Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Minuta de Prospecto Preliminar de Oferta Pública Primária e Secundária de Certificados de Depósito de Ações (“Units”) de Emissão da
Código de negociação no segmento Nível 2 da Bolsa de Valores de São Paulo S.A. - BVSP: [••]
No contexto desta Oferta Pública, estima-se que o preço de emissão por Unit estará situado entre R$[••] e R$[••], ressalvado, no entanto, que tal preço poderá eventualmente ser
fixado fora desta faixa indicativa.
A Rede Energia S.A. (“Companhia”) e a Denerge Desenvolvimento Energético S.A. (“Denerge” ou “Acionista Vendedor”) estão realizando uma oferta pública de distribuição primária e secundária de certificados de
depósito de ações ("Units"), compostas, cada uma, de 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais, todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, sendo que as
Units serão compostas por [•] ações ordinárias e [•] ações preferenciais de emissão da Companhia (“Oferta Primária”) e por [•] ações ordinárias e [•] ações preferenciais de emissão da Companhia e de titularidade do
Acionista Vendedor (“Oferta Secundária”), a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 400, de 29 de dezembro de 2003,
conforme alterada, (“Instrução CVM 400”), com a participação de determinadas instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição e instituições intermediárias da Bolsa de Valores de São Paulo S.A. – BVSP
(“BOVESPA”), convidadas pelos Coordenadores (conforme definido abaixo). Serão também realizados, simultaneamente, esforços de colocação das Units no exterior no âmbito do US Securities Act de 1933 e
alterações posteriores (“Securities Act”) em operações isentas de registro segundo o Securities Act (i) nos Estados Unidos da América, para investidores institucionais qualificados, conforme definidos na Rule 144A, e
(ii) nos demais países, exceto nos Estados Unidos da América e no Brasil, para non-US persons, com base na Regulation S do Securities Act, observada a legislação aplicável no país de domicílio de cada investidor e, em
qualquer caso, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pela legislação brasileira aplicável (“Oferta”).
A Oferta será coordenada pelo Banco Bradesco BBI S.A. (o “Coordenador Líder”) e pelo Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Credit Suisse” e, em conjunto com o Coordenador Líder, os “Coordenadores”) em conformidade
com os procedimentos estabelecidos na Instrução CVM 400.
A quantidade total de Units objeto da Oferta poderá ser acrescida de um lote suplementar de até [•] Units, equivalentes a até 15% das Units inicialmente ofertadas, conforme opção outorgada [pela Companhia e/ou pelo
Acionista Vendedor ]ao Credit Suisse, nos termos do artigo 24, caput, da Instrução CVM 400, nas mesmas condições e no mesmo preço das Units inicialmente ofertadas, a qual será destinada exclusivamente a atender
um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta (“Units Suplementares”). A opção poderá ser exercida pelo Credit Suisse, após notificação ao Coordenador Líder, desde que a decisão
de sobrealocação das Units no momento da precificação da Oferta tenha sido tomada em comum acordo pelos Coordenadores, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuição e por um período de 30 dias, a
contar do primeiro dia útil (inclusive) após a publicação do anúncio de início da Oferta, e após notificação ao Coordenador Líder, desde que a decisão de sobrealocação das Units no momento da precificação da Oferta
tenha sido tomada em comum acordo pelos Coordenadores (“Opção de Units Suplementares”).
Nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400, até a data de publicação do Anúncio de Início, inclusive, a quantidade total das Units inicialmente ofertadas (sem considerar as Units Suplementares)
poderá, a critério [da Companhia e/ou do Acionista Vendedor] , em comum acordo com os Coordenadores, ser acrescida em até 20%, ou seja, até [•] Units, nas mesmas condições e no mesmo preço das Units
inicialmente ofertadas (“Units Adicionais”).
A realização da Oferta Primária foi aprovada em Reunião do Conselho de Administração da Companhia, realizada em [●] de [●] de 2008, cuja ata foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no jornal
Valor Econômico, em 26 de maio de 2008. O Preço de Distribuição será aprovado em deliberação do Conselho de Administração da Companhia, a ser realizada após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding e
antes da concessão do registro da Oferta pela CVM, cuja ata será publicada nos jornais acima indicados, na data de publicação do Anúncio de Início. A Oferta Secundária e a alienação de ações de titularidade do
Acionista Vendedor foram aprovadas em [Reunião do Conselho de Administração/Assembléia Geral de Acionistas] do Acionista Vendedor realizadas em [•] de [•] de 2008 e cujas atas foram publicadas no Diário
Oficial do Estado de São Paulo e no jornal [•] em [•] de [•] de 2008. As Units da Companhia serão listadas no Nível 2 da BOVESPA e negociadas sob o código “REDE11”.
Registro da Oferta Pública na CVM: Oferta Primária: CVM/SRE/REM/2008/[●], em [●] de [●] de 2008, e Oferta Secundária: CVM/SRE/SEC/2008/[•], em [●] de [●] de 2008.
“O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as Units a
serem distribuídas.”
Este Prospecto não deve ser considerado uma recomendação de compra das Units. Ao adquirir as Units, potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação sobre a Companhia, seus negócios e
suas atividades. Os investidores devem ler a seção “Fatores de Risco”, constante das páginas [●] a [●] deste Prospecto para discussão de certos fatores de risco que devem ser considerados com relação à aquisição
das Units.
(Agente Estabilizador)
Coordenadores Contratados
[inserir logo]
ANEXOS DESCRIÇÃO
ANEXO A Estatuto Social....................................................................................................................... [=]
ANEXO B Minuta da Ata de Reunião do Conselho de Administração que Deliberará sobre a Oferta. .. [=]
ANEXO C Minuta da Ata de Reunião do Conselho de Administração que Deliberará sobre o Preço de
Emissão. ................................................................................................................................ [=]
ANEXO D Minuta da Ata de [Reunião do Conselho de Administração/Assembléia Geral Extraordinária]
da Denerge Desenvolvimento Energético S.A. que deliberará sobre a Oferta. ..................... [=]
ANEXO E Demonstrações Financeiras Consolidadas da Companhia e suas Controladas, Relativas aos
Exercícios Sociais Encerrados em 31 de Dezembro de 2007, 2006 e 2005 e Parecer dos
Auditores Independentes. ...................................................................................................... [=]
ANEXO F Informações Anuais da Companhia e suas Controladas, Relativas ao Exercício Social findo em
31 de dezembro de 2007. .(somente informações não constantes do Prospecto) .................. [=]
ANEXO G Informações Financeiras Consolidadas da Companhia e suas Controladas, Relativas aos
Períodos de Três Meses findos em 31 de março de 2008 e 2007 e Relatório de Revisão Especial
dos Auditores Independentes................................................................................................. [=]
1
DEFINIÇÕES
2
BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo S.A. – BVSP.
3
CVM Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
DEC Duração Equivalente por Cliente, índice da ANEEL que mede a Duração
média das interrupções no fornecimento, medido em horas por consumidor
por ano.
4
Gigawatt ou GW Unidade equivalente a um bilhão de Watts.
5
após a liquidação do 1º dia de negociação na Bovespa, em cada uma das
quatro últimas ofertas públicas de ações ou certificados de depósito de
ações liquidadas pela CBLC, cuja data de liquidação do 1º dia de
negociação na Bovespa tenha ocorrido antes da data do início do Período
de Reserva, saldo igual ou superior a 80% do montante total de valores
mobiliários adquiridos receberá um tratamento prioritário no rateio.
Investidores Não-Institucionais sem Investidor Não-Institucional que (i) não solicitou a avaliação do seu
Prioridade de Alocação perfil de investimento ou (ii) apresentou, após a liquidação do 1º dia de
negociação na Bovespa, em duas ou mais das quatro últimas ofertas
públicas de ações ou certificados de depósito de ações liquidadas pela
CBLC, cuja data de liquidação do 1º dia de negociação na Bovespa tenha
ocorrido antes da data do início do Período de Reserva, saldo de valores
mobiliários, inferior a 80% do total adquirido na alocação das
respectivas ofertas.
Itaipu Itaipu Binacional, usina hidrelétrica detida em partes iguais pelo Brasil e
pelo Paraguai.
Lei das Sociedades por Ações Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada.
Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, e sua regulamentação posterior.
6
Nível 2 Segmento especial de negociação de valores mobiliários da BOVESPA.
Oferta Primária Oferta pública de [=] Units emitidas pela Companhia, a ser realizada no
Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução
CVM 400 e, ainda, com esforços de colocação nos Estados Unidos da
América, para investidores institucionais qualificados, definidos em
conformidade com o disposto na Regra 144A, em operações isentas de
registro de acordo com o Securities Act, e nos demais países (exceto
Estados Unidos da América e no Brasil), com base no Regulamento S,
em ambos os casos, por meio dos mecanismos de investimento
regulamentados pelo CMN, pelo Banco Central e pela CVM.
Oferta Secundária Oferta pública de [=] Units emitidas pela Companhia e de titularidade do
Acionista Vendedor, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão
não-organizado, nos termos da instrução CVM 400 e, ainda, com
esforços de colocação nos Estados Unidos da América, para investidores
institucionais qualificados, definidos em conformidade com o disposto
na Regra 144A, em operações isentas de registro segundo o Securities
Act, e nos demais países (exceto nos Estados Unidos da América e no
Brasil), com base no Regulamento S, em ambos os casos por meio dos
mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo Banco
Central e pela CVM.
Opção de Units Adicionais Opção a ser exercida a critério [da Companhia e/ou do Acionista
Vendedor], com a concordância dos Coordenadores, sem prejuízo do
exercício da Opção de Units Suplementares, nas mesmas condições e
preço das Units inicialmente ofertadas, para aumentar a Oferta em até [•]
Units, equivalentes a até 20% das Units inicialmente ofertadas no âmbito
da Oferta, conforme dispõe o art. 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM
400.
Opção de Units Suplementares Opção outorgada [pela Companhia e/ou pelo Acionista Vendedor] ao
Credit Suisse para distribuição de um lote suplementar de até [•] Units
equivalentes a até 15% do total de Units inicialmente ofertadas
(excluídas as Units Adicionais), nas mesmas condições e no mesmo
preço das Units inicialmente ofertadas. Essas Units serão destinadas a
atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado
no decorrer da Oferta. A Opção de Units Suplementares poderá ser
exercida exclusivamente pelo Credit Suisse a partir da data de assinatura
do Contrato de Distribuição e por um período de 30 dias, a contar do
7
primeiro dia útil (inclusive) após a publicação do Anúncio de Início e
após notificação ao Coordenador Líder, desde que a decisão de
sobrealocação das Units no momento da precificação da Oferta tenha
sido tomada em comum acordo pelos Coordenadores.
Período de Reserva O prazo de [●] dias úteis, a ser iniciado em [●] de [●] de 2008 e
encerrado em [●] de [●] de 2008, inclusive, para a realização de Pedidos
de Reserva pelos Investidores Não-Institucionais.
Pequenas Centrais Hidrelétricas ou Usinas hidrelétricas com capacidade instalada entre 1 MW e 30 MW que
PCH atendam aos requisitos estabelecidos pela Resolução ANEEL 652, de 9
de dezembro de 2003.
Práticas Contábeis Adotadas no Brasil Princípios e práticas contábeis adotadas no Brasil, em conformidade com a
Lei das Sociedades por Ações, normas e instruções da CVM, normas
aplicáveis às concessionárias de serviço público de energia elétrica
estabelecidas pela ANEEL e boletins técnicos publicados pelo IBRACON.
Programa Luz para Todos Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica
Luz para Todos, instituído pelo Decreto nº 4.873, de 11 de novembro de
2003.
Programa Nacional de Desestatização Programa Nacional de Desestatização – PND, promovido pelo Governo
Federal.
Prospecto Preliminar ou Prospecto Este Prospecto Preliminar de Oferta Pública Primária e Secundária de
Certificados de Depósito de Ações - Units representativos de ações de
emissão da Rede Energia S.A.
8
Rede Básica Conjunto de linhas de transmissão, barramentos, transformadores de
potência e equipamentos com tensão igual ou superior a 230 kV e
instalações definidas pela ANEEL.
Regra 144-A e Regulamento S Regra 144-A e Regulamento S, ambos editados pela SEC no âmbito do
Securities Act de 1933.
Securities Act Securities Act de 1933 dos Estados Unidos da América, legislação que
regula operações de mercado de capitais, conforme alterada.
Units Adicionais Quantidade adicional de até [=] Units, equivalentes a até 20% das Units
9
incialmente ofertadas (sem considerar as Units Suplementares), a serem
emitidas a critério [da Companhia e/ou do Acionista Vendedor], em
comum acordo com os Coordenadores, nas mesmas condições e no
mesmo preço das Units inicialmente ofertadas, até a data de publicação
do Anúncio de Início, inclusive, nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da
Instrução CVM 400.
Units Suplementares Lote suplementar de até [=] Units, equivalentes a até [=]% das Units
inicialmente ofertadas, conforme opção outorgada [pela Companhia e/ou
pelo Acionista Vendedor] ao Credit Suisse, nas mesmas condições e no
mesmo preço das Units inicialmente ofertadas, nos termos do artigo 24,
caput, da Instrução CVM 400.
U.S. GAAP Princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América.
Valor Anual de Referência Valor calculado pela ANEEL referente aos custos de aquisição de
energia elétrica, para regular o repasse às tarifas dos consumidores
finais, conforme previsto no Decreto 5.163, de 30 de julho de 2004.
10
CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTIMATIVAS E DECLARAÇÕES FUTURAS
Este Prospecto inclui estimativas e declarações futuras, principalmente nas Seções “Sumário da Companhia”,
“Fatores de Risco”, “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados
Operacionais”, “O Setor de Energia Elétrica no Brasil” e “Nossas Atividades”. Nossas estimativas e
declarações futuras têm por embasamento, em grande parte, expectativas atuais e estimativas sobre eventos
futuros e tendências financeiras que afetam ou podem afetar os nossos negócios e que não estão sob nosso
controle. Tais estimativas e declarações futuras não correspondem a garantias de performance e nossos
resultados futuros podem ser significativamente diferentes daqueles sugeridos ou incluídos em nossas
estimativas e declarações futuras. Muitos fatores importantes, além dos fatores discutidos neste Prospecto,
podem afetar adversamente os resultados de nossa Companhia tais como previstos em nossas estimativas e
declarações futuras. Tais fatores incluem, entre outros, os seguintes:
(ii) mudanças nas condições gerais econômicas, políticas e de negócios tais como crescimento das taxas
de juros, da inflação e valorização e desvalorização do real;
(iv) nossa capacidade de implantar nossa estratégia de negócios, inclusive com relação à nossa estratégia
de crescimento;
(v) nossa capacidade de realizar aquisições ou aumentar nossa participação nas nossas principais
controladas;
(vii) alterações nos regulamentos governamentais atuais e futuros relativos ao setor elétrico;
(ix) a extinção antecipada de nossas concessões de geração e distribuição ou penalidades por não
cumprimento de suas concessões;
(x) limitações à geração de energia elétrica em virtude de escassez de recursos hídricos e interrupções do
sistema de transmissão, problemas operacionais e técnicos ou danos físicos em instalações;
(xii) nossa habilidade de prever corretamente a demanda de energia nas regiões em que detemos
concessão de distribuição;
(xviii) nossa capacidade de observar os termos e condições dos nossos contratos financeiros;
11
(xix) nosso nível de capitalização e endividamento; e
As palavras “acredita”, “pode”, “poderá”, “visa”, “estima”, “continua”, “antecipa”, “pretende”, “espera” e
outras palavras similares têm por objetivo identificar estimativas e expectativas. As considerações sobre
estimativas e declarações futuras incluem informações atinentes a resultados e projeções, estratégia, planos de
financiamentos, posição concorrencial, ambiente do setor, oportunidades de crescimento potenciais, os efeitos
de regulamentação futura e os efeitos da concorrência. Tais estimativas e projeções referem-se apenas à data
em que foram expressas, sendo que não assumimos a obrigação de atualizar publicamente ou revisar
quaisquer dessas estimativas em razão da ocorrência de nova informação, eventos futuros ou de quaisquer
outros fatores. Em vista dos riscos e incertezas aqui descritos, as estimativas e declarações futuras constantes
deste Prospecto podem não vir a se concretizar. Tendo em vista estas limitações, os investidores não devem
tomar suas decisões de investimento com base nas estimativas, expectativas e declarações futuras contidas
neste Prospecto.
Fontes de informação
As informações sobre o setor de energia elétrica constantes deste Prospecto, inclusive informações sobre a
participação da Companhia no referido setor, foram extraídas de fontes públicas reconhecidas (entidades de
classe e órgãos governamentais), tais como Ministério de Minas e Energia, ANEEL, CCEE, ONS, entre
outros.
As informações referentes à população dos Estados e Municípios têm como fonte o censo do IBGE de 2005.
As informações referentes ao PAC têm como fonte o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
12
SUMÁRIO DA COMPANHIA
Visão Geral
Somos uma empresa integrada de energia e atuamos na distribuição, geração e comercialização de energia
elétrica no mercado brasileiro. Possuímos a maior área de concessão de distribuição do Brasil, cobrindo
cerca de 2.458.751 km2, que são equivalentes a aproximadamente 30% do território nacional, e abrigam
uma população total de mais de 13,0 milhões de habitantes. Distribuímos energia elétrica para
aproximadamente 3,4 milhões de consumidores em 506 municípios em seis Estados em 31 de março de
2008. Nossas áreas do Norte e Centro-Oeste (CELPA, CEMAT e CELTINS), juntas, apresentaram um
crescimento médio anual de 7,3% no consumo de eletricidade nos últimos 5 anos, crescimento 40,4%
superior à média nacional de crescimento de consumo.
Nossa principal atividade é a distribuição de energia elétrica, que realizamos por meio de nossas
controladas CELPA, CEMAT, CELTINS e REDE SUL/SUDESTE. Nossas atividades de geração de
energia elétrica incluem participações na UHE Lajeado, na UHE Guaporé e na PCH Juruena, que
representam uma capacidade total instalada de [1.028,6]MW. Adicionalmente, através de nossa
subsidiária REDECOM comercializamos energia elétrica em todo Brasil.
Distribuição
Em 2007, nossas atividades de distribuição representaram 83,6% do nosso EBITDA consolidado. Segue
abaixo breve descrição das nossas distribuidoras:
• CELPA: única distribuidora do Estado do Pará, que é o segundo maior Estado do Brasil em
extensão, cobrindo aproximadamente 14,7% do território brasileiro, onde o consumo de
energia elétrica cresceu em média nos últimos 5 anos 6,7% ao ano, que representa um
crescimento de 1,93 pontos percentuais superior à média nacional no período. Em 2007 a
CELPA vendeu 5.117 GWh para aproximadamente 1.498 mil consumidores. Possuímos
participação de 45,9% do capital votante e 43,4% do capital total da CELPA.
• CEMAT: única distribuidora do Estado do Mato Grosso, que é o terceiro maior Estado do
Brasil em extensão, cobrindo aproximadamente 10,6% do território brasileiro. Neste Estado
o consumo de energia elétrica cresceu em média nos últimos 5 anos 7,8% ao ano, que
representa um aumento de 3,90 pontos percentuais superior à média nacional no período.
Em 2007 a CEMAT vendeu 4.347 GWh para aproximadamente 875 mil consumidores.
Possuímos participação de 61,8% do capital votante e 39,9% do capital total da CEMAT.
13
superior à média nacional no período. Em 2007 a CELTINS vendeu 1.068 GWh para
aproximadamente 373 mil consumidores. Possuímos participação de 70,0% do capital
votante e 50,9% do capital total da CELTINS.
Geração
• UHE Lajeado: operamos esta usina e detemos uma participação de 45,4% da energia
produzida na UHE Lajeado, no Estado de Tocantins, com capacidade instalada total de
902,5 MW.
• UHE Guaporé: operamos esta usina e detemos uma participação de 64,0% na energia
produzida da UHE Guaporé, no Estado do Mato Grosso, com capacidade instalada total de
120,0 MW.
• PCH Juruena: operamos uma PCH e detemos uma participação de 99,9% na energia
produzida da PCH Juruena, no Estado do Mato Grosso, com capacidade instalada total de
6,1 MW.
Em 2002, assinamos o Contrato de Concessão para implantação e exploração da UHE Couto Magalhães
(Aproveitamento Hidrelétrico), localizado no Estado do Mato Grosso, com capacidade de 150 MW.
Detemos 51,0% de participação neste projeto. Este projeto está aguardando licenciamento ambiental para
início das obras.
• REDECOM: tem como principal objetivo comercializar energia para empresas em todo
território nacional, sobretudo como forma de mitigar eventuais perdas da Rede Energia com
a conversão de consumidores cativos para consumidores livres.
Pontos Fortes
• Crescimento histórico e pontencial elevado nas regiões em que atuamos. Nossas concessões de
distribuição estão localizadas em regiões que apresentam crescimento de seu produto interno
bruto (PIB) e de consumo de energia superiores à média nacional. Acreditamos que essas áreas
do Brasil vão nos permitir obter um crescimento orgânico diferenciado. O consumo de
eletricidade nos Estados do Pará, Mato Grosso e Tocantins registrou um crescimento acumulado
de 38,6%, 45,9% e 48,5%, entre 2002 e 2007, que representam, respectivamente, 10,1, 17,4 e
20,0 pontos percentuais acima do crescimento do consumo nacional no mesmo período (28,5%).
Acreditamos que as áreas rurais nas regiões em que atuamos oferecem oportunidades de
expansão e crescimento significativo. Adicionalmente pode-se citar, inclusive, o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), instituído pelo Governo Federal, que prevê um investimento
14
total de R$54,5 bilhões, nos Estados do Pará, Mato Grosso e Tocantins, onde atuamos, sendo
R$40,0 bilhões até 2010 e R$14,5 bilhões após 2010. Esses investimentos serão destinados para
logística, desenvolvimento energético, social e urbano. Desde 1998 tivemos um crescimento
orgânico, por meio da conexão de 1,7 milhão de consumidores novos à nossa rede,
representando um crescimento acumulado de 97,3% de nossa base de consumidores no período.
Tendo em vista nossa experiência na identificação e implantação de soluções adequadas para
áreas muito extensas e com baixa densidade populacional, acreditamos que temos capacidade
para nos beneficiar dessas oportunidades e manter nossas altas taxas de crescimento.
Acreditamos que nosso mercado, além de ter um crescimento acima da média, apresenta
previsibilidade satisfatória, com base no crescimento médio das Regiões Norte e Centro-Oeste
de 6,2% verificado nos últimos 3 anos, bem como na nossa receita bruta consolidada, que
apresentou um crescimento médio de 10,6%, nesse mesmo período.
15
• Forte compromisso e longa experiência no setor elétrico brasileiro. Nossa administração sênior
tem, em média, mais de 20 anos de experiência no setor elétrico. Somos um grupo privado com
tradição nesse setor, em atividade desde 1903 com a fundação da Empresa Elétrica Bragantina
S.A., e desde então temos mantido nosso comprometimento com o setor e com o País. Durante
todos esses anos, adquirimos um vasto conhecimento do mercado, seus aspectos regulatórios e
operação do negócio. Em 1989, em uma parceria inédita com o Estado de Tocantins, adquirimos
a CELTINS, primeira distribuidora de energia elétrica a ser privatizada no Brasil e mais tarde,
nos anos de 1997 e 1998, participamos do programa de privatização ocorrido no setor de energia
elétrica, por meio da aquisição das empresas CEMAT e CELPA.
Estratégias de Negócio
• Expandir nossa base de consumidores e intensificar nossos negócios nas áreas em que atuamos.
Pretendemos aproveitar o potencial de crescimento de nossos negócios nas áreas em que
atuamos para atrair novos consumidores às nossas redes, investindo na expansão e reforma de
nossos sistemas de distribuição. Acreditamos ainda que as áreas rurais nas regiões em que
atuamos oferecem oportunidades de expansão e crescimento significativo, podendo-se citar,
inclusive, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituído pelo Governo Federal,
que prevê um investimento total de R$54,5 bilhões, nos Estados do Pará, Mato Grosso e
Tocantins, sendo R$40,0 bilhões até 2010 e R$14,5 bilhões após 2010. Tais investimento serão
destinados a logística, desenvolvimento energético, social e urbano. Adicionalmente,
acreditamos que os programas de incentivo governamentais, representam oportunidades para
acelerar o crescimento de nossa base de consumidores e a expansão de nossa rede nas áreas em
que atuamos. Apenas no ano de 2007, conectamos ao sistema aproximadamente 200.000 novos
consumidores.
• Investir em eficiência técnica e operacional. Nossa estratégia tem como objetivo a centralização
e a otimização de nossos macro-processos principais, com aproveitamento máximo da nossa
estrutura corporativa, permitindo que nossas empresas estejam orientadas e dimensionadas
exclusivamente à realização de sua atividade fim, visando o aumento da eficiência operacional e
o controle rigoroso dos nossos custos operacionais e administrativos. Essa centralização está
baseada na adoção de novas tecnologias, como digitalização da rede elétrica, modernização de
Centros de Operação do Sistema e da Distribuição, canais adequados de telecomunicações e
conceitos modernos de logística e suprimentos, entre outros.
16
proporcionem a complementação de nossas operações apresentem potencial de crescimento e
retorno atrativo sobre o investimento.
Organograma Societário
OUTROS
MHPA JQMJ BBPM ELUCID PARTNERS
Pessoa Física
DENERGE
18,7%
21,1% 58,1% 2,2%
65,0% 100,0%
51,3%
10,1% CELPA (*)
REDESERV 99,5%
50,9%
39,9% CEMAT (*) TOCANTINS
ENERGIA TANGARÁ 61,7%
100,0% CAIUÁ
VALE DO
VACARIA 51,0% 100,0% JURUENA
50,9% CELTINS
12,7% 17,6%
REDE LAJEADO 29,6%
91,5% EEB
39,6%
98,7% CNEE
17
SUMÁRIO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS CONSOLIDADAS
As informações a seguir devem ser lidas e analisadas em conjunto com as nossas demonstrações
financeiras consolidadas e respectivas notas explicativas, incluídas neste Prospecto, e com as seções
“Apresentação das Informações Financeiras e Operacionais Selecionadas”, e “Análise e Discussão da
Administração sobre Situação Financeira e os Resultados Operacionais”.
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.569,0 100,0% 2.900,9 100,0% 3.300,2 100,0% 12,9% 13,8%
Total do custo do serviço de energia elétrica (1.008,3) -39,2% (1.116,3) -38,5% (1.361,6) -41,3% 10,7% 22,0%
CUSTO DE OPERAÇÃO
Pessoal (115,6) -4,5% (110,8) -3,8% (138,2) -4,2% -4,2% 24,8%
Material (28,2) -1,1% (27,2) -0,9% (31,3) -0,9% -3,6% 15,2%
Matéria-prima e insumos para produção de energia (250,2) -9,7% (231,6) -8,0% (240,0) -7,3% -7,4% 3,6%
Serviços de terceiros (149,5) -5,8% (169,5) -5,8% (207,9) -6,3% 13,4% 22,7%
Depreciação e amortização (221,5) -8,6% (275,8) -9,5% (307,8) -9,3% 24,5% 11,6%
Arrendamento e aluguéis (100,1) -3,9% (92,1) -3,2% (19,1) -0,6% -8,0% -79,3%
Subvenção - CCC 252,6 9,8% 251,5 8,7% 255,9 7,8% -0,4% 1,8%
Outras despesas 7,5 0,3% (17,0) -0,6% (31,5) -1,0% -327,2% 84,7%
Total dos custos de operação (605,0) -23,6% (672,5) -23,2% (719,8) -21,8% 11,2% 7,0%
18
Custo do serviço prestado a terceiros (9,0) -0,4% (10,1) -0,3% (10,3) -0,3% 12,0% 2,2%
LUCRO OPERACIONAL BRUTO 946,7 36,8% 1.102,0 38,0% 1.208,5 36,6% 16,4% 9,7%
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas (78,1) -3,0% (145,1) -5,0% (162,6) -4,9% 85,7% 12,1%
Despesas gerais e administrativas (258,9) -10,1% (321,9) -11,1% (237,1) -7,2% 24,4% -26,3%
Outras despesas operacionais (21,7) -0,8% (17,2) -0,6% (25,2) -0,8% -21,0% 46,6%
Total das despesas operacionais (358,7) -14,0% (484,2) -16,7% (424,9) -12,9% 35,0% -12,2%
RESULTADO DO SERVIÇO 587,9 22,9% 617,8 21,3% 783,6 23,7% 5,1% 26,8%
Resultado de participações societárias (1,8) -0,1% 174,0 6,0% (23,5) -0,7% -9648,9% -113,5%
Despesas financeiras
Encargos de dívidas (246,9) -9,6% (332,0) -11,4% (377,0) -11,4% 34,5% 13,6%
Variação monetária e cambial passiva (84,6) -3,3% (33,1) -1,1% (45,1) -1,4% -60,9% 36,2%
Juros e multas (305,5) -11,9% (346,5) -11,9% (198,1) -6,0% 13,4% -42,8%
Juros sobre o capital próprio (11,7) -0,5% (10,4) -0,4% (39,2) -1,2% -11,1% 278,0%
Outras (30,9) -1,2% (66,1) -2,3% (160,7) -4,9% 114,1% 143,2%
Total das despesas financeiras (679,4) -26,4% (788,1) -27,2% (820,2) -24,9% 16,0% 4,1%
Resultado financeiro (498,2) -19,4% (491,6) -16,9% (376,3) -11,4% -1,3% -23,5%
RESULTADO OPERACIONAL 87,9 3,4% 300,1 10,3% 383,7 11,6% 241,5% 27,9%
Participações dos administradores (3,7) -0,1% (1,2) 0,0% (4,7) -0,1% -68,4% 299,4%
19
Participações de partes beneficiárias (3,6) -0,1% (4,1) -0,1% (6,6) -0,2% 14,3% 60,9%
Reversão dos juros sobre o capital próprio 11,7 0,5% 10,4 0,4% 39,2 1,2% -11,1% 278,0%
Participação minoritária (201,0) -7,8% (124,0) -4,3% (186,2) -5,6% -38,3% 50,1%
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (22,6) -0,9% 88,5 3,1% 51,5 1,6% -491,5% -41,9%
Lucro líquido por lote de mil ações - R$ (397,7) -15,5% 311,4 10,7% 168,8 5,1% -178,3% -45,8%
Total do custo do serviço de energia elétrica (345,9) -43,8% (427,4) -49,3% 23,6%
CUSTO DE OPERAÇÃO
Pessoal (25,4) -3,2% (38,8) -4,5% 52,5%
Material (6,5) -0,8% (7,1) -0,8% 9,2%
Matéria-prima e insumos para produção de energia (55,4) -7,0% (58,2) -6,7% 5,1%
Serviços de terceiros (48,1) -6,1% (63,6) -7,3% 32,2%
Depreciação e amortização (68,9) -8,7% (81,6) -9,4% 18,5%
Arrendamento e aluguéis (24,4) -3,1% (3,8) -0,4% -84,5%
Subvenção - CCC - 0,0% - 0,0% N/D
Outras despesas 48,9 6,2% 49,8 5,7% 1,8%
Total dos custos de operação (179,8) -22,7% (203,3) -23,5% 13,1%
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas (36,7) -4,6% (34,3) -4,0% -6,5%
20
Despesas gerais e administrativas (89,1) -11,3% (61,1) -7,0% -31,4%
Outras despesas operacionais (6,3) -0,8% (6,4) -0,7% 1,5%
Total das despesas operacionais (132,0) -16,7% (101,7) -11,7% -22,9%
Despesas financeiras
Encargos de dívidas (77,8) -9,8% (98,3) -11,3% 26,4%
Variação monetária e cambial passiva 17,0 2,1% (36,8) -4,2% -317,0%
Juros e multas (76,5) -9,7% (36,9) -4,3% -51,7%
Juros sobre o capital próprio - 0,0% - 0,0% N/D
Outras (29,1) -3,7% (38,2) -4,4% 31,5%
Total das despesas financeiras (166,3) -21,0% (210,3) -24,3% 26,4%
Resultado financeiro (87,8) -11,1% (97,6) -11,3% 11,1%
21
LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS
MINORITÁRIOS 0,0% 0,0% N/D
Balanço Patrimonial
ATIVO PERMANENTE
Investimentos 1.064,6 12,9% 1.135,2 12,7% 766,6 7,7% 6,6% -32,5%
Imobilizado - líquido 4.397,0 53,2% 4.475,6 50,0% 5.153,4 51,8% 1,8% 15,1%
Intangível - líquido 24,1 0,3% 28,7 0,3% 36,2 0,4% 19,3% 26,0%
22
Diferido - líquido 2,9 0,0% 5,1 0,1% 3,5 0,0% 73,6% -32,4%
Total do ativo permanente 5.488,6 66,4% 5.644,6 63,0% 5.959,7 59,9% 2,8% 5,6%
Total do ativo não circulante 6.880,7 83,3% 7.210,3 80,5% 8.009,7 80,6% 4,8% 11,1%
TOTAL DO ATIVO 8.264,6 100,0% 8.958,5 100,0% 9.943,4 100,0% 8,4% 11,0%
Resultado de exercícios futuros 2,3 0,0% 59,0 0,7% - 0,0% 2486,6% -100,0%
Total do passivo não circulante 3.736,3 45,2% 4.595,2 51,3% 5.695,2 57,3% 23,0% 23,9%
PARTICIPAÇÃO DE MINORITÁRIOS 1.372,5 16,6% 1.764,4 19,7% 1.817,0 18,3% 28,6% 3,0%
23
Recursos destinados para aumento de capital 268,2 3,2% 51,0 0,6% 2,9 0,0% -81,0% -94,3%
Recursos destinados a aquisição de partes
266,8 3,2% - 0,0% - 0,0% -100,0% N/D
beneficiárias
PASSIVO TOTAL 8.264,6 100,0% 8.958,5 100,0% 9.943,4 100,0% 8,4% 11,0%
Exercício encerrado em
(Em Reais milhões)
Análise Análise Análise
Vertical Vertical Horizontal
2007 (%) 2008 (%) 08/07
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Numerário disponível 224,1 2,3% 88,8 0,9% -60,4%
Aplicações no mercado aberto 388,3 3,9% 501,1 5,0% 29,1%
Consumidores 871,6 8,8% 883,7 8,7% 1,4%
(-)Provisão para créditos de liquidação duvidosa (66,6) -0,7% (68,4) -0,7% 2,8%
Dividendos e juros sobre capital próprio a receber 8,1 0,1% 9,0 0,1% 11,8%
Tributos e contribuições sociais a compensar 88,6 0,9% 139,4 1,4% 57,3%
Títulos a receber 25,8 0,3% 25,2 0,2% -2,4%
Estoque 35,2 0,4% 34,1 0,3% -3,2%
Serviços em curso 50,1 0,5% 47,8 0,5% -4,7%
Redução de receita - baixa renda 41,0 0,4% 51,4 0,5% 25,3%
Aquisição de combustível - conta CCC 75,9 0,8% 108,4 1,1% 42,8%
Ativos regulatórios 96,3 1,0% 55,0 0,5% -42,9%
Despesas pagas antecipadamente 18,3 0,2% 19,9 0,2% 9,1%
Outros 77,0 0,8% 90,9 0,9% 18,1%
Total do ativo circulante 1.933,7 19,4% 1.986,4 19,6% 2,7%
ATIVO PERMANENTE
Investimentos 766,6 7,7% 775,3 7,7% 1,1%
Imobilizado - líquido 5.153,4 51,8% 5.199,2 51,4% 0,9%
Intangível - líquido 36,2 0,4% 39,2 0,4% 8,5%
Diferido - líquido 3,5 0,0% 3,2 0,0% -7,3%
Total do ativo permanente 5.959,7 59,9% 6.016,9 59,5% 1,0%
Exercício encerrado em
(Em Reais milhões)
24
Análise Análise Análise
Vertical Vertical Horizontal
2007 (%) 2008 (%) 08/07
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores 424,9 4,3% 511,8 5,1% 20,5%
Folha de pagamento 6,6 0,1% 7,2 0,1% 9,4%
Tributos, contribuições sociais e parcelamentos 349,2 3,5% 305,6 3,0% -12,5%
Dividendos propostos e participações nos lucros 158,9 1,6% 150,8 1,5% -5,1%
Empréstimos, financiamentos e encargos 343,4 3,5% 374,5 3,7% 9,1%
Debêntures e encargos 29,7 0,3% 26,4 0,3% -10,9%
Indenização Trabalhista - Plano Bresser 49,3 0,5% 50,7 0,5% 2,8%
Obrigações estimadas 32,0 0,3% 75,6 0,7% 136,5%
Passivos regulatórios 41,4 0,4% 55,5 0,5% 34,2%
Outros 206,3 2,1% 203,5 2,0% -1,3%
Total do passivo circulante 1.641,6 16,5% 1.761,9 17,4% 7,3%
Recursos destinados para aumento de capital 2,9 0,0% 3,3 0,0% 12,7%
Recursos destinados a aquisição de partes beneficiárias - 0,0% - 0,0% N/D
Reconciliação do EBITDA
25
Participação dos Acionistas 7,3 5,3 11,3 2,4 2,7
Reversão de Juros Sobre Capital Próprio -11,7 -10,4 -39,2 0,0 0,0
Provisão de Impostos -69,4 189,8 148,5 32,6 7,9
Resultado Não Operacional -16,7 -97,1 25,5 11,6 3,4
Resultado Financeiro 498,2 491,6 376,3 87,8 97,6
Resultado de Participações Societárias 1,8 -174,0 23,5 5,2 4,8
Depreciação e Amortização 235,7 287,6 321,5 73,5 85,2
EBITDA 823,6 905,4 1105,0 201,7 218,9
Margem Ebitda (%) 32,1% 31,2% 33,5% 25,5% 25,3%
26
Exercício encerrado em 31 de Trimestre encerrado em
dezembro de 31 de março de
REDESUL/SUDESTE 2005 2006 2007 2007 2008
EBITDA (Valores em R$milhões)
Lucro (prejuízo) de acordo com as normas contábeis -8,2 -2,1 28,0 6,5 8,2
Adicionado:
Itens Extraordinários - - - - -
Participações dos Acionistas Não Controladores - - - - -
Participação dos Acionistas 1,5 0,5 2,2 0,7 1,0
Reversão de Juros Sobre Capital Próprio -7,0 -4,0 -8,0 0,0 0,0
Provisão de Impostos 0,9 8,1 17,6 4,6 6,4
Resultado Não Operacional 0,3 1,7 1,5 0,0 -0,6
Resultado Financeiro 171,9 48,4 48,3 10,5 8,9
Resultado de Participações Societárias -131,7 - - - -
Depreciação e Amortização 32,3 51,3 58,9 14,6 15,0
EBITDA 60,0 103,9 148,6 36,8 38,9
Margem Ebitda (%) 25,1% 18,8% 24,9% 24,9% 23,0%
27
SUMÁRIO DA OFERTA
Agentes de Colocação Internacional Bradesco Securities Inc., Credit Suisse Securities (USA) LLC e [=].
Oferta Distribuição pública primária e secundária de, inicialmente, [=] Units,
representativas, cada uma, de 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais,
todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e
desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, de emissão de nossa
Companhia, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não-
organizado, nos termos da Instrução CVM 400, e ainda, com esforços
de colocação das Units nos Estados Unidos da América, por meio dos
mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo BACEN
e pela CVM, para investidores institucionais qualificados, residentes e
domiciliados nos Estados Unidos da América (Qualified Institutional
Buyers), conforme definidos na Regra 144A editada pela SEC, em
operações isentas de registro em conformidade com o disposto no
Securities Act e nos regulamentos editados ao amparo do Securities
Act, e, nos demais países, exceto nos Estados Unidos da América e no
Brasil, em conformidade com os procedimentos previstos no
Regulamento S editado pela SEC e observada a legislação aplicável no
país de domicílio de cada investidor. Não haverá registro das Units em
qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de
qualquer outro país, exceto no Brasil.
Opção de Units Adicionais Opção a ser exercida a critério [da Companhia e/ou do Acionista
Vendedor], com a concordância dos Coordenadores, sem prejuízo do
exercício da Opção de Units Suplementares, nas mesmas condições e
preço das Units inicialmente ofertadas, para aumentar a Oferta em até
[•] Units, equivalentes a até 20% das Units inicialmente ofertadas no
âmbito da Oferta, conforme dispõe o art. 14, parágrafo 2º, da Instrução
CVM 400.
Opção de Units Suplementares Opção outorgada [pela Companhia e/ou pelo Acionista Vendedor] ao
Credit Suisse para distribuição de um lote suplementar de até [•] Units
equivalentes a até 15% do total de Units inicialmente ofertadas
(excluídas as Units Adicionais), nas mesmas condições e no mesmo
preço das Units inicialmente ofertadas. Essas Units serão destinadas a
atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado
no decorrer da Oferta. A Opção de Units Suplementares poderá ser
exercida exclusivamente pelo Credit Suisse a partir da data de
assinatura do Contrato de Distribuição e por um período de 30 dias, a
contar do primeiro dia útil (inclusive) após a publicação do Anúncio de
Início e após notificação ao Coordenador Líder, desde que a decisão de
sobrealocação das Units no momento da precificação da Oferta tenha
sido tomada em comum acordo pelos Coordenadores.
28
Público-Alvo A Oferta será direcionada, na Oferta de Varejo, aos Investidores Não-
Institucionais, e, na Oferta Institucional, aos Investidores Institucionais.
Para mais informações, ver Seção “Informações Relativas à Oferta”
deste Prospecto.
Oferta de Varejo A quantidade de, no mínimo, [=]% e, no máximo, [=]% das Units da
Oferta, excluindo as Units Suplementares e as Units Adicionais, será
destinada prioritariamente a Investidores Não-Institucionais que
realizarem Pedido de Reserva, observado o valor mínimo de
investimento de R$3.000,00 e o valor máximo de investimento de
R$300.000,00 por Investidor Não-Institucional.
Período de Reserva para Investidores O prazo de [•] dias úteis, a ser iniciado em [•] de [•] de 2008 e a ser
Não-Institucionais encerrado em [•] de [•] de 2008, inclusive, para a realização de Pedido
de Reserva por Investidores Não-Institucionais.
Oferta Institucional As Units da Oferta, bem como eventuais sobras de Units alocadas
prioritariamente à Oferta de Varejo, serão destinadas a Investidores
Institucionais. Não serão admitidas para esses investidores reservas
antecipadas e não haverá valores mínimos ou máximos de investimento.
29
Regime de Colocação – Garantia As Units serão colocadas no Brasil pelas Instituições Participantes da
Firme de Liquidação Oferta, coordenadas pelos Coordenadores, em regime de garantia firme
individual e não solidária de liquidação. A garantia firme de liquidação
individual e não solidária consiste na obrigação dos Coordenadores de
subscrever, nas respectivas proporções de garantias individuais e não
solidárias prestadas por cada Coordenador, na Data de Liquidação, pelo
Preço de Distribuição, a totalidade do saldo resultante da diferença
entre (a) o número de Units objeto da garantia firme de liquidação
individual e não solidária prestada pelos Coordenadores, nos termos do
Contrato de Distribuição e (b) o número de Units efetivamente
colocado no mercado e liquidado pelos investidores. Tal garantia será
vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento
de Bookbuilding e celebrado o Contrato de Distribuição, sendo que a
responsabilidade dos Coordenadores estará limitada à garantia firme de
liquidação individual e não solidária prestada por cada Coordenador no
Contrato de Distribuição.
Data de Liquidação A liquidação física e financeira ocorrerá em até três dias úteis após a
data da publicação do Anúncio de Início, com a entrega das Units aos
respectivos investidores.
Direitos, Vantagens e Restrições das As Units conferirão aos seus titulares os direitos, vantagens e restrições
Units inerentes às ações ordinárias e preferenciais de emissão de nossa
Companhia a elas subjacentes, inclusive o direito de participar das
assembléias gerais de nossa Companhia e nelas exercer todas as
prerrogativas conferidas às ações representadas pelas Units. As ações
subjacentes às Units darão aos seus titulares o direito ao recebimento
integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que
vierem a ser declarados a partir da data de sua subscrição ou aquisição,
nos termos do previsto na Lei das Sociedades por Ações, no
Regulamento do Nível 2 e no estatuto social de nossa Companhia. Para
mais informações, ver Seção “Descrição do Capital Social” deste
Prospecto.
Direito de Venda Conjunta (Tag- Nos termos do nosso Estatuto Social, na hipótese de alienação do nosso
Along rights) controle acionário, o adquirente deverá efetivar uma oferta pública de
aquisição de ações de todos os nossos demais acionistas, observando as
condições e prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento do
Nível 2 da Bovespa. Em adição às exigências no Regulamento de Nível
2, a respectiva oferta pública de aquisição de ações será de um preço
não inferior a 100% do preço pago por ação do bloco de controle, de
forma a lhes assegurar tratamento igualitário àquele dispensado aos
Acionistas Controladores. Para mais informações, ver Seção “Descrição
do Capital Social” deste Prospecto.
30
Destinação de Recursos Estima-se que os recursos líquidos provenientes da Oferta serão de,
aproximadamente, R$[=] (baseado no ponto médio da faixa indicativa
do Preço por Unit e sem considerar as Units Suplementares ou as Units
Adicionais), após a dedução de comissões e despesas estimadas.
Pretendemos utilizar os recursos líquidos que recebermos da Oferta da
seguinte forma: R$[=], para pagamento de dívidas da Rede Energia,
R$[=], para consolidação societária e expansão de nossas atividades e
R$[=], para reforço de nosso capital de giro.
Inadequação da Oferta a Certos O investimento nas Units representa um investimento de risco, posto
Investidores que é um investimento em renda variável e, assim, os investidores que
pretendam investir nas Units no âmbito da Oferta estão sujeitos a
diversos riscos, inclusive aqueles relacionados com a volatilidade do
mercado de capitais, a liquidez das Units ou das ações ordinárias e
preferenciais subjacentes às Units, e à oscilação de suas cotações em
bolsa, e, portanto, poderão perder uma parcela ou a totalidade de seu
eventual investimento. Ainda assim, não há nenhuma classe ou
categoria de investidor que esteja proibida por lei de subscrever as
Units no âmbito da Oferta.
Fatores de Risco Para explicação acerca dos fatores de risco que devem ser considerados
cuidadosamente antes da decisão de investimento nas Units, ver Seção
“Fatores de Risco”, além de outras informações incluídas no presente
Prospecto.
Informações Adicionais Para descrição completa das condições aplicáveis à Oferta, ver Seção
“Informações Relativas à Oferta” deste Prospecto. O registro da Oferta
foi solicitado por nós e pelo Coordenador Líder em [•] de [•] de 2008,
estando a presente Oferta sujeita à prévia aprovação da CVM. Mais
informações sobre a Oferta poderão ser obtidas junto às Instituições
Participantes da Oferta nos endereços indicados na Seção “Informações
Relativas à Oferta” deste Prospecto.
31
Quaisquer comunicados ao mercado serão informados por meio de publicação de Aviso ao Mercado no jornal
“Valor Econômico”, edição nacional, e por meio de aviso nos seguintes websites de nossa Companhia
(www.gruporede.com.br) e dos Coordenadores: www.bradescobbi.com.br, http://br.creditsuisse.com/ofertas e
[=], sem prejuízo dos jornais em que a Companhia realiza suas publicações. As informações constantes de nosso
website na Internet não integram o presente Prospecto e não devem ser a ele incorporadas por referência.
32
INFORMAÇÕES RELATIVAS À OFERTA
Subscrito/Integralizado(1)
Espécie e classe Quantidade Valor (R$)(2) (%)
Ordinárias 221.157.990 434.884.959,51 72,6
Preferenciais 83.650.725 164.490.743,27 27,4
Total(1) 304.808.715 599.375.702,78 100,0
_____________________________
(1)
Todas as ações emitidas foram integralizadas.
(2)
As ações não têm valor nominal.
Após a conclusão da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Units, a composição de nosso
capital social será a seguinte, sem considerar as Units Adicionais e o exercício integral da Opção de Units
Suplementares:
Subscrito/Integralizado(1)
Espécie e classe Quantidade Valor (R$)(2) (%)
Ordinárias [=] [=] [=]
Preferenciais [=] [=] [=]
Total(1) [=] [=] 100,0
_____________________________
(1)
Considerando o Preço por Unit de R$[=], que é o ponto médio da faixa de preço indicada neste Prospecto.
Após a conclusão da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Units, a composição de nosso
capital social será a seguinte, considerando as Units Adicionais e sem considerar o exercício integral da
Opção de Units Suplementares:
Subscrito/Integralizado(1)
Espécie e classe Quantidade Valor (R$)(2) (%)
Ordinárias [=] [=] [=]
Preferenciais [=] [=] [=]
Total(1) [=] [=] 100,0
_____________________________
(1)
Considerando o Preço por Unit de R$[=], que é o ponto médio da faixa de preço indicada neste Prospecto.
Após a conclusão da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Units, a composição de nosso
capital social será a seguinte, sem considerar as Units Adicionais e considerando o exercício integral da
Opção de Units Suplementares:
Subscrito/Integralizado(1)
Espécie e classe Quantidade Valor (R$)(2) (%)
Ordinárias [=] [=] [=]
Preferenciais [=] [=] [=]
Total(1) [=] [=] 100,0
_____________________________
(1)
Considerando o Preço por Unit de R$[=], que é o ponto médio da faixa de preço indicada neste Prospecto.
Após a conclusão da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Units, considerando as Units
Adicionais e na hipótese de haver o exercício integral da Opção de Units Suplementares, a composição de
nosso capital social será a seguinte:
Subscrito/Integralizado(1)
Espécie e classe Quantidade Valor (R$)(2) (%)
Ordinárias [=] [=] [=]
Preferenciais [=] [=] [=]
Total(1) [=] [=] 100,0
_____________________________
(1)
Considerando o Preço por Unit de R$[=], que é o ponto médio da faixa de preço indicada neste Prospecto.
O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas por acionistas titulares de 5% ou mais de nossas
ações, nossos Conselheiros, bem como as ações em tesouraria, na data deste Prospecto e após a conclusão
33
da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Units, sem considerar as Units Adicionais e o
exercício da Opção de Units Suplementares:
O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas por acionistas titulares de 5% ou mais de nossas ações,
nossos Conselheiros, bem como as ações em tesouraria, na data deste Prospecto e após a conclusão da Oferta,
assumindo a colocação da totalidade das Units, considerando as Units Adicionais e sem considerar o exercício
integral da Opção de Units Suplementares.
O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas por acionistas titulares de 5% ou mais de nossas ações,
nossos Conselheiros, bem como as ações em tesouraria, na data deste Prospecto e após a conclusão da Oferta,
assumindo a colocação da totalidade das Units, sem considerar as Units Adicionais e considerando o exercício
integral da Opção de Units Suplementares.
O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas por acionistas titulares de 5% ou mais de nossas ações,
nossos Conselheiros, bem como as ações em tesouraria, na data deste Prospecto e após a conclusão da Oferta,
assumindo a colocação da totalidade das Units, considerando as Units Adicionais e na hipótese de haver o
exercício integral da Opção de Units Suplementares.
Descrição da Oferta
34
Oferta Pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, [=] Units, representativas, cada
uma, de 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais, todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres
e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, de nossa emissão.
A quantidade total de Units objeto da Oferta poderá ser acrescida de um lote suplementar de até [•] Units
Suplementares, equivalentes a até 15% das Units inicialmente ofertadas, conforme opção outorgada [pela
Companhia e/ou pelo Acionista Vendedor ]ao Credit Suisse, nos termos do artigo 24, caput, da Instrução
CVM 400, nas mesmas condições e no mesmo preço das Units inicialmente ofertadas, a qual será
destinada exclusivamente a atender um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no
decorrer da Oferta. A Opção de Units Suplementares poderá ser exercida pelo Credit Suisse, após
notificação ao Coordenador Líder, desde que a decisão de sobrealocação das Units no momento da
precificação da Oferta tenha sido tomada em comum acordo pelos Coordenadores, a partir da data de
assinatura do Contrato de Distribuição e por um período de 30 dias, a contar do primeiro dia útil
(inclusive) após a publicação do anúncio de início da Oferta, e após notificação ao Coordenador Líder,
desde que a decisão de sobrealocação das Units no momento da precificação da Oferta tenha sido tomada
em comum acordo pelos Coordenadores.
Sem prejuízo do exercício da Opção de Units Suplementares, nos termos do artigo14, parágrafo 2º, da
Instrução CVM 400, até a data de publicação do Anúncio de Início, inclusive, a quantidade total das Units
inicialmente ofertadas (sem considerar as Units Suplementares) poderá, a critério da [Companhia e/ou do
Acionista Vendedor], em comum acordo com os Coordenadores, ser acrescida de até 20%, nas mesmas
condições e preços das Units incialmente ofertadas.
Quantidade, Valor, Classe e Espécie dos Valores Mobiliários
Sem considerar as Units Adicionais e na hipótese de não haver exercício da Opção de Units
Suplementares:
Considerando as Units Adicionais e na hipótese de não haver exercício da Opção de Units Suplementares:
Sem Considerar as Units Adicionais e na hipótese de não haver exercício da Opção de Units
Suplementares:
35
Considerando as Units Adicionais e na hipótese de haver exercício integral da Opção de Units
Suplementares:
No contexto da Oferta, estima-se que o preço de distribuição por Unit (“Preço de Distribuição”) estará
situado entre R$[•] e R$[•], podendo, no entanto, ser eventualmente fixado fora desta faixa. O Preço de
Distribuição será fixado com base no resultado do Procedimento de Bookbuilding a ser conduzido pelos
Coordenadores, em conformidade com o artigo 44 da Instrução CVM 400, e de acordo com o artigo 170,
inciso III do parágrafo 1° da Lei das Sociedades por Ações. A escolha do critério de preço de mercado
para a determinação do Preço de Distribuição por meio da realização do Procedimento de Bookbuilding
justifica-se pelo fato de que tal critério refletirá o valor pelo qual os investidores apresentarão suas
intenções de subscrição das ações subjacentes às Units no âmbito da Oferta. Na hipótese do Preço de
Distribuição vir a ser fixado fora da faixa indicativa, os Pedidos de Reserva serão normalmente
considerados e processados, exceto com relação àqueles Pedidos de Reserva realizados por Investidores
Não-Institucionais que estipularem, como condição de sua eficácia, um preço máximo por Unit inferior
ao Preço de Distribuição, os quais serão automaticamente cancelados pela Instituição Participante da
Oferta junto à qual o Pedido de Reserva tenha sido realizado. Os Investidores Não-Institucionais que
aderirem à Oferta de Varejo não participarão do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, do processo
de fixação do Preço de Distribuição.
Custos de Distribuição
Os custos de distribuição da Oferta serão arcados integralmente pela nossa Companhia. Abaixo segue
descrição dos custos relativos à Oferta, sem considerar as Units Suplementares e as Units Adicionais:
Aprovações Societárias
O aumento de capital e a realização da Oferta, com exclusão do direito de preferência dos nossos atuais
acionistas na subscrição das ações ordinárias e preferenciais subjacentes às Units da Oferta, e a determinação
da quantidade de ações ordinárias e preferenciais a serem emitidas por ocasião da Oferta foram aprovados pelo
Conselho de Administração de nossa Companhia, em reunião realizada em [•] de [•] de 2008. O Preço de
Distribuição será deliberado pelo nosso Conselho de Administração em reunião a ser realizada em [•] de 2008,
após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding e antes da concessão do registro da Oferta pela CVM. A
Oferta Secundária foi aprovada em [Reunião do Conselho de Administração/Assembléia Geral Extraordinária]
do Acionista Vendedor realizada em [●] de [●] de 2008, cujas atas foram publicadas no [●] e no [●], em [●] de
[●] de 2008. As Units da Companhia serão listadas no Nível 2 da BOVESPA e negociadas sob o código
“REDE11”.
36
Público Alvo da Oferta
A Oferta será direcionada, na Oferta de Varejo, aos Investidores Não-Institucionais, conforme definido
abaixo, e, na Oferta Institucional, aos Investidores Institucionais, conforme definido abaixo.
Cronograma da Oferta
Encontra-se abaixo um cronograma estimado das etapas da Oferta, informando seus principais eventos a
partir da publicação do Aviso ao Mercado:
Ordem dos
Eventos Evento Data Prevista (1)
1. Publicação do Aviso ao Mercado (sem logotipo das Corretoras) [•] de 2008
Disponibilização do Prospecto Preliminar [•] de 2008
Início do Roadshow [•] de 2008
2. Início do Período de Reserva para Investidores Não-Institucionais [•] de 2008
Publicação do Aviso ao Mercado (com logotipo das Corretoras) [•] de 2008
Início do Procedimento de Bookbuilding [•] de 2008
3. Encerramento do Período de Reserva para Investidores Não-Institucionais [•] de 2008
4. Encerramento do Roadshow [•] de 2008
Encerramento do Procedimento de Bookbuilding [•] de 2008
Fixação do Preço de Distribuição [•] de 2008
Reunião do Conselho de Administração da Companhia para aprovação do Preço de Distribuição [•] de 2008
Assinatura do Contrato de Distribuição e do Placement Facilitation Agreement [•] de 2008
Início do Direito do Exercício da Opção de Units Suplementares [•] de 2008
5. Registro da Oferta na CVM [•] de 2008
Publicação do Anúncio de Início [•] de 2008
6. Início da Negociação das Units na BOVESPA [•] de 2008
7. Data de Liquidação da Oferta [•] de 2008
8. Fim do Prazo para o Exercício da Opção de Units Suplementares [•] de 2008
9. Publicação do Anúncio de Encerramento [•] de 2008
(1)
Todas as datas previstas acima são meramente indicativas e estão sujeitas a alterações e adiamento, sem aviso prévio, a critério da
Companhia e dos Coordenadores.
Procedimentos da Oferta
As Units serão colocadas no Brasil pelas Instituições Participantes da Oferta, coordenadas pelos
Coordenadores. As Units da Oferta serão colocadas em regime de garantia firme de liquidação, individual
e não solidária, outorgada à Companhia e ao Acionista Vendedor pelos Coordenadores, nos limites
individuais indicados no Contrato de Distribuição.
A Oferta Institucional será direcionada a investidores pessoas físicas, pessoas jurídicas residentes e
domiciliados no Brasil e clubes de investimento, cujos valores de investimento excedam R$300.000,00,
fundos de investimento, carteiras administradas, fundos de pensão, entidades administradoras de recursos
de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, condomínios
destinados à aplicação em carteiras de títulos e valores mobiliários registrados na CVM e/ou na Bovespa,
seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização de pessoas jurídica não
financeiras com patrimônio líquido superior a R$5.000.000,00 e determinados investidores residentes no
exterior que invistam no Brasil segundo as normas de investimento externo de portfolio nos termos da
Resolução CMN 2.689 e da Instrução CVM 325, ou, ainda, nos termos das normas de investimento direto
da Lei 4.131/62 (“Investidores Institucionais”). Os Investidores Institucionais deverão realizar a
liquidação das ações subjacentes às Units mediante o pagamento à vista, em moeda corrente nacional, no
ato da subscrição.
37
A Oferta de Varejo será destinada a investidores pessoas físicas e jurídicas residentes e domiciliadas no
Brasil, que não sejam consideradas Investidores Institucionais, bem como a clubes de investimento
registrados na BOVESPA que decidirem participar da Oferta de Varejo (“Investidores Não-
Institucionais”). Os Investidores Não-Institucionais deverão realizar solicitações de reserva mediante o
preenchimento do Pedido de Reserva, para a subscrição de ações subjacentes às Units no âmbito da
Oferta, observado o valor mínimo de investimento de R$3.000,00 (“Valor Mínimo”) e o valor máximo de
investimento de R$300.000,00 (“Valor Máximo”) por Investidor Não-Institucional.
Será concedido aos Investidores Não-Institucionais o prazo de [•] dias úteis, a ser iniciado em [•] de 2008
e a ser encerrado em [•] de 2008, inclusive, o qual poderá ser estendido a critério dos Coordenadores
(“Período de Reserva”), para a realização dos respectivos Pedidos de Reserva.
O montante de, no mínimo, 10% e, no máximo, 20% das Units objeto da Oferta, sem considerar o
exercício da Opção de Units Suplementares e da Opção de Units Adicionais, será destinado
prioritariamente à colocação pública junto aos Investidores Não-Institucionais que realizarem seus
respectivos Pedidos de Reserva, em caráter irrevogável e irretratável, exceto pelo disposto nos itens (g),
(h), (i) e (j) abaixo, nas seguintes condições:
(a) cada Investidor Não-Institucional poderá efetuar Pedido de Reserva junto a uma única
Instituição Participante da Oferta, sendo que tais Investidores Não-Institucionais poderão
estipular no Pedido de Reserva, como condição de sua eficácia, um preço máximo por Unit,
conforme previsto no parágrafo 3º do artigo 45 da Instrução CVM 400. Os Pedidos de Reserva
realizados pelos Investidores Não-Institucionais que estipularem, como condição de sua
eficácia, um preço máximo por Unit inferior ao Preço de Distribuição, serão automaticamente
cancelados pela Instituição Participante da Oferta junto à qual o Pedido de Reserva for
realizado. As Instituições Participantes da oferta somente atenderão Pedidos de Reserva
realizados por Investidores Não-Institucionais titulares de conta corrente ou de conta de
investimento nelas aberta ou mantida pelo respectivo investidor. As Instituições Participantes
da Oferta poderão, a seu exclusivo critério exigir a manutenção de recursos em conta de
investimento nela aberta e/ou mantida, para garantia do Pedido de Reserva. Dessa forma, os
Coordenadores recomendam aos Investidores Não-Institucionais interessados na realização de
Pedidos de Reserva que leiam cuidadosamente os termos e condições estipulados no Pedido de
Reserva, especialmente os procedimentos relativos à liquidação da oferta, e as informações
constantes deste Prospecto Preliminar e do Prospecto Definitivo, e que verifiquem com a
Instituição Participante da oferta de sua preferência, antes de realizar seu Pedido de Reserva, a
necessidade de manutenção de recursos em conta de investimento nela aberta e/ou mantida,
para fins de garantia do Pedido de Reserva.;
(b) os Investidores Não-Institucionais que sejam pessoas vinculadas os Investidores que sejam: (a)
administradores ou controladores da Companhia; (b) controladores ou administradores das
Instituições Participantes da Oferta; ou (c) outras pessoas vinculadas à Oferta, bem como os
respectivos cônjuges ou companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo
grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (a), (b) e (c) (“Pessoas Vinculadas”) deverão,
necessariamente, indicar no Pedido de Reserva a sua condição de Pessoa Vinculada, sendo que,
caso haja excesso de demanda superior em 1/3 das Units inicialmente ofertadas (excluídas as
Units Suplementares e as Units Adicionais), não será permitida a colocação, pelas Instituições
Participantes da Oferta Brasileira, de Units junto a Investidores Não-Institucionais que sejam
Pessoas Vinculadas, sendo que os Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não-
Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas serão automaticamente cancelados;
(c) cada Instituição Participante da Oferta deverá informar a quantidade de Units correspondentes
às ações a elas subjacentes a serem subscritas e o correspondente valor do investimento ao
Investidor Não-Institucional que com ela tenha realizado Pedido de Reserva, até às 16:00 horas
do dia seguinte à data de publicação do Anúncio de Início, por meio de seu endereço eletrônico
ou, na sua ausência, por telefone ou correspondência, sendo o pagamento limitado ao valor do
38
Pedido de Reserva, ressalvada a possibilidade de rateio, conforme previsto na alínea (g)
abaixo;
(d) até as 10:30 horas da Data de Liquidação, cada Investidor Não-Institucional deverá efetuar o
pagamento do valor indicado, conforme previsto na alínea (c) acima, junto à Instituição
Participante da Oferta na qual efetuar seu respectivo Pedido de Reserva, em recursos
imediatamente disponíveis, sob pena de, em o fazendo, ter seu Pedido de Reserva
automaticamente cancelado;
(e) na Data de Liquidação, cada Instituição Participante da Oferta junto à qual o Pedido de Reserva
for realizado entregará a cada Investidor Não-Institucional que com ela tiver feito seu Pedido
de Reserva o número de Units correspondente à relação entre o valor constante do Pedido de
Reserva e o Preço de Distribuiçãoressalvadas as possibilidades de desistência e cancelamento
previstas nos itens (h) e (i) abaixo e a possibilidade de rateio prevista no item (g) abaixo. Caso
tal relação resulte em fração de Unit, o valor do investimento será limitado ao valor
correspondente ao maior número inteiro de Units;
(f) caso a totalidade dos Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não-Institucionais seja
igual ou inferior à quantidade de Units destinadas à Oferta de Varejo, sem considerar as Units
Suplementares e as Units Adicionais, não haverá rateio, sendo todos os Investidores Não-
Institucionais integralmente atendidos em todas as suas reservas, e as eventuais sobras no lote
ofertado aos Investidores Não-Institucionais serão destinadas aos Investidores Institucionais;
(g) em caso de a totalidade dos Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não-Institucionais
ser superior à quantidade de Units destinadas à Oferta de Varejo, sem considerar as Units
Suplementares e as Units Adicionais, será realizado rateio das Units da seguinte forma: (i)
entre os Investidores Não-Institucionais Com Prioridade de Alocação, conforme definido neste
Prospecto, até o limite de R$[•], inclusive, a divisão igualitária e sucessiva das Units
destinadas à Oferta de Varejo, limitada ao valor individual de cada Pedido de Reserva e ao
valor total de Units destinadas à Oferta de Varejo; (ii) após o atendimento do critério (i) acima,
as Units destinadas à Oferta de Varejo remanescentes serão rateadas entre os Investidores Não-
Institucionais sem Prioridade de Alocação, conforme definido neste Prospectoacima, até o
limite de R$[•], inclusive, realizando-se a divisão igualitária e sucessiva das Units destinadas à
Oferta de Varejo, limitada ao valor individual de cada Pedido de Reserva e ao valor total de
Units destinadas à Oferta de Varejo; (iii) após o atendimento dos critérios (i) e (ii) acima, será
realizado o rateio das Units destinadas à Oferta de Varejo remanescentes, proporcionalmente
ao valor dos respectivos Pedidos de Reserva não atendidos entre os Investidores Não-
Institucionais com Prioridade de Alocação; (iv) após atendidos os critérios de rateio descritos
nos itens (i), (ii) e (iii) acima, será realizado o rateio das Units destinadas à Oferta de Varejo
remanescentes, proporcionalmente ao valor dos respectivos Pedidos de Reserva não atendidos,
entre os Investidores Não-Institucionais sem Prioridade de Alocação, desconsiderando-se,
entretanto, em todos os casos, as frações de Units. Opcionalmente, a critério dos
Coordenadores, da Companhia e do Acionista Vendedor, a quantidade de Units destinada
prioritariamente a Investidores Não-Institucionais poderá ser aumentada para que os pedidos
excedentes dos Investidores Não-Institucionais seja total ou parcialmente atendidos, sendo que,
no caso de atendimento parcial, será observado o mesmo critério de rateio previsto neste item
(g);
(h) caso (a) seja verificada divergência relevante entre as informações constantes do Prospecto
Preliminar e do Prospecto Definitivo que altere substancialmente o risco assumido pelo
Investidor Não-Institucional ou a sua decisão de investimento; (b) a Oferta seja suspensa, nos
termos do artigo 20 da Instrução CVM 400; e/ou (c) a Oferta seja modificada, nos termos do
artigo 27 da Instrução CVM 400, o Investidor Não-Institucional poderá desistir do Pedido de
Reserva, devendo, para tanto, informar sua decisão à Instituição Participante da Oferta que
tenha recebido o Pedido de Reserva (i) até as 16:00 horas do quinto dia útil subseqüente à data
de disponibilização do Prospecto Definitivo, no caso da alínea (a) acima; e (ii) até as 16:00
horas do quinto dia útil subseqüente à data em que for comunicada por escrito a suspensão ou a
modificação da Oferta, no caso das alíneas (b) e (c) acima. Caso o Investidor Não-Institucional
não informe sua decisão de desistência do Pedido de Reserva nos termos deste inciso, o Pedido
de Reserva será considerado válido e o Investidor Não-Institucional deverá efetuar o
39
pagamento do valor do investimento. Caso o Investidor Não-Institucional já tenha efetuado o
pagamento nos termos do item (c) acima e venha a desistir do Pedido de Reserva nos termos
deste inciso, os valores depositados serão devolvidos sem juros ou correção monetária no prazo
de três dias úteis contados do pedido de cancelamento do Pedido de Reserva;
(i) na hipótese de haver descumprimento, por qualquer um dos Coordenadores Contratados ou das
Corretoras, de qualquer das normas de conduta previstas na regulamentação aplicável à Oferta,
incluindo, sem limitação, aquelas previstas na Instrução CVM 400, tal Coordenador
Contratado ou Corretora deixará de integrar o grupo de instituições financeiras responsáveis
pela colocação das Units no âmbito da Oferta, pelo que serão cancelados todos os Pedidos de
Reserva que tenha recebido. O Coordenador Contratado ou a Corretora a que se refere este
item (i) deverá informar imediatamente os Investidores Não-Institucionais de quem tenham
recebido Pedido de Reserva sobre o referido cancelamento; e
(j) na hipótese de não se dar início à Oferta, ou de não haver a conclusão da Oferta, ou na hipótese
de resilição do Contrato de Distribuição, ou, ainda, em qualquer outra hipótese de devolução de
Pedido de Reserva em função de expressa disposição legal, os Pedidos de Reserva serão
automaticamente cancelados e o Coordenador Líder comunicará o cancelamento da Oferta,
inclusive por meio de publicação de aviso ao mercado aos Investidores Não-Institucionais que
houverem efetuado Pedidos de Reserva. Neste caso, deverão ser restituídos integralmente aos
Investidores Não-Institucionais os valores eventualmente dados em contrapartida às Units, sem
juros ou correção monetária, em até cinco dias úteis de sua divulgação ao mercado, conforme o
disposto no artigo 26 da Instrução CVM 400.
Os Investidores Não-Institucionais deverão realizar a aquisição e/ou subscrição das Units mediante o
pagamento à vista, em moeda corrente nacional, de acordo com o procedimento descrito acima. Não
havendo pagamento pontual, o Pedido de Reserva será automaticamente cancelado pela Instituição
Participante da Oferta junto à qual o Pedido de Reserva tenha sido realizado.
Após o atendimento dos Pedidos de Reserva dos Investidores Não-Institucionais tal como descrito acima,
as Units serão distribuídas a Investidores Institucionais, de acordo com o seguinte procedimento:
(b) Caso o número de Units objeto de ordem recebida dos Investidores Institucionais durante o
Procedimento de Bookbuilding, na forma do artigo 44 da Instrução CVM 400, exceda o total de
Units remanescentes após o atendimento dos Pedidos de Reserva dos Investidores Não-
Institucionais, terão prioridade no atendimento de suas respectivas ordens os Investidores
Institucionais que, a critério dos Coordenadores, da Companhia e do Acionista Vendedor,
melhor atendam ao objetivo da Oferta de criar uma base diversificada de acionistas, formada por
investidores com diferentes critérios de avaliação sobre as perspectivas, ao longo do tempo, da
Companhia, seu setor de atuação e a conjuntura macroeconômica brasileira e internacional;
(c) Até as 12:00 do 1º dia útil subseqüente à data de publicação do Anúncio de Início, os
Investidores Institucionais serão informados, por meio do seu respectivo endereço eletrônico, ou,
na sua ausência, por telefone ou fac-símile, da data de liquidação, da quantidade de Units
alocadas e do Preço de Distribuição;
(d) A entrega das Units deverá ser efetivada na Data de Liquidação, mediante o pagamento em
moeda corrente nacional, à vista e em recursos imediatamente disponíveis, do Preço de
Distribuição multiplicado pela quantidade de Units alocadas, de acordo com os procedimentos
previstos neste Aviso;
(e) A aquisição e/ou subscrição das ações atreladas às Units será formalizada, conforme o caso,
mediante assinatura de Boletim de Subscrição ou Contrato de Compra e Venda, cujo modelo
final tenha sido apresentado à CVM e que informe o investidor claramente sobre a entrega das
Units;
40
(f) será aceita a participação de Pessoas Vinculadas que sejam consideradas Investidores
Institucionais no processo de fixação do Preço de Distribuição, mediante a participação destas no
Procedimento de Bookbuilding, até o limite máximo de 15% do valor da Oferta. Caso seja
verificado excesso de demanda superior a um terço das Units (excluídas as Units Suplementares
e as Units Adicionais), não será permitida a colocação de Units para Pessoas Vinculadas, sendo
as intenções de investimento realizadas por tais investidores automaticamente canceladas. A
subscrição e/ou aquisição de Units realizadas para proteção (hedge) de operações com
derivativos não são consideradas investimento efetuado por Pessoas Vinculadas para fins da
presente Oferta.
Prazo
A data de início da Oferta será divulgada mediante a publicação do Anúncio de Início, em conformidade
com o previsto no parágrafo único do artigo 52 da Instrução CVM 400.
A liquidação física e financeira da Oferta deverá ser realizada no prazo de três dias úteis contados da data
de publicação do Anúncio de Início (“Data de Liquidação”).
O prazo para a distribuição das Units no âmbito da Oferta é de até seis meses contados da data de
publicação do Anúncio de Início, nos termos do artigo 18 da Instrução CVM 400, ou até a data da
publicação do Anúncio de Encerramento, o que ocorrer primeiro.
Nos termos do Placement Facilitation Agreement, a ser celebrado entre os Agentes de Colocação
Internacional, a nossa Companhia e o Acionista Vendedor na mesma data de celebração do Contrato de
Distribuição, os Agentes de Colocação Internacional realizarão esforços de colocação das Units
exclusivamente no exterior. As Units que forem objeto de esforços de colocação no exterior pelos
Agentes de Colocação Internacional serão obrigatoriamente subscritas, liquidadas e pagas aos
Coordenadores, em reais.
