WUHAN
FIGURA IV- U - APÓS A INTERVENÇÃO Foram feitos estudos de circulação dos ventos e clima através
Fonte: Arquivos particulares da Phytorestore Brasil da geotermia, dessa maneira foi possível escolher os melhores eixos de
construção.
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
FIGURA IV- X - ESTRATÉGIAS DE ESPAÇOS NATURAIS PARA COMPOR UMA FIGURA IV- AA - IMPLANTAÇÃO DOS JARDINS FILTRANTES®
REDE ECOLÓGICA Fonte: Arquivos particulares da Phytorestore Brasil
Fonte: Arquivos particulares da Phytorestore Brasil
FIGURA IV- Z - CROQUIS DE ESTUDO FIGURA IV- AB - FOTOS DOS JARDINS FILTRANTES®
Fonte: Arquivos particulares da Phytorestore Brasil Fonte: Arquivos particulares da Phytorestore Brasil
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ECOBAIRRO DE WUHAN
FIGURA IV- AC - CIRCUITO SUSTENTÁVEL
Fonte: Arquivos particulares da Phytorestore Brasil
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área de
biomassa estacionamento
jardim
filtrante
RIO YANG TSÉ jardim
filtrante
BIODIVERSIDADE RECUPERAÇÃO DA NATURAZA OS 3 CICLOS DA ÁGUA CENTRO DE VIVÊNCIA DIVERSIDADE DE ATIVIDADES EQUIPAMENTOS COLETIVOS E SOCIAIS
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ECOBAIRRO DE WUHAN 86
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PARQUE LINEAR SAGRERA 88
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89
PARQUE LINEAR SAGRERA
FIGURA IV-AI - PLAN MASSE FIGURA IV-AK - CORTES DO PARQUE CAMIL COMTAL - LA SAGRERA
Fonte: www.worldlandscapearchitect.com Fonte: www.worldlandscapearchitect.com
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aplicação das referências ao projeto 90
Os projetos referenciais são muito importantes na elaboração de Howard desenvolveu o modelo de cidade-jardim visando articular
qualquer projeto, servem como base inspiradora e criativa, ou ainda como a cidade com a natureza, em sua proposta o verde tem uma presença
um experimento, já que as vezes a aplicação de um mesmo conceito em forte, sendo sempre utilizado para separar as funções na cidade e para
diferentes lugares trazem resultados únicos. Isso se deve ao fato de que limitar seu crescimento com cinturões verdes. Em sua proposta Howard
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91
aplicação das referências ao projeto
O ecobairro se aproxima da teoria de metabolismo urbano circular Um bom indicador do metabolismo urbano das cidades e bairros
proposta por Richard Rogers (2001) em contraposição ao metabolismo é a ferramenta proposta por Wackrnagel e Rees (1996), denominada
urbano linear, pois segundo Rogers o consumo deve ser reduzido e a como “pegada ecológica”. O cálculo da pegada ecológica é feito pela
reutilização maximizada, aumentando a eficiência da cidade e reduzindo contabilização dos fluxos de matéria e energia que entram e saem de
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
seu impacto no meio ambiente. um sistema econômico, depois é preciso converter os fluxos em área
correspondente de terra ou água existente na natureza para sustentar
FIGURA IV-AL - CIDADES COM METABOLISMO LINEAR esse sistema, ou seja, segundo Bellen (2005:103) “(...) calcular a capacidade
Fonte: ROGERS (2001:31) de carga do ambiente”.
Segundo Rogers (2001), “as pegadas ecológicas das cidades
existentes já cobrem virtualmente todo o globo e, à medida que as
cidades crescem, aumenta a competição e exploração pelos recursos e
cresce assim também a pegada ecológica.” (GOMES, 2009:48)
O ecobairro tem uma estrutura de funcionamento que visa a
diminuição da pegada ecológica através de alternativas sustentáveis,
algumas das quais são um objetivo de implementação no Jardim Campo
Belo, conforme segue abaixo:
• Centro de Treinamento para Educação Sustentável (edifício
FIGURA IV-AM - CIDADES COM METABOLISMO CIRCULAR energeticamente eficiênte - paineis solares e fotovoltáicos, reúso de
Fonte: ROGERS (2001:31) águas cinzas, panos de vidro que permitam a iluminação natural, etc);
• Pontos verdes de lazer para convivência e prática de esportes por
exemplo (parques e praças públicas, com playground, quadras, pista
de cooper e demais infra-estruturas);
• Postos de reciclagem e coleta de lixo à vácuo;
• Ciclovias e calçadões;
• Captação de águas pluviais e biovaletas;
• Jardins Filtrantes® para tratamento do efluente sanitário.
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DIRETRIZES PROJETUAIS
“Cada sociedade e geração desenvolve
a sua própria forma de “habitat”
CAPÍTULO V
e configura o seu próprio modelo
respondendo às condições económicas, — O ECOBAIRRO
sociais e urbanas da sua época. A época
contemporânea tem necessidade — REDES TÉCNICAS AMBIENTAIS URBANAS
de caminhar para um modelo de
desenvolvimento compatível com o — DIRETRIZES PROJETUAIS
meio ambiente, como é preconizado
pelo desenvolvimento sustentável”. — PROGRAMA DE NECESSIDADES
3
concreta de um urbanismo compatível com o meio ambiente, reduzindo
os impactos ambientais causados pela vida na cidade e contribuindo
para a regeneração urbana e para sua expansão dentro dos parâmetros Espaço Verdes em Rede com Expressão Significativa
ecológicos.
A imagem do ecobairro é verde, sendo que essa estrutura verde
Segundo Gomes (2009), embora o ecobairro não seja um modelo deve permitir o equilíbrio da densidade urbana vigente. Dessa maneira,
de implementação do desenho urbano, pois é um conceito que permite a é importante projetar espaços abertos e integra-los com percursos para
valorização da identidade territorial de seus habitantes em paralelo com pedestres e para ciclistas que devem se desenvolver em corredores
a dinâmica social pré-existente; é possível enumerar alguns princípios verdes capazes de dar continuidade à estrutura ecológica existente.
orientadores na estrutura fundamental de um “bairro verde”, são eles:
1
“Os espaços verdes devem cumprir todas as suas funções, ou seja:
contribuir para o aumento de superfície permeável como infra-estrutura
Respeito e Valorização pela Estrutura Ecológica para a água urbana; concretizar espaços de recreação, espaços destinados
à agricultura urbana, enquadramento de percursos e edifícios; contribuir
O desenvolvimento urbano de um bairro deve preservar, integrar para o clima urbano; aumentar a biodiversidade e contribuir para retardar a
e se necessário equilibrar/ou compensar as áreas de reserva natural acumulação das substâncias de origem entrópica”. (GOMES, 2009:111)
4
existentes na estrutura biofísica do local. Dessa maneira, é preciso
considerar a manutenção da biodiversidade, assim como todas as outras
funções que influenciem na sua sobrevivência. Orientação Solar Favorável
Nesse aspecto, cabe ressaltar a importância dos conceitos É importante que o projeto de edifícios sempre considere
ecológicos, que serão abordados no decorrer deste capítulo, referentes a a orientação solar favorável ao uso de energias renováveis e ao
“Corredores ecológicos”, “Stepping Stones”, “Conectividade da Paisagem” aproveitamento da luz solar, fato que reduz o consumo e mantem o
e “Manchas”. conforto térmico dentro das edificações.
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5
95 O ECOBAIRRO
Esses princípios são importantes norteadores no planejamento
Transporte Público Energeticamente Eficiente
de um ecobairro, pois mostram as diretrizes sustentáveis para atingir
Desencorajar o Uso do Carro Privado um metabolismo circular. O intuito é fazer com o bairro tenha uma infra-
estrutura capaz de fazer circular os fluxos de entrada de saída, conforme
Todas as formas de transporte público dever dar preferência ao a figura abaixo:
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6
Fonte: Autora
7
RECICLAGEM
LIXO
Redução do Consumo da Água RECICLÁVEL PLANTAÇÃO
DE SUPRIMENTOS
LIXO
BÁSICOS
Aproveitamento Ecológico das Águas Pluviais NÃO-RECICLÁVEL
LIXO
Reaproveitamento das Águas Residuais SAÍDA DE LIXO ORGÂNICO
COMPOSTAGEM
E ESGOTO
Para reduzir o consumo de água é preciso rever comportamentos
que estão diretamente ligados ao desperdício, além de introduzir na CHORUME
8
ADUBO PARA
BIOGÁS
HORTAS E JARDINS
COMBUSTÍVEL
JARDINS
Reduzir, Reaproveitar e Reciclar os Resíduos Urbanos FILTRANTES IRRIGAÇÃO
TRANSPORTE
A reciclagem total dos resíduos urbanos já é uma realidade, dessa PÚBLICO
PIAS E VASOS
forma é fundamental que um ecobairro possua pontos estratégicos de SANITÁRIOS
coleta seletiva de lixo, além de uma central de compostagem. ÁGUA PARA
REÚSO
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as redes técnicas ambientais urbanas 96
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97
as redes técnicas ambientais urbanas
“Redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades, FIGURA V-B - OCEAN PARKWAY, BROOKLYN - NYC
e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e Fonte: nycbikemaps.com
os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura”
(CASTELLS, 1999:497).
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as redes técnicas ambientais urbanas 98
O sistema de redes técnicas ambientais urbanas que pretende materiais e recursos físicos, e sim segundo sua dimensão relativa, a
ser instalado no Jardim Campo Belo - Campinas, visa fortalecer conexões qual considera o espaço como um sistema de objetos interconectados
já existentes e acrescentar novos nós de acordo com o estudo de submetidos às ações sociais e ambientais.
potêncialidades. Assim como foi visto no levantamento de informações
Dessa forma, embora reconhecida a importancia da questão
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99
diretrizes projetuais
Nesta etapa do trabalho serão apresentados levantamentos ZONA 03
do Jardim Campo Belo que permitem o traçado inicial das diretrizes
projetuais. Dessa maneira, devido ao enfoque ambiental adotado como • Zona residêncial, destinada aos usos habitacionais unifamiliares e
partido de projeto, a primeira preocupação foi investigar a interferência multifamiliares: o comércio, os serviços e as instituições de âmbito
local serão permitidos com restrições quanto à localização.
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DIRETRIZES AMBIENTAIS N
LEGENDA
1:7500
HIDROGRAFIA
ÁREA DE VÁRZEA
ÁREA DE PROTEÇÃO
PERMANENTE (APP)
ÁREA VERDE
CURVAS DE NÍVEL
DE 1M EM 1M
Macrozona 07
MAPA
V-A
ZONEAMENTO N
LEGENDA
SEM ESCALA ZONA 18
Zona destinada à proteção
de áreas e/ou espaços de
interesse ambiental e à
preservação de edificações
de interesse sócio-cultural.
ZONA 03
Zona com permição de
comércio de serviços
especiais
ZONA 03
Zona residêncial, destinada
aos usos habitacionais
unifamiliares e multi:
o comércio, os serviços e as
instituições de âmbito local
serão permitidos com
restrições quanto à
localização.