Caso as Units inicialmente ofertadas no âmbito da Oferta não sejam totalmente liquidadas na Data de
Liquidação, os Coordenadores subscreverão e/ou adquirirão ações subjacentes às Units, pelo Preço de
Distribuição, na Data de Liquidação, correspondentes à totalidade do saldo resultante da diferença (i)
entre o número de Units objeto da garantia firme de liquidação, individual e não solidária, prestada pelos
Coordenadores, nos termos do Contrato de Distribuição, e (ii) o número de Units efetivamente colocado
no mercado e pago pelos investidores. A garantia firme de liquidação individual e não solidária prestada
por cada Coordenador será vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento de
Bookbuilding e assinado o Contrato de Distribuição, sendo que a responsabilidade dos Coordenadores
41
estará limitada à garantia firme de liquidação individual e não solidária estabelecida no Contrato de
Distribuição.
Em caso de exercício da garantia firme de liquidação e posterior revenda das Units ao público pelos
Coordenadores e pelas demais Instituições Participantes da Oferta até a publicação do Anúncio de
Encerramento, o preço de revenda será o preço de mercado das Units, limitado ao Preço de Distribuição,
ressalvadas as atividades de estabilização a serem contratadas pela nossa Companhia e mediante a
celebração do Contrato de Estabilização.
Restrições à Negociação
• oferecer, vender, comprometer-se a vender ou onerar quaisquer ações emitidas pela nossa
Companhia ou Units;
• conceder opção de compra ou de qualquer outra forma dispor ou comprometer-se a dispor, direta
ou indiretamente, de ações de emissão de nossa Companhia, Units, ou de qualquer outro título
que constitua direito de receber indiretamente ações de emissão de nossa Companhia, ou de
qualquer outro título conversível em, permutável por, ou que outorgue direito de subscrição de
ações de emissão de nossa Companhia;
• solicitar ou requerer que a nossa Companhia arquive um pedido de registro junto à CVM de
oferta ou venda de ações de emissão de nossa Companhia ou Units; ou
• celebrar qualquer instrumento ou outros acordos que transfiram a outra pessoa, no todo ou em
parte, de qualquer forma, qualquer dos direitos patrimoniais relativos a ações de emissão de
nossa Companhia ou a Units, independentemente de qualquer destas operações serem
efetivamente liquidadas mediante a entrega de ações de emissão da Companhia, Units, ou
quaisquer outros valores mobiliários, em dinheiro, ou de outra forma.
As disposições de restrição de venda de ações de emissão de nossa Companhia descritas acima se aplicam
a ações, Units e a valores mobiliários conversíveis em, permutáveis por, ou que admitam pagamento
mediante entrega de ações de emissão de nossa Companhia, exceto a transferência de Units a uma
corretora, com o consentimento dos Coordenadores, no contexto da realização de atividades de formador
de mercado, de acordo com a Instruçaõ CVM nº 384, de 17 de março de 2003, e com o Código de Auto-
Regulação da Associação Nacional dos Bancos de Investimento - ANBID, para a Oferta. Nenhuma
autorização será necessária caso as atividades de formador de mercado sejam realizadas por corretoras
pertencentes ao grupo econômico dos Coordenadores.
O Credit Suisse, por intermédio da Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários,
poderá realizar atividades de estabilização de preço das Units, no prazo de até 30 dias contados da data de
publicação do Anúncio de Início, por meio de operações de compra e venda de Units, em conformidade
com as disposições legais aplicáveis e o Contrato de Estabilização, o qual deverá ser aprovado pela
BOVESPA e pela CVM antes da publicação do Anúncio de Início.
As Units conferem aos seus titulares os direitos, vantagens e restrições inerentes às ações ordinárias e
preferenciais de emissão de nossa Companhia a elas subjacentes, inclusive o direito de participar das
assembléias gerais da Companhia e nelas exercer todas as prerrogativas conferidas às ações representadas
42
pelas Units, As ações subjacentes às Units darão, ainda a seus titulares o direito ao recebimento integral
de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados a partir da data de sua
subscrição, nos termos do previsto na Lei das Sociedades por Ações, no Regulamento do Nível 2 e no
estatuto social de nossa Companhia. Dentre referidos direitos e benefícios assegurados aos titulares das
Units, destacamos os seguintes:
• direito de voto nas assembléias gerais de nossa Companhia, sendo que a cada Unit corresponderá
um voto, uma vez que cada Unit contém uma ação ordinária de emissão de nossa Companhia;
• direito de voto conferido às ações preferenciais subjacentes a cada Unit, nas circunstâncias
previstas na Lei das Sociedades por Ações, e, ainda, conforme previsto no Regulamento do
Nível 2, o direito a um voto a cada ação preferencial subjacente às Units, nas seguintes matérias
deliberadas em Assembléia Geral: (i) transformação, incorporação, fusão ou cisão de nossa
Companhia; (ii) aprovação de contratos entre a nossa Companhia e os Acionistas Controladores,
diretamente ou por meio de terceiros, assim como de outras sociedades nas quais os Acionistas
Controladores tenha interesse, sempre que, por força de disposição legal ou estatuária, sejam
deliberados em Assembléia Geral; (iii) avaliação de bens destinados à integralização de aumento
de capital social de nossa Companhia; (iv) escolha de empresa especializada para determinar o
valor econômico de nossa Companhia; e (v) alteração ou revogação de dispositivos estatutários
que resultem no descumprimento, por parte de nossa Companhia, de exigências previstas no item
4.1 do Regulamento do Nível 2;
• direito ao dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício social, equivalente a 25% do lucro
líquido do respectivo exercício, ajustado nos termos do art. 202 da Lei das Sociedades por
Ações;
• em caso de alienação direta ou indireta, a título oneroso, do controle de nossa Companhia, tanto
por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, direito de alienação
das ações ordinárias e preferenciais subjacentes às Units em oferta pública de aquisição a ser
realizada pelo adquirente, de forma a lhes assegurar as mesmas condições e preço àqueles dados
aos Acionistas Controladores alienante (100% de tag-along);
• direito de alienar as ações ordinárias e preferenciais subjacentes às Units em oferta pública a ser
realizada pelos Acionistas Controladores, em caso de cancelamento do registro de companhia
aberta ou descontinuidade do exercício das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa
Nível 2, estabelecidas pelo Regulamento do Nível 2, pelo seu valor econômico, apurado
mediante elaboração de laudo de avaliação por empresa especializada e independente, quanto ao
poder de decisão da Companhia, seus acionistas e/ou acionista controlador;
• direito ao recebimento de dividendos e demais distribuições que vierem a ser declarados pela
nossa Companhia a partir da Data de Liquidação; e
• todos os demais direitos assegurados às ações de emissão de nossa Companhia, nos termos
previstos no Regulamento do Nível 2, em nosso estatuto social e na Lei das Sociedades por
Ações.
Solicitamos o registro para negociação de nossas Units no segmento de listagem do Nível 2 da Bovespa,
e, tão logo seja deferido tal registro, nossas Units passarão a ser listadas no Nível 2 da Bovespa sob o
símbolo REDE11. Não será realizado nenhum registro da Oferta, das Units ou das ações ordinárias e
preferenciais subjacentes às Units, na SEC ou em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de
capitais de qualquer outro país, exceto o Brasil.
Nós poderemos requerer que a CVM nos autorize a modificar ou cancelar a Oferta, caso ocorram
alterações posteriores, materiais e inesperadas nas circunstâncias inerentes à Oferta, existentes na data do
pedido de registro de distribuição, que resultem em um aumento relevante nos riscos assumidos por nós.
Adicionalmente, nós poderemos modificar, a qualquer tempo, a Oferta, a fim de melhorar seus termos e
43
condições para os investidores, conforme disposto no parágrafo 3º, do artigo 25 da Instrução CVM 400.
Caso o requerimento de modificação das condições da Oferta seja aceito pela CVM, o prazo para
distribuição da Oferta poderá ser adiado em até 90 dias, contados da aprovação do pedido de registro. Se
a Oferta for cancelada, os atos de aceitação anteriores e posteriores ao cancelamento serão considerados
ineficazes.
A revogação ou qualquer modificação da Oferta será imediatamente divulgada por meio do jornal Valor
Econômico, veículo também usado para divulgação do Aviso ao Mercado e do Anúncio de Início,
conforme disposto no artigo 27 da Instrução CVM 400 (“Anúncio de Retificação”). Após a publicação do
Anúncio de Retificação, os Coordenadores somente aceitarão ordens no Procedimento de Bookbuilding e
Pedidos de Reserva daqueles investidores que se declararem cientes dos termos do Anúncio de
Retificação. Os investidores que já tiverem aderido à Oferta serão considerados cientes dos termos do
Anúncio de Retificação quando, passados cinco dias úteis de sua publicação, não revogarem
expressamente suas ordens no Procedimento de Bookbuilding ou seus Pedidos de Reserva. Nesta
hipótese, as Instituições Participantes da Oferta presumirão que os investidores pretendem manter a
declaração de aceitação.
Nos termos do artigo 19 da Instrução CVM 400, a CVM (a) poderá suspender ou cancelar, a qualquer
tempo, uma oferta que: (i) esteja se processando em condições diversas das constantes da Instrução CVM
400 ou do registro; ou (ii) tenha sido havida por ilegal, contrária à regulamentação da CVM ou
fraudulenta, ainda que após obtido o respectivo registro; e (b) deverá suspender qualquer oferta quando
verificar ilegalidade ou violação de regulamento sanáveis. O prazo de suspensão de uma oferta não
poderá ser superior a 30 dias, durante o qual a irregularidade apontada deverá ser sanada. Findo tal prazo
sem que tenham sido sanados os vícios que determinaram a suspensão, a CVM deverá ordenar a retirada
da referida oferta e cancelar o respectivo registro.
A suspensão ou o cancelamento da Oferta será informado aos investidores que já tenham aceitado a
Oferta, sendo-lhes facultado, na hipótese de suspensão, a possibilidade de revogar a aceitação até o 5º dia
útil posterior ao recebimento da respectiva comunicação. Todos os investidores que tenham revogado a
sua aceitação, na hipótese de suspensão, conforme previsto acima, terão direito à restituição integral dos
valores dados em contrapartida às Units, conforme o disposto no parágrafo único do artigo 20 da
Instrução CVM 400, no prazo de até três dias úteis, sem qualquer remuneração ou correção monetária.
Além de ser Coordenador Líder na presente Oferta, o BBI ou as sociedades do conglomerado econômico do
Bradesco mantêm amplo relacionamento comercial conosco e com nossas controladas em operações
financeiras em geral. Tais operações incluem empréstimos e financiamentos; prestação de serviços de banco de
investimento; garantias locais; operações de derivativos; aplicações em CDB; operações de cash management;
serviço de folha de pagamento; postos de atendimento bancário e seguros em geral. Ademais, o Bradesco é o
Agente Emissor de nossas Units. Em 31 de março de 2008, as operações de empréstimos e financiamentos
ativas do Bradesco conosco e com nossas controladas montavam aproximadamente R$450 milhões de saldo
principal.
Exceto no que se refere à Oferta, o Credit Suisse não possui atualmente qualquer relacionamento com a
Companhia. A Companhia poderá, no futuro, contratar o Credit Suisse ou sociedades de seu
conglomerado econômico para a realização de operações financeiras usuais, incluindo, entre outras,
investimentos, emissões de valores mobiliários, prestação de serviços de banco de investimento, formador
de mercado, crédito, consultoria financeira ou quaisquer outras operações financeiras necessárias à
condução das suas atividades.
44
O Credit Suisse Securities (Europe) Limited e/ou suas afiliadas podem celebrar, no exterior, operações de
derivativos de Ações com seus clientes. O Credit Suisse Securities (Europe) Limited e/ou suas afiliadas
poderão adquirir Units na Oferta como forma de proteção (hedge) para essas operações. Essas operações
poderão afetar a demanda, preço ou outros termos da Oferta.
[•]
Exceto no que se refere à Oferta, o Credit Suisse não possui atualmente qualquer relacionamento com o
Acionista Vendedor. O Acionista Vendedor poderá, no futuro, contratar o Credit Suisse ou sociedades de
seu conglomerado econômico para a realização de operações financeiras usuais, incluindo, entre outras,
investimentos, emissões de valores mobiliários, prestação de serviços de banco de investimento, formador
de mercado, crédito, consultoria financeira ou quaisquer outras operações financeiras necessárias à
condução das suas atividades.
[•]
A instituição financeira contratada para a prestação de serviços de escrituração das Units é o Banco Bradesco
S.A.
Para a obtenção de mais informações sobre a Oferta, os investidores interessados deverão dirigir-se à
CVM, nos seguintes endereços: (a) Rua Sete de Setembro, 111, 5.º andar, Rio de Janeiro – RJ, tel.:
(0xx21) 3233-8686 ou (b) Rua Cincinato Braga, n.º 340, 2º, 3º e 4º andares, São Paulo – SP, tel.: (0xx11)
2146-2000, ou contatar quaisquer das Instituições Participantes da Oferta, nos endereços indicados
abaixo:
Coordenador Líder
Coordenadores
45
Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A.
At.: Denis Jungermann
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 3.064, 13° andar
São Paulo, SP, CEP 01451-000
Tel: (11) 3841-6800
Fax: (11) 3841-6912
Email: [=]
Internet: http://br.credit-suisse.com/ofertas
[•]
At.: [•]
Endereço: [•]
São Paulo, SP, CEP [•]
Tel: (11) [•]
Fax: (11) [•]
Email: [•]
Internet: [•]
Coordenadores Contratados
[•]
At.: [•]
Endereço: [•]
[•]Tel: [•]Fax: (11) [•]Email: [•]
Internet: [•]
[•]
At.: [•]
Endereço: [•]
São Paulo, SP, CEP [•]
Tel: (11) [•]
Fax: (11) [•]
Email: [•]
Internet: [•]
A pessoa designada pelo Coordenador Líder, para fins do disposto no artigo 33, parágrafo 3º, inciso III,
da Instrução CVM 400, é o Sr. João Carlos Zani, cujos detalhes para contato estão descritos acima.
Corretoras
Informações das corretoras de títulos e valores mobiliários credenciadas junto à CBLC para participar da
Oferta, conforme indicadas no Aviso ao Mercado. Informações adicionais sobre as Corretoras poderão ser
obtidas no website da CBLC (www.cblc.com.br).
• este Prospecto foi, e o Prospecto Definitivo será, elaborado de acordo com as normas
pertinentes, incluindo, mas não se limitando à Instrução CVM 400;
46
• estarmos cientes de que somos responsáveis pela veracidade, consistência, qualidade e
suficiência das informações prestadas por ocasião do registro e fornecidas ao mercado
durante a Oferta.
• nós e o Coordenador Líder constituímos nossos respectivos consultores legais para nos
auxiliar na implementação da Oferta;
• além dos documentos acima mencionados, foram solicitados pelo Coordenador Líder
documentos e informações adicionais relativos à Rede Energia, os quais nós confirmamos
termos disponibilizado; e
O Coordenador Líder declara que tomou e tomará todas as cautelas, agiu e agirá com elevados padrões de
diligência para assegurar que:
• as informações prestadas por nós neste Prospecto e a serem prestadas por nós no Prospecto
Definitivo sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes;
• este Prospecto foi, e o Prospecto Definitivo será, elaborado de acordo com as normas
pertinentes, incluindo, mas não se limitando, à Instrução CVM 400; e
47
IDENTIFICAÇÃO DOS ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES
1. Companhia
2. Coordenadores da Oferta
2.2 Coordenadores
[•]
At.: [=]
Endereço: [•]
São Paulo, SP, CEP [•]
Tel: (11) [•]
Fax: (11) [•]
Email: [=]
Internet: [•]
3. Coordenadores Contratados
[=]
At.: [=]
Endereço: [=]
[=]
Tel: [=]
Fax: [=]
Email: [=]
Internet: [=]
48
[•]
At.: [=]
Endereço: [•]
São Paulo, SP, CEP [•]
Tel: (11) [•]
Fax: (11) [•]
Email: [=]
Internet: [•]
4. Corretoras
As Corretoras serão indicadas no Anúncio de Início. Informações adicionais sobre as Corretoras poderão
ser obtidas na CBLC, Rua XV de Novembro, n.° 275, São Paulo, SP e na Internet: www.cblc.com.br
5. Consultores Legais
49
6. Auditores Independentes da Companhia
50
OPERAÇÕES VINCULADAS À OFERTA
Não existem empréstimos em aberto concedidos pelos Coordenadores à Companhia, seus Acionistas
Controladores ou sociedades controladas pela Companhia vinculados à presente Oferta. Para informações
adicionais sobre outras operações envolvendo a Companhia e os Coordenadores veja a seção
“Informações Relativas à Oferta”, item “Relacionamento entre a Companhia e os Coordenadores deste
Prospecto.
51
FATORES DE RISCO
Investir em Units envolve um alto grau de risco. O investidor deve avaliar cuidadosamente em conjunto
com seus consultores jurídicos e/ou financeiros todas as informações constantes deste Prospecto
Preliminar, inclusive os riscos mencionados abaixo, bem como as nossas demonstrações financeiras e
suas respectivas notas explicativas, antes de decidir investir em nossas Units. Caso quaisquer dos fatores
mencionados abaixo venham a ocorrer, nosso negócio, resultado operacional e financeiro e fluxo de
caixa poderão ser significativa e adversamente afetados. Conseqüentemente, o preço de nossas Units
poderá diminuir e o investidor poderá perder todo ou parte de seu investimento nas Units. Riscos
adicionais atualmente desconhecidos ou considerados irrelevantes por nós também poderão prejudicar
nosso negócio, resultado operacional e financeiro, nosso fluxo de caixa e impactar o preço de nossas
Units.
Quando um risco, conforme mencionado nesta seção puder “causar um efeito adverso relevante sobre a
Rede Energia” ou “nos afetar adversamente”, isto quer dizer que tal efeito adverso poderá afetar ou
afetará nossas atividades, condição financeira, resultados operacionais, fluxo de caixa, liquidez,
projeções e perspectivas, negócios e/ou preço de negociação das nossas Units.
Nossas operações de distribuição e geração de energia são amplamente reguladas. Em 2004, o Governo
Federal implantou novas políticas de profundos efeitos sobre o setor de energia brasileiro. Em 15 de
março de 2004, foi aprovada a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico que alterou substancialmente as
diretrizes até então vigentes e implementou o novo modelo do setor elétrico no Brasil, dentre as quais (i) a
criação do ACR para a compra e venda de energia elétrica, em que as distribuidoras devem contratar
energia de acordo com um esquema regulatório pré-estabelecido, visando atender a totalidade de sua
demanda para os próximos três e cinco anos; (ii) a proibição para as distribuidoras de energia realizarem
quaisquer atividades que não a de distribuição, incluindo geração e transmissão de energia elétrica, exceto
se autorizadas por lei ou pelos contratos de concessão; (iii) a proibição de compra de energia elétrica de
partes relacionadas por distribuidoras, exceto se existir um contrato bilateral previamente aprovado pela
ANEEL, ou assinado no contexto do ACR; e (iv) a proibição da venda de energia elétrica por preços não
regulados, por distribuidoras, exceto para as vendas realizadas nas áreas de concessão das distribuidoras
nas mesmas condições aplicáveis aos consumidores cativos.
A ANEEL, nos termos da legislação aplicável, regula o setor elétrico e todas as atividades relacionadas ao
serviço público de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
As resoluções normativas emitidas pela ANEEL podem afetar diversos fatores de nossas atividades, como
nossas tarifas, indicadores de qualidade e penalidades. Por exemplo, recentemente a ANEEL sinalizou a
criação de um índice de qualidade adicional, relacionado à satisfação do consumidor, de acordo com o
qual as distribuidoras terão que cumprir metas mínimas pré-estabelecidas, sob risco de imposição de
penalidades.
O efeito de futuras resoluções da ANEEL e/ou futuras reformas no setor da energia são difíceis de prever,
podendo ter impacto adverso sobre nossos negócios, resultado operacional e capacidade de acesso aos
mercados financeiros.
Nossas receitas operacionais podem ser negativamente afetadas por decisões da ANEEL com relação
às nossas tarifas.
As tarifas que cobramos pela venda de energia aos consumidores são determinadas de acordo com os
contratos de concessão celebrados com a ANEEL e estão sujeitas à discricionariedade regulatória da
ANEEL. Nossos contratos de concessão estabelecem que as tarifas de fornecimento podem ser
52
atualizadas por meio de três mecanismos, (i) Reajuste Anual, projetado para compensar alguns efeitos da
inflação sobre as tarifas, e repassar aos consumidores certas mudanças em nossa estrutura de custos que
escapem ao nosso controle, como o custo da energia que compramos para atendimento do mercado
consumidor, e outros encargos regulatórios; (ii) Revisão Periódica, que ocorre a cada cinco ou quatro
anos, dependendo dos contratos de concessão de nossas distribuidoras, e é projetada para identificar
outras variações em nossos custos e eficiência; e (iii) Revisão Extraordinária, que podemos solicitar no
caso de alterações significativas e imprevisíveis em nossa estrutura de custos, tal como a imposição de
novos encargos regulatórios e a criação ou majoração de tributos, com a finalidade de manter o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato.
Para maiores informações sobre os mecanismos de ajuste de tarifas, veja a seção “Análise e Discussão da
Administração sobre a Situação Financeira e Resultados Operacionais”, item “O Setor de Distribuição de
Energia Elétrica”, subitem “Tarifas de Distribuição” deste Prospecto.
A discricionariedade da ANEEL em rever nossas tarifas, bem como alterar os métodos utilizados nas
revisões periódicas, gera substancial incerteza nas operações de nossos negócios e podem resultar em
tarifas de fornecimento de energia elétrica inferiores às pleiteadas pela nossa distribuidora.
Não é possível assegurar que a ANEEL estabelecerá tarifas que nos permitam repassar aos nossos
consumidores todos os nossos aumentos de custo. Além disso, na medida em que quaisquer desses ajustes
não forem concedidos pela ANEEL em tempo hábil, como ocorreu em 2001 e 2002 em virtude do
racionamento, nossa condição financeira e os resultados operacionais poderão ser adversamente afetados.
Para maiores informações sobre a ANEEL e a regulamentação tarifária, vide Seção “O Setor de Energia
Elétrica no Brasil” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados
Operacionais”.
Previsões incorretas na compra de energia elétrica podem afetar negativamente nossas operações.
Caso façamos uma previsão aquém do necessário, estaremos sujeitos a multas e ainda obrigados a
celebrar contratos de energia de curto prazo, normalmente mais custosos, para atender a demanda dos
consumidores. Caso façamos uma previsão além do necessário, sofreremos penalidades da ANEEL.
Poderemos não conseguir repassar integralmente às nossas tarifas os custos advindos dessas previsões
incorretas.
A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico determina que as distribuidoras de energia devem contratar
antecipadamente, por meio de leilões públicos suas necessidades de energia previstas para os cinco anos
seguintes. Os primeiros leilões de energia nova (energia proveniente de empreendimentos de geração que
entraram em operação comercial a partir de 2003) e velha (energia proveniente de empreendimentos de
geração já existentes) ocorreram no final de 2004 e em 2005. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico e
os decretos que a regulamentam estabelecem as condições gerais para o repasse dos volumes e preços de
comercialização de energia. Se a energia contratada, incluindo aquela que comprarmos nos leilões
públicos, após aplicação do MCSD, conforme explicação abaixo, for inferior a 100% da nossa
necessidade de energia total, estaremos sujeitos a multas e poderemos não conseguir repassar a nossos
consumidores todos os custos de compra adicional de energia, que poderão ser mais elevados no mercado
de curto prazo. Se a energia contratada, incluindo aquela que compramos nos leilões públicos, após a
aplicação do MCSD, conforme explicação abaixo, for superior a 100% e inferior a 103% da nossa
necessidade de energia total, nós podemos repassar o volume total de energia comprada para nossos
consumidores. Se a energia contratada, incluindo aquela que compramos nos leilões públicos, após
aplicação do MCSD, conforme explicação abaixo, representar mais de 103% da nossa necessidade de
energia total, teremos que assumir o risco entre a diferença de preço de compra nos leilões públicos e
venda no mercado de curto prazo, não nos sendo permitido repassar esses custos aos nossos
consumidores.
Adicionalmente, a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico restringe nossa capacidade de repassar aos nossos
consumidores o custo das compras de energia caso nossos custos ultrapassem o Valor Anual de Referência
estabelecido pela ANEEL. Este valor é baseado no preço médio ponderado pago por todas as empresas de
distribuição nos leilões públicos de energia gerada por novas empresas, e a ser entregue três a cinco anos
contados da data do leilão, e será aplicado somente durante os três primeiros anos após o início da entrega da
energia comprada.
53
O Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia – MCSD, que determina a cessão de
montantes contratuais de energia entre distribuidoras sobre e subcontratadas, obrigando as distribuidoras
sobrecontratadas a cederem energia em excesso para as distribuidoras subcontratadas, as quais deverão aceitar
essa energia nas mesmas condições originais. Além disso, os contratos de “energia velha” prevêem a opção de
descontratação anual de até 4% do volume contratado durante os primeiros 4 anos de vigência desses contratos,
a critério exclusivo da distribuidora.
Se, após a implementação anual do MCSD e da potencial opção de descontratação de até 4% do volume
contratado dos contratos de “energia velha”, a distribuidora contratar mais do que 103% ou menos de
100% da energia de que necessita para atendimento ao seu mercado consumidor, a mesma não poderá
repassar integralmente os custos da compra de energia para os consumidores, no caso de
sobrecontratação, e sofrerá penalidades, no caso de subcontratação. Não podemos assegurar com precisão
a nossa demanda de eletricidade projetada.
Tendo em vista os inúmeros fatores que afetam as previsões de nossa demanda de energia, incluindo
crescimento econômico e populacional, além do risco de racionamento, não é possível assegurarmos que
as nossas previsões de demanda de energia serão precisas. Se houver variações significativas entre as
nossas necessidades de energia e o volume de nossas compras de energia, e caso não possam ser
acionados os mecanismos de ajuste para cobertura das necessidades de energia (tais como devolução de
contrato de energia no caso de saída de consumidor livre, mecanismo de sobras e déficits ou aquisição de
energia proveniente do leilão de ajustes), os resultados de nossas operações poderão ser adversamente
afetados.
Podemos ser penalizados pela ANEEL se não cumprirmos com as obrigações contidas nos nossos
contratos de concessão, o que pode acarretar multas e outras penalidades e, dependendo da gravidade
do descumprimento, a caducidade de nossas concessões.
Nossas atividades de distribuição e de geração são realizadas de acordo com contratos de concessão
firmados com o Poder Concedente por intermédio da ANEEL, os quais têm término previsto entre 2015 e
2032, e são renováveis a critério da ANEEL, mediante nossa solicitação. Com base nas disposições de
nossos contratos de concessão e na legislação aplicável, a ANEEL poderá aplicar penalidades se
descumprirmos qualquer disposição dos contratos de concessão. Dependendo da gravidade do
descumprimento, tais penalidades poderão incluir:
• advertência;
Além disso, o governo tem o poder de terminar nossas concessões de distribuição antes dos respectivos
prazos finais em caso de falência ou dissolução das concessionárias, ou por meio de encampação, quando
necessário para atender ao interesse público.
Caso nossos contratos de concessão de distribuição sejam extintos por qualquer violação futura, não poderemos
operar nossos negócios e distribuir e gerar energia a nossos consumidores na região coberta pelo contrato de
concessão extinto. Além disso, caso a ANEEL extinga quaisquer de nossos contratos de concessão antes do
término de seus prazos, o pagamento a que teremos direito quando do término de nossas concessões por
54
investimentos não amortizados poderá não ser suficiente para liquidação total dos nossos passivos, e esse
pagamento poderá ser postergado por muitos anos. Se nossos contratos de concessão de distribuição
terminarem por nossa culpa, o montante do pagamento devido poderá ser reduzido de forma significativa com
a imposição de multas ou outras penalidades. Além disso, os pagamentos a que teremos direito na hipótese de
término antecipado de nossas concessões poderão ser designados prioritariamente para pagamento de
determinadas obrigações, como por exemplo, o empréstimo junto ao BID (desembolsados à CEMAT e à
CELPA em 21 de julho de 2006 e à CELTINS em 17 de agosto de 2007). A aplicação de multas ou
penalidades ou o término antecipado de nossas concessões poderão ter um efeito adverso significativo
sobre nossa condição financeira e resultado operacional.
Adicionalmente, nossas concessões para distribuição das concessionárias que compõem a REDE
SUL/SUDESTE, da CELTINS, da CEMAT e da CELPA, possuem prazos de validade até 2015, 2020,
2027 e 2028, respectivamente, enquando nossas concessões de geração expiram entre 2027 e 2032. Não
podemos assegurar que estas concessões serão renovadas quando do advento do término dos respectivos
prazos contratuais ou que serão renovadas em termos favoráveis à Companhia. Caso qualquer dessas
concessões não sejam renovadas, ou sejam renovadas em termos mais onerosos ou desvantajosos, nossas
operações, condição financeira e resultado operacional poderão sofrer um impacto adverso significativo.
Se não conseguirmos controlar com sucesso as perdas de energia e essas perdas não forem repassadas
às tarifas, nossos resultados operacionais e nossa condição financeira poderão ser adversamente
afetados.
Enfrentamos dois tipos de perdas de energia em nossa atividade de distribuição: perdas técnicas e perdas
comerciais. As perdas técnicas são aquelas que ocorrem no curso ordinário da distribuição de energia, que
imediatamente se dissipam no decorrer da transmissão da energia que distribuímos. Perdas comerciais são
aquelas causadas por conexões ilegais, adulteração de medidores, fraude, medição equivocada e erro nas
contas. Em 2007, o total das perdas de energia de nossas operações de distribuição foi de 19,7% sobre o
valor total de energia distribuída, e de 19,8% durante o período de três meses findo em 31 de março de
2008. A implementação de programas de redução de perdas requer investimentos significativos e não
podemos assegurar que os recursos para estes investimentos estarão disponíveis. Nossas estratégias e
programas de combate a perdas de energia podem não ser eficazes e essas perdas podem não ser
repassadas em sua totalidade às nossas tarifas, de modo que um aumento significativo em nossas perdas
de energia poderá afetar adversamente nossa condição financeira e nossos resultados operacionais.
As tarifas de distribuição, ainda que determinadas pela ANEEL, podem ser questionadas
judicialmente, o que pode afetar adversamente a receita da Companhia.
As revisões e reajustes tarifários das nossas distribuidoras estão sujeitos à aprovação da ANEEL, bem
como aos limites estabelecidos no Contrato de Concessão e na legislação brasileira. As decisões da
ANEEL acerca das tarifas das nossas distribuidoras podem ser objeto de contestação judicial, inclusive
pelo Ministério Público na defesa dos interesses difusos dos consumidores da área de concessão da
Companhia, dada a natureza de serviço público da atividade de distribuição de energia elétrica. Neste
sentido, eventuais questionamentos de aumentos tarifários concedidos pela ANEEL podem afetar a nossa
capacidade financeira.
O Governo Federal criou um programa de “universalização” que requer que forneçamos serviços de
eletricidade a determinados consumidores e que incorramos em despesas operacionais e de capital que
podem não ser vantajosas para nós.
55
O cumprimento das metas estabelecidas requer investimentos significativos que são primordialmente
financiados por programas oficiais como o Programa Luz para Todos, criado pelo Governo Federal para
financiar até 85% dos investimentos exigidos para a implementação do programa de universalização. O
repasse aos consumidores dos custos que incorremos e que não são ressarcidos por essas outras fontes
somente pode ser efetuado, sujeito à aprovação discricionária da ANEEL, nas revisões periódicas de
tarifa, que ocorrem somente a cada quatro ou cinco anos. A regulamentação vigente, Resolução ANEEL
nº 175/2005, estabelece que, caso o custo adicional advindo da implementação do Programa Luz para
Todos, no período de 2005 a 2010, acarrete um impacto tarifário para os consumidores superior a 8%, a
concessionária deverá solicitar, a qualquer tempo, a revisão das metas desse programa. Mesmo que se
confirme que o impacto tarifário da implementação das metas do Programa Luz para Todos nas nossas
atividades de distribuição é superior a 8%, não podemos assegurar que as autoridades reguladoras reverão
estas metas em prazos adequados e as metas de conclusão do programa.
Em razão da extensão territorial e dispersão populacional de nossas concessões, nossos custos com o
programa de universalização são comparativamente elevados em relação a outras concessionárias que
atuam em áreas menores e de maior densidade populacional. Nos exercícios sociais de 2007, 2006 e 2005
investimos R$527,9 milhões, R$523,0 milhões e R$246,7 milhões, respectivamente, no programa de
universalização e no Programa Luz Para Todos, o que correspondeu a 47,9%, 63,3% e 42,6% de nossos
investimentos totais nos mesmos períodos. No ano de 2008, estimamos investir aproximadamente
R$1.283,2 milhões, sendo R$704,7 milhões financiados pelo Governo Federal para atender as metas de
universalização, o que corresponde a 54,9% de nossos investimentos totais planejados para o mesmo
período. Dependemos ainda em larga escala de financiamentos e programas governamentais para cumprir
com as metas de universalização e qualquer atraso na aprovação desses financiamentos e programas
podem afetar adversamente nossa capacidade de atender as metas estabelecidas, sujeitando-nos às
penalidades regulamentares, incluindo reduções de tarifas.
Ademais, os investimentos obrigatórios para atendimento das metas de universalização podem não gerar
o mesmo retorno sobre o capital investido se comparado com outros investimentos que poderíamos
realizar conforme nossas próprias decisões negociais. Ainda, no futuro, o Governo Federal pode impor
ônus adicionais as nossas distribuidoras no Programa Luz para Todos, ou no âmbito de programas
semelhantes, os quais poderão aumentar significativamente nossos custos e afetar negativamente nossos
resultados.
Nossas empresas distribuidoras possuem contas a receber vencidas que, se não foram pagas, podem
afetar adversamente nossos resultados financeiros.
Estamos expostos a riscos decorrentes de aumentos nas taxas de inflação, de juros e flutuações na taxa
de câmbio.
56
moeda estrangeira e remunerados a taxas de mercado internacionais ou a taxas de juros flutuantes. Ademais,
em 31 de março de 2008, aproximadamente 3,0%, ou R$8,8 milhões, de nossas despesas e custos
operacionais estavam atreladas à variação da moeda estrangeira, primordialmente relacionadas a aquisição
de energia de Itaipu. Aproximadamente 22,6% de nossa exposição a flutuações da variação cambial e taxa
de juros estar protegida por hedge, e um aumento nas taxas de juros brasileiras ou internacionais ou uma
valorização do dólar em relação ao real, acarretará um aumento de nossas despesas financeiras e
operacionais e, conseqüentemente, a nossa situação financeira e os nossos resultados operacionais poderão
ser afetados adversamente.
Nosso alto nível de endividamento financeiro e não financeiro, bem como de despesas com o serviço de
nossa dívida podem afetar adversamente nossa capacidade de operar nosso negócio e efetuar
pagamentos de nossa dívida, bem como o resultado de nossas operações.
Possuímos significativas obrigações de dívida. Em 31 de março de 2008 nosso endividamento total, sem
contar a dívida entre partes relacionadas, era de R$5.013,9 milhões. Esse nível de endividamento aumenta
as possibilidades de não gerarmos recursos suficientes para distribuir dividendos e para honrar nossas
obrigações de pagamento de principal, juros ou outras quantias vencidas em relação às nossas dívidas.
Adicionalmente, podemos incorrer em endividamento adicional de tempos em tempos para financiar
aquisições, investimentos ou associações estratégicas ou para outros fins, sujeito às restrições aplicáveis à
nossa dívida existente. Caso incorramos em endividamento adicional, os riscos associados com nossa
alavancagem, inclusive nossa habilidade de pagar nossa dívida, poderão aumentar. Nossos ativos e fluxo
de caixa podem não ser suficientes para pagar integralmente o saldo devedor de nossos contratos de
financiamento, na hipótese de vencimento antecipado.
Somos parte em diversos contratos financeiros, vários dos quais nos exigem cumprir certas obrigações
específicas, dentre elas a de manter certos índices financeiros os quais, por sua vez, restringem nossa
capacidade de contratar novas dívidas ou de manter linhas de crédito. Qualquer inadimplemento aos
termos de nossos contratos financeiros que não seja sanado ou perdoado pelos respectivos credores
poderá resultar na decisão desses credores em declarar o vencimento antecipado do saldo devedor da
respectiva dívida, bem como pode resultar no vencimento antecipado de dívidas de outros contratos
financeiros. Nossos ativos e fluxo de caixa podem não ser suficientes para pagar integralmente o saldo
devedor de nossos contratos de financiamento, na hipótese de vencimento antecipado.
Para maiores informações, ver seção “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira
e os Resultados Operacionais da Companhia – Liquidez e Recursos de Capital - Endividamento”.
• indisponibilidade de equipamentos;
• interrupções de fornecimento;
• greves;
• perturbação social;
57
• oposição das comunidades locais;
Se vivenciarmos esses ou outros problemas, podemos não ser capazes de distribuir energia elétrica em
quantidades compatíveis com nossos planos de negócios, o que pode vir a afetar de maneira adversa nossa
situação financeira e o resultado das nossas operações.
O impacto de uma escassez de energia e conseqüente racionamento de energia, como o que ocorreu em
2001 e 2002, poderá causar um efeito adverso significativo sobre nossos negócios e resultados operacionais.
A energia hidrelétrica é a principal fonte de energia no Brasil, representando cerca de 77% da capacidade
instalada de geração em 31 de dezembro de 2007. A capacidade de operação das usinas hidrelétricas
depende do nível de seus reservatórios e, conseqüentemente, dos índices pluviométricos. Os níveis
pluviométricos abaixo da média nos anos anteriores a 2001 resultaram em baixos níveis dos reservatórios
e na baixa capacidade hidrelétrica nas Regiões Sudeste, Centro-oeste e Nordeste do Brasil. As tentativas
de compensar a dependência em usinas hidrelétricas com usinas térmicas movidas a gás foram adiadas
devido a problemas regulatórios e outros. Em resposta à escassez de energia, o governo criou, em 15 de
maio de 2001, a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – GCE, para coordenar e administrar um
programa de redução do consumo de energia, e assim evitar a interrupção do fornecimento. Esse
programa, conhecido por racionamento, estabeleceu limites de consumo de energia para consumidores
industriais, comerciais e residenciais, limites esses que variavam de 15% a 25% de redução do consumo
de energia. O programa foi aplicado de junho de 2001 a fevereiro de 2002. Em conseqüência do
racionamento, o consumo de energia em nossas áreas de concessão foi reduzido, o que afetou
negativamente nossas operações. Se houver outra situação de escassez generalizada de energia, o
Governo Federal poderá implementar políticas que podem incluir o racionamento do consumo de energia
e alterações nos ajustes tarifários, o que poderá causar um efeito adverso significativo sobre nossa
condição financeira e resultados operacionais. Ademais, não podemos assegurar que, na hipótese de
novas situações de escassez de energia ou de racionamento, a ANEEL permitirá o repasse, parcial ou
integral, às nossas tarifas de eventuais perdas que venhamos a sofrer.
A Denerge poderá ter a capacidade de determinar o resultado de atos e decisões corporativas, o que pode
afetar os titulares das Units.
A Denerge, direta e indiretamente, por meio de sua subsidiária EEVP, é titular de 84,2% de nosso capital
votante e de 67,6% de nosso capital social total, e alguns de seus diretores atualmente participam como
membros de nosso Conselho de Administração. Como resultado, a Denerge poderá ter a capacidade de
determinar o resultado de atos e decisões corporativas de relevância que exigem a aprovação da
Assembléia Geral dos acionistas ou do nosso Conselho de Administração, o que poderá afetar os titulares
das Units.
A nossa capacidade de implementar a nossa estratégia de negócios depende de vários fatores, inclusive da
nossa capacidade de (i) expandir nossa base de consumidores e intensificar nossos negócios nas áreas que
atuamos; (ii) investir em nossos programas de redução de perdas; (iii) investir em novos ativos de energia
renovável; (iv) investir em eficiência técnica operacional; (v) consolidar nossos negócios e operações; e
(vi) expandir e fortalecer nossa atividade de comercialização. Nossa incapacidade em lidar com quaisquer
desses fatores pode prejudicar nossa capacidade de executar a nossa estratégia de negócios.
58
Para financiar nossas atividades, incluindo nossa estratégia de realizar investimentos e aquisições,
procuramos obter financiamento junto a instituições financeiras e de fomento, nacionais e estrangeiras e
acessar o mercado de capitais. A capacidade de continuar a captação de recursos por essas vias depende
de vários fatores, entre eles o nosso nível de endividamento e as condições de mercado. A incapacidade
de obter os recursos necessários em condições razoáveis pode nos causar efeitos adversos e prejudicar a
nossa capacidade de implementar o nosso plano de investimento e nossa estratégia de realizar aquisições.
Futuras aquisições e a diversificação de nossos negócios podem afetar nossa capacidade de alcançar
nossas metas e implementar nossas estratégias
Aquisições de outras empresas ou ativos em linha com nossas atividades atuais constituem um dos
elementos-chave de nossa estratégia de crescimento de longo prazo. Não há como assegurar que futuras
aquisições venham efetivamente a ocorrer, e caso ocorram, que venham a contribuir estrategicamente
para nossos objetivos. A aquisição de empresas ou ativos envolve outros riscos operacionais e
financeiros, que incluem dificuldades de integração das gestões administrativas e operacionais entre os
ativos existentes e aqueles que venham a ser adquiridos, responsabilização por eventuais contingências e
passivos ocultos e a alocação de esforços administrativos e financeiros ao processo de integração.
Ademais, temos como estratégia complementar diversificar nossos negócios por meio de investimentos
em co-geração de energia elétrica a partir da biomassa (bagaço e palha de cana de açúcar). A nossa
estratégia de diversificação dos negócios para bioenergia assume como premissas que seremos capazes de
firmar relações estratégicas com financiadores, sócios, produtores agrícolas, fornecedores e outros
parceiros comerciais e envolve diversos riscos como (i) incapacidade de concluir os projetos dentros dos
prazos e custos estimados; (ii) incapacidade de obtermos as licenças ambientais necessárias aos projetos,
(iii) incapacidade de antecipar e adaptar-se às novas tendências em rápida evolução do setor de bionergia
no Brasil e em outros países; (iv) flutuações de preços para o etanol e (v) outros riscos econômicos,
competitivos, regulamentares e incertezas operacionais e contingências que estão fora do nosso controle.
Caso futuras aquisições ou a diversificação de nossos negócios não tragam os benefícios esperados, nosso
negócio, resultado operacional e fluxo de caixa podem ser adversamente afetados.
Nossas atividades de distribuição e geração estão sujeitas a uma abrangente legislação ambiental no
âmbito federal, estadual e municipal, bem como a fiscalização por agências governamentais responsáveis
pela implementação de leis e políticas de saúde, ambientais e de segurança do trabalho. As disposições
destas legislações incluem, entre outras, a obrigação de cumprir com padrões ambientais, obtenção de
licenças ambientais para a construção de novas instalações ou a instalação de novos equipamentos
necessários a nossas operações. O descumprimento dessas obrigações pode acarretar, entre outras
conseqüências, a aplicação de sanções de natureza penal, criminal e administrativa e/ou o pagamento de
multas e revogação de licenças.
Somos objetivamente responsáveis por quaisquer danos resultantes da prestação inadequada de serviços de
geração ou distribuição de energia e as coberturas de seguro por nós contratadas podem não ser suficientes
para ressarcir esses danos integralmente.
De acordo com a lei brasileira, somos objetivamente responsáveis por danos diretos e indiretos resultantes
da prestação inadequada de serviços de distribuição ou geração de eletricidade, conforme a atividade
desenvolvida pela subsidiária da Rede Energia em questão, como interrupções abruptas ou distúrbios
oriundos dos sistemas de geração, transmissão ou distribuição. Nossas distribuidoras e geradoras poderão
ser responsabilizadas por perdas e danos causados a terceiros em decorrência de interrupções ou
distúrbios em seus respectivos sistemas de geração, transmissão ou distribuição, sempre que essas
interrupções ou distúrbios não forem atribuíveis a um integrante identificado do ONS. As
responsabilidades oriundas dessas interrupções ou distúrbios que não são cobertas por nossas apólices de
seguro ou que excedam os limites de cobertura podem resultar em custos adicionais significativos e
prejudicar os nossos resultados operacionais.
Nossas apólices de seguro podem não ser suficientes para cobrir totalmente todas as responsabilidades em
que possamos incorrer no curso habitual dos nossos negócios. Adicionalmente, não contratamos seguro
59
de interrupção de fornecimento de energia. Além disso, pode ser que não sejamos capazes de obter, no
futuro, seguro ou, se obtivermos, pelos mesmos termos que os atuais. Os resultados das nossas operações
podem ser prejudicados pela ocorrência de acidentes que resultem em danos em relação aos quais não
estejamos totalmente cobertos nos termos das nossas apólices de seguro em vigor.
Uma vez que parte significativa dos nossos bens está vinculada à prestação de serviços públicos, esses
bens não estarão disponíveis para liquidação em caso de falência nem poderão ser objeto de penhora
para garantir a execução de decisões judiciais.
Uma parte significativa dos nossos bens inclusive a nossa rede de distribuição de energia e parte dos
nossos ativos de geração está vinculada à prestação de serviços públicos. Esses bens não estarão
disponíveis para liquidação em caso de falência ou penhora para garantir a execução de decisões judiciais,
uma vez que devem ser revertidos ao Poder Concedente, de acordo com os termos das nossas concessões
e com a legislação. Temos direito de receber indenização do Poder Concedente em caso de extinção
antecipada de nossas concessões, mas não podemos assegurar que o valor a ser indenizado será igual ao
valor de mercado dos bens revertidos. Essas limitações podem reduzir significativamente os valores
disponíveis aos nossos acionistas em caso de liquidação e ter um efeito negativo em nossa capacidade de
obter financiamentos.
O projeto de reforma das agências reguladoras em tramitação no Congresso Nacional pode afetar a
competência da ANEEL, o que poderá afetar-nos adversamente.
Há projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que dispõe sobre a gestão, a organização e o
controle social das agências reguladoras. Esse projeto de lei visa alterar a estrutura de tais agências,
mediante, dentre outros pontos, a criação (i) de contratos de gestão, que deverão ser firmados entre as
agências e os Ministérios a que estiverem vinculadas, e (ii) de ouvidoria nas agências, com o objetivo de
zelar pela qualidade dos serviços prestados e acompanhar o processo interno de apuração das denúncias e
reclamações dos usuários, seja contra a atuação da agência, seja contra entes regulados, sendo que o
ouvidor, responsável pela respectiva ouvidoria, será indicado pelo Presidente da República. Caso a
mencionada lei entre em vigor, as medidas dela decorrentes poderão reduzir as atribuições da ANEEL,
passando o Poder Concedente, por outro lado, sobretudo o MME – ao qual a ANEEL é vinculada –, a ter
maior atuação e influência no setor elétrico brasileiro. Não há como garantir que as alterações a serem
aprovadas não afetarão negativamente as empresas geradoras e distribuidoras de energia elétrica.
Os investidores podem não conseguir vender as nossas Units pelo preço ou no momento desejado, pois
é possível que não haja mercado secundário ativo ou líquido para as nossas Units.
Em 31 de março de 2008, o número total de ações de nossa emissão em circulação era de 6.484.600
ações, representando 2,15% do capital total. Durante o ano de 2007, o volume médio diário negociado de
ações de nossa emissão foi de R$8,2 mil em ações ordinárias e R$12,8 mil em ações preferenciais. Não
obstante, antes desta Oferta não havia um mercado líquido e ativo para nossas ações que dão lastro às
Units, assim como não havia um mercado para as nossas Units, uma vez que estamos solicitando o
registro das Units para negociação na BOVESPA simultaneamente ao pedido de registro da Oferta. Não
podemos assegurar que um mercado de negociação líquido e ativo ou qualquer tipo de mercado será
desenvolvido ou poderá sustentar-se seja para as Units, ou seja, para as nossas ações ordinárias e
preferenciais que dão lastro às Units.
O preço da oferta inicial das Units será fixado depois da conclusão do Procedimento de Bookbuilding e
poderá não ser um indicativo dos preços que prevalecerão no mercado após a conclusão da Oferta.
60
volume, representaram aproximadamente 50,7% da capitalização total de todas as companhias listadas na
BOVESPA em 2007.
Não podemos assegurar que a liquidez das ações de nossa emissão aumente após a Oferta. Nesse caso,
investidores nas Units poderão enfrentar dificuldades para vendê-las ou vender as ações ou para realizar
essa venda no preço desejado.
Os titulares das nossas Units poderão não receber dividendos e/ou juros sobre capital próprio.
De acordo com o nosso estatuto social, somos obrigados a pagar dividendos aos nossos acionistas no
valor de pelo menos 25% do nosso lucro líquido anual, conforme determinado e ajustado. Esses ajustes
do lucro líquido para os fins de cálculo da base dos dividendos incluem contribuições a diversas reservas
contábeis que efetivamente reduzem o valor disponível para o pagamento de dividendos. A despeito da
exigência do dividendo obrigatório, não distribuímos dividendos ao longo dos últimos 5 anos e, no futuro,
podemos optar por não pagar dividendos aos nossos acionistas em qualquer exercício fiscal, se o nosso
conselho de administração determinar que essas distribuições não seriam aconselháveis em vista de nossa
condição financeira. Além disso, nossa assembléia de acionistas pode mudar a nossa política de
dividendos a qualquer momento. Para mais informações sobre dividendos, vide Seção “Dividendos e
Política de Dividendos” deste Prospecto Preliminar.
Somos uma sociedade de participação (holding), de modo que nossa receita constitui-se, quase que
exclusivamente, em distribuições de nossas controladas na forma de dividendos e juros sobre capitais
próprios. Algumas das nossas controladas estão sujeitas a determinados contratos de financiamento que
restringem a sua capacidade de fazer distribuições de dividendos. Ademais, a ANEEL pode limitar a
capacidade das nossas controladas concessionárias de fazer distribuições a nós. Essas restrições podem
reduzir o valor dos dividendos que estaria, de outra forma, disponível para distribuição aos detentores de
Units. Não distribuímos dividendos ou juros sobre o capital próprio nos últimos 5 anos.
Vendas substanciais das nossas Units depois da Oferta poderão causar uma redução no preço de
nossas Units e a emissão de ações adicionais poderá diluir a participação dos acionistas.
Podemos necessitar de recursos adicionais no futuro, os quais podem não estar disponíveis. A captação
de recursos adicionais por meio de uma oferta de ações ou Units poderá diluir a participação de nossos
acionistas.
É possível que tenhamos interesse em captar mais recursos por meio da captação pública ou privada de
títulos de dívida conversíveis em ações ou de emissão de ações ou Units, inclusive para efetuar
aquisições. A captação de recursos adicionais por meio da emissão de ações ou Units poderá diluir a
participação de nossos acionistas. Além disso, podemos não ter acesso aos financiamentos que
necessitamos em condições favoráveis ou até mesmo a qualquer financiamento.
61
O cancelamento das Units pode causar um efeito material adverso no mercado das Units, em seu valor
e no mercado das nossas ações ordinárias e preferenciais e em seus valores.
Além disso, pelo fato de não haver um mercado líquido e ativo para a negociação de nossas ações
ordinárias e preferenciais que lastreiam as Units, os detentores das Units que realizarem seu cancelamento
em troca de nossas ações ordinárias e preferenciais podem encontrar dificuldades em obter liquidez na
negociação das referidas ações.
Um mercado ativo e líquido para nossas Units poderá não se desenvolver e a participação de Pessoas
Vinculadas poderá ter um impacto adverso na liquidez das Units e impactar a definição do Preço por
Unit.
Não existe, atualmente, um mercado ativo ou líquido para nossas Units. Não podemos prever em que
medida o interesse de investidores por nós ocasionará o desenvolvimento de um mercado para a
negociação das Units na BOVESPA e o quão líquido poderá vir a ser este mercado. O mercado de valores
mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido, mais volátil e mais concentrado do que
os principais mercados de valores mobiliários internacionais.
Ademais, nos termos da regulamentação em vigor, caso o excesso de demanda seja verificada na Oferta
seja inferior a um terço das Units (excluídas as Units Suplementares e as Units Adicionais), Pessoas
Vinculadas, que sejam consideradas Investidores Institucionais, poderão adquirir Units, o que poderá ter
um impacto adverso na liquidez esperada das Units.
O Preço por Unit será determinado após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding e poderá diferir
dos preços que prevalecerão no mercado após a conclusão desta Oferta. Ademais, a participação de
Pessoas Vinculadas, que sejam consideradas Investidores Institucionais, na Oferta, apesar de limitada a
15% da Oferta, poderá ter um impacto na definição do Preço por Unit. A aquisição de Units realizadas
para proteção (hedge) de operações com derivativos não serão consideradas investimento efetuado por
Pessoas Vinculadas para fins da presente Oferta."
O Governo Federal exerceu, e continua a exercer, significativa influência sobre a economia brasileira.
As condições políticas e econômicas brasileiras podem afetar desfavoravelmente nosso negócio,
resultado operacional e financeiro e o fluxo de caixa, bem como o valor de mercado de nossas Units.
A economia brasileira tem sido marcada por freqüentes e, por vezes, significativas intervenções do
Governo Federal, que modificam as políticas monetária, de crédito, fiscal e outras para influenciar a
economia do Brasil.
As ações do Governo Federal para controlar a inflação e efetuar outras políticas envolveram no passado,
dentre outras, controle de salários e preço, desvalorização da moeda, controles no fluxo de capital e
determinados limites sobre as mercadorias e serviços importados. Não temos controle sobre quais
medidas ou políticas que o Governo Federal poderá adotar no futuro e não podemos prevê-las. Nosso
negócio, resultado operacional e financeiro e fluxo de caixa, bem como o valor de mercado de nossas
Units, podem ser adversamente afetados em razão de mudanças na política pública em nível federal,
62
estadual e municipal, referentes a tarifas públicas e controles de câmbio, bem como por outros fatores,
tais como:
• controle de câmbio;
• índices de inflação;
• medidas de cunho político, social e econômico que ocorram ou possam afetar o Brasil.
Adicionalmente, as eleições presidenciais estão previstas para ocorrer em outubro de 2010. O Presidente
da República tem poder considerável para determinar as políticas governamentais e atos relativos à
economia brasileira e, conseqüentemente, afetar nossas operações e desempenho financeiro. A eleição
presidencial poderá resultar em mudanças nas políticas governamentais existentes e o Governo Federal
poderá implementar novas políticas. Não podemos prever quais políticas serão adotadas pelo Governo
Federal e se essas políticas afetarão negativamente a economia ou nosso negócio ou desempenho
financeiro.
A inflação e as medidas do Governo Federal para combatê-la podem contribuir para a incerteza
econômica no Brasil, afetando desfavoravelmente nosso resultado operacional, financeiro, bem como
o valor de mercado das Units.
Historicamente, o Brasil teve altos índices de inflação. Os índices de inflação foram de, 1,2% em 2005,
3,80% em 2006, 7,90% em 2007 e 2,38% no período de três meses findo em 31 de março de 2008, de
acordo com o IGP-M. As medidas do Governo Federal para combater a inflação, combinadas com a
especulação de futuras políticas de controle inflacionário, contribuíram para a incerteza econômica e
aumentaram a volatilidade do mercado de capitais brasileiro. Futuras medidas tomadas pelo Governo
Federal, incluindo ajustes na taxa de juros, intervenção no mercado de câmbio e ações para ajustar ou
fixar o valor do Real, podem ter um efeito material desfavorável sobre a economia brasileira, nosso
negócio e o valor de mercado das Units.
Caso o Brasil venha a vivenciar uma significativa inflação no futuro, é possível que não sejamos capazes
de ajustar as tarifas que cobramos dos nossos consumidores para compensar os efeitos da inflação na
nossa estrutura de custos, o que poderia aumentar nossos custos e diminuir nossas margens líquidas e
operacionais. Pressões inflacionárias também podem afetar nossa habilidade de acessar mercados
financeiros estrangeiros e podem levar a políticas de combate inflacionário, que podem prejudicar nosso
negócio ou afetar desfavoravelmente o valor de mercado das Units.
63
desvalorizações repentinas, pequenas desvalorizações periódicas (durante as quais a freqüência dos
ajustes variou de diária a mensal), sistemas de câmbio flutuante, controles cambiais e dois mercados de
câmbio. As desvalorizações cambiais em períodos de tempo mais recentes resultaram em flutuações
significativas nas taxas de câmbio do Real frente ao Dólar em outras moedas. Em 31 de dezembro de
2007, a taxa de câmbio entre o Real e o Dólar era de R$1,7705 por US$1,00, o que representa uma
valorização do Real de 20,4% desde 31 de dezembro de 2006. Em 31 de março de 2008, a taxa de câmbio
entre o Real e o Dólar era de R$1,7483 por US$1,00, o que representa uma valorização de 1,3% desde 31
de dezembro de 2007. Não é possível assegurar que a taxa de câmbio entre o Real e o Dólar irá
permanecer nos níveis atuais. Em 31 de dezembro de 2007 e em 31 de março de 2008, aproximadamente
53,3% e 52,9% em relação a R$1.634,8 milhões e R$1.674,3 milhões, respectivamente, de nosso
endividamento estava denominado em moedas estrangeiras. Ademais, em 31 de dezembro de 2007 e em
31 de março de 2008, aproximadamente 2,1% e 3,0%, ou R$239,6 milhões e R$8,8 milhões,
respectivamente, de nossas despesas e custos operacionais estavam atreladas à variação da moeda
estrangeira, primordialmente relacionadas a aquisição de energia de Itaipu.
As depreciações do Real frente ao Dólar também podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil
que podem afetar negativamente nossas operações e situação financeira. As depreciações geralmente
dificultam o acesso aos mercados financeiros estrangeiros e podem incitar a intervenção do Governo
Federal, inclusive com a adoção de políticas de recessão econômica. Contrariamente, a apreciação do
Real em relação ao Dólar pode levar à deterioração da conta corrente e do saldo dos pagamentos do
Brasil, bem como impedir o crescimento das exportações. Qualquer situação mencionada acima pode
afetar desfavoravelmente nosso negócio, resultado operacional e financeiro, fluxo de caixa e o valor de
mercado das nossas Units.
Mudanças na economia global e em outros mercados emergentes podem afetar nosso acesso aos
recursos financeiros e diminuir o valor de mercado das Units.
O mercado de títulos e valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras é influenciado, em vários
graus, pela economia global e condições do mercado, e especialmente pelos países da América Latina e
outros mercados emergentes. A reação dos investidores ao desenvolvimento em outros países pode ter um
impacto desfavorável no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários de companhias brasileiras.
Crises em outros países emergentes ou políticas econômicas de outros países, dos Estados Unidos em
particular, podem reduzir a demanda do investidor por títulos e valores mobiliários de companhias
brasileiras, inclusive pelas Units. Qualquer dos acontecimentos mencionados acima pode afetar
desfavoravelmente o valor de mercado das Units, e dificultar nossa habilidade de acessar os mercados de
capitais e financiar nossas operações no futuro em termos aceitáveis ou não.
Alterações tributárias implementadas pelo Governo Federal podem ter um impacto adverso sobre
nossos resultados e operações.
O Governo Federal já implementou e pode voltar a implementar alterações no regime fiscal que afetem
tanto os participantes do mercado de energia, como as distribuidoras em geral, os consumidores
industriais e a Rede Energia. Essas alterações incluem mudanças nas alíquotas e, ocasionalmente, a
cobrança de tributos temporários, cuja arrecadação é associada a determinados propósitos governamentais
específicos. Algumas dessas medidas poderão resultar em aumento de nossa carga tributária e não
podemos assegurar que conseguiremos efetuar o repasse desses tributos para nossas tarifas
tempestivamente, o que poderá afetar adversamente o nosso fluxo de caixa e nossa lucratividade.
64
DESTINAÇÃO DOS RECURSOS
Com base em um Preço de Distribuição de R$[•] por Unit, que é o ponto médio da faixa indicativa
referida na capa deste Prospecto, estimamos que os recursos líquidos provenientes da Oferta Primária,
deduzidas as comissões relativas à Oferta (mas sem considerar as despesas), totalizarão aproximadamente
R$[●] milhões, sem considerar o exercício da Opção de Units Suplementares e da Opção de Units
Adicionais, e R$[●] milhões, considerando tanto a emissão de Units Adicionais quanto a colocação da
totalidade das Units Suplementares. O Preço de Distribuição efetivo será informado no Prospecto
Definitivo e no Anúncio de Início, podendo ser diferente do ponto médio ou mesmo ser fixado fora da
faixa indicativa.
Pretendemos destinar os recursos líquidos obtidos na Oferta Primária prioritariamente para (i) pagamento
de dívidas da Companhia; (ii) investimentos em nossas atividades e consolidação societária e (iii) reforço
de nosso capital de giro.
Para informações sobre o impacto dos recursos obtidos com a Oferta Primária na nossa situação
patrimonial, vide tabela da Seção “Capitalização”, na coluna “Ajustado”.
Esperamos utilizar 60% da totalidade dos nossos recursos líquidos captados por nós na Oferta Primária
para pagar dívidas da Rede Energia no montante de R$[=] milhões, com taxa média de juros de [=]% ao
ano e prazo de vencimento em até [=] meses, que foram contraídos junto a diversas instituições
financeiras para financiamento do nosso capital de giro (incluindo instituições ligadas aos Coordenadores
conforme descrito em “Descrição da Oferta – Relacionamento entre a Companhia e os Coordenadores”),
bem como para renegociar passivos não financeiros com o objetivo de pré-pagamento mediante
concessão de descontos para redução do valor principal. Para maiores informações sobre nossos contratos
financeiros, vide “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados
Operacionais – Endividamento”.
Pretendemos utilizar 30% da totalidade dos recursos líquidos captados por nós na Oferta Primária na
consolidação societária de nossas atividades de distribuição e geração e na expansão de nossos negócios
de geração através de energia renovável e comercialização de energia. Empregaremos os recursos
provenientes da Oferta Primária na medida em que as oportunidades de expansão de nossas atividades
efetivarem-se ao longo do tempo.
Na data deste Prospecto, não somos parte de negociações para aquisição de quaisquer ativos de geração,
distribuição e comercialização já existentes. A alocação dos nossos investimentos é influenciada pelo
comportamento do mercado em que atuamos e pela nossa projeção dos investimentos esperados. O
comportamento desse mercado não pode ser determinado com precisão neste momento.
O aumento (redução) de R$1,00 no Preço de Distribuição de R$[●] por Unit, que é ó ponto médio da
faixa indicativa constante da capa deste Prospecto, aumentaria (diminuiria) o produto líquido obtido com
a Oferta Primária em R$[●], excluindo comissões e despesas da Oferta.
65
CAPITALIZAÇÃO
A tabela abaixo apresenta a nossa capitalização total em 31 de março de 2008, entendida como a
somatória do endividamento de curto e longo prazo com o total do patrimônio líquido, em bases efetivas e
conforme ajustado para refletir o recebimento de recursos estimados em R$[●], após a dedução das
comissões e despesas que estimamos serem devidas no âmbito da Oferta, sem considerar o exercício da
Opção de Units Adicionais e da Opção de Units Suplementares. Os ajustes foram feitos com base no
preço inicial presumido de R$[●] por Unit, que é o ponto médio da faixa de preços indicada na capa deste
Prospecto Preliminar. Os dados abaixo devem ser examinados juntamente com as seções “Resumo das
Informações Financeiras”, “Informações Financeiras Selecionadas” e “Análise e Discussão da
Administração sobre a Situação Financeira e Resultados Operacionais” deste Prospecto Preliminar.
Em 31 de março de 2008
(em milhões de reais)
Consolidado Real Ajustado
Com opção de Sem opção de
Considerando os Units Units
Eventos Suplementares e Suplementares e
Recentes(1) Units Adicionais(2) Units Adicionais(2)
Curto Prazo:
Empréstimos, financiamentos,
361,3 [●] [●] [●]
mútuos e debêntures
Juros acumulados 39,7 [●] [●] [●]
Longo Prazo:
Empréstimos, financiamentos,
3.202,7 [●] [●] [●]
mútuos e debêntures
Total de Empréstimos e
3.603,7 [●] [●] [●]
Financiamentos
Patrimônio líquido:
Capital Social 599,4 [●] [●] [●]
Reservas de Capital 4,5 [●] [●] [●]
Reservas de Reavaliação 572,4 [●] [●] [●]
Adiantamento para Futuro
3,3
Aumento de Capital
Lucros/Prejuízos Acumulados (419,9) [●] [●] [●]
66
DILUIÇÃO
Em 31 de março de 2008, o valor contábil líquido de nossas Units era de R$[●] por Unit. O valor contábil
líquido representa o valor total de nosso patrimônio líquido dividido por [●], o número total de ações de
nosso capital social em 31 de março de 2008, considerando que cada Unit corresponde a 1 ação ordinária
e 4 ações preferenciais de nosso capital social. Após a Oferta, e deduzidas as comissões relativas à Oferta
(mas sem considerar as despesas), o valor contábil líquido de nossas Units estimado em 31 de março de
2008 seria de aproximadamente R$[●] por Unit, sem considerar o exercício da Opção de Units
Suplementares e da Opção de Units Adicionais, e de aproximadamente R$[●] por Unit, considerando o
exercício da Opção de Units Suplementares, e da Opção de Units Adicionais com base em um Preço de
Distribuição estimado de R$[●], correspondente ao ponto médio da faixa indicativa referida na capa deste
Prospecto. Isso representa um aumento imediato do valor contábil líquido de R$[●] por Unit ou R$[●] por
Unit, conforme o caso, para os acionistas existentes e uma diluição imediata no valor contábil líquido de
R$[●] por Unit ou R$[●] por Unit, conforme o caso, para os compradores das Units desta Oferta. A
diluição, neste caso, é a diferença entre o preço por Unit pago por esses compradores e o valor contábil
líquido por Unit imediatamente após a finalização desta Oferta.
A tabela abaixo ilustra essa diluição de R$[●] por Unit para os compradores das Units desta Oferta:
Na data deste Prospecto, nosso capital social totalmente subscrito e integralizado é de R$599.375.702,78,
integralmente realizado e dividido em 304.808.715 ações nominativas, escriturais, sem valor nominal,
sendo 221.157.990 ações ordinárias e 83.650.725 ações preferenciais.
Em 29 de junho de 2007, nós em conjunto com os nossos acionistas Denerge e EEVP, deliberamos que o
nosso capital social fosse aumentado para R$599.375.702,78, mediante emissão de 20.542.145 ações
preferenciais nominativas, escriturais, sem valor nominal, subscritas e integralizadas pela acionista
BNDES Participações S.A. – BNDESPAR, em razão de conversão de debêntures emitidas nos termos das
escrituras particulares da 1a e 2a emissão de debêntures conversíveis em ações preferenciais de nossa
emissão. Com isso a participação da BNDESPAR no capital total da Companhia passou de [=]%
(43.693.757 ações preferenciais) para 21,1% (64.235.902 ações preferenciais). O preço de emissão das
ações preferenciais, de R$2,98527, foi fixado com base no valor das debêntures emitidas, atualizado e
ajustado de acordo com os critérios fixados nas respectivas escrituras de emissão
67
INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS SELECIONADAS
Apresentamos a seguir um resumo dos nossos dados financeiros e operacionais para cada um dos
períodos indicados. As informações financeiras consolidadas selecionadas apresentadas abaixo devem ser
lidas em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas e respectivas notas explicativas
anexas a este Prospecto e as informações fornecidas na Seção “Análise e Discussão da Administração
sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais”.
As informações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005,
foram extraídas de nossas demonstrações financeiras consolidadas, elaboradas de acordo com as Práticas
Contábeis Adotadas no Brasil, auditadas pela BDO, incluídas no presente Prospecto Preliminar. As
informações financeiras, relativas aos períodos de três meses findos em 31 de março de 2008 e 2007,
foram extraídas das nossas informações trimestrais consolidadas, objeto de revisão especial pela BDO,
incluídas neste Prospecto Preliminar, as quais, de acordo com a nossa administração, refletem a correta
apresentação de nosso resultado nesses períodos. Os resultados do período de três meses findo em 31 de
março de 2008 não são necessariamente indicativos dos resultados esperados para o exercício inteiro a
encerrar-se em 31 de dezembro de 2008, ou qualquer outro período trimestral.
Alguns dos percentuais e outros valores incluídos neste Prospecto foram arredondados para facilitar a
apresentação. Portanto, alguns totais constantes das tabelas aqui apresentadas podem não representar uma
soma exata dos valores que os precedem.