Macrozona 07
MAPA
V-B
diretrizes projetuais 102
Após tomar conhecimento da influencia das leis ambientais TABELA V-A - COMÉRCIOS E SERVIÇOS
e de uso e ocupação do solo na região, juntamente com a análise das Fonte: Autora
condicionantes feita no capítulo III já seria possível levantar algumas LISTA DE COMÉRCIOS E SERVIÇOS NO JARDIM CAMPO BELO
potencialidades projetuais, no entanto é preciso conhecer mais TIPO NOME ENDEREÇO
ALIMENTAÇÃO
na Rua Um, que fica paralela a Rod. Miguel Melhado Campos, sendo RESTAURANTE CAIPIRÃO Rua Um, s/n
assim a principal rua de acesso ao Jardim Campo Belo. Nessa rua também BAR CRISTAL Rua Um, s/n
LOJA DO IRMÃO R. Doutor Alcindo Duarte da Conceição, 777
é muito comum a presença de vendedores ambulantes e feiras livres nos
PADARIA NOVA ERA R. Doutor Alcindo Duarte da Conceição, 812
finais de semana.
AÇOGUE JM R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 626
O segundo foco comercial se desenvolve ao longo do eixo viário SIDINELSON LANCHONETE R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 446
SORVETERIA R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 236
asfaltado que corta o bairro de norte a sul, a R. Doutor Mathias José de
BAR N. SRA. DA CONCEIÇÃO R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 72
Barros Ponikwar. CENTER CARNES R. Doutor Mário Januário Matallo, 719
GOMES TINTAS Rua Um, s/n
FIGURA V-E - JARDIM CAMPO BELO EM DIA DE FEIRA - RUA UM ALPHA CONSTRUÇÕES Rua Um, s/n
CONSTRUÇÃO
MATERIAIS DE
Fonte: Google Photos CASA DA CONSTRUÇÃO Rua Um, s/n
SP MATERIAIS CONSTRUÇÃO Rua Um, s/n
ARAÚJO & OLIVEIRA R. Doutor Alcindo Duarte da Conceição, 46
TAPEÇARIA FIRMINO R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 634
SUSI CONSTRUÇÕES R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 103
MÓVEIS CAMPO BELO Rua Um, s/n
CONSUMO
BENS DE
FABI GÁS Rua Um, 107
BAZAR ARMANDINHO Rua Um, s/n
MÓVEIS USADOS R. Doutor Mathias José de Barros Ponikwar, 448
VENEZA CENTRO
Rua Um, s/n
AUTOMOTIVO
BORRACHARIA FL Rua Um, 80
CHAVEIRO ANDRÉA R. Irineu dos Santos, 359
SERVIÇOS
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103
diretrizes projetuais
FIGURA V-F - COMÉRCIOS NA RUA UM
Fonte: Google Photos
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
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USOS N
LEGENDA
1:5.000
RODOVIA MIGUEL
MELHADO CAMPOS
EIXOS COMERCIAIS
CURVAS DE NÍVEL
DE 1M EM 1M
PREDOMÍNIO DE
USO COMERCIAL
PREDOMÍNIO DE
USO RESIDENCIAL
INSTITUCIONAL
SEM OCUPAÇÃO
ÁREAS VERDES
ÁREAS DE MATA
NATIVA
Macrozona 07
MAPA
V-C
diretrizes projetuais 106
1. Lotes Murados não Utilizados:
Desde os anos 70 o debate sobre vazios urbanos vem ganhando
importância no Brasil, isso porque o processo de crescimento das São os terrenos fechados que a população não tem acesso, dessa forma
cidades em direção a periferia sempre apresentava terrenos vagos em permanecem intactos, sem intervenção no cotidiano do bairro.
seus interstícios, os quais eram mantidos fora do mercado à espera da 2. Lotes Abertos com Utilização Indireta:
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LOTES SEM OCUPAÇÃO N
LEGENDA
1:5.000
RODOVIA MIGUEL
MELHADO CAMPOS
CURVAS DE NÍVEL
DE 1M EM 1M
LOTES MURADOS
NÃO UTILIZADOS
ÁREAS VERDES
ÁREAS DE MATA
NATIVA
Macrozona 07
MAPA
V-D
programa DE NECESSIDADES 108
BIOVALETA EM PORTLAND
Fonte: Nathaniel S. Cormier
EASTERN PARKWAY EM NY
Fonte: fredericklawolmsted.com
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109
programa DE NECESSIDADES
REDE DE INFRA-ESTRUTURA VERDE
JARDINS FILTRANTES®
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
VIVEIRO
• Plantação e cultivo de espécies nativas,
principalmente as plantas utilizadas nos
Jardins Filtrantes® e Hortas;
• Controle de qualidade das espécies vegetais;
Fonte: Ícones Green Map®
VIVEIRO “TE AMO SÃO PAULO”
Fonte: Itubanaiá
HORTA URBANA
• Cultura de frutas e legumes para consumo
da população carente e venda em feiras
livres orgânicas locais;
• Função pedagógica: hortas como
instrumento de educação ambiental;
Fonte: Ícones Green Map®
HORTA URBANA EM SETE LAGOAS-MG
Fonte: emater.mg.gov.br
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programa DE NECESSIDADES 110
REDE DE RESÍDUOS
CENTRAL DE COMPOSTAGEM E RECICLAGEM
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111 programa DE NECESSIDADES
REDE DE ESPORTE E LAZER
PLAYGROUND ECOLÓGICO
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
QUADRA POLIESPORTIVA
• Pintura do piso com tinta mineral sustentável tipo Solum®, feita a
base de água e pigmentos extraídos da terra de jazidas;
• Vestiários Feminino e Mesculino energeticamente eficiêntes e
reúso de água nos vasos sanitários;
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programa DE NECESSIDADES 112
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FLUXOGRAMA DE RELAÇÃO ENTRE AS REDES
LEGENDA
CARACTERÍSTICAS
DO BAIRRO
REDE DE CULTURA
E CAPACITAÇÃO
REDE DE RESÍDUOS
REDE DE LAZER E
ESPORTES
REDE VERDE
ÍCONES
Fonte: Green Map®
FIGURA
V-H
potencialidades e propostas 114
A partir dessas informações é possível dar início ao traçado nem é ao menos asfaltada, embora seja larga e ampla a circulação é
das redes técnicas existentes no bairro e começar a identificar suas muito ruim, pois existem buracos no chão e não há diferenciação alguma
potencialidades. A primeira rede que será apresentada a seguir é a rede entre faixa de veículos e faixa de pedestres.