68
Informações das Demonstrações de Resultado
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.569,0 100,0% 2.900,9 100,0% 3.300,2 100,0% 12,9% 13,8%
Total do custo do serviço de energia elétrica (1.008,3) -39,2% (1.116,3) -38,5% (1.361,6) -41,3% 10,7% 22,0%
CUSTO DE OPERAÇÃO
Pessoal (115,6) -4,5% (110,8) -3,8% (138,2) -4,2% -4,2% 24,8%
Material (28,2) -1,1% (27,2) -0,9% (31,3) -0,9% -3,6% 15,2%
Matéria-prima e insumos para produção de energia (250,2) -9,7% (231,6) -8,0% (240,0) -7,3% -7,4% 3,6%
Serviços de terceiros (149,5) -5,8% (169,5) -5,8% (207,9) -6,3% 13,4% 22,7%
Depreciação e amortização (221,5) -8,6% (275,8) -9,5% (307,8) -9,3% 24,5% 11,6%
Arrendamento e aluguéis (100,1) -3,9% (92,1) -3,2% (19,1) -0,6% -8,0% -79,3%
Subvenção - CCC 252,6 9,8% 251,5 8,7% 255,9 7,8% -0,4% 1,8%
Outras despesas 7,5 0,3% (17,0) -0,6% (31,5) -1,0% -327,2% 84,7%
Total dos custos de operação (605,0) -23,6% (672,5) -23,2% (719,8) -21,8% 11,2% 7,0%
Custo do serviço prestado a terceiros (9,0) -0,4% (10,1) -0,3% (10,3) -0,3% 12,0% 2,2%
LUCRO OPERACIONAL BRUTO 946,7 36,8% 1.102,0 38,0% 1.208,5 36,6% 16,4% 9,7%
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas (78,1) -3,0% (145,1) -5,0% (162,6) -4,9% 85,7% 12,1%
Despesas gerais e administrativas (258,9) -10,1% (321,9) -11,1% (237,1) -7,2% 24,4% -26,3%
Outras despesas operacionais (21,7) -0,8% (17,2) -0,6% (25,2) -0,8% -21,0% 46,6%
Total das despesas operacionais (358,7) -14,0% (484,2) -16,7% (424,9) -12,9% 35,0% -12,2%
RESULTADO DO SERVIÇO 587,9 22,9% 617,8 21,3% 783,6 23,7% 5,1% 26,8%
Resultado de participações societárias (1,8) -0,1% 174,0 6,0% (23,5) -0,7% -9648,9% -113,5%
69
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
(Em Reais milhões)
Análise Análise
Análise Análise Análise HorizontalHorizontal
Vertical Vertical Vertical (%) (%)
2005 (%) 2006 (%) 2007 (%) 06/05 07/06
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras
Renda de aplicações financeiras 20,7 0,8% 53,1 1,8% 53,2 1,6% 156,1% 0,3%
Juros e acréscimos moratórios ativos 108,6 4,2% 186,4 6,4% 144,3 4,4% 71,6% -22,6%
Variação monetária e cambial ativa 34,3 1,3% 33,9 1,2% 207,5 6,3% -1,1% 511,6%
Outras 17,6 0,7% 23,1 0,8% 38,8 1,2% 31,6% 67,8%
Total das receitas financeiras 181,2 7,1% 296,5 10,2% 443,8 13,4% 63,6% 49,7%
Despesas financeiras
Encargos de dívidas (246,9) -9,6% (332,0) -11,4% (377,0) -11,4% 34,5% 13,6%
Variação monetária e cambial passiva (84,6) -3,3% (33,1) -1,1% (45,1) -1,4% -60,9% 36,2%
Juros e multas (305,5) -11,9% (346,5) -11,9% (198,1) -6,0% 13,4% -42,8%
Juros sobre o capital próprio (11,7) -0,5% (10,4) -0,4% (39,2) -1,2% -11,1% 278,0%
Outras (30,9) -1,2% (66,1) -2,3% (160,7) -4,9% 114,1% 143,2%
Total das despesas financeiras (679,4) -26,4% (788,1) -27,2% (820,2) -24,9% 16,0% 4,1%
Resultado financeiro (498,2) -19,4% (491,6) -16,9% (376,3) -11,4% -1,3% -23,5%
RESULTADO OPERACIONAL 87,9 3,4% 300,1 10,3% 383,7 11,6% 241,5% 27,9%
Participações dos administradores (3,7) -0,1% (1,2) 0,0% (4,7) -0,1% -68,4% 299,4%
Participações de partes beneficiárias (3,6) -0,1% (4,1) -0,1% (6,6) -0,2% 14,3% 60,9%
Reversão dos juros sobre o capital próprio 11,7 0,5% 10,4 0,4% 39,2 1,2% -11,1% 278,0%
Participação minoritária (201,0) -7,8% (124,0) -4,3% (186,2) -5,6% -38,3% 50,1%
70
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (22,6) -0,9% 88,5 3,1% 51,5 1,6% -491,5% -41,9%
Lucro líquido por lote de mil ações - R$ (397,7) -15,5% 311,4 10,7% 168,8 5,1% -178,3% -45,8%
Total do custo do serviço de energia elétrica (345,9) -43,8% (427,4) -49,3% 23,6%
CUSTO DE OPERAÇÃO
Pessoal (25,4) -3,2% (38,8) -4,5% 52,5%
Material (6,5) -0,8% (7,1) -0,8% 9,2%
Matéria-prima e insumos para produção de energia (55,4) -7,0% (58,2) -6,7% 5,1%
Serviços de terceiros (48,1) -6,1% (63,6) -7,3% 32,2%
Depreciação e amortização (68,9) -8,7% (81,6) -9,4% 18,5%
Arrendamento e aluguéis (24,4) -3,1% (3,8) -0,4% -84,5%
Subvenção - CCC - 0,0% - 0,0% N/D
Outras despesas 48,9 6,2% 49,8 5,7% 1,8%
Total dos custos de operação (179,8) -22,7% (203,3) -23,5% 13,1%
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas (36,7) -4,6% (34,3) -4,0% -6,5%
Despesas gerais e administrativas (89,1) -11,3% (61,1) -7,0% -31,4%
Outras despesas operacionais (6,3) -0,8% (6,4) -0,7% 1,5%
Total das despesas operacionais (132,0) -16,7% (101,7) -11,7% -22,9%
71
(Em Reais milhões)
Análise Análise Análise
Vertical Vertical Horizontal
2007 (%) 2008 (%) 08/07
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras
Renda de aplicações financeiras 11,5 1,5% 10,5 1,2% -8,7%
Juros e acréscimos moratórios ativos 38,0 4,8% 69,8 8,0% 83,8%
Variação monetária e cambial ativa 24,3 3,1% 15,4 1,8% -36,6%
Outras 4,7 0,6% 17,0 2,0% 258,9%
Total das receitas financeiras 78,5 9,9% 112,7 13,0% 43,5%
Despesas financeiras
Encargos de dívidas (77,8) -9,8% (98,3) -11,3% 26,4%
Variação monetária e cambial passiva 17,0 2,1% (36,8) -4,2% -317,0%
Juros e multas (76,5) -9,7% (36,9) -4,3% -51,7%
Juros sobre o capital próprio - 0,0% - 0,0% N/D
Outras (29,1) -3,7% (38,2) -4,4% 31,5%
Total das despesas financeiras (166,3) -21,0% (210,3) -24,3% 26,4%
Resultado financeiro (87,8) -11,1% (97,6) -11,3% 11,1%
Balanço Patrimonial
72
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
(Em Reais milhões)
Análise Análise
Análise Análise Análise HorizontalHorizontal
Vertical Vertical Vertical (%) (%)
2005 (%) 2006 (%) 2007 (%) 06/05 07/06
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Numerário disponível 89,6 1,1% 86,5 1,0% 224,1 2,3% -3,5% 158,9%
Aplicações no mercado aberto 171,1 2,1% 414,0 4,6% 388,3 3,9% 141,9% -6,2%
Consumidores 719,7 8,7% 797,3 8,9% 871,6 8,8% 10,8% 9,3%
(-)Provisão para créditos de liquidação duvidosa (51,2) -0,6% (58,4) -0,7% (66,6) -0,7% 14,0% 14,0%
Dividendos e juros sobre capital próprio a
5,4 0,1% - 0,0% 8,1 0,1% -100,0% N/D
receber
Tributos e contribuições sociais a compensar 103,8 1,3% 147,6 1,6% 88,6 0,9% 42,2% -40,0%
Títulos a receber 13,7 0,2% 36,6 0,4% 25,8 0,3% 166,8% -29,4%
Estoque 29,6 0,4% 45,6 0,5% 35,2 0,4% 54,1% -22,7%
Serviços em curso 38,7 0,5% 45,1 0,5% 50,1 0,5% 16,5% 11,2%
Redução de receita - baixa renda 27,8 0,3% 17,4 0,2% 41,0 0,4% -37,2% 135,5%
Aquisição de combustível - conta CCC 90,9 1,1% 20,0 0,2% 75,9 0,8% -78,0% 279,6%
Ativos regulatórios 72,9 0,9% 95,7 1,1% 96,3 1,0% 31,2% 0,6%
Despesas pagas antecipadamente 0,9 0,0% 2,9 0,0% 18,3 0,2% 232,4% 540,6%
Outros 70,9 0,9% 98,0 1,1% 77,0 0,8% 38,1% -21,4%
Total do ativo circulante 1.383,8 16,7% 1.748,2 19,5% 1.933,7 19,4% 26,3% 10,6%
ATIVO PERMANENTE
Investimentos 1.064,6 12,9% 1.135,2 12,7% 766,6 7,7% 6,6% -32,5%
Imobilizado - líquido 4.397,0 53,2% 4.475,6 50,0% 5.153,4 51,8% 1,8% 15,1%
Intangível - líquido 24,1 0,3% 28,7 0,3% 36,2 0,4% 19,3% 26,0%
Diferido - líquido 2,9 0,0% 5,1 0,1% 3,5 0,0% 73,6% -32,4%
Total do ativo permanente 5.488,6 66,4% 5.644,6 63,0% 5.959,7 59,9% 2,8% 5,6%
Total do ativo não circulante 6.880,7 83,3% 7.210,3 80,5% 8.009,7 80,6% 4,8% 11,1%
TOTAL DO ATIVO 8.264,6 100,0% 8.958,5 100,0% 9.943,4 100,0% 8,4% 11,0%
73
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
(Em Reais milhões)
Análise Análise
Análise Análise Análise HorizontalHorizontal
Vertical Vertical Vertical (%) (%)
2005 (%) 2006 (%) 2007 (%) 06/05 07/06
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores 480,1 5,8% 380,5 4,2% 424,9 4,3% -20,7% 11,6%
Folha de pagamento 5,8 0,1% 5,1 0,1% 6,6 0,1% -11,6% 29,9%
Tributos, contribuições sociais e parcelamentos 514,9 6,2% 295,5 3,3% 349,2 3,5% -42,6% 18,1%
Dividendos propostos e participações nos lucros 26,6 0,3% 49,2 0,5% 158,9 1,6% 85,2% 222,9%
Empréstimos, financiamentos e encargos 650,2 7,9% 658,0 7,3% 343,4 3,5% 1,2% -47,8%
Debêntures e encargos 85,8 1,0% 143,3 1,6% 29,7 0,3% 66,9% -79,3%
Indenização Trabalhista - Plano Bresser 32,4 0,4% 39,9 0,4% 49,3 0,5% 23,0% 23,7%
Obrigações estimadas 33,7 0,4% 31,1 0,3% 32,0 0,3% -7,8% 2,9%
Passivos regulatórios 7,1 0,1% 24,6 0,3% 41,4 0,4% 247,3% 68,0%
Outros 193,5 2,3% 238,5 2,7% 206,3 2,1% 23,3% -13,5%
Total do passivo circulante 2.030,1 24,6% 1.865,7 20,8% 1.641,6 16,5% -8,1% -12,0%
Resultado de exercícios futuros 2,3 0,0% 59,0 0,7% - 0,0% 2486,6% -100,0%
Total do passivo não circulante 3.736,3 45,2% 4.595,2 51,3% 5.695,2 57,3% 23,0% 23,9%
PARTICIPAÇÃO DE MINORITÁRIOS 1.372,5 16,6% 1.764,4 19,7% 1.817,0 18,3% 28,6% 3,0%
Recursos destinados para aumento de capital 268,2 3,2% 51,0 0,6% 2,9 0,0% -81,0% -94,3%
Recursos destinados a aquisição de partes
266,8 3,2% - 0,0% - 0,0% -100,0% N/D
beneficiárias
PASSIVO TOTAL 8.264,6 100,0% 8.958,5 100,0% 9.943,4 100,0% 8,4% 11,0%
74
Exercício encerrado em
(Em Reais milhões)
Análise Análise Análise
Vertical Vertical Horizontal
2007 (%) 2008 (%) 08/07
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Numerário disponível 224,1 2,3% 88,8 0,9% -60,4%
Aplicações no mercado aberto 388,3 3,9% 501,1 5,0% 29,1%
Consumidores 871,6 8,8% 883,7 8,7% 1,4%
(-)Provisão para créditos de liquidação duvidosa (66,6) -0,7% (68,4) -0,7% 2,8%
Dividendos e juros sobre capital próprio a receber 8,1 0,1% 9,0 0,1% 11,8%
Tributos e contribuições sociais a compensar 88,6 0,9% 139,4 1,4% 57,3%
Títulos a receber 25,8 0,3% 25,2 0,2% -2,4%
Estoque 35,2 0,4% 34,1 0,3% -3,2%
Serviços em curso 50,1 0,5% 47,8 0,5% -4,7%
Redução de receita - baixa renda 41,0 0,4% 51,4 0,5% 25,3%
Aquisição de combustível - conta CCC 75,9 0,8% 108,4 1,1% 42,8%
Ativos regulatórios 96,3 1,0% 55,0 0,5% -42,9%
Despesas pagas antecipadamente 18,3 0,2% 19,9 0,2% 9,1%
Outros 77,0 0,8% 90,9 0,9% 18,1%
Total do ativo circulante 1.933,7 19,4% 1.986,4 19,6% 2,7%
ATIVO PERMANENTE
Investimentos 766,6 7,7% 775,3 7,7% 1,1%
Imobilizado - líquido 5.153,4 51,8% 5.199,2 51,4% 0,9%
Intangível - líquido 36,2 0,4% 39,2 0,4% 8,5%
Diferido - líquido 3,5 0,0% 3,2 0,0% -7,3%
Total do ativo permanente 5.959,7 59,9% 6.016,9 59,5% 1,0%
Exercício encerrado em
(Em Reais milhões)
Análise Análise Análise
Vertical Vertical Horizontal
2007 (%) 2008 (%) 08/07
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores 424,9 4,3% 511,8 5,1% 20,5%
Folha de pagamento 6,6 0,1% 7,2 0,1% 9,4%
Tributos, contribuições sociais e parcelamentos 349,2 3,5% 305,6 3,0% -12,5%
75
Dividendos propostos e participações nos lucros 158,9 1,6% 150,8 1,5% -5,1%
Empréstimos, financiamentos e encargos 343,4 3,5% 374,5 3,7% 9,1%
Debêntures e encargos 29,7 0,3% 26,4 0,3% -10,9%
Indenização Trabalhista - Plano Bresser 49,3 0,5% 50,7 0,5% 2,8%
Obrigações estimadas 32,0 0,3% 75,6 0,7% 136,5%
Passivos regulatórios 41,4 0,4% 55,5 0,5% 34,2%
Outros 206,3 2,1% 203,5 2,0% -1,3%
Total do passivo circulante 1.641,6 16,5% 1.761,9 17,4% 7,3%
Recursos destinados para aumento de capital 2,9 0,0% 3,3 0,0% 12,7%
Recursos destinados a aquisição de partes beneficiárias - 0,0% - 0,0% N/D
Reconciliação do EBITDA
76
Margem Ebitda (%) 32,1% 31,2% 33,5% 25,5% 25,3%
77
Adicionado:
Itens Extraordinários - - - - -
Participações dos Acionistas Não Controladores - - - - -
Participação dos Acionistas 1,5 0,5 2,2 0,7 1,0
Reversão de Juros Sobre Capital Próprio -7,0 -4,0 -8,0 0,0 0,0
Provisão de Impostos 0,9 8,1 17,6 4,6 6,4
Resultado Não Operacional 0,3 1,7 1,5 0,0 -0,6
Resultado Financeiro 171,9 48,4 48,3 10,5 8,9
Resultado de Participações Societárias -131,7 - - - -
Depreciação e Amortização 32,3 51,3 58,9 14,6 15,0
EBITDA 60,0 103,9 148,6 36,8 38,9
Margem Ebitda (%) 25,1% 18,8% 24,9% 24,9% 23,0%
78
ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E OS
RESULTADOS OPERACIONAIS
A análise e discussão sobre a nossa situação financeira e resultados operacionais deve ser lida em
conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas referentes aos exercícios findos em
31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, as informações financeiras trimestrais consolidadas não
auditadas referentes aos períodos de três meses findos em 31 de março de 2008 e 2007 e respectivas
notas explicativas incluídas neste Prospecto, assim como com as informações apresentadas na seção
“Informações Financeiras e Operacionais Selecionadas.”
Esta seção contém discussões sobre estimativas futuras que envolvem riscos e incertezas. Nossos
resultados reais podem diferir significativamente daqueles discutidos nas declarações sobre estimativas
futuras como resultado de diversos fatores, incluindo, mas não se limitando àqueles informados nas
seções “Considerações sobre Estimativas e Declarações Acerca do Futuro” e “Fatores de Risco” deste
Prospecto.
As nossas demonstrações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e
2005 e aos períodos de três meses findos em 31 de março de 2008 e 2007, incluídas neste Prospecto
acompanhadas dos respectivos pareceres dos auditores independentes, foram elaboradas de acordo com
o BR GAAP.
Visão Geral
Somos uma empresa integrada de energia e atuamos na distribuição, geração e comercialização de energia
elétrica no mercado brasileiro. Possuímos a maior área de concessão de distribuição do Brasil, cobrindo
cerca de 2.458.751 km2, que são equivalentes a aproximadamente 30% do território nacional, e abrigam
uma população total de mais de 13,0 milhões de habitantes. Distribuímos energia elétrica para
aproximadamente 3,4 milhões de consumidores em 506 municípios em seis Estados em 31 de março de
2008. Nossas áreas do Norte e Centro-Oeste (CELPA, CEMAT e CELTINS), juntas, apresentaram um
crescimento médio anual de 7,3% no consumo de eletricidade nos últimos 5 anos, crescimento 40,4%
superior à média nacional de crescimento de consumo de acordo com [fonte].
Nossa principal atividade é a distribuição de energia elétrica, que realizamos por meio de nossas
controladas CELPA, CEMAT, CELTINS e REDE SUL/SUDESTE. Nossas atividades de geração de
energia elétrica incluem participações na UHE Lajeado, na UHE Guaporé e na PCH Juruena, que
representam uma capacidade total instalada de [1.028,6]MW. Adicionalmente, através de nossa
subsidiária REDECOM comercializamos energia elétrica em todo Brasil.
Distribuição
79
Em 2007, nossas atividades de distribuição representaram 83,6% do nosso EBITDA consolidado. Segue
abaixo breve descrição das nossas distribuidoras:
• CELPA: única distribuidora do Estado do Pará, que é o segundo maior Estado do Brasil em
extensão, cobrindo aproximadamente 14,7% do território brasileiro, onde o consumo de
energia elétrica cresceu em média nos últimos 5 anos 6,7% ao ano, que representa um
crescimento de 1,93 pontos percentuais superior à média nacional no período. Em 2007 a
CELPA vendeu 5.117 GWh para aproximadamente 1.498 mil consumidores. Possuímos
participação de 45,9% do capital votante e 43,4% do capital total da CELPA.
• CEMAT: única distribuidora do Estado do Mato Grosso, que é o terceiro maior Estado do
Brasil em extensão, cobrindo aproximadamente 10,6% do território brasileiro. Neste Estado
o consumo de energia elétrica cresceu em média nos últimos 5 anos 7,8% ao ano, que
representa um aumento de 3,90 pontos percentuais superior à média nacional no período.
Em 2007 a CEMAT vendeu 4.347 GWh para aproximadamente 875 mil consumidores.
Possuímos participação de 61,8% do capital votante e 39,9% do capital total da CEMAT.
Geração
• UHE Lajeado: operamos esta usina e detemos uma participação de 45,4% da energia
produzida na UHE Lajeado, no Estado de Tocantins, com capacidade instalada total de
902,5 MW.
• UHE Guaporé: operamos esta usina e detemos uma participação de 64,0% na energia
produzida da UHE Guaporé, no Estado do Mato Grosso, com capacidade instalada total de
120,0 MW.
• PCH Juruena: operamos uma PCH e detemos uma participação de 99,9% na energia
produzida da PCH Juruena, no Estado do Mato Grosso, com capacidade instalada total de
6,1 MW.
Em 2002, assinamos o Contrato de Concessão para implantação e exploração da UHE Couto Magalhães
(Aproveitamento Hidrelétrico), localizado no Estado do Mato Grosso, com capacidade de 150 MW.
Detemos 51,0% de participação neste projeto. Este projeto está aguardando licenciamento ambiental para
início das obras.
80
Em 2007, as atividades de nossa comercializadora e prestadora de serviços representaram 1,9% de nosso
EBITDA consolidado, equivalente a R$21,0 milhões. Segue abaixo breve descrição da nossa
comercializadora e prestadora de serviços:
• REDECOM: tem como principal objetivo comercializar energia para empresas em todo
território nacional, sobretudo como forma de mitigar eventuais perdas da Rede Energia com
a conversão de consumidores cativos para consumidores livres.
Reorganização Societária
Entre 2005 e 2006, as empresas da Rede Energia e outras empresas controladas pela Denerge e pela
EEVP, nossas controladoras, passaram por um processo de reestruturação societária dividido em três
etapas.
A primeira etapa compreendeu o processo de desverticalização exigido pela Lei do Novo Modelo do
Setor Elétrico (vide Seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil – A Desverticalização no Âmbito do
Novo Marco Regulatório”), com o propósito de segregar as nossas atividades de geração, distribuição e
transmissão (a “Desverticalização”). A nossa Desverticalização foi aprovada pela ANEEL, através da
Resolução Autorizativa ANEEL nº 309, de 5 de setembro de 2005.
• A Companhia assumiu dívidas que haviam sido contraídas pela EEVP, nossa controladora, no
valor de R$160,6 milhões, e pela Denerge, nossa outra controladora, no valor de R$470,3
milhões, cujos recursos foram repassados às nossas controladas.
• A Companhia assumiu, no mesmo ato, créditos que a EEVP e a Denerge tinham contra nossas
controladas, no valor de R$19,9 milhões da EEVP e de R$438,7 milhões da Denerge.
Como resultado da segunda etapa, tínhamos em 31 de março de 2008 um saldo líquido de ativo a receber
junto à EEVP, no valor de R$63,0 milhões, e um saldo líquido de passivo a pagar junto à Denerge, no
valor de R$5,4 milhões. Estes montantes deverão ser liquidados no prazo máximo de 10 (dez) anos em
condições de mercado, conforme usualmente praticadas pelas empresas da Rede Energia na administração
de seus recursos financeiros (vide Seção “Operações com Partes Relacionadas”). Esta segunda etapa foi
concluída em março de 2006.
A terceira e última etapa compreendeu a centralização de todos os ativos relativos ao setor elétrico da
Rede Energia, com a transferência da EDEVP, REDECOM e REDESERV para a Companhia, foi
concluída em junho de 2006 e compreendeu as seguintes operações:
O valor total das participações adquiridas nesta terceira etapa foi de R$184,0 milhões, o qual será pago
em condições de mercado, conforme usualmente praticadas pelas empresas da Rede Energia na
administração de seus recursos financeiros. Caso a Companhia tenha créditos contra as vendedoras nas
datas de pagamento do referido saldo do preço de compra, poderemos compensar o valor devido com
81
estes créditos. Todas as autorizações necessárias à implementação destas operações de aquisição,
inclusive da ANEEL, foram obtidas.
Em novembro de 2005, CELPA alienou a UHE Curuá-Una, com a capacidade instalada de 5,1 MW, para
a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE, ou Eletronorte, como contrapartida na
redução no montante R$75,0 milhões referente a dívidas de suprimento de energia que tínhamos com a
Eletronorte desde época do racionamento.
Em 21 de setembro de 2006, nós vendemos a nossa subsidiária Celtins Energia S.A., que controlava 3
PCHs com a capacidade instalada de 15,4 MW, para a Tocantins Holding Ltda., uma empresa brasileira
controlada pelo o grupo BRENNAND. O preço da venda foi de R$33,9 milhões.
Participações Societárias
A tabela a seguir apresenta nossa participação acionária direta e indireta no capital total de nossas
principais controladas, todas integralmente consolidadas nas nossas demonstrações financeiras.
Período de três
Exercício encerrado em 31 de meses encerrado em
dezembro de 31 de março de
(em porcentagem do capital total)
2005 2006 2007 2008
Distribuição
CELPA 43,4 43,3 43,3 43,4
CEMAT 37,5 37,5 39,9 39,9
CELTINS 50,9 50,9 50,9 50,9
EEB 91,5 91,5 91,5 91,5
CNEE 98,7 98,7 98,7 98,7
CFLO 97,7 97,7 97,7 97,7
Caiuá 100,0 100,0 100,0 100,0
EDEVP(2) - 100,0 100,0 100,0
Geração
Rede Lajeado (1) 99,9 59,8 53,7 53,7
UHE Tangará 61,7 67,3 70,8 70,8
PCH Juruena 99,8 99,8 99,9 99,9
Investco(1) 43,7 22,6 39,6 40,5
Comercialização e Serviços
REDECOM (2) - 99,6 99,6 99,6
REDESERV (2) - 99,5 99,5 99,5
O setor de distribuição de energia elétrica no Brasil é de capital intensivo e está sujeito a significativa
regulação, inclusive pela ANEEL por meio do estabelecimento de revisão tarifária. Acreditamos que os
fatores mais importantes que afetam o desempenho operacional e financeiro das nossas atividades de
distribuição são os seguintes:
• as tarifas estabelecidas pela ANEEL, bem como seus reajustes e revisões, e as respectivas
medidas regulatórias;
82
• a situação econômica no Brasil em geral e nos Estados do Pará, Mato Grosso e Tocantins em
particular, que afetam o crescimento do consumo de energia elétrica nas nossas maiores e
principais áreas de concessão de distribuição;
Tarifas de Distribuição
Nossas distribuidoras de energia elétrica cobram tarifas reguladas e seus resultados dependem
substancialmente de reajustes tarifários aprovados pela ANEEL, uma vez que a maior parte da nossa
receita operacional bruta origina-se das vendas de energia elétrica para clientes cativos sujeitos a tarifas
reguladas. No trimestre encerrado em 31 de março de 2008 e no exercício encerrado em 31 de dezembro
de 2007, as vendas para clientes cativos sujeitos a tarifas reguladas representaram 94,7% e 96,3% do
nosso volume total de fornecimento de energia elétrica, respectivamente, e 96,2% e 97,5% da nossa
receita operacional bruta, respectivamente. Os contratos de concessão das nossas distribuidoras incluem
cláusulas de reajustes anuais, revisões periódicas e a possibilidade de revisões extraordinárias ocasionais
das tarifas aplicáveis. Para mais informações sobre tarifas reguladas, veja a seção “O Setor de Energia
Elétrica no Brasil”, no item “Reposicionamento Tarifário” deste Prospecto.
Os reajustes tarifários anuais ocorrem nas datas estabelecidas nos contratos de concessão das nossas
distribuidoras de energia elétrica. Os reajustes da CEMAT ocorrem em abril de cada ano, os da CELPA
ocorrem em agosto de cada ano, e os da CELTINS, em julho de cada ano. As empresas que formam parte
da REDESUL têm suas tarifas reajustadas em maio de cada ano, exceto a CFLO, cujas tarifas são
reajustadas em fevereiro de cada ano. Antes de fevereiro de 2005, todas as empresas deste segmento
operacional reajustavam suas tarifas em fevereiro de cada ano.
Reajustes anuais são baseados no Índice de Reajuste Tarifário – IRT, que leva em consideração variações
em dois tipos de custos:
• Custos da Parcela A, compostos por custos não-gerenciáveis e incluem, entre outros, custos
com compra de energia elétrica, encargos regulatórios (por exemplo, CCC, CDE, RGR,
Taxa de Fiscalização da ANEEL, FNDCT, e Pesquisa e Desenvolvimento) e de uso da rede
de transmissão e conexão de rede; e
• Custos da Parcela B, compostos por custos gerenciáveis (tais como pessoal, materiais,
serviços de terceiros) e incluem, ainda, o retorno sobre o investimento relacionado a cada
uma das nossas áreas de concessão e sua expansão. Os custos da Parcela B são corrigidos de
acordo com o IGP-M e reduzidos por um fator denominado “fator X,” que é um índice
relacionado a ganhos de produtividade aplicado às tarifas de distribuição. O método para se
determinar o fator X está descrito na seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil – Tarifas
de Distribuição de Energia.”
Em 2001, um fator adicional foi introduzido pela ANEEL, ao qual nos referimos como Conta de Variação
da Parcela A, ou conta CVA. A conta CVA complementa o Índice de Reajuste Tarifário ao reconhecer
tanto as variações positivas quanto as negativas em certos componentes dos Custos da Parcela A no
período entre os reajustes tarifários. Quando esses Custos da Parcela A ultrapassam as projeções no
momento em que nossas tarifas de distribuição são reajustadas, temos o direito de recuperar a diferença
no próximo reajuste anual. Da mesma forma, se esses custos mostrarem-se menores do que os projetados,
o ganho resultante é compensado no próximo reajuste anual. Quando os Custos da Parcela A ultrapassam
83
as projeções refletidas nas nossas tarifas de distribuição, nós diferimos o aumento do custo e o
registramos como um ativo no nosso balanço patrimonial. Esses custos serão registrados como despesas
quando reajustarmos nossas tarifas. Em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007, possuíamos
ativos da conta CVA nos montantes de R$28,9 milhões e R$17,4 milhões, respectivamente. Todos esses
valores estão sujeitos a correção pela taxa SELIC.
Em setembro de 2004, com base em uma resolução da ANEEL, registramos um ativo no nosso balanço
patrimonial referente à alteração nas taxas de contribuição e à mudança para um regime não-cumulativo
do PIS e da COFINS cujo impacto financeiro será, após aprovação da ANEEL, incorporado às tarifas em
prazo não superior a três anos. CEMAT, CELTINS e CELPA, que possuem reajustes tarifários a partir de
abril de 2005, tiveram considerados em seus respectivos reajustes, percentuais referentes à cobertura
desse ativo regulatório, e adicionam à tarifa os valores efetivamente devidos a título de PIS e COFINS
incidentes sobre a atividade de distribuição de energia elétrica.
As revisões tarifárias periódicas são conduzidas para (1) manter o equilíbrio financeiro das nossas
distribuidoras, conforme previsto nos seus contratos de concessão, (2) estabelecer retornos adequados
sobre nossos investimentos e (3) determinar o fator X utilizado no cálculo dos nossos custos da Parcela B.
As revisões tarifárias periódicas ocorrem nos períodos estabelecidos em cada contrato de concessão, que
são os seguintes para as nossas distribuidoras:
• a cada quatro anos para a CELPA, com a próxima revisão tarifária prevista para agosto de 2011.
Em 8 de julho de 2007, a ANEEL aprovou a revisão tarifária periódica preliminar para a
CELPA, que resultou na redução em média de 9,65% nas tarifas da CELPA, válidas a partir de 7
de agosto de 2007. Essa revisão tarifária é sujeita a revisão até agosto de 2008, em razão das
mudanças feitas à metodologia da revisões tarifárias periódicas durante esse período;
• a cada cinco anos para a CEMAT, com a última revisão tarifária ocorrida em abril de 2008;
• a cada quatro anos para a CELTINS , com a próxima revisão tarifária prevista para julho de
2008; e
• a cada quatro anos para as nossas controladas que formam parte da REDESUL/SUDESTE, com
a última revisão tarifária ocorrida em maio de 2008, com exceção da CFLO que teve sua revisão
ocorrida em fevereiro de 2008.
A metodologia de reajuste periódico envolve o repasse das alterações nos Custos da Parcela A que
ocorreram durante o período de 12 meses anterior à data do reajuste periódico, juntamente com a seguinte
metodologia para avaliação dos custos da Parcela B:
• custos operacionais estimados de uma empresa de referência simulada pela ANEEL operando na
mesma área de concessão da distribuidora de energia elétrica que está sendo avaliada;
• cálculo do fator X.
84
A ANEEL aprovou em 2004 em caráter definitivo as bases de remuneração regulatória das nossas
distribuidoras CELPA e CEMAT e em 2005 para as nossas demais distribuidoras. Atualmente, há poucas
incerteza quanto à determinação provisória de uma base de remuneração regulatória de nossas distribuidoras,
diferentemente do que aconteceu com outras empresas brasileiras distribuidoras de energia elétrica.
Realinhamento Tarifário
Até 2002, as taxas de reajuste tarifário eram aplicadas uniformemente a todas as tarifas e incluíam um
subsídio para clientes industriais em detrimento dos clientes residenciais. Em 2002, foi iniciado um
processo de realinhamento tarifário em todo o setor elétrico brasileiro, que reduziu os subsídios cruzados
entre clientes em diferentes níveis de voltagem de atendimento. Estes subsídios começaram a ser
eliminados nos reajustes a partir de janeiro de 2008.
Alguns dos clientes das nossas distribuidoras de energia elétrica têm a opção de se tornarem “clientes
livres” e escolherem seu fornecedor de energia elétrica. Consumidores potencialmente livres representam
um percentual pequeno da nossa base total de consumidores. Em 31 de dezembro de 2007 e 31 de março
de 2008, nós tínhamos 21 e 25, respectivamente, consumidores potencialmente livres em nossas regiões
de concessão. Durante 2007, 4 de nossos consumidores potencialmente livres tornaram-se clientes livres.
Vendas para consumidores potencialmente livres representaram 3,7% de nosso volume de vendas de
energia elétrica durante 2007 e 5,3% durante os três meses findos em 31 de março de 2008, e representou
2,5% de nossa receita operacional bruta em 2007 e 3,8% durante os três meses findo em 31 de março de
2008.
Se nossos clientes potencialmente livres optarem pelo mercado livre, eles não pagarão o custo de energia
comprada, mas nossas distribuidoras continuarão a ser remuneradas pelo cliente livre pelo uso dos nossos
ativos através do pagamento da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição, ou TUSD. A ANEEL autorizou
os consumidores livres a se conectarem à rede básica por meio de rede própria, sujeito ao atendimento de
diversos requisitos. Nesse caso, os consumidores livres que se conectarem diretamente à rede básica
deixarão de pagar a TUSD. Se qualquer cliente livre atendido por nós decidir construir sua própria rede
de distribuição, nossa receita operacional bruta pode ser adversamente afetada. A redução da receita
devido à migração de consumidores do mercado livre, de uma forma geral, não resulta em redução
relevante nas nossas margens porque a remuneração de nossos investimentos decorre da TUSD, que
continuará a ser paga para nós mesmo que um consumidor potencialmente livre mude para outro
fornecedor de energia. Nós acreditamos que consumidores potencialmente livres não representam um
risco significativo para nossas atividades ou nossa capacidade de gerar fluxo de caixa em nossas
operações. Parte de nossa estratégia é continuar a providenciar eletricidade aos nossos clientes que
elegerem se tornarem clientes livres por meio da REDECOM, nossa empresa de comercialização de
energia, a qual tem sido bem sucedida em reter a maioria de nossos clientes que se tornaram clientes
livres nos últimos anos.
85
A tabela abaixo apresenta a receita bruta consolidada resultante da TUSD por consumidores livres e por
nossas distribuidoras (energia em trânsito por nossa rede), nos exercícios indicados. Para maiores
informações vide a seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil”, no item “Tarifas pelo Uso dos Sistemas
de Distribuição e Transmissão”.
As tabelas a seguir apresentam a evolução das tarifas dos clientes cativos nos anos indicados e como essas
variações afetaram os resultados da CEMAT, CELPA, CELTINS e das empresas que compõem o nosso
segmento operacional REDESUL/SUDESTE. As tabelas a seguir refletem os reajustes nas tarifas
efetivamente pagas pelos nossos clientes, que consideram tanto as revisões iniciais quanto os reajustes
posteriores nas tarifas promulgadas pela ANEEL.
Compramos a maior parte da nossa energia elétrica através de contratos de longo prazo com grandes
geradoras brasileiras. Os preços nesses contratos de longo prazo estão sujeitos a regulação e são
86
atualmente estabelecidos por meio de processo de leilão público conduzido periodicamente e organizado
pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, ou CCEE. Compramos 9.592 GWh em 2007, 9.012
GWh em 2006 e 2.199 GWh em 2005 em leilões públicos. Também compramos energia elétrica através
de contratos bilaterais (inclusive com nossas geradoras) assinados antes da implementação da Lei do
Novo Modelo do Setor Elétrico, que continuam válidos.
Além disso, compramos 518 GWh em 2007, 580 GWh em 2006 e 579 GWh em 2005 da hidroelétrica de
Itaipu a um custo de R$50,7 milhões, R$46,8 milhões e R$48,1 milhões, respectivamente. Diferentemente
dos nossos outros contratos de energia elétrica, o preço da energia elétrica comprada de Itaipu está
denominado em dólares norte-americanos. As variações cambiais que ocorrem entre os reajustes tarifários
periódicos são incorporadas nas tarifas de distribuição através do mecanismo da conta CVA descrita
acima em “Tarifas de Distribuição – Reajustes Tarifários Anuais”. Portanto, se por um lado nossas
distribuidoras podem ter incorrido em custos de compra de energia elétrica acima dos montantes
inicialmente incluídos nas suas tarifas, esses custos foram incorporados e reembolsados por meio de
reajustes tarifários subseqüentes.
Além de comprar energia elétrica de Itaipu, nossas distribuidoras de energia elétrica também compraram
energia elétrica nos termos dos Contratos Iniciais. Esses contratos foram atualizados anualmente com
base no IGP-M nas datas que coincidem com os reajustes tarifários das nossas distribuidoras de energia
elétrica, de forma que todo aumento nesses custos foi repassado para os nossos clientes através de
aumentos nas tarifas de distribuição. A quantidade de energia elétrica comprada de acordo com os
Contratos Iniciais foi reduzida em 25% da quantidade originalmente contratada por ano, sendo tais
contratos encerrados em 31 de dezembro de 2005. Os Contratos Iniciais foram feitos de modo a permitir a
transição para um mercado de energia livre para as distribuidoras, desde que elas observem certos limites
para o repasse de custos.
Desde 2004, com a implementação do novo modelo criado pela Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, as
distribuidoras só podem contratar a compra de energia elétrica através de leilões no ambiente de
contratação regulado. Os contratos de compra de energia elétrica no ambiente de contratação regulado são
revisados anualmente de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA em oposição
aos Custos da Parcela B das nossas tarifas que, na maioria, são reajustados com base no IGP-M. Esses
dois índices podem apresentar variações bem diferentes. Em linha com a regulamentação vigente, nossas
distribuidoras vincularam recebíveis oriundos da prestação dos serviços de distribuição em garantia do
pagamento devido às geradoras.
De acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, as distribuidoras não podem transferir aos
consumidores os custos com compra de energia elétrica acima de 103% da demanda, conforme ajustado
de acordo com as regulamentações aplicáveis. Nosso sucesso nesse processo de previsão de demanda de
energia elétrica irá refletir nas nossas margens, na medida em que a alocação integral dos nossos custos
com compra de energia elétrica dependerá da nossa capacidade de projetar corretamente a demanda.
Porém, temos a opção de cancelar até 4% do volume contratado através de leilões públicos nos quatro
primeiros anos dos contratos de leilão. Também participamos do Mecanismo de Compensação de Sobras
e Déficit, ou MCSD, por meio do qual as distribuidoras podem transferir sobras de energia elétrica
contratada através dos leilões públicos para as distribuidoras que apresentem déficit de energia.
Por conduzirmos atualmente a maior parte de nossas atividades no Brasil, somos afetados diretamente
pelas condições macroeconômicas do País. O desempenho geral da economia brasileira poderá afetar
adversamente nossa situação financeira e resultados das operações. No passado, as medidas
implementadas pelo Governo Federal para combater pressões inflacionárias incluíram, dentre outras, a
desvalorização cambial e adoção de altas taxas de juros. Essas medidas podem ter um impacto direto
sobre nossa Companhia.
Entre 31 de dezembro de 2004 e 31 de dezembro de 2005, o Real sofreu apreciação perante o Dólar,
equivalente a 11,8%. A despeito da apreciação cambial, o Brasil teve saldo em conta corrente positivo de
US$ 14,0 bilhões em 2005, seu maior superávit já registrado. A taxa média de desemprego reduziu de
9,6% em 31 de dezembro de 2004 para 8,3% em 31 de dezembro de 2005 nas principais regiões
metropolitanas do Brasil, de acordo com estimativas do IBGE. Em 2005, a taxa de inflação, medida pelo
87
IPCA, foi de 5,7%, e a média da taxa de juros TJLP foi de 9,8%. O PIB brasileiro cresceu 2,9% no
mesmo ano.
O Real manteve sua tendência de apreciação perante o Dólar e valorizou-se em relação a esta moeda em
8,7% entre 31 de dezembro de 2005 e 31 de dezembro de 2006. Mesmo com a apreciação cambial, o
Brasil alcançou saldo positivo em conta corrente de US$ 13,5 bilhões em 2006. A taxa média de
desemprego cresceu de 8,3% em 31 de dezembro de 2005 para 8,4% em 31 de dezembro de 2006 nas
principais regiões metropolitanas do Brasil, de acordo com estimativas do IBGE. Em 2006, a taxa de
inflação, medida pelo IPCA, foi de 3,1% e a média da taxa de juros TJLP foi de 7,9%.
Durante o ano de 2007, verificou-se a continuidade da tendência de valorização do real frente ao dólar,
que valorizou 20,7% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, cotado a R$1,7713 por
US$1,00. O Brasil teve saldo em conta corrente positivo de US$ 40,028 bilhões em 2007. A taxa média
de desemprego reduziu de 8,4% em 31 de dezembro de 2006 para 7,4% em 31 de dezembro de 2007. A
inflação no exercício encerrado em 31 de dezembro 2007 foi de 7,2%, medida pelo IGP-M, e de 4,0%,
medida pelo IPCA.
A tabela abaixo apresenta crescimento do PIB brasileiro, inflação, taxas de juros e taxa de câmbio para o
Dólar nos períodos indicados:
Período
encerrado em
Exercício encerrado 31 de março
em 31 de dezembro de de
2005 2006 2007 2008
Como uma empresa com todas as suas operações no Brasil, nosso desempenho é afetado pela situação
econômica geral do Brasil. Em particular, o desempenho da economia brasileira afeta a demanda por
energia elétrica, e a inflação afeta nossos custos e margens. Como operamos predominantemente nas
regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil (representando 79,1% da nossa receita operacional bruta gerada
pelas atividades de distribuição de energia no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007), o
crescimento econômico nessas regiões pode ser o fator de maior impacto na demanda por nossa energia
elétrica e em nossos resultados operacionais.
A distribuição de energia elétrica nas nossas áreas de concessão mostra uma forte correlação com o
crescimento e desenvolvimento das economias nos Estados do Pará, Tocantins e Mato Grosso, uma vez
que nossa base de clientes é, em grande parte, composta por clientes residenciais cativos nesses estados.
O consumo de energia nos Estados do Pará, Tocantins e Mato Grosso aumentou em média 4,8%, 7,0% e
4,2% ao ano, respectivamente, de 2005 a 2007, um aumento médio maior do que a média nacional de
consumo elétrico, que foi de 4,5% no mesmo período. Além disso, acreditamos que esses estados
possuem um significativo potencial para desenvolvimento econômico que, a nosso ver, se traduzirá em
um potencial de crescimento na demanda por energia elétrica.
88
Geração – Condições para o Fornecimento de Energia Elétrica
A receita das geradoras hidroelétricas no Brasil está ligada ao montante de energia elétrica cuja venda é
contratada de acordo com contratos regulados de longo prazo, à qual nos referimos como “energia
assegurada”. Através do MRE, a sobra de energia elétrica gerada pelas usinas que ultrapassar a energia
assegurada é transferida para as usinas que geram energia elétrica abaixo da energia assegurada. O ONS
coordena esse mecanismo de realocação, levando em consideração a demanda nacional por energia
elétrica e as condições hidrológicas. Veja “O Setor de Energia Elétrica no Brasil— Mecanismo de
Realocação de Energia - MRE.”
Da mesma forma, a receita das geradoras termelétricas no Brasil está ligada ao montante de energia
assegurada que elas contrataram para vender. Na prática, as geradoras termelétricas fornecem energia
elétrica alocada gerando ou comprando energia de curto prazo através de leilões públicos, cujo preço
varia de acordo com os custos de geração, o preço da energia de curto prazo e as condições hidrológicas.
Dessa forma, o lucro líquido gerado pelas termelétricas será calculado com base na diferença entre o
preço fixo de venda de energia elétrica e (i) seus custos de geração ou (ii) o preço da energia de curto
prazo. Caso uma termelétrica gere energia elétrica acima de 5% da reserva de geração (a partir de 2008),
o preço dessa sobra de energia elétrica será definido no preço da energia de curto prazo.
A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico criou dois ambientes para contratação de energia elétrica de uma
geradora: (1) o ambiente de contratação livre, que atende clientes livres, negociantes e geradoras e (2) o
ambiente de contratação regulada, que atende distribuidoras e, conseqüentemente, seus clientes cativos.
No ambiente de contratação livre, os preços e condições são livremente negociados entre as partes. No
ambiente de contratação regulada, os preços são estabelecidos em leilões organizados pela CCEE. A
energia elétrica comprada nesses leilões baseia-se nas projeções das necessidades de energia das
distribuidoras. As geradoras que vendem energia elétrica nos leilões do ambiente de contratação regulada
assinam contratos com todas as distribuidoras no sistema interconectado que participaram do leilão.
A energia existente e a energia nova devem ser vendidas em leilões separados no ambiente de contratação
regulada. A energia nova é originada de novos projetos de geração. A energia existente refere-se à
capacidade instalada no sistema quando a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico entrou em vigor.
Os direitos e obrigações estabelecidos nos contratos bilaterais assinados pelas distribuidoras antes da
implementação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico continuam válidos.
Eventos Recentes
Em 7 de abril de 2008, durante assembléia geral ordinária e extraordinária, nossos acionistas aprovaram a
alteração da denominação social da Companhia de Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. para Rede
Energia S.A.
No dia 24 de abril de 2008, em leilão, a Rede Energia adquiriu 5.655.053 ações preferenciais classe “C”
de emissão da Investco. A Rede Energia era titular de ações preferenciais classe “C” da Investco,
representativas de 10,32% dessa classe de ações e de 1,41% do capital social total. Após esta aquisição a
Rede Energia passou a ser titular de ações preferenciais classe “C” representativas de 16,05% dessa classe
e de 2,19% do capital social total da Investco.
Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei n° 11.638, que altera, revoga e introduz novos
dispositivos à Lei das Sociedades por Ações. Essa lei, que entra em vigor a partir do exercício que se
iniciou em 1º de janeiro de 2008, teve o objetivo principal de possibilitar o processo de convergência das
Práticas Contábeis Adotadas no Brasil com aquelas constantes das normas internacionais de contabilidade
(IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela CVM em
consonância com os padrões internacionais de contabilidade. Algumas alterações devem ser aplicadas a
partir do início do exercício de 2008, enquanto outras dependem de normatização por parte dos órgãos
reguladores.
89
As principais modificações que poderão nos afetar são sumarizadas a seguir:
• Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos
de caixa;
• Criação de novo subgrupo de contas, intangível, que inclui ágio, para fins de apresentação no
balanço patrimonial. Essa conta registrará os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da Companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido;
• Obrigatoriedade do registro no ativo imobilizado dos direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção de nossas atividades, inclusive os decorrentes de operações
que transfiram a nós os benefícios, riscos e controle dos bens (por exemplo, o leasing
financeiro);
• Introdução do conceito de ajuste a valor presente para as operações ativas e passivas de longo
prazo e para as relevantes de curto prazo;
• Exigência de que, em transações que envolvam incorporação, fusão ou cisão entre partes
independentes e que ocorra a efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da companhia
90
a ser incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizados pelo seu valor de
mercado.
Em razão de estas alterações terem sido recentemente promulgadas e, algumas ainda dependerem de
normatização por parte dos órgãos reguladores para serem aplicadas, a Administração está avaliando
todos os efeitos que referidas alterações poderiam resultar em nossas demonstrações financeiras e nos
resultados dos exercícios seguintes.
Contabilização da Receita
Apesar de nossos clientes serem cobrados em diferentes datas de cada mês, as receitas com as tarifas de
energia elétrica a consumidores finais, incluindo consumidores residenciais, industriais, comerciais e do
setor público, são registradas no mês em que a energia elétrica é efetivamente fornecida ao cliente. A
receita de energia elétrica fornecida aos consumidores finais entre a data de leitura do medidor e o final
de um dado mês é estimada e registrada como receita durante o mês em que a energia elétrica é fornecida
ao cliente.
Imobilizado
Contratamos uma firma de avaliação e uma firma de engenharia para avaliar o valor das nossas UHEs,
UTEs, linhas de transmissão, subestações e outros equipamentos. Com base nesses estudos, reavaliamos
nosso imobilizado em 31 de maio de 2005, aumentando o valor dos nossos ativos permanentes em
R$1.505,4 milhões (líquido de depreciação e baixas). No entanto, essa reavaliação não será
automaticamente refletida nas nossas tarifas ou na Base de Remuneração Regulatória, que inclui todos os
ativos necessários para a realização dos nossos serviços e só pode ser ajustada pela ANEEL. Não foram
realizadas outras reavaliações de nossos ativos.
Impostos Diferidos
Registramos ativo e passivo fiscal diferido com base nas diferenças temporárias entre o valor apresentado
nas demonstrações financeiras e a respectiva base fiscal dos nossos ativos e passivos. A parcela de
prejuízos fiscais passíveis de compensação com lucros de exercícios futuros são reconhecidos na medida
em que se considere provável a realização de futuros resultados tributáveis. Periodicamente revisamos a
capacidade de recuperação do ativo fiscal diferido. De acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no
Brasil, um ativo fiscal diferido é registrado apenas quando a probabilidade de realização é maior do que a
de não-realização. Nossa administração acredita que a realização de nosso ativo fiscal diferido líquido é
provável. No entanto, seu valor está sujeito a incertezas, pois depende do quanto poderá ser realizado,
que, por sua vez, depende do montante de lucros por nós gerados em períodos futuros, que pode ser
somente estimado. O valor do ativo fiscal diferido considerado realizável pode, no entanto, ser reduzido
se as estimativas de lucros tributáveis futuros forem reduzidas para o período em que os impostos
diferidos ativos seriam utilizados.
91
Provisão para Contingências
Estamos atualmente envolvidos em processos judiciais. Estimamos o custo provável para a solução dessas
reivindicações, conforme discutido na nota 25 das nossas demonstrações financeiras consolidadas
incluídas neste Prospecto e descrito na Seção “Nossas Atividades - Processos Judiciais”. Ao calcularmos
essas provisões, consultamos nossos consultores jurídicos internos e externos e analisamos os resultados
possíveis. Anualmente, solicitamos um relatório dos processos sob a responsabilidade dos consultores
jurídicos externos. Esse relatório identifica os processos com perda potencial considerada provável. A
contabilização de contingências requer julgamento significativo pela nossa administração sobre as
probabilidades estimadas e níveis de exposição à perda potencial. O resultado dessas contingências pode
variar significativamente e ter um impacto relevante sobre os nossos resultados operacionais, fluxos de
caixa e posição financeira.
Instrumentos Financeiros
Utilizamos instrumentos financeiros, tal como derivativos para reduzir os riscos associados à exposição
de nossos ativos e de nossos passivos visando limitar os riscos associados a compromissos assumidos.
De acordo com as metodologias contábeis da ANEEL, registramos uma provisão para créditos de
liquidação duvidosa com base nas nossas estimativas de contas a receber que provavelmente não serão
realizadas: (1) clientes residenciais que estão em atraso há mais de 90 dias; (2) clientes comerciais que
estão em atraso há mais de 180 dias; e (3) clientes industriais, rurais e outros que estão em atraso há mais
de 360 dias. Desde 30 de junho de 2005, não mais constituímos provisões para créditos de liquidação
duvidosa com relação a vendas de energia elétrica para o setor público, uma vez que os governos estadual
e municipal não podem ser declarados falidos no Brasil e acreditamos que esses governos irão, em algum
momento futuro, pagar suas contas de eletricidade pendentes.
Entramos em acordo com várias entidades federais, estaduais e municipais para liquidar algumas contas a
receber vencidas. Segundo esses acordos, essas entidades governamentais concordaram em pagar os
saldos vencidos em parcelas ao longo do tempo. Também obtivemos precatórios que são necessários para
que essas entidades governamentais solicitem a liberação de recursos no seu processo orçamentário.
Acreditamos que nossa provisão para créditos de liquidação duvidosa atual é suficiente.
As obrigações atuariais relacionadas aos planos de previdência e benefícios são registradas de acordo com as
disposições da Instrução CVM 371/2000, com base em estudos atuariais preparados por atuários
independentes. Esses estudos foram baseados nos serviços prestados pelos funcionários, considerado o
tempo de serviço prestado. O método de unidade de crédito projetado considera cada tempo de serviço como
uma unidade de benefício-base no cálculo da obrigação final. O cálculo também considera outros fatores,
incluindo taxas de inflação estimadas, taxas de mortalidade estimadas e aumentos salariais e de benefícios
estimados.
Revisões Tarifárias
Contabilizamos a receita com base em estimativas de reajustes tarifários periódicos, provisórios e finais aos
quais nossas empresas estão sujeitas. Os reajustes efetivos impostos pela ANEEL quando de uma revisão
tarifária subseqüente podem diferir substancialmente conforme as decisões da ANEEL na determinação das
tarifas. A ANEEL aprovou as bases de remuneração regulatória das nossas distribuidoras em bases definitivas
em 2003 (apenas para a CELPA e CEMAT) e 2004. Diferenças futuras entre as estimativas da nossa
administração e os valores finais estabelecidos pela ANEEL podem gerar outros ajustes à receita contabilizada.
Ágio e Deságio
92
De forma a facilitar a comparabilidade entre períodos, foram reclassificados valores da DOAR
(Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) entre as linhas de redução e aumento do ativo
realizável a longo prazo referente ao período de 2004 na publicação das demonstrações financeiras
efetuada em 2005.
A Lei nº 11.638, publicada no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 2007, alterou diversos
dispositivos da Lei n.º 6.404 (Lei das Sociedades por Ações). Estas alterações entraram em vigor em 1º de
janeiro de 2008.
Dentre as principais alterações introduzidas, destacamos os seguintes assuntos que na avaliação de nossa
administração poderão modificar a forma de apresentação de nossas demonstrações financeiras e os
critérios de apuração de nossa posição patrimonial e financeira e do nosso resultado a partir do exercício a
findar-se em 2008.
• Bens e direitos intangíveis foram segregados dos tangíveis, ficando o ativo permanente
classificado em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
• Os incentivos fiscais não serão mais classificados como reserva de capital, passando a fazer parte
do resultado do exercício. Por determinação dos órgãos de administração, a assembléia geral
poderá destinar a parcela do lucro correspondente a estes incentivos para a formação da reserva
de incentivos fiscais, criada com parte das reservas de lucros e podendo ser excluída da base de
cálculo do dividendo obrigatório.
o Itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações
relevantes de curto prazo, serão ajustados a valor presente, de acordo com as normas
internacionais de contabilidade;
o Todos os demais instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo seu custo
atualizado ou ajustado de acordo com o provável valor de realização, se este for
inferior.
A administração da Companhia está em processo de avaliação dos efeitos que as alterações acima
mencionadas irão produzir em seu patrimônio líquido e resultado do exercício de 2008, bem como levará
em consideração as orientações e definições a serem emitidas pelos órgãos reguladores. Neste momento,
a administração entende não ser possível determinar os efeitos dessas alterações no resultado e no
patrimônio líquido para o exercício findo em 31 de dezembro de 2008.
93
Resultados Operacionais
A discussão a seguir sobre os nossos resultados operacionais baseia-se nas nossas demonstrações
financeiras e informações financeiras consolidadas preparadas de acordo com Práticas Contábeis
Adotadas no Brasil.
Nossa receita operacional bruta aumentou 5,8%, totalizando R$1.320,7 milhões no trimestre encerrado
em 31 de março de 2008, comparados aos R$1.247,8 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de
2007. O aumento de R$72,9 milhões na receita operacional bruta é composto por: (i) R$39,5 milhões nas
receitas com o fornecimento de energia elétrica a consumidores finais; (ii) R$33,3 milhões no suprimento
de energia elétrica para revenda; e (iii) R$0,10 milhão em outras receitas operacionais.
94
• uma redução de 3,0% na venda de energia ao consumidor final pela nossa unidade
operacional CELPA, totalizando R$396,6 milhões no trimestre encerrado em 31 de março
de 2008 comparados aos R$408,7 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007;
A tabela a seguir apresenta detalhes sobre a nossa receita operacional bruta com as vendas de eletricidade
e o volume de vendas por categoria de cliente:
CEMAT. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para consumidores finais pela
nossa unidade operacional CEMAT aumentou no trimestre encerrado em 31 de março de 2008,
principalmente em razão de:
95
aumento de 11,3% do número de consumidores industriais para 13.561 no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008 comparado com 12.184 no trimestre encerrado em
31 de março de 2007, basicamente devido a expansão da agroindústria, do estado do
Matogrosso e o aumento de 17,9% na tarifa média paga por consumidores industriais; e
CELPA. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para consumidores finais pela
nossa unidade operacional CELPA reduziu no trimestre encerrado em 31 de março de 2008,
principalmente em razão da Revisão Tarifária Periódica.
CELTINS. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para consumidores finais
pela nossa unidade operacional CELTINS aumentou no trimestre encerrado em 31 de março de 2008,
principalmente em razão de:
96
de universalização e aumento de 3,1% na tarifa média paga por consumidores
residenciais;
REDE SUL / SUDESTE. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para
consumidores finais pela nossa unidade operacional REDE SUL / SUDESTE aumentou no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008, principalmente em razão de:
Nossa receita operacional bruta proveniente do fornecimento de energia elétrica a agentes para
revenda aumentou 679,6%, totalizando R$38,2 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2008,
comparados aos R$4,9 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007, principalmente devido
97
migração de clientes cativos para livres, que passaram a ser supridos pela REDECOM.
Nossas receitas com aluguéis de postes, suprimentos, serviços taxados, entre outros, também
denominadas como outras receitas operacionais, aumentaram 0,5%, totalizando R$18,9 milhões no
trimestre encerrado em 31 de março de 2008 comparados aos R$18,8 milhões no trimestre encerrado em
31 de março de 2007.
As deduções da receita operacional, compostas por impostos e taxas como ICMS, PIS, COFINS, ISS,
CCC, CDE, FNDCT, RGR, entre outros, diminuíram 0,8%, totalizando R$454,0 milhões no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008 comparados aos R$457,5 milhões no trimestre encerrado em 31 de
março de 2007. No trimestre encerrado em 31 de março de 2008, as deduções da receita operacional
representaram 34,4% da nossa receita operacional bruta, em comparação aos 36,7% no trimestre
encerrado em 31 de março de 2007. Tal redução percentual das receitas deveu-se, sobretudo, a uma,
redução da conta outros em 99,4% devido ao diferimento de custos da parcela A na controlada CELPA
em 2008.
Nossa receita operacional líquida aumentou por 9,7% para R$866,7 milhões no trimestre encerrado em 31
de março de 2008 de R$790,4 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007.
O custo dos serviços de energia elétrica aumentou 23,6%, totalizando R$427,4 milhões no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008 comparados aos R$345,9 milhões no trimestre encerrado em 31 de
março de 2007. O percentual dos custos dos serviços de energia elétrica sobre a receita operacional
líquida aumentou para 49,3% no trimestre encerrado em 31 de março de 2008, comparado ao percentual
de 43,8% no trimestre encerrado em 31 de março de 2007, basicamente decorrente da elevação do custo
médio da energia comprada, onde em 31 de março de 2008 foi de R$89,17 contra R$81,86 em 31 de
março de 2007.
Os custos com a compra de eletricidade para revenda aumentaram 22,0%, totalizando R$365,0
milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2008 comparados aos R$299,1 milhões no trimestre
encerrado em 31 de março de 2007, resultante, principalmente, de:
• Reajustes tarifários a partir de abril de 2007 na energia elétrica adquirida pelas controladas
distribuidoras;
Custos Operacionais
Nossos custos operacionais aumentaram 13,1%, totalizando R$203,3 milhões no trimestre encerrado em
31 de março de 2008 comparados aos R$179,7 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007.
O percentual correspondente aos custos operacionais sobre a receita operacional líquida subiu para 23,5%
no trimestre encerrado em 31 de março de 2008 contra 22,7% no trimestre encerrado em 31 de março de
2007. Tal aumento está associado principalmente:
98
operacional para atendimento ao “Programa Luz para Todos” e a norma NR-10 do
Ministério do Trabalho; e
Despesas Operacionais
Nossas despesas operacionais diminuíram 23,0%, totalizando R$101,7 milhões no trimestre encerrado em
31 de março de 2008 comparados aos R$132,0 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007.
O percentual correspondente às despesas operacionais sobre a receita operacional líquida diminuiu para
11,7% no trimestre encerrado em 31 de março de 2008 em relação a 16,7% no trimestre encerrado em 31
de março de 2007.
• redução de 6,5% nas despesas com vendas, totalizando R$34,3 milhões no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008 comparados aos R$36,7 milhões no trimestre encerrado
em 31 de março de 2007, especialmente devido a centralização de diversas atividades
operacionais; e
Resultado do Serviço
As nossas despesas financeiras líquidas aumentaram 11,0%, totalizando R$97,6 milhões no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008 em relação aos R$87,9 milhões no trimestre encerrado em 31 de
março de 2007. Esse aumento de R$9,7 milhões é resultante principalmente de:
Nossa despesa não operacional caiu 70,7%, totalizando R$3,4 milhões no trimestre encerrado em 31 de
março de 2008 comparados aos R$11,6 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007,
especialmente devido a redução de perdas na alienação de bens e direitos, diminuindo a despesa não
operacional em 47,7%.
99
Imposto de Renda e Contribuição Social
O imposto de renda e a contribuição social corresponderam a uma despesa de R$8,0 milhões no trimestre
encerrado em 31 de março de 2008 em relação a despesa de R$32,6 milhões no trimestre encerrado em 31
de março de 2007, devido principalmente ao crédito diferido de R$32,9 milhões no trimestre encerrado
em 31 de março de 2008.
Nosso prejuízo líquido decresceu 77,8%, totalizando R$7,8 milhões no trimestre encerrado em 31 de
março de 2008 comparados aos R$35,1 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007. Como
percentual de nossa receita operacional líquida, o prejuízo líquido foi de 0,9% no trimestre encerrado em
31 de março de 2008 comparado com 4,4% no trimestre encerrado em 31 de março de 2007.
EBITDA
Nosso EBITDA aumentou 8,5%, totalizando R$218,9 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de
2008 comparados aos R$201,8 milhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2007.
100
Exercício Encerrado em 31 de Dezembro de 2007, comparado ao Exercício Encerrado em 31 de
Dezembro de 2006.
Nossa receita operacional bruta aumentou 8,5%, totalizando R$5.179,7 milhões em 2007 comparados aos
R$4.775,1 milhões em 2006. O aumento de R$404,6 milhões na receita operacional bruta é composto por:
(i) R$360,5 milhões nas receitas com o fornecimento de energia elétrica a consumidores finais; (ii)
R$13,7 milhões com suprimento de energia elétrica para revenda; e (iii) R$30,3 milhões em outras
receitas.
Nossa receita operacional bruta proveniente do fornecimento de energia elétrica a consumidores finais
aumentou 7,8%, totalizando R$4.974,9 milhões em 2007 comparados aos R$4.614,4 milhões em 2006. As
principais razões foram:
• um aumento de 4,7% na venda de energia para os consumidores finais pelo nosso segmento
operacional REDE SUL/SUDESTE de R$843,6 milhões em 31 de dezembro de 2006, para
R$881,9 milhões em 31 de dezembro de 2007;
• um aumento de 14,7% na venda de energia para os consumidores finais pelo nosso segmento
operacional CEMAT de R$1.586,8 milhões em 31 de dezembro de 2006, para R$1.819,8 milhões
em 31 de dezembro de 2007;
• um aumento de 1,5% na venda de energia para os consumidores finais pelo nosso segmento
operacional CELPA de R$1.674,5 milhões em 31 de dezembro de 2006, para R$1.700,4 milhões
em 31 de dezembro de 2007;
• um aumento de 12,0% na venda de energia para os consumidores finais pelo nosso segmento
operacional CELTINS de R$451,2 milhões em 31 de dezembro de 2006, para R$505,4 milhões
em 31 de dezembro de 2007; e
• um aumento de 2,7% na venda de energia para os consumidores finais pelo nosso segmento
operacional REDECOM de R$58,4 milhões em 31 de dezembro de 2006, para R$67,4 milhões em
31 de dezembro de 2007.
A tabela a seguir apresenta detalhes sobre a nossa receita operacional bruta com as vendas de eletricidade e o
volume de vendas por categoria de cliente:
101
REDE SUL/SUDESTE - a receita bruta operacional de venda de energia elétrica para consumidores
finais pela nossa unidade operacional REDE SUL/SUDESTE aumentou em 2007, principalmente devido
a:
CELPA - a receita bruta operacional de venda de energia elétrica para consumidores finais pela nossa
unidade operacional CELPA aumentou em 2007, principalmente devido a:
CELTINS - a receita bruta operacional de venda de energia elétrica para consumidores finais pela
nossa unidade operacional CELTINS aumentou em 2007, principalmente devido a:
102
em 2007 para 104 GWh em 2006 devido a um aumento de 0,6% no numero de consumidores
industriais de aproximadamente 2.299 consumidores em 31 de dezembro de 2006 para
aproximadamente 2.312 consumidores em 31 de dezembro de 2007. Estes aumentos aconteceram
principalmente devido a retomada das atividades do setor de mineração e com o aquecimento do
setor agrícola e início das obras da Usina Hidrelétrica São Salvador, incrementando o setor da
indústria e construção civil., e um aumento de 4,6% na tarifa media paga pelos consumidores
industriais.
CEMAT - a receita bruta operacional de venda de energia elétrica para consumidores finais pela
nossa unidade operacional CEMAT aumentou em 2007, principalmente devido a:
Nossa receita operacional bruta proveniente do fornecimento de energia elétrica a agentes para revenda
aumentou 13,7%, totalizando R$114,0 milhões em 2007 comparados aos R$100,3 milhões em 2006,
principalmente devido a migração de clientes cativos para livres, que passaram a ser supridos pela
REDECOM.
Nossas outras receitas operacionais aumentaram 50,2%, totalizando R$90,8 milhões em 2007 comparados
aos R$60,4 milhões em 2006. Esse aumento está associado principalmente ao crescimento dos aluguéis
dos postes para as empresas de telefonia e o crescimento de convênios de recebimento de faturas de
energia com diversas associações.
As deduções da receita operacional, compostas por impostos e taxas como ICMS, PIS, COFINS, ISS,
CCC, CDE, FNDCT, RGR, entre outros aumentaram 0,3%, totalizando R$1.879,5 milhões em 2007
comparados aos R$1.874,2 milhões em 2006. Em 2007, as deduções da receita operacional representaram
36,3% da nossa receita operacional bruta, em comparação aos 39,2% em 2006. Essa redução do
percentual das receitas deveu-se, sobretudo, a compensação em 2007 da quota de consumo de
combustível CCC, paga a maior em 2006.
Nossa receita operacional líquida aumentou 13,8%, totalizando R$3.300,2 milhões em 2007 comparados
aos R$2.900,9 milhões em 2006.
O custo dos serviços de energia elétrica aumentou 22,0%, totalizando R$1.361,6 milhões em 2007
comparados aos R$1.116,3 milhões em 2006. O percentual dos custos dos serviços de energia elétrica
sobre a receita operacional líquida aumentou para 41,3% em 2007 comparado ao percentual de 38,5% em
2006, basicamente decorrente do aumento em 33,6% nos custos de energia elétrica comprada para
revenda.
103
Custo de Eletricidade Comprada para Revenda
Os custos com a compra de eletricidade para revenda aumentaram 33,6%, totalizando R$1.202,2 milhões
em 2007 comparados aos R$899,9 milhões em 2006, resultante, principalmente, de:
• um aumento de 26,8% nas tarifas médias pagas pela eletricidade, que passaram de R$62,78 por
MWh em 2006 para R$79,65 por MWh em 2007; e
• um aumento no volume de eletricidade comprada para 13.867 GWh em 2007 contra 13.687
GWh em 2006.
Os custos relacionados aos encargos do uso da rede de distribuição diminuíram 26,3%, totalizando
R$159,4 milhões em 2007 comparados aos R$216,4 milhões em 2006. Essa variação ocorreu,
principalmente, devido a redução dos custos para a operação da rede básica
Custos Operacionais
Nossos custos operacionais aumentaram 7,0%, totalizando R$719,8 milhões em 2007 comparados aos
R$672,5 milhões em 2006. O percentual correspondente aos custos operacionais sobre a receita
operacional líquida caiu para 21,8% em 2007 contra 23,2% em 2006. Essa variação de 7,0%, destacamos:
• um aumento de 24,7% nos custos com pessoal, totalizando R$138,2 milhões em 2007
comparados aos R$110,8 milhões em 2006, devido principalmente ao aumento da estrutura
operacional para atendimento ao “Programa Luz para Todos” e a norma NR-10 do
Ministério do Trabalho; e
Despesas Operacionais
Nossas despesas operacionais diminuíram 12,2%, totalizando R$424,9 milhões em 2007 comparados aos
R$484,2 milhões em 2006. O percentual correspondente às despesas operacionais sobre a receita
operacional líquida diminuiu para 12,9% em 2007 em relação a 16,7% em 2006.
Nossas despesas diminuíram em razão de uma redução de 26,3% nas despesas gerais e administrativas,
totalizando R$237,1 milhões em 2007 comparados aos R$321,9 milhões em 2006, especialmente devido a
centralização de diversas atividades operacionais.
Resultado do Serviço
O resultado do serviço subiu 26,8% totalizando R$783,6 milhões em 2007 em relação aos R$617,8
milhões em 2006, devido às alterações discutidas acima.
As nossas despesas financeiras líquidas caíram 23,4%, totalizando R$376,4 milhões em 2007 em relação
aos R$491,6 milhões em 2006. Essa queda de R$115,2 milhões é resultante principalmente ao ganho da
variação monetária em moeda estrangeira em 394,3%.
Nossa despesa não operacional caiu 126,3%, totalizando R$25,5 milhões em 2007 comparados aos
R$97,1 milhões de receita em 2006, especialmente devido à queda do ganho na alienação de bens e
direitos em 96,4%.
104
Imposto de Renda e Contribuição Social
O imposto de renda e a contribuição social decresceram 21,7%, totalizando R$148,5 milhões em 2007
comparados aos R$189,8 milhões em 2006, especialmente devido a diminuição do lucro em 2007.
A participação de acionistas minoritários subiu 50,1%, totalizando R$186,1 milhões em 2007 comparados
aos R$124,0 milhões em 2006, em conseqüência do aumento do resultado líquido da CEMAT em 75,6%.
Lucro líquido
Nosso lucro líquido caiu 41,8%, totalizando R$51,5 milhões em 2007 comparados aos R$88,5 milhões em
2006. Essa redução foi principalmente devido a um ganho extraordinário não recorrente ocorrido em
2006, no valor de R$152,1 milhões, referente ao resultado de equivalência patrimonial da Rede Lajeado.
EBITDA
Nosso EBITDA aumentou 22,0%, totalizando R$1.105,0 milhões em 2007 comparados aos R$905,4
milhões em 2006.
Nossa receita operacional bruta aumentou 13,2%, totalizando R$4.775,1 milhões em 2006, comparados
aos R$4.219,9 milhões em 2005. O aumento de R$555,2 milhões na receita operacional bruta é composto
por: (i) R$540,1 milhões nas receitas com o fornecimento de energia elétrica a consumidores finais; (ii)
R$8,8 milhões no suprimento de energia elétrica para revenda; e (iii) R$7,4 milhões em outras receitas
operacionais.
(i) um aumento de 44,9% na venda de energia ao consumidor final pela nossa unidade
operacional REDE SUL/SUDESTE, totalizando R$816,4 milhões em 2006 comparados
aos R$563,6 milhões em 2005;
(ii) um aumento de 7,1% na venda de energia ao consumidor final pela nossa unidade
operacional CELPA, totalizando R$1.618,0 milhões em 2006 comparados aos
R$1.510,4 milhões em 2005;
(iii) um aumento de 19,8% na venda de energia ao consumidor final pela nossa unidade
operacional CELTINS, totalizando R$411,9 milhões em 2006 comparados aos R$343,9
milhões em 2005;
A tabela a seguir apresenta detalhes sobre a nossa receita operacional bruta com as vendas de
eletricidade e o volume de vendas por categoria de cliente:
105
2005 2006 Variação
(em tarifa (em tarifa
milhões (em média milhões (em média
de R$) GWh) (R$/MWh) de R$) GWh) (R$/MWh) R$ GWh
Residenciais 1,557.6 4,104 379.5 1,727.0 4,431 389.8 10.88% 7.97%
Industriais 745.8 2,536 294.1 853.1 3,244 263.0 14.39% 27.92%
Comerciais 1,023.2 2,465 415.1 1,104.6 2,625 420.8 7.96% 6.49%
Rurais 174.5 709 246.1 195 810 240.7 11.75% 14.25%
Setor público 247.2 653 378.6 281.4 727 387.1 13.83% 11.33%
Iluminação pública 123.9 624 198.6 137.7 678 203.1 11.14% 8.65%
117 477 245.3 133.7 521 256.6 14.27% 9.22%
Serviços públicos 0 49 0.0 0 45 0.0 — -8.16%
Outras receitas com
fornecimento de
energia elétrica 85.1 — 181.9 — 113.75% —
Receitas com
fornecimento de
energia elétrica 4,074.3 11,617 350.7 4,614.4 13,081 352.8 13.26% 12.60%
Suprimento / Outras
receitas 148.6 160.7 8.14% —
Receita operacional
bruta 4,219.9 11,616 - 4775.1 13,081 365.0 13.16% 12.61%
REDE SUL / SUDESTE. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para
consumidores finais pela nossa unidade operacional REDE SUL / SUDESTE aumentou em 2006,
principalmente em razão de:
CELPA. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para consumidores finais pela
nossa unidade operacional CELPA aumentou em 2006, principalmente em razão de:
106
consumidores residenciais para 1.806,0 GWh em 2006 de 1.771,0 GWh em 2005,
devido a um aumento de 4,7% do número de consumidores residenciais para
aproximadamente 1.215.000 em 31 de dezembro de 2006 comparado com 1.160.000
em 31 de dezembro 2005, principalmente em razão do Programa Luz para Todos, cujos
efeitos foram parcialmente compensados pela queda média de 2,6% de consumo por
consumidores residenciais em 2006; e
CELTINS. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para consumidores finais
pela nossa unidade operacional CELTINS aumentou em 2006, principalmente em razão de:
CEMAT. A receita operacional bruta de vendas de energia elétrica para consumidores finais pela
nossa unidade operacional CEMAT aumentou em 2006, principalmente em razão de:
● uma redução de 8,3% nas vendas de energia elétrica para consumidores industriais,
principalmente em razão da redução de 10,1% do volume de eletricidade consumido
por consumidores industriais para 765 GWh em 2006 de 851 GWh em 2005,
principalmente em razão do esfriamento da indústria de agribusiness no Estado de
Mato Grosso (o qual é a maior fonte de receita no Estado). Os efeitos da redução do
volume de energia consumida pelas consumidores industriais foram parcialmente
compensados pelo aumento de 2,0% na tarifa média paga pelos consumidores
industriais;
● uma redução de 1,5% nas vendas de energia elétrica para consumidores residenciais,
principalmente em razão de 4,2% na tarifa média paga pelos consumidores residenciais
como resultado do realinhamento de tarifas descrito acima no item “O Setor de
Distribuição de Energia Elétrica”, subitem “As Tarifas de Distribuição” e “O
Realinhamento Tarifário”, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento
de 2,8% no volume de energia elétrica consumido por consumidores residenciais para
1.336 GWh em 2006 de 1.300 GWh em 2005 devido ao aumento de 4,0% no número
de consumidores residenciais para aproximadamente 660.000 em 31 de dezembro de
2006 de aproximadamente 635.000 em 31 de dezembro de 2005, principalmente em
razão do Programa Luz para Todos, cujos efeitos foram parcialmente compensados pela
redução de 1,2 % do consumo médio dos consumidores residenciais em 2006; e
● uma redução de 1,5% nas vendas de energia elétrica para consumidores comerciais,
principalmente em razão de 2,8% na tarifa média paga pelos consumidores comerciais
107
como resultado do realinhamento de tarifas descrito acima no item “O Setor de
Distribuição de Energia Elétrica”, subitem “As Tarifas de Distribuição” e “O
Realinhamento Tarifário”, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento
de 1,2% no volume de energia elétrica consumido por consumidores comerciais para
918,0 GWh em 2006 de 907,0 GWh em 2005 devido ao aumento de 0,6% no número
de consumidores comerciais e um aumento de 0,7% no consumo médio de
consumidores comerciais em 31 de dezembro de 2006.
Nossa receita operacional bruta proveniente do fornecimento de energia elétrica a agentes para
revenda aumentou 9,6%, totalizando R$100,2 milhões em 2006 comparados aos R$91,4 milhões em
2005, principalmente devido ao aumento de 30,3% no preço médio que recebemos da energia elétrica
fornecida aos agentes de revenda para R$120,0 por MWh em 2006 de R$92,1 por MWh em 2005, cujos
efeitos foram parcialmente compensados pela redução de 15,9% no volume de energia fornecida para
agente de revenda para 835,0 GWh em 2006 de 993,0 GWh em 2005.
Nossas outras receitas operacionais aumentaram 14,0%, totalizando R$60,4 milhões em 2006
comparados aos R$53,0 milhões em 2005. Esse aumento está associado principalmente ao aumento de
nossas receitas de aluguel de nossos postes de linhas em razão da expansão de serviços de telefones e
televisão a cabo.
As deduções da receita operacional, compostas por impostos e taxas como ICMS, PIS, COFINS, ISS,
CCC, CDE, FNDCT, RGR, entre outros aumentaram 9,5%, totalizando R$1.558,3 milhões em 2006
comparados aos R$1.423,3 milhões em 2005. Em 2006, as deduções da receita operacional representaram
32,6% da nossa receita operacional bruta, em comparação aos 33,7% em 2005. Tal aumento percentual
das receitas está diretamente relacionado ou aumento de nossas receitas operacionais brutas.
Nossa receita operacional líquida aumentou por 15,0% para R$3.216,8 milhões em 2006 de R$2.796,5
milhões em 2005.
O custo dos serviços de energia elétrica aumentou 10,5%, totalizando R$1.114,4 milhões em 2006
comparados aos R$1.008,3 milhões em 2005. O percentual dos custos dos serviços de energia elétrica
sobre a receita operacional líquida diminuiu para 34,6% em 2006 comparado ao percentual de 36,1% em
2005.
Nosso custo com de eletricidade comprada para revenda aumentou por 10,5% para R$898,0
milhões em 2006 de R$812,6 milhões em 2005, principalmente em razão do aumento de 16,7% no
volume de energia elétrica comprada para 13.686 GWh em 2006 de 11.731 GWh em 2005,
principalmente em razão do (1) aumento na demanda por energia elétrica por nossos consumidores, e (2)
com menos relevância, nossa compra de energia elétrica de PCHs que vendemos para Tocantins
Holdings, Ltda em setembro de 2006 e Enel Latin América LLC em outubro de 2006. O efeito desse
aumento foi parcialmente compensado pela redução de 8,5% das tarifas médias pagas de energia elétrica
R$62,6 por MWh em 2006 de R$68,4 por MWh em 2005, principalmente como resultado do ajustes do
preço anual feito de acordo com nossos contratos e substituição da energia comprada sob nossos
Contratos Iniciais, os quais expiraram em dezembro de 2005, com energia comprada em leilão.
Além de nossas compras de energia elétrica de terceiros, nossas operações foram supridas por
nossas geradoras com2.008 GWh em 2006 e 2.041 GWh em 2005 geradas pela UHE Lajeado e 418 GWh
em 2006 e 388 GWh em 2005 geradas pela UHE Guaporé.
108
razão do aumento de 13,2% do volume de energia fornecida em 2006. Os efeitos desse aumento foram
parcialmente compensados por uma média menor de tarifa de transmissão em razão do vencimento de
nossos Contratos Iniciais em dezembro de 2005, sob os quais nós pagamos encargos de transmissão
relativamente maiores.
Custos Operacionais
Nossos custos operacionais aumentaram 11,8%, totalizando R$676,5 milhões em 2006 comparados aos
R$605,0 milhões em 2005. O percentual correspondente aos custos operacionais sobre a receita
operacional líquida caiu para 21,0% em 2006 contra 21,6% em 2005. Tal aumento está associada
principalmente a:
• um aumento de 19,2% nos serviços prestados por terceiros para R$178,2 milhões em 2006
de R$149,5 milhões em 2005, principalmente em razão de operações de reestruturação em
relação ao nossa processo de desverticalização, e o aumento de serviços terceirizados que
utilizamos para atender o maior número de consumidores que usam nossos serviços por
implantação do Programa Luz para Todos.
Despesas Operacionais
Nossas despesas operacionais aumentaram 36,1%, totalizando R$798,0 milhões em 2006 comparados aos
R$586,2 milhões em 2005. O percentual correspondente às despesas operacionais sobre a receita
operacional líquida aumentou para 24,8% em 2006 em relação a 21,0% em 2005.
109
duvidosas em 2006 comparadas com a provisão negativa de R$28,9 milhões de contas
duvidosas em 2005 que resultou dos efeitos da reversão da nossa provisão de contas
duvidosas com relação a contas a receber vencidas dos estados e municípios com os quais
celebramos acordos de quitação, aumento de R$17,6 milhões no custo de serviços
prestados por terceiros como resultado da reestruturação de nossas atividades operacionais,
que nós esperamos resultar em maior eficiência de nossas operações e redução de nossos
custos nos períodos futuros; e
• aumento de 22,8% das despesas gerais e administrativas para R$317,9 milhões em 2006 de
R$258,9 milhões em 2005, principalmente em razão do aumento de R$29,2 milhões dos
serviços prestados por terceiros que usamos para atender o aumento do número de clientes
que usamos em nossos serviços em decorrência da implantação do Programa Luz para
Todos, aumento de R$10,6 milhões em impostos, principalmente em razão da desistência
da CELPA de questionamento ao pagamento de CPMF e aumento de R$9,3 milhões em
aluguel e arrendamento mercantil devido ao aumento de nossa frota de veículos como
resultado do aumento do número de viagens que nosso pessoal de supervisão tem que fazer
por termos consolidado nossas operações de administração em poucas localidades.
Resultado do Serviço
O resultado do serviço aumentou 5,1% totalizando R$617,8 milhões em 2006 em relação aos R$587,9
milhões em 2005, devido às alterações discutidas acima. O percentual correspondente ao resultado do
serviço sobre a receita operacional líquida caiu para 19,2% em 2006 contra 21,0% em 2005.
Equivalência Patrimonial
Equivalência patrimonial teve um ganho de R$174,0 milhões em 2006 comparada com uma despesa de
R$1,8 milhões em 2005. Esse aumento de R$175,8 milhões foi devido ao ganho de R$152,1 milhões
como resultado de uma reestruturação societária de nossa posição acionária na Rede Lajeado que resultou
no reconhecimento de ágio relacionado à conversão de dívida devida para a Eletrobrás como participação
acionária no capital não votante na Rede Lajeado e ganho de R$32,1 milhões como resultado do
reconhecimento de receita relacionadas á nossa venda de PCH, o qual parcialmente foi compensada pela
amortização de R$14,4 milhões de ágio associado com as PCHs.
As nossas despesas financeiras líquidas caíram 1,3%, totalizando R$491,6 milhões em 2006 em relação
aos R$498,2 milhões em 2005. Essa queda é resultante principalmente de:
• uma diminuição de R$35,0 milhões no valor líquido de variação monetária e multas por
atraso de pagamento relacionados à compra de energia elétrica, que resultou no atraso dos
pagamentos de nossas obrigações para a Eletronorte como resultado do programa de
racionamento, em razão da redução de balanço destas obrigações em aberto e redução das
taxas de CDI e TJLP em 2006; e
110
• aumento de R$32,3 milhões na receita de valores mobiliárias do mercado, principalmente
em razão do aumento no balanço destes investimentos.
• aumento de R$90,3 milhões nas cobranças de dívida como resultado do aumento da quantia
de nosso endividamento em aberto em 2006, principalmente da contração de endividamento
no âmbito dos empréstimos do BID e emissão de US$ 100,0 milhões de notas promissórias
em units pela CELPA e CEMAT; e
• aumento de R$70,9 milhões em juros e multas como resultado de nosso acordos de quitação
de algumas de nossas obrigações tributárias sob o programa de REFIS e PAES em 2006.
Nossa receita não operacional subiu 481,4%, totalizando R$97,1 milhões em 2006 comparados aos
R$16,7 milhões em 2005, especialmente devido a venda de 20 de nossas PCHs para a Enel Latin America
LLC e 3 de nossas PCHs para a Tocantins Holdings, Ltda.
O imposto de renda e a contribuição social corresponderam a uma despesa de R$189,8 milhões em 2006
em relação ao crédito de R$69,4 milhões em 2005, devido à maior receita tributável em 2006 e a
eliminação de parte dos créditos tributários diferidos que excederam a quantia total de créditos tributários
que acreditávamos que fossemos recuperar ao longo do período de 10 anos.
Nosso lucro líquido aumentou R$111,1 milhões, totalizando R$88,5 milhões de lucro em 2006
comparados ao prejuízo de R$22,6 milhões em 2005. Como percentual de nossa receita operacional
líquida, o lucro líquido foi de 2,8% em 2006 comparado com (0,7)% em 2005.
EBITDA
Nosso EBITDA aumentou 9,9%, totalizando R$905,4 milhões em 2006 comparados aos R$823,6 milhões
em 2005.
Ativo Circulante
Consumidores
111
custos adicionais não constantes em tarifa advindos do Programa Luz para Todos, que é de R$34,5
milhões, e compensado pela redução nas demais classes de consumo.
Em 31 de março de 2008, o saldo da PDD era de R$68,4 milhões, comparados com R$66,6 milhões em
31 de dezembro de 2007, apresentando um aumento de R$1,8 milhão ou 2,7% principalmente por conta
do aumento na carteira, mantendo a relação entre os dois.
Em 31 de março de 2008 e em 31 de dezembro de 2007, nossa conta CCC era de R$108,4 milhões e
R$75,9 milhões, respectivamente. Esse aumento de R$32,5 milhões ou 42,8% ocorreu em decorrência do
atraso do repasse dos recursos referentes a aquisição de óleo diesel pela ELETROBRÁS à PETROBRAS.
Cabe salientar que a Rede Energia não é responsável por essa dívida, desta forma, a Rede Energia fica
dependente desse repasse entre ELETROBRÁS e PETROBRAS.
Consumidores
Empresas Relacionadas
Em 31 de março de 2008, nosso realizável em longo prazo contabilizava R$275,9 milhões referentes a
empresas relacionadas, comparados aos R$264,7 milhões em 31 de dezembro de 2007. Tal aumento de
R$11,2 milhões ou 4,2% ocorreu pela apropriação de juros no período.
Em 31 de março de 2008, nossos créditos tributários diferidos totalizaram R$580,6 milhões, comparados
aos R$573,2 milhões em 31 de dezembro de 2007. Tal diminuição de R$7,4 milhões ou 1,3% ocorreu em
decorrência da realização do Imposto de Renda e Contribuição Social corrente do período.
Investimentos
Imobilizado – Líquido
112
Passivo Circulante
Fornecedores
Em 31 de março de 2008, o saldo da conta fornecedores era de R$511,9 milhões, comparados aos
R$424,9 milhões em 31 de dezembro de 2007, representando um aumento de R$86,9 milhões ou 20,5%,
devido a projetos de expansão e melhorias na rede de distribuição.
Em 31 de março de 2008, nossas provisões para indenizações trabalhistas referentes ao Plano Bresser
totalizavam R$50,7 milhões, comparado a R$49,3 milhões em 31 de dezembro de 2007. Tal aumento de
R$1,4 milhões ou 2,8% ocorreu devido a transferência dos vencimentos do longo para o curto prazo.
Nossos tributos, contribuições sociais e parcelamentos a recolher em longo prazo totalizaram R$929,3
milhões em 31 de março de 2008. Tal diminuição de R$39,0 milhões em relação aos R$968,3 milhões em
31 de dezembro de 2007. Essa redução de 4,0% decorreu principalmente pela compensação de impostos e
contribuições em 2008.
Empresas Relacionadas
Em 31 de março de 2008, nosso exigível em longo prazo totalizou R$212,0 milhões referentes a empresas
relacionadas, comparados aos R$206,4 milhões em 31 de dezembro de 2007. Tal aumento de R$5,6
milhões ou 2,7% decorreu pela apropriação de juros no período.
Em 31 de março de 2008, nossas provisões para indenizações trabalhistas referentes ao Plano Bresser
totalizaram R$253,4 milhões, comparados aos R$261,1 milhões em 31 de dezembro de 2007. Tal
diminuição de R$7,7 milhões ou 2,9% ocorreu devido as amortizações das parcelas com vencimento
nesse período.
113
Encargos Tributários Sobre Reserva de Reavaliação
Nossos encargos tributários sobre reserva de reavaliação a recolher em longo prazo totalizaram R$574,3
milhões em 31 de março de 2008, representando um decréscimo de R$30,0 milhões, em relação aos
R$604,3 milhões em 31 de dezembro de 2007. Essa diminuição de 5,0% é devido a realização da reserva
de reavaliação, conforme determina a legislação brasileira
Participação Minoritária
Patrimônio Líquido
Em 31 de março de 2008 o Patrimônio Líquido foi de R$756,4 milhões, comparados aos R$764,6
milhões em 31 de dezembro de 2007. Tal diminuição de R$8,2 milhões ou 1,1% foi devido
principalmente a diminuição dos prejuízos acumulados em R$38,8 milhões, referentes ao lucro do
período.
Reserva de Reavaliação
Em 31 de março de 2008, nossa reserva de avaliação totalizou R$572,5 milhões, comparados aos R$619,5
milhões em 31 de dezembro de 2007. Essa diminuição de R$47,0 milhões ou 7,6% é devido a realização
da reserva de reavaliação, conforme determina a legislação brasileira.
Prejuízos Acumulados
Em 31 de março de 2008, nossos prejuízos acumulados totalizaram R$419,9 milhões, comparados aos
R$458,7 milhões em 31 de dezembro de 2007. Essa redução de R$38,8 milhões ou 8,5% decorreu
principalmente pela compensação com os lucros obtidos no período.
Ativo Circulante
Consumidores
Em 31 de dezembro de 2007, o saldo da PDD era de R$66,6 milhões, comparados com R$58,4 milhões
em 31 de dezembro de 2006. Esse aumento de R$8,2 milhões ou 14% ocorreu, principalmente, em
decorrência do incremento na conta consumidores, porém com mesmo padrão de realização do ano de
2006, oriundo do aumento de nossa receita (conforme parágrafo anterior), mantendo assim a relação
PCLD consumidores uniformes ao ano de 2006, de aproximadamente 2%.
114
Tributos e Contribuições Sociais a Compensar
Em 31 de dezembro de 2007 e em 31 de dezembro de 2006, nossa conta CCC era de R$75,9 milhões e R$20,0
milhões, respectivamente. Esse aumento de R$55,9 milhões ou 279,5% ocorreu em decorrência da
divergência de cálculo entre Eletrobrás e Petrobrás, uma vez que essa transação ocorre entre as mesma,
porém como as concessionárias tem uma responsabilidade solidária reconhece essa operação como uma
obrigação junto a Petrobrás (Fornecedores), e um direito com a Eletrobrás , trazendo assim apenas
impactos patrimoniais.
Consumidores
Empresas Relacionadas
Em 31 de dezembro de 2007, nosso realizável em longo prazo contabilizava R$264,7 milhões referentes a
empresas relacionadas, comparados aos R$215,7 milhões em 31 de dezembro de 2006. Esse aumento de
R$49,0 milhões ou 22,7% ocorreu em decorrência da apropriação de juros em período de carência dos
contratos.
Investimentos
Imobilizado – Líquido
115
Passivo Circulante
Fornecedores
Em 31 de dezembro de 2007, o saldo da conta fornecedores era de R$424,9 milhões, comparados aos
R$380,5 milhões em 31 de dezembro de 2006, representando um aumento de R$44,4 milhões ou 11,7%,
devido à principalmente ao fato da divergência de cálculo entre a Eletrobrás e Petrobrás na apuração dos
custos de óleo diesel, como a Rede Energia reconhece um passivo solidariamente junto a Petrobrás e em
contra partida o direito com a Eletrobrás. Com isso enquanto não houver solução para essa divergência,
ficará reconhecida essa obrigação, que em dezembro de 2007, foi de R$75,4 milhões.
Em 21 de dezembro de 2004 a CELPA e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do
Pará, firmaram acordo referente à ação judicial que transitava na 4º Vara Trabalhista de Belém do Pará, movida
pelo sindicato que pleiteava 26,06% de reajuste sobre os salários congelados em junho de 1987, denominado
Plano Bresser, homologado em todos os termos da petição. O valor homologado no acordo corresponde a
R$370 milhões, sujeito a atualização pela variação acumulada do INPC/IBGE, pagáveis mensalmente até 25 de
agosto de 2012, da seguinte forma: em 2008 R$44,9 milhões, em 2009 R$77,7 milhões, em 2010 R$55,1
milhões, em 2011 R$55,1 milhões e em 2012 R$73,2 milhões.
Em 31 de dezembro de 2007, nossas provisões para indenizações trabalhistas referentes ao Plano Bresser
totalizavam R$49,3 milhões, comparados aos R$39,9 milhões em 31 de dezembro de 2006. Esse aumento
de R$9,4 milhões ou 23,6% ocorreu devido as transferências de parcelas do longo para o curto prazo.
Nossos tributos, contribuições sociais e parcelamentos a recolher em longo prazo totalizaram R$968,4
milhões em 31 de dezembro de 2007. Houve uma redução de R$81,6 milhões (7,8%) em relação aos
R$1.050,0 milhões em 31 de dezembro de 2006. Essa variação decorreu principalmente pela transferência
de parcelas para o curto prazo do parcelamento de tributos – PAEX no valor de R$79,7 milhões. .
116
Empresas Relacionadas
Em 31 de dezembro de 2007, nosso exigível em longo prazo totalizou R$206,4 milhões referentes a
empresas relacionadas, comparados aos R$191,2 milhões em 31 de dezembro de 2006. Esse aumento de
R$15,2 milhões ou 7,9% é devido a apropriação de juros sobre contratos de mútuo no período de
carência.
Em 31 de dezembro de 2007, nossas provisões para indenizações trabalhistas referentes ao Plano Bresser
totalizaram R$261,1 milhões, comparados aos R$297,3 milhões em 31 de dezembro de 2006. Essa
redução de R$36,2 milhões ou 12,2% ocorreu devido à transferência para o curto prazo a serem pagas nos
próximos 12 meses.
Nossos encargos tributários sobre reserva de reavaliação a recolher em longo prazo totalizaram R$604,3
milhões em 31 de dezembro de 2007, representando uma queda de R$66,1 milhões (9,9%), em relação
aos R$670,4 milhões em 31 de dezembro de 2006. Essa redução decorreu devido à realização da reserva
de reavaliação e conseqüentemente a dos encargos sobre a mesma.
Participação Minoritária
Patrimônio Líquido
Em 31 de dezembro de 2007 o patrimônio líquido foi de R$786,7 milhões, comparados aos R$682,1
milhões de 31 de dezembro de 2006. Esse aumento de R$104,6 milhões (15,3%) foi devido aos seguintes
fatos aumento de capital no valor de R$61,3 milhões pelo BNDES, onde esse aumento ocorreu através da
capitalização de uma debênture. O outro fato foi lucro do exercício no valor de R$51,5 milhões
contribuindo assim ao aumento do patrimônio líquido.
Reserva de Reavaliação
Em 31 de dezembro de 2007, nossa reserva de avaliação totalizou R$619,5 milhões, comparados aos
R$687,9 milhões em 31 de dezembro de 2006. Essa diminuição de R$68,4 milhões ou 9,9% decorreu
devido à realização da mesma em suas controladas.
Prejuízos Acumulados
Em 31 de dezembro de 2007, nossos prejuízos acumulados totalizaram R$436,6 milhões, comparados aos
R$548,3 milhões em 31 de dezembro de 2006. Essa diminuição de R$111,7 milhões ou 20,4% decorreu
devido a apropriação do resultado do exercício.
Ativo Circulante
117
milhões ou 52,1% ocorreu, principalmente, devido a entrada de recursos oriundos dos Contratos de
Empréstimo celebrados entre o BID e CELPA e CEMAT.
Consumidores
Em 31 de dezembro de 2006, o saldo da PDD era de R$58,4 milhões, comparados com R$51,2 milhões
em 31 de dezembro de 2005. Esse aumento de R$7,2 milhões ou 14,1% ocorreu, principalmente, em
decorrência do aumento de nossa carteira, porém a relação entre a PCLD e a carteira continuou sendo de
aproximadamente 7,3%.
Em 31 de dezembro de 2006 e em 31 de dezembro de 2005, nossa conta CCC era de R$20,0 milhões e R$90,9
milhões, respectivamente. Essa redução de R$70,9 milhões ou 77,8% ocorreu principalmente em decorrência
do atraso do repasse dos recursos referentes a aquisição de óleo diesel pela ELETROBRÁS à PETROBRÁS.
Cabe salientar que a Rede Energia não é responsável por essa dívida, desta forma, a Rede Energia fica
dependente desse repasse entre ELETROBRÁS e PETROBRÁS.
Consumidores
Empresas Relacionadas
Em 31 de dezembro de 2006, nosso realizável em longo prazo contabilizava R$215,7 milhões referentes a
empresas relacionadas, comparados aos R$114,6 milhões em 31 de dezembro de 2005. Esse aumento de
R$101,1 milhões ou 88,2% ocorreu em decorrência principalmente da assunção de dívida que a Rede fez
com empresas relacionadas.
Investimentos
118
Em 31 de dezembro de 2006, nossos investimentos totalizaram R$1.135,2 milhões, comparados a
R$1.064,6 milhões em 31 de dezembro de 2005, que representou um aumento de R$70,6 milhões ou
6,6% em decorrência da aquisição das controladas Rede Comercializadora, EDEVP e Rede Serviços.
Imobilizado – Líquido
Passivo Circulante
Fornecedores
Em 31 de dezembro de 2006, o saldo da conta fornecedores era de R$380,5 milhões, comparados aos
R$480,1 milhões em 31 de dezembro de 2005, representando uma redução de R$99,6 milhões ou 20,7%,
devido principalmente à redução na dívida com a Petrobrás. Cabe ressaltar que essa dívida não é da Rede
Energia e sim da Eletrobrás, porém por exigência da ANEEL, de modo a ter maior controle sobre esta
dívida, a Rede Energia reconhece esse débito. Com isso a Rede Energia fica dependente do repasse entre
ELETROBRÁS e PETROBRÁS.
Em 21 de dezembro de 2004 a CELPA e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado
do Pará, firmaram acordo referente à ação judicial que transitava na 4º Vara Trabalhista de Belém do
Pará, movida pelo sindicato que pleiteava 26,06% de reajuste sobre os salários congelados em junho de
1987, denominado Plano Bresser, homologado em todos os termos da petição. O valor homologado no
acordo corresponde a R$370 milhões, sujeito à atualização pela variação acumulada do INPC/IBGE,
pagáveis mensalmente até 25 de agosto de 2012, da seguinte forma: em 2006 R$32.4 milhões, em 2007
R$39,9 milhões, em 2008 R$38,5 milhões, em 2009 R$79,1 milhões, em 2010 R$56,0 milhões, em 2011
R$56,0 milhões e em 2012 R$74,4 milhões.
Em 31 de dezembro de 2006, nossas provisões para indenizações trabalhistas referentes ao Plano Bresser
totalizavam R$39,9 milhões, comparados aos R$32,4 milhões em 31 de dezembro de 2005. Esse aumento
de R$7,5 milhões ou 23,1% ocorreu devido à reclassificação do longo prazo.
Nossos tributos, contribuições sociais e parcelamentos a recolher em longo prazo totalizaram R$1.050,0
milhões em 31 de dezembro de 2006. Houve um aumento de R$202,8 milhões (23,9%) em relação aos
R$847,2 milhões em 31 de dezembro de 2005. Essa diferença decorreu principalmente pela adesão da
119
Rede e suas controladas ao PAEX (Parcelamento Excepcional de Tributos), que em dezembro de 2006
tinha um saldo de 1.044,7.
Empresas Relacionadas
Em 31 de dezembro de 2006, nosso exigível em longo prazo referentes a empresas relacionadas, totalizou
R$191,2 milhões, comparados aos R$421,6 milhões em 31 de dezembro de 2005. Essa diminuição de
R$230,4 milhões ou 54,6% decorreu da quitação de parte desse débito, através da assunção da dívida.
Em 31 de dezembro de 2006, nossas provisões para indenizações trabalhistas referentes ao Plano Bresser
totalizaram R$297,3 milhões, comparados aos R$335,6 milhões em 31 de dezembro de 2005. Essa
redução de R$38,3 milhões ou 11,4% foi decorrente da amortização de parte do parcelamento da dívida
do plano Bresser.
Nossos encargos tributários sobre reserva de reavaliação a recolher em longo prazo totalizaram R$670,4
milhões em 31 de dezembro de 2006, representando uma queda de R$61,6 milhões (8,4%), em relação
aos R$732,0 milhões em 31 de dezembro de 2005. Essa redução decorreu da realização da reserva de
reavaliação.
Participação Minoritária
Patrimônio Líquido
Em 31 de dezembro de 2006 o patrimônio líquido foi de R$682,1 milhões, comparados aos R$590,6
milhões de 31 de dezembro de 2005. Esse aumento de R$91,5 milhões (15,5%) foi devido ao resultado do
exercício de R$88,5milhões.
Reserva de Reavaliação
Em 31 de dezembro de 2006, nossa reserva de avaliação totalizou R$687,9 milhões, comparados aos
R$750,9 milhões em 31 de dezembro de 2005. Essa diminuição de R$63,0 milhões ou 8,4% foi em
função da realização da reserva.
Prejuízos Acumulados
Em 31 de dezembro de 2006, nossos prejuízos acumulados totalizaram R$548,3 milhões, comparados aos
R$702,7 milhões em 31 de dezembro de 2005. Esse decréscimo de R$154,4 milhões ou 28,2% decorreu
principalmente pela compensação com o lucro obtido no período.
Nossa liquidez e recursos de capital são e continuarão a ser influenciados por uma série de fatores, dentre
eles:
120
• Nossa capacidade de gerar fluxos de caixa de nossas atividades e repassar nossos custos
operacionais aos nossos consumidores;
• Alíquotas de ICMS, PIS e COFINS, que são deduzidos de nossa receita operacional bruta;
• Nível do nosso endividamento em aberto e juros que somos obrigados a pagar sobre esse
endividamento, que pode afetar nossas despesas financeiras líquidas;
• Taxas de juros praticadas interna e externamente, que afetam as nossas necessidades de serviço
de dívida; e
• Pagamento de dividendos ou juros sobre capital próprio, uma forma alternativa de distribuição
aos nossos acionistas permitida pelas leis brasileiras.
• Durante 2007 e no trimestre findo em 31 de março de 2008, o fluxo de caixa gerado pelas nossas
operações foi utilizado principalmente para atividades de investimento, necessidade de capital
circulante e pagamento de serviços de dívida. Tivemos capital circulante positivo de R$292,2
milhões em 31 de dezembro de 2007 comparado a um capital circulante negativo de R$117,6
milhões em 31 de dezembro de 2006 e positivo de R$224,5 milhões no trimestre findo em 31 de
março de 2008 comparado a um capital circulante negativo de R$153,0 milhões no trimestre
findo em 31 de março de 2007.
Capacidade de Pagamento
Nosso EBITDA consolidado, no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007 foi de R$1.105,0
milhões e o nosso serviço de dívida, considerando-se pagamento de juros e comissões, no mesmo período
foi de R$2.115,6 milhões. Dessa forma, nosso EBITDA consolidado de 2006 apresentou índice de
cobertura de 0,5 vezes o serviço da dívida no exercício. A cobertura de dívida de 2007 foi influenciada
pela captação de US$ 575,0 milhões a qual foi utilizada para pagamento de dívidas com juros superiores e
prazos inferiores. Ou seja, houve troca significativa de dívida no período.
Nos três primeiros meses de 2008, nosso EBITDA consolidado foi de R$218,9 milhões e o nosso serviço
da dívida, considerando-se pagamento de juros e comissões, foi de R$168,3 milhões. Dessa forma, nosso
EBITDA consolidado apresentou índice de cobertura de 1,3 vezes o serviço da dívida no período.
Antecipamos que precisaremos de aproximadamente R$1.114,7 milhões para honrar nossas obrigações
com amortizações de empréstimos e financiamentos, R$3.592,0 milhões para liquidação das nossas
despesas, custos operacionais e contratuais de curto prazo, bem como R$503,7 milhões para
investimentos orçamentários em 2008. Nós esperamos atender essa necessidade de caixa através da
combinação de geração de caixa líquida das atividades operacionais e caixa gerado pelas nossas
atividades de financiamento, inclusive esta Oferta, financiamento de novas dívidas e o refinanciamento de
nosso endividamento de curto prazo existente na medida que for vencendo.
Antecipamos que precisaremos de aproximadamente R$1.162,7 milhões para honrar nossas obrigações
com amortizações de empréstimos e financiamentos, R$3.863,9 milhões para liquidação das nossas
121
despesas, custos operacionais e contratuais de curto prazo, bem como R$460,8 milhões para
investimentos orçamentários em 2009. Nós esperamos atender essa necessidade de caixa através da
combinação de geração de caixa líquida das atividades operacionais e caixa gerado pelas nossas
atividades de financiamento, inclusive esta Oferta, financiamento de novas dívidas e o refinanciamento de
nosso endividamento de curto prazo existente na medida que for vencendo.
Fluxo de Caixa
Atividades Operacionais
O caixa líquido decorrente das atividades operacionais aumentou 11,6%, passando de R$72,7 milhões no
1º trimestre de 2007 para R$81,2 milhões no 1º trimestre de 2008, principalmente como resultado de:
• redução do caixa gerado pelo resultado do exercício, que passou de R$259,9 milhões no 1º
trimestre de 2007 para R$249,5 milhões no 1º trimestres de 2008, representando uma
redução de 4,0%, influenciado principalmente pela variação da conta de créditos tributários
diferidos que passou de R$14,8 milhões para um valor negativo de R$10,5 milhões,
representando uma redução de R$25,3 milhões;
• redução das contas do ativo circulante e realizável a longo prazo que passou de um valor
negativo de R$115,8 milhões no 1º trimestre de 2007 para um valor negativo de R$162,9
milhões no 1º trimestre de 2008, principalmente devido a variação dos créditos
compensáveis em recolhimentos futuros, que reduziu o saldo em R$45,7 milhões, passando
de um valor negativo de R$96,1 milhões para um valor negativo de R$141,7 milhões, e da
variação da conta outros créditos, que passou de um valor negativo de R$11,8 milhões para
uma valor negativo de R$70,0 milhões, influenciado pelo aumento de aquisição de
combustíveis por conta da CCC/CDE, aumento da redução da baixa renda, e aumento do
dispêndio a reembolsar (coligadas) na CEMAT, representando uma redução total de R$13,8
milhões, bem como aumento do recolhimento a maior (Cofins), e aumento da baixa renda na
CELPA, o que representou uma redução de R$22,2 milhões.
• aumento das contas do passivo circulante e não circulante em 92,3% (ou R$65,9 milhões),
passando de um valor negativo de R$71,4 milhões no 1º trimestre de 2007 para R$5,5
milhões no 1º trimestre de 2008, influenciado principalmente pelo aumento em R$56,0
milhões na conta de resultado de exercício futuro e conta fornecedores, que passou de um
valor negativo de R$1,8 milhões para um valor positivo de R$44,9 milhões, principalmente
em decorrência da aumento de compra de energia elétrica e materiais na CELPA.
Atividades de Investimento
O caixa aplicado nas atividades de investimento passou de R$196,3 milhões no 1º trimestre de 2007 para
R$329,8 milhões no 1º trimestre de 2008, representando um aumento de 68,0% (R$133,5 milhões),
aplicados quase que em sua totalidade para aumento do imobilizado (da variação total de R$133,5
milhões, R$123,1 milhões foram para o imobilizado), influenciado principalmente pelos investimentos
relacionados ao programa “Luz Para Todos”, onde aproximadamente 85,0% do programa é subsidiado
pelo governo a título de fundo perdido e financiamentos com taxas e prazos também subsidiados.
Atividades de Financiamento
O caixa líquido decorrente das atividades de financiamento foi de R$142,2 milhões no 1º trimestre de
2007 e R$226,2 milhões no 1º trimestre de 2008, representando um aumento de 59,0% (R$84,0 milhões),
influenciado principalmente pela redução de pagamento do principal dos empréstimos e debêntures que
passou de R$152,5 milhões para R$81,0 milhões (uma redução de R$71,5 milhões), e aumento do saldo
das obrigações vinculadas que passou de R$121,4 milhões para R$193,9 milhões.
122
Exercício Encerrado em 31 de Dezembro de 2007 Comparado ao Exercício Encerrado em 31 de
Dezembro de 2006
Atividades Operacionais
O caixa líquido decorrente das atividades operacionais aumentou 4.777,7% em 2007 para R$358,2
milhões de R$7,3 milhões em 2006, principalmente como resultado:
• do aumento do caixa gerado pelo resultado do exercício, que passou de R$619,4 milhões em
2006 para R$912,0 milhões em 2007, representando um aumento de 47,2% nesta rubrica e
83,4% do total da variação do período;
• do aumento dos créditos compensáveis, cauções e outros créditos, líquido dos impostos
pagos e compensados, que reduziram nosso caixa em R$239,3 milhões (R$150,0 milhões
inferior ao montante de R$389,3 milhões verificado em 2006). Este aumento ocorreu
basicamente pelo grande volume de investimentos no período, os quais geraram créditos de
PIS/COFINS e ICMS a serem compensados nos próximos anos;
Atividades de Investimento
O caixa aplicado nas atividades de investimento, líquido do impacto das alienações no período, aumentou
para R$1.073,4 milhões em 2007, 19,7% superior aos R$896,9 milhões registrados em 2006. Este
aumento foi decorrente principalmente dos investimentos relacionados ao programa “Luz Para Todos”,
onde aproximadamente 85,0% do programa é subsidiado pelo governo a título de fundo perdido e
financiamentos com taxas e prazos também subsidiados.
Atividades de Financiamento
O caixa líquido decorrente das atividades de financiamento foi de R$814,8 milhões em 2007 comparado
com o caixa líquido usado em atividades de financiamento de R$626,6 milhões em 2006. O impacto
gerado em 2007 foi basicamente devido às captações do período no total de R$2.542,5 milhões (52,0%
superior a 2006), pagamento de principal e encargos de R$2.115,6 milhões (44,9% superior a 2006) e
recebimento do montante de R$355,6 milhões referente a programas de investimentos subsidiados (27,5%
superior a 2006).
• de empréstimos obtidos junto ao BID para as empresas CELPA, CEMAT e CELTINS, no total
de aproximadamente R$147,4 milhões;
Atividades Operacionais
123
O caixa líquido decorrente das atividades operacionais reduziu 98,9% em 2006 para R$7,3 milhões de
R$658,0 milhões em 2005, principalmente como resultado de:
• os efeitos da redução das despesas com parte relacionadas de R$266,4 milhões comparado
com um aumento de despesas com parte relacionada de R$40,9 milhões, em razão,
principalmente, de (1) nossa assunção de algumas dívidas da Denerge e EEVP em troca de
perdão de dívida que tínhamos perante essas empresas, e (2) o pagamento de parte da dívida
de empréstimos entre companhias com os recursos da venda de 20 de nossas PCHs para
Enel Latin América LLC e 3 de nossas PCHs para a Tocantins Holdings, Ltda.;
• nossa resultado operacional líquido de R$88,5 milhões em 2006 comparado com nosso
prejuízo operacional líquido de R$22,6 milhões em 2005.
Atividades de Investimento
O caixa líquido aplicado nas atividades de investimento diminuíram 6,5% para R$444,3 milhões em 2006
de R$475,0 milhões em 2005, principalmente em razão do aumento de nosso recebimento de caixa
relacionado à disponibilidade de investimento para R$502,7 milhões em 2006 comparado com R$90,8
milhões em 2005. Em 2006, o aumento de nosso recebimento de caixa relacionado à disponibilidade de
investimento deveu-se à venda de 10 de nossas subsidiárias, bem com de nossa posição acionária na
Quatira Energia S.A. e Vale Energética S.A., para a Enel Latin América LLC e de 3 de nossas PCHs para
124
Tocantins Holdings, Ltda. Em 2005, deveu-se à transferência pela CELPA da UHE de Curuá-Uma para a
Eletronorte em novembro de 2005. Os efeitos desse aumento foram parcialmente compensados pelo
aumento de 52,2% do nosso uso do caixa para investir em ativos imobilizados no valor de R$811,9
milhões em 2006 de R$566,5 milhões em 2005, devido à expansão de nossas redes de distribuição.
Atividades de Financiamento
O caixa líquido decorrente das atividades de financiamento foi de R$655,8 milhões em 2006 comparado
com o caixa líquido usado em atividades de financiamento de R$141,7 milhões em 2005. A alteração de
R$797,5 milhões no caixa líquido deve-se principalmente a (1) R$924,5 milhões de aumento em caixa
líquido decorrente de empréstimos e financiamentos para R$1.672,5 milhões em 2006 de R$748 milhões
em 2005, e (2) assunção da quantia principal da dívida de R$504,5 milhões em 2006 em razão da nossa
reestruturação societária. Os efeitos destes fatores foram parcialmente compensados com um aumento de
65,9% no nosso pagamento da quantia principal de empréstimos a pagar de R$1.186,2 milhões em 2006
de R$714,8 milhões em 2005, principalmente em razão do pagamento de dívidas de curto prazo em 2006
com os recursos levantados com ofertas e empréstimos de dívidas de longo prazo.
• da emissão de 9,50% de notas promissórias pela CEMAT e CELPA, da quantia principal total de
US$100,0 milhões;
• de empréstimos obtidos pela BID, da quantia principal total de US$ 179,5 milhões;
Investimentos
Nossos principais investimentos nos últimos anos têm sido com manutenção, melhoria e expansão de
nossas redes de distribuição, implantação de programas de segurança e manutenção, conexões para novos
clientes e compras de tecnologias para continuar melhorando o atendimento aos nossos clientes e reduzir
perdas. A tabela a seguir mostra nossos investimentos durante o trimestre encerrado em 31 de março de
2008 e em cada um dos três exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005.
Investimos um total de R$283,0 milhões, R$244,3 milhões e R$267,4 milhões na manutenção do sistema
e expansão de nosso sistema de distribuição durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de
2007, 2006 e 2005, respectivamente. Adicionalmente, com o objetivo de reduzir as perdas e interligar os
clientes que eram atendidos pelas UTEs, investimos, através da CEMAT, R$60,8 milhões no exercício
encerrado em 31 de dezembro de 2005, na implementação de um sistema de transmissão interligando os
Municípios de Brasnorte, Juína e Juara.
Foram investidos, ainda, no exercício de 2005, R$241,1 milhões destinados ao Programa "Luz Para
Todos". Esse programa tem por objetivo propiciar, até o ano de 2008, energia elétrica à população rural
que não tem acesso a esse serviço público. Do total investido no programa, 35% são recursos da Reserva
Global de Reversão - RGR, a título de financiamento com a Eletrobrás, 40% com recursos da Conta de
125
Desenvolvimento Energético - CDE, através de subvenção econômica, 10% com recursos dos Governos
dos Estados e 15% com recursos próprios.
Em 2006, investimos R$811,9 milhões, sendo R$244,3 milhões destinados a investimentos no curso
ordinário de nossos negócios, R$514,2 milhões a investimentos no Programa Luz Para Todos
(parcialmente financiado pelo Governo Federal) e R$53,4 milhões a investimentos em outros projetos de
redução de perdas comerciais e melhoria da qualidade de nossos equipamentos (com os recursos do
empréstimo do BID).
No ano de 2007, investimos R$1.048,1 milhões, sendo R$283,0 milhões destinados a investimentos no
curso ordinário de nossos negócios, R$501,7 milhões a investimentos no Programa Luz Para Todos
(parcialmente financiado pelo Governo Federal) e R$263,4 milhões a investimentos em outros projetos de
redução de perdas comerciais e melhoria da qualidade de nossos equipamentos (com os recursos do
empréstimo do BID).
Para o ano de 2008, estimamos investimentos de aproximadamente R$1.283,2 milhões, sendo R$336,4
milhões destinados a investimentos no curso ordinário de nossos negócios, R$704,7 milhões a
investimentos no Programa Luz Para Todos (parcialmente financiado pelo Governo Federal) e R$242,2
milhões a investimentos em outros projetos de redução de perdas comerciais e melhoria da qualidade de
nossos equipamentos.
Para o ano de 2009, estimamos investimentos de aproximadamente R$379,0 milhões, sendo R$184,0
milhões destinados a investimentos no curso ordinário de nossos negócios, R$176,7 milhões a
investimentos no Programa Luz Para Todos (parcialmente financiado pelo Governo Federal) e R$18,4
milhões a investimentos em outros projetos de redução de perdas comerciais e melhoria da qualidade de
nossos equipamentos.
Ressaltamos que essas estimativas de 2008 e 2009 não são finais e devem ser interpretadas somente como
indicativos.
O Programa Luz para Todos é uma iniciativa do Governo Federal que conta com a parceria dos governos
estaduais e das distribuidoras de energia elétrica. O objetivo é levar eletricidade a mais de 12 milhões de
pessoas, em todo o território nacional, até 2010, com investimentos estimados em R$7,0 bilhões. O
cumprimento das metas estabelecidas requerem investimentos significativos que são primordialmente
financiados pelo Governo Federal, o qual financia até 85% dos investimentos exigidos para a
implementação do programa de universalização. O repasse aos consumidores dos custos que incorremos e
que não são ressarcidos por essas outras fontes somente podem ser efetuados, sujeito à aprovação
discricionária da ANEEL, nas revisões periódicas de tarifa, que ocorrem somente a cada quatro ou cinco
anos. A regulamentação vigente, Resolução ANEEL nº 157/2005, estabelece que, caso o custo adicional
advindo da implementação do Programa Luz para Todos , no período de 2005 a 2010, acarrete um
impacto tarifário para os consumidores superior a 8%, a concessionária poderá solicitar, a qualquer
tempo, a revisão das metas desse programa. Mesmo que se confirme que o impacto tarifário da
implementação das metas do Programa Luz para Todos nas nossas atividades de distribuição é superior a
8%, não podemos assegurar que as autoridades reguladoras deverão rever essas metas em prazos
adequados. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, investimos
aproximadamente R$501,7 milhões, R$514,2 milhões e R$241,1 milhões no Programa Luz para Todos.
Endividamento
O nosso endividamento financeiro bruto em aberto (sem considerar deduções de caixa), inclusive juros
acumulados, foi de R$3.603,7 milhões em 31 de março de 2008, um aumento de 3,6% dos R$3.479,8
milhões em 31 de dezembro de 2007. Em 31 de março de 2008 cerca de 47,7%, ou seja, R$1.718,7
milhões, do total de nosso endividamento em aberto era expresso em dólares norte-americanos, em
relação a cerca de 47,5%, ou seja, R$1.652,8 milhões, em 31 de dezembro de 2007.
Nossa estratégia de financiamento tem sido a de prorrogar o vencimento médio de nossas dívidas em aberto,
inclusive com o refinanciamento de dívidas de curto prazo mediante a tomada de empréstimos de prazos
mais longos, a fim de aumentar nossos níveis de liquidez e aumentar nossa flexibilidade estratégica,
financeira e operacional. Pretendemos usar uma parcela dos recursos provenientes desta oferta para quitar
126
parte de nossas dívidas de curto prazo. Veja as Seções intituladas “Destinação dos Recursos” e
“Capitalização”.
Temos financiamento de curto prazo em reais junto a várias instituições financeiras no Brasil. Em 31 de
março de 2008, o saldo em aberto em nossas linhas de capital de giro em reais era de R$201,0 milhões.
Além das linhas de financiamento de curto prazo, temos acordos de financiamento para a compra de
eletricidade e de matéria prima usada na geração de eletricidade, acordos esses que estão refletidos em
nosso balanço patrimonial como contas a pagar. Em 31 de março de 2008, 40,7% de nossas dívidas de
curto prazo eram garantidos por alguns recebíveis, ativo imobilizado, e 11,4% de nosso endividamento
eram garantidos por nossos Acionistas Controladores.
A tabela a seguir contém informações selecionadas a respeito dos instrumentos de dívida de longo prazo
em aberto (inclusive a posição atual de tais dívidas) em 31 de março de 2008.
Quantia em Aberto em
Empréstimos e Financiamentos 31 de março de 2008 Vencimento
(em milhões de reais)
Debêntures
Primeira emissão de debêntures 39,3 Julho de 2008
Nota Promissórias com Taxas Fixas
11,125% notas promissórias sem vencimento 1.005,7 Sem vencimento
9,50% notas promissórias units 63,3 fevereiro de 2011
Empréstimos Bancários 902,3 Diversos
BID 445,1 Diversos
BNDES 239,4 Diversos
Eletrobrás 407,7 Diversos
Títulos públicos 99,7 Diversos
Os instrumentos que regem parcela substancial de nossas dívidas contêm cláusulas de inadimplemento
cruzado de forma que a ocorrência de um evento de inadimplemento em qualquer desses instrumentos
pode deflagrar um evento de inadimplemento em relação a outras dívidas.
Ademais, QMRA empenhou todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da CELPA de sua
titularidade para garantir a dívida perante o BNDES, Rede Lajeado empenhou todas as ações ordinárias
de emissão da Investco de sua propriedade para garantir alguns compromissos financeiros celebrados pela
Investco e Rede Power e Tocantins Energia S.A, empresa do grupo Brennend, empenharam todas as
ações ordinárias de emissão da Rede Lajeado que elas detém ao BNDES como garantias de alguns
compromissos financeiros celebrados pela Investco.
Em relação aos empréstimos do BID, a Companhia concordou não onerar, trocar, ceder com pagamento,
vender ou transferir as ações ordinárias de emissão da CEMAT que poderia causar a Companhia a deter
menos que a maiorias das ações ordinárias em circulação de emissão da CEMAT, e a Companhia e a
QMRA concordaram não onerar, trocar, ceder com pagamento, vender ou transferir as ações ordinárias de
emissão da CELPA ou da QMRA que poderia causar a Companhia a deter, direta e indiretamente através
da QMRA, menos que a maiorias das ações ordinárias em circulação de emissão da CELPA.
A discussão a seguir descreve de forma resumida algumas das nossas mais importantes operações de
financiamento.
Debêntures
127
Primeira emissão de debêntures. Em 1º de outubro de 1998, realizamos no montante de R$133,3 milhões,
a primeira emissão de debêntures simples não-conversíveis em uma série única de 13.330 debêntures (das
quais 13,253 foram subscritas e 77 foram canceladas), cada uma com valor nominal de R$10.000,00.
Essas debêntures estão garantidas pelas empresas EEVP, CNEE, EEB, CELTINS e CEMAT. O valor
principal dessas debêntures, conforme alterado, deve ser pago em parcelas mensais iguais e sucessivas até
15 de julho de 2008; essas debêntures incidem juros com base na TJLP, mais “spread” de 4,0% ao ano, a
serem pagos mensalmente pelo mês vencido a partir de 15 de janeiro de 2003. Como o BNDES é o único
detentor dessas debêntures, também estamos sujeitos aos termos e condições normalmente aplicados aos
financiamentos do BNDES, que incluem limitações sobre vendas de ativos. Temos o direito de resgatar
essas debêntures a qualquer momento.
CEMAT e CELPA podem, por opção própria, resgatar as respectivas notas promissórias de suas
emissões, as quais podem ocorrer simultaneamente, a qualquer tempo antes de seu vencimento, pelo valor
de resgate igual ao maior das seguintes alternativas: (1) 100,0% da quantia principal das notas
promissórias a serem resgatadas, e (2) o somatório dos valores presentes dos pagamentos remanescentes
da quantia principal, juros e valores adicionais, se houverem, no valor descontado de resgate das notas
promissórias na data de seu resgate, com base semestral (presumindo o ano com 360 dias e o mês com 30
dias), com a aplicação da taxa do tesouro adicionada de 50 pontos base, em cada caso adicionando os
juros acumulados e não pagos da quantia principal que está sendo resgatada na data de resgate.
1ª Emissão de Notas Promissórias sem Vencimento. Em 2 de abril de 2007, emitimos e vendemos notas
promissórias sem vencimento, de remuneração de 11,125%, no montante principal de US$ 400,0 milhões.
Os juros incidentes sobre essas notas promissórias são pagos trimestralmente no fim dos meses de
Janeiro, Abril, Julho e Outubro de cada ano. Nós podemos, por opção própria, resgatar essas notas
promissórias, única e exclusivamente na sua integralidade, 100% da quantia principal, juros e valores
adicionais, se houverem, na data ou depois do pagamento de juros a ser efetuado em 2 de abril de 2012.
Empréstimos Bancários
REDE SUL/SUDESTE. Em 22 de junho de 2007, EDEVP, Caiuá, CNEE e EEB celebraram contratos de
empréstimo junto aos bancos Bradesco e Safra. Esses empréstimos envolvem as quantias de R$70,0
milhões para a EDEVP, R$55,0 milhões para a Caiuá, R$30,0 milhões para a CNEE e R$70,0 milhões
para a EEB. Cada uma dessas empresas usaram os recursos levantados para pagamento de dívidas em
aberto. Esses empréstimos incidem juros indexados à taxa de CDI mais spread de 2,5% ao ano, pagáveis
mensalmente, no fim de cada mês, a partir de Janeiro de 2007 e até a data de seu vencimento. O
128
pagamento da quantia principal será feito através de 84 parcelas mensais sucessivas e iguais terminando
em Maio de 2014. Esses empréstimos são garantidos por algumas contas a receber da EDEVP, Caiuá,
CNEE e EEB, depositadas em garantia com as instituições financeiras em questão.
Caiuá. Em 30 de julho de 2007, Caiuá emitiu 11 cédulas de crédito bancários (CCBs) para o Banco Real
ABN AMRO Bank S.A., cada qual com valor de face de R$10,0 milhões, totalizando R$110,0 milhões. A
quantia principal destes CCBs será amortizada em 84 parcelas mensais, a partir de setembro de 2007.
Nesses CCBs incidem juros de 100,0% de CDI e spread de 1,59% ao ano, pagáveis mensalmente, no fim
de cada mês. Cada CCB é garantido por alguns recebíveis de energia elétrica de nossos consumidores do
grupo B, bem como é subsidiária e solidariamente garantido por nós e pelo Sr. Jorge Queiroz de Moraes
Junior, o principal acionistas da DENERGE.
Com essa captação do Banco Real ABN AMRO Bank S.A., a Caiuá liquidou antecipadamente o FIDC,
em 30 de julho de 2007, no valor de R$110,0 milhões, que venceria em 24 de janeiro de 2011 e cujo custo
era de CDI adicionado de spread de 2,25% ao ano.
Empréstimos do BID
CELPA e CEMAT. Em 14 de dezembro de 2005, o BID aprovou o empréstimo de até US$ 135,0 milhões
para a CELPA e US$ 114,5 milhões para a CEMAT. Os empréstimos são estruturados na forma de
empréstimo “A” do BID de até US$ 75,0 milhões para ambas empresas, CELPA e a CEMAT, bem como
um empréstimo “B” proveniente de um sindicato de bancos (club deal) composto pelo Banco Societé
Generale e Banco Itaú Europa de até US$ 60,0 milhões para a CELPA e US$ 39,5 milhões para CEMAT.
CELPA e CEMAT concordaram de usar os recursos destes empréstimos para financiar seus
investimentos, inclusive o Programa Luz para Todos, e adquirir tecnologia e equipamentos para reduzir as
perdas técnicas e comerciais. Os contratos definitivos com o BID foram celebrados em 5 de julho de
2006. Após as condições precedentes terem sido todas cumpridas para o desembolso destes empréstimos,
inclusive a entrega pela CELPA e CEMAT dos relatórios dos engenheiros independentes e cumprimento
pela CELPA e CEMAT das políticas sociais e ambientais do BID, este desembolsou a quantia total de
US$ 175,5 milhões no âmbito destes empréstimos em 25 de julho de 2006, dos quais US$ 100,0 milhões
foram alocados na CELPA e os remanescentes US$ 79,5 milhões na CEMAT. Posteriormente, em 24 de
dezembro de 2007, o BID efetuou um segundo desembolso, no valor total de US$ 20,0 milhões, sendo
US$ 10,0 milhões para a CEMAT e US$ 10,0 milhões para a CELPA. Nós fizemos hedge da quantia
principal em ambos os empréstimos contra a variação da taxa cambial em taxas que variam desde IGP-M
mais spread de 4,23% por ano até IGP-M mais spread de 5,5% ao ano.
Ambos os empréstimos “A” e “B” tem um prazo de carência de 3 anos antes da obrigatoriedade de
amortização da quantia principal. Posteriormente ao prazo de carência, o empréstimos “A” será
amortizado no período de 6 anos e o empréstimo “B” 3 anos. O empréstimo “A” incide juros na taxa
LIBOR mais spread de 3,725% a 4,25% ao ano, pagável trimestralmente, no fim de cada trimestre. O
empréstimo “B” incide juros na taxa LIBOR mais spread de 3,35% a 3,875% ao ano, pagável
trimestralmente, no fim de cada trimestre. Além dos juros, CEMAT e CELPA pagaram uma taxa de
inicial, de estruturação e de sindicalização, bem como pagarão anualmente uma taxa de administração.
Estes empréstimos são garantidos de forma independente um do outro com contas a receber da CEMAT e
CELPA, bem como os pagamentos de vencimentos previstos em seus contratos de concessão. Cada
empréstimo do BID é garantido por nós e exigem que os Acionistas Controladores da CEMAT e CELPA,
inclusive nós, celebraram um contrato de retenção de ações para acordar que não haverá troca de controle
em relação à CEMAT e CELPA e que a garantia do BID de receber o pagamento de vencimento previstos
nos respectivos contratos de concessão permanecerão válidos e com efeito. Tanto a CEMAT como a
CELPA estão sujeitas a cumprir cláusulas contratuais destes empréstimos, inclusive de atendimento de
compromissos financeiros (tais como, índice de endividamento, capital de terceiros, de dívida em relação
ao EBITDA, de dívida a curto prazo em relação ao EBITDA e de despesas com pagamentos de juros),
bem como restrições de investimentos, ônus, fusões e consolidações, venda de ativos e operações com
partes relacionadas, e, ainda, políticas ambientais, de saúde, de segurança, de trabalho e de
responsabilidade social do BID.
Em relação aos empréstimos do BID, (1) nós concordamos em não onerar, trocar, ceder como forma de
pagamento, vender ou transferir ações ordinárias de emissão da CEMAT, de nossa titularidade, que
poderiam causar a perda da nossa posição de detentor da maioria das ações ordinárias de emissão da
129
CEMAT em circulação e (2) nós e a QMRA concordamos em não onerar, trocar, ceder como forma de
pagamento, vender ou transferir ações ordinárias de emissão da CELPA e da QMRA, de nossa
titularidade, que poderiam causar a perda da nossa posição, diretamente ou indiretamente por meio da
QMRA, de detentor da maioria das ações ordinárias de emissão da CELPA em circulação.
CELTINS. Em 24 de abril de 2007, o BID aprovou o empréstimo de até US$ 80,0 milhões para a
CELTINS. Esse empréstimo foi estruturado na forma de empréstimo “A” do BID de até US$ 60,0
milhões, bem como um empréstimo “B” proveniente de um sindicato de bancos (club deal) composto
pelo Banco Societé Generale e Banco Itaú Europa de até US$ 20,0 milhões. CELTINS concordou de usar
os recursos destes empréstimos para financiar seus investimentos, inclusive o Programa Luz para Todos,
e adquirir tecnologia e equipamentos para reduzir as perdas técnicas e comerciais. Após as condições
precedentes terem sido todas cumpridas para o desembolso deste empréstimo, inclusive a entrega pela
CELTINS do relatório dos engenheiros independentes e cumprimento pela CELTINS das políticas sociais
e ambientais do BID, este desembolsou a quantia total de US$ 55,0 milhões em 17 de agosto de 2006.
Está sendo providenciado o hedge para este montante. Em 2008, o BID não efetuou nenhum desembolso
no âmbito deste empréstimo.
Ambos os empréstimos “A” e “B” tem um prazo de carência de 3 anos antes da obrigatoriedade de
amortização da quantia principal. Posteriormente ao prazo de carência, o empréstimos “A” será
amortizado no período de 6 anos e o empréstimo “B” 3 anos. O empréstimo “A” incide juros na taxa
LIBOR mais spread de 3,725% a 4,25% ao ano, pagável trimestralmente, no fim de cada trimestre. O
empréstimo “B” incide juros na taxa LIBOR mais spread de 3,35% a 3,875% ao ano, pagável
trimestralmente, no fim de cada trimestre. Além dos juros, a CELTINS pagou uma taxa de inicial, de
estruturação e de sindicalização, bem como pagará anualmente uma taxa de administração.
Estes empréstimos são garantidos com contas a receber da CELTINS, bem como os pagamentos de
vencimentos previstos em seu contrato de concessão. Os Acionistas Controladores da CELTINS,
inclusive nós, celebraram um contrato de retenção de ações em 18 de maio de 2007 para acordar que não
haverá troca de controle em relação à CELTINS e que a garantia do BID de receber o pagamento de
vencimento previstos nos respectivos contratos de concessão permanecerão válidos e com efeito. A
CELTINS está sujeita a cumprir cláusulas contratuais destes empréstimos, inclusive de atendimento de
compromissos financeiros (tais como, índice de endividamento, capital de terceiros, de dívida em relação
ao EBITDA, de dívida a curto prazo em relação ao EBITDA e de despesas com pagamentos de juros),
bem como restrições de investimentos, ônus, fusões e consolidações, venda de ativos e operações com
partes relacionadas, e, ainda, políticas ambientais, de saúde, de segurança, de trabalho e de
responsabilidade social do BID.
Em relação aos empréstimos do BID, (1) nós concordamos em não onerar, trocar, ceder como forma de
pagamento, vender ou transferir ações ordinárias de emissão da CELTINS, de nossa titularidade, que
poderiam causar a perda da nossa posição de detentor da maioria das ações ordinárias de emissão da
CELTINS em circulação.
Empréstimos do BNDES.
CELPA. Em 7 de dezembro de 1998, a CELPA obteve uma linha de crédito de R$110,0 milhões junto ao
BNDES para financiar uma parcela de seus investimentos referentes à expansão de sua rede de
transmissão e distribuição. Esse empréstimo está sujeito a juros de TJLP acrescidos de spread de 5% ao
ano, pagos mensalmente e pelo mês vencido, até o vencimento em 15 de dezembro de 2008. O valor do
principal desse empréstimo será pago em 84 parcelas mensais. Esse empréstimo é garantido por algumas
contas a receber da CELPA e é também incondicionalmente garantido pela Caiuá.
Assunção da Dívida. Como parte do processo de reestruturação societária, em março de 2006, assumimos
três empréstimos da Denerge e da EEVP, celebrados com o BNDES e Enermat Investimentos e
Participações S.A., totalizando R$504,5 milhões.
O empréstimo consistiu em 4 tranches de uma quantia principal total de R$549,0 milhões. A Tranche A e
a Tranche D do empréstimo já foram pagos. Em 31 de março de 2008, o valor principal total em aberto
sob a Tranche B era de R$185,0 milhões. A Tranche B acumula juros no índice de TJLP acrescido de
spread de 4,0% ao ano, a ser pago trimestralmente a partir de 15 de dezembro de 2006. A quantia
principal da Tranche B será paga em 40 parcelas trimestrais sucessivas terminando em setembro de 2016.
130
Em 31 de março de 2008, a quantia principal total em aberto da Tranche C era de R$16,8 milhões. A
Tranche C acumula juros no índice de TJLP acrescido de spread de 5,0% ao ano, a ser pago
trimestralmente a partir de 15 de dezembro de 2006. A quantia principal do Tranche B será paga em 40
parcelas trimestrais sucessivas terminando em setembro de 2016.
Referente ao empréstimo junto a Enermat Investimentos e Participações S.A. incidem juros de IGPM,
acrescido de um spread 6% ao ano, a ser pago anualmente, no fim de cada ano, até sua data de
vencimento em julho de 2010. A quantia principal deste empréstimo será paga em 10 parcelas anuais
sucessivas, terminando em julho de 2010. Em 31 de março de 2008, a quantia em aberto deste
empréstimo é de R$25,9 milhões.
Empréstimos da Eletrobrás.
CEMAT. Em 25 de fevereiro de 2000, a CEMAT obteve uma linha de crédito de R$127,9 milhões junto à
Eletrobrás para financiar uma parcela de seus investimentos de capital referentes às atividades de
expansão de sua rede de transmissão e distribuição previstas no Programa Luz no Campo (que antecedeu
o Programa Luz para Todos). Esse empréstimo está sujeito a juros de 5,0% ao ano, pagos mensalmente
pelo mês vencido desde maio de 2002 até o vencimento em maio de 2012. A CEMAT também paga (1)
uma taxa de administração mensal de 1,0% do valor total do empréstimo em aberto, e (2) um honorário
pelo compromisso de fazer empréstimo equivalente a 1% do valor em aberto do empréstimo, a ser pago
em cada data de desembolso e no vencimento. O valor do principal desse empréstimo será pago em 120
parcelas mensais iguais e sucessivas com término em abril de 2012. Esse empréstimo é garantido por
algumas contas a receber da CEMAT.
CELPA. Em 29 de fevereiro de 2000, a CELPA obteve uma linha de crédito de R$88,5 milhões (que foi
reduzida para R$76,8 milhões em junho de 2002) junto à Eletrobrás para financiar uma parcela de seus
investimentos referentes às atividades de expansão de sua rede de transmissão e distribuição previstas no
Programa Luz no Campo (que antecedeu o Programa Luz para Todos). Esse empréstimo está sujeito a juros de
5,0% ao ano, pagos mensalmente pelo mês vencido desde maio de 2002 até o vencimento em maio de 2012. A
CELPA também paga à Eletrobrás (1) uma taxa de administração mensal de 1,0% do valor total do principal
em aberto do empréstimo e (2) um honorário pelo compromisso de fazer empréstimo equivalente a 1% do
valor em aberto do empréstimo, a ser pago em cada data de desembolso e no vencimento. O valor do principal
desse empréstimo será pago em 120 parcelas mensais iguais e sucessivas com término em maio de 2012. Esse
empréstimo é garantido por algumas contas a receber da CELPA.
Títulos públicos.
Na condição de ex-empresas estatais, a CELPA e a CEMAT obtiveram uma parcela das suas necessidades de
recursos dos resultados dos títulos emitidos pelo governo brasileiro de tempos em tempos. Dessa forma,
quando a CELPA e a CEMAT foram privatizadas, elas assumiram uma parcela das obrigações da dívida
soberana brasileira com relação a várias obrigações em aberto. Apesar de o governo brasileiro garantir o
pagamento dessas obrigações, a CELPA e a CEMAT devem pagar o principal e os juros sobre uma parcela
dessas obrigações. Essas obrigações estão denominadas em várias moedas e acumulam juros a taxas que
variam entre 4,3% e 11,0% ao ano para a CELPA ou LIBOR mais “spread” de 6,0% ou 8,2% ao ano para a
CEMAT. Esses títulos do governo tem vencimentos variados até 15 de abril de 2024.
A Investco firmou dois contratos de financiamento para a construção da UHE Lajeado envolvendo fundos
do BNDES. Esses contratos são:
131
• Contrato de linha de crédito de R$120,0 milhões firmado em 21 de setembro de 2000 e alterado
em 1º de fevereiro de 2001, com o Banco Itaú, Bradesco, BBA Creditanstalt e Banco ABC
mediante repasse, em que o BNDES concede empréstimos a bancos e os bancos repassam
simultaneamente esses empréstimos ao tomador. As empresas que compõem o consórcio
Lajeado são intervenientes no contrato. Esse empréstimo está sujeito a juros de TJLP acrescido
de 4% ao ano, pagos mensalmente até o vencimento em outubro de 2012. O valor do principal
desse empréstimo será pago em 120 parcelas mensais com término em outubro de 2012.
A Investco assumiu também compromissos financeiros nos contratos com o BNDES de manter um índice
entre patrimônio líquido e total de ativos de pelo menos 30% e de manter fluxo de caixa de pelo menos
R$3.000.000,00. Em um contrato de investimento, os acionistas da Investco, que incluem a Rede Lajeado,
concordaram em fazer contribuições de capital para a Investco proporcionalmente às suas respectivas
participações no capital com direito a voto da Investco, que forem necessárias à implantação da UHE
Lajeado. Se algum acionista da Investco deixar de fazer sua respectiva contribuição, os acionistas
remanescentes devem fazê-lo de acordo com a sua respectiva participação no capital com direito a voto
da Investco; nesse caso a participação proporcional desses acionistas na Investco e na a parcela da energia
da UHE Lajeado à qual eles têm direito aumentarão. Além disso, cada acionista da Investco deve prestar
garantias aos financiamentos da Investco na proporção de suas participações no capital com direito a voto
da Investco. No caso de inadimplemento por parte da Investco, de seus acionistas ou de controladores de
seus acionistas, os credores poderão promover o vencimento antecipado dos contratos de financiamento
com o BNDES e executar as garantias descritas a seguir. O vencimento antecipado do contrato de
abertura de linha de crédito de R$182,0 milhões com o BNDES pode provocar o vencimento antecipado
do repasse de R$120,0 milhões.
As obrigações desses contratos são garantidas pelo que segue (i) penhor de todas as ações ordinárias da
Investco de propriedade de seus acionistas (exceto as ações detidas pela CEB Lajeado) e todas as ações de
emissão de seus acionistas e de propriedade de suas controladoras, conforme previsto no acordo de
caução de ações; (ii) penhor de créditos relativos a pagamentos depositados na conta da Investco por seus
acionistas, conforme termos e condições de um contato de arrendamento mercantil e um contrato de
agenciamento fiduciário; (iii) penhor de créditos associados à receita com a comercialização de energia
gerada na UHE Lajeado, depositados nas contas dos acionistas da Investco conforme um contrato de
agenciamento fiduciário; e (iv) penhor de direitos resultantes da concessão, nos termos de contrato de
penhor de tais direitos. Além disso, os contratos de financiamento são conjunta e solidariamente
garantidos pela Companhia e pela Energias de Portugal. As garantias são compartilhadas entre o BNDES
e os bancos.
A Investco também firmou os contratos de financiamento a seguir com o Banco da Amazônia S.A., ou
BASA:
• Um contrato de financiamento de R$44,3 milhões, denominado BASA II, firmado com o BASA
em 28 de dezembro de 2000, conforme aditado em 29 de março de 2001. Esse empréstimo está
sujeito a juros de 14% ao ano, pagos mensalmente até o vencimento em janeiro de 2011. O valor
do principal desse empréstimo será pago em 84 meses com término em janeiro de 2011. Para
garantir suas obrigações no BASA II, foram dadas em caução receitas e hipoteca de PCHs de
propriedade de nossas controladas.
Compromissos contratuais
132
A tabela a seguir apresenta um resumo de nossas obrigações e compromissos contratuais relevantes em 31
de março de 2008 e que têm impacto sobre nossa liquidez:
(1) São pagamentos que algumas de nossas controladas concordaram em fazer em termos de acordo com Furnas em relação a algumas
operações de compra de eletricidade durante o Programa de Racionamento.
(2) São contribuições futuras para planos de aposentadoria e pensão que foram calculadas pela Secretaria da Previdência
Complementar.
Nossas contribuições para planos de aposentadoria e pensão que patrocinamos são calculadas todos os anos pela Secretaria de
Previdência Complementar de acordo com fórmulas que levam em conta o número de empregados e seus tempos de serviço. Não
conseguimos estimar com precisão o valor de suas obrigações nos planos de aposentadoria e pensão para os períodos que ainda
não foram calculados.
(3) São pagamentos no valor total de R$458,1 milhões que concordamos em efetuar em relação alguns passivos fiscais devidos no
bojo de dois programas especiais criados pelo governo federal para alguns impostos federais e um programa especial criado pelo
governo do Estado do Pará em relação ao ICMS, sendo que cada um deles concedia aos contribuintes um período de anistia
durante o qual podiam quitar voluntariamente seus débitos fiscais através de planos de pagamento de longo prazo, sem incorrerem
em multas.
(4) São pagamentos no valor total de R$370,0 milhões que a CELPA concordou em efetuar no bojo do termo de acordo com o
sindicado no Estado do Pará.
Em conexão com a nossa participação na UHE Lajeado, temos algumas obrigações significativas fora do
balanço patrimonial. Nossa participação na UHE Lajeado é detida através da Investco, na qual detemos
45,4% do capital com direito a voto e 38,6% do capital total. Pelo acordo de acionistas da Investco, nossa
controlada Rede Lajeado e os outros acionistas da Investco concordaram em fazer contribuições de
capital, em proporção ao capital com direito a voto detido por eles, suficiente para permitir que a Investco
resgate as ações preferenciais detidas pela Eletrobrás. Se algum acionista da Investco deixar de fazer sua
respectiva contribuição, os acionistas remanescentes devem fazê-lo de acordo com a sua respectiva
participação no capital com direito a voto da Investco; nesse caso a participação proporcional desses
acionistas na Investco e na a parcela da energia da UHE Lajeado à qual eles têm direito aumentarão. As
ações da Investco detidas pela Rede Lajeado e as ações da Rede Lajeado foram dadas em garantia ao
BNDES em conexão com um contrato de empréstimo em favor da Investco. Com relação a esse contrato,
os acionistas da Investco também forneceram outro crédito e concordaram em fazer as contribuições de
capital necessárias para permitir o resgate pela Investco das suas ações preferenciais.
Além disso, pelo acordo de acionistas da CELPA, a Eletrobrás tem o direito de requerer que a QMRA
compre sua participação na CELPA.
Estamos expostos a riscos de mercado decorrentes de nossas atividades. Esses riscos de mercado, que
estão além de nosso controle, envolvem principalmente a possibilidade de que mudanças nas taxas de
juros, taxas de câmbio e inflação irão afetar negativamente o valor de nossos ativos financeiros ou fluxos
de caixa e rendimentos futuros. Risco de mercado é a eventual perda resultante de mudanças adversas das
taxas e preços de mercado.
Risco Cambial
Temos exposição cambial em dólar norte-americano, pois uma parte de nossa dívida financeira bruta e
alguns passivos estão denominados em dólar norte-americano. Em 31 de março de 2008, cerca de 48,6%,
ou R$1.718,7 milhões (inclusive juros acumulados), de nosso endividamento estavam denominados em
dólar norte-americano. Além disso, estamos sujeitos a risco de fluxo de caixa associado a nossos
contratos com Itaipu, que estão denominados em dólar norte-americano. Embora repassemos os custos de
133
eletricidade comprada aos nossos clientes, as variações cambiais que pagamos nesses contratos são
cobertas pela conta de CVA, cujo saldo é pago apenas uma vez ao ano em nossos reajustes tarifários
anuais.
A fim de reduzir os riscos de mercado aos quais estamos expostos, usamos e podemos usar instrumentos
derivativos em moeda estrangeira. Em 31 de março de 2008, tínhamos um instrumento derivativo em
aberto com valor total aproximado de US$ 399,5 milhões e JPY 4.922,5 milhões. A totalidade da nossa
dívida denominada em dólares norte-americanos, que não conta com proteção de instrumentos derivativos
é de R$1.215,3 milhões, sendo R$1.005,7 milhões oriundos dos títulos perpétuos, R$97,4 milhões
referente ao BID CELTINS, o qual está com o processo de hedge em andamento, e R$112,2 milhões
referentes a títulos do Governo Federal, contratados pelas distribuidoras antes das respectivas
privatizações, tendo prazo de vencimento até 2024.
Um eventual aumento de cada ponto percentual na taxa de juros do nosso endividamento total resultaria
em um aumento de aproximadamente R$4,5 milhões nas nossas despesas financeiras líquidas para o
período encerrado em 31 de março de 2008.
Em 31 de março de 2007, R$25,9 milhões, ou 1,42%, do nosso endividamento financeiro bruto total está
atrelado ao IGP-M. No caso de aumento do IGP-M, o custo adicional seria parcialmente reduzido pelo
fato de as nossas tarifas também serem reajustadas pelo IGP-M.
134
INFORMAÇÕES SOBRE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS EMITIDOS
Ações
Mantemos registro de companhia aberta junto à CVM sob o nº 00319-0 desde 16 de outubro de 1969.
Antes desta Oferta, nossas ações ordinárias e preferenciais eram listadas e admitidas à negociação em
bolsa de valores, tendo baixa dispersão, ocasião em que não fazíamos parte do segmento de Nível 2. A
partir desta Oferta, nossas Units estarão listadas no Nível 2 da BOVESPA sob o código (ticker) [=].
Em [=] de [=] de 2008, assinamos o Contrato de Participação no Nível 2 com a BOVESPA, para que as
nossas Units fossem admitidas à negociação no segmento de Nível 2, cuja eficácia terá início com a
liquidação desta Oferta.
Em 29 de junho de 2007, nós, em conjunto com os nossos acionistas Denerge e EEVP, deliberamos que o
nosso capital social fosse aumentado para R$599.375.702,78, mediante emissão de 20.542.145 ações
preferenciais nominativas, escriturais, sem valor nominal, subscritas e integralizadas pela acionista
BNDES Participações S.A. – BNDESPAR, em razão de conversão de debêntures emitidas nos termos das
escrituras particulares da 1a e 2a emissão de debêntures conversíveis em ações preferenciais de nossa
emissão. Com isso a participação da BNDESPAR no capital total da Companhia passou de 16,18%
(43.693.757 ações preferenciais) para 21,83% (64.235.902 ações preferenciais). O preço de emissão das
ações preferenciais, de R$2,98527, foi fixado com base no valor das debêntures emitidas, atualizado e
ajustado de acordo com os critérios fixados nas respectivas escrituras de emissão.