do sistema viário, que se desenvolve principalmente nas ruas asfaltadas.
Dessa maneira, após cortar a rodovia em algum ponto aleatório,
ÁREA DE
INTERVENÇÃO
I
ON
AR
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KIW
BE
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VIAS EXPRESSAS
S
RUA
OS
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SP
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ANT
AR
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OS VIAS ARTERIAIS
EB
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A
UM
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115 potencialidades e propostas
FIGURA V-I - RODOVIA MIGUEL MELHADO CAMPOS
Fonte: Autora
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
É provável que a Rua Um devesse funcionar como uma marginal • Utilização dos modelos de vias-verdes;
da Rodovia Miguel Melhado Campos, no entanto o primeiro erro está em
não considerá-la como uma Avenida, visto que o trânsito local deve ser • Pavimentação de todas as ruas do Jardim Campo Belo com asfalto
ameno por se tratar de uma via que corta o bairro e tem alto fluxo de ecológico e biovaletas;
1% 2% 2% 2% 2% 1%
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117
potencialidades e propostas
FIGURA V-G - CORTE ESQUEMÁTICO DA VIA VERDE PRETENDIDA PARA AS FIGURA V-I - TRAÇADO INICIAL PARA ESTUDO DAS VIAS
VIAS ARTERIAIS NO INTERIOR DO BAIRRO Fonte: Autora
Fonte: Autora
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
1% CALÇADA
CALÇADA 2% CICLOVIA
VIA ÚNICA PAVIMENTADA
COM ASFALTO ECOLÓGICO
BIOVALETA LATERAL
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
CALÇADA CALÇADA
VIA ÚNICA PAVIMENTADA CICLOVIA
COM ASFALTO ECOLÓGICO
BIOVALETA LATERAL
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
FIGURA V-H - CORTE ESQUEMÁTICO DA VIA VERDE PRETENDIDA PARA AS
VIAS SECUNDÁRIAS NO INTERIOR DO BAIRRO
Fonte: Autora
2% 1%
CALÇADA 2% 1% CALÇADA
VIA ÚNICA PAVIMENTADA
COM ASFALTO ECOLÓGICO
BIOVALETA LATERAL
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
CALÇADA CALÇADA
VIA ÚNICA PAVIMENTADA
COM ASFALTO ECOLÓGICO
BIOVALETA LATERAL
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
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potencialidades e propostas 118
Ainda dentro da rede viária, além de propor a qualificação Essa intervenção se deve ao fato da Av. Quatro cortar uma
das ruas existentes através do conceito de vias-verdes, será proposto importante estrutura ecológica marcada pela mancha de cor verde
nesse trabalho a “demolição” de dois trechos da Av. Quatro, localizada escuro. O desenvolvimento urbano de um bairro deve preservar, integrar
na fronteira norte do bairro. Essa intervenção será feita no segmento e se necessário equilibrar/ou compensar as áreas de reserva natural
TRECHOS VIÁRIOS A
SEREM DEMOLIDOS
CIDADE
SINGER
JARDIM
SÃO JOÃO
JARDIM
CAMPO BELO I VILA
JARDIM PALMEIRAS II
COLUMBIA
JARDIM VILA
CAMPO BELO II PALMEIRAS I
M
RGE
JARDIM
PUCCAMP JARDIM
CAMPO
BELO III JARDIM
MARISA
JARDIM
D. GILBERTO
JARDIM
JARDIM SÃO DOMINGOS
ARDIM
ITAGUAÇU I
NANDA II
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119
potencialidades e propostas
A conexão de pontos verdes em uma rede ecológica é muito ecológico, são os stepping stones, que em português significam“trampolins
importante para garantir a qualidade ambiental. É evidente que em um ecológicos” ou “pontos de ligação”. Podem ser definidos como pequenas
ambiente urbano a continuidade ininterrupta de uma mancha verde ou áreas de habitat natural dispersas pela matriz e que podem, dependendo
de um corredor ecológico é inviável, afinal as cidades são compostas do fator escala, facilitar os fluxos entre manchas (FORMAN, 1995).
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potencialidades e propostas 120
Apesar da importância dos pequenos núcleos para a montagem Assim como está descrito no programa de necessidades, pretende-
da rede, o grande potencial está no maciço verde à leste do bairro, no se implantar também nessa área a Tecnologia de Jardins Filtrantes® para
qual será proposto o projeto de um Parque Público. Os parques são áreas o tratamento/refinamento de esgoto doméstico do bairro, visto que o
muito importantes para a cidade, pois além de permitirem o contato da Jardim Campo Belo não possui rede de esgoto.