A tabela abaixo apresenta a cotação mínima, média e máxima de negociação das nossas ações ordinárias
na BOVESPA, por ano, nos últimos 5 anos:
A tabela abaixo apresenta a cotação mínima, média e máxima de negociação das nossas ações ordinárias
na BOVESPA, por trimestre, nos últimos 2 anos:
A tabela abaixo apresenta a cotação mínima, média e máxima de negociação das nossas ações ordinárias
na BOVESPA, por mês, nos últimos 6 meses:
135
Dezembro de 2007 7,80 8,81 9,89 6.672,39
Janeiro de 2008 7,50 8,30 9,89 5.059,24
Fevereiro de 2008 6,80 7,63 8,85 9.406,74
Março de 2008 6,81 7,59 8,50 7.893,10
________________
Fonte: BOVESPA
A tabela abaixo apresenta a cotação mínima, média e máxima de negociação das nossas ações
preferenciais na BOVESPA, por ano, nos últimos 5 anos:
A tabela abaixo apresenta a cotação mínima, média e máxima de negociação das nossas ações
preferenciais na BOVESPA, por trimestre, nos últimos 2 anos:
A tabela abaixo apresenta a cotação mínima, média e máxima de negociação das nossas ações
preferenciais na BOVESPA, por mês, nos últimos 6 meses:
Nos últimos 5 anos, não houve aumentos de capital e nem houve distribuição de dividendos.
Emissão de Debêntures
Primeira emissão de debêntures. Em 1º de outubro de 1998, realizamos, por meio de distribuição privada,
a nossa primeira emissão debêntures simples não-conversíveis em uma série única de 13.330 debêntures,
cada uma com valor nominal de R$10.000,00, perfazendo o montante de R$133,3 milhões, com
vencimento final em 15 de julho de 2008, as quais são integralmente detidas pelo BNDES. Estamos
adimplentes com relação a todas as nossas obrigações decorrentes destas debêntures.
Para maiores informações sobre nossas debêntures vide a seção “Análise e Discussão da Administração
Sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais”, no item “Endividamento”, subitem “Dívidas
de Longo Prazo”, sub-item “Debêntures”.
136
Notas Promissórias
Para maiores informações sobre nossas debêntures vide a seção “Análise e Discussão da Administração
Sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais”, no item “Endividamento”, subitem “Dívidas
de Longo Prazo”, sub-item “Notas Promissórias com Cupom Fixo”.
137
O SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
Visão Geral
Segundo dados da ANEEL, a capacidade total de geração de energia instalada no Brasil, em 31 de março
de 2008, era de 100.352 MW, dos quais 76.869 MW (76,6%) eram de participação hidroelétrica (UHEs),
21.229 MW (21,2%) eram de participação termoelétrica (UTEs), 2.007 MW (2,0%) eram de participação
termonuclear e 247 MW (0,25%) eram de outros tipos de geração. Em 2003, o MME aprovou o plano
decenal de expansão em que a capacidade total de geração de energia instalada do Brasil está projetada
para atingir 117.473 MW até 2012, um crescimento de 3,4% ao ano em média, dos quais 90.022 MW
(76,6%) seriam de origem hidroelétrica, 17.072MW (14,5%) de termoelétricas, 8.201 MW (7,0%) de
pequenas centrais hidroelétricas (PCHs) e 2.178 MW (1,9%) representativos de parcela a ser importada
por meio do Sistema Interligado.
O consumo de energia no Brasil registrou em 2007 um total de 376.905 GWh, valor 5,4% superior ao de
2006, representando um crescimento comparável à evolução do PIB no mesmo período que foi também
de 5,4%.
O MME é o órgão do Governo Federal responsável pela condução das políticas energéticas do País. Após
a aprovação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, o Governo Federal, atuando basicamente por meio
do MME, assumiu certas obrigações que estavam previamente sob a responsabilidade da ANEEL,
destacando-se a outorga de concessões e a emissão de instruções regulando o processo de licitação para
concessões referentes aos serviços públicos no setor brasileiro de energia.
A ANEEL foi instituída em 1996 com as atribuições de regular e fiscalizar a produção, transmissão,
distribuição e comercialização de energia. Com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, a principal
responsabilidade da ANEEL passou a ser de regular e supervisionar o setor de energia elétrica em linha
com a política estabelecida pelo MME. As atuais responsabilidades da ANEEL incluem, entre outras (1)
administrar concessões para atividades de geração, transmissão e distribuição de energia, inclusive com a
aprovação de tarifas; (2) supervisionar a prestação de serviços pelas concessionárias e impor as multas
aplicáveis; (3) promulgar normas para o setor elétrico; (4) implantar e regular a exploração de fontes de
energia, inclusive o uso de energia hidroelétrica; (5) promover licitações para novas concessões; (6)
resolver disputas administrativas entre os agentes do setor; e (7) definir os critérios e a metodologia para
determinação de tarifas de transmissão.
O ONS foi criado em 1998, sob forma de entidade de direito privado sem fins lucrativos, constituída por
geradores, transmissores, distribuidores, consumidores livres e comercializadores de energia. A Lei do
Novo Modelo do Setor Elétrico concedeu ao MME poder para indicar três diretores para a Diretoria
Executiva do ONS. O papel básico do ONS é operar, supervisionar e controlar a geração de energia
elétrica no Sistema Interligado, bem como administrar a Rede Básica de transmissão de energia elétrica,
com o objetivo principal de atender aos requisitos de carga, otimizar custos e garantir a confiabilidade do
sistema, definindo ainda as condições de acesso à malha de transmissão em alta-tensão do País.
138
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
A CCEE, instituída pela Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, absorveu as funções e estruturas
organizacionais do Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE, originalmente uma entidade auto-
regulada. Entre suas principais obrigações estão (1) a realização de leilões de compra e venda de energia
no ACR, por delegação da ANEEL; (2) apuração do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), utilizado
para valorar as transações realizadas no mercado de curto prazo, a realização da contabilização dos
montantes de energia elétrica comercializados e a liquidação financeira dos valores decorrentes das
operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mercado de curto prazo.
A CCEE tem por finalidade viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado no
ACR e no ACL, além de efetuar a contabilização e a liquidação financeira das operações realizadas no
mercado de curto prazo, as quais são auditadas externamente, nos termos da Convenção de
Comercialização de Energia Elétrica. As Regras e Procedimentos de Comercialização que regulam as
atividades realizadas na CCEE são aprovados pela ANEEL.
Concessões
A Constituição Federal prevê que a exploração dos serviços e instalações de energia elétrica pode ser
realizada diretamente pelo Governo Federal ou indiretamente por meio da outorga de concessões,
permissões ou autorizações. Historicamente, o setor elétrico brasileiro foi explorado principalmente por
concessionárias de geração, distribuição e transmissão controladas pelo Governo Federal ou Estadual.
As empresas ou consórcios que desejam construir e/ou operar instalações para geração, transmissão ou
distribuição de energia no Brasil devem participar de processos licitatórios. Empresas ou consórcios que
desejem atuar em comercialização ou geração térmica devem solicitar permissão ou autorização ao MME
ou a ANEEL, conforme o caso. Concessões dão o direito de gerar, transmitir ou distribuir energia em
determinada área de concessão por um período determinado. Esse período é limitado a 35 anos para novas
concessões de geração e 30 anos para novas concessões de transmissão ou distribuição. Concessões
existentes poderão ser renovadas a critério do Poder Concedente.
A Lei de Concessões estabelece, entre outras matérias, as condições que a concessionária deve cumprir ao
fornecer serviços de energia, os direitos dos consumidores, e as obrigações da concessionária e do Poder
Concedente. Os principais dispositivos da Lei de Concessões estão resumidos como segue:
• Uso de terrenos. A concessionária poderá usar terrenos públicos ou solicitar que o Poder
Concedente desaproprie terrenos privados necessários à prestação de serviços em benefício da
concessionária. Em tal caso, a concessionária deve indenizar os proprietários dos terrenos
desapropriados.
• Intervenção pelo Poder Concedente. O Poder Concedente poderá intervir na concessão a fim de
garantir o desempenho adequado dos serviços e o cumprimento integral das disposições
contratuais e regulatórias. Dentro de 30 dias da data do decreto que autoriza a intervenção, o
Poder Concedente deve dar início a um processo administrativo em que a concessionária tem
direito de contestar a intervenção. Durante o processo administrativo, um interventor nomeado
pelo Poder Concedente passa a ser responsável pela manutenção da prestação dos serviços e da
própria concessão. Caso o processo administrativo não seja concluído dentro de 180 dias da data
139
do decreto, a intervenção cessa e a administração da concessão é devolvida à concessionária. A
administração da concessão é também devolvida à concessionária se o interventor decidir não
terminar a concessão.
• Término por decurso do prazo. Quando a concessão expira, todos os ativos, que são relacionados
à prestação dos serviços de energia são revertidos ao governo. Depois do término, a
concessionária tem direito de indenização por seus investimentos em ativos revertidos que não
tenham sido integralmente amortizados ou depreciados.
Penalidades
A regulamentação da ANEEL prevê a aplicação de sanções e penalidades aos agentes do setor elétrico e
classifica as penalidades com base na natureza e na relevância da violação (incluindo advertências,
multas, suspensão temporária do direito de participar em processos de licitação para novas concessões,
licenças ou autorizações e caducidade). Para cada violação, as multas podem atingir até 2,0% do
faturamento da concessionária (deduzidos o ICMS e o ISS), no período de 12 meses imediatamente
anteriores à lavratura do auto de infração. Algumas das infrações que podem resultar em aplicação de
multas referem-se às falhas das concessionárias em solicitar a prévia e expressa autorização da ANEEL
para determinados atos, inclusive, (1) assinatura de contratos entre partes relacionadas; (2) alienação ou
cessão de bens relacionados aos serviços prestados, bem como a imposição de quaisquer gravames
(incluindo qualquer espécie de garantia, caução, fiança, penhor ou hipoteca) sobre tais bens ou a receita
dos serviços de energia; ou (3) alterações no controle do detentor da autorização, permissão ou concessão.
No caso de contratos firmados entre partes relacionadas, a agência pode impor, a qualquer tempo,
restrições aos seus termos e condições e, em circunstâncias extremas, determinar sua rescisão.
A ANEEL estabeleceu metas para a expansão dos serviços de distribuição prestados por concessionárias e
permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, inclusive a meta final de tornar
universal o acesso à energia elétrica até 2014. A ANEEL definiu um fator de redução a ser aplicado às
tarifas durante o período em que as distribuidoras deixem de cumprir com os projetos de universalização.
Os recursos obtidos com o uso de bens públicos e as multas aplicadas às distribuidoras serão investidos
na expansão da meta dos serviços universais de distribuição pública de energia, conforme estipulado na
regulamentação editada pela ANEEL.
Em 11 de novembro de 2003, o Governo Federal instituiu o Programa Luz para Todos, sob coordenação
do MME e operacionalização da Eletrobrás, destinado a propiciar até o ano de 2010, o atendimento em
energia elétrica à parcela da população do meio rural brasileiro que ainda não possui acesso a esse serviço
público, por meio de subvenção econômica advinda da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE e
financiamentos com fundos da Reserva Global de Reversão – RGR.
140
Em 15 de março de 2004, o governo federal promulgou a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico em um
esforço para reestruturar o setor elétrico a fim de fornecer incentivos aos agentes privados e públicos para
construir e manter a capacidade de geração e garantir o fornecimento de energia a tarifas moderadas por
meio de processos competitivos de leilões públicos de energia. Essa lei foi regulamentada por inúmeros
decretos a partir de maio de 2004, e está sujeita à regulamentação posterior a ser emitida pela ANEEL e
pelo MME. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico tem, atualmente, sua constitucionalidade contestada
perante o Supremo Tribunal Federal. O Supremo Tribunal Federal ainda não emitiu um julgamento sobre
esta matéria.
A decisão final sobre o mérito da questão depende dos votos da maioria dos membros do Supremo
Tribunal Federal, em sessão cujo quorum mínimo seja de 8 (oito) Ministros. Não existe ainda uma
decisão sobre este mérito e, portanto, a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico continua em vigor.
Independentemente da decisão do Supremo Tribunal Federal, esperamos que certas disposições da Lei do
Novo Modelo do Setor Elétrico relacionadas à proibição de atividades não atinentes à distribuição de
energia elétrica pelas distribuidoras, incluindo vendas de energia elétrica para consumidores livres, e a
eliminação do direito à auto-contratação, continuem em vigor.
Se a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico for considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal, o marco regulatório introduzido pela Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico poderá perder a sua
eficácia, gerando incertezas a respeito de quando e como o Governo Federal introduzirá novas mudanças
no setor elétrico.
A desverticalização no setor de energia elétrica é um processo aplicável às empresas que atuam de forma
verticalmente integrada, tendo como objeto a segregação das atividades de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica e vem sendo implementada no Brasil desde 1995. Basicamente, o processo
de desverticalização tem como objetivos (1) preservar a identidade de cada concessão, (i) evitando a
contaminação na formação dos custos e da base de remuneração da atividade de serviço público, (ii)
permitindo a aferição do equilíbrio econômico-financeiro de cada concessão, (iii) ensejando a
transparência da gestão e (iv) permitindo que o mercado e os consumidores brasileiros sejam inteiramente
informados dos resultados de cada concessão; (2) efetivar e estimular a competição no setor elétrico nos
segmentos nos quais a competição é possível (geração e comercialização); bem como (3) aprimorar o
sistema de regulação dos segmentos nos quais há monopólio de rede (transmissão e distribuição).
Sob a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, concessionárias e companhias autorizadas a gerar e
transmitir energia elétrica no Sistema Interligado são proibidas de se associarem ou controlarem empresas
que distribuem energia elétrica no Sistema Interligado. As distribuidoras do Sistema Interligado, bem
como empresas permitidas ou autorizadas a distribuírem energia elétrica através do Sistema Interligado,
não podem (1) desenvolver atividades relacionadas à geração e transmissão de energia, (2) vender energia
a consumidores livres, (3) deter, direta ou indiretamente, qualquer participação em qualquer outra
empresa, ou (4) desenvolver atividades que não estejam relacionadas às suas respectivas concessões,
exceto aquelas permitidas por lei ou constantes do contrato de concessão.
Essas restrições não se aplicam nos seguintes casos: (i) fornecimento de energia elétrica em áreas de
sistemas isolados, (ii) ao atendimento de seu próprio mercado, desde que inferior a 500 GWh/ano e (iii)
na captação, aplicação ou empréstimo destinados à própria distribuidora ou a sociedade do mesmo grupo
econômico, mediante prévia anuência da ANEEL. Como a CELPA e a CEMAT atendem a sistemas
isolados, bem como a CFLO atende o próprio mercado com demanda inferior a 500 GWh por ano, essas
141
empresas não foram obrigadas pela Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico a desverticalizar suas
atividades de distribuição e geração de energia elétrica.
A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico concedeu um período de transição de 18 meses para as empresas
se ajustarem a essas regras, com vencimento em 15 de setembro de 2006, com possível prorrogação até
15 de março de 2008, na hipótese de as empresas não serem capazes de cumprir as exigências dentro do
período inicialmente prescrito. A Rede Energia já havia tomado as medidas necessárias para se adequar a
essas exigências antes mesmo de 15 de setembro de 2006.
De acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, negócios de compra e venda de energia serão
realizados em dois mercados: (1) consumidores cativos, que adquirem a energia necessária pelas
distribuidoras no ACR e pagam pelo uso da rede da distribuidora e (2) consumidores potencialmente
livres, que podem escolher comprar energia elétrica de outro fornecedor de energia e pagar somente pelo
uso da rede de seu distribuidor. Consumidores potencialmente livres são consumidores que preenchem os
requisitos de elegibilidade para serem consumidores livres, mas que não elegeram ser consumidores
livres.
Consumidores potencialmente livres são aqueles que podem exercer a opção por outro supridor de
energia elétrica, sendo caracterizados por:
• se ligados antes de 8 de julho de 1995, com demanda contratada acima de 3 MW, mas atendidos
em nível de tensão maior ou igual a 69 kV.
Os consumidores potencialmente livres são, em geral, grandes indústrias ou centros comerciais. Além
disso, consumidores com demanda contratada igual ou superior a 500 kW poderão ser servidos por
supridores, que não sua empresa local de distribuição, desde que contratando energia de fontes supridoras
com determinadas características, entre elas: PCHs, energia solar, eólica e biomassa.
Os consumidores potencialmente livres que tenham contratos com prazo indeterminado só poderão optar
pelo ACL, com entrega da energia a partir do ano subseqüente à opção, até 15 dias antes da data em que o
agente distribuidor deve informar ao MME a sua necessidade anual de compra de energia elétrica para
entrega no ano seguinte. Uma vez que um consumidor tenha optado pelo ACL, este somente poderá
retornar ao ACR se notificar seu distribuidor local com cinco anos de antecedência, ou em menor prazo a
critério do distribuidor. Tal exigência prévia busca, além de evitar comportamentos oportunistas pelo
consumidor potencialmente livre, garantir que o distribuidor possa comprar energia adicional no ACR
sem impor custos extras ao seu mercado cativo.
Atualmente, consumidores de alta tensão que compram energia de distribuidores de forma regulada o
fazem a preços subsidiados. Esse subsídio, conhecido por “subsídio cruzado”, começou a ser
gradualmente retirado a partir de julho de 2003 e foi totalmente eliminado até 2007, por meio de um
processo denominado de realinhamento tarifário.
142
A ANEEL regula as tarifas de distribuição que as distribuidoras são permitidas a cobrar de seus
consumidores cativos. Diferentes tarifas são estabelecidas para consumidores residenciais, comerciais,
industriais e rurais, bem como para agências públicas, iluminação pública e consumidores do setor
público. Desde 2002, consumidores de baixa renda têm se beneficiado de uma tarifa especial estabelecida
pelo Governo Federal por meio da ANEEL. Durante o ano de 2002, o déficit gerado pela aplicação desta
tarifa especial foi financiado pela Eletrobrás com fundos da RGR. Em 2002, de acordo com o Decreto n.º
4.336, de 15 de agosto de 2002, foi determinado que as empresas de distribuição seriam compensadas
pela perda de receitas resultante da tarifa especial pelo Governo Federal com fundos derivados de
dividendos pagos pela Eletrobrás e outras empresas estatais federais e da CDE.
Os valores das tarifas de distribuição são reajustados anualmente pela ANEEL, conforme fórmula
paramétrica prevista no contrato de concessão. Ao ajustar tarifas de distribuição, a ANEEL divide a
receita das concessionárias de distribuição em duas parcelas correspondentes aos seguintes custos: (1)
custos exógenos aos da distribuidora (chamado de custos “não gerenciáveis”), ou Parcela A, e (2) custos
sob o controle das distribuidoras (chamado de custos “gerenciáveis”), ou Parcela B. Os custos da Parcela
A incluem, entre outros:
• custos de energia comprada para revenda (1) de acordo com Contratos Iniciais; (2) de acordo
com contratos bilaterais livremente negociados entre as partes; (3) custos de energia comprada
de Itaipu; e (4) preços de energia comprada em leilões públicos.
A Parcela B compreende (1) componente concebido para compensar a distribuidora com o custo de
armazenagem de seus ativos, (2) custos de depreciação e (3) componente concebido para compensar a
distribuidora por seus custos operacionais e de manutenção. Estes custos da Parcela B são determinados
subtraindo-se os custos da Parcela A da receita da distribuidora.
O contrato de concessão de cada empresa de distribuição estabelece 3 formas de reajuste: (1) um reajuste
anual de tarifa; (2) revisão periódica das tarifas com intervalos que geralmente variam entre três e cinco
anos, conforme o contrato de concessão, para recalibrar os custos da Parcela B; e (3) revisão
extraordinária, analisadas caso a caso, para assegurar equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras e
compensá-las por custos imprevisíveis, inclusive impostos, que alterem significativamente sua estrutura
de custos.
Encargos Setoriais
Empresas de distribuição e empresas de geração que vendem diretamente a consumidores finais são
obrigadas a contribuir para a Conta de Consumo de Combustível - CCC que foi criada pela Lei nº 7.990,
de 28 de dezembro de 1989, conforme alterada, com o objetivo de gerar reservas financeiras para
cobertura de custos de combustíveis associados ao aumento do uso de usinas de energia termoelétrica. As
contribuições anuais são calculadas com base em estimativas do custo de combustível necessário para a
geração de energia pelas usinas termoelétricas no ano seguinte. A CCC é administrada pela Eletrobrás.
Em fevereiro de 1998, o Governo Federal extinguiu a CCC. Estes subsídios estão sendo gradualmente
extintos, desde 2003, durante um período de três anos para usinas de energia termoelétrica construídas até
fevereiro de 1998 e atualmente pertencentes ao Sistema Interligado. Usinas termoelétricas construídas
depois daquela data não terão direito a subsídios da CCC. Em abril de 2002, o Governo Federal
estabeleceu que os subsídios da CCC continuariam a ser pagos às usinas termoelétricas localizadas em
sistemas isolados por um período de 20 anos com o intuito de promover a geração de energia nestas
regiões. Nós recebemos subsídios relativos às operações de termoelétricas de nossas subsidiárias CEMAT
e CELPA.
Em 2002, o Governo Federal instituiu a CDE, que é financiada por pagamentos anuais feitos por
concessionárias pelo uso de ativos públicos, penalidades e multas impostas pela ANEEL e, desde 2003,
pelas taxas anuais pagas por agentes que oferecem energia a usuários finais, por meio de um valor
143
adicionado às tarifas pelo uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Estas taxas são reajustadas
anualmente. A CDE foi criada para dar suporte (1) ao desenvolvimento da produção de energia em todo o
País, (2) à produção de energia por fontes alternativas, e (3) à universalização de serviços de energia em
todo o Brasil. A CDE permanecerá em vigor por 25 anos e é administrada pela Eletrobrás. Recebemos
pagamentos de reembolso da CDE como parte de nossos investimentos no Programa Luz para Todos.
Em determinadas circunstâncias, as empresas de energia são compensadas por ativos ainda não
depreciados, usados na concessão caso a mesma seja revogada ou não renovada ao final do contrato de
concessão. A Reserva Global de Reversão (RGR) foi criada pelo Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de
1957, conforme alterado, com o objetivo de prover fundos para essa compensação. Em fevereiro de 1999,
a ANEEL revisou a cobrança do RGR exigindo que todas as distribuidoras e determinadas geradoras que
operam sob regime de serviço público fizessem contribuições mensais ao Fundo RGR a uma taxa anual
equivalente a 2,5% dos ativos imobilizados da empresa em serviço, até um teto de 3% do total das
receitas operacionais em cada ano. Nos últimos anos, o Fundo RGR tem sido usado, principalmente, para
financiar projetos de geração e distribuição. O Fundo RGR está programado para ser suspenso até 2010, e
a ANEEL está obrigada a revisar a tarifa de tal forma que o consumidor receba algum benefício pelo
término do Fundo RGR. Recebemos pagamentos de reembolso fundo da RGR como parte de nossos
investimentos no Programa Luz para Todos.
A Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) foi instituída pela Lei nº 9.427 de 26 de
dezembro de 1996, conforme alterada, e equivale a 0,5% do benefício econômico anual auferido pela
concessionária. Trata-se de parcela cujo valor anual é estabelecido pela ANEEL com a finalidade de
constituir sua receita e destina-se à cobertura do custeio de suas atividades. A TFSEE fixada anualmente é
paga mensalmente em duodécimos pelas concessionárias.
Em 2002, o PROINFA foi criado pelo Governo Federal com a finalidade de criar incentivos para o
desenvolvimento de fontes alternativas de energia, tais como projetos de energia eólica, pequenas usinas
hidroelétricas e projetos de biomassa, no Sistema Interligado. Nos termos do PROINFA, a Eletrobrás
compra a energia gerada por estas fontes alternativas por um período de 20 anos e a repassa para os
consumidores livres e distribuidoras, as quais se incumbem de incluir os custos do programa em suas
tarifas para todos os consumidores finais da área de concessão, a exceção dos consumidores de baixa
renda. Em primeira fase, o PROINFA está limitado a uma capacidade contratada total de 3.300 MW (um
terço para cada fonte). Projetos que buscam qualificar-se para os benefícios oferecidos pelo PROINFA
devem estar totalmente operacionais até 30 de dezembro de 2008.
Pesquisa e Desenvolvimento
Despesas de Transmissão
As despesas de transmissão que compõem a Parcela A dos custos de uma distribuidora incluem
pagamentos pelo uso e acesso da Rede Básica, bem como de tarifas de transmissão da energia comprada
da Itaipu e ONS.
A TUST é paga por empresas de distribuição, geradoras e consumidores livres pelo uso da Rede Básica e
é revisada anualmente de acordo com (i) a inflação e (ii) a receita anual das empresas de transmissão (que
incorpora custos de expansão da própria rede). De acordo com critérios estabelecidos pela ANEEL,
proprietários das diferentes partes da rede de transmissão transferiram a coordenação de suas instalações
144
para o ONS em contrapartida do recebimento de pagamentos de usuários do sistema de transmissão.
Usuários da rede, inclusive empresas de geração, empresas de distribuição e consumidores livres,
assinaram contratos com o ONS que lhes conferem o direito de usar a rede de transmissão mediante o
pagamento de tarifas. Outras partes da rede que são de propriedade de empresas de transmissão mas não
consideradas como parte da Rede Básica, são disponibilizadas diretamente aos usuários interessados que
pagam uma tarifa específica para a empresa de transmissão proprietária de tais instalações.
A usina de Itaipu possui uma rede de transmissão exclusiva operada em corrente contínua e alternada, que não
é considerada como parte da Rede Básica ou do sistema de conexão intermediário. O uso deste sistema é
remunerado por uma tarifa específica chamada de tarifa de transporte de Itaipu, paga pela CELTINS e
CEMAT, bem como pelas empresas que compulsoriamente compram energia de Itaipu, proporcionalmente às
respectivas quotas.
Pagamento de Ativos
O pagamento de ativos que compõem a Parcela B de custos de uma distribuidora é calculada pela base de
remuneração regulatória da distribuidora e multiplicado pelo custo médio ponderado do capital da
distribuidora. A base de remuneração regulatória da distribuidora é o (i) ativo imobilizado em serviço, avaliado
e depreciado, (ii) almoxarifado de operação, (iii) ativo diferido, (iv) obrigações especiais, proporcionalmente ao
valor do investimento da distribuidora e (v) capital de giro estritamente necessário à movimentação da
distribuidora.
De acordo com as normas regulamentares, o valor depreciado dos ativos imobilizados em serviço da
distribuidora é determinado pelo inventário dos ativos imobilizados, utilizando o valor novo do ativo como
base para a determinação do seu valor de mercado e descontando o valor desses ativos pelo número de anos
que eles estiveram em uso. O inventário de ativos existentes só é feito nas revisões tarifárias dos anos
terminados em números ímpares. Ativos imobilizados adquiridos depois do último estoque físico são
adicionados à base de remuneração regulatória aplicando um valor novo para estes ativos. Durante a revisão
tarifária periódica no qual o inventário não é conduzido, o valor do ativo imobilizado previamente reconhecido
será indexado por IGP-M e reduzido pela depreciação destes ativos ao longo dos anos.
Custos de Depreciação
O custo de depreciação que compõe o custo da Parcela B de uma distribuidora é calculado pela multiplicação
do valor novo do ativo imobilizado da distribuidora pela taxa média de desvalorização da distribuidora, a qual é
estabelecida pelas regulamentações aplicáveis.
Os custos de operação e manutenção que compõem o custo da Parcela B de uma distribuidora são calculados
com referência ao custo de operação e manutenção simulado de uma distribuidora virtual (benchmark)
prestando serviço na mesma área de concessão. Para determinar os custos de operação e manutenção desta
distribuidora hipotética, as distribuidoras negociam com a ANEEL os valores de simulação da empresa de
referência (benchmark) para custos de operação e manutenção, custos de gerenciamento e vendas, custos
administrativos e custos relacionados ao inadimplemento dos consumidores da distribuidora.
Reposicionamento Tarifário
O reajuste anual é um evento que ocorre anualmente, conforme estipulado no contrato de concessão. Este
reajuste anual é definido pelo IRT – Índice de Reajuste Tarifário, que leva em consideração a correção
das duas parcelas que compõem a receita da distribuidora, a saber:
• Parcela A – composta pelos custos não-gerenciáveis tais como: a compra da energia elétrica, os
encargos do uso da rede e os encargos regulatórios, que são repassados ao consumidor
observando em alguns casos os limites estipulados pela ANEEL; e
145
• Parcela B – parcela relativa aos custos gerenciáveis que são representados pelos custos de
operação e manutenção, pelo retorno dos investimentos relacionados ao sistema de distribuição
de energia elétrica, bem como os custos de depreciação e amortização corrigido pelo IGP-M,
subtraída do Fator X (índice que reflete os ganhos de produtividade auferidos pela distribuidora
que são compartilhados com consumidores).
Tarifas de distribuição são ajustadas pela ANEEL com bases periódicas de geralmente a cada 3 a 5 anos,
dependendo de como consta no contrato de concessão da distribuidora. Cada uma de nossas quatro
distribuidoras tiveram suas respectivas revisões tarifárias em 2007 ou 2008, sendo que para a CELTINS
tão revisão está programada para ocorrer em julho de 2008. A CELPA teve uma revisão tarifária
periódica em agosto de 2007 e as nossas demais distribuidoras tiveram, ou terão, suas revisões tarifárias
periódicas entre fevereiro de 2008 e julho de 2008. Como parte destes ajustes, (1) todos os custos da
Parcela B da distribuidora são recalculados; e (2) o Fator X que permanecerá válido para o reajuste anual
de tarifa anterior ao próximo período de ajuste tarifário é calculado. O Fator X para cada distribuidora é
calculado com base em três componentes: (i) Xc estabelecido a cada ano, é baseado na satisfação do
cliente conforme pesquisa da ANEEL; (ii) Xa, também estabelecido a cada ano, é calculado considerando
a diferença entre os índices de inflação IPCA e o IGP-M multiplicada pelos custos totais com pessoal da
distribuidora (uma vez que usualmente os aumentos de salários se baseiam no IPCA e os aumentos da
Parcela B se baseiam no IGP-M); e (iii) Xe, estabelecido a cada revisão periódica de acordo com a
projeção dos ganhos de produtividade que serão auferidos pela concessionária devido ao crescimento de
mercado até a próxima revisão tarifária.
Atividades desempenhadas pela distribuidora que não são associadas à distribuição de energia elétrica são
incluídas nos cálculos da revisão tarifária periódica como fontes alternativas de receita da distribuidora.
Distribuidoras de energia têm direito à revisão extraordinária, analisadas caso a caso, para assegurar seu
equilíbrio econômico-financeiro e compensá-las por custos imprevisíveis e extraordinários, inclusive
impostos, que alterem significativamente sua estrutura de custos. Revisões tarifárias extraordinárias foram
concedidas (1) em Junho de 1999, para compensar o aumento de custo da energia comprada da Itaipu, em
razão da desvalorização do Real em frente ao Dólar, (2) em 2000, para compensar o aumento do COFINS
de 2% para 3% e (3) em Dezembro de 2001, para compensar as perdas causadas pelo programa de
racionamento.
Consumidores livres e outras concessionárias pagam a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD,
a qual é regulada pela ANEEL para o uso do sistema da distribuidora na qual são conectadas. O TUSD
consiste nos seguintes componentes:
• Serviço B (dimensionada para remunerar os ativos das distribuidoras, quotas em uma quantidade
igual aos custos de depreciação e operação a serem adicionadas de volta à base de ativos da
distribuidora, em cada caso, conforme estabelecido nas revisões tarifárias periódicas da
distribuidora);
• CCC;
• CDE; e
• PROINFA.
146
O TUSD é revisado anualmente conforme as mudanças de seus componentes, os quais incluem os custos
da operação e manutenção da rede, tarifas regulamentares, compensação por investimentos e depreciação.
As empresas distribuidoras de energia podem repassar aos seus consumidores cativos através de suas
tarifas de distribuição os custos de aquisição de energia elétrica comprada para venda (1) de acordo com
Contratos Iniciais; (2) de acordo com contratos bilaterais livremente negociados entre as partes; (3) custos
de energia comprada de Itaipu; e (4) preços de energia comprada em leilões públicos.
De acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, negócios de compra e venda de energia serão
realizados em dois mercados: (1) o ACR, no qual as distribuidoras adquirem a energia necessária para
atendimento de seus consumidores cativos por meio de leilão público, que inclui a contratação de energia
elétrica pelas empresas de distribuição por meio de leilões para o atendimento a todo o seu mercado e (2)
ACL, que inclui a compra e venda de energia livremente negociada por geradores, consumidores livres e
comercializadores.
De acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, o procedimento de leilões públicos para o
fornecimento de energia para o ACR não se aplica à energia gerada por:
• geradoras de baixa capacidade instalada, tal como PCHs ou usinas de geração conectadas
diretamente ao sistema da distribuidora;
• Itaipu; ou
Uma vez que a compra de energia para consumidores cativos passou a ser realizada no ACR, a
contratação entre partes relacionadas (self-dealing), por meio da qual as distribuidoras podiam atender até
30% de suas necessidades de energia por meio da energia adquirida de empresas afiliadas, não é mais
permitida, exceto no contexto dos contratos que foram devidamente aprovados pela ANEEL antes da
promulgação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico ou em função de leilões de energia onde empresas
afiliadas atuarem concomitantemente como vendedoras e compradoras.
Para minimizar os efeitos de perdas resultantes dos consumidores potencialmente livres escolhendo se
tornar consumidores livres, distribuidoras podem reduzir a quantidade de energia contratada com as
geradoras, proporcionalmente ao volume de energia que eles não irão mais distribuir aos consumidores
livres.
Contratos Iniciais
Em conexão com o programa nacional de desestatização e para garantir que a transição de um mercado
regulado para não regulado fosse tão tranqüilo quanto possível, geradoras e distribuidoras de energia
foram solicitadas a compra e vender energia no âmbito dos Contratos Iniciais. Os Contratos Iniciais do
período de 1998 a 2008 continham preços não negociáveis (em reais) e quantidades quer eram reguladas
pela ANEEL. O preço dos Contratos Iniciais eram revisados anualmente conforme o IGP-M nas datas
coincidentes com as revisões de tarifas das distribuidoras de forma que qualquer aumento nos custos sob
os Contratos Iniciais eram repassados adiante para os consumidores através dos aumentos das tarifas de
distribuições. O volume de energia comprada pelas companhias distribuidoras, inclusive pela Rede
Energia, conforme os Contratos Iniciais permaneceram firmes de 1998 até 2002, mas de acordo com as
regulamentações da ANEEL, começaram a cair 25,0% anualmente a partir de dezembro de 2002, e os
Contratos Iniciais começaram a vender em 31 de dezembro de 2005.
Contratos Bilaterais
Antes do sancionamento da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, distribuidoras celebraram contratos
bilaterais com companhias geradoras, inclusive afiliadas de distribuidoras. Nesses contratos bilaterais,
147
preços foram livremente negociados entre as partes. Os preços negociados nesses contratos bilaterais
foram influenciados primariamente pelas limitações regulamentares na capacidade das distribuidoras de
transferirem os custos da energia comprada para seus consumidores através das tarifas. Após o
sancionamento da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, esses contratos bilaterais permaneceram
válidos com base nos seus próprios termos. Contudo, a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico prevê que
os termos, preços e volumes de contratos bilaterais celebrados por distribuidoras e aprovadas pela
ANEEL antes da sanção da Lei do Novo Modelo não podem ser aditados.
Itaipu
Itaipu é a maior hidroelétrica em operação no mundo, com uma capacidade instalada de 12.600 MW e
localizada na fronteira entre o Brasil e Paraguai. O Governo Federal detém a participação acionária de
50% do capital total da Itaipu através da Eletrobrás, e os remanescentes 50% pertencem ao governo do
Paraguai. CELTINS e CEMAT, bem como as distribuidoras que fazem parte do sistema conectado no sul,
sudeste e centro-oeste do Brasil, compulsoriamente compram da Eletrobrás quotas de energia gerada por
Itaipu, por exigência da ANEEL.
A tarifa pela qual a energia gerada por Itaipu é vendida é denominada em Dólar e estabelecida conforme
o acordo internacional entre o Brasil e o Paraguai. Consequentemente, as tarifas da Itaipu variam
conforme a flutuação cambial do Real contra o Dólar. Variações no preço da energia gerada por Itaipu é
sujeita à recuperação como parte dos custos da Parcela A.
Nos termos da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, as distribuidoras devem contratar 100% da sua
demanda esperada de energia elétrica para suas respectivas áreas de concessão. Para cumprir essa
finalidade, as distribuidoras devem realizar aquisições de energia nos leilões regulados pela ANEEL, seja
para a aquisição junto de projetos de geração já existentes ou novos.
No ACR, empresas de distribuição compram energia para seus mercados de energia por meio de leilões
públicos regulados pela ANEEL, e operacionalizados pela CCEE. Compras de energia serão feitas por
meio de dois tipos de contratos: (1) Contratos de Quantidade de Energia utilizados para Usinas
Hidroelétricas, e (2) Contratos de Disponibilidade de Energia, utilizados para Usinas Termelétricas. Esses
tipos de contratos estarão formalizados por meio de um Contrato de Comercialização de Energia Elétrica
no Ambiente Regulado - CCEAR.
Leilões de Energia
148
consumidores que dispõem das condições necessárias à opção pelo fornecimento no ACL e optam por
continuar como consumidores cativos da distribuidora local - consumidores potencialmente livres.
Os editais de licitação dos leilões serão preparados pela ANEEL em conformidade com as diretrizes
definidas pelo MME, inclusive a exigência de utilizar a maior oferta como critério para determinar o
vencedor do leilão. O MME determina o preço máximo de venda de energia nos leilões.
Cada geradora que participar do leilão assinará um contrato para a compra e venda de energia elétrica
com cada distribuidora participante do leilão, na proporção da respectiva demanda estimada de energia
elétrica das distribuidoras. A única exceção a essas regras é o leilão de ajuste de mercado, no qual os
contratos serão firmados entre as geradoras e distribuidoras específicas. O preço dos contratos de compra
são revisados anualmente para refletir as alterações do IPCA.
As distribuidoras obrigatoriamente tem que oferecer garantias financeiras para o adimplemento dos
contratos de compra de energia através (1) de um certificado de depósito emitido por um banco, ou (2)
uma fiança bancária garantida com o penhor de receitas da distribuidora em quantia igual à média das três
últimas faturas relativas ao contrato de compra de energia.
Leilões de energia gerada por geradoras existentes antes de 16 de Março de 2004 que tinham comprado
contratos de energia aprovados pela ANEEL ocorrerão:
• um ano antes da data de entrega inicial no contrato de compra de energia, que são referidos
como “Leilões A-1”; e
• aproximadamente 4 meses depois da data de entrega, que são referidos como “leilões de ajuste
de mercado”.
Os contratos de compra executados em conexão com os leilões de A-1 terão prazo entre 5 e 15 anos. Os
contratos de compra executados em conexão com os leilões de ajuste de mercado devem durar,
obrigatoriamente, 2 anos ou menos. O CCEE já organizou leilões com datas de entrega inicial a partir de
2005 até 2009. Os contratos de compra executados em conexão com estes leilões têm prazo de 7 anos.
Em algumas circunstâncias as distribuidoras são permitidas a reduzir a quantidade de energia que elas têm
que comprar no âmbito dos contratos de compra celebrados no leilões de energia existente. No caso de
um consumidor potencialmente livre de uma distribuidora exercer a opção de se tornar consumidor livre,
a distribuidora pode reduzir seu compromisso de compra pela quantidade que havia estimado que iria
suprir o consumidor potencialmente livre. No caso da demanda efetiva por energia experimentada pela
distribuidora 2 anos depois do início da declaração da demanda for menor que a demanda estimada por
ela, a distribuidora poderá reduzir seus compromissos em até 4% ao ano da quantidade inicialmente
contratada. No caso da distribuidora aumentar a quantidade de energia que ela compra sob os contratos
celebrados antes do sancionamento da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico relativas à expansão de
PCHs, a distribuidora pode reduzir seus compromissos de compra pela quantidade equivalente ao
aumento de suas compras realizadas.
Leilões de energia gerada por geradoras que se tornaram operacionais depois de 16 de março de 2004 ou
que eram operacionais antes desta data, mas que não tinham tidos seus contratos de compra aprovados
pela ANEEL, acontecerão:
• 5 anos antes da data de entrega inicial especificada no contrato de compra, que são referido
como “A-5”; e
• 3 anos antes da data de entrega inicial especificada no contrato de compra, que são referido
como “A-3”.
Os contratos de compra celebrados no âmbito de leilões A-5 e A-3 possuem prazo de vencimento entre 15
e 30 anos. A CCEE é responsável pela organização de leilões A-5 e A-3 para datas de entrega inicial de
149
2008 até 2010. Os contratos de compra celebrados no âmbito destes leilões têm, cada um, prazo de 30
anos para os projetos de UHEs e 15 anos para UTEs.
A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico criou o Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits
(MCSD). Este mecanismo permite a transferência, entre distribuidoras, de volumes de energia contratados
através dos CCEARs. Tal mecanismo, de periodicidade mensal, constitui-se em um importante
instrumento para a mitigação do risco de mercado para as distribuidoras, pois as empresas com volumes
contratados excedentes podem transferi-los para aqueles com insuficiência de energia elétrica contratada.
Para contratos de compra de energia pelas distribuidoras, celebrados até 16 de março de 2004, ficaram
mantidas as normas para cálculo do repasse dos custos de aquisição da energia, com limites de repasse
dos preços de compra às tarifas dos consumidores da distribuidora, baseados em Valores Normativos,
determinados pela ANEEL. Para contratos de compra de energia celebrados após aquela data, os critérios
de repasse foram alterados, conforme explicado abaixo.
A regulamentação estabelece um mecanismo, o Valor Anual de Referência - VR, que limita os custos a
serem repassados para o consumidor final. Esse Valor Anual de Referência - VR corresponde à média
ponderada dos preços de energia elétrica nos leilões “A-5” e “A-3”, calculada para todas as distribuidoras.
O Valor Anual de Referência - VR cria um incentivo para que as distribuidoras contratem sua demanda
estimada de energia elétrica nos leilões “A-5”, onde os preços devem ser menores do que nos leilões “A-
3”. Ele será aplicado durante os primeiros três anos dos contratos de compra de energia elétrica de novos
projetos de geração de energia. Após o quarto ano, os custos de aquisição de energia elétrica desses
projetos poderão ser repassados integralmente. O decreto estabelece as seguintes limitações à capacidade
das distribuidoras de repassar custos ao consumidor:
• nenhum repasse de custos de compras de energia elétrica deverá exceder 103% da demanda real;
• repasse limitado de custos de compras de energia elétrica realizadas em um leilão “A-3”, caso o
volume da energia elétrica adquirida ultrapasse 2% da demanda de energia elétrica adquirida nos
leilões “A-5”;
• de 2005 a 2008, as compras de energia elétrica de instalações existentes no leilão “A-1” estão
limitadas a 1% da demanda das distribuidoras. Caso a energia elétrica adquirida no leilão “A-1”
ultrapasse 1%, o repasse de custos ao consumidor final será limitado a 70% do valor médio dos
referidos custos de aquisição da energia elétrica gerada por instalações de geração existentes
para entrega entre 2005 e 2008; e
150
No ACL, compras e vendas de energia são feitas através de contratos bilaterais que são livremente
negociados e preços e condições que são livremente aceitos pelas partes. Neste ambiente, a competição
existe entre concessionários e autorizados de geração, empresas que comercializam energia, importadores
e consumidores livres.
Comercialização de Energia
A comercialização de energia como atividade autônoma está prevista na Lei nº 9.648 de 27 de maio de
1998, conforme alterada, e no Decreto nº 2.655 de 02 de julho de 1998, conforme alterado, estando sujeita
a um regime competitivo, do qual diversos agentes podem participar, entre os quais as geradoras, atuando
no regime de serviço público ou no de produção independente, os agentes comercializadores e/ou
importadores de energia. Diferentemente da prestação dos serviços de distribuição e transmissão, cujos
preços são regulados, na comercialização de energia elétrica os preços são fixados livremente, balizados
pelas condições de mercado.
Sob a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, novas concessões de geração serão concedidas
para a companhia que fizer a oferta com menor tarifação para a venda de energia no ACR.
De acordo com as regras de comercialização em vigor, a proteção financeira contra riscos hidrológicos
para os geradores é garantida através do MRE. O MRE é um mecanismo financeiro que objetiva o
compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os geradores, na busca de garantir a otimização dos
recursos hidroelétricos do Sistema Interligado.
Sua função é garantir que todos os geradores participantes do MRE comercializem a energia assegurada
que lhes foi atribuída pela ANEEL, independente de sua produção real de energia, desde que as usinas
participantes do MRE, como um todo, tenham gerado energia suficiente para tal. Em outras palavras, o
MRE realoca a energia, transferindo (ou alocando) a energia excedente daquelas que geraram acima de
suas Energias Asseguradas para aquelas que geraram abaixo de suas Energias Asseguradas. O despacho
das usinas é determinado pelo ONS, que leva em conta a demanda de energia, as condições hidrológicas
do Sistema Interligado e as limitações da transmissão.
O ressarcimento dos custos de geração da energia realocada é realizado para compensar os geradores que
realocam energia ao sistema acima de seu montante de energia assegurada. Isto é feito através do
pagamento de seus custos variáveis de operação (exceto combustível) e das compensações financeiras
pelo uso da água. Os custos desta energia realocada (de todos os geradores que doaram energia ao MRE)
serão então totalizados e pagos por todos aqueles geradores que receberem energia do MRE.
O MRE abrange todas as usinas hidroelétricas sujeitas ao despacho centralizado, as pequenas centrais
hidroelétricas que optaram pela inclusão no mecanismo e as usinas térmicas com despacho centralizado,
contempladas nos Contratos Iniciais e que tenham seus custos de combustível cobertos pela CCC (Conta
de Consumo de Combustível Fósseis). Desde 2003 as usinas da CCC participam apenas parcialmente do
MRE, em função da redução gradual do subsídio.
Tarifas Regulamentares
Além do fundo de RGR e da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica, empresas geradoras
devem pagar as seguintes tarifas regulamentares.
151
Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Hídricos
À exceção de algumas PCHs, todas as instalações hidroelétricas no Brasil, inclusive UHE Lajeado e UHE
Guaporé, devem pagar uma taxa a Estados e municípios pelo uso de recursos hídricos, a Compensação
Financeira pelo Uso de Recursos Hídricos, ou CFURH, que foi introduzida em 1989. As taxas são
determinadas com base no volume de energia gerado por cada empresa e são pagas aos Estados e
municípios onde a usina ou o reservatório da usina está localizado.
No modelo institucional anterior a 2004, o Governo Federal impunha um encargo aos produtores
independentes de energia baseada em recursos hídricos, exceto por PCHs, similar ao encargo cobrado de
empresas do setor público em associação como Fundo RGR. Produtores independentes de energia eram
obrigados a fazer contribuições ao Fundo de Uso de Bem Público, ou Fundo UBP, de acordo com as
regras do processo de licitação pública correspondente para a outorga de concessões.
152
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
Organograma Societário
OUTROS
MHPA JQMJ BBPM ELUCID PARTNERS
Pessoa Física
DENERGE
18,7%
21,1% 58,1% 2,2%
65,0% 100,0%
51,3%
10,1% CELPA (*)
REDESERV 99,5%
50,9%
39,9% CEMAT (*) TOCANTINS
ENERGIA TANGARÁ 61,7%
100,0% CAIUÁ
VALE DO
VACARIA 51,0% 100,0% JURUENA
50,9% CELTINS
12,7% 17,6%
REDE LAJEADO 29,6%
91,5% EEB
39,6%
98,7% CNEE
Abaixo segue uma tabela com nossas participações acionárias diretas e indiretas (capital total e capital
votante) em nossas principais controladas nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de Em 31 de março de
Empresas Atividade 2007 2006 2005 2008
Capital Capital
Capital Total (%)
Total (%) Votante (%)
CELPA Distribuição 43,4 43,4 43,4 43,4 45,9
CEMAT Distribuição 39,9 37,5 37,5 39,9 61,8
CELTINS Distribuição 50,9 50,9 50,9 50,9 70,0
Caiuá Distribuidora Distribuição 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
EEB Distribuição 91,5 91,5 91,5 91,5 96,4
CNEE Distribuição 98,7 98,7 98,7 98,7 100,0
CFLO Distribuição 97,7 97,7 97,7 97,7 97,7
EDEVP Distribuição 100,0 100,0 --- 100,0 100,0
Rede Lajeado Geração 53,7 53,6 99,9 53,7 93,6
Tangará Energia Geração 70,8 67,3 61,7 70,8 100,0
Rede Power do Brasil S.A. Prest. Serviços 99,9 99,8 99,8 99,9 99,9
QMRA Participações S.A. Holding 65,0 65,0 65,0 65,0 65,0
REDECOM Comercialização 99,6 99,6 --- 99,6 99,6
REDESERV Prest. Serviços 99,5 99,5 --- 99,5 99,5
153
NOSSAS ATIVIDADES
Visão Geral
Somos uma empresa integrada de energia e atuamos na distribuição, geração e comercialização de energia
elétrica no mercado brasileiro. Possuímos a maior área de concessão de distribuição do Brasil, cobrindo
cerca de 2.458.751 km2, que são equivalentes a aproximadamente 30% do território nacional, e abrigam
uma população total de mais de 13,0 milhões de habitantes. Distribuímos energia elétrica para
aproximadamente 3,4 milhões de consumidores em 506 municípios em seis Estados em 31 de março de
2008. Nossas áreas do Norte e Centro-Oeste (CELPA, CEMAT e CELTINS), juntas, apresentaram um
crescimento médio anual de 7,3% no consumo de eletricidade nos últimos 5 anos, crescimento 40,4%
superior à média nacional de crescimento de consumo.
Nossa principal atividade é a distribuição de energia elétrica, que realizamos por meio de nossas
controladas CELPA, CEMAT, CELTINS e REDE SUL/SUDESTE. Nossas atividades de geração de
energia elétrica incluem participações na UHE Lajeado, na UHE Guaporé e na PCH Juruena, que
representam uma capacidade total instalada de [1.028,6]MW. Adicionalmente, através de nossa
subsidiária REDECOM comercializamos energia elétrica em todo Brasil.
Distribuição
Em 2007, nossas atividades de distribuição representaram 83,6% do nosso EBITDA consolidado. Segue
abaixo breve descrição das nossas distribuidoras:
• CELPA: única distribuidora do Estado do Pará, que é o segundo maior Estado do Brasil em
extensão, cobrindo aproximadamente 14,7% do território brasileiro, onde o consumo de
energia elétrica cresceu em média nos últimos 5 anos 6,7% ao ano, que representa um
crescimento de 1,93 pontos percentuais superior à média nacional no período. Em 2007 a
CELPA vendeu 5.117 GWh para aproximadamente 1.498 mil consumidores. Possuímos
participação de 45,9% do capital votante e 43,4% do capital total da CELPA.
• CEMAT: única distribuidora do Estado do Mato Grosso, que é o terceiro maior Estado do
Brasil em extensão, cobrindo aproximadamente 10,6% do território brasileiro. Neste Estado
o consumo de energia elétrica cresceu em média nos últimos 5 anos 7,8% ao ano, que
representa um aumento de 3,90 pontos percentuais superior à média nacional no período.
Em 2007 a CEMAT vendeu 4.347 GWh para aproximadamente 875 mil consumidores.
Possuímos participação de 61,8% do capital votante e 39,9% do capital total da CEMAT.
154
• CELTINS: única distribuidora do Estado de Tocantins, que cobre aproximadamente 3,3% do
território brasileiro. Neste Estado o consumo de energia elétrica cresceu em média nos
últimos 5 anos 8,2% ao ano, que representa um crescimento de 4,73 pontos percentuais
superior à média nacional no período. Em 2007 a CELTINS vendeu 1.068 GWh para
aproximadamente 373 mil consumidores. Possuímos participação de 70,0% do capital
votante e 50,9% do capital total da CELTINS.
Geração
• UHE Lajeado: operamos esta usina e detemos uma participação de 45,4% da energia
produzida na UHE Lajeado, no Estado de Tocantins, com capacidade instalada total de
902,5 MW.
• UHE Guaporé: operamos esta usina e detemos uma participação de 64,0% na energia
produzida da UHE Guaporé, no Estado do Mato Grosso, com capacidade instalada total de
120,0 MW.
• PCH Juruena: operamos uma PCH e detemos uma participação de 99,9% na energia
produzida da PCH Juruena, no Estado do Mato Grosso, com capacidade instalada total de
6,1 MW.
Em 2002, assinamos o Contrato de Concessão para implantação e exploração da UHE Couto Magalhães
(Aproveitamento Hidrelétrico), localizado no Estado do Mato Grosso, com capacidade de 150 MW.
Detemos 51,0% de participação neste projeto. Este projeto está aguardando licenciamento ambiental para
início das obras.
• REDECOM: tem como principal objetivo comercializar energia para empresas em todo
território nacional, sobretudo como forma de mitigar eventuais perdas da Rede Energia com
a conversão de consumidores cativos para consumidores livres.
Pontos Fortes
• Crescimento histórico e pontencial elevado nas regiões em que atuamos. Nossas concessões de
distribuição estão localizadas em regiões que apresentam crescimento de seu produto interno
bruto (PIB) e de consumo de energia superiores à média nacional. Acreditamos que essas áreas
do Brasil vão nos permitir obter um crescimento orgânico diferenciado. O consumo de
eletricidade nos Estados do Pará, Mato Grosso e Tocantins registrou um crescimento acumulado
de 38,6%, 45,9% e 48,5%, entre 2002 e 2007, que representam, respectivamente, 10,1, 17,4 e
20,0 pontos percentuais acima do crescimento do consumo nacional no mesmo período (28,5%).
155
Acreditamos que as áreas rurais nas regiões em que atuamos oferecem oportunidades de
expansão e crescimento significativo. Adicionalmente pode-se citar, inclusive, o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), instituído pelo Governo Federal, que prevê um investimento
total de R$54,5 bilhões, nos Estados do Pará, Mato Grosso e Tocantins, onde atuamos, sendo
R$40,0 bilhões até 2010 e R$14,5 bilhões após 2010. Esses investimentos serão destinados para
logística, desenvolvimento energético, social e urbano. Desde 1998 tivemos um crescimento
orgânico, por meio da conexão de 1,7 milhão de consumidores novos à nossa rede,
representando um crescimento acumulado de 97,3% de nossa base de consumidores no período.
Tendo em vista nossa experiência na identificação e implantação de soluções adequadas para
áreas muito extensas e com baixa densidade populacional, acreditamos que temos capacidade
para nos beneficiar dessas oportunidades e manter nossas altas taxas de crescimento.
Acreditamos que nosso mercado, além de ter um crescimento acima da média, apresenta
previsibilidade satisfatória, com base no crescimento médio das Regiões Norte e Centro-Oeste
de 6,2% verificado nos últimos 3 anos, bem como na nossa receita bruta consolidada, que
apresentou um crescimento médio de 10,6%, nesse mesmo período.
156
apresentou significativa melhora, passando de R$329,41 por consumidor em 2002, para
R$233,56 por consumidor em 2007.
• Forte compromisso e longa experiência no setor elétrico brasileiro. Nossa administração sênior
tem, em média, mais de 20 anos de experiência no setor elétrico. Somos um grupo privado com
tradição nesse setor, em atividade desde 1903 com a fundação da Empresa Elétrica Bragantina
S.A., e desde então temos mantido nosso comprometimento com o setor e com o País. Durante
todos esses anos, adquirimos um vasto conhecimento do mercado, seus aspectos regulatórios e
operação do negócio. Em 1989, em uma parceria inédita com o Estado de Tocantins, adquirimos
a CELTINS, primeira distribuidora de energia elétrica a ser privatizada no Brasil e mais tarde,
nos anos de 1997 e 1998, participamos do programa de privatização ocorrido no setor de energia
elétrica, por meio da aquisição das empresas CEMAT e CELPA.
Estratégias de Negócio
• Expandir nossa base de consumidores e intensificar nossos negócios nas áreas em que atuamos.
Pretendemos aproveitar o potencial de crescimento de nossos negócios nas áreas em que
atuamos para atrair novos consumidores às nossas redes, investindo na expansão e reforma de
nossos sistemas de distribuição. Acreditamos ainda que as áreas rurais nas regiões em que
atuamos oferecem oportunidades de expansão e crescimento significativo, podendo-se citar,
inclusive, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituído pelo Governo Federal,
que prevê um investimento total de R$54,5 bilhões, nos Estados do Pará, Mato Grosso e
Tocantins, sendo R$40,0 bilhões até 2010 e R$14,5 bilhões após 2010. Tais investimento serão
destinados a logística, desenvolvimento energético, social e urbano. Adicionalmente,
acreditamos que os programas de incentivo governamentais, representam oportunidades para
acelerar o crescimento de nossa base de consumidores e a expansão de nossa rede nas áreas em
que atuamos. Apenas no ano de 2007, conectamos ao sistema aproximadamente 200.000 novos
consumidores.
• Investir em eficiência técnica e operacional. Nossa estratégia tem como objetivo a centralização
e a otimização de nossos macro-processos principais, com aproveitamento máximo da nossa
estrutura corporativa, permitindo que nossas empresas estejam orientadas e dimensionadas
exclusivamente à realização de sua atividade fim, visando o aumento da eficiência operacional e
o controle rigoroso dos nossos custos operacionais e administrativos. Essa centralização está
baseada na adoção de novas tecnologias, como digitalização da rede elétrica, modernização de
Centros de Operação do Sistema e da Distribuição, canais adequados de telecomunicações e
conceitos modernos de logística e suprimentos, entre outros.
157
• Consolidar nossos negócios e operações. Continuaremos a buscar a consolidação de nossas
participações acionárias nas atividades de distribuição e geração por meio de aquisições de
participações minoritárias. Adicionalmente, poderemos vir a avaliar outras aquisições que
proporcionem a complementação de nossas operações apresentem potencial de crescimento e
retorno atrativo sobre o investimento.
Organograma Societário
OUTROS
MHPA JQMJ BBPM ELUCID PARTNERS
Pessoa Física
DENERGE
18,7%
21,1% 58,1% 2,2%
65,0% 100,0%
51,3%
10,1% CELPA (*)
REDESERV 99,5%
50,9%
39,9% CEMAT (*) TOCANTINS
ENERGIA TANGARÁ 61,7%
100,0% CAIUÁ
VALE DO
VACARIA 51,0% 100,0% JURUENA
50,9% CELTINS
12,7% 17,6%
REDE LAJEADO 29,6%
91,5% EEB
39,6%
98,7% CNEE
Reorganização Societária
Entre 2005 e 2006, as empresas da Rede Energia e outras empresas controladas pela Denerge e pela
EEVP, nossas controladoras, passaram por um processo de reestruturação societária dividido em três
etapas.
A primeira etapa compreendeu o processo de desverticalização exigido pela Lei do Novo Modelo do
Setor Elétrico (vide Seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil – A Desverticalização no Âmbito do
Novo Marco Regulatório”), com o propósito de segregar as nossas atividades de geração, distribuição e
transmissão (a “Desverticalização”). A nossa Desverticalização foi aprovada pela ANEEL, através da
Resolução Autorizativa ANEEL nº 309, de 5 de setembro de 2005.
158
• A Companhia assumiu dívidas que haviam sido contraídas pela EEVP, nossa controladora, no
valor de R$160,6 milhões, e pela Denerge, nossa outra controladora, no valor de R$470,3
milhões, cujos recursos foram repassados às nossas controladas.
• A Companhia assumiu, no mesmo ato, créditos que a EEVP e a Denerge tinham contra nossas
controladas, no valor de R$19,9 milhões da EEVP e de R$438,7 milhões da Denerge.
Como resultado da segunda etapa, tínhamos em 31 de março de 2008 um saldo líquido de ativo a receber
junto à EEVP, no valor de R$63,0 milhões, e um saldo líquido de passivo a pagar junto à Denerge, no
valor de R$5,4 milhões. Estes montantes deverão ser liquidados no prazo máximo de 10 (dez) anos em
condições de mercado, conforme usualmente praticadas pelas empresas da Rede Energia na administração
de seus recursos financeiros (vide Seção “Operações com Partes Relacionadas”). Esta segunda etapa foi
concluída em março de 2006.
A terceira e última etapa compreendeu a centralização de todos os ativos relativos ao setor elétrico da
Rede Energia, com a transferência da EDEVP, REDECOM e REDESERV para a Companhia, foi
concluída em junho de 2006 e compreendeu as seguintes operações:
O valor total das participações adquiridas nesta terceira etapa foi de R$184,0 milhões, o qual será pago
em condições de mercado, conforme usualmente praticadas pelas empresas da Rede Energia na
administração de seus recursos financeiros. Caso a Companhia tenha créditos contra as vendedoras nas
datas de pagamento do referido saldo do preço de compra, poderemos compensar o valor devido com
estes créditos. Todas as autorizações necessárias à implementação destas operações de aquisição,
inclusive da ANEEL, foram obtidas.
Em novembro de 2005, CELPA alienou a UHE Curuá-Una, com a capacidade instalada de 5,1 MW, para
a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE, ou Eletronorte, como contrapartida na
redução no montante R$75,0 milhões referente a dívidas de suprimento de energia que tínhamos com a
Eletronorte desde época do racionamento.
Em 21 de setembro de 2006, nós vendemos a nossa subsidiária Celtins Energia S.A., que controlava 3
PCHs com a capacidade instalada de 15,4 MW, para a Tocantins Holding Ltda., uma empresa brasileira
controlada pelo o grupo BRENNAND. O preço da venda foi de R$33,9 milhões.
Eventos Recentes
159
ELETRONORTE, pelo montante de R$13.750.000,00 como parte do processo de desverticalização. Para
maiores informações sobre o processo de desverticalização, veja a seção “O Setor de Energia Elétrica no
Brasil”, item “Restrições às Atividades das Distribuidoras”.
Atividades de Distribuição
Nossas operações de distribuição de energia somaram 96,6% da nossa receita operacional bruta no
exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007 e 95,8% durante o período de três meses encerrado em
31 de março de 2008. A grande maioria da nossa receita operacional bruta e volume de venda de energia
de nossas operações de distribuição é derivada das vendas de energia com tarifas reguladas para
consumidores que são proibidos pela lei brasileira de adquirir energia de outra fonte, ou consumidores
cativos. As vendas para consumidores cativos com tarifas reguladas representaram 96,3% do nosso
volume de energia distribuída no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007 e 94,7% durante o
período de três meses encerrado em 31 de março de 2008, e representaram 97,5% da nossa receita
operacional bruta originada das operações de distribuição no exercício encerrado em 31 de dezembro de
2007 e 96,2% durante o período de 3 messes encerrado em 31 de março de 2008. Além disso, o número
de consumidores potencialmente livres em relação ao número total de nossos consumidores cativos é
baixo. As vendas para consumidores potencialmente livres representaram 3,7% de nossas vendas de
energia por volume no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007 e 5,3% durante o período de três
meses encerrado em 31 de março de 2008.
Pará
Tocantins
Mato
Grosso
Distribuição
Geração
160
A tabela a seguir demonstra o receita bruta operacional e a eletricidade distribuída por cada uma de
nossas distribuidoras durante os anos indicados:
Nossas Distribuidoras
As 8 distribuidoras controladas por nós, juntas, atendem a uma grande concessão de 30% do território
nacional e abrangem 506 municípios, proporcionando atendimento a mais de 3,4 milhões de unidades
consumidoras, cadastradas até 31 de dezembro de 2007.
CEMAT
A CEMAT é a única concessionária distribuidora de energia no Estado do Mato Grosso, o terceiro maior
estado por área do Brasil, abrangendo aproximadamente 10,6% do território brasileiro, com uma
concessão que expira em 2027 e pode ser renovada por 30 anos mediante nosso requerimento. Sua área de
concessão cobre aproximadamente 903.000,00 quilômetros quadrados, incluindo 141 municípios com
uma população total de aproximadamente 2,8 milhões. As principais atividades econômicas do Mato
Grosso estão relacionadas ao agronegócio. O Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do Brasil e é o
maior produtor de feijão, soja e algodão do País.
No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a CEMAT vendeu 4.347 GWh de eletricidade para
aproximadamente 0,88 milhão de consumidores e as vendas da CEMAT representaram 35,3% de nossa
receita operacional bruta. Durante o período de três meses encerrado em 31 de março de 2008, a CEMAT
vendeu 1.080 GWh de eletricidade para aproximadamente 0,89 milhão de consumidores, e as vendas da
CEMAT representaram 37,0% de nossa receita operacional bruta. Possuíamos, na data deste Prospecto,
uma participação de 39,9% no capital social total e 61,8% no capital votante da CEMAT.
Além de sua rede de distribuição, a CEMAT possui 22 UTEs movidas a óleo combustível, com
capacidade instalada total de 78,9 MW. As UTEs da CEMAT operam em um sistema isolado dentro de
sua área de concessão e utilizam combustível diesel para gerar eletricidade. Os custos operacionais da
CEMAT com seus sistemas isolados são mais altos que aqueles causados na parte de sua rede de
distribuição que está conectada ao Sistema Interligado. Em seu sistema isolado, a CEMAT tem que pagar
somente os custos de energia comprada para revenda equivalente aos custos da energia hidráulica
determinada pela ANEEL, baseada em um valor de referência anual, e o restante do custo destes sistemas
de eletricidade é pago pela CCC.
A sede da CEMAT está localizada na Rua Manoel dos Santos Coimbra, 184, na cidade de Cuiabá, no
Estado do Mato Grosso. A CEMAT foi constituída em 4 de agosto de 1956. Em 31 de março de 2008, o
capital social da CEMAT era representado por 118.853.305ações, sendo 41.017.775 ações ordinárias e
77.835.530 ações preferenciais. Todas as ações da CEMAT estão totalmente subscritas e pagas. Em 2007,
a CEMAT pagou dividendos em um total agregado de R$2,2 milhões. A CEMAT registrou um lucro
161
líquido de R$147,1 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007. No trimestre findo em
31 de março de 2008 a Companhia não possuía dívidas com a CEMAT.
CELPA
A CELPA é a única concessionária distribuidora de energia no Estado do Pará, o segundo maior estado
por área do Brasil, abrangendo aproximadamente 14,7% do território Brasileiro, com uma concessão que
expira em 2028 e pode ser renovada por 30 anos mediante nosso requerimento. Sua área de concessão
cobre aproximadamente 1,2 milhão de quilômetros quadrados, incluindo 143 municípios com uma
população total de aproximadamente 7,0 milhões. As principais atividades econômicas do Pará estão
relacionadas à mineração de ferro, bauxita, ouro, manganês e caulim. O Pará também é ativo na criação
de gado e turismo.
No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a CELPA vendeu 5.117 GWh de eletricidade para
aproximadamente 1,5 milhões de consumidores e as vendas da CELPA representaram 33,9% de nossa
receita operacional bruta. Durante o período de três meses encerrado em 31 de março de 2008, a CELPA
vendeu 1.287 GWh de eletricidade para aproximadamente 1,5 milhão de consumidores, e as vendas da
CELPA representaram 30,4% de nossa receita operacional bruta. Possuíamos, na data deste Prospecto,
uma participação direta e indireta de 43,4% no capital social total e 45,9% no capital votante da CELPA.
Além de sua rede de distribuição, a CELPA possui 39 UTEs movidas a óleo combustível, com capacidade
instalada total de 71,34 MW. As UTEs da CELPA operam em um sistema isolado dentro de sua área de
concessão e utilizam combustível diesel para gerar eletricidade. Os custos operacionais da CELPA com
seus sistemas isolados são mais altos que aqueles causados na parte de sua rede de distribuição que está
conectada ao Sistema Interligado. Em seu sistema isolado, a CELPA tem que pagar somente os custos de
energia comprada para revenda equivalente aos custos da energia hidráulica determinada pela ANEEL,
baseada em um valor de referência anual, e o restante do custo destes sistemas de eletricidade é pago pela
CCC.
A sede da CELPA está localizada na Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5 na cidade de Belém, no
Estado do Pará. A CELPA foi constituída em 31 de agosto de 1960. Em 31 de março de 2008, o capital
social da CELPA era representado por 63.850.934 ações, sendo 59.397.496 ações ordinárias e 4.453.438
ações preferenciais. Todas as ações da CELPA estão totalmente subscritas e integralizadas. Em 2007, a
CELPA pagou dividendos em um total agregado de R$245,8 milhões. A CELPA registrou um lucro
líquido de R$114,2 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007. No trimestre findo em
31 de março de 2008 a Companhia possuía uma dívida a ser paga a CELPA, no valor total agregado de
R$108,5 milhões.
CELTINS
No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a CELTINS vendeu 1.068 GWh de eletricidade para
aproximadamente 0,37 milhão de consumidores e as vendas da CELTINS representaram 9,9% de nossa
receita operacional bruta. Durante o período de três meses encerrado em 31 de março de 2008, a
CELTINS vendeu 265 GWh de eletricidade para aproximadamente 0,3 milhão de consumidores e as
vendas da CELTINS representaram 9,6% de nossa receita operacional bruta. Possuíamos, na data deste
Prospecto, uma participação de 50,9% no capital social total e 70,0% no capital votante da CELTINS.
A sede da CELTINS está localizada na 104 Norte, Complexo 4, Lote 12-A, na cidade de Palmas, no
Estado do Tocantins. A CELTINS foi constituída em 20 de março de 1989. Em 31 de março de 2008, o
capital social da CELTINS era representado por 378.733.957 ações, sendo 275.189.932 ações ordinárias e
103.544.025 ações preferenciais. Todas as ações da CELTINS estão totalmente subscritas e pagas. Em
2007, a CELTINS pagou dividendos em um total agregado de R$107,0 milhões. A CELTINS registrou
um lucro líquido de R$38,5 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007. No trimestre
162
findo em 31 de março de 2008 a Companhia possuía uma dívida a ser paga para a CELTINS no valor
total agregado de R$17,9 milhões.
REDESUL/SUDESTE
• EDEVP, com uma área total de concessão da que abrange 11.531 quilômetros quadrados,
incluindo 27 municípios no oeste do Estado de São Paulo, com uma população total de
aproximadamente 0,4 milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto, 100% do
capital social total da EDEVP.
• Caiuá, com uma área total de concessão que abrange 10.309 quilômetros quadrados, incluindo
24 municípios do Estado de São Paulo, com uma população total de aproximadamente 0,5
milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto, 100% do capital social total da
Caiuá.
• CNEE, com uma área total de concessão que abrange 4.794 quilômetros quadrados, incluindo 15
municípios próximos à Catanduva, São Paulo, com uma população total de aproximadamente 0,2
milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto, 98,7% do capital social total,
incluindo 100,0% do capital votante da empresa CNEE.
• EEB, com uma área total de concessão que abrange 3.500 quilômetros quadrados, incluindo 15
municípios nos estados de São Paulo e Minas Gerais, com uma população total de
aproximadamente 0,3 milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto, 91,5% do
capital social total, incluindo 96,4% do capital votante da empresa EEB.
• CFLO, com uma área total de concessão que abrange 3.115 quilômetros quadrados, incluindo o
município de Guarapuava no Estado do Paraná, com população total de aproximadamente 0,2
milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto, 97,7% do capital social total,
incluindo 97,7% do capital votante da empresa CFLO.
As concessões destas empresas têm prazo de vencimento previsto em 2015 e podem ser renovadas por 20
anos mediante nosso requerimento, que deverá ser enviado à ANEEL, nos termos dos contratos de
concessão, até 36 (trinta e seis) meses antes do término do contrato, ou seja, até o ano de 2012. Em 2007,
essas empresas venderam um valor total de 2.879 GWh de eletricidade para aproximadamente 2.131
consumidores e as vendas destas empresas representaram 17,5% de nossa receita bruta operacional.
Durante o período de três meses encerrado em 31 de março de 2008, essas empresas venderam [3.521] ou
[766] GWh de eletricidade para aproximadamente 3,4 milhões de consumidores e as vendas destas
empresas representaram [18,9%] ou [17,7%] de nossa receita bruta operacional. As principais atividades
econômicas dentro das áreas de concessão servidas por essas empresas incluem manufatura, agronegócio
(incluindo a produção de açúcar e etanol) e serviços.
Rede de Distribuição
163
REDESUL/
Subtransmissão CEMAT CELPA CELTINS SUDESTE TOTAL
69 kV (km) 400 1.137 664 188 2.389
88 kV (km) 0 0 0 104 104
138 kV (km) 3.221 1.897 1.561 96 6.775
230 kV (km) 0 11 0 0 11
Total 3.621 3.045 2.225 387 9.278
Subestações
Número de Subestações 115 63 88 83 349
Subestações MVA 2.035 1.690 821 1.589 6.137
Distribuição
Rede Primária de distribuição (km) 52.751 40.230 44.744 15.979 153.703
Rede Secundária de distribuição (km) 10.992 18.447 6.663 6.922 43.025
Total 63.743 58.677 51.407 22.901 196.728
Nossas distribuidoras transferem energias provenientes de geradores de força para consumidores por
sistemas de transmissão, subtransmissão e distribuição. Transmissão é o volume de transferência de
energia em voltagens de 230kV ou mais de sistemas de geração ou estações de força para sistemas de
transmissão e subtransmissão por intermédio de uma rede elétrica. Subtransmissão é o volume de
transferência de energia que foi transformada de uma voltagem 230kV ou maior para as voltagens 138kV,
88kV ou 69kV provenientes de sistemas de transmissão para sistemas de distribuição. Distribuição é a
transferência de energia que foi transformada das voltagens 138kV, 88kV ou 69kV para a voltagem
34.5kV ou mais baixa provenientes de sistemas de subtransmissão e distribuição para os usuários finais.
Os sistemas de subtransmissão e distribuição de nossas subsidiárias estão integrados a rede de
transmissão das regiões do Brasil em que estas empresas operam.
A maioria da energia que nossas distribuidoras compram possui a voltagem de 69kV ou mais e é
transportada desde os sistemas de geração para as áreas de concessão de nossas empresas de distribuição,
por meio de linhas de alta voltagem operadas por diversas companhias de transmissão, incluindo a
Eletronorte e Furnas. Nossas distribuidoras possuem múltiplas conexões de energia pelas quais elas
transportam esta energia para seus sistemas de distribuição via suas linhas de subtransmissão.
Nossas distribuidoras operam 349 subestações de distribuição com uma capacidade de transformação
total de 6.137 MVA. Nossas subestações, como é comum no mercado de energia, são designadas para
carregar uma carga maior do que a necessária durante operações normais. Cada uma das subestações de
distribuição consiste em uma série de transformadores onde há duas fontes subtransmissoras, uma fonte
preferencial e outra fonte reserva. Caso a fonte preferencial seja desligada, cada uma das subestações de
distribuição possui um condutor automático designado para trocar a fonte subtransmissora preferencial
para a fonte reserva dentro de 30 segundos, com o intuito de assegurar que a perda de um elemento não
implicará em uma longa perda de fornecimento.
Nossas companhias de distribuição operam com 153.703 km de linhas de rede primária (alta tensão),
distribuídos em 16.590 nas áreas urbanas e 137.113 nas áreas rurais.
164
Também operamos com 43.025 km de rede secundária (baixa tensão), distribuídos em 34.424 nas áreas
urbanas e 8.600 nas áreas rurais.
Nossas companhias de distribuição operam linhas aéreas de distribuição com voltagens de 127/220V, que
são conectados a 171.221 transformadores de distribuição que estão conectados a nossa rede primária.
Nós elaboramos planos para manter e reparar as instalações de distribuição com o objetivo de evitar falta
e perda de energia nas linhas de subtransmissão. Para faltas de energia mais graves, tais como falhas nos
transformadores, as distribuidoras colocaram transformadores e equipamentos de reserva em subestações
estratégicas para tentar minimizar o tempo de interrupção no fornecimento. Esses planos foram
preparados para cada uma de nossas distribuidoras para evitar ou limitar as faltas de energia e as
respectivas inconveniências para os consumidores. Para minimizar as faltas resultantes da queda de
galhos de árvores e danos aos nossos transformadores de distribuição, a principal causa de interrupção
dos circuitos, nós implementamos programas de poda de árvores e programas de substituição de cabos em
conjunto com os municípios localizados em sua área de serviço, bem como um programa para
manutenção dos transformadores.
Adicionalmente, objetivando atingir a excelência operacional implementamos uma estratégia que consiste
na (i) centralização da supervisão e controle do sistema elétrico, através da otimização de recursos e visão
integrada, (ii) uso do work management system mobile (WMS), com a transmissão de dados por satélite ou
por celular juntamente com um equipamento móvel (Palmtop / Pocket PC), (iii) digitalização da rede de
distribuição, que gera maior confiabilidade da informação e utilização de ferramentas de apoio para
projetos e cálculos, (iv) automação de subestações e da rede elétrica, contribuindo na redução dos
deslocamentos e rapidez no restabelecimento da interrupção do serviço, (v) expansão da rede de
transmissão e (vi) controle de suprimentos e logística fornecido por terceiros, com a centralização do
controle das compras de materiais e serviços gerando aproveitamento da escala e padronização, com o
controle próprio da distribuição e utilização de materiais e com almoxarifados avançados interligados.
Novas Tecnologias
Estamos sempre atentos para novas tecnologias que possam diminuir o nosso custo operacional, nossas
despesas com materiais e aperfeiçoar nosso atendimento aos consumidores. Por exemplo, implementamos
a centralização da supervisão e controle do sistema elétrico com base geo-referenciada que permite o
fluxo de ordens e serviços pelo sistema e-mobile baseado em tecnologia Work Management System
Mobile e GPRS, bem como a automação de algumas de nossas subestações.
Adicionalmente, prevemos utilizar as novas tecnologias disponíveis no mercado também para reduzir
nossas perdas comerciais de receita. Perdas comerciais são as que resultam de conexões ilegais, roubos,
fraudes, falhas na medição e erros no faturamento. Para maiores informações, veja abaixo o item “Perdas de
Energia Elétrica”.
165
Nós também investimos R$501,7 milhões em 2007, R$514,2 milhões em 2006 e R$241,0 milhões em
2005, destinados ao Programa Luz Para Todos, instituído pelo Governo Federal em novembro de 2003.
Esse programa tem por objetivo propiciar, até o ano de 2010, energia elétrica à população rural que não
tem acesso a esse serviço público. Do total investido no programa, 10% são recursos da Reserva Global
de Reversão - RGR, a título de financiamento com a Eletrobrás, 65% com recursos da Conta de
Desenvolvimento Energético - CDE, através de subvenção econômica, 10% com recursos dos Governos
dos Estados e 15% com recursos próprios.
A tabela a seguir demonstra o número de novas conexões feitas pela CEMAT, CELPA e CELTINS como
um resultado do Programa Luz para Todos para os períodos apresentados:
Nos últimos 9 anos, em conseqüência de investimentos realizados nas redes da CELPA, CEMAT e
CELTINS após a privatização, os índices DEC e FEC apresentaram melhoras significativas. No entanto,
nos últimos 2 anos, em função da ampliação do número de consumidores rurais nessas distribuidoras,
devido, principalmente, ao Programa Luz para Todos, os índices DEC e FEC sofreram uma pequena
elevação. Todas as nossas companhias de distribuição atingiram os índices DEC e FEC, estabelecidos
pela ANEEL para os anos de 2007, 2006 e 2005, exceto a CELPA que excedeu seu índice DEC em 12%
em 2005, 31% em 2006, 85% em 2007 e excedeu seu índice FEC em 9% em 2005, 9,8% em 2006 e 44%
em 2007. A empresa entrou com recurso administrativo na ANEEL para rever esses índices.
As tabelas a seguir demonstram a duração (em horas por ano) e freqüência das ocorrências de falta de
energia na rede de distribuição da CEMAT, CELPA e CELTINS, em comparação com os valores de
referência da ANEEL para estas empresas, nos exercícios de 1998 (ano da privatização da CELPA e
CEMAT) a 2007.
166
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Meta
43,04 59,02 43,81 49,85 48,10 46,45 43,72 41,96 39,47 37,37
ANEEL
CEMAT 27,51
Real 66,60 42,07 29,00 22,70 22,70 24,50 31,16 30,56 25,78
% (26,38)
54,74 (28,72) (33,81) (54,46) (52,81) (47,16) (28,73) (27,17) (34,68)
diferença
Meta 30,82
30,0 30,0 30,0 40,0 40,00 35,07 35,98 33,76 32,63
ANEEL
56,87
CELPA Real 106,19 39,53 28,59 29,44 32,83 29,41 31,07 34,43 42,63
% 84,52
253,97 31,76 (4,7) (26,40) (17,93) (16,14) (13,65) 2,00 30,65
diferença
Meta 45,71
30,00 69,20 69,20 57,00 51,80 48,10 43,50 59,40 52,30
ANEEL
47,67
CELTINS Real 84,80 70,0 42,70 42,80 45,38 38,53 33,27 41,84 51,08
% 4,29
182,66 1,16 (38,29) (24,91) (12,39) (19,90) (23,52) (29,56) (2,33)
diferença
Os resultados financeiros das nossas distribuidoras são afetados por perdas de energia elétrica, uma vez que
essa energia poderia de outra forma ter sido distribuída a consumidores finais ou outras concessionárias,
reduzindo as necessidades de compra de energia para revenda. As perdas de energia das nossas distribuidoras
estão divididas em duas categorias básicas: perdas técnicas e perdas comerciais. Perdas técnicas são inerentes
ao fluxo de energia elétrica através do sistema de distribuição, visto que uma porção da energia que
distribuímos dissipa-se no curso da transmissão. Perdas técnicas consistem na quantidade de eletricidade que
compramos e que não é consumida por nossos consumidores. Perdas comerciais são as que resultam de
conexões ilegais, roubos, fraudes, falhas na medição e erros no faturamento. Perdas comerciais consistem na
quantidade de energia consumida pelos consumidores e outros que não são convertidas em receita. Nossa perda
de energia elétrica média em 2007 foi de 19,7%, dos quais 12,5% foram perdas técnicas e 7,2% perdas
comerciais.
167
mantiveram estáveis nos últimos três anos. Em 2007, 2006 e 2005, a média das perdas técnicas das
subsidiárias na nossa unidade operacional REDESUL/SUDESTE foram de 7,3%, 7,4% e 6,2%,
respectivamente, e as perdas comerciais destas subsidiárias foram de 0,3%, 0,3% e 0,3%,
respectivamente.
Uma de nossas prioridades é reduzir as nossas perdas comerciais em nossas distribuidoras CEMAT,
CELPA e CELTINS. Os índices de perdas comerciais no sistema REDESUL/SUDESTE não são
significativos em relação aos resultados de nossas operações.
Em 1998, a CEMAT, a CELPA e a CELTINS, adotaram um plano abrangente para redução de perdas de
eletricidade e recuperação de receita, inclusive por meio de:
• conserto, quando necessário, dos medidores de uso para reduzir as falhas de leitura, efetuados
em oficinas próprias ou terceirizadas. Os medidores defeituosos são identificados durante
inspeções ou coleta de leitura ou por verificação de faturamento;
• instalação dos medidores de uso em postes de distribuição, e não dentro das residências dos
consumidores, para reduzir as adulterações e a conexões ilegais. Os medidores são instalados em
caixas confeccionadas em aço galvanizado com alta resistência a corrosão, dotadas de trava de
segurança e dispositivos de selagem;
• campanhas para promover os pagamentos em dia das contas de eletricidade, bem como adoção de
novas estratégias de cobrança para recebimento de contas em aberto e negociação das dívidas
vencidas;
• implementação de sistemas que permitem que residentes nas nossas áreas de concessão
denunciem de forma anônima conexões ilegais, fraudes nos medidores ou outras modalidades de
fraude por telefone de denúncias anônimas, por telefone. Após a denúncia é gerada uma ordem
de serviço para apuração de irregularidade, o vem demonstrando um alto índice de êxito em
localizar e resolver o problema relatado.
Para a implementação dos programas de redução de perdas, nossas distribuidoras contam com o apoio de
delegacias criadas especialmente para atender a ocorrências relacionadas a furtos de serviços públicos de
energia elétrica e outros serviços públicos. Nós também identificamos conexões ilegais ou fraudes nos
medidores quando o consumo de eletricidade ultrapassa os valores faturados. Como resultado dessas medidas,
as taxas de perdas de energia elétrica da CELPA, CEMAT e CELTINS diminuíram de 23,1%, 17,1% e 15,3%
respectivamente, durante 2000 para 26,9%, 16,3% e 18,2%, respectivamente, durante 2007. No entanto, com a
dificuldade de captação de recursos para investimentos durante o período após o programa de racionamento,
reduzimos nossos investimentos no combate às perdas, o que causou um aumento desse índice a partir de 2004.
168
Prevemos, futuramente, para evitar as perdas comerciais implantar um sistema eletrônico de medição com
leitura remota on-line, que permite o corte e religamento remotos do fornecimento de energia elétrica e análise
do balanço energético de cada consumidor permitindo uma detecção de perdas mais precisa. Esse sistema
permitirá, ainda, que os nossos consumidores adquiram a energia elétrica de diversas modalidades: pós-
pagamento do uso da energia (como é feito hoje em dia), pré-pagamento ao uso de energia (através da
aquisição de cartões com códigos vinculados ao respectivo medidor de um determinado cliente), tarifa fixa de
energia elétrica (como por exemplo, 50 MW/mês) ou tarifa fixa com recarga pré-paga. Essa tecnologia já está
disponível no mercado mas precisa ser aprovada pelas autoridades competentes antes de ser implementada.
Consumidores
Os consumidores cativos das nossas distribuidoras são classificados em cinco classes de consumo principais:
industriais, residenciais, comerciais, rurais e outros (os quais incluem instituições governamentais e de serviços
públicos).
• Consumidores Comerciais. Na data deste Prospecto, nossas distribuidoras possuíam 278,6 mil
consumidores comerciais, inclusive empresas de varejo, escritórios, bancos, empresas
prestadoras de serviços, universidades e hospitais particulares. Tais consumidores representaram
20,4% do volume total de eletricidade vendido no período de três meses findo em 31 de março
de 2008, 20,1% em 2007, 20,1% em 2006 e 21,2% em 2005.
• Consumidores Rurais. Na data deste Prospecto, as nossas distribuidoras possuíam 260,5 mil
consumidores rurais que representavam 6,2% do volume total de eletricidade vendido no período
de três meses findo em 31 de março de 2008, 6,7% em 2007, 6,2% em 2006 e 6,1% em 2005.
• Outros Consumidores. Na data deste Prospecto, possuíamos aproximadamente 38,9 mil outros
consumidores, incluindo do setor público, iluminação pública e consumidores do serviço
público. Consumo por outros consumidores representaram 14,1% do volume total de eletricidade
vendido no período de três meses findo em 31 de março de 2008, 14,5% em 2007, 15,1% em
2006 e 15,5% em 2005.
Consumidores também são classificados pelo nível de voltagem, baseado na carga instalada e/ou na
demanda contratada. Nós nos referimos como consumidores industriais e comerciais, como aqueles que
recebem energia em um nível de alta voltagem (acima de 138kV) como consumidores classe A e nos
referimos a consumidores industriais, comerciais e residenciais, como aqueles que recebem energia em
níveis de voltagem mais baixos (igual ou menor do que 69kV) como consumidores classe B.
A tabela a seguir apresenta a receita operacional bruta e o total de eletricidade distribuída pela CEMAT,
CELPA, CELTINS e nossa unidade operacional REDESUL/SUDESTE, em uma base agregada e por tipo
de consumidor, para os períodos indicados.
169
Em 31 de dezembro de No Trimestre Findo em 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
(1)
R$ GWh % R$(1) GWh % R$ (1)
GWh % R$ (1)
GWh % R$(1) GWh %
CEMAT
Residencial... 538,3 1.300 32,5 530,1 1.336 33,0 581,9 1.416 32,6 139,3 356 34,6 150,1 359 33,2
Industrial... 321,4 851 21,2 294,7 765 19,2 370,8 899 20,7 75,3 199 19,4 100,4 225 20,8
Comercial... 433,5 907 22,6 427,1 918 23,6 108,8 979 22,5 111,4 247 24,0 128,1 256 23,7
Rural... 112,1 417 10,4 107,2 416 10,4 477,1 491 11,3 24,8 93 9,0 29,5 102 9,4
Outros... 211,9 531 13,3 227,7 547 13,7 281,2 563 12,9 107,3 134 12,9 64,3 138 12,8
Total... 1.617,2 4.006 100,0 1.586,8 3.982 100,0 1.819,8 4.347 100,0 458,1 1.029 100,0 472,4 1.080 100,0
R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh %
CELPA
Residencial... 627,1 1.771 38,0 674,7 1.806 38,1 686,5 1.945 38,0 171,4 456 38,0 156,5 490 38,10
Industrial... 267,4 1.017 21,9 280,8 988 20,8 295,5 1.082 21,1 72,5 256 21,3 71,5 285 21,3
Comercial... 390,2 1.014 21,8 413,6 1.044 22,0 424,0 1.126 22,0 101,3 262 21,8 96,0 274 21,8
Rural... 19,7 74 1,6 23,1 83 1,8 29,7 113 2,2 6,5 23 2,0 7,3 32 2,0
Outros...
203,4 786 16,9 282,4 819 17,3 264,7 852 16,7 57,0 203 16,9 65,3 207 16,9
Total... 1.507,9 4.661 100,0 1.674,6 4.739 100,0 1.700,4 5.117 100,0 408,7 1.200 100,0 396,6 1.288 100,0
R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh %
CELTINS
Residencial... 147 344 37,0 175,2 357 37,00 207,8 392 36,7 46,7 91 37,2 51,9 95 36,0
Industrial... 31,8 108 11,6 35,9 104 10,8 45,5 126 11,8 9,4 27 10,9 12,1 32 12,2
Comercial... 89,5 197 21,1 108,3 204 21,1 127,2 224 21,0 28,7 52 21,1 32,0 54 20,5
Rural... 17,1 70 7,5 22,3 79 8,1 27,6 91 8,5 6,0 20 8,1 7,7 25 9,6
Outros... 93,8 212 22,8 109,5 221 22,9 97,3 235 22,0 15,6 55 22,7 21,4 59 21,8
Total... 379,2 932 100,0 451,2 964 100,0 505,4 1.068 100,0 106,3 244 100,0 125,1 265 100,0
REDESUL/
SUDESTE (2)
Residencial... 245,2 688 34,2 347 932 33,9 371,8 985 34,2 95,0 248 34,6 97,8 257 33,5
Industrial... 125,2 560 27,8 183,3 742 27,1 199,0 768 26,7 47,2 191 26,6 55,5 222 29,0
Comercial... 110 348 17,3 155,6 459 16,7 166,1 493 17,1 43,2 127 17,7 45,0 134 17,5
Rural... 25,6 148 7,3 42,4 232 8,4 44,8 247 8,6 10,6 57 7,0 10,8 59 7,6
Outros... 69 273 13,4 115,1 383 13,9 100,1 386 13,4 25,3 94 13,1 36,8 95 12,4
Total... 574,9 2.017 100,0 843,4 2.749 100,0 881,8 2.879 100,0 225,3 718 100,0 245,9 767 100,0
TOTAL
CONSOLIDADO
Residencial... 1.557,6 4.104 35,3 1.727,0 4.431 33,9 1.848,0 4.738 36,2 452,4 1.151 33,9 456,1 1.201 34,1
Industrial (3) ... 745,8 2.536 21,8 853,1 3.244 24,8 978,2 3.501 20,6 230,1 976 27,9 263,1 886 25,2
Comercial... 1.023,2 2.465 21,2 1.104,6 2.625 20,1 1.194,5 2.822 22,0 284,6 690 19,7 301,01 718 20,4
Rural... 174,5 709 6,1 195,0 810 6,2 235,8 941 5,4 47,9 193 5,5 55,4 218 6,2
Outros... 573,2 1.803 15,5 734,7 1.971 15,1 718,4 2.036 15,8 209,1 486 13,9 187,9 498 14,1
Total... 4.074,3 11.616 100,0 4.614,7 13.081 100,0 4.974,9 14.038 100,0 1.224,1 3.496 100,0 1.263,6 3.521 100,0
________________________________________________
(1) Em milhões.
(2) Inclui EDEVP após 30 de junho de 2006, a data de aquisição da EDEVP.
(3) Inclui as vendas da REDECOM após 30 de junho de 2006, a data da aquisição da REDECOM.
O impacto deste período de recuperação econômica, entretanto, não foi uniforme por todas as áreas de
concessão de nossas distribuidoras de energia:
• Nos Estados do Mato Grosso, Pará e Tocantins, onde o agronegócio é particularmente relevante,
houve aumentos de 5,7%, 7,6% e 8,0% no volume de energia distribuída, respectivamente; e
• Nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, onde possuímos um número maior de
consumidores residenciais, industriais e livres, houve um aumento de 2,7% na média do volume
de energia distribuída.
Consumidores potencialmente livres são consumidores com uma demanda contratada acima de 3,0 MW
que estão conectados em nossas redes de distribuição a um nível de voltagem de 69Kv, ou mais, a partir
de 8 de julho de 1995. O número de nossos consumidores potencialmente livres relativo ao número total
de nossos consumidores cativos é pequeno. Vendas para os consumidores livres representaram 3,7% do
volume de nossas vendas de energia durante 2007 e 5,3% durante o período de três meses encerrado em
31 de março de 2008, e representou 2,5% de nosso resultado bruto de vendas durante 2007 e 3,8%
durante o período de três meses encerrado em 31 de março de 2008.
170
Tarifas Aplicáveis e os mecanismos tarifários
As nossas distribuidoras operam com tarifas reguladas e seus resultados dependem de ajustes e revisões
aprovados pela ANEEL. Seus respectivos contratos de concessão definem reajustes anuais, revisões
tarifárias periódicas e a possibilidade de revisões tarifárias extraordinárias. (Para uma descrição detalhada
dos mecanismos de revisão veja a Seção “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação
Financeira e os Resultados Operacionais”, no item “Negócios de Distribuição de Energia”, subitem
“Tarifas de Distribuição”.
A tabela a seguir apresenta a tarifa média por tipo de consumidor da CEMAT, CELPA, CELTINS e nossa
REDESUL/SUDESTE unidade operacional para os períodos indicados.
CELPA:
Residenciais........ 354,2 373,6 353,0 376,2 319,2
Industriais............ 262,9 284,3 273,1 283,3 251,2
Comerciais.......... 385,0 396,4 376,6 387,3 350,8
Rurais.................. 267,3 278,1 263,4 277,6 226,5
Outros.................. 258,8 344,7 310,6 280,9 315,8
Média Total........... 323,5 353,3 332,3 340,7 308,0
CELTINS:
Residenciais........ 426,9 491,0 529,8 513,5 544,2
Industriais............ 293,7 344,0 361,9 352,3 374,5
Comerciais.......... 454,1 531,7 567,8 555,9 589,0
Rurais.................. 243,9 283,8 303,9 303,2 302,9
Outros.................. 441,9 495,3 413,5 281,5 370,7
Média Total........... 406,8 467,8 473,2 435,2 471,8
REDESUL/SUDESTE:
Residenciais........ 356,2 372,4 377,2 382,3 379,8
Industriais............ 223,3 246,9 259,1 246,8 297,0
Comerciais.......... 316,3 338,6 337,0 340,2 419,1
Rurais.................. 173,8 182,8 181,3 185,4 253,9
Outros.................. 252,6 300,3 259,6 310,2 377,3
Média Total........... 285,0 306,8 306,2 313,6 358,8
Um consumidor que opte pelo mercado livre e utilize o sistema de distribuição deve pagar a tarifa de Uso
do Sistema de Distribuição - TUSD ao distribuidor local. No entanto, a ANEEL autoriza os consumidores
livres a parar de pagar as tarifas TUSD para os distribuidores locais caso eles construam suas próprias
redes de distribuição e as conectem as redes interconectadas. Caso qualquer dos consumidores livres
decida construir suas próprias redes de distribuição, o lucro bruto operacional do distribuidor será
adversamente afetado. A redução do lucro derivado pela migração dos consumidores para o mercado livre
não causa geralmente uma redução material das margens de lucro para um distribuidor, visto que há uma
compensação para o investimento do distribuidor retirada das tarifas TUSD, que continuam a ser pagas
para o distribuidor inclusive após a um consumidor potencialmente livre mudar para um outro fornecedor
de energia.
A tabela abaixo apresenta a receita bruta operacional resultante da TUSD por consumidores livres e outras
concessionárias representando energia em trânsito por nossa rede, nos exercícios indicados. Para maiores
informações vide Seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil – Tarifas pelo Uso dos Sistemas de Distribuição
de Eletricidade – Tarifas Aplicadas para Consumidores Livres”.
171
No exercício encerrado em 31 de dezembro de No Trimestre findo em 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
(em R$milhões)
CEMAT 27,6 44,1 59,3 13,4 15,4
CELPA 4,6 13,4 17,3 4,3 2,7
CELTINS 0,3 2,8 4,4 1,1 1,3
REDESUL/SUDESTE 12,1 16,3 19,5 5,0 4,2
TOTAL 44,6 76,6 100,5 23,8 23,6
A compra de energia elétrica para distribuição no Brasil tem sido, historicamente, muito regulamentada.
No âmbito do Programa Nacional de Desestatização e a fim de garantir que a transição de um mercado
regulamentado para um mercado sem regulamentação fosse gradual, os geradores e distribuidores de
eletricidade foram obrigados a celebrar Contratos Iniciais. Os Contratos Iniciais continham condições de
preço não negociáveis (com base em reais) e de quantidades reguladas pela ANEEL. O volume de
eletricidade por nós vendido e comprado nos termos dos Contratos Iniciais permaneceu estável de 1998
até 2002, mas de acordo com regras da ANEEL, começou a declinar 25% por ano, começando em 31 de
dezembro de 2002 e terminando em 31 de dezembro de 2005.
Adotamos principalmente dois tipos básicos de acordos de suprimento: (1) compras de energia por meio
de leilões públicos, que representavam aproximadamente 69,2% da energia comprada para revenda no
período encerrado em 31 de dezembro de 2007; (2) contratos bilaterais (de curto e longo prazo) com
geradores particulares, que representavam 12,3% da eletricidade comprada para revenda no período
encerrado em 31 de dezembro de 2007. O remanescente dos contratos de energia comprada equivalente a
18,5% do total são divididos entre energia contratada do programa PROINFA, Eletronorte, Itaipu e outras
empresas de geração que nós vendemos em 2005 e 2006.
A tabela a seguir apresenta a soma de eletricidade, incluindo nossas fontes principais de fornecimento de
energia para os períodos indicados.
172
No exercício encerrado em No trimestre findo em
31 de dezembro de 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
(em MW/h)
COPEL Geração S.A 724.745 949.437 1.027.383 349.878 220.969
Cuiabá Energia 3.474 -
Delta Comercializadora - 6.555
Diferencial Coml - 6.250
Duke Energy Internacional Geração Paranapanema S.A 126.863 1.046.091 422.951 141.237 92.267
Eletram - Eletricidade da Amazônia S.A 71.896 69.123 67.759 20.142 20.148
Ecom Energia Ltda 22.554 97.836 - 25.296
Elektro Coml - 3.720
Eloi Bruneta & Cia Ltda 4.398 -
Empresa Metropolitana de Água e Energia S.A - EMAE 30.046 23.491 2.426
Enguia Gen Ce Ltda - 6.656
Enguia Gen Ba Ltda - 7.790
Enercoop Ltda 8.765 -
Energest S.A 21.490 1.872
Enerpeixe S.A 93.787 118.695 20.497 22.068
Enertrade Comércio de Energia Ltda 63.476 - -
Furnas Centrais Elétricas S.A 1.970.463 3.024.988 2.960.306 1.238.991 762.749
Global Energia Elétrica Ltda 105.642 121.143 114.465 32.515 31.902
Guarantã Energética Ltda 65.876 51.185 8.392 3.545 -
Hidrelétrica Comodoro Ltda 4.048 -
Investco S.A 4.456 -
Isamu Ikeda Energia S/A 31.513 130.425 52.458 46.406
Itamarati Norte S.A 491.357 484.167 499.321 147.042 151.858
Juruena Energia S.A 10.562 11.472
Light Energia S.A 161.404 204.403 256.755 97.007 47.980
Madereira Barra Grande Ltda 2.399 -
Maggi Energia S.A 71.516 1.074 526 -
Mineração Santa Elina Ltda 175.846 170.856 - 111.806
Paranatinga Energia S.A - 10.690
Primavera Energia S.A 13.520 14.474
Quatiara Energia S/A 5.540 5.540
Rede Comercializadora de Energia S.A 1.006.288 1.488 1.488
Rede Lajeado Energia S.A 396.463 412.884
Rio do Sangue Energia S.A - 161.177 37.027 47.284
Rosal Energia S/A 183.960 262.800 262.798 38.574 38.574
Socibe Energia S/A 24.922 96.612 26.416 17.611
Tangará Energia S.A 110.577 111.805
Termório S.A - 5.377
Tocantins Energética S.A 14.510 -
Tractebel Energia S.A 5.882 2.252
Usina Alto Alegre - 24.633
Usina Nova Ameríca S.A 40.132 463 -
VP Energia S.A 35.969 10.353 10.860
Outros 952.176 831.519 572.380 4.871 253.602
Energia convencional (Liminar AES Tiete) 245.805 - -
MCSD 261.868
Programa de incentivo a fontes alternativas de energia 151.517 - -
TOTAL 11.731.176 13.686.582 13.867.164 5.278.393 4.250.188
Contratos Iniciais
173
Até o final de 2005, nossas distribuidoras compravam eletricidade nos termos dos Contratos Iniciais
celebrados com a Eletronorte, Duke Energy, AES Tietê S.A., Companhia Energética de Minas Gerais -
Cemig, Furnas, Companhia Paranaense de Energia - Copel, Rosal Energia S.A., segundo os quais
quantidades mensais de demanda (com exceção de Rosal, com a qual foram contratadas apenas
quantidades de energia), quantidades anuais de eletricidade e as respectivas tarifas eram estabelecidas
pela ANEEL. Mediante estes contratos, nós compramos um montante total de 2.948 GWh em 2005.
Contratos de Leilão
Nossas distribuidoras compravam energia em leilões públicos no MAE, que foi substituído pela CCEE
em agosto de 2004. Os contratos resultantes desses leilões, conhecidos como Contratos de Compra de
Energia no Ambiente Regulado, ou contratos CCEAR, foram formalizados com os respectivos
vendedores de energia de acordo com os termos e condições estabelecidos no edital de licitação.
A tabela a seguir apresenta as quantidades de eletricidade contratada, a tarifa média e os prazos referentes
aos contratos CCEAR resultantes desses leilões:
Eletricidade
Tarifa Média Contratada (MW % do Consumo
(R$MWh) – média anual) Anual Início do Contrato Prazo do Contrato
57,51 584 [•] 1 de janeiro de 2005 31 de dezembro de 2012
67,33 406 [•] 1 de janeiro de 2006 31 de dezembro de 2013
75,46 183 [•] 1 de janeiro de 2007 31 de dezembro de 2014
83,13 93 [•] 1 de janeiro de 2008 31 de dezembro de 2015
[•] 31 de dezembro de 2016
94,91 15 1 de janeiro de 2009
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
127,15 32 1 de janeiro de 2008
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
127,81 54 1 de janeiro de 2009
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
117,22 150 1 de janeiro de 2010
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
129,92 74 1 de janeiro de 2009
31 de dezembro de 2040 (UHE)
128,76 84 [•] 1 de janeiro de 2011 31 de dezembro de 2025 (UTE)
[•] 31 de dezembro de 2014
101,74 6 1 de janeiro de 2007
31 de dezembro de 2039 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2024 (UTE)
134,67 51 1 de janeiro de 2010
31 de dezembro de 2039 (UHE)
137,90 0,89 [•] 1 de janeiro de 2010 31 de dezembro de 2024 (UTE)
78,87 0,24 [•] 1 de janeiro de 2012 31 de dezembro de 2012
78,87 27,6 [•] 1 de janeiro de 2013 31 de dezembro de 2013
78,87 66,3 [•] 1 de janeiro de 2014 31 de dezembro de 2014
[•] 31 de dezembro de 2015
78,87 82,4 1 de janeiro de 2015
31 de dezembro de 2016
78,87 85,4 [•] 1 de janeiro de 2016 31 de dezembro de 2041
128,61 127 [•] 1 de janeiro de 2012 31 de dezembro de 2026
Contratos Bilaterais
Nossas distribuidoras celebraram contratos bilaterais com diversas empresas de geração, inclusive com
nossas geradoras, anteriormente à promulgação da Nova Lei do Setor Elétrico, que permanecem válidos.
Tais contratos representaram 12,1% do fornecimento de energia elétrica para as nossas distribuidoras em
2007, a um preço médio de R$142,71 por MWh.
Em 2003, CELPA e CELTINS celebraram contratos bilaterais com a Eletronorte, que vencem em 2008. Em
2007, CELPA e CELTINS compraram da Eletronorte 1.903 GWh a uma tarifa média de R$78,63 por MWh
estes que representaram 13,5% do total de eletricidade comprada pela CELPA e representaram 20,3% do total
de eletricidade comprada da CELTINS, em 2007.
Energia de Itaipu
174
Itaipu é a maior UHE em operação no mundo, com uma capacidade instalada de 12.600 MW, localizada
na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O Governo Federal possui 50% dos direitos de participação na
Itaipu por meio da ELETROBRÁS e os 50% dos direitos de participação restantes são do Paraguai. As
distribuidoras CELTINS e CEMAT, assim como as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste
do Brasil, são obrigadas a comprar energia de Itaipu a tarifas com base no Dólar, de forma a custear os
gastos operacionais da Itaipu, e os pagamentos de principal e juros sobre os empréstimos em Dólares
tomados por Itaipu, bem como o custo de transmissão dessa energia ao Sistema Interligado. Dessa forma,
as flutuações da taxa de câmbio do Dólar para o Real afetam o custo, em termos reais, da energia elétrica
que as distribuidoras são obrigadas a comprar de Itaipu. Alterações no preço da energia gerada por Itaipu
estão, entretanto, sujeitas ao mecanismo de ressarcimento dos custos da Parcela A. Nossas distribuidoras
de energia, tiveram despesas com a Furnas/ELETROBRÁS em um montante agregado de R$50,7 milhões
em 2007, R$46,8 milhões em 2006 e R$48,1 milhões em 2005, em respeito a eletricidade fornecida pela
Itaipu.
Nós geramos parte da energia que consumimos mediante UTEs de propriedade da CELPA e CEMAT e
de empresas geradoras desverticalizadas, como parte da reestruturação de nossas operações de acordo
com a Nova Lei de Energia Elétrica em novembro de 2005. Em 2007, essas UTEs geraram um montante
total de 386 GWh, que representaram 2,8% do montante total de eletricidade comprada por nossas
distribuidoras.
Em 2007, nós compramos 2.544 GWh de eletricidade da UHE Lajeado e UHE Guaporé, representando
18,3% do total de energia comprada em 2007. A garantia assegurada da UHE Lajeado e UHE Guaporé é
de 4,613 GWh por ano (526 MW em média) e 527 GWh por ano (60,2 MW em média), respectivamente.
A UHE Lajeado fornece energia para Caiuá, EDEVP, CNEE, EEB, CELTINS, CEMAT e REDECOM, e
a UHE Guaporé fornece energia para a CEMAT.
Atendimento ao Cliente
Para o atendimento de nossos consumidores, sobre qualquer assunto relativo ao serviço prestado, detemos
uma estrutura de 4 ouvidorias, call centers com 220 atendentes, além de 334 agências espalhados nos
estados de atuação da CELPA, CELTINS, CEMAT e REDESUL/SUDESTE. Nós ainda segmentamos o
atendimento de nossos consumidores através de departamentos específicos, tais como, Departamento de
Atendimento a Grandes Consumidores e Departamento de Atendimento ao Poder Público. É possível,
ainda, contatar-nos através de nossos websites.
Procedimentos de Faturamento
Nossos consumidores são faturados segundo um dos seguintes sistemas tarifários: (1) o sistema
convencional de tarifas, que é aplicado a consumidores das Classes A e B ou (2) o sistema de tarifas
sazonal-horário, que só é aplicado a consumidores da Classe A. O sistema de tarifa convencional aplica
uma alíquota fixa, sem levar em consideração quaisquer variações sazonais ou de horário. O sistema de
tarifas sazonal-horário, por sua vez, considera tanto as variações sazonais, que são as estações de seca
(maio a outubro) e de chuvas (novembro a abril), quanto às variações ao longo do dia. As tarifas mais
altas também são aplicadas durante as horas de pico de demanda.
As leituras dos medidores e o faturamento são efetuados mensalmente para todos os consumidores, com
exceção dos consumidores rurais, cujos medidores são lidos a intervalos que variam de um a três meses
(porém, se a leitura não for efetuada, esses consumidores são faturados mensalmente, com base no
consumo médio recente). As faturas são emitidas a partir das leituras dos medidores ou com base na
estimativa de consumo de energia, conforme calendário de leituras e faturamento definidos, com
vencimento para cinco dias úteis após apresentação aos consumidores. Os pagamentos podem ser feitos
em bancos, casas lotéricas ou nas filiais dos Correios.
Procedimentos de Cobrança
175
Consideramos o gerenciamento e o controle dos pagamentos em atraso pelos consumidores como uma
prioridade, e estabelecemos metas para reduzir o nível de inadimplência e aumentar os valores recebidos.
• ações legais - caso a Rede Energia não consiga recuperar montantes antigos devidos de um
consumidor, através das empresas de cobrança e não consiga estabelecer um plano de
renegociação de dívida com este consumidor, esta dívida é encaminhada para nosso
departamento jurídico que propõe um ação legal para coletar o montante devido.
A tabela a seguir demonstra a quantidade de pagamentos atrasados pela CEMAT, CELPA, CELTINS e
nossa REDESUL/SUDESTE no período indicado.
Fatores macroeconômicos desfavoráveis, principalmente nas regiões cuja principal atividade econômica é
o agronegócio, contribuíram para a queda da renda de nossos consumidores, o que aumentou
gradualmente os índices de pagamentos em atraso.
A energia que geramos é principalmente energia hidroelétrica. A energia elétrica gerada é transmitida
dentro de nosso sistema ou por terceiros para que as distribuidoras possam distribuir eletricidade aos
usuários finais. Nossas geradoras vendem eletricidade aos comercializadores ou distribuidoras sob
contratos de longo prazo, conforme determinado pela ANEEL. A quantidade de eletricidade que
geradores estão permitidos a vender sob contratos de longo prazo é chamada de “energia assegurada”.
Nossas operações de geração de energia somaram 22,8% de nosso lucro bruto operacional total (antes da
eliminação das empresas coligadas) em 2007, e 15,5% no período de três meses encerrado em 31 de
março de 2008, e incluiu:
• o controle, indireto, de 53,69% do capital social total da Investco, a líder do consórcio que detém
a concessão da UHE Lajeado. Como resultado de nosso investimento na Investco, nós temos
direito a 44,9% da energia total gerada pela UHE Lajeado, localizada no Rio Tocantins, com
uma capacidade total instalada de 902,5 MW.
• o controle, indireto, de 61,67% do capital social total, incluindo 100,0% do capital social com
direito a voto, da Tangará, que detém 100,0% da concessão para operar a UHE Guaporé. Como
176
resultado de nosso investimento na Tangará, nós temos direito a 64,0% da energia total gerada
pela UHE Guaporé, localizada no Rio Guaporé, com uma capacidade total instalada de 120,0
MW.
UHE Lajeado
A UHE Lajeado, localizada no Rio Tocantins, no Estado do Tocantins, atingiu sua condição de operação
plena em 2002, com cinco turbinas, cada uma com potência de geração de 180,5 MW, totalizando a
capacidade instalada de 902,5 MW.
A concessão para a exploração da UHE Lajeado, válida pelo prazo de 35 anos, foi outorgada pelo
Governo Federal ao consórcio vencedor do processo licitatório realizado em 16 de dezembro de 1997. A
concessão foi outorgada de forma compartilhada para a Investco, Rede Lajeado EDP Lajeado Energia
S.A., sociedade integrante do Grupo Energias do Brasil, CEB Lajeado S.A., sociedade controlada pelo
Governo Federal, e Paulista Lajeado Energia S.A., sociedade controlada pelo Grupo CPFL (em conjunto,
excluindo a Investco, os “Acionistas da Investco”). Os Acionistas das Investco celebraram, em 17 de
novembro de 1997, um acordo de acionistas.
Temos uma participação direta e indireta de 53,7% do capital total da Rede Lajeado, incluindo 45,4% no
capital votante. A sede da Rede Lajeado é localizada na Avenida Paulista, 2439 na cidade de São Paulo
no Estado de São Paulo. A Rede Lajeado foi constituída em 7 de outubro de 1999. Em 31 de março de
2008, o capital social da Rede Lajeado era representado por 132.794.454 ações, sendo 79.583.117 ações
ordinárias e 53.210.337 ações preferenciais. Todas as ações da Rede Lajeado estão totalmente subscritas e
pagas. Em 2007, a Rede Lajeado pagou dividendos em um total agregado de R$45,0 milhões. A Rede
Lajeado registrou um lucro líquido de R$59,6 milhões em 2007 e 12,5 milhões durante o período de três
meses findo em 31 de março de 2008. Na data deste Prospecto, a Companhia possuía uma dívida a ser
paga a Rede Lajeado, no valor total de R$12,5 milhões.
Por meio da Rede Lajeado, detemos uma participação de 38,6% no capital total e 45,4% no capital
votante da Investco, sociedade líder do consórcio que detém a concessão para exploração da UHE
Lajeado.
Nossa participação no consórcio somada à nossa participação no capital social da Investco nos confere
direito a 44,9% de toda energia produzida pela UHE Lajeado. Temos direito, ainda, a 43,9% do lucro
decorrente da UHE Lajeado, já considerado o rendimento mínimo de 49,7% do lucro da Rede Lajeado
conferido à Eletrobras por meio de um Acordo de Acionistas. Vide Seção “Principais Acionistas - Acordo
de Acionistas– Acordo de Acionistas da Rede Lajeado”.
A Investco atua como empresa de propósito específico responsável pela contratação e aquisição de todos
os serviços e equipamentos relacionados à construção, bem como pela contratação dos financiamentos
necessários para tanto, e atualmente atua na operação e manutenção da UHE Lajeado.
A Rede Lajeado comercializa toda a energia que têm direito proveniente da UHE Lajeado com a Caiuá,
CELTINS, CEMAT, CNEE, EEB, EDEVP e REDECOM, por meio de contratos bilaterais conforme
descrito na tabela abaixo.
O preço de energia mais baixo pago pela REDECOM faz parte de uma estratégia para tornar a
REDECOM mais competitiva no mercado de compra e venda de energia. Consequentemente, a Rede
Lajeado e a REDECOM celebraram um contrato que prevê o aumento gradual da tarifa, de modo que no
terceiro ano do contrato, a tarifa será semelhante às praticadas nos demais contratos das nossas
distribuidoras.
177
Para possibilitar aos Acionistas da Investco a exploração da UHE Lajeado, na proporção de suas
respectivas participações na concessão, a Investco, como proprietária dos ativos de geração de energia
existentes na UHE Lajeado, e cada um dos Acionistas da Investco, como titulares, coletivamente, de 99%
da concessão, celebraram, em julho de 2001, contratos de arrendamento da fração ideal dos ativos de
geração existentes na UHE Lajeado, correspondente à participação de cada acionista da Investco na
concessão.
Pelo arrendamento dos ativos, cada Acionista da Investco paga à Investco, mensalmente, a partir da data
do início da operação comercial da primeira unidade geradora da UHE Lajeado, a título de aluguel, valor
mensal pré-determinado. O valor deste aluguel é sujeito a descontos mensais relacionados as despesas
operacionais mensais da Investco e obrigação dispostas nos contratos de financiamento das obras.
As obrigações dos Acionistas da Investco previstas nos Contratos de Arrendamento são garantidas pelo
penhor de (i) seus direitos emergentes da parcela da concessão de que são titulares e (ii) seus direitos
creditórios decorrentes da comercialização da energia da UHE Lajeado, exceto quando:
• 30% da energia correspondente aos valores dos recebíveis representados pelos faturamentos
mensais provenientes da comercialização da energia firme produzida pela UHE Lajeado e,
• 50 % dos valores dos recebíveis da comercialização dos excedentes da energia firme produzida
pela UHE Lajeado.
UHE Guaporé
Detemos uma participação de 100,00% no capital votante e de 70,8% no capital total da Tangará, que
detém 100,0% da concessão para exploração da UHE Guaporé, localizada no Rio Guaporé, nos
municípios de Pontes e Lacerda e Vale de São Domingos, Estado do Mato Grosso. A Eletrobrás detém
todo o capital social restante da Tangará
A concessão para a exploração da UHE Guaporé, válida por 30 anos, foi outorgada em 7 de Julho de 1995
pelo Governo Brasileiro ao consórcio vencedor do processo licitatório. O contrato de concessão foi
firmado em 13 de março de 2000 e a UHE Guaporé atingiu sua condição de operação plena em junho de
2003, com 3 turbinas, cada uma com potência de geração de 40,0 MW, totalizando a capacidade instalada
de 120,0 MW.
A Tangará atualmente comercializa toda a energia proveniente da Usina Guaporé com a CEMAT pelo
preço de R$128,49 por MWh, por meio de um contrato de compra e venda de energia celebrado em 16 de
setembro de 2002, com prazo até 6 de junho de 2025.
PCH Juruena
Detemos uma participação de 99,99% no capital total e de 99,99% no capital votante da Juruena, que
detém 100,0% da concessão para exploração da UHE Juína e UHE Aripuanã, localizada no Rio Juína, nos
municípios de Pontes e Lacerda e Vale de São Domingos, Estado do Mato Grosso.
A concessão para a exploração da UHE Juína e UHE Aripuanã são válidas por 30 anos, a partir de 1997,
conforme contrato de concessão de geração nº04/97. A UHE Juína e UHE Aripuanã, juntas, têm
capacidade instalada de 6,1 MW.
A Juruena atualmente comercializa toda a energia gerada com a CEMAT pelo preço de R$216,40 por
MWh, por meio de um contrato de compra e venda de energia celebrado em 01 de novembro de 2005,
com prazo até 10 de dezembro de 2027.
Projeto de Bioenergia
Seguindo a estratégia de diversificação de nossos negócios para um segmento não regulado, como
também de expansão de nossa base geradora, por meio da co-geração de energia elétrica a partir da
biomassa (bagaço e palha de cana de açúcar), iniciamos em 2007 o estudo de viabilidade de um projeto de
geração de energia (a partir de biomassa) e produção de etanol no estado do Mato Grosso do Sul, e
adquirimos, em dezembro de 2007, participação de 50,98% da empresa Vale do Vacaria, veículo através
178
do qual pretendemos explorar este projeto. Em 31 de março de 2008, o capital social da Vale do Vacaria
era de R$20,5 milhões.
O projeto de produção de etanol e co-geração de energia elétrica a partir de biomassa deve ser implantado
em duas fases, com a construção de duas usinas, a primeira com início de operação previsto para abril de
2010, e a segunda, cuja implantação somente deverá ocorrer após o início da operação da primeira, para
abril de 2013.
Atualmente o nosso projeto contempla as seguintes características: (i) utilização de cana de açúcar própria
em terras onde teremos parcerias de plantio com os proprietários; (ii) localização que permite fácil
escoamento da produção; (iii) qualidade de solo superior aos grandes produtores existentes e condições
climáticas favoráveis que reduzem o custo de produção; (iv) custo de implementação da usina de geração
a biomassa associada à planta de etanol inferior ao de uma usina hidroelétrica com a mesma capacidade;
(v) projeto considerando uma planta com tecnologia moderna e altamente automatizada; (vi) produção
agrícola totalmente automatizada; (vii) fácil acesso à mão de obra, em razão da localização próxima à
região metropolitana; e (viii) baixos impactos ambientais uma vez que as terras para produção de cana
eram utilizadas como pastagens e não são abrangidas pela Floresta Amazônica ou Pantanal.
O projeto em estudo já obteve todas as licenças necessárias, mais ainda dependente da estruturação do
financiamento do projeto e da aprovação dos acionistas. Importante ressaltar que a estrutura de
financiamento deverá ser uma combinação de recursos aportados pelos atuais acionistas, eventuais
acionistas investidores estratégicos, com experiência no setor alcooleiro e de dívida obtida junto a bancos
ou instituições de fomento nacionais ou estrangeiros, devendo ser adotada uma estrutura de project
finance que deverá mitigar os riscos do projeto para a Rede Energia.
179
trimestre findo em 31 de março de 2008 e registrou um lucro líquido de 2,0 milhões em 2007 e 3,3
milhões durante o trimestre findo em 31 de março de 2008.
Concorrência
A operação da rede de distribuição dá-se em ambiente de monopólio legal, sendo os serviços geralmente
remunerados por meio das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição - TUSD. Dessa forma, os
consumidores localizados dentro das áreas de concessão das nossas distribuidoras, tanto cativos como
livres, devem utilizar nossa rede de distribuição para ter acesso à energia elétrica, remunerando nossas
distribuidoras por meio da TUSD.
No caso de nossas geradoras, após o vencimento dos contratos de venda de energia existentes, a energia
que eles continuem gerando deverá ser comercializada no ACR e no ACL.
O ACR é o segmento do mercado no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica
entre agentes vendedores e agentes de distribuição, precedidas de licitação. No ACR, nossas geradoras
competem entregando propostas em leilões para novas concessões.A proposta vencedora obtém o
contrato de concessão e um contrato de venda da energia com prazo entre 15 e 30 anos.
O ACL é o segmento do mercado no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica,
através de contratos bilaterais livremente negociados, onde a comercialização de energia elétrica ocorre
por meio da negociação, sendo preços e condições acordados entre as partes. Nesse ambiente, a
competição é exercida entre os concessionários e autorizados de geração, comercializadoras e
importadores de energia elétrica.
Nossos principais competidores no segmento de geração são CEMIG, CESP, CHESF – Cia. Hidro
Elétrica do São Francisco, Duke Energy International, Geração Parapanema S.A., Eletronorte, Furnas
Centrais Elétricas S.A. e Tractebel Energia S.A.
Nossos principais competidores no segmento de comercialização são: AES Infoenergy Ltda., CIEN –
Companhia de Interconexão Energética S.A., CPFL Comercializadora Ltda., Delta Comercializadora de
Energia Ltda., Elektro Comercializadora de Energia Ltda., Enertrade Comercializadora de Energia S.A.,
NC Energia S.A. e Petrobrás Comercializadora de Energia Ltda.
180
Nossas principais propriedades consistem em UHEs, UTEs, subestações e redes de distribuição
localizadas nos Estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. O valor
contábil líquido de nosso ativo imobilizado total, na data deste Prospecto, era de R$7.202,9 milhões. As
instalações de geração e outras instalações representaram 13,4% desse valor contábil líquido, as
instalações de transmissão e distribuição representaram 86,6%. De modo geral, as nossas instalações são
adequadas às nossas atuais necessidades e são apropriadas aos fins a que se destinam.
Algumas de nossas empresas têm servidões de passagem para nossas linhas de distribuição, que são
ativos próprios e não revertem aos proprietários da terra quando da expiração de nossas concessões.
Nossas linhas de distribuição ocupam áreas que são adquiridas por compra ou expropriação, ou sobre as
quais nós possuímos servidões de passagem sujeitas a pagamentos de indenização negociados com o
vendedor ou, em alguns casos, como determinado por decisões judiciais. Determinadas extensões de terra
pelas quais passam nossas linhas de transmissão são divididas com outras companhias de energia. A
escolha de determinada extensão de terra depende de critérios técnicos e é baseada em negociações
mantidas com o proprietário da propriedade relevante.
Nossas empresas geralmente gozam de servidões de passagem gratuitas sobre propriedades públicas.
Entretanto, tais empresas devem indenizar servidões sobre propriedades privadas. Em virtude do interesse
público no desenvolvimento de serviços de eletricidade, nós historicamente não encontramos dificuldades
legais significantes ao instalar novas linhas de distribuição de média e baixa voltagem.
De acordo com a lei, alguns dos imóveis e instalações que nossas empresas utilizam para cumprir nossas
obrigações nos termos de nossos contratos de concessão não podem ser transferidos, cedidos, onerados ou
vendidos a quaisquer de nossos credores ou por eles empenhados sem a prévia aprovação da ANEEL.
Sazonalidade
Nossas distribuidoras de energia não enfrentam sazonalidade significativa porque as características dos
mercados industriais, residenciais e comerciais que eles servem, seja mercado cativo ou consumidores
livres, requer uma corrente de energia relativamente uniforme durante o ano, apesar da sazonalidade que
ocorre dentro das áreas de concessão de cada uma de nossas companhias de distribuição no período de
três meses findos em 31 de março de cada ano comparado com os demais trimestres. A tabela a seguir
demonstra o volume de vendas de energia por trimestre fiscal nos períodos indicados:
As UHEs das nossas controladas são ligadas ao Sistema Interligado e possuem reservatórios
desenvolvidos para regularizar a vazão e a operação do sistema elétrico como um todo, por meio de um
mecanismo denominado Mecanismo de Realocação de Energia Assegurada. A função deste mecanismo é
facilitar o suporte mútuo à produção da energia das unidades credenciadas. Assim, em condições usuais, o
sistema possui mecanismos para mitigar os efeitos climáticos e hidrológicos ligados a produção de
energia hidroelétrica. Nenhum sistema, no entanto, pode evitar todos os riscos extraordinários. Vide
Seção “Fatores de Risco” – Riscos Relacionados a Nossas Operações no Setor Elétrico Brasileiro – O
efeito da falta de energia elétrica e o racionamento de energia, como em 2001 e 2002, podem ter um
efeito materialmente adverso nos nossos negócios e resultados de nossas operações.”
Apresentamos programas de pesquisa e desenvolvimento anuais para a ANEEL, a qual, após sua
aprovação, estabelece as datas para o atingimento de suas metas.
181
A lei brasileira exige que as distribuidoras devem aplicar em pesquisa e desenvolvimento do setor
elétrico, anualmente, o montante mínimo de 0,75% da sua Receita Operacional Líquida anual, e, no
mínimo, 0,25% em programas de eficiência energética, voltados para o uso final da energia. A partir de 1º
de janeiro de 2006, as geradoras e os produtores independentes, bem como as transmissoras, ficaram
obrigadas a aplicar, a partir de 1º de janeiro de 2006, anualmente, o montante mínimo de 1% de sua
receita operacional líquida, em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico, exceto para as PCHs e
companhias que geram energia, exclusivamente, a partir de instalações eólicas, solares e de biomassa.
O Governo Federal distribui os recursos que coleta para pesquisa e desenvolvimento do setor de energia
da seguinte forma: 40% para projetos executados pelas distribuidoras, 40% destinados ao Fundo Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e 20% destinados ao MME, em cada caso a fim de custear
os estudos e pesquisas de planejamento da expansão do sistema energético, bem como, os de inventário e
de viabilidade necessários ao aproveitamento dos potenciais hidrelétricos. O Governo Federal direcionará
no mínimo 30% dos recursos a projetos desenvolvidos por instituições de pesquisa sediadas nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Nos últimos 3 anos, nossas distribuidoras investiram um valor total de R$29,9 milhões em pesquisa e
desenvolvimento e R$33,1 em eficiência energética, conforme descritos na tabela abaixo:
Meio Ambiente
As atividades da Rede Energia são voltadas preponderantemente para a distribuição e geração de energia
elétrica. O sistema de geração de energia elétrica é composto por UHEs, PCHs e UTEs. As UTEs utilizam
óleo diesel como combustível.
A Rede Energia estabelece diversas ações e programas de prevenção e controle de impactos ambientais,
com a finalidade de limitar os riscos das atividades de distribuição e geração.
As estratégias corporativas de meio ambiente são estabelecidas através da análise das ações desenvolvidas
e resultados de cada empresa da Rede Energia, bem como das melhores práticas do setor elétrico.
O desempenho da Rede Energia na área ambiental deve-se à discussão dos principais aspectos que
possam interferir no setor e à análise de projetos de leis e instruções normativas, bem como à manutenção
de um relacionamento próximo com os ministérios de Meio Ambiente e Minas e Energia, os Comitês de
Meio Ambiente da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica - ABCE, a Associação
Brasileira das Indústrias de Base - ABDIB, a Fundação Coge - Funcoge e o Instituto Acende Brasil, entre
outros.
Desde 2004 as ações ambientais implantadas de forma individualizada pela Rede Energia, são discutidas
e definidas internamente pelo seu Comitê de Meio Ambiente, que é coordenado pela sua Gerência de
Meio Ambiente corporativa e conta com a participação dos gerentes ambientais das empresas da Rede
Energia.
As gerências locais têm um papel fundamental de gerir e controlar, na forma de apoio técnico, os
principais impactos ambientais provenientes das atividades da empresa, potencializando os positivos e
minimizando os negativos, e os processos de licenciamento ambiental dos empreendimentos nas fases de
planejamento, construção, operação e desativação.
O ano de 2007 foi de mudanças e conquistas significativas para as empresas. Foi o ano que a Rede
Energia implantou o Comitê de Responsabilidade Sócio-ambiental Corporativo - composto por
profissionais de todas as empresas, construiu sua Política de Sustentabilidade, definiu o foco dos
investimentos sócio-ambientais e incluiu no Planejamento Estratégico a Dimensão Sócio-ambiental.
182
As Gerências de Meio Ambiente, estão empenhadas neste momento em três grandes ações, que deverão
transformar a gestão ambiental nas empresas da Rede Energia, através da implantação de novas práticas,
melhoria e sistematização dos processos já existentes, tais como.
• Condução de estudo para avaliar, corrigir e/ou monitorar potenciais responsabilidades sócio-
ambientais associadas com as instalações e operações existentes (levantamento de passivos
ambientais); e
• Implantação de programas para garantir o controle adequado dos resíduos sólidos gerados
nas instalações das empresas.
O Sistema de Gestão Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho – SGASST está em fase inicial de
implantação e possui um escopo que abrange todas as atividades da Rede Energia e em determinado
momento esta gestão sistemática dos aspectos ambientais aproveitará os programas e procedimentos
ambientais já existentes, bem como as demais ações descritas acima.
Além disso, diversas metas e indicadores com valores atualmente não disponíveis serão mensurados com
a implantação desse sistema, pois haverá um maior controle e sistematização de práticas ambientalmente
adequadas presentes na Rede Energia.
Foram desenvolvidas as avaliações preliminares a fim de identificar as potenciais áreas contaminadas nos
ambientes de solo e de água subterrânea e os potenciais passivos ambientais, sociais, de saúde e
segurança associados à emissão atmosférica, ao manuseio e derramamento de óleos e materiais perigosos,
aos projetos de engenharia impróprios e às situações de operação e manutenção inadequadas.
Todos os passivos identificados estão sendo tratados através de projetos específicos como o processo de
saneamento ambiental. Este projeto tem como objetivo principal a recuperação ambiental de áreas de
UTEs à diesel desativadas e em operação, que necessitam de saneamento ambiental. A Celpa e a Cemat
contrataram empresa especializada em ações de saneamento, para corrigir tecnicamente os problemas
ambientais ocorridos ao longo dos anos de operação destas instalações.
Licenciamento Ambiental
A Rede Energia implementa programas de sua iniciativa em toda a extensão de suas operações no intuito
de controlar seus impactos ambientais, utilizar novas tecnologias e materiais ambientalmente mais
adequados, apoiar as iniciativas para a proteção da biodiversidade e participar das discussões sobre
políticas públicas de meio ambiente.
Por exemplo, desde 1997 a Rede Energia administra sua frota de veículos com sistema de controle de
velocidade e consumo de combustíveis (microcomputador de bordo), assim proporcionando maior
segurança aos seus motoristas e ganhos ambientais com a redução dos impactos ambientais no consumo
de recursos naturais e do volume anual de gases do efeito estufa emitidos na atmosfera.
Há também utilização de cabos multiplexados nas redes de baixa tensão como opção tecnológica nas
redes de baixa tensão. Além de reduzir a quantidade de desligamentos, obtêm-se ganhos em relação à
menor interferência da arborização nas redes, menor risco de acidentes da população e melhoria do micro
clima na região urbana.
183
Adicionalmente, a partir de 2006, utilizamos a “cruzeta ecológica”, que é feita de polietileno e bagaço de
cana-de-açúcar. Além de ecologicamente correta é também mais durável. Este novo material passa a ser
utilizado, em substituição à cruzeta de madeira, por ocasião de reparos e instalação de novos postes. Já
foram adquiridas 108.485 unidades.
A Rede Energia também implementa medidas, instruções e recursos para realizar o controle adequado dos
resíduos sólidos gerados nas suas instalações. Em 2007 tais esforços foram intensificados, com destaque
para a incorporação destas medidas pelo Sistema de Gestão Ambiental.
O departamento da Rede Energia de Meio Ambiente elabora e divulga instruções para o controle e
armazenamento de resíduos perigosos provenientes das atividades da empresa. Este departamento, junto
com o Almoxarifado e Departamento de Manutenção do Sistema, vêm gerindo estes materiais para o
correto acondicionamento e destino final.
Como é de ser notar, os indicadores da Rede Energia relacionados à violação de normas ambientais,
autuações e/ou multas demonstram que estas ocorrências não são expressivas dentro da sua área total de
atuação, que consiste na distribuição por toda extensão dos Estados do Tocantins, Mato Grosso e Pará e
alguns municípios de São Paulo e Minas Gerais.
• Convênio para a produção de 5.000 mudas/ano de espécies nativas do cerrado, firmado com a
Associação de Conversação do Meio Ambiente e Produção Integrada de Alimentos da
Amazônia, ONG denominada Gaia, a serem utilizadas pela Celtins para fins de recuperação de
áreas degradadas e promoção da biodiversidade regional;
• Adoção de procedimentos pela área de construção de linhas de distribuição para redução da faixa
de servidão a fim de diminuir o impacto ambiental do traçado da linha;
• Apoio aos órgãos ambientais federais, tal como o IBAMA – Projeto Prevfogo, e aos órgão
ambientais estaduais, tais como, Corpo de Bombeiros, Companhia Independente da Polícia
Militar Ambiental e a Coordenadoria de Defesa Civil, nas campanhas de prevenção de
queimadas, no período da seca, através da divulgação de mensagens na fatura de energia,
folders, cartilhas e cartazes;
Educação Ambiental
As atividades de Educação Ambiental desenvolvidas pela Rede Energia são implantados nas próprias
subsidiárias operacionais, com colaboradores e terceirizados, objetivando a conscientização e adoção de
cuidados e procedimentos de proteção ambiental na rotina profissional, apoio a projetos de preservação e
recuperação do meio ambiente local e regional e na comunidade.
184
Ainda não existe um programa formalizado de educação ambiental. Nos últimos anos, devido ao
considerável aumento de ações ambientais, o número de colaboradores envolvidos em atividades de
educação e conscientização ambiental teve um aumento significativo.
Os principais temas trabalhados foram descarte de resíduos perigosos, sistema de gestão ambiental,
cuidados ambientais no traçado de linhas de distribuição na área rural e energia e meio ambiente.
A ocupação das faixas de servidão é uma preocupação permanente da Gerência de Meio Ambiente que
desde 2007 intensificou as ações de correção do problema promotor de riscos ao sistema elétrico e
também à segurança das pessoas residentes nessas áreas.
Para evitar novas invasões e monitorar as ocupações existentes, a Rede Energia deu início à elaboração de
um diagnóstico patrimonial e socioeconômico da população moradora nas áreas localizadas embaixo das
linhas de transmissão das empresas operacionais, o que embasou a proposição de ações corretivas e
preventivas como a contratação de empresa especializada, para formulação de um procedimento
adequado, para tratar do assunto.
A Rede Energia investe em projetos de P&D voltados ao meio ambiente. Alguns se encontram em fase de
aprovação na ANEEL e outros estão em desenvolvimento. Abaixo citamos alguns de nossos projetos:
• Arborização urbana.
Um dos mais importantes programas das nossas atividades de geração é a realocação da população
moradora das áreas rurais e urbanas que serão necessárias às obras de construção de usinas, bem como
outras que serão inundadas para formação dos reservatórios.
As nossas distribuidoras e geradoras estão regulares com relação ao licenciamento ambiental de seus
empreendimentos ou estão em fase de regularização, com o que não se esperam gastos significativos.
O Projeto Nego D’Água tem como objetivo contribuir para o manejo sustentável dos recursos naturais do
Lago da UHE Luis Eduardo Magalhães, localizado na região central do Tocantins, visando a vida útil do
reservatório e garantir a qualidade de vida dos habitantes da região.
A parceria compreende a sensibilização e orientação para o uso sustentável do lago e seu entorno, com a
formação de jovens, estudantes e população em geral para participar ativamente na gestão do lago. O
185
forte desse componente é a utilização do barco escola, que serve como base para as capacitações e ponto
de apoio para a implantação de atividades produtivas sustentáveis, realização de controle ambiental e
instrumento para a coleta de material para a realização de pesquisas ligadas a ictiofauna, liminilogia,
dentre outras.
Trata-se de uma iniciativa da The Nature Conservancy (TNC), Associação de Conservação do Meio
Ambiente e Produção Integrada de Alimentos da Amazônia (GAIA-TO), da Faculdade Católica do
Tocantins (FACTO) em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE-TO).
Seminário realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Paraná (SEMA) com o objetivo de
promover o debate sobre o aproveitamento racional dos potenciais hidráulicos na geração de energia,
levando em consideração a variável econômica, a inclusão social e as questões ambientais;
Abraço simbólico ao Rio Cuiabá, que separa Cuiabá e Várzea Grande, em comemoração ao dia mundial
de meio ambiente. O evento é organizado pela Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da
Assembléia Legislativa de Mato Grosso e reúne milhares de pessoas, autoridades políticas, civis e
militares.
Patrocínio ao projeto “Reciclagem – Um bom Negócio”, da Federação das Indústrias de Mato Grosso –
FIEMT.
Programas Sociais
Além de distribuir e produzir energia elétrica de forma segura, confiável e responsável em termos
ambientais, investimos nas comunidades onde operamos. Estamos comprometidos com o
desenvolvimento de projetos sociais que levam melhorias significativas às vidas dos membros dessas
comunidades, tais como centros voltados à criação artística, incentivo cultural e desenvolvimento social.
• Energia APAE. A CELPA firmou parceria com o Estado do Pará e com a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais - APAE do Estado do Pará a fim de aumentar as contribuições a
crianças portadoras de deficiência física no Estado, por meio de campanhas incentivando os
consumidores da CELPA a fazerem doações mensais à APAE através das suas contas de energia
elétrica.
• Projeto Criança Luz. Implantado em janeiro de 2003, o Projeto Criança Luz beneficia 2.115 crianças
carentes de 13 escolas na periferia de Belém, através de trabalho voluntário nas áreas médica e
odontológica, bem como palestras sobre higiene pessoal e educação ambiental.
• Projeto Transparência. O Projeto Transparência foi criado em julho de 2002 com o objetivo de
fornecer a consumidores de baixa renda instruções e informações gerais sobre os serviços
elétricos prestados pela CELPA.
186
• Projeto De Mãos Dadas. O Projeto De Mãos Dadas foi criado em 2002 e reúne profissionais de
vários departamentos e áreas da CEMAT para desenvolver atividades voluntárias que ajudam a
promover a igualdade social no Estado do Mato Grosso.
• Projeto Bilhete de Luz. O Projeto Bilhete de Luz consiste na troca de latas de alumínio e garrafas
plásticas por bônus para serem descontadas da conta de energia. Esta é uma parceria entre o
governo do Estado do Mato Grosso, Aleris Latasa e a cadeia de supermercado Modelo. Este
projeto disponibiliza e incentiva a reciclagem dos materiais e resultados e um aumento de receita
para as famílias envolvidas.
• Projeto Oficina de Costura. Nós mantemos uma oficina de costura na prisão feminina de Ana
Maria do Couto “May”. Desde janeiro de 2005, os uniformes usados pelos eletricistas da
CEMAT são feitos na prisão. Por meio do trabalho, as presas adquirem valores tais como auto-
estima, responsabilidade e o sentimento de serem úteis para a sociedade. Em função da nova
exigência de tecido ante chamas não sei se as maquinas já foram adequados e o projeto retomado
• Projeto Apae Energia CELTINS. Por meio das faturas de energia, a CELTINS recolhe doações
de consumidores e transfere os recursos para o único centro de reabilitação existente no Estado
de Tocantins.
• Projeto Nego D’água. O objetivo deste projeto é consolidar e promover para integrar a
administração dos recursos naturais do Lago Palmas, com a ênfase na educação ambiental, como
uma tentativa de aumentar a vida útil do lago e garantir uma melhor qualidade de vida para os
habitantes das regiões servidas pela CELTINS.
• Projeto Águas Abertas. Este projeto inclui competições de natação e estimula a atividade
econômica atraindo atletas nacionais e internacionais. Durante os eventos nós promovemos
campanhas educacionais sobre o uso sustentável do lago de Palmas e Porto Nacional e Lago
Araguaína e estimular a participação em outros esportes aquáticos tais como remo, canoagem e
vela, desta forma contribuindo para melhoria da qualidade de vida da população vizinha.
• Projeto Rede Luz. O Projeto Rede Luz é um programa de saúde que oferece assistência médica,
odontológica e psicológica a 60 crianças da Associação Filantrópica São Judas Tadeu, em Cuiabá.
• Projeto Educação nas Escolas. Este projeto provém um curso para aproximadamente 47.000
educadores sobre o uso correto e seguro da energia. Crianças do ensino fundamental na área de
concessão de cada uma de nossas distribuidoras na unidade operacional REDESUL/SUDESTE
participam de leituras, e recebem pastas e jogos sobre o uso consciente de energia.
• Projeto É Assim Que Se Faz. Em 2005, o Projeto É Assim Que Se Faz, distribuiu mais de 13 mil
jogos educativos sobre consumo sustentável, além de 20.000 folders sobre uso seguro de nosso
produto, atingindo 50 mil pessoas;
• Projeto Compromisso Todos Pela Educação. Em 2006, nós aderimos o Programa Compromisso
Todos Pela Educação, um programa de consciência nacional para a inclusão das crianças em
escolas públicas de qualidade.
• Projeto Horta na Escola. O Projeto Horta na Escola atende crianças inscritas no Projeto Criança
Luz que vivem em comunidades de baixa renda nas cidades de Belém e Mosqueiro, ensinando
sobre a importância das técnicas de cultivo de vegetais. As hortas também são uma fonte de
renda para os membros dessas comunidades.
• Projeto Transparência. O Projeto Transparência foi criado em julho de 2002 com o objetivo de
fornecer a consumidores de baixa renda instruções e informações gerais sobre os serviços
elétricos prestados pela CELPA.
Seguros
187
Nossos contratos de seguros são estabelecidos com cobertura determinada por orientação de especialistas,
levando em conta a natureza e o grau de risco, por importâncias seguradas consideradas suficientes para
cobrir eventuais perdas significativas sobre nossos ativos e responsabilidades. Nós acreditamos que nossa
cobertura de seguro está dentro dos padrões do mercado segurador aplicados ao setor elétrico.
As nossas distribuidoras contrataram companhias de primeira linha para cobertura de seus ativos contra
riscos operacionais, tais como incêndios, raios, explosões, danos elétricos e pequenas obras de
engenharia, em nossas diversas subestações, edificações e instalações, com limite máximo de indenização
de R$20,0 milhões por evento. Também firmamos contratos na modalidade responsabilidade civil geral
para a cobertura de danos materiais e danos pessoais causados a terceiros, com limite máximo de
indenização de R$20,0 milhões.
Nossas distribuidoras não possuem cobertura de seguro contra risco de interrupção das operações
comerciais, por acreditarem que o risco de interrupção de grandes proporções não justifica os prêmios.
Também estão excluídos da cobertura de seguros os riscos de roubo e atos terroristas.
Nossas geradoras possuem cobertura de seguro para nossos geradores, turbinas e transformadores contra
incêndios, raios, explosões, curtos-circuitos, interrupções de energia elétrica e mau funcionamento de
equipamentos, tendo como limites máximos de indenização R$255,0 milhões para a UHE Lajeado e
R$228,0 milhões para a UHE Guaporé.
Para a contratação destes seguros pagamos às seguradoras a quantia total de R$5,0 milhões ao ano.
Propriedade Intelectual
A Denerge efetuou pedidos de registro para o registro do logo da Companhia nas classes internacionais
[35, 36, 37, 39, 40 e 42].
O INPI aprovou a maioria de nossos pedidos de concessão de registro de nossos logos e marcas. Cada
registro aprovado pelo INPI expirará após 10 anos da emissão de seu certificado. Após este período, cada
marca poderá ser renovada por um período adicional de 10 anos, sujeito a aprovação do INPI. Nós
devemos requerer que o INPI renove cada registro dentro do prazo de 12 meses antes de expirar o prazo e
caso nós não consigamos fazê-lo, o INPI pode revogar nosso registro.
Não possuímos nenhuma patente ou licença registrada no INPI, bem como não somos parte de contratos
de transferência de tecnologia relacionados às nossas atividades.
Funcionários
Na data deste Prospecto a Rede Energia contava com 5.554 funcionários em período integral.
A tabela a seguir apresenta o número de funcionários por categoria de atividade nas datas indicadas
abaixo:
Em 31 de dezembro de Em 31 de março de
2005 2006 2007 2008
Diretoria 144 193 181 171
Financeiro 205 21 87 86
Administrativo 466 503 668 651
188
Técnico 1.418 1453 1.033 1.001
Operacional 1.638 1.986 2.109 2.101
Comercial 1.434 1.345 1.363 1.373
Outros 36 71 186 171
Total 5.341 5.572 5.627 5.554
Na data deste Prospecto, 37,1% destes empregados estavam localizados no Pará, 27,0% no Mato Grosso,
19,5% em São Paulo, 14,4% no Tocantins, 1,6% no Paraná e Mato Grosso do Sul com 0,4%.
A área de concessão da CELPA abrange uma extensa área de cobertura com regiões de difícil acesso,
motivo pelo qual sua produtividade é inferior à das demais concessionárias. A CELPA encontra-se em um
processo de reestruturação operacional (similar com a que já utilizamos com a CEMAT), com o objetivo
de melhorar esse quadro.
A última greve em nossas empresas ocorreu na CELPA, em outubro de 2006: a negociação foi
encaminhada rapidamente e teve desfecho satisfatório para nós. Nenhuma de nossas outras empresas
experimentou qualquer tipo de greve ou manifestação trabalhista ao longo dos últimos 3 anos. Temos um
bom relacionamento com os 8 sindicatos aos quais nossos empregados são filiados, relacionados ao
segmento de geração e de distribuição, dos quais se destaca o Sindicato dos Urbanitários do Pará -
STIUPA, pelo maior número de empregados filiados e atuação mais efetiva. Temos acordos coletivos de
trabalho com cada sindicato, que são renegociados anualmente, predominantemente nos meses de abril e
novembro.
As relações com as entidades sindicais, em geral, têm sido amistosas e respeitosas, com exceção apenas
ao Sindicato dos Urbanitários do Pará - STIUPA, o qual adota uma postura mais agressiva. Contudo,
recentemente, temos obtido avanços significativos nessa relação.