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121
potencialidades e propostas
FIGURA V-K- JARDINS FILTRANTES® EM HONFLEUR - FRANÇA
OS CINCO PRINCÍPIOS DOS JARDINS FILTRANTES®
1
Fonte: Imagens cedidas pela Phytorestore Brasil
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
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potencialidades e propostas 122
Outros dois núcleos de destaque na rede verde são as hortas FIGURA V-M- VIVEIRO DE INHOTIM
urbanas e o viveiro de mudas. A produção local é muito representativa Fonte: inhotim.gov.br
para uma população carente, pois permite o acesso a gêneros alimentícios
sem compromentimento financeiro e ainda é uma possibilidade de renda
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123
potencialidades e propostas
MAPA V-I- PROCESSO DE PROPOSTA DA REDE VERDE
Fonte: Autora
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
Atualmente a região apresenta A primeira proposta para A potencialidade identificada para o As linhas trecejadas representam as
alguns pontos verdes, porém são reestruturação ecológica é fechar dois ponto amarelo, foi a criação de uma principais vias verdes responsáveis
áreas abandonadas e de baixa trechos da Av. Quatro e reconectar o praça referência para o bairro, na pela conexão entre os pontos
qualidade. coredor ecológico, permitindo o fluxo qual a frequência seria destinada ao potenciais, otimizando o fluxo pela
A população faz uso de alguns desses biológico. convívio, sem muita agitação de lazer rede verde.
espaços para lazer, principalmente Além disso, é necessário considerar as e esportes por estar localizada ao
as crianças, que adoram as áreas APPs, assim, serão plantadas novas lado do Centro de Saúde. Os pontos
abertas para jogar bola e brincar. vegetações ao longo do corrégo, em laranja, pelo contrário, seriam
A paisagem ecológica do estendendo a largura do corredor destinados a praças com atividades
local encontra-se visivelmente ecológico. mais agitadas, como skate e exercícios.
fragmentada pela Av. Quatro, que Ainda nesta etapa, foram Já os pontos em rosa, por serem
corta o suposto corredor de mata considerados três novos pontos extensos e próximos, seriam espaços
nativa. verdes de interesse, privistos segundo potenciais para hortas.
a lei de uso e ocupação do solo da Por fim, a grande mancha em salmão
região. completariam a rede com um parque
público/jardins filtrantes.
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potencialidades e propostas 124
Uma vez que a proposta de reestruturação ecológica com a Dessa maneira, esses pontos tem grande potencial para a
formação de uma rede verde foi proposta, é preciso pensar em sua implantação de ecopontos, afim de promover a coleta de lixo seletiva.
manutenção, caminhando sempre em direção a qualidade ambiental. Em paralelo a essa proposta, outras potêncialidades são a Central
Dessa forma, através da análise de usos feitos pela população dos terrenos de Reciclagem e Compostagem, as quais não precisam funcionar
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125
potencialidades e propostas
O ecoponto já é uma realidade de sucesso e vem crescendo No distrito de Pirituba, em São Paulo, os ecopontos são distribuídos
cada vez mais no Brasil. O sistema é simples e pode ser implantados de em duas escalas: Ecoponto - para pequenos volumes de entrulho (até
diversas maneiras. Em primeiro lugar, o sistema de ecoponto se baseia 1m²); e Mini Ecoponto - para pequenos resíduos domésticos. E ainda
na entrega voluntária dos rejeitos aos locais determinadas para esse existe a Central Ecoponto, composta de diversas caçambas para coleta
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
fim.Em segundo, os ecopontos podem funcionar em diferentes escalas de grandes objetos como: sofás, armários, cadeiras, camas, colchões,
para atender as diversas demandas que variam desde pequnos volumes eletroeletrônicos, eletrodomésticos, equipamentos de informática, som
de lixo doméstico, entulho e até mesmo grandes objetos como móveis e telefonia usados.
usados.
FIGURA V-N- ECOPONTO EM PIRITUBA-SP FIGURA V-O- CENTRAL ECOPONTO CODECA EM CAXIAS DO SUL
Fonte: pirituba.gov Fonte: Codeca
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126
1
A coleta seletiva é uma ação voluntária que depende da CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
conscientização popular para dar certo. Dessa maneira, a proposta de
implantação do sistema de ecopontos está diretamente ligada com o Este local foi considerado potencial para a implantação do CCPEA,
Centro de Capacitação e Educação Ambiental, que pretende oferecer pois além de apresentar uma grande metragem disponível, fato que
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
aos habitantes do Jardim Campo Belo e vizinhança cursos de gestão atende a demanda física da construção, a área está localizada no “portal”
ambiental, oficinas de reciclagem e cursos técnicos em diversas áreas, de entrada do bairro, onde o fluxo de pessoas é intenso, a visibilidade é
visando a indução do crescimento econômico vinculado a qualidade privilegiada e é de fácil acesso para todos.
ambiental.
2
MAPA V-K - POTENCIALIDADES PARA IMPLANTAÇÃO DOS NÚCLEOS CENTRAL DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM
Fonte: Autora
A potencialidade do ponto se justifica pelo tamanho do terreno
disponível, compatível com o porte físico da obra e pela localização
mais afastada, afinal o local terá um fluxo considerável de movimentação
2 de cargas residuais, a qual não é interessante ficar próximo a centros
de concentração comercial e populacional devido ao mal cheiro e a
3 interferência prejudicial ao tráfego veicular.