A Rede Energia investiu aproximadamente R$1,0 milhões durante o período de três meses findo em 31 de
março de 2008, R$4,2 milhões em 2007 e R$3,5 milhões em 2006 em educação, treinamento e
desenvolvimento profissional para nossos empregados. Mais de 95% de nossos empregados nos últimos
três anos participaram de atividades de desenvolvimento profissional e pessoal, incluindo treinamento
interno e externo e participações em eventos técnicos.
A segurança no trabalho continua sendo uma das nossas prioridades. Temos investido em vários
programas relativos à prevenção de acidentes, administração de controle de risco e inspeção e
treinamento, que diminuíram a freqüência e gravidade dos acidentes no trabalho. Realizamos sessões
anuais de treinamento sobre segurança para nossos funcionários que trabalham em atividades de alto
risco.
Oferecemos uma série de benefícios para todos os nossos funcionários, incluindo seguro saúde e
hospitalar, seguro odontológico, reembolso-creche e para despesas de mudança, seguro de vida, seguro
saúde complementar, bolsas de estudo, planos de aposentadoria e previdência privada. Esses benefícios
são estabelecidos através de acordos coletivos com os sindicatos dos funcionários.
Os planos de previdência privada oferecidos pelas nossas empresas são administrados pela REDEPREV,
uma fundação sem fins lucrativos patrocinada por várias entidades, sendo administrado de forma
independente. Com base na avaliação atuarial dos planos de previdência, conduzida por atuários
189
independentes, de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 371/2000, em 31 de dezembro
de 2007, nossas obrigações atuariais montavam a R$15,5 milhões para a CELPA e R$0,3 milhões para a
CEMAT. Essas obrigações atuariais estão provisionadas.
Não temos planos de opção de compra de ações. Em 2007, a CEMAT, CELPA, CELTINS, EDEVP,
Caiuá, EEB, e CFLO cederam um plano de participação nos resultados para seus empregados.
Funcionários terceirizados
Esporadicamente, a Rede Energia contrata funcionários terceirizados para prover os seguintes serviços
relacionados a limpeza, segurança, leitura dos medidores, entrega de faturas, serviços de interrupção e
religação de serviços de eletricidade, plantão de atendimento e outros serviços administrativos. Nós
contratamos 4.575 funcionários terceirizados no período de três meses encerrado em 31 de março de
2008, 4.546 em 2007 e 4.346 em 2006.
O cálculo dos valores a serem provisionados é feito com base nos valores efetivamente envolvidos e nos
pareceres dos advogados externos e internos responsáveis pela condução dos processos, sendo que
somente são provisionados os valores relativos aos processos que entendemos ser de perda provável.
Destacamos que nossas distribuidoras de energia elétrica possuem diversos processos de natureza cível e
trabalhista os quais entendemos serem de expectativa de perda remota, cujo valor, por esta razão, não se
encontra contemplado no valor total das provisões demonstrado a seguir.
O quadro a seguir apresenta a posição consolidada das nossas provisões, bem como os valores
depositados referentes a procedimentos judiciais e administrativos na data deste Prospecto.
Provisão (em R$milhões) (1) (2) Depósitos (em R$milhões) (1) (2)
31 de março de 2008 31 de março de 2008
Trabalhista 13,0 32,0
Cível 7,0 12,0
Fiscal 0 6,0
TOTAL 20,0 50,0
(1) Os valores acima indicados não contemplam os valores a serem despendidos a título de indenizações por
desapropriações de imóveis em virtude de tais valores serem enquadrados no orçamento anual como investimento e não
como despesa.
(2) Valores aproximados.
Na data deste Prospecto, figurávamos como parte em 2.148 processos judiciais que versam sobre matéria
trabalhista, os quais representavam um provisionamento total de aproximadamente, R$13 milhões e sobre
os quais realizamos depósitos judiciais no valor de, aproximadamente, R$32,0 milhões. De uma maneira
geral, os processos trabalhistas versam sobre horas extras, férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), 13º salário, adicional de periculosidade, equiparação salarial e responsabilidade subsidiária
envolvendo empresas prestadoras de serviços, entre outros.
Além disso, a Caiuá Distribuidora figura como parte ré de uma reclamação trabalhista proposta pelo
Sindicato de Presidente Prudente, que pleiteia a sua condenação ao pagamento do adicional de
periculosidade sobre todas as verbas de natureza salarial. A despeito de o Tribunal Superior do Trabalho
já ter editado a súmula 191, dizendo que, com relação aos eletricitários, é devido o pagamento sobre as
verbas de natureza salarial, entendemos que o adicional de periculosidade é devido apenas sobre o
salário-básico do trabalhador, pois assim dispõe a lei que criou o adicional de periculosidade e o decreto
que a regulamentou. Consideramos que a probabilidade de perda desta ação é possível e estimamos que
seja de R$696.000,00. No momento este processo encontra-se aguardando julgamento perante o Tribunal
Superior do Trabalho.
190
Processos de Natureza Cível
Na data deste Prospecto, figurávamos como parte em 5.580 processos judiciais que versam sobre matéria
cível, os quais, representavam um provisionamento total de aproximadamente R$7,0 milhões e sobre os
quais realizamos depósitos judiciais no valor de, aproximadamente, R$12,0 milhões. De uma maneira
geral, os processos de natureza cível envolvem indenizações decorrentes de acidentes de trabalho ou com
terceiros, suspensão do fornecimento de energia elétrica, furto de energia, indenizações por danos a
equipamentos, questionamentos relativos à cobrança de contas de energia elétrica, entre outros. As ações
indenizatórias de natureza cível, em que a Investco figura como parte ré, referem-se, em sua maioria, a
indenizações pleiteadas por pessoas que se consideram impactadas pelo enchimento do reservatório da
UHE Lajeado ou que pretendem majorar indenizações recebidas por conta deste enchimento.
Nossas distribuidoras figuram como rés em 44 ações judiciais cíveis referentes às Portarias 38 e 45/86, do
extinto Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE, em que consumidores pleiteiam a
devolução de valores cobrados em razão do aumento das tarifas de energia elétrica no período de
congelamento de preços do Plano Cruzado. Consideramos que a probabilidade de perda de tais ações é
provável apenas com relação à parte relativa ao período em que vigorou o reajuste das tarifas, que
compreendeu os meses de março a novembro de 1986. Portanto, estimamos que tal perda seja de R$883,9
mil, valor para o qual já constituímos provisão contábil. Atualmente, a maioria desses processos encontra-
se em fase de recurso aguardando julgamento em Tribunais de Justiça Estaduais.
Segundo as regras do referido programa, as obrigações fiscais apuradas até 28 de fevereiro de 2003
poderiam ser parceladas em até 130 prestações mensais e sucessivas, sendo as respectivas parcelas
atualizadas pela Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. Já as obrigações fiscais apuradas entre 1º de
março de 2003 e 31 de dezembro de 2005, poderiam ser parceladas em até 120 prestações mensais e
sucessivas, sendo as respectivas parcelas atualizadas pela Taxa SELIC.
As obrigações fiscais que incluímos no PAEX referem-se a tributos e contribuições (COFINS, PIS, CSL,
IRPJ, CPMF e contribuições ao INSS), em relação aos quais possuíamos discussões judiciais e
administrativas cujas chances de êxito eram estimadas como possível ou remota.
Na data deste Prospecto, éramos parte de 552 processos envolvendo assuntos fiscais, sendo 270 judiciais
e 282 administrativos. Possuímos depósitos judiciais vinculados aos referidos processos no montante
aproximado de R$6 milhões.
Processos Administrativos
Em 26/12/2005, a CEMAT sofreu autuação fiscal por parte das autoridades fiscais do Estado do Mato
Grosso, no valor aproximado de R$247,8 milhões, relativa ao aproveitamento de créditos de ICMS. Os
referidos créditos de ICMS referem-se: (i) à aquisição interestadual de ativo imobilizado (ii) ao consumo
próprio de energia elétrica e (iii) ao consumo de óleo diesel para geração de energia elétrica. A CEMAT
efetuou o pagamento de parte da autuação fiscal, relativa ao consumo próprio de energia elétrica. Com
relação aos demais itens do auto de infração, a CEMAT apresentou recurso administrativo, o qual ainda
aguarda julgamento.
Não foi efetuado o provisionamento com relação a esse processo, uma vez que a CEMAT considera
prováveis as chances de cancelamento do referido auto de infração.
191
Nós figuramos no pólo passivo de 18 ações propostas pelo Instituto Nacional do Seguro Social para a
cobrança de contribuições de seguridade social em um montante total de R$189,5 milhões. Nenhum
julgamento final foi proferido até o momento. Consideramos remotas as chances de perda desses
processos.
Na data deste Prospecto, nossa afiliada Investco figurava como parte em processos judiciais e processos
administrativos que versam sobre matéria ambiental. Deste universo de demandas judiciais de natureza
ambiental, incluem-se duas ações civis públicas, cujo provisionamento não foi efetuado, já que foi
considerada remota a hipótese de perda, conforme descrito abaixo.
As duas ações civis públicas, ajuizadas pelo Ministério Público Federal, são relacionadas a supostas
infrações cometidas pela Investco em relação aos Projeto Básico Ambiental de Reflorestamento da área
cercando o reservatório da UHE Luis Eduardo Magalhães e expropriação das áreas de preservação
permanente, em um montante total de, aproximadamente, R$110,0 milhões. Abaixo seguem os processos
ambientais relevantes em que a Investco figura como pólo passivo:
A primeira ação, ajuizada em dezembro de 2001, pelo Ministério Público Federal , pleiteia ordem judicial
específica para o cumprimento de todos os planos ambientais básicos atualmente em inadimplemento da
UHE Luis Eduardo Magalhães. O juiz determinou perícia técnica para comprovação do descumprimento
dos Planos Básicos Ambientais - PBAs e requereu que o IBAMA e a agência do meio ambiente do Estado
do Tocantins - Naturatins, providenciasse um estudo atualizado a respeito das obrigações ambientais
exigidas pelos PBAs. A Procuradoria Geral da União, que também participa da ação, requereu a extinção
parcial da ação pois a renovação da licença de operação da UHE Luis Eduardo Magalhães comprovaria o
cumprimento dos PBAs. O Ministério Público Federal ainda pleiteia a aferição dos danos ambientais. Nós
acreditamos que a Investco pode dirimir esta ação celebrando um termo de ajustamento de conduta. Caso
a Investco celebre um termo de ajustamento de conduta, o único assunto pendente no processo judicial
será o cálculo dos danos ambientais, que dependerão de investigação judicial.
A segunda ação, ajuizada pelo Ministério Público Federal em 20 de outubro de 2003, exige a limpeza
imediata do reservatório, o reflorestamento da área de seu entorno e a aquisição de uma área de
preservação permanente localizada 100 metros ao redor do reservatório. A Investco pagaria uma multa
diária caso não respeitasse qualquer uma destas obrigações. Foi negado o pedido liminar na ação para que
a Investco cumprisse referidas obrigações. O resultado da ação dependerá de perícia técnica. Os serviços
de limpeza do reservatório e de reflorestamento da área de seu entorno são realizados sob supervisão dos
órgãos licenciadores. A obrigação de adquirir área de preservação permanente está suspensa por ordem
judicial deferida em ação ajuizada pela Investco. Nós acreditamos que a probabilidade de perda nestas
ações são remotas em virtude do fato de que a atuação da Investco está de acordo com todos os
requerimentos dos PBAs. De toda forma, caso o julgamento da ação seja desfavorável, nós acreditamos
que a Investco pode dirimir esta ação celebrando um termo de ajustamento de conduta.
Na data deste Prospecto, figurávamos como parte em 15 processos administrativos punitivos que
versavam sobre matéria regulatória. Estes processos representam uma contingência administrativa no
total de, aproximadamente, R$23,0 milhões, para os quais não existe provisão constituída, uma vez que
estes processos administrativos ainda se encontram em estágios preliminares e nós acreditamos que eles
não subsistirão. Essas ações geralmente decorrem de alegados descumprimentos de regulamentação em
vigor. Infrações incluem a transgressão dos indicadores DEC ou FEC, e a execução de certos acordos
entre partes relacionadas sem o prévio consentimento da ANEEL, entre outros.
CEMAT
192
Em conformidade com as disposições da Resolução ANEEL nº 784, de 24 de dezembro de 2002, e
resolução autorizativa ANEEL nº 81, de 09 de março de 2004, a CEMAT foi enquadrada na sub-rogação
do direito de uso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis - CCC, devido à implantação de projetos
elétricos que proporcionaram a redução do dispêndio da CCC, que contribui para a modicidade das tarifas
aos consumidores finais, relativo ao sistema de transmissão Brasnorte-Juara-Juína.
Para fins de cálculo do benefício, o empreendimento foi dividido em 2 fases distintas: (i) na 1ª fase,
denominada Transmissão Campo Novo-Brasnorte, foram aplicados recursos de, aproximadamente, R$12
mil, tendo a Companhia recebido, como sub-rogação, os valores de R$6 mil em 2005 e R$3 mil em 2004,
o que equivale a 75% do custo da obra; (ii) na 2ª fase, denominada Linha de Transmissão Juara-Juína, foi
aplicado o montante de R$55,9 mil para a conclusão da obra, e o valor de sub-rogação dessa obra foi de
R$41,9 mil, dos quais R$32,6 mil foram recebidos em 2006 e R$9,3 mil estão previstos para 2007, o que
corresponde a 75% do investimento;
Foram ainda, homologados os seguintes projetos : (i) Sistema de Transmissão Sapezal, aprovado pela
resolução autorizativa nº 320 de 19 de setembro de 2005, num investimento total de R$25,6 mil e sub-
rogação de R$19,2 mil a ser recebido em 153 parcelas a partir de janeiro de 2006; (ii) Sistema Tabaporã,
aprovado pela resolução nº 512 de 11 de abril de 2006, com um investimento total de R$3,0 mil e valor
sub-rogado de R$2, 1 mil recebido integralmente em 2006; (iii) Sistema de Transmissão Nova Monte
Verde, com subsídio aprovado de R$56,5 mil, por meio da resolução autorizativa nº 897 de 02 de maio de
2007, com previsão de início do recebimento ainda em 2008 em 48 parcelas; e (iv) Sistema de
Transmissão Baixo Araguaia, com subsídio aprovado no valor de R$152,9 mil, por meio da resolução
autorizativa nº 906, de 02 de maio de 2007, com previsão de recebimento a partir do final de 2008 em 48
parcelas.
193
ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA
Conselho de Administração
O Conselho de Administração é responsável por fixar a orientação geral nos nossos negócios, eleição e
destituição dos membros da diretoria e fiscalizar sua gestão, e nomear e destituir os auditores externos.
Nosso Conselho de Administração é o órgão de deliberação colegiada, responsável pelo estabelecimento
das políticas e diretrizes dos nossos negócios. O Conselho de Administração deve reunir-se sempre que
convocado por qualquer de seus membros, com antecedência mínima de 03 (três) dias. O Conselho de
Administração reuniu-se 8 (oito) vezes em 2007 e [•] durante os três primeiros meses de 2008.
Segundo o Regulamento do Nível 2 da BOVESPA, nosso Conselho de Administração será composto por,
no mínimo, 20% de Conselheiros Independentes. Para mais informações sobre os Conselheiros
Independentes, vide Seção “Práticas de Governança Corporativa”. O mandato do Conselho de
Administração é de dois anos, mas, qualquer que seja a data de eleição, os respectivos mandatos
terminarão na data da Assembléia Geral que examinar as contas relativas ao último exercício de suas
gestões. Os mandatos dos membros atuais, nomeados em Assembléia Geral de Acionistas, se encerrará na
Assembléia Geral Ordinária que deliberar sobre as demonstrações financeiras referentes ao exercício
social de 2009.
Por sermos uma companhia aberta, conforme disposição da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas
não controladores têm direitos de votação em separado para a eleição dos membros do Conselho de
Administração. Assim, acionistas que juntos detenham ações preferenciais correspondentes a pelo menos
10% do capital total da companhia, por pelo menos 3 meses, têm o direito de nomear um membro do
Conselho de Administração. E os acionistas que juntos detenham pelo menos 15% do capital votante de
uma companhia, por pelo menos 3 meses, têm o direito de nomear um membro do Conselho de
Administração. Caso os detentores de nossas ações preferenciais e acionistas minoritários que detenham
ações com direito a voto não detenham um número mínimo de ações para nomear um membro do
Conselho de Administração, a maioria desses acionistas poderá nomear um membro do Conselho de
Administração, caso eles detenham juntos, pelo menos 10% do capital total da companhia. Além disso,
acionsitas que representem no mínimo 10% do capital votante da companhia têm direito a solicitar a
votação pelo sistema de voto múltiplo, que garante a cada ação número de votos igual ao dos cargos a
preencher, e o direito de cumular os votos em um mesmo candidato ou distribuí-los entre vários. Caso se
utilize em uma eleição de membros do Conselho de Administração, cumulativamente, ambos os sistemas
de votos acima descritos, nossos Acionistas Controladores terão o direito de nomear a maioria dos
membros do Conselho de Administração.
Seguem abaixo, os nomes, data de nomeação e breve descrição biográfica de cada membro do Conselho
de Administração:
194
O mandato dos atuais membros do Conselho expirará na Assembléia Geral Ordinária que aprovar as contas do
exercício de 2009, exceto em caso de renúncia ou destituição.
Segue abaixo breve biografia dos nossos conselheiros:
Jorge Queiroz de Moraes Junior é o presidente do Conselho de Administração da Companhia desde abril
de 1995. É presidente do conselho de administração de várias empresas, incluindo as empresas de geração
de energia elétrica da Rede Energia e da Investco e também o presidente do Conselho de Curadores da
Fundação Aquarela, diretor de diversas empresas, como a Companhia Força e Luz do Oeste e Companhia
Nacional de Energia Elétrica e diretor presidente de várias empresas incluindo as empresas JQMJ
Participações S/A, BBPM – Participações S.A. e Denerge Desenvolvimento Energético S/A. Foi também
professor adjunto na Faculdade de Administração da Fundação Getúlio Vargas até 1999. É formado em
engenharia naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e possui mestrado em
administração de empresas e PhD em finanças e contabilidade pela Michigan State University.
Alberto José Rodrigues Alves é membro do Conselho de Administração desde abril de 1995. Atualmente
é vice-presidente do conselho de administração da Tangará Energia S.A., membro do conselho de
administração de várias empresas da Rede Energia e também o presidente do Conselho de Curadores da
Redeprev – Fundação Rede de Previdência, diretor de diversas empresas como a Companhia Força e Luz
do Oeste e Rede Power do Brasil S/A e diretor vice-presidente da Denerge Desenvolvimento Energético
S/A. É formado em engenharia elétrica com especialização em eletrônica pela Escola de Engenharia de
Mauá. É também pós graduado em administração de empresas e possui mestrado em finanças e
contabilidade pela Fundação Getúlio Vargas.
Plácido Gonçalves Meirelles é membro do Conselho de Administração desde abril de 2000. Atualmente é
membro do conselho de administração da EEVP e diretor da CNEE e EEB. É Sócio Gerente da Trois
Elles Modas e Confecções. Atuou como membro do Conselho de Curadores da REDEPREV e como
diretor da Termocerâmica São Martinho.
Omar Bittar é membro do Conselho de Administração desde dezembro de 2005. Atualmente é Sócio
Diretor da Omar Bittar Assessoria e Consultoria Jurídica S/C e Diretor de Comunicação da Rede Energia.
Foi diretor superintendente da Gazeta Mercantil e Jornal Investimento, vice-presidente da CODETEC –
Companhia de Desenvolvimento Tecnológico de Campinas e da ABDIB – Associação Brasileira de
Indústrias de Base, diretor para assuntos internacionais da CPD – Companhia Paulista de
Desenvolvimento e consultor e representante da AEP – American Electric Power. Foi Assessor Especial
para Assuntos de Privatização e Projetos Especiais do Estado de São Paulo. É formado em Direito pela
Faculdade de Direito de Niterói, Rio de Janeiro e em administração de empresas pela Fundação Getúlio
Vargas.
Martus Antonio Rodrigues Tavares é economista, com pós-graduação pela Universidade de São Paulo
(1983). Foi professor e pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (Paraná), no período de 1980-
1986. Ocupou os cargos de Economista-Chefe, Secretário-Executivo e Ministro de Estado, do Ministério
do Planejamento (1994-2002). Foi Diretor executivo pelo Brasil e Suriname no Banco-Interamericano
de Desenvolvimento (BID) no período de 2002/2004, e em 2005, de Secretário de Economia e
Planejamento do Estado de São Paulo. Atualmente é Vice-Presidente Executivo da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo.
195
Joaquim Dias de Castro é membro do Conselho de Administração, na qualidade de Conselheiro
Independente, desde abril de 2008. É formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e Mestrando pela EPGE/FGV-RJ.
A tabela abaixo contém o número de ações ordinárias e preferenciais detidas por nossos conselheiros
antes e após a Oferta:
Diretoria
Nossos Diretores são responsáveis pela prática dos nossos negócios em geral e de todos os atos
necessários ou adequados para a execução das deliberações do nosso Conselho de Administração. Os
diretores têm responsabilidades pessoais e são nomeados pelo Conselho de Administração para um
mandato de 2 anos, mas, qualquer que seja a data de eleição, os respectivos mandatos terminarão na data
da Assembléia Geral que examinar as contas relativas ao último exercício de suas gestões. O mandato
atual dos Diretores termina na data da Assembléia Geral que aprovar as contas relativas ao exercício de
2008.
Seguem abaixo os nomes, datas de nomeação e breve descrição da biografia de cada um de nossos
diretores:
Carmem Campos Pereira é membro da diretoria desde maio de 1998. Atualmente é diretora presidente e
de relação com investidores e diretora administrativa e financeira da Rede Energia S.A., e diretora
presidente e de relação com investidores das empresas Centrais Elétricas do Pará S.A. – CELPA, Centrais
Elétricas Matogrossenses S.A. – CEMAT e Investco S.A.. É também diretora vice-presidente das
empresas Denerge – Desenvolvimento Energético S.A.. Alem disso, é diretora presidente de várias
empresas da Rede Energia, incluindo a Companhia de Força e Luz do Oeste, Cia de Energia Elétrica do
Estado do Tocantins – CELTINS, EEVP, CNEE, Bragantina, Rede Eletricidade e Serviços S.A., Tangará
Energia, QMRA, Rede Lajeado e Rede Power e diretora financeira da Fundação Aquarela. É formada em
Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas e em administração de empresas pela Universidade São
Judas Tadeu e tem MBA em finanças pela Universidade de São Paulo.
José Alberto Alves Cunha é membro da diretoria desde março de 2004. Atualmente é também vice-
presidente e diretor de operações da CELPA. É também Diretor de Distribuição da Rede Energia,
Superintendente Regional da Empresa Elétrica Bragantina S.A., Gerente Comercial da Empresa Elétrica
Bragantina S.A. e Gerente Distrital da Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A. Atuou como
diretor da CELTINS, diretor de distribuição da Rede Energia, superintendente regional e gerente de
vendas da EEB e gerente distrital da EEVP. É formado em engenharia elétrica pela Faculdade de
Engenharia de Bauru.
196
José Eduardo Costanzo é membro da diretoria desde março de 2004. Foi responsável pela coordenação
da implantação das usinas de Rosal, Guaporé e Lajeado e apoio de engenharia à implantação da UHE
Peixe Angical (452 MW). Atualmente responde também pela Diretoria de Transmissão e Geração da
Rede Energia. Foi diretor de engenharia e construção da CESP – Companhia Energética do Estado de São
Paulo e Diretor de Construção da Badra S.A. É formado em engenharia civil pela Escola de Engenharia
de São Carlos – Universidade de São Paulo.
Valdir Jonas Wolf é membro da diretoria desde maio de 2005. É membro da diretoria da CEMAT desde
1997. Ele atua no setor elétrico desde 1979 e trabalhou na CFLO por oito anos. Atualmente ocupa o cargo
de Vice-Presidente de Assuntos Regulatórios da Rede Energia, onde é responsável pela coordenação e
acompanhamento de todos os atos ligados ao Poder Concedente, bem como coordena e executa todo o
processo tarifário da Rede Energia. É formado em ciências contábeis pela Faculdade de Filosofia,
Ciências e Línguas de Guarapuava, Paraná.
A tabela abaixo contém o número de ações ordinárias e preferenciais detidas por nossos diretores antes e
após a Oferta:
Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal, de caráter permanente, deve ser composto de, no mínimo, 3 e, no máximo, 5 membros e
seus respectivos suplentes. Conforme a Lei das Sociedades por Ações, acionistas que juntos, detenham mais de
10% do capital votante de uma companhia, têm o direito de voto separado dos outros acionistas, para nomear,
por maioria de votos, um membro do Conselho Fiscal e seu suplente. Os membros do Conselho Fiscal são
nomeados para um mandato de 1 ano. A responsabilidade principal destes membros é fiscalizar as atividades
da administração da companhia e analisar as demonstrações financeiras, reportando as informações obtidas aos
acionistas. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal não pode ter membros que (i)
sejam do Conselho de Administração da Companhia; (ii) sejam diretores; (iii) sejam empregados; (iv) sejam
cônjuge ou parente, até terceiro grau, de administrador da companhia. Além disso, a mesma lei exige que os
membros do Conselho Fiscal recebam uma remuneração de, pelo menos, 10% da média do montante pago
para cada diretor.
Conforme nossa Assembléia Geral Ordinária de Acionistas de 26 de abril de 2007, nosso Conselho Fiscal é
composto pelos seguintes membros, que têm seu mandato até a Assembléia Geral Ordinária de Acionistas de
2008:
Segue abaixo uma breve biografia dos membros do nosso Conselho Fiscal:
Antonio Carlos de Paula é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2000. É gerente de projetos da
Ericsson Telecomunicações. É engenheiro elétrico formado pela Universidade de Mogi das Cruzes, com
extensão em contabilidade e finanças para executivo e gerenciamento de empreendimentos pela Fundação
Getúlio Vargas.
197
Carlos Souza Barros de Carvalhosa é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2006. É também
membro do conselho fiscal da CELPA, CEMAT e CELTINS. Foi gerente da CNBO – Produtora de
Energia Elétrica Ltda. de 1997 a 1998 e diretor de investimentos incentivados da Investco. É engenheiro
civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Osmar José Vicchiatti é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2006. É membro do conselho
deliberativo da REDEPREV. Foi diretor da EEB e diretor e membro do conselho de administração de
outras empresas do Grupo Rede de 1980 a 2003. É graduado em Administração de Empresas e Ciências
Econômicas pela Universidade de São Paulo.
Annibal Ribeiro do Valle Filho é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2000. Foi gerente técnico da
construtora Beter S.A. e gerente de planejamento, orçamento e controle da Badra S.A. de 1982 a 1995. É
Sócio Gerente da Planorc Serviços de Engenharia S/C Ltda. Foi professor da Escola de Engenharia de
Alfenas, Minas Gerais. É formado em engenharia civil pela Escola de Engenharia da Universidade
Federal de Minas Gerais – UFMG com curso de especialização em administração pela Fundação Getúlio
Vargas.
Rafael Strauch é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em economia pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro e em administração pela Faculdade IBMEC e Mestrando pela
EPGE/FGV-RJ.
Marcos de Jesus Costa é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em publicidade e
propaganda pela Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero e MBA em gestão e estratégica e
econômica pela Fundação Getúlio Vargas.
Otmar Mário Brull é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em engenharia civil e
elétrica pela Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie.
Kleber Cimini Lage engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Goiás. Foi professor do
Departamento de Eletrotécnica da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Goiás. Atuou na área
de engenharia da Centrais Elétricas do Goiás – Celg de 1968 a 1975 e posteriormente passou a exercer o
cargo de Diretor de Operações. Foi Diretor do Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica de
Goiás e assessor da Diretoria da Eletronorte em 1983. Atuou como diretor de Planejamento da Celtins e
como Diretor Estatutário da Investco S.A de 1998 a 2003. Exerceu ainda o cargo de Assessor da Rede
Energia de 2003 a 2006.
Marcelo Marcolino é membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em ciências contábeis
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e MBA em finanças e direito pela Fundação Getúlio
Vargas e MBA Executivo em finanças corporativas pelo IBMEC - RJ.
Remuneração
198
Contratos com Administradores
O Sr. Jorge Queiroz de Moraes Junior, presidente do nosso Conselho de Administração, detém, por meio
de sua participação, direta e indireta, na Denege e na EEVP, 76,78% do nosso capital social total e
98,75% das ações representativas de nosso capital social votante.
Com exceção ao relacionamento acima, não há qualquer outra relação familiar entre administradores da
Companhia ou entre estes e os nossos Acionistas Controladores.
199
OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
O seguinte resume as operações materiais que a Companhia está envolvida, juntamente com nossos
principais acionistas, suas controladas e coligadas (conforme definição do art. 243 da Lei 6.404/76) e
seusafiliados desde 1º de janeiro de 2004.
As operações significativas que realizamos com nossos principais acionistas estão relacionadas a nossa
reorganização societária, operações financeiras com o BNDES, operações comerciais com algumas de
nossas subsidiárias antes de adquirimos estas subsidiárias e o Acordo de Acionistas da Rede Energia.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nossos diretores, conselheiros, diretores executivos, e
seus suplentes, conforme o caso, são proibidos de votar em qualquer assunto no qual eles possuam
conflito de interesse e estas operações somente poderão ser aprovadas em termos e condições razoáveis e
justos, que não são mais favoráveis que os termos e condições que prevalecem no mercado ou oferecidos
por terceiros.
• A Companhia assumiu dívidas que EEVP tinha perante o BNDES, CNEE e algumas das suas
subsidiárias no valor de R$160,6 milhões em troca de ativos da EEVP. A diferença entre o saldo
da dívida assumida pela Companhia e o saldo da dívida e contas a pagar pela EEVP ficou
registrada como recebíveis de longo prazo da Companhia.
• A Companhia assumiu dívidas da Denerge perante o BNDES, Enermat e algumas das suas
subsidiárias em troca do perdão da Denerge de dívida e contas a pagar da Companhia e algumas
das suas subsidiárias para a Denerge, no valor total de R$470,3 milhões. A diferença entre o
saldo da dívida assumida pela Companhia e o saldo da dívida e contas a pagar perdoadas pela
Denerge ficou registrada como recebíveis de longo prazo da Companhia.
200
Antes da aquisição da REDECOM por nossa Companhia, em 30 de junho de 2006, a REDECOM vendeu
eletricidade para algumas de nossas subsidiárias. A energia comprada da REDECOM, por nossas
subsidiárias somou um total de R$1,9 milhão em 2007, R$89,5 milhões em 2006 e R$93,9 milhões em
2005.
Nós entramos em linhas de crédito com o BNDES. BNDES é o único titular da nossa primeira emissão de
debêntures, e BNDESPAR, uma afiliada do BNDES, é proprietária de 76,79% de nosso capital de ações
preferenciais, representando 21,07% de nosso capital total. Para maiores informações a respeito dos
termos destas debêntures e linhas de crédito, vide seções “Análise e Discussão da Administração sobre a
Situação Financeira e os Resultados Operacionais – Liquidez e Recursos de Capital – Endividamento”
Contrato de mútuo
Foram firmados contratos de mútuo entre a Caiuá, CELPA, CELTINS, QMRA e Denerge, em condições
de comutatividade, em função de assunção de dívidas perante o BNDES. O prazo do seguinte contrato é
de até 62 meses, o vencimento de sua 1ª parcela foi em 15 de novembro de 2005 e sua remuneração é
TJLP mais 5% a.a. Essa repactuação foi aprovada pela ANEEL por meio dos Ofícios nos 2.230, 2.231 e
2.232/2003-SFF/ANEEL, de 26/12/2003. Em março de 2006, através de instrumento particular de cessão
de créditos e assunção de dívidas entre a Companhia e a Denerge, a Companhia assumiu os créditos do
contrato de mútuo com a CELPA, QMRA e CELTINS.
Além dos contratos descritos acima, existem outros contratos de mútuo firmados, envolvendo a Rede
Power do Brasil S.A., CEMAT, CELPA, Rede Lajeado Energia S.A., QRMA e Juruena Energia S.A.
Refere-se à movimentação financeira efetuada entre as empresas da Rede Energia com prazo de
vencimento de 24 meses, nos termos de contratos de mútuo na modalidade de conta corrente, podendo ser
prorrogado por iguais e sucessivos períodos. O contrato multilateral de mútuo firmado entre EEVP,
QMRA, Ipueiras, Denerge e Rede Power, estabelece que na medida de suas necessidades, tomarão ou
darão em empréstimos, recursos financeiros, de forma sucessiva e contínua, assumindo, respectivamente,
a posição de devedora ou credora conforme o caso, com a remuneração sobre o saldo devedor calculada
com base em 100% do CDI mais 2% de juros anuais. A partir de 31 de outubro de 2007 o contrato foi
prorrogado com renegociação da remuneração que passou a ser de 100% do CDI + 1% de juros anuais.
201
Em 31 de dezembro de 2007 e 31 de março de 2008, o saldo desse contrato era de, respectivamente, R$[•]
e R$[•].
Conta corrente 1 de setembro de 2006
Trata-se de Contrato Multilateral de Mútuo entre as empresas Geradoras Transmissoras e Não
Concessionárias (Anuência ANEEL conforme despacho n° 2.767 de 27 de novembro de 2006). Na
medida de suas necessidades, tomarão ou darão em empréstimos entre si, recursos financeiros, de forma
sucessiva e contínua, assumindo, respectivamente, a posição de devedora ou credora conforme o caso,
com remuneração sobre o saldo devedor calculada com base em 100% do CDI mais 2% de juros anuais,
no período de 1° de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2008. Cada empresa tem um limite máximo para
o saldo credor e serão atualizados na data base de Reajuste das Tarifas de Fornecimento de acordo com o
índice de Reajuste Tarifário (ITR) médio fixado pela ANEEL, para cada parte. Em 31 de dezembro de
2007 e 31 de março de 2008, o saldo desse contrato era de, respectivamente, R$[•] e R$[•].
Refere-se a consolidação e repactuação dos saldos dos contratos denominados “Conta Corrente até 31 de
agosto de 2004” que seriam pagos em 120 meses com carência de 18 meses e remunerados a taxa de
100% CDI; do contrato denominado “Conta Corrente após 01 de setembro de 04” que permitia a
movimentação financeira entre empresas do grupo com remuneração de CDI mais 2% de juros a.a., com
prazo de vencimento de 24 meses e ainda os saldos dos referidos contratos assumidos através de assunção
de dívidas e cessão de créditos das controladoras Denerge Desenvolvimento Energético S.A. e Empresa
de Eletricidade Vale Paranapanema S.A., repactuados com carência de 24 meses, prazo de 86 meses e
remuneração 100% CDI mais 2% Juros a.a. Esta repactuação foi aprovada pela ANEEL por meio do
Despacho nº. 181 da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira de 29/01/2007. Em 31 de
dezembro de 2007 e 31 de março de 2008, o saldo desse contrato era de, respectivamente, R$[•] e R$[•].
Em 3 de abril de 2006, a Companhia vendeu 99,7% da participação de capital da Rede Peixe Energia S.A.
para a Denerge pelo preço de compra de R$10,0 milhões. A Companhia financiou a compra da Rede
Peixe Energia S.A. pela Denerge. As condições de financiamento exigem que a Denerge faça 60
pagamentos mensais de R$0,2 milhão, com prazo inicial em abril de 2009. O saldo devedor deste
financiamento era de R$3,5 milhões em 31 de março de 2008, e os juros eram atrelados à taxa de CDI
mais 2% ao ano.
A Companhia adquiriu da EEVP 99,99% a participação acionária da EDEVP pelo preço de compra de
R$118,5 milhões. EEVP financiou a aquisição da EDEVP pela Compahia. As condições de
financiamento exigem que a Companhia faça 3 pagamentos anuais de R$0,1 milhão em junho de 2006,
2007 e 2008. Adicionalmente, deverá a Companhia efetuar 84 pagamentos mensais de R$1,4 milhões,
começando em julho de 2008. O saldo devedor deste financiamento era de R$115,5 milhões em 31 de
março de 2008, e os juros eram atrelados à taxa de CDI mais 2% ao ano.
A Companhia adquiriu (i) da Denerge, 99,6% da participação acionária da REDECOM pelo preço de
aquisição de R$46,1 milhões, e (ii) da Denerge, 99,5% da participação acionária da REDESERV pelo
preço de aquisição de R$19,4 milhões. A Denerge financiou a Companhia nas aquisições da REDECOM
e REDESERV. As condições de financiamento exigem que a Companhia faça 3 pagamentos anuais de
R$6,6 milhões em junho de 2006, 2007 e 2008. Adicionalmente, deverá a Companhia efetuar 84
pagamentos mensais de R$0,5 milhão, com início em julho de 2008. O saldo devedor deste financiamento
era de R$51,0 milhões em 31 de março de 2008, e os juros eram atrelados à taxa de CDI mais 2% ao ano.
A Companhia celebrou ainda, entre a CFLO e a EEB, CFLO, CNEE, EDEVP e Caiuá, Contratos de Uso
de Compartilhamento de Rateio de Despesas das Instalações Comerciais de Presidente Prudente - SP, a
prorrogação do referido Contrato foi aprovada pela ANEEL por meio do Despacho nº 1701, de 29 de abril
de 2008.
202
DESCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Geral
Somos uma sociedade por ações de capital aberto, constituída nos termos das leis brasileiras, e registrada
na CVM sob o nº 00319-0, desde 16 de outubro de 1969.
Capital Social
Na data deste Prospecto, nosso capital social totalmente subscrito e integralizado é de R$599.375.702,78,
integralmente realizado e dividido em 304.808.715 ações nominativas, escriturais, sem valor nominal,
sendo 221.157.990 ações ordinárias e 83.650.725 ações preferenciais.
A Companhia foi constituída em 2 de janeiro de 1929 sob a denominação social de Companhia Elétrica
Cayuá.
Na assembléia geral extraordinária, realizada em 12 de junho de 2000, o capital social foi novamente
aumentado para R$538.051.828,80.
Em 25 de julho de 2006, na assembléia geral extraordinária, houve um desdobramento das ações em que
se divide o capital social da Companhia, na proporção de 4 (quatro) ações da mesma espécie para cada 1
(uma) ação existente. A quantidade total de ações anteriormente dividido em 56.853.314 ações, passou a
ser de 284.266.570 ações.
Capital Autorizado
Nosso estatuto social autoriza nosso conselho de administração a aumentar nosso capital social, por meio
da emissão de ações ordinárias e/ou ações preferenciais, até o limite de 195.000.000 novas ações,
independente de reforma estatutária, sem a necessidade de aprovação em assembléia geral de acionistas.
Qualquer aumento de capital que exceda o limite do capital autorizado deverá ser aprovado por nossos
acionistas em assembléia geral.
Objeto Social
Nosso objeto social, segundo o artigo 3º do nosso estatuto social, consiste na produção, transmissão,
transformação e distribuição de energia elétrica nas áreas de concessão legal e nos termos da legislação
em vigor, podendo participar de outras sociedades congêneres e exercer atividades necessárias ou úteis à
consecução do seu objeto social ou com ele relacionadas. Após o processo de segregação de atividades da
empresa determinado pela Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico e Decreto 5.163 de 30 de julho de 2004,
a atividade predominante da Companhia é a participação em outras sociedades.
203
Direitos das Ações Ordinárias e Preferenciais
Cada ação ordinária confere ao respectivo titular direito a um voto nas nossas assembléias gerais
ordinárias e assembléias gerais extraordinárias. As ações preferenciais de emissão da nossa Companhia
geralmente não conferem aos seus titulares o direito de voto nas assembléias gerais de Acionistas, exceto
nas seguintes matérias:
• nomeação de empresa especializada para elaboração de laudo de avaliação das ações da nossa
Companhia pelo seu valor econômico, para fins de realização de oferta pública de aquisição das
ações nos casos de (i) saída do Nível 2; ou (ii) cancelamento do registro de companhia aberta; e
As ações preferenciais conferem a seus titulares os direitos e vantagens decorrentes da Lei das Sociedades
por Ações, do Regulamento de Práticas de Governança Corporativa da BOVESPA – Nível 2 e do nosso
estatuto social, dentre os quais se destacam os seguintes:
• recebimento de dividendos não cumulativos, no mínimo 10% superiores aos atribuídos às ações
ordinárias;
Nos termos do nosso estatuto social, as ações preferenciais adquirem o direito de voto para qualquer
deliberação se a Companhia deixar de pagar, por 3 anos consecutivos, os dividendos a que fizerem jus.
Nos últimos 5 anos, não distribuímos dividendos aos nossos acionistas. Não obstante as nossas ações
preferenciais não fazerem jus a dividendos mínimos ou fixos para fins do Artigo 111, § 1º, da Lei das
Sociedades por Ações, nos termos do nosso estatuto social, as ações preferenciais (inclusive as ações
objeto desta oferta) adquirem voto se a Companhia deixar de pagar, por 3 anos consecutivos, os
dividendos a que fizerem jus.
Units
As Units são certificados de depósito que representam 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais de nossa
emissão, cuja emissão se dá mediante o depósito das referidas ações perante o Agente Emissor, que é o
emissor das Units e o prestador do serviço de Units escriturais para nós.
204
O pagamento dos dividendos, juros sobre capital próprio, bonificação em dinheiro e valores de resgate ou
amortização das ações de nossa emissão será feito mediante o pagamento à CBLC, que repassará o valor
aos agentes de custódia, que efetuarão o pagamento aos detentores de Units, reservando-se a nós o direito
de indicar ao Agente Emissor e à CBLC os titulares de Units cujos pagamentos referentes aos eventos
acima listados tenhamos a intenção de realizar.
Mediante a entrega das Units ao Agente Emissor, os seus titulares poderão solicitar o cancelamento das
Units e entrega das ações por elas representadas. O cancelamento poderá ocorrer a qualquer tempo,
exceto por períodos determinados instituídos pelo conselho de administração, de acordo com regras gerais
previamente estabelecidas no nosso estatuto social e por períodos determinados, em que o cancelamento
das Units não será possível.
As Units conferem aos seus titulares os mesmos direitos e vantagens das ações depositadas perante o
Agente Emissor, garantindo-lhe o direito de participar das assembléias gerais e nelas exercer todas as
prerrogativas conferidas às ações ordinárias e/ou preferenciais de nossa emissão.
As Units conferem aos seus titulares, ainda, o direito ao recebimento integral dos dividendos a que
fizerem jus as ações ordinárias e as ações preferenciais de nossa emissão a elas subjacentes.
No caso de exercício do direito de preferência para a subscrição de ações de nossa emissão, o Agente
Emissor criará novas Units no livro de registro de Units escriturais e creditará tais Units aos respectivos
titulares, de modo a refletir a nova quantidade de ações preferenciais e ações ordinárias de nossa emissão
depositadas na conta de depósito vinculada às Units, observada sempre a proporção de 1 ação ordinária e
4 ações preferenciais de nossa emissão para cada Unit, sendo que as ações que não forem passíveis de
constituir Units serão creditadas diretamente aos acionistas, sem a emissão de Units. No caso de exercício
do direito de preferência para a subscrição de outros valores mobiliários de nossa emissão, não haverá o
crédito automático de Units.
Será assegurado ainda aos titulares de Units o recebimento de ações decorrentes de cisão, incorporação ou
fusão que venhamos a deliberar. Em qualquer hipótese, as Units serão sempre criadas ou canceladas,
conforme o caso, no livro de registro de Units escriturais, em nome da CBLC, como respectiva
proprietária fiduciária, que as creditará nas contas de custódia dos respectivos titulares de Units. Nas
hipóteses em que forem atribuídas ações aos titulares de Units e tais ações não forem passíveis de
constituir novas Units, estas ações também serão depositadas na CBLC, na qualidade de proprietária
fiduciária das Units, que as creditará nas contas de custódia dos respectivos titulares.
Assembléias Gerais
Nas assembléias gerais regularmente convocadas e instaladas, nossos acionistas estão autorizados a
decidir todos os negócios relativos ao nosso objeto e a tomar todas as deliberações que julgarem
convenientes aos nossos interesses. Compete exclusivamente aos nossos acionistas, em assembléia geral
205
ordinária, tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras,
deliberar sobre a destinação do lucro líquido e a distribuição de dividendos relativos ao exercício social
imediatamente anterior. Além disso, nossos conselheiros de administração e os membros do nosso
conselho fiscal são, em regra, eleitos nas assembléias gerais ordinárias, ainda que, de acordo com a Lei
das Sociedades por Ações, eles possam ser eleitos em certas ocasiões em assembléia geral extraordinária.
Uma assembléia geral extraordinária pode ser realizada ao mesmo tempo em que a assembléia geral
ordinária.
Compete aos nossos acionistas decidir, em assembléia geral, dentre outras, as seguintes matérias:
• a suspensão do exercício dos direitos de acionista que tenha deixado de cumprir obrigação
prevista em lei ou em nosso estatuto social;
• a avaliação de bens com os quais o acionista pretende concorrer para a formação do capital
social; e
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nem o nosso estatuto social tampouco as deliberações
adotadas por nossos acionistas em assembléia geral podem privar os acionistas de determinados direitos,
tais como:
• o direito de fiscalizar, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a gestão dos nossos
negócios; e
• o direito de retirada nos casos previstos na Lei das Sociedades por Ações. Para mais
informações, vide item “Direito de Retirada e Resgate” abaixo.
Quorum
Como regra geral, a Lei das Sociedades por Ações prevê que a assembléia geral será instalada, em
primeira convocação, com a presença de acionistas que detenham, pelo menos, 25% do capital social com
direito de voto e, em segunda convocação, com qualquer número. Caso os acionistas tenham sido
convocados para deliberar sobre a reforma do nosso estatuto social, o quorum de instalação em primeira
convocação será de, pelo menos, dois terços das ações representativas do capital social com direito de
voto da companhia e, em segunda convocação, de qualquer número.
De modo geral, as aprovações em assembléia geral podem ser feitas por acionistas que comparecerem
pessoalmente ou por meio de procurador e que representem, no mínimo, a maioria das ações ordinárias,
sendo que as abstenções não são levadas em conta para efeito deste cálculo. Entretanto, nos seguintes
206
casos é necessária a aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, das ações com direito a
voto:
• cisão;
• nossa dissolução.
Convocação
Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, todas as nossas assembléias gerais são
convocadas mediante publicações em 3 datas diferentes no diário oficial (no nosso caso, “Diário Oficial
do Estado de São Paulo”) e em jornal de grande circulação (no nosso caso, “Valor Econômico”), sendo a
primeira com, no mínimo, 15 dias de antecedência da Assembléia, e com 8 dias de antecedência, em
segunda convocação. A CVM poderá, no entanto, em determinadas circunstâncias, requerer que a
primeira convocação para nossas assembléias gerais de acionistas seja feita com até 30 dias de
antecedência da realização da respectiva assembléia geral, face à complexidade da matéria a ser aprovada.
Nossas assembléias gerais são realizadas em nossa sede, na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo.
A Lei das Sociedades por Ações permite que nossas assembléias gerais sejam realizadas fora de nossa
sede, por motivo de força maior, desde que sejam realizadas na localidade da nossa sede e a respectiva
convocação contenha uma indicação expressa e inequívoca do local em que a assembléia geral deverá
ocorrer.
• acionistas que representem 5%, no mínimo, do nosso capital social, quando nossos
administradores não atenderem, no prazo de 8 dias, a pedido de convocação que apresentarem,
devidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas;
• acionistas que representem 5%, no mínimo, do nosso capital social, quando nossos
administradores não atenderem, no prazo de 8 dias, a pedido de convocação de Assembléia que
tenha como finalidade a instalação do conselho fiscal; e
Conselho de Administração
De acordo com o nosso estatuto social, nosso conselho de administração deve ser composto por no
mínimo 7 e no máximo 9 membros. A Lei das Sociedades por Ações permite a adoção do processo de
207
voto múltiplo, mediante requerimento por acionistas representando, no mínimo um décimo do nosso
capital votante. A CVM fixa escala reduzindo, em função do capital social, o percentual mínimo de
participação acionária necessário ao requerimento do processo de voto múltiplo, que no caso da
Companhia é de 5% (cinco por cento). Em não sendo solicitada a adoção do voto múltiplo, os
conselheiros serão eleitos pelo voto majoritário de acionistas titulares de nossas ações ordinárias,
presentes ou representados por procurador, sendo assegurado aos acionistas que detenham,
individualmente ou em bloco, pelo menos 15% de nossas ações ordinárias (excluído os Acionistas
Controladores), o direito de indicar, em votação em separado, um conselheiro e seu suplente.
Nosso estatuto social determina que o conselho de administração se reunirá sempre que convocado por
qualquer de seus membros, observado que as reuniões somente se instalarão com a presença da maioria
de seus membros, em primeira convocação, e com qualquer número de membros, em segunda
convocação. Nossos conselheiros são eleitos para um mandato unificado de 2 anos, observado que,
qualquer que seja a data de eleição, os respectivos mandatos terminarão na data da assembléia geral que
examinar as contas relativas ao último exercício de seus gestões.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada conselheiro deve ser titular de, pelo menos, uma
ação de nossa emissão. Ademais, de acordo com nosso estatuto social, a remuneração global do conselho
de administração será anualmente fixada pela assembléia geral, cabendo ao conselho de administração a
deliberação sobre a sua distribuição.
De acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações, é vedado ao conselheiro:
• realizar qualquer ato de liberalidade às custas da Companhia, bem como tomar por empréstimo
recursos ou bens da Companhia ou usar, em proveito próprio, de sociedade em que tenha interesse ou
de terceiros, os bens, serviços ou crédito da Companhia, sem prévia autorização da assembléia geral
ou do conselho de administração;
• receber, em razão do exercício de seu cargo, qualquer tipo de vantagem pessoal direta ou indireta de
terceiros, sem autorização estatutária ou concedida através de assembléia geral; e
• intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com o da Companhia, ou nas
deliberações que a respeito tomarem os demais administradores da Companhia.
Além disso, nosso estatuto social estabelece que 20% do nosso conselho de administração seja composto
por conselheiros independentes, tal como definido no Regulamento do Nível 2.
Direito de Retirada
Qualquer de nossos acionistas dissidente de certas deliberações tomadas em assembléia geral terá o
direito de retirada, mediante reembolso do valor patrimonial de suas ações. O reembolso poderá ser
realizado com base no valor de econômico da companhia, a ser apurado em avaliação. De acordo com a
Lei das Sociedades por Ações, esse direito de retirada poderá ser exercido em determinadas
circunstâncias, inclusive as seguintes: (i) cisão (conforme abaixo descrito); (ii) a redução do dividendo
obrigatório; (iii) a mudança do objeto social; (iv) a fusão ou incorporação em outra sociedade; (v) a
participação em um grupo de sociedades, conforme tal expressão é utilizada na Lei das Sociedades por
Ações; ou (vi) a aquisição de controle de qualquer companhia, se o preço de aquisição exceder os limites
estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações.
A Lei das Sociedades por Ações estabelece que a cisão somente ensejará direito de retirada nos casos em
que ela ocasionar: (i) a mudança do objeto, salvo quando o patrimônio cindido for vertido para sociedade
cuja atividade preponderante coincida com a decorrente do objeto social; (ii) a redução do dividendo
mínimo obrigatório a ser distribuído aos acionistas; ou (iii) a participação em um grupo de sociedades
(conforme definido na Lei das Sociedades por Ações).
Caso ocorra (i) fusão ou incorporação em outra sociedade ou (ii) participação em um grupo de
208
sociedades, acionistas não terão direito de retirada, caso suas ações tenham liquidez e dispersão no
mercado, considerando-se haver (a) liquidez quando integrem o índice geral da BOVESPA ou o índice de
qualquer outra bolsa, conforme definido pela CVM, e (b) dispersão quando os Acionistas Controladores,
a sociedade controladora ou outras sociedades sob controle comum detenham menos da metade das ações
da espécie ou classe objeto do direito de retirada.
Nossos acionistas terão direito de retirada caso realizemos uma incorporação, fusão ou cisão e a
companhia resultante não obtenha o registro de companhia aberta ou não promova a admissão de
negociação das novas ações no mercado secundário no prazo máximo de 120 dias contados da data da
assembléia geral que aprovou a operação.
O direito de retirada deverá ser exercido no prazo de 30 dias, contado da publicação da ata da assembléia
geral em questão. Adicionalmente, temos o direito de reconsiderar qualquer deliberação que tenha
ensejado direito de retirada, nos 10 dias subseqüentes ao término do prazo de exercício desse direito, se
entendermos que o pagamento do preço do reembolso das ações aos acionistas dissidentes colocaria em
risco nossa estabilidade financeira.
Como regra geral, no caso do exercício do direito de retirada, os acionistas terão o direito a receber o
valor patrimonial de suas ações, com base no último balanço aprovado pela assembléia geral. Se, todavia,
a deliberação que ensejou o direito de retirada tiver ocorrido mais de 60 dias depois da data do último
balanço aprovado, o acionista poderá solicitar levantamento de balanço especial em data que obedeça ao
prazo de 60 dias, para avaliação do valor de suas ações. Neste caso, devemos pagar imediatamente 80%
do valor de reembolso calculado com base no último balanço aprovado por nossos acionistas, e o saldo no
prazo de 120 dias a contar da data da deliberação da assembléia geral.
Resgate
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, as ações de nossa emissão podem ser resgatadas
mediante determinação dos acionistas em assembléia geral extraordinária, observado o disposto em
referida lei.
Nossas ações são mantidas sob a forma escritural junto ao Banco Bradesco S.A. A transferência de ações
é realizada por meio de um lançamento pelo Banco Bradesco S.A. em seus sistemas de registro a débito
da conta de ações do alienante e a crédito da conta de ações do adquirente, mediante ordem por escrito do
alienante, mediante apresentação de OTAE (Ordem de Transferência de Ativos Escriturais) ou mediante
ordem ou autorização judicial.
Direito de Preferência
Exceto conforme descrito no parágrafo abaixo, nossos acionistas possuem direito de preferência na
subscrição de ações em qualquer aumento de capital, na proporção de sua participação acionária, à época
do referido aumento de capital. Nossos acionistas também possuem direitos de preferência na subscrição
de debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição; mas na conversão desses títulos ou na
outorga e no exercício de opções de compra de ações, não haverá direito de preferência. Concede-se
prazo não inferior a 30 dias contados da data de publicação do aviso aos acionistas referente ao aumento
de capital, para o exercício do direito de preferência, sendo que este direito pode ser alienado pelo
acionista.
Alienação de Controle
A alienação, direta ou indireta do nosso controle, tanto por meio de uma única operação, como por meio
de operações sucessivas, somente poderá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que
o adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das demais ações ordinárias e preferenciais de
titularidade dos outros acionistas da Companhia, observando as condições e os prazos previstos na
legislação vigente, de forma a assegurar que: (i) os acionistas detentores de ações ordinárias recebam
tratamento igualitário àquele dado aos Acionistas Controladores alienante; e (ii) os acionistas detentores
de ações preferenciais recebam um valor por ação correspondente a 100% do valor pago aos detentores de
ações ordinárias.
209
Segundo a Lei das Sociedades por Ações, o adquirente do controle acionário da Companhia poderá
oferecer aos nossos acionistas minoritários, a opção de permanecer na Companhia, mediante o pagamento
de um prêmio equivalente à diferença entre o valor de mercado das ações e o valor pago por ação
integrante do bloco de controle.
Adotamos as regras estabelecidas na Instrução CVM nº 358, de 3 de janeiro de 2002, quanto à negociação
de valores mobiliários de nossa emissão. Sendo assim, a Companhia, nossos Acionistas Controladores,
diretos ou indiretos, membros do conselho de administração, nossos diretores e membros do conselho
fiscal, membros dos nossos comitês e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas, criados
por disposição estatutária, são vedados de negociar valores mobiliários de nossa emissão, incluindo
operações com derivativos que envolvam valores mobiliários de emissão da nossa Companhia, nas
seguintes condições:
• antes da divulgação ao mercado de ato ou fato relevante ocorrido nos nossos negócios;
• sempre que estiver em curso processo de aquisição ou venda de ações de nossa emissão pela nossa
Companhia, suas controladas, coligadas ou outra sociedade sob controle comum, ou se houver sido
outorgada opção ou mandato para o mesmo fim, bem como se existir a intenção de promover a nossa
incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação ou reorganização societária;
• durante o período de 15 dias anteriores à divulgação de nossas informações trimestrais (ITR) e anuais
(IAN e DFP) exigidas pela CVM; e
Fechamento de Capital
• que o preço ofertado seja justo, na forma estabelecida na Lei das Sociedades por Ações; e
• que os acionistas titulares de mais de dois terços das ações em circulação tenham concordado
expressamente com o cancelamento do registro ou aceitado a oferta pública, sendo que, para tanto,
considera-se ações em circulação apenas aquelas ações cujos titulares tiverem concordado
expressamente com o cancelamento do registro ou tiverem se habilitado para o leilão de oferta
pública.
A Lei das Sociedades por Ações define preço justo como sendo aquele apurado com base nos critérios,
adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido contábil, de patrimônio líquido avaliado a
preço de mercado, de fluxo de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das nossas
ações no mercado ou com base em outro critério aceito pela CVM.
É assegurada a revisão do valor da oferta, no caso de titulares de no mínimo 10% das ações em circulação
no mercado requererem aos nossos administradores que convoquem assembléia especial dos acionistas
210
para deliberar sobre a realização de nova avaliação, pelo mesmo ou por outro critério, para determinação
do valor da nossa Companhia. Tal requerimento deverá ser apresentado no prazo de 15 dias, contados da
divulgação do valor da oferta pública, devidamente fundamentado. Os acionistas que requisitarem a
realização de nova avaliação, bem como aqueles que votarem a seu favor, deverão nos ressarcir pelos
custos incorridos, caso o novo valor seja inferior ou igual ao valor inicial da oferta pública. Caso o valor
apurado na segunda avaliação seja maior, a oferta pública deverá obrigatoriamente adotar esse valor
maior.
É permitido a nós descontinuar o exercício das práticas de governança corporativa Nível 2, desde que a
saída seja aprovada em assembléia geral de acionistas e comunicada à BOVESPA por escrito com
antecedência de 30 dias. A saída do Nível 2 não implica a perda da condição de companhia aberta
registrada na BOVESPA.
Quando a saída da Companhia do Nível 2 ocorrer para que os valores mobiliários por ela emitidos passem
a ter registro para negociação fora do Nível 2, os Acionistas Controladores deverão efetivar oferta pública
de aquisição de ações pertencentes aos nossos demais acionistas, no mínimo, pelo respectivo valor
econômico, a ser apurado na forma prevista na Seção X do Regulamento do Nível 2, respeitadas as
normas legais e regulamentares aplicáveis. A notícia da realização da oferta pública deverá ser
comunicada à BOVESPA e divulgada ao mercado imediatamente após a realização da nossa assembléia
geral de acionistas que houver aprovado a referida saída.
Reorganização Societária
Obrigações na Saída
A descontinuidade do Nível 2 não nos eximirá, nossos administradores e nossos Acionistas Controladores
de cumprir as obrigações e atender as exigências decorrentes do Contrato de Adesão ao Nível 2, da
cláusula compromissória contida em nosso estatuto social, do Regulamento de Arbitragem e do
Regulamento do Nível 2 que tenham origem em fatos anteriores à saída.
A Alienação do nosso controle que ocorrer nos 12 meses subseqüentes à saída do Nível 2 obrigará nossos
Acionistas Controladores alienantes e o comprador, conjunta e solidariamente, a oferecer aos demais
acionistas a aquisição de suas ações pelo preço e nas condições obtidas pelos Acionistas Controladores
alienantes na alienação de suas próprias ações, devidamente atualizado, observando-se as mesmas regras
aplicáveis às alienações de controle previstas no Regulamento do Nível 2.
Vedação ao Retorno
Após a descontinuidade do Nível 2, os valores mobiliários da Companhia não poderão retornar a ser
negociados no Nível 2 por um período mínimo de 2 anos contados da data em que tiver sido formalizado
o desligamento, salvo se tivermos o nosso controle acionário alienado após a formalização de sua saída do
Nível 2.
211
Nos termos da legislação brasileira sobre valores mobiliários, deveremos divulgar qualquer
acontecimento relevante relacionado ao nosso negócio à CVM e à BOVESPA. Deveremos publicar aviso
de tais acontecimentos relevantes. Um fato será considerado relevante se puder causar impacto
ponderável sobre o preço dos nossos valores mobiliários, a decisão dos investidores de negociar nossos
valores mobiliários ou a decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos como titulares de
quaisquer de nossos valores mobiliários. Em circunstâncias especiais de proteção de interesse legítimo da
Companhia, poderemos apresentar à CVM pedido de tratamento confidencial aos fatos relevantes.
212
PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Essa seção contém informações sobre as práticas de governança corporativa adotadas pela Companhia, e
deve ser analisada conjuntamente com as Seções “Descrição do Capital Social” e “Administração da
Companhia” constantes deste Prospecto.
Segundo o IBGC, governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e
monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria,
auditores independentes e conselho fiscal. Os princípios básicos que norteiam esta prática são: (i)
transparência; (ii) eqüidade; (iii) prestação de contas (accountability); e (iv) responsabilidade corporativa.
Pelo princípio da transparência, entende-se que a administração deve cultivar o desejo de informar não só
o desempenho econômico-financeiro da companhia, mas também todos os demais fatores (ainda que
intangíveis) que norteiam a ação empresarial. Por eqüidade entende-se o tratamento justo e igualitário de
todos os grupos minoritários, colaboradores, consumidores, fornecedores ou credores. A accountability,
por sua vez, caracteriza-se pela prestação de contas da atuação dos agentes de governança corporativa a
quem os elegeu, com responsabilidade integral daqueles por todos os atos que praticarem. Por fim,
responsabilidade corporativa representa uma visão mais ampla da estratégia empresarial, com a
incorporação de considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.
Dentre as práticas de governança corporativa recomendadas pelo IBGC em seu Código das Melhores
Práticas de Governança Corporativa, nós adotamos, dentre outras, as seguintes:
(i) as ações preferenciais conferem direito de voto aos seus detentores nos seguintes casos: (a) a
transformação, incorporação, cisão e fusão envolvendo diretamente a Companhia; (b)
aprovação de contratos entre a Companhia e seus Acionistas Controladores, diretamente ou
por meio de terceiros, assim como de outras sociedades nas quais os Acionistas
Controladores tenha interesse, sempre que, por força de disposição legal ou estatutária,
sejam deliberados em nossa Assembléia Geral de acionistas; (c) avaliação de bens
destinados à integralização de aumento de capital da Companhia; (d) nomeação de empresa
especializada para avaliação do valor econômico de ações de emissão da Companhia, para
fins de oferta pública de aquisição de ações a ser realizada para o cancelamento do registro
de companhia aberta da Companhia, para a descontinuidade pela Companhia das Práticas
Diferenciadas de Governança Corporativa do Nível 2 da BOVESPA, ou para a
reorganização societária da qual a companhia resultante não seja classificada como
detentora do padrão de governança corporativa Nível 2; e (e) alteração ou modificação de
dispositivos no nosso estatuto social que alterem ou modifiquem quaisquer das exigências
previstas no item 4.1 do Regulamento do Nível 2, ressalvado que esse direito a voto
prevalecerá enquanto estiver em vigor o Contrato de Adesão ao Nível 2;
(ii) manutenção e divulgação de registro contendo a quantidade de ações que cada sócio possui,
identificando-os nominalmente;
(vi) clara definição no estatuto social da forma de eleição, destituição e tempo de mandato dos
membros do Conselho de Administração e da Diretoria;
213
(viii) transparência na divulgação pública do relatório anual da administração;
(x) resolução de conflitos que possam surgir entre a Companhia, seus acionistas, seus
administradores e membros do Conselho Fiscal, por meio de arbitragem.
A BOVESPA possui três níveis diferentes de práticas de governança corporativa, Nível 1, Nível 2, e
Novo Mercado. Eles diferenciam-se pelo grau das exigências destas práticas. O Novo Mercado é o mais
rigoroso deles, exigindo o máximo de práticas de governança corporativa a serem adotadas pela
sociedade.
Em [=] de [=] de 2008, celebramos Contrato de Adesão ao Nível 2 com a BOVESPA, visando cumprir os
requisitos necessários para nos tornarmos uma companhia listada no Nível 2, o qual entrará em vigor na
data da publicação do Anúncio de Início.
Conselho de Administração
De acordo com o nosso estatuto social, nosso Conselho de Administração deve ser composto por no
mínimo 7 e no máximo 9 membros com mandato unificado de 2 anos.
Nosso estatuto social estabelece que 20% do nosso Conselho de Administração seja composto por
Conselheiros Independentes. No Regulamento do Nível 2, o Conselheiro Independente se caracteriza por:
(i) não ter qualquer vínculo com a Companhia, exceto participação de capital; (ii) não ser acionista
controlador, cônjuge ou parente até segundo grau daquele, ou não ser ou não ter sido, nos últimos 3 anos,
vinculado a sociedade ou entidade relacionada aos Acionistas Controladores (pessoas vinculadas a
instituições públicas de ensino e/ou pesquisa estão excluídas desta restrição); (iii) não ter sido, nos
últimos 3 anos, empregado ou diretor da Companhia, dos Acionistas Controladores ou de sociedade
controlada pela Companhia; (iv) não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de serviços e/ou
produtos da Companhia, em magnitude que implique perda de independência; (v) não ser funcionário ou
administrador de sociedade ou entidade que esteja oferecendo ou demandando serviços e/ou produtos à
Companhia; (vi) não ser cônjuge ou parente até segundo grau de algum administrador da Companhia; e
(vii) não receber outra remuneração da Companhia além da de conselheiro, sendo que proventos em
dinheiro oriundos de participação no capital estão excluídos desta restrição. Para mais informações sobre
nosso Conselho de Administração, vide itens “Descrição do Capital Social – Conselho de
Administração”, acima, e “Administração da Companhia – Conselho de Administração”.
Conselho Fiscal
Nosso Conselho Fiscal é um órgão independente da nossa administração e da nossa auditoria externa de
nossa Companhia. Do mesmo modo que o Conselho de Administração, os membros do Conselho Fiscal,
por meio do Termo de Anuência dos Membros do Conselho Fiscal, responsabilizam-se pessoalmente a
agir em conformidade com o Contrato de Adesão ao Nível 2, com o Regulamento de Arbitragem e com o
Regulamento do Nível 2, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desse documento,
cuja cópia deve ser imediatamente remetida à BOVESPA.
Nosso Conselho Fiscal é de funcionamento permanente. Para maiores informações sobre nosso Conselho
Fiscal ver Seção “Administração da Companhia - Conselho Fiscal”.
O Regulamento do Nível 2 determina que, na ocorrência de um aumento de capital que não tenha sido
integralmente subscrito por quem tinha direito de preferência ou que não tenha contado com número
suficiente de interessados na respectiva distribuição pública, a subscrição total ou parcial de tal aumento
de capital pelos Acionistas Controladores obrigá-lo-á a tomar as medidas necessárias para recompor o
percentual mínimo de ações em circulação, dentro dos 6 meses subseqüentes à homologação da
subscrição.
214
Alienação do Controle
Estipula o Regulamento do Nível 2 que a alienação do nosso controle, tanto por meio de uma única
operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob a condição, suspensiva ou
resolutiva, de que o adquirente obrigue-se a efetivar oferta pública de aquisição das ações detidas por
nossos outros acionistas, observando as condições e os prazos previstos na legislação vigente e no
Regulamento do Nível 2, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário àquele dado aos Acionistas
Controladores alienante, devendo ser entregue à BOVESPA declaração contendo o preço e demais
condições da operação de alienação do nosso controle.
Essa oferta ainda será exigida (i) quando houver cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de
outros títulos ou direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, que venha resultar na
alienação do nosso controle, e (ii) em caso de alienação do controle de sociedade que detenha o poder de
controle sobre nós, sendo que, nesse caso, os Acionistas Controladores alienante ficará obrigado a
declarar à BOVESPA o valor que tiver sido atribuído a nós nessa alienação e anexar documentação que
comprove tal valor.
Nos termos do nosso estatuto social, os Acionistas Controladores alienante não transferirá a propriedade
de suas ações enquanto o comprador não subscrever o Termo de Anuência dos Controladores, que deverá
ser submetido imediatamente à BOVESPA.
Segundo o Regulamento do Nível 2, aquele que já detiver ações de nossa Companhia e que venha a
adquirir o nosso controle acionário, em razão de contrato particular de compra e venda de ações ou Units
celebrado com nossos Acionistas Controladores, envolvendo qualquer quantidade de ações ou Units,
deverá efetivar oferta pública no modelo acima referido, e ressarcir os acionistas de quem tenha
comprado ações em bolsa nos 6 meses anteriores à data da alienação de controle, a quem deverá pagar a
diferença entre o preço pago ao nossos Acionistas Controladores (alienante) e o valor pago em bolsa, por
ações ou Units de nossa emissão nesse período, devidamente atualizado.
Nossos Acionistas Controladores, nossos administradores e membros do nosso Conselho Fiscal devem
comunicar à BOVESPA, logo após a aquisição do nosso controle ou a investidura no cargo, conforme o
caso, a quantidade e as características dos valores mobiliários de nossa emissão de que sejam titulares,
direta ou indiretamente, inclusive seus derivativos.
Ainda segundo as regras do Regulamento do Nível 2, nossos Acionistas Controladores está obrigado a
divulgar à BOVESPA: (i) a quantidade e as características dos valores mobiliários de nossa emissão de
que seja titular, direta ou indiretamente, inclusive seus derivativos, e (ii) quaisquer negociações que
vierem a ser efetuadas, relativas aos valores mobiliários e seus derivativos, em detalhe, informando-se,
inclusive, o preço, no prazo de 10 dias após o término do mês em que se verificar a negociação.
Essa empresa especializada será escolhida em Assembléia Geral de acionistas, pela maioria dos votos dos
acionistas representantes das ações em circulação presentes naquela assembléia, que, se instalada em
primeira convocação, deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 20% do
total de ações em circulação, ou, se instalada em segunda convocação, poderá contar com a presença de
qualquer número de acionistas representantes das ações em circulação, sendo que os custos serão
suportados pelo ofertante.
215
O valor econômico das ações, apontados no laudo de avaliação, será o preço mínimo a ser ofertado pelos
Acionistas Controladores ou por nós na oferta pública de aquisição de ações para o cancelamento do
nosso registro de companhia aberta.
Se o valor econômico das ações for superior ao valor informado pelo ofertante, a decisão de se proceder
ao cancelamento do registro de companhia aberta ficará revogada, exceto se o ofertante concordar
expressamente em formular a oferta pública pelo valor econômico
Saída do Nível 2
É permitido a nós descontinuar o exercício das práticas de governança corporativa Nível 2, desde que a
saída seja aprovada em Assembléia Geral de acionistas e comunicada à BOVESPA por escrito com
antecedência de 30 dias. A saída do Nível 2 não implica a perda da condição de companhia aberta
registrada na BOVESPA.
Quando a saída da Companhia do Nível 2 ocorrer para que os valores mobiliários por ela emitidos passem
a ter registro para negociação fora do Nível 2, os Acionistas Controladores deverá efetivar oferta pública
de aquisição de ações pertencentes aos nossos demais acionistas, no mínimo, pelo respectivo valor
econômico, a ser apurado na forma prevista na Seção X do Regulamento do Nível 2, respeitadas as
normas legais e regulamentares aplicáveis. A notícia da realização da oferta pública deverá ser
comunicada à BOVESPA e divulgada ao mercado imediatamente após a realização da nossa Assembléia
Geral de acionistas que houver aprovado a referida saída.
Reorganização Societária
A descontinuidade do Nível 2 não nos eximirá, nossos administradores e nossos Acionistas Controladores
de cumprir as obrigações e atender as exigências decorrentes do Contrato de Adesão ao Nível 2, da
cláusula compromissória contida em nosso estatuto social, do Regulamento de Arbitragem e do
Regulamento do Nível 2 que tenham origem em fatos anteriores à saída.
A Alienação do nosso controle que ocorrer nos 12 meses subseqüentes à saída do Nível 2 obrigará nossos
Acionistas Controladores alienantes e o comprador, conjunta e solidariamente, a oferecer aos demais
acionistas a aquisição de suas ações pelo preço e nas condições obtidas pelos Acionistas Controladores
alienantes na alienação de suas próprias ações, devidamente atualizado, observando-se as mesmas regras
aplicáveis às alienações de controle previstas no Regulamento do Nível 2.
216
Vedação ao Retorno
Após a descontinuidade do Nível 2, os valores mobiliários da Companhia não poderão retornar a ser
negociados no Nível 2 por um período mínimo de 2 anos contados da data em que tiver sido formalizado o
desligamento, salvo se tivermos o nosso controle acionário alienado após a formalização de sua saída do Nível
2.
Possuímos ainda, conforme a Instrução nº 358 da CVM, uma Política de Divulgação de Informações, que
consiste na divulgação de informações relevantes e na manutenção de sigilo acerca destas informações
que ainda não tenham sido divulgadas ao público.
Arbitragem
Informações Periódicas
Dispõe o Regulamento do Nível 2 que após o encerramento de cada exercício social a Companhia deverá
elaborar (i) demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões
internacionais US GAAP ou IFRS, as quais deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês. Devem
ainda ser acompanhadas do relatório de administração, de notas explicativas, que informem inclusive o
lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício segundo os princípios contábeis
brasileiros e a proposta de destinação do resultado, e do parecer dos auditores independentes; ou (ii)
divulgar, no idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e notas
explicativas que demonstra a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados
segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os padrões internacionais US GAAP ou IFRS,
evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis, e do parecer dos auditores
217
independentes (registrados na CVM e com experiência comprovada no exame de demonstrações
financeiras elaboradas de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS).