3
ECOPONTO CENTRAL
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potencialidades e propostas 128
Os momentos de lazer são muito importantes para a manutenção entanto, embora as condições do campo sejam boas, sua localização é
da saúde física e mental das pessoas, além de ser um auxílio no combate completamente inadequada, uma vez que está ao lado do Centro de
contra o estresse e a depressão. Sendo assim a falta de um local apropriado Saúde, um lugar que requer silêncio.
para o lazer saudável se torna um problema na medida que acentua a
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129
potencialidades e propostas
FIGURA V-Q- LAZER NO CAMPO BELO FIGURA V-R- PLAYGROUND ECOLÓGICO EM NORONHA
Fonte: Autora Fonte: noronha.pe.gov
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
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CONJUNTO DE PROPOSTAS LEGENDA
LOTES MURADOS
NÃO UTILIZADOS
Macrozona 07
MAPA
V-M
potencialidades e propostas 132
O PROJETO
• PROGRAMA DE NECESSIDADES
• PARTIDO ARQUITETÔNICO
CAPÍTULO VI
• O TERRENO/ LEVANTAMENTO DO ENTORNO
• VOLUMETRIA
“Admiro os poetas. O que eles dizem
com duas palavras nós temos que • SETORIZAÇÃO/ CIRCULAÇÃO
exprimir com milhares de tijolos.” • CIRCUITO HIDRÁULICO/ ÁGUA DE REÚSO
VILANOVA ARTIGAS • ESTRUTURAS
• ESTUDO SOLAR/ BRISES
• SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA
• PERSPECTIVAS
ensino: um transformador social 136
CROQUIS DE ESTUDO
Após estudar a fundo o bairro Jardim Campo Belo em Campinas/
SP, foi possível levantar uma série de potencialidades e propostas,
conforme visto no capítulo anterior. Dessa forma, para dar continuidade
a este trabalho foi necessário escolher um dos núcleos da rede técnica
hortas, no pomar, no viveiro de mudas e até mesmo no Centro de Reciclagem e Compostagem, conforme mostra o mapa abaixo:
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CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 138
Afim de oferecer um suporte básico à essas atividades práticas A volumetria apresentada na figura VI-B foi pensada para
que ocorrerão ao ar livre, foi desenvolvido um módulo de apoio, um funcionar como uma casca em estrutura metálica que pudesse ser
espaço semi-coberto com área livre, lavatório e sanitário. O intuito é que transformada de acordo com o uso de cada módulo, tanto externamente
funcione como um “deck” permitindo diversos tipos de uso, flexibilidade quanto internamente. Por exemplo, em situações mais informais, o
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TABELA VI-A - LISTA DE CURSOS PRETENDIDOS
139
Fonte: Autora
MEIO AMBIENTE 3 semestres e Meio Ambiente • Sistemas de Tratamento de Água • Educação Ambiental • Estudos de Química - Laboratório de
educação ambiental e identificar as intervenções ambientais; analisar suas
Impacto Ambiental • Gestão de Recursos Hídricos • Gestão de Resíduos Sólidos • Sistemas de Experimentos - Área ao ar livre
consequências e operacionalizar a execução de ações para preservação,
Tratamento de Efluentes
conservação, otimização, minimização e remediação dos seus efeitos.
Habilitar profissionais em criação, planejamento e execução de projetos de • Comunicação Oral e Escrita • Linguagem Compositiva do Design • História do Mobiliário •
CURSO TÉCNICO EM 900h - 1 Sala de Aula - Ateliê de Projetos -
móveis com inovação estética, formal, funcional e tecnológica considerando Desenho Técnico • Normas Técnicas • Geometria • Processo Produtivo Moveleiro • Materiais •
DESIGN DE MÓVEIS 3 semestres Oficina de Produção
aspectos relativos à conservação ambiental. Equipamentos • Tratamento de Resíduos • Reciclagem • Técnicas de Construção
• Botânica • Sementeiras • Solo e Adubação • Reprodução Vegetativa • Árvores • Floríferas • 1 Sala de Aula - Área ao ar livre
CURSO LIVRE DE
Técnicas básicas de jardinagem e preservação do meio ambiente. 1 - 4 meses Forração • Fruticultura • Arbustos e Trepadeiras • Gramados • Hortas • Pragas e Doenças em para Hortas, Árvores, Arbustos,
JARDINAGEM
Plantas Estufa, etc.
TREINAMENTO PARA Promover aprendizado básico em Educação Ambiental e desenvolvimento • Palestras: Sociedades Sustentáveis, Preservação do Meio Ambiente, Energias Renováveis, 1 Sala de Projeção - Ateliê para
AÇÕES MAIS sustentável. Técnicas simples práticas para o 1 dia Tratamento de Resíduos-Reciclagem e Compostagem, etc. oficinas - Área livre, horta e
SUSTENTÁVEIS dia-a-dia. • Atividades Práticas: oficinas de reúso, dinâmicas em grupo, atividades na horta, etc. estufa.