De acordo com o Regulamento do Nível 2, a adoção destes critérios deve ocorrer a partir da divulgação das
demonstrações financeiras referentes ao segundo exercício após a assinatura do Contrato de Adesão ao
Nível 2.
Conforme essa regra, deveremos apresentar a íntegra das Informações Trimestrais – ITR traduzida para o
idioma inglês ou, então, apresentar demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo
com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS.
Essa apresentação de Informações, a qual deverá ser acompanhada de parecer ou de relatório de revisão
especial dos auditores independentes, deve ocorrer a partir da divulgação da primeira demonstração
financeira elaborada de acordo com padrões internacionais.
O Regulamento do Nível 2 estipula algumas informações complementares que deverão conter no ITR.
São elas: (i) apresentar o balanço patrimonial consolidado, a demonstração do resultado consolidado e o
comentário de desempenho consolidado, se estiver obrigada a apresentar demonstrações consolidadas ao
final do exercício social; (ii) informar a posição acionária de todo aquele que detiver mais de 5% de cada
espécie e classe de ações do nosso capital social, direta ou indiretamente, até o nível da pessoa física; (iii)
informar de forma consolidada a quantidade e as características dos valores mobiliários de nossa emissão
de que sejam titulares, direta ou indiretamente, os grupos de acionista controlador, administradores e
membros do nosso Conselho Fiscal; (iv) informar a evolução da participação das pessoas mencionadas no
item iii, em relação aos respectivos valores mobiliários, nos doze meses anteriores; (v) incluir, em notas
explicativas, as demonstrações financeiras da Companhia e as demonstrações consolidadas, que deverão
obrigatoriamente incluir as Demonstrações dos Fluxos de Caixa, contendo, no mínimo, as alterações
ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das operações, dos
financiamentos e dos investimentos; (vi) informar a quantidade de ações em circulação e sua porcentagem
em relação ao total de ações emitidas; (vii) informar a existência e a vinculação à Cláusula
Compromissória de arbitragem.
São também requisitos do Nível 2 a inclusão dos itens (iii), (iv) e (vi) do tópico “Requisitos Adicionais
para as Informações Trimestrais” nas nossas Informações Anuais no Quadro “Outras Informações
Consideradas Importantes para o Melhor Entendimento da Companhia”.
O Regulamento do Nível 2 estipula que, pelo menos uma vez ao ano, deveremos realizar reunião pública
com analistas e quaisquer outros interessados, para divulgar informações quanto à nossa situação
econômico-financeira, projetos e perspectivas.
Calendário Anual
218
com qualquer dessas pessoas integre um mesmo grupo de fato ou direito, sempre que for atingido, num
único contrato ou em contratos sucessivos, com ou sem o mesmo fim, em qualquer período de um ano,
valor igual ou superior a R$200 mil, ou valor igual ou superior a 1% sobre o nosso patrimônio líquido,
considerando o maior.
Essas informações divulgadas deverão discriminar o objeto do contrato, o prazo, o valor, as condições de
rescisão ou de término e a eventual influência do contrato sobre a administração ou a condução dos
nossos negócios.
Arbitragem
Sanções
219
DIVIDENDOS E POLÍTICA DE DIVIDENDOS
Em cada Assembléia Geral Ordinária dos Acionistas, nossa Diretoria é requisitada para recomendar a
parcela dos lucros do ano fiscal precedente que deverá ser distribuído. Para fins da Lei das Sociedades por
Ações, o lucro líquido é definido como o lucro, diminuídos os impostos e dos descontos do prejuízo
acumulado dos anos anteriores. Conforme estabelece a Lei das Sociedades por Ações e nosso estatuto
social, o montante disponível para distribuição de dividendos é aquele lucro líquido, diminuída a
importância destinada à constituição de reserva legal, e a importância destinada à formação da reserva
para contingências e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores.
Somos obrigados a manter uma reserva legal, ao qual devemos alocar 5% do lucro líquido para cada ano
fiscal até que tal reserva atinja 20% do capital social da Emissora. Tal lei societária ainda estabelece duas
alocações adicionais do lucro líquido, discricionárias, que estão sujeitas à aprovação pelos acionistas na
Assembléia Geral Ordinária baseado na indicação do Conselho de Administração ou da Diretoria. O
primeiro montante deverá ser alocado para a reserva de contingências pelas perdas antecipadas que são
prováveis nos anos futuros. O segundo montante, por proposta dos órgãos da administração, deverá ser
alocado para a reserva de lucros a realizar, no exercício fiscal em que o montante do dividendo
obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício.
Podem existir ainda outras reservas discricionárias, conforme o estatuto social disponha sobre o assunto,
desde que indique sua finalidade, fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que
serão destinados à sua constituição; e estabeleça o limite máximo da reserva.
Os montantes disponíveis para distribuição podem ser acrescidos pela reversão da reserva de contingência
por não ter ocorrido a perda julgada provável, ou ainda sofrer diminuições ou aumentos como resultado
da alocação das receitas da ou vindas da reserva não realizada. Os montantes disponíveis para distribuição
são determinados com base nas demonstrações financeiras da empresa.
Dividendos Obrigatórios
A Lei das Sociedades por Ações exige que o estatuto social estabeleça a parcela dos lucros para
distribuição como dividendo obrigatório. No nosso caso, este valor é de 25% do montante disponível para
distribuição (sujeitos a certos ajustes, conforme artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações).
Pagamento de Dividendos
É realizada obrigatoriamente a Assembléia Geral Ordinária dos Acionistas nos primeiros quatro meses do
ano para tratar, entre outros assuntos, do pagamento dos dividendos anuais, que são determinados
conforme as demonstrações financeiras. Conforme a Lei das Sociedades por Ações, os dividendos devem
ser pagos em até 60 dias após a declaração da distribuição, a menos que a Assembléia Geral Ordinária dos
Acionistas tenha especificado outra data, que deve ocorrer antes do fim do ano fiscal que os dividendos
foram declarados. O acionista tem 3 anos para reclamar o pagamento de dividendos, pois após este
período o valor será revertido para a Emissora.
Reservas
• Reservas de Lucros. Compreendem a reserva legal, a reserva de lucros a realizar, a reserva para
contingências e a reserva de retenção de lucros.
• Reserva legal. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, devemos destinar 5% do lucro líquido
de cada exercício social até que o valor da reserva seja igual a 20% do nosso capital integralizado.
Não obstante, não somos obrigados a fazer qualquer destinação à reserva legal com relação a
qualquer exercício social em que a reserva legal, quando acrescida às outras reservas de capital
constituídas, exceder 30% do nosso capital social. Eventuais prejuízos líquidos poderão ser levados a
220
débito da reserva legal. Os valores a serem alocados à reserva legal devem ser aprovados em
Assembléia Geral e só podem ser utilizados para compensar prejuízos ou aumentar o nosso capital
social. Dessa forma, os recursos da Reserva Legal não são disponíveis para pagamento de
dividendos.
• Reserva de lucros a realizar. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, no exercício social em
que o valor do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, o excesso
poderá ser destinado à constituição de reserva de lucros a realizar. Nos termos da Lei das Sociedades
por Ações, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder a soma dos
seguintes valores:
Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos
por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a
sua realização.
• Reserva para contingências. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, parte do lucro líquido
poderá ser destinada à reserva para contingências com a finalidade de compensar, em exercício
futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
Qualquer valor assim destinado em exercício anterior deverá ser revertido no exercício social em que
se verifique que a perda prevista não virá, de fato, a ocorrer, ou deverá ser cancelado e baixado na
hipótese de a perda prevista efetivamente ocorrer. A alocação de recursos destinados à reserva para
contingências está sujeira à aprovação dos acionistas em Assembléia Geral.
• Reserva de Retenção de Lucros. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a assembléia geral
poderá deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital.
• Reservas de Capital. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, as reservas de capital somente
poderão ser utilizadas, entre outras coisas, para (i) absorção de prejuízos que excedam os lucros
acumulados e as reservas de lucros; (ii) resgate, reembolso, ou compra das nossas próprias ações; e
(iii) incorporação ao nosso capital social. As parcelas eventualmente destinadas à nossa reserva de
capital não são consideradas no cálculo do dividendo mínimo obrigatório.
A Lei nº 9.249 de 26 de dezembro de 1995, conforme alterada, estabelece a distribuição de juros sobre o
capital próprio como uma forma alternativa de pagamento aos acionistas. Tais juros são calculados com
base na TJLP. Podemos deduzir tais pagamentos como despesas dedutíveis para efeitos fiscais, tendo em
consideração que a dedução não pode exceder (i) 50% do lucro líquido no período em que o pagamento é
feito; ou (ii) 50% da soma de lucros não distribuídos e reservas de lucro.
Qualquer pagamento de juros sobre o capital próprio para acionistas, residentes no Brasil ou não, está
sujeito ao pagamento de imposto de renda à alíquota de 15% ou 25%, dependendo do domicílio do
acionista.
Distribuição de Dividendos
Não houve distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio nos últimos 5 exercícios sociais. Nos
termos do nosso estatuto social, as ações preferenciais adquirem o direito de voto para qualquer
deliberação se a Companhia deixar de pagar, por 3 anos consecutivos, os dividendos a que fizerem jus.
Não obstante as nossas ações preferenciais não fazerem jus a dividendos mínimos ou fixos para fins do
Artigo 111, § 1º, da Lei das Sociedades por Ações, nos termos do nosso estatuto social, as ações
preferenciais (inclusive as ações objeto desta oferta) adquirem voto se a Companhia deixar de pagar, por
3 anos consecutivos, os dividendos a que fizerem jus.
221
Em 31 de março de 2008 nossos prejuízos acumulados correspondiam a R$419,9 milhões e só poderemos
pagar dividendos após absorção destes prejuízos.
222
PRINCIPAIS ACIONISTAS E ACIONISTA VENDEDOR
A tabela a seguir mostra os nossos principais acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais e
suas respectivas participações no capital social da Companhia, na data deste Prospecto:
Os atuais detentores de mais de 5% das nossas ações ordinárias e preferenciais são a EEVP, BNDESPAR e
Denerge que possuem 98,75% do nosso capital social com direito a voto e 95,55% das nossas ações
preferenciais, na data deste Prospecto. Todos os acionistas de ações ordinárias têm o mesmo direito de
voto. Nosso Capital Social está totalmente integralizado.
Não houve alterações relevantes na participação dos membros do grupo de controle da Companhia nos
últimos 3 exercícios sociais, com exceção do aumento da participação da BNDESPAR na Companhia de
16,18% para 20,32% que ocorreu em 29 de junho de 2007.
Em 4 de fevereiro de 1999, EEVP e BNDESPAR celebraram um contrato de opção de venda, que foi
aditado em 29 de março de 2006 e 9 de agosto de 2007. Este contrato estabelece que a EEVP concede para
a BNDESPAR uma opção de venda de 43.693.757 ações preferenciais. A BNDESPAR exerceu esta opção
com relação a 2.299.672 ações preferenciais em 24 de agosto de 2007. No âmbito do contrato de opção de
venda, BNDESPAR somente pode exercer essa opção por até (i)4.599.343 ações preferenciais adicionais
entre 9 de agosto de 2007 e 8 e agosto de 2008, (ii)9.198.686 ações preferenciais em cada um dos três anos
subseqüentes e (iii)11.498.357 ações preferenciais entre 9 de agosto de 2011 e 8 de agosto de 2012.
Qualquer uma dessas opções que não forem exercidas dentro do prazo previsto podem ser cumuladas e
exercidas no ano subseqüente. O preço de cada ação deve ser equivalente ao preço de emissão, atualizado
pela TJLP, acrescido de juros de 2,5% ao ano, contados a partir da subscrição e integralização até o efetivo
pagamento. O número de ações preferenciais objeto desta opção pode ser reduzida dentro das condições
previstas no contrato de opção de venda.
Principais Acionistas
EEVP é uma sociedade de participações (holding) constituída de acordo com as leis brasileiras, com sede,
na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, nº 2.439 – 4º andar.
223
A Denerge é uma sociedade constituída de acordo com as leis brasileiras, com sede na cidade de São
Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, nº 2.439 – 3º andar.
BNDESPAR
A BNDESPAR é subsidiária integral do BNDES, criada para possibilitar a subscrição pelo Sistema
BNDES de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. O BNDES é a principal instituição
financeira para a execução de políticas de investimento, tanto diretamente, como por meio da
BNDESPAR, para programas e projetos relacionados ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.
O BNDES é também uma fonte importante de financiamentos de longo prazo, com especial ênfase nos
setores de investimento privado e de infra-estrutura pública, incluindo a indústria de energia.
Acionista Vendedor
Acordos de Acionistas
O Acordo de Acionistas da Companhia requer, ainda, que o BNDESPAR possa nomear um membro ao
nosso conselho de administração, além do seu consentimento prévio para a aprovação das seguintes
matérias, entre outras (i) criação de ações preferenciais ou aumento de classe existente sem guardar
proporção com as demais, salvo se já previsto ou autorizado pelo estatuto social; (ii) alterações nas
preferências, vantagens ou condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de ações
preferenciais; (iii) redução do dividendo obrigatório; (iv) emissão de debêntures conversíveis, bônus de
subscrição e partes beneficiárias; (v) fusão, cisão, incorporação ou dissolução da Companhia; e (vi)
aquisição de participações societárias com o intuito de tornar outras empresas em nossas coligadas,
controladas ou subsidiárias integrais, exceto em caso de aquisição de empresas do setor elétrico. Em caso
de inadimplemento nosso ou por parte da EEVP não sanado em 30 dias, o Acordo de Acionistas da
Companhia outorga à BNDESPAR a opção de venda de todas as suas ações contra a EEVP, pelo valor de
cotação, considerada a média dos últimos 30 pregões, pelo valor patrimonial atualizado ou pelo valor de
emissão, conforme disposto no acordo de acionistas.
Na data deste prospecto, a QMRA detém 51,26% do capital social total da CELPA, inclusive 54,98% do
seu capital social com direito a voto, e a Eletrobrás detém 34,24% do capital social total da CELPA,
inclusive 34,79% do capital social com direito a voto.
224
conselho de administração da CELPA e os termos do presente acordo de acionistas serão suspensos, com
exceção do direito da Eletrobrás de exigir que a QMRA compre as ações de emissão da CELPA de sua
titularidade. O Acordo de Acionistas prevê quorum qualificado de acionistas para a aprovação de
operações com partes relacionadas e concessão de empréstimos, financiamentos e garantias sobre os
ativos da CELPA que representem mais de 10% do seu patrimônio.
No âmbito deste acordo de acionistas, a QMRA poderá eleger 3 dos 5 membros do conselho fiscal da
CELPA. A Eletrobrás poderá nomear os 2 membros remanescentes para o conselho fiscal. A Eletrobrás
detém a opção de exigir que a QMRA compre as ações de emissão da CELPA de sua titularidade em
algumas situações. A Eletrobrás deverá notificar a QMRA antes de exercer sua opção e de realizar uma
oferta pública de qualquer ação de emissão da CELPA que tenha a intenção de vender. Este acordo de
acionistas tem prazo de vencimento em 17 de julho de 2011, ou quando da venda, pela Eletrobrás, de sua
participação na CELPA, dependendo do que ocorrer primeiro.
Este Acordo de Acionistas prevê que a CELPA mantenha um plano de negócios de cinco anos, que deve
incluir projeções financeiras detalhadas para os próximos cinco anos, estratégias de negócios (bem como
qualquer plano de expansão de operações), oportunidades potenciais de negócios, estimativas de
investimentos com capital próprio ou de terceiros, e o rendimento esperado de investimentos e margens
de lucro. O plano de negócios deve ser aprovado pelo comitê executivo.
Conforme o Acordo de Acionistas da CELPA, a CELPA deve distribuir como dividendos, além da
quantia mínima estabelecida na Lei das S.A. e seu estatuto social, quaisquer quantias que não sejam
necessárias para manter a sua capacidade operacional ou para adimplir obrigações incorridas pela
CELPA, que tenham sido previstas no plano de negócios, no orçamento anual ou em contrato de
concessão.
Na data deste prospecto, a Companhia detém 65,0% do capital social total e do capital social total com
direito a voto da QMRA, e Inepar Energia S.A., detém 35,0% do capital social total e do capital social
total com direito a voto da QMRA (“Inepar”).
A Companhia poderá nomear 4 membros do conselho de administração da CELPA que a QMRA pode
nomear conforme o Acordo de Acionistas da CELPA. A Inepar poderá nomear um membro do conselho
de administração da CELPA. Além disso, a Companhia e a Inepar, por sua vez, concordaram que a
QMRA votará em favor dos 2 membros do conselho de administração da CELPA nomeados pela
Eletrobrás. O membro remanescente do conselho de administração da CELPA é escolhido pelos
empregados da CELPA. O Acordo de Acionistas da QMRA prevê o quorum qualificado de acionistas da
QMRA para a aprovação de operações com partes relacionadas e concessão de empréstimos,
financiamentos e garantias sobre os ativos da QMRA ou CELPA.
Na data deste prospecto, a Companhia detém 39,9% do capital social total da CEMAT, incluindo 61,8%
do seu capital votante, a Inepar, detém 16,08% do capital social total da CEMAT, incluindo 26,3% do
capital social com direito a voto, e a Eletrobrás detém 40,9% do capital social total da CEMAT, incluindo
5,1% do capital social com direito a voto.
Em 26 de novembro de 1997, EEVP e Inepar celebraram um acordo para estabelecer os princípios gerais
que governariam seus direitos e obrigações como acionistas da CEMAT. Dentre outras coisas, o acordo
garante que a Inepar poderá exigir a inclusão da totalidade de sua participação acionária na aquisição das
ações da EEVP e esta somente poderá alienar suas ações se o comprador aceitar adquirir as ações de
emissão da CEMAT que sejam de titularidade da IVEPAR (tag along rights).
225
Em 27 de novembro de 2000, a Companhia, a Inepar e a Eletrobrás celebraram um acordo de acionistas
(Acordo de Acionistas da CEMAT”). Este acordo prevê que a Companhia, a Inepar e a Eletrobrás
deverão se reunir antes da assembléia geral de acionistas para chegarem em um acordo de como irão
exercer seus votos. A companhia e a Inepar juntas poderão nomear todos menos um membro do conselho
de administração da CEMAT. A Eletrobrás, por sua vez, tem a prerrogativa de eleger o membro
remanescente deste conselho. Entretanto, se a porcentagem do capital social total da CEMAT, detida pela
Eletrobrás, ficar abaixo de 5%, ela não poderá eleger nenhum membro para o conselho de administração
da CEMAT e o Acordo de Acionistas da CEMAT será considerado vencido, com exceção da opção de
venda que a Eletrobrás detém contra a Companhia para que esta compre as ações de emissão da CEMAT
de sua titularidade.
No âmbito deste acordo de acionistas, a Companhia e a Inepar, juntas, podem eleger 4 dos 5 membros do
conselho fiscal da CEMAT. A Eletrobrás poderá nomear o membro remanescente para o conselho fiscal.
A Eletrobrás detém a opção de exigir que a Companhia e a Inepar comprem as ações de emissão da
CEMAT de sua titularidade em algumas situações. A Eletrobrás deverá notificar a CEMAT antes de
exercer sua opção de realizar uma oferta pública de qualquer ação de emissão da CEMAT que tenha a
intenção de vender. O Acordo de Acionistas da CEMAT tem prazo de vencimento em 27 de novembro de
2013.
O Acordo de Acionistas da CEMAT prevê que a CEMAT mantenha um plano de negócios de cinco anos,
que deve incluir projeções financeiras detalhadas para os próximos cinco anos, estratégias de negócios
(bem como qualquer plano de expansão de operações), oportunidades potenciais de negócios, estimativas
de investimentos com capital próprio ou de terceiros, e o rendimento esperado de investimentos e
margens de lucro.
Conforme o Acordo de Acionistas da CEMAT, a CEMAT deve distribuir como dividendos, além da
quantia mínima estabelecida na Lei das S.A. e seu estatuto social, quaisquer quantias que não sejam
necessárias para manter a sua capacidade operacional ou para adimplir obrigações incorridas pela
CEMAT, que tenham sido previstas no plano de negócios, no orçamento anual ou em contrato de
concessão.
Acordos da Investco
Na data deste prospecto, Rede Lajeado detém 39,1% do capital social total da Investco, inclusive 45,4%
do seu capital social com direito a voto, EDP Lajeado Energia S.A. detém 23,1% do capital social total da
Investco, inclusive 27,7% do seu capital social com direto a voto, CEB Lajeado S.A. detém 16,68% do
capital social total da Investco, incluindo 20,0% do capital social com direito a voto e Paulista Lajeado
Energia S.A. detém 5,84% do capital social total da Investco, inclusive 7,0% do capital social com direito
a voto.
Em 29 de dezembro de 2005, a Investco e seus acionistas celebraram um contrato no qual Rede Lajeado
concordou em adquirir da Eletrobrás um número de ações preferenciais classe “R” proporcional ao capital
com direito a voto da Investco detidos pela Rede Lajeado, em troca por 53.210.337 ações preferenciais e
10.000 parte beneficiárias de emissão da Rede Lajeado. Como a Rede Lajeado não recebeu dinheiro em
226
troca da emissão de suas ações preferenciais e partes beneficiárias, ela registrou seu recibo referente as
ações classe “R” da Investco como um adiantamento para um futuro aumento de capital. Como
conseqüência dessas transações, o Acordo Eletrobrás venceu e as provisões do Acordo de Acionistas da
Investco, em relação ao resgate das ações de emissão da Investco detidas pela Eletrobrás tornaram-se
nulas e sem efeito. Para uma melhor descrição dos efeitos que estas transações provocaram nos resultados
de nossas operações, veja a seção “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e
os Resultados Operacionais – Resultados das Operações – Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2006
comparado com o Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2005”.
• a capitalização da Investco pelos seus acionistas para resgatar as ações preferenciais de sua
emissão detidas pela Eletrobrás; e
No âmbito do acordo de investimento, os acionistas da Investco, que inclui a Rede Lajeado, concordam
em prover contribuições de capital para a Investco na proporção de suas posições acionárias no capital
com direito a voto da Investco. Adicionalmente, independentemente das garantias prestadas
individualmente por alguns acionistas da Investco, seus Acionistas Controladores e empresas afiliadas,
cada um dos acionistas da Investco, deve garantir os financiamentos da Investco na proporção das ações
de suas posições acionárias no capital com direito a voto da Investco. O descumprimento destas
obrigações por parte de qualquer um dos acionistas da Investco resultará em uma diminuição
proporcional na quantidade de suas posições acionárias no capital votante da Investco detido por tal
acionista, e consequentemente, na sua parcela de energia gerada pela UHE de Lajeado.
Por conseguinte, se a Rede Lajeado torna-se responsável pela divida que ela garantiu, a Investco e outros
acionistas devem contribuir pelas suas respectivas partes da dívida, na proporção de suas posições
acionárias no capital votante da Investco. O descumprimento destas obrigação parte de qualquer um dos
acionistas, ou qualquer uma das obrigações pertencentes as contribuições de capital citadas acima,
resultará em uma diminuição proporcional na suas posições acionárias no capital votante da Investco
detido por tal acionista, e consequentemente, na sua parcela de energia gerada pela UHE de Lajeado.
Na data deste Prospecto, a Companhia detém, direta e indiretamente, 53,7% do capital social total,
incluindo 93,6% do capital social com direito a voto, da Rede Lajeado, e a Eletrobrás detém 40,1% do
capital social total da Rede Lajeado.
Em 15 de fevereiro de 2006, Companhia, Rede Power, Tocantins Energia S.A. e Eletrobrás celebraram
um acordo de acionistas (“Acordo de Acionistas da Rede Lajeado”), e o propósito deste acordo é:
• definir como os direitos de voto serão exercidos nas assembléias gerais de acionistas da Rede
Lajeado na qual membros do conselho de administração serão eleitos;
• exigir que os Acionistas Controladores protejam os direitos dos acionistas preferenciais e das
parte beneficiárias detidas pela Eletrobrás;
227
• estabelecer uma política de dividendos para a Rede Lajeado.
O Acordo de Acionistas da Rede Lajeado também garante a Eletrobrás direitos de veto, incluindo em
respeito a mudança de objeto social pela Rede Lajeado ou Investco, mudanças nos direitos dos titulares de
ações preferenciais e partes beneficiárias de emissão da Rede Lajeado, o registro das reversões de
provisões para contingências e a concessão de garantias sobre os ativos da Rede Lajeado.
Os acionistas da Rede Lajeado concordaram que a Rede Lajeado deverá distribuir na forma de dividendos
ou de juros sobre o capital próprio 100% do lucro líquido ajustado da Rede Lajeado que estiver disponível
para distribuição, com exceção de fundos usados para criar uma reserva de investimento antes de 2011.
Enquanto a Eletrobrás mantiver a porcentagem que detém no capital social total da Rede Lajeado, ela
receberá 49,7% do lucro líquido anual ajustado, deduzido da reserva de investimento, na forma de
dividendos, partes beneficiárias e reservas registradas para contingências ambientais relacionadas com a
implementação da UHE de Lajeado.
O Acordo de Acionistas da Lajeado terá eficácia durante o período em que a Eletrobrás for acionista da
Rede Lajeado.
Na data deste Prospecto, a Companhia detém 70,8% do capital social total da Tangará, incluindo 100,0%
do capital social com direito a voto, e a Eletrobrás detém 25,5% do capital social total da Tangará, sem
considerar as ações em tesouraria.
• definir os direitos de resgate de ações preferenciais detidas pela Eletrobrás e as condições para
resgate;
No âmbito do Acordo de Acionistas da Tangará, a Tangará foi requisitada a começar o resgate das ações
preferenciais da Eletrobrás, dentro do período de dois anos após a UHE de Guaporé começar a operar
comercialmente, bem como concluir esse resgate dentro de um período de 8 anos. Dessa forma, a Tangará
deverá resgatar 1/32 de suas ações preferenciais originalmente detidas pela Eletrobrás a cada trimestre. A
Tangará também poderá resgatar todas ou uma quantidade substancial de ações preferenciais a qualquer
tempo.
228
A Companhia garante integralmente as obrigações da Tangará de resgatar as ações preferenciais detidas
pela Eletrobrás. Se a Tangará inadimplir sua obrigação de resgatar as ações preferenciais, a Eletrobrás
possui o direito de exigir que a Companhia adquira todas as ações preferenciais da Tangará que ela detém
dentro de 60 dias.
O Acordo de Acionistas da Tangará também dispõe que a Eletrobrás poderá nomear um membro no
conselho de administração da Tangará (e seu respectivo suplente). O Acordo de Acionistas de Tangará
terá validade durante o período necessário para o adimplemento das obrigações contempladas ou
enquanto a Eletrobrás deixar de ser acionista da Tangará.
229
ANEXO A
Estatuto Social
ANEXO B
Aos [•] dias do mês de [•] de 2008, às 10:00 horas, na Cidade de São Paulo, Estado
de São Paulo, na Avenida Paulista, 2.439, 12º andar, reuniram-se os membros do Conselho de
Administração da sociedade, infra-assinados, em número legal para deliberação. Iniciados os
trabalhos, assumiu a presidência da reunião o Presidente do Conselho de Administração, Dr.
Jorge Queiroz de Moraes Junior, que convidou a mim Alberto José Rodrigues Alves, para
secretariá-lo.
O Presidente esclareceu que a presente reunião tinha por finalidade deliberar sobre a
seguinte ordem do dia: a) a aprovação da realização de distribuição pública primária de
Certificados de Depósito de Ações (“Units”) representativos, cada um, de 1 (uma) ação ordinária
nominativa e 4 (quatro) ações preferenciais nominativas de emissão da Companhia (“Distribuição
Primária”), em regime de garantia firme de liquidação nos termos da Instrução nº 400 da
Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada
(“Instrução CVM 400”), a ser realizada no Brasil e com esforços de venda no exterior; b) a
aprovação da contratação do agente emissor dos Units; e, c) a definição das demais condições da
Distribuição Primária.
(i) Autorizar a Distribuição Primária de até [===] ([===]) Units pela Companhia,
representativos de [===]([===]) ações ordinárias nominativas e [===]([===]) ações preferenciais
nominativas, a razão de 1 (uma) ação ordinária e 4 (quatro) ações preferenciais para cada Unit, a
ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado e em regime de garantia firme de
1
Minuta
liquidação e, ainda, com esforços de venda no exterior, por meio dos mecanismos de
investimento regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil e
CVM nos Estados Unidos da América, para investidores institucionais qualificados, conforme
definido na Rule 144A editada pela Securities and Exchange Commission (“SEC”), em operações
isentas de registro em conformidade com o disposto no Securities Act de 1933 (“Securities Act”)
e nos regulamentos editado ao amparo do Securities Act e, nos demais países, de acordo com a
legislação vigente no país de domicílio de cada investidor e em conformidade com a Regulation S
editada pela SEC.
(iii) Autorizar a outorga pela Companhia aos coordenadores da Oferta de opção para a
emissão de até [===]([===])Units suplementares, correspondentes a [===]([===]) ações
ordinárias e [===]([===]) ações preferenciais suplementares, nas mesmas condições indicadas no
item (ii) acima, nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, os quais serão destinados a atender a
um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta (“Units
Suplementares”).
(iv) Aprovar a contratação pela Companhia do Banco Bradesco S.A. como agente
emissor dos Units.
2
Minuta
(vii) O preço por Unit, no âmbito da Oferta, será fixado com base no resultado do
procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding) a ser conduzido pelos
coordenadores da Oferta junto a investidores institucionais, em conformidade com o artigo 44 da
Instrução CVM 400, e de acordo com o inciso III do §1º do Artigo 170 da Lei das Sociedades por
Ações, justificando-se a escolha do critério de determinação do preço por ação nos termos do
inciso III do §1º do artigo 170 da Lei das Sociedades por Ações, tendo em vista que tal preço não
promoverá diluição injustificada dos atuais acionistas da Companhia e que as ações ordinárias e
preferenciais serão colocadas por meio de distribuição pública, em que o valor de mercado das
ações ordinárias e preferenciais reflete o valor pelo qual os investidores institucionais
apresentarão suas ordens de compra no contexto da Oferta. O preço de emissão será aprovado
pelo Conselho de Administração da Companhia antes da concessão do registro da Oferta pela
CVM.
(x) As novas ações emitidas nos termos das deliberações acima farão jus ao recebimento
de dividendos e juros sobre capital próprio que forem declarados pela Companhia a partir da data
de sua liquidação e a todos os demais direitos e benefícios que forem conferidos às demais ações
ordinárias e, conforme o caso, de emissão da Companhia a partir de então, em igualdade de
3
Minuta
condições, nos termos da Lei das S.A., do Estatuto Social da Companhia e do Regulamento do
Nível 2 da BOVESPA.
(xiii) Ficam ratificados todos os demais atos já praticados pela Diretoria da Companhia
com vistas à realização da Oferta.
Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada
a presente reunião, da qual lavrou-se a presente ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos.
São Paulo, [•] de [•] de 2008. Presidente: Jorge Queiroz de Moraes Junior. Secretário: Alberto
José Rodrigues Alves. Conselheiros: Jorge Queiroz de Moraes Junior, Alberto José Rodrigues
Alves, Sebastião Bimbati, Omar Bittar, Antonio da Cunha Braga, João Carlos Hopp, Martus
Antonio Rodrigues Tavares, Plácido Gonçalves Meirelles, Joaquim Dias de Castro.
4
ANEXO C
Aos [•] dias do mês de [•] de 2008, às 10:00 horas, na Cidade de São Paulo, Estado
de São Paulo, na Avenida Paulista, 2.439, 12º andar, reuniram-se os membros do Conselho de
Administração da sociedade, infra-assinados, em número legal para deliberação. Iniciados os
trabalhos, assumiu a presidência da reunião o Presidente do Conselho de Administração, Dr.
Jorge Queiroz de Moraes Junior, que convidou a mim, Alberto José Rodrigues Alves, para
secretariá-lo.
O Presidente esclareceu que a presente reunião tinha por finalidade deliberar sobre a
seguinte ordem do dia: a) aprovação do preço de emissão das Units objeto da Distribuição
Primária aprovada em reunião do Conselho de Administração realizada em [30] de junho de
2008; e b) a definição das demais condições da Distribuição Primária.
(i) Aprovar o preço de R$ [===] ([===]) por Unit emitido pela Companhia, cada Unit
representando 1 (uma) ação ordinária e 4 (quatro) ações preferenciais de emissão da Companhia,
no âmbito da Distribuição Primária, fixado com base no resultado do procedimento de coleta de
intenções de investimento (“Procedimento de Bookbuilding”) conduzido pelo Banco Bradesco
S.A., em conformidade com o artigo 44 da Instrução CVM 400, e de acordo com o inciso III do §
1º do Artigo 170 da Lei das Sociedades por Ações, de modo que tal preço não promoverá diluição
injustificada dos atuais acionistas da Companhia, sendo esse preço justificado, tendo em vista que
1
Minuta
os Units serão distribuídos por meio de distribuição pública, em que o valor de mercado das ações
ordinárias e preferenciais a serem emitidas foi aferido com a realização do Procedimento de
Bookbuilding, o qual reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais (conforme definidos
no prospecto definitivo da Oferta) apresentaram suas ordens firmes de compra no contexto da
Oferta. Os Investidores Não Institucionais (conforme definidos no prospecto definitivo da Oferta)
que aderiram à Oferta não participaram do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, do
processo de fixação do Preço de Distribuição dos Units.
(iii) As novas ações ordinárias e ações preferenciais emitidas nos termos das
deliberações acima farão jus ao recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio que
forem declarados pela Companhia a partir da data de sua liquidação e a todos os demais direitos e
benefícios que forem conferidos às demais ações ordinárias e preferenciais, conforme o caso, de
emissão da Companhia a partir de então, em igualdade de condições, nos termos da Lei das S.A.,
do Estatuto Social da Companhia e do Regulamento de Práticas Diferenciadas de Governança
Corporativa Nível 2 da BOVESPA.
(iv) Autorizar a outorga pela Companhia aos coordenadores da Oferta de opção para a
emissão de até [===] ([===])Units suplementares, correspondentes [===] ([===]) ações
ordinárias e [===] ([===]) ações preferenciais suplementares, nas mesmas condições indicadas
nos item (i) a (iii) acima, nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, os quais serão destinados a
atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta (“Units
Suplementares”).
2
Minuta
(vi) Autorizar a Diretoria da Companhia a praticar todos os demais atos e assinar todos
os demais documentos necessários à realização da Oferta, na forma contemplada no Prospecto
Definitivo, no Contrato de Distribuição, no Agreement, no Contrato de Estabilização e nos
demais documentos da Oferta.
Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada
a presente reunião, da qual lavrou-se a presente ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos.
São Paulo, [•] de [•] de 2008. Presidente: Jorge Queiroz de Moraes Junior. Secretário: Alberto
José Rodrigues Alves. Conselheiros: Jorge Queiroz de Moraes Junior, Alberto José Rodrigues
Alves, Sebastião Bimbati, Omar Bittar, Antonio da Cunha Braga, João Carlos Hopp, Martus
Antonio Rodrigues Tavares, Plácido Gonçalves Meirelles, Joaquim Dias de Castro.
3
ANEXO D
A BDO International é uma rede mundial de empresas de auditoria, denominada firmas-membro BDO, com presença em 105 países e
621 escritórios. Cada firma-membro é uma entidade juridicamente independente em seu próprio país. A BDO Trevisan é firma-membro
da rede BDO International desde 2004.
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA S.A. E CONTROLADAS
CONTEÚDO
2
QUADRO 1
Numerário disponível 1.590 1.610 86.527 89.639 Fornecedores 19 411 13 380.543 480.112
Aplicações no mercado aberto 7 1.380 - 413.957 171.127 Folha de pagamento 11 2 5.089 5.755
Consumidores 8 - - 797.335 694.344 Tributos, contribuições sociais e parcelamentos 20 2.580 4.129 295.528 514.855
(-)Provisão para créditos de liquidação duvidosa 8 - - (58.405) (51.237) Dividendos propostos 452 452 43.924 21.085
Dividendos e juros sobre capital próprio a receber 14 195.748 33.928 - - Participações nos lucros - - 5.286 5.491
Tributos e contribuições sociais a compensar 9 3.390 2.038 147.553 103.789 Empréstimos, financiamentos e encargos 21 175.581 43.952 657.979 650.236
Títulos a receber 12 5.734 - 36.597 13.719 Debêntures e encargos 22 143.276 85.833 143.276 85.833
Estoque - - 45.616 29.601 Taxas regulamentares 23 - - 137.079 97.637
Serviços em curso 1.754 - 45.058 38.663 Indenização Trabalhista - Plano Bresser 26 - - 39.872 32.415
Redução de receita - baixa renda 10 - - 17.429 27.760 Obrigações estimadas - - 31.088 33.734
Aquisição de combustível - conta CCC - - 20.004 90.941 Outros 27 8.044 1.814 126.076 102.957
Despesas pagas antecipadamente 11 51 - 111.123 94.934
Outros 13 4.209 4.379 97.997 80.562 TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 330.355 136.195 1.865.740 2.030.110
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 213.856 41.955 1.760.791 1.383.842 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Total do realizável a longo prazo 616.212 47.365 1.553.068 1.392.165 Total do exigível a longo prazo 1.577.322 930.313 4.580.551 3.734.052
Total do ativo permanente 1.891.684 1.643.745 5.688.949 5.488.559 PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RECURSOS DESTINADOS PARA
AUMENTO DE CAPITAL E PARA AQUISIÇÃO DE PARTES BENEFICIADAS
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.507.896 1.691.110 7.242.017 6.880.724 Capital social 29 538.052 538.052 538.052 538.052
Reservas de capital 29 4.458 4.458 4.458 4.458
Reservas de reavaliação 17 687.855 750.874 687.855 750.874
Prejuízos acumulados (475.290) (626.827) (548.286) (702.749)
ATIVO TOTAL 2.721.752 1.733.065 9.002.808 8.264.566 PASSIVO TOTAL 2.721.752 1.733.065 9.002.808 8.264.566
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
(Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto lucro (prejuízo) líquido por lote de mil ações)
Companhia Consolidado
Notas 2006 2005 2006 2005
R$ R$ R$ R$
Reclassificado Reclassificado
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Fornecimento de energia elétrica 30 198.921 4.614.388 4.074.306
Suprimento de energia elétrica 30 1.417 100.262 91.494
Transmissão 30 - - 1.060
Outras receitas 30 2.448 60.423 53.002
CUSTO DE OPERAÇÃO
Pessoal (6.411) (97.282) (115.610)
Remuneração dos administradores - - (2.696)
Material (1.578) (27.165) (28.192)
Matéria prima e insumos para produção de energia elétrica - (231.612) (226.927)
Serviços de terceiros (4.551) (178.241) (149.514)
Depreciação e amortização (12.883) (275.802) (221.503)
Arrendamento e aluguéis (51) (92.083) (100.050)
Subvenção - CCC - 251.474 252.592
Outras despesas (448) (25.744) (13.115)
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas 33 (4.549) (145.118) (78.138)
Despesas gerais e administrativas 33 (4.754) (18.257) (317.934) (258.867)
Outras despesas operacionais 33 (75) (16.298) (334.965) (249.230)
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
(Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto lucro (prejuízo) líquido por lote de mil ações)
Companhia Consolidado
Notas 2006 2005 2006 2005
R$ R$ R$ R$
Reclassificado Reclassificado
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras
Despesas financeiras
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 128.580 (25.941) 397.246 104.564
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS 88.518 (22.612) 212.545 178.345
Lucro (Prejuízo) líquido por lote de mil ações - R$ 311,39 (397,72) 311,39 (397,72)
Total do
Capital Reservas Reservas de Prejuízos patrimônio
social de capital reavaliação acumulados líquido
R$ R$ R$ R$ R$
Notas 29 17
Das operações
Lucro líquido do exercício ajustado (vide abaixo) 430.990 467.427
De terceiros:
Redução do realizável a longo prazo 4.246 24.467 218.714 223.032
Adição (líquida) de mútuos passivos 286.884 53.869 40.914
Alienação de bens e direitos do Ativo Permanente 19.989 601 502.741 90.771
Aumento do passivo exigível a longo prazo 241.482 4.095 354.833 258.477
Empréstimos, financiamentos e debêntures 21 74.163 74.756 1.351.928 380.032
Assunção de dívidas com controladoras 21 412.182 412.182
Impostos, contribuições e parcelamentos 17.143 154.004 79.036
Redução (líquida) de mútuos ativos 24.845
Obrigações vinculadas à concessão 1.873 278.794 93.089
Cessão de Capital de Giro - Processo de desverticalização 77.714
Dividendos e Juros sobre o capital próprio 202.466 22.059 11.673
Deságio na aquisição de investimentos 14.014
Total das origens de recursos 1.241.412 301.422 3.273.196 1.191.038
APLICAÇÕES DE RECURSOS
(Lucro)/prejuízo do exercício (88.518) 22.612 (88.518) 22.612
Participação dos minoritários no resultado (124.027) (200.957)
Receitas (despesas) que não afetam o capital circulante:
Depreciação e amortização (imobilizado e diferido) (13.541) (287.635) (235.660)
Despesas (receitas) financeiras do realizável e do
exigível a longo prazo - líquidas (62.730) (94.898) (197.834) (188.433)
Baixas do ativo imobilizado (1.723) (109.257) (127.598)
Provisão para contingências 10.305 7.559
Resultado de participações societárias 16 293.996 131.735 173.981 (1.822)
Tributos sobre a realização da reserva de reavaliação 9.116 4.387 58.596 53.157
Ativo / passivo regulatório 56.783 32.535
Ganhos (perdas) nas alienações de bens e direitos do Ativo Permanente (3.005) 483 133.407 30.731
Créditos tributários diferidos (49.178) (31.832) 143.229
Outras (4.588) (144) (24.959) (2.780)
Prejuízo (Lucro) líquido do exercício ajustado 95.093 48.911 (430.990) (467.427)
Total aplicado nas operações 95.093 48.911
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Notas COMPANHIA CONSOLIDADO
ATIVIDADES OPERACIONAIS 2006 2005 2006 2005
Lucro (prejuízo) do exercício 88.518 (22.612) 88.518 (22.612)
Despesas (receitas) que não afetam o caixa:
Provisão para créditos de liquidação duvidosa - 110 18.451 (28.959)
Depreciação e amortização - 13.541 287.635 235.660
Despesas com juros, variações monetárias e cambiais - líquidas 144.210 177.677 429.870 501.589
Resultado de participações societárias 16 (293.996) (131.735) (173.981) 1.822
Provisão para contingências - 99 (10.305) (7.559)
Baixa de imobilizado - 1.723 109.257 127.598
Tributos sobre a realização da reserva de reavaliação (9.116) (4.387) (58.596) (53.157)
(Ganho) / perda na alienação de bens e direitos do ativo permanente 3.005 (483) (133.407) (30.731)
Ativo / passivo regulatório - - (56.783) (32.535)
Créditos tributários diferidos 49.178 - 31.832 (143.229)
Participação dos minoritários no resultado - - 124.027 200.957
Outras 4.588 45 12.949 2.780
Sub - Total (13.613) 33.978 669.467 751.624
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aplicações no imobilizado - (10.583) (862.012) (566.455)
Aplicações em investimento (183.991) (1.210) (78.492) (10.323)
Deságio na aquisição de investimentos - - - 14.014
Alienação de investimentos 19.989 601 502.741 90.771
Aplicações no diferido - (39) (6.520) (2.992)
Total das Atividades de Investimentos (164.002) (11.231) (444.283) (474.985)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Novos empréstimos e financiamentos 21 133.710 146.384 1.672.522 747.973
Pagamentos de empréstimos e debêntures- principal 21 (264.623) (190.893) (1.186.245) (714.835)
Pagamentos de empréstimos - encargos 21 (94.199) (77.205) (274.111) (174.822)
Assunção de dívidas - principal e juros 21 604.767 - 504.519 -
Cessão de créditos (60.870) - (60.870) -
Recebimentos (pagamentos) de juros sobre capital próprio e dividendos 202.466 22.059 - -
Total das Atividades de Financiamento 521.251 (99.655) 655.815 (141.684)
2 . ( - ) Insumos
4 . RETENÇÕES
Do Trabalho:
Remunerações 153.816 5,0 169.272 6,5
Encargos Sociais (exceto INSS) 14.207 0,5 15.566 0,6
Entidades de previdência privada 5.379 0,2 3.162 0,1
Indenização s/ o saldo do FGTS 3.997 0,1 8.819 0,3
Programa incentivo à aposentadoria e demissão voluntária 1.094 - (244) -
Custo dos serviços prestados 47 - 135 -
Transferências p/ Ordens (8.240) (0,3) (5.451) (0,2)
Do Governo:
Imposto de renda e Contribuição Social, Pis/Cofins s/ fat. 718.155 23,1 415.743 15,9
INSS (sobre folha de pagamento) 38.826 1,2 42.014 1,6
ICMS 993.479 32,0 898.602 34,4
RGR ( quota p/ reserva global de reversão ) 36.909 1,2 37.117 1,4
Outros encargos 44.695 1,4 83.871 3,2
Do Capital de Terceiros:
Encargos de dívidas e variações monetárias 381.799 12,3 285.092 10,9
Aluguéis e arrendamentos 110.972 3,6 109.742 4,2
Outras despesas financeiras 383.424 12,3 330.361 12,6
Do Capital Próprio:
Dividendos 262.320 8,5 58.208 2,2
Juros sobre o capital próprio 10.372 0,3 17.520 0,7
Realização de reservas 16.654 0,5 (6.676) (0,3)
Ajustes de exercícios anteriores - - 1.460 0,1
Lucros Retidos 63.854 2,1 7.579 0,3
Participação dos minoritários (124.027) (4,0) 142.568 5,5
2006 2005
1. Base de cálculo
% sobre % sobre
R$ FPB RL R$ FPB RL
2. Indicadores sociais internos
% sobre % sobre
R$ RO RL R$ RO RL
3. Indicadores sociais externos
Programas Sociais:
Programa Social de Eletricidade Rural - Luz no Campo 70 - - 535 0,6 -
Programa Nacional de Universalização - Luz para Todos 514.176 171,3 16,0 241.070 274,3 8,6
Programa Universalização 8.853 2,9 0,3 5.119 5,8 0,2
Outros 1.345 0,4 - 5.540 6,3 0,2
Subtotal 524.444 174,6 16,3 252.264 287,1 9,0
Total de contribuições para a sociedade 531.529 177,0 16,5 257.276 292,9 9,3
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.735.448 578,2 54,0 1.348.932 1.535,0 48,2
Total Indicadores Sociais Externos 2.266.977 755,2 70,5 1.606.208 1.827,9 57,5
% sobre % sobre
R$ RO RL R$ RO RL
4. Indicadores ambientais
Total de investimentos relacionados com a prod./operação da empresa 42.175 14,1 1,3 45.125 51,4 1,7
Total de indicadores ambientais e invest.relac.com a prod./op.da empresa 42.483 14,2 1,3 45.660 52,0 1,7
Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 58,9 % governo 5,5 % colaboradores(as) 5,3 % 56,5 % governo 7,3 % colaboradores(as) 8,10 %
acionistas 28,2 % terceiros 2,1 % retido acionistas 27,7% terceiros 0,4 %
retido
7- Outras informações
Visando aprimorar a qualidade das informações apresentadas no Balanço Social, algumas informações adicionais foram incluídas para aprimoramento deste demonstrativo, assim, quando aplicável, os valores e dados de 2005 foram reclassificados
para melhor comparabilidade, seguindo o padrão do IBASE sugerido pela ANEEL
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA S.A.
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. (Companhia), nova razão social da Caiua Serviços
de Eletricidade S.A., sociedade de capital aberto, controlada pela Empresa de Eletricidade Vale
Paranapanema S.A., cuja atividade operacional até 31 de outubro de 2005 concentrava-se na
distribuição e geração de energia elétrica, nas áreas de sua concessão legal, regulamentada e
fiscalizada pela ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, vinculada ao Ministério de
Minas e Energia.
2. DESVERTICALIZAÇÃO
Companhia
Nos termos da Resolução Autorizativa nº 309, de 5 de setembro de 2005, a ANEEL anuiu com
a versão do patrimônio, transferência das concessões e a alienação de investimentos, para fins
de segregação de atividades e reestruturação societária da Companhia.
Os valores apurados estão suportados por laudos de avaliação efetuados por empresa
especializada.
Serão mantidas na Cemat as usinas integrantes do sistema isolado, conforme faculta o artigo
8º da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, e parágrafo único do artigo 7º da referida
Resolução Autorizativa.
2
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Nos termos da Resolução Autorizativa nº 309, de 5 de setembro de 2005, a ANEEL anuiu com
a versão do patrimônio, transferência das concessões e a alienação da participação societária
da Celpa, mantida na Rede Lajeado Energia S.A., para a empresa Rede Power do Brasil S.A.,
para fins de segregação de atividades e reestruturação societária.
Serão mantidas na Celpa as usinas integrantes do sistema isolado, conforme faculta o artigo 8º
da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, e parágrafo único do artigo 7º da referida Resolução
Autorizativa.
3
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Nos termos da Resolução Autorizativa nº 309, de 5 de setembro de 2005, a ANEEL anuiu com
a versão do patrimônio, transferência das concessões e a alienação de investimentos, para fins
de segregação de atividades e reestruturação societária.
A empresa Curuá-Una Energia S/A teve sua razão social alterada em Assembléia Geral
Extraordinária registrada em 26 de dezembro de 2005, para Tocantins Energia S.A.
Essas Controladas, por exercerem apenas a atividade de distribuição de energia elétrica, não
possuindo usinas de geração de energia elétrica vinculadas ao seu sistema de distribuição,
procederam à alienação e baixa de todas as participações societárias existentes. Dessa
forma, todas as determinações da legislação pertinente foram atendidas.
4
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Uma vez que ela exerce a atividade de distribuição de energia elétrica, com mercado próprio
inferior a 500 (quinhentos) GWh/ano, não está obrigada a desverticalizar a atividade de
geração da atividade de distribuição. Portanto, os ativos referentes à UHE Reynaldo
Gonçalves serão mantidos na empresa e a totalidade da energia produzida será destinada
para atendimento de seu próprio mercado.
5
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
3. DAS CONCESSÕES
Número Número de
aproximado de municípios
Área em km² consumidores abrangidos
Controladas diretas: Áreas de concessão (*) atendidos (*) (*)
Controlada Indireta:
Centrais Elétricas do Pará S.A. -
Celpa Estado do Pará (PA) 1.247.703 1.392.930 143
6
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Concessão de 34 Usinas
Termelétricas, sendo as mais
Centrais representativas, com capacidade
Elétricas instalada acima de 5 MW: Juína,
Matogrossen Juara, Sapezal, São José do Rio
ses S.A. - Claro, Querência do Norte e Vila
Cemat Rica. 98,52 62,31 10/12/1997 10/12/2027
Concessão de 17 Usinas
Termelétricas, sendo as mais
representativas, com capacidade
Centrais instalada acima de 1 MW: Santana
Elétricas do do Araguaia, Novo Progresso,
Pará S.A. - Castelo dos Sonhos e
Celpa Jacareacanga. 29,13 12,41 28/7/1998 28/7/2028
7
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Para a prestação dos serviços objeto das concessões supramencionadas, suas controladas
possuíam, em 31 de dezembro de 2006, um quadro próprio de 5.572 funcionários e 4.507
prestadores de serviços (5.341 e 3.824 em 2005).
(*) Usina com capacidade instalada abaixo de 1 MW. Concessão por prazo indeterminado.
2005
Companhia Consolidado
Balanço Patrimonial
Ativo circulante 8.027 41.955 - -
Dividendos e juros sobre capital próprio a receber - 33.928 - -
Ativo não circulante 1.725.038 1.691.110 - -
Total realizável a longo prazo 81.293 47.365
Empresas relacionadas 33.930 2 - -
Demonstração do Resultado
Receita operacional Bruta - - 4.472.454 4.219.862
Outras receitas - - 305.594 53.002
Receita Operacional Líquida - - 3.049.131 2.796.539
Custo de Operação - - (857.607) (605.015)
Matéria prima e insumos para produção de energia elétrica - - (250.235) (226.927)
Subvenção - CCC - - - (13.115)
Outras despesas - - 10.192 252.592
8
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
9
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Outros direitos e obrigações: demais ativos e passivos circulantes e não circulantes que
estão sujeitos a variação monetária ou cambial por força de legislação ou cláusulas
contratuais, estão atualizados com base nos índices previstos nos respectivos dispositivos,
de forma a refletir os valores na data das demonstrações contábeis.
10
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Informações sobre quantidade de ações e resultado por ação: conforme requerido pelas
práticas contábeis adotadas no Brasil, informações sobre quantidade de ações e resultado
por ações consideram a quantidade histórica de ações efetivamente em circulação na data
do balanço. O prejuízo por ação corresponde à razão entre o prejuízo líquido da Companhia
no exercício e a quantidade de ações em circulação no final deste exercício.
11
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Percentual de Participação %
12
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
Tipo de aplicação 2006 2005 2006 2005
Aplicações financeiras que podem ser resgatadas a qualquer momento pela Companhia e
suas Controladas.
8. CONSUMIDORES
a. Composição:
2006 2005
Consumidores:
Faturados 585.482 496.308
Não faturados 160.171 137.811
745.653 634.119
13
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Saldos Vencidos
Saldos Mais de 90
Classe de consumidores Vincendos Até 90 dias dias Total 2006 2005
Ativo circulante :
Residencial 146.757 86.793 49.189 135.982 282.739 227.723
Industrial 78.231 26.366 36.727 63.093 141.324 112.951
Comércio, serviços e outras atividades 89.444 40.626 31.101 71.727 161.171 136.827
Rural 16.303 7.276 4.635 11.911 28.214 23.579
Poder público: - -
Federal 4.338 2.251 1.622 3.873 8.211 2.774
Estadual 12.510 8.524 3.018 11.542 24.052 6.055
Municipal 24.538 12.136 3.875 16.011 40.549 41.773
Iluminação pública 14.046 5.666 2.578 8.244 22.290 18.766
Serviço público 11.222 10.829 11.711 22.540 33.762 29.930
Recomposição de receita (*) - - - - - 8.412
Fornecimento Não Faturado - Diferimento
Recomposição Tarifária - - - - - 25.329
Redução de Tarifa - Irrigação e Aquicultura (b) 3.341 - - - 3.341 -
Subtotal - consumidores 400.730 200.467 144.456 344.923 745.653 634.119
Participação financeira do consumidor 17.683 425 852 1.277 18.960 21.559
Comercialização na CCEE (a) 6.146 - - - 6.146 2.812
Programa emergencial redução do consumo - - 559 559 559 689
Encargo de uso da rede elétrica 5.282 - - - 5.282 2.976
Encargos de capacidade emergencial - 2 4.356 4.358 4.358 7.768
Energia livre (*) 109 - - - 109 32.714
Concessionárias e permissionárias 595 - - - 595 2.068
Outros 5.134 5.911 4.628 10.539 15.673 14.968
- -
Total 435.679 206.805 154.851 361.656 797.335 719.673
14
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Os valores da energia no curto prazo e da energia livre estão sujeitos a modificação, dependendo de
decisão dos processos judiciais em andamento, movido por determinadas empresas do setor, relativos
a interpretação das regras do mercado em vigor.
A Resolução Normativa nº. 540, de 1 de outubro de 2002, implementou a Lei nº. 10.438, de 26 de abril
de 2002, que estendeu os descontos especiais nas tarifas de energia elétrica de irrigantes ao consumo
verificado no horário compreendido entre 21h30 e 6h do dia seguinte.
Esse dispositivo legal ampliou o horário, estabelecido na Portaria DNAEE 105, de 3 de abril de 1992,
das 23h às 5hs do dia seguinte, em que eram concedidos descontos especiais para consumidores do
Grupo A (alta tensão) e para op Grupo B (baixa tensão).
A Resolução Normativa nº. 207, de 9 de janeiro de 2006, que “estabelece os procedimentos para
aplicação de descontos especiais na tarifa de fornecimento relativa ao consumo de energia elétrica das
atividade de irrigação e na aqüicultura”, dispôs no artigo 6º. que “o valor financeiro resultante dos
descontos estabelecido nesta Resolução, configura direito da concessionária a ser compensado no
primeiro reajuste ou revisão tarifária após a correspondente apuração”.
Composição:
2006 2005
15
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Movimentação:
2006 2005
16
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
Subvenção à Baixa Renda - Tarifa Social: o Governo Federal, por meio da Lei nº 10.438, de
26 de abril de 2002, determinou a aplicação da tarifa social de baixa renda, o que causou
uma redução na receita operacional das controladas, que foram compensadas por meio do
Decreto Presidencial nº 4.538, de 23 de dezembro de 2002, em que foram definidas as
fontes para concessão e subvenção econômica com a finalidade de contribuir para a
modicidade da tarifa de fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais integrantes
da subclasse residencial baixa renda, com consumo mensal inferior a 80 KWh ou com
consumo entre 80 e 220 KWh, neste último caso desde que atendam a alguns critérios,
conforme estabelecido no artigo 5º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002.
(a) No exercício de 2006, em todas as controladas foram efetuadas revisões dos critérios de cálculo da redução
da receita, conforme a Resolução ANEEL 089/2004, o que resultou em um efeito líquido de aumento no saldo
contábil da conta “Redução de receita - baixa renda” no valor de R$1.050.
17
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(a) A parcela referente a esse período foi incluída na Recomposição Tarifária Extraordinária (vide nota
explicativa nº 37).
(b) Conforme determina a Portaria Interministerial nº 116, de 4 de abril de 2003, as compensações de variação
de custos da Parcela A - CVA deverão ser compensadas nas tarifas de fornecimento de energia elétrica nos
reajustes tarifários anuais que ocorrerem nas suas controladas.
18
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(c) Refere-se ao impacto financeiro decorrentes da majoração de alíquotas ocorridas a partir de dezembro de
2002 para o PIS e fevereiro de 2004 para a Cofins sem cobertura tarifária, que estão sendo incorporadas à
tarifa nos reajustes anuais de suas controladas.
As diferenças entre o impacto apurado pelas companhias e o valor já repassado à tarifa serão
implementadas pela ANEEL no próximo reajuste tarifário anual.
(d) Nos reajustes tarifários anuais a serem homologados para os anos de 2005 a 2007, serão acrescidos à
Parcela B de cada ano, parcelas anuais no valor de R$ 25.156, cujas parcelas serão atualizadas por ocasião
dos reajustes anuais.
O Decreto nº. 5.163, de 30 de julho de 2004, em seu art. 38, determina que no repasse dos
custos de aquisição de energia elétrica às tarifas dos consumidores finais, a ANEEL deverá
considerar até cento e três por cento do montante total de energia elétrica contratada em
relação à carga anual de fornecimento do agente de distribuição.
A definição dos critérios para o repasse desse custo de sobrecontratação de energia é objeto
da Audiência Pública 002/2006, instituída em 22 de fevereiro de 2006 e ainda em
andamento. A companhia registrou no exercício o valor de R$ 368 conforme planilha de
cálculo do mercado. As Controladas registraram no exercício de 2006 o valor de R$ 368
conforme relatório de cálculo do mercado.
PROINFA:
A Lei nº 10.438/2002, art. 3º, instituiu o PROINFA, com o objetivo de aumentar a participação
da energia elétrica produzida por empreendimentos de Produtores Independentes
Autônomos, concebidos com base em fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e
biomassa, no Sistema Elétrico Interligado Nacional - SIN.
19
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
2006 2005 2006 2005
Ativo circulante
Itamarati Norte S.A. Agropecuária (b) 5.734 - 5.734 -
Outros títulos a receber - - 30.863 13.719
(a) Refere-se ao valor de créditos de terceiros adquiridos nos exercícios de 2003 e 2004, com a finalidade de
compensação com tributos e contribuições federais. Trata-se de créditos de origem em ação indenizatória
com julgamento favorável e transitado em julgado, ora em fase de liquidação judicial, que condenou a União
Federal ao pagamento de danos causados aos antigos detentores desses créditos, bem como de “Cautelas
de Obrigações” emitidas pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS. Com a adesão da
Companhia ao Parcelamento Excepcional - PAEX, nos termos da Medida Provisória nº 303/2006, em 15 de
setembro de 2006, a Companhia desistiu da compensação tributária de referidos créditos e pretende obter
judicialmente sua satisfação.
O deságio verificado à época das aquisições desses créditos pela Companhia, deverá ser refletido ao
resultado no momento em que houver a satisfação dos créditos, como resultado dos procedimentos
judiciais.
(b) Refere-se aos créditos recebidos da Denerge Desenvolvimento Energético S.A. (vide nota explicativa nº. 14
item b)
20
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Consolidado
21
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia
2006 2005
Transações:
Receitas financeiras 47.026 13.663
Despesas financeiras 96.617 90.261
SALDOS ATIVOS:
Circulante
Dividendos
Cia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins 2.692 1.142
Empresa Elétrica Bragantiina S.A. - 4.078
Cia Nacional de Energia Elétrica 4.590 9.326
Cia Força e Luz do Oeste 2.125 3.942
Centrais Elétricas do Pará S.A - Celpa 603 297
Rede Lajeado Energia S.A. 8.573 1.944
Quatiara Energia S.A. - 28
Tangará Energia S.A. 1.911 -
Rede Comercializadora de Energia S.A. 14.683 -
Rede Power do Brasil S.A. 151.866 -
Rede Eletricidade e Serviços S.A. 320
187.363 20.757
22
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia
2006 2005
SALDOS ATIVOS:
Não Circulante
Outros contratos
Cia Geral 324 -
Adiantamento 2 2
326 2
TOTAL 564.141 2
23
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia
2006 2005
SALDOS PASSIVOS:
Não Circulante
Não Circulante
Adiantamentos 521 -
24
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Consolidado
2006 2005
SALDOS ATIVOS:
Não Circulante
Adiantamento
Cia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins 5 5
Outros 334 10
339 15
Dividendos
Rede Eletricidade e Serviços S.A. - 303
25
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Consolidado
2006 2005
SALDOS PASSIVOS:
Circulante
Fornecedores (a)
Rede Comercializadora de Energia S.A. - 7.710
Não Circulante
No curso normal de nossos negócios, nossas empresas compram e vendem energia entre si nos termos de
CCVE - Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica e CCEAR - Contratos de Comercialização no
Ambiente Regulado. Algumas de nossas geradoras também celebraram CCD - Contratos de Conexão ao
Sistema de Distribuição e CUSD Contratos de Uso do Sistema de Distribuição para conexão e uso do
sistema de distribuição de nossas distribuidoras.
26
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Como parte do processo de reorganização societária a Rede Empresas, através de instrumento particular de
assunção de dívidas, cessão de créditos e outras avenças de 31 de Março de 2006, assumiu as dívidas e os
créditos a receber perante terceiros, empresas controladas e instituição financeira existentes nas empresas
controladoras EEVP e Denerge conforme segue:
Outros Contratos
Enermat - Assunção dívida Cemat - 33.702
Empresa de Distr. de Energia Vale Paranapanema - Desverticalização 11.646 -
11.646 33.702
27
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Contrato de mútuo
QMRA Participações S.A. - 69.312
Cia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins - 8.688
Centrais Elétricas do Para S.A. - Celpa - 42.391
Rede Empresas de Energia Elétrica - 107.113
- 227.504
Outros Contratos
Cia Geral - 311
Vale Energética S.A. - 95
Itamarati Norte S.A. - Agropecuária - 60.868
- 61.274
Dividendos
Rede Comercializadora de Energia S.A. - 13.293
Rede Eletricidade e Serviços S.A. - 1.689
- 14.982
O saldo apurado neste contrato deverá ser quitado no prazo máximo de até dez anos, devidamente
atualizado pelo CDI acrescido de juros 2% a.a., vencendo em 31 de dezembro de 2016.
28
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Refere-se a contratos firmados entre a Caiuá, Celpa, Celtins, Qmra e a Controladora Indireta - Denerge, em
condições de comutatividade, em função de assunção de dívidas perante ao BNDES nas seguintes
condições:
Essa repactuação foi aprovada pela ANEEL por meio dos Oficios nº 2230, 2231 e 2232/2003-SFF/ANEEL,
de 26/12/2003.
Em março de 2006, através de instrumento particular de cessão de créditos e assunção de dívidas entre a
Rede Empresas e a Denerge, a Rede Empresas assumio os créditos do contrato de mútuo com a Celpa,
Qmra e Celtins.
Em dezembro de 2006 estes contratos foram repactuados adotando-se as mesmas condições desta
renegociação dos contratos junto ao BNDES.
Forma de Pagamento:
Refere-se à movimentação financeira efetuada entre as empresas do Grupo Rede com prazo de vencimento
de 24 meses, nos termos de contratos de mútuo na modalidade de conta corrente, podendo ser prorrogado
por iguais e sucessivos períodos.
Refere-se a consolidação e repactuação dos saldos dos contratos denominados “Conta Corrente até
31/8/2004” que seriam pagos em 120 meses com carência de 18 meses e remunerados a taxa de 100%
CDI; do contrato denominado “Conta Corrente após 01/09/04” que permitia a movimentação financeira entre
empresas do grupo com remuneração de CDI mais 2% de juros a.a., com prazo de vencimento de 24 meses
e ainda os saldos dos referidos contratos assumidos através de assunção de dívidas e cessão de créditos
das controladoras Denerge Desenvolvimento Energético S.A. e Empresa de Eletricidade Vale
Paranapanema S.A. detalhados no item “b” desta nota, repactuados nas seguintes condições:
x Carência de 24 meses
x Prazo 86 meses
Esta repactuação foi aprovada pela ANEEL por meio do despacho nº 181 da Superintendencia de
Fiscalização Econômica e Financeira de 29/01/2007.
Como parte do processo de reorganização societária a Rede Empresas adquiriu e alienou participações
societárias através de instrumentos particulares de venda e compra de ações conforme abaixo:
Alienação:
Rede Peixe Energia S.A. - 60 parcelas mensais e sucessivas com carência de três anos vencendo a 1ª
parcela em 03/04/09 acrescidas de 100% do CDI mais 2% a.a.
Aquisição:
Rede Comercializadora de Energia S.A e Rede Eletricidade e Serviços S.A - Entrada em 3 parcelas
anuais com vencimentos e 30/6/06; 30/6/07 e 30/6/08 e mais 84 parcelas mensais vencendo a 1ª em
30/7/08 todas acrescidas de 100% CDI mais 2% a.a.
Aquisição:
Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. - Entrada em 3 parcelas anuais com
vencimentos e 30/6/06; 30/6/07 e 30/6/08 e mais 84 parcelas mensais vencendo a 1ª em 30/7/08 todas
acrescidas de 100% CDI mais 2% a.a.
Compartilhamento de Infra-Estrutura
Os custos referentes ao escritório são suportados pela controlada EDEVP e repassados para
as demais empresas pelo critério de proporcionalidade estabelecido no referido contrato.
30
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Acordo de cooperação para gestão de pessoal para utilização recíproca dos recursos
humanos nas atividades comuns de gerência e direção firmado em 31.08.2006, pelo prazo
de 24 meses, entre as empresas, Caiuá Distribuidora, EDEVP, EEB, CNEE, CELPA,
CEMAT, CFLO, CELTINS e Rede Comercializadora. aprovado conforme Ofício nº 2.207
SFF/ANEEL de 26 de Setembro de 2006 e publicado no DOU de 27 de Setembro de 2006.
O imposto de renda e a contribuição social são calculados com base nas alíquotas vigentes
nas datas dos balanços. Os impostos diferidos relativos às diferenças temporárias, prejuízos
fiscais e base negativa da contribuição social são registrados em contas patrimoniais.
31
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia
Imposto de Contribuição
renda social Total
2006 2005
Composição da despesa com impostos:
32
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Consolidado
Imposto de Contribuição
renda social Total
2006 2005
Composição da despesa com impostos:
33
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Para fins do impairment test anual dos créditos tributários diferidos, a Companhia e
Controladas contrataram empresa a especializada Moore Stephens Lima Lucchesi Auditores
Independentes. Essa empresa elaborou estudos dos lucros tributáveis futuros da Companhia
e Controladas, os quais serviram de base para os impairment test realizado no exercício de
2006. Conforme requerido pela Deliberação CVM nº273/98 e Instrução CVM nº 371/02, os
estudos preparados por área especializada da referida empresa foram submetidos à
apreciação dos Conselhos de Administração e Fiscal da Companhia e Controladas e
devidamente aprovados. Com base nos estudos realizados para o exercício de 2006, a
estimativa de realização dos créditos tributários está detalhada a seguir:
Consolidado
2007 53.529
2008 52.736
2009 81.924
2010 88.771
2011 72.064
de 2012 a 2013 148.565
de 2014 a 2015 81.421
579.010
34
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
16. INVESTIMENTOS
Companhia Consolidado
2006 2005 2006 2005
Participações em controladas:
Empresa Elétrica Bragantina S.A. 118.193 122.485 - -
Companhia Nacional de Energia Elétrica 104.154 107.782 - -
Companhia de Energia Elétrica do Estado do
Tocantins - CELTINS 284.225 258.510 - -
Companhia Força e Luz do Oeste 28.964 29.701 - -
Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. -
CEMAT 533.632 481.374 (a) (e) 129.262 132.255
QMRA Participações S.A. 125.686 156.317 (b) (e) 158.452 162.748
Centrais Elétricas do Pará S.A. - CELPA 115.387 109.026 - -
Rede Lajeado Energia S.A. 236.276 161.055 - -
Tangará Energia S.A. 61.404 71.818 - -
Rede Peixe Energia S.A. - 10.947 (g) - -
Quatiara Energia S.A. - 12.173 (h) - -
Rede Power do Brasil S.A. 587 17.331 - -
Caiuá Distribuição de Energia S.A. 98.451 105.123 - -
Empresa de Distribuição de Energia Vale
Paranapanema S.A. 124.546 (c) (g) 9.945 -
Rede Comercializadora de Energia S.A. 40.938 (d) (g) 40.341 -
Rede de Eletricidade e Serviço S.A. 19.138 (d) (g) 19.016 -
1.891.581 1.643.642 357.016 295.003
Participações em coligadas:
Investco S.A. - - (f) 761.705 741.804
(a) Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - Cemat. No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, foi
amortizado o montante de R$2.994 (R$ 2.993 em 2005). A amortização do ágio é registrada pelo prazo de
concessão, utilizando o método não linear (até 2026).
(b) QMRA Participações S.A.: esse valor refere-se ao ágio na aquisição da controlada indireta Centrais Elétricas
do Pará S.A. - Celpa. No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, foi amortizado o montante de R$
4.296 (R$4.041 em 2005). A amortização do ágio é registrada pelo prazo de concessão, utilizando o método
não linear (até 2028).
(c) Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A., a amortização do ágio é registrada pelo
prazo de concessão utlizando o método não linear (até 2015).
(d) Rede Comercializadora de Energia S.A. e Rede Eletricidade e Serviços S.A., a amortização do ágio é
registrado pelo método linear pelo prazo máximo de 10 anos por não se tratar de concessão de serviço
público em consonância com a legislação vigente.
35
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(e) Os ágios estão fundamentados como rentabilidade futura dessas controladas. Estudos realizados por
empresas especializadas acerca de suas recuperações ao longo do período de concessão concluíram que
as “curvas” de amortização dos ágios adotadas estão adequadas, significando que, para cada parcela de
ágio amortizado, haverá uma adequada contraposição com os resultados positivos obtidos pelas
Controladas.
(f) A Investco exerce a atividade de geração de energia elétrica por meio da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo
Magalhães, composta por cinco turbinas, com potência total instalada de 902,5 MW.
A energia elétrica produzida por essa usina está sendo utilizada ou comercializada na condição de “produtor
independente”, nos termos do contrato de concessão, pelas concessionárias CEB Lajeado Energia S.A.,
EDP Lajeado Energia S.A., Paulista Lajeado Energia S.A. e pela controlada Rede Lajeado Energia S.A.
(g) Aquisições e alienações de participação decorrente da reestruturação societária adotada pela Companhia no
processo de desverticalização. Vide nota explicativa nº. 14 item “f”
(h) Alienação da participação da Quatiara Energia S.A. para a Enel Brasil Participações Ltda. em 6 de outubro
de 2006.
Companhia Consolidado
2006 2005 2006 2005
Controlada:
Empresa Elétrica Bragantina S.A. (4.292) 1.768
Companhia Nacional de Energia Elétrica 960 7.796
Companhia Força e Luz do Oeste 1.387 3.819
CELTINS 28.722 9.022 7.893 (a)
Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - CEMAT 55.250 45.758 24.175 (a)
QMRA Participações S.A. (30.631) 29.407
Centrais Elétricas do Pará S.A. - CELPA 6.963 5.660
Rede Lajeado Energia S.A. 85.312 15.582 152.062 (b)
Tangará Energia S.A. (7.429) 7.458
Rede Peixe Energia S.A. (147) (1.574)
Quatiara Energia S.A. 20 30
Rede Power do Brasil S.A. 151.866 16.168
Caiuá Distribuição de Energia S.A. (6.650) (6.166)
Emp. de Distrib. de Energia Vale Paranapanema S.A. 6.050 -
Rede Comercializadora de Energia S.A. 9.559 -
Rede de Eletricidade e Serviço S.A. 49 - 2.111
Outras 4.248 7.674
Subtotal 296.989 134.728 188.378 9.785
(a) Lucro apurado na venda das geradoras, de propriedades destas controladas, para a Tocantins Energia S/A e
Rede Power do Brasil S/A em 1995, realizado em outubro de 2006 pela alienação das respectivas geradoras
à ENEL Brasil Participações Ltda.
36
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(b) Valor representado pelo ganho líquido da Companhia e suas controladas Rede