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140
TABELA VI-B - PROGRAMA DO EDIFÍCIO
Fonte: Autora
PROGRAMA DE NECESSIDADES
ATIVIDADES ESPAÇO QUANT PESSOAS EQUIPAMENTOS ÁREA (UN) ÁREA TOTAL
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141
CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• PARTIDO ARQUITETÔNICO Outra técnica aliada as plantas foi utilizada para o tratamento
do esgoto sanitário do edifício através dos Jardins Filtrantes®, uma
Em ambos os casos, tanto no edifício do CPEA, quanto no módulo
tecnologia patenteada pela empresa Phytorestore, na qual o tratamento
de apoio adotou-se o partido de Jardins Verticais, ou paredes verdes,
dos efluentes é feito através das plantas, pelo fenômeno conhecido como
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CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 142
RESIDÊNCIAS
COMÉRCIO
Área de Intervenção
4750m²
Loja de Materiais
para contrução
INCORPORAÇÃO AO PROJETO
-OFICINAS DE CONSTRUÇÃO-
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143
CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 7m ROV. MIGUEL MELHADO CAMPOS
i=5% 10m
vias superiores
trânsito local
um planejamento viário adequado. Primeiramente, não são todas as ruas Fonte: Autora
do Jardim Campo Belo que estão asfaltadas atualmente, o que restringe
o acesso à alguns pontos do bairro. Dentre as ruas asfaltadas, a mais PRAÇA CENTRAL
DESENHO ÚNICO CALÇADA+RUA
AVENIDA DE FLUXO LOCAL
SEPARAÇÃO DOS FLUXOS LOCAIS
CICLOVIA CALÇADA
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
movimentada é a Rodovia Miguel Melhado Campos, onde está localizado vias superiores RECONEXÃO DO BAIRRO
CENTRO DE
trânsito local CAPACITAÇÃO
o terreno escolhido para a implantação do CPEA, representa a principal PROFISSIONAL
E EDUCAÇÃO
SS
• Pavimentação de todas as ruas do Jardim Campo Belo com asfalto
ACE
ecológico e biovaletas;
• Definição de sentidos obrigatórios dos fluxos de carros em todas as
ruas do bairro;
• Adição de ciclovias em algumas ruas arteriais internas do bairro,
formando um circuito planejado para os ciclistas se locomoverem FLUXO DE
SAÍDA FLUXO DE ENTRADA
com mais facilidade e segurança; NO BAIRRO
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CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 144
vias inferiores
trânsito rodoviário
CORTE ESQUEMÁTICO
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145
CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Praça Central representa um grande espaço em potencial para FIGURA VI-G- THE PARK, DALLAS (EUA)
a região, visto que além de restabelecer a conectividade entre os pólos Fonte: theparkdallas.org
do bairro é uma rica área de convívio e lazer, além de funcionar como um
TFG 2012 ECOBAIRRO JARDIM CAMPO BELO| CAMPINAS - SP
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CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 146
Serviços
Iluminação
Zenital
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147 CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
FIGURA VI-J - PERSPECTIVAS DO EDIFÍCIO • CIRCUITO HIDRÁULICO/ÁGUA DE REÚSO
Fonte: Autora
O Edifício conta com duas origens de água para resúso: águas
pluviais e águas resultantes do tratamento dos Jardins Filtrantes®, ambas
armazenadas em um reservatório subterraneo.
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RESERVATÓRIO SUBTERRÂNEO
Pavimento
superior
Pavimento ÁGUA PARA REÚSO/ SEGUE PARA O RESERVATÓRIO
inferior
superior
inferior ÁGUA RESIDUAL/ SEGUE PARA JARDINS FILTRANTES
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CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 148
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149
CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• ESTUDO SOLAR E BRISES
FIGURA VI-O - FACHADA LESTE (LATERAL DIREITA) FIGURA VI-P - FACHADA OESTE (LATERAL ESQUERDA)
Fonte: Autora Fonte: Autora
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FACHADA LESTE
FACHADA OESTE
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CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 150
FACHADA SUL
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151 CENTRO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA
FIGURA VI-S- INFOGRÁFICO DE SUSTENTABILIDADE O Centro de Capacitação Profissional e Educação Ambiental foi
Fonte: Autora projetado de acordo com os parâmetros de sustentabilidade ecológica,
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152
FIGURA VI-U- PERSPECTIVA GERAL
Fonte: Autora
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154
FIGURA VI-X- PERSPECTIVA FRONTAL-LESTE
Fonte: Autora
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156
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158
FIGURA VI-AC’- PERSPECTIVA DA COBERTURA-RAMPA (CPEA)
Fonte: Autora
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160
FIGURA VI-AE’- PERSPECTIVA DA DO CONJUNTO/ PRAÇA + EDIFÍCIO
Fonte: Autora
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ANEXOS
“Sejam as leis claras, uniformes e
precisas, porque interpretá-las é o
mesmo, quase sempre, que corrompê-
las.”
VOLTAIRE
ANEXO I 164
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ANEXO II 166
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para § 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma
cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política vez.
de desenvolvimento e de expansão urbana. § 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário
do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova
seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate
de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor
real da indenização e os juros legais.
Art. 183 - Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e
cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á
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167
ANEXO III
LEI Nº 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001
Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes da população e das atividades econômicas do Município e do território
gerais da política urbana e dá outras providências. sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do
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ANEXO III 168
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito
financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e a melhoria
de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a das condições habitacionais e de saneamento básico;
fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
Pavimentação das ruas que servem de itinerário de ônibus, além de Regularização de 13.934 lotes para o reconhecimento oficial dos endereços e
drenagem de galerias e construção de guias e sarjetas nos bairros Campo da existência formal destes terrenos.
Belo, Dom Gilberto e PUC I e II com investimentos de R$ 6 milhões. O projeto
para o transporte na região inclui também linhas de ônibus e microônibus, Reurbanização
construção de estações de transferência e 31 pontos de paradas que farão Pavimentação das ruas e calçadas.
parte do Intercamp – rede de transporte coletivo de Campinas.
Arborização para levar mais “verde” para os moradores e, com isso, saúde e
Esgoto qualidade de vida.
Construção de rede coletora de esgoto com ligações domiciliares, coletor Promover um novo traçado para bairro
tronco e destinação para tratamento de esgoto que terá um custo de R$ 20,5
milhões. Evento
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ANEXO V 170
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171
ANEXO VI
DECRETO Nº 6.256, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, V - BR-381/MG: trecho Belo Horizonte (Entr. MG/020) - João Monlevade -
inciso IV, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 6o da Governador Valadares.
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ANEXO VII 172
código florestal | lei nº 4771/65 h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja
a vegetação.
Art. 2º - Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei,
as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: Parágrafo único - No caso de áreas urbanas, assim entendidas as
3) de 100 (cem) metros para os cursos d’água que tenham 50 (cinqüenta) a) a atenuar a erosão das terras;
metros a 200 (duzentos) metros de largura;
b) a fixar as dunas;
4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d’água que tenham de 200
c) a formar as faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros;
d) a auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades
5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d’água que tenham largura
militares;
superior a 600 (seiscentos) metros;
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água, naturais ou artificiais;
f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados por extinção;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”,
qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
(cinqüenta) metros de largura;
h) a assegurar condições de bem-estar público.
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
§ 1° - A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só
e) nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45° equivalente será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando
a 100% na linha de maior declive; for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de
utilidade pública ou interesse social.
f) nas restingas, como fixadoras e dunas ou estabilizadoras de mangues;
§ 2° - As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do
regime de preservação permanente (letra “g”) pelo só efeito desta Lei.
relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
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173
ANEXO VIIi
Lei nº 9605/1998 – Lei de Crimes Ambientais independentemente de sua localização:
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e Art. 40-A. (VETADO) (Artigo inluído pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000)
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. § 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as
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Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa. b) no período de formação de vegetações;
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça
fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação: ocorra somente no local da infração;
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, e) durante a noite, em domingo ou feriado.
plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem
autorização do órgão competente: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. (Incluído pela Lei nº
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175
ANEXO IX
lei nº 6031/88 - uso e ocupação do solo - campinas ZONA 18
ZONA 3 a) áreas e/ou espaços de interesse ambiental :
a) quanto ao uso na categoria habitacional serão permitidos os usos
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1- serão permitidos os usos: (modificado pelo art. 4o da Lei no 9.785/98) 2- as áreas e/ou espaços de interesse ambiental são os seguintes: Distrito de
Joaquim Egídio, Distrito de Sousas, Rios Atibaia, Jaguari, Capivari e Capivari-
CL-1 e CL-2; Mirim, Fazendas, Fundos de Vales, Fontes, Bosques, Parques, Matas, Rochas,
SP-1, SP-2, SL-1, SL-2, SL-3 e SG-8; Pedreiras, Clubes, Cemitérios, Faixas Laterais de 30,00m (trinta metros) a
40,00m (quarenta metros) medidas a partir do eixo dos túneis de interligação
EL; (obs.: vide SP-1 na Resolução Seplama nº. 01 de 12/09/2001) das vias marginais ao Córrego do Piçarrão com as Avenidas Lix da Cunha e
2- os usos permitidos passam à condição de tolerados quando instalados em Aquidabã;
locais não previstos e/ou edificações não próprias;
3- as áreas referidas merecerão estudos específicos que definirão o uso e
3- proibidos todos os demais usos. ocupação adequados às características naturais e à preservação do meio
ambiente e da paisagem urbana;
c) quanto à ocupação:
4- ao longo dos rios ficam estabelecidas, como áreas de interesse ambiental,
1- para o uso habitacional serão permitidos os tipos H-3, HMH-3 e HMV-5;
faixas laterais de 300,00m (trezentos metros) de largura, medidas a partir
2- para os usos comerciais, de serviços e institucionais serão permitidos os de seus eixos, onde somente serão permitidos usos destinados a cultura,
tipos CSE e CSE-6; esportes, lazer, turismo, chácaras de recreio e usos habitacionais, com tipos
de ocupação a serem definidos através de estudos específicos;
3- o tipo CSE será permitido em quarteirões e/ou faces de quadras
determinados na implantação do zoneamento, com exceção do uso EL que 5- será permitida a atividade de mineração, mediante laudo técnico emitido
não terá restrições quanto à localização; (conforme redação dada pelo art. pelos órgãos competentes da Prefeitura Municipal de Campinas. (acrescido
36 da Lei no 6.367/90) pelo art. 50 da Lei no 6.367/90)
4- os tipos HMV-5 e CSE-6 somente poderão ser permitidos após estudos b) edificações de interesse sócio-cultural:
específicos, efetuados pelos órgãos técnicos de planejamento da Prefeitura
Municipal de Campinas, por solicitação dos interessados; 1- são consideradas edificações de interesse sócio-cultural aquelas que
possuem valor histórico, cultural, arquitetônico, artístico e turístico;
5- para o tipo CSE serão permitidas unidades autônomas de pequeno porte,
salvo para o uso EL, quando serão permitidas também unidades autônomas 2- estão incluídas nesta categoria as edificações tombadas e as edificações
de médio porte. em processo de tombamento e outras que vierem a ser indicadas pelos
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ANEXO IX 176
órgãos competentes; 1985, que dispõe sobre construção de prédios no Bosque São José.
3- as áreas envoltórias das edificações de interesse sócio-cultural serão e) áreas sob influência dos impactos ambientais gerados pelas operações
objeto de estudos específicos que definirão o uso e ocupação adequadas às aeroportuárias no município, cuja proteção atenda principalmente:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços
e eu sanciono a seguinte Lei: públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
CAPÍTULO I características locais;
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei. b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados
Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam em relação à infra-estrutura urbana;
o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do
bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar
como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento correspondente;
das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as
seguintes diretrizes gerais: e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização
ou não utilização;
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao f) a deterioração das áreas urbanizadas;
transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes
e futuras gerações; g) a poluição e a degradação ambiental;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de h) a exposição da população a riscos de desastres naturais; (Incluído pela
associações representativas dos vários segmentos da comunidade na Medida Provisória nº 547, de 2011).
formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada pela Lei
de desenvolvimento urbano; nº 12.608, de 2012)
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais,
sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do
território sob sua área de influência;
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ANEXO X 178
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de Art. 3o Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política
expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, urbana:
social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;
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referências bibliográficas 180
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181
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referências bibliográficas 182
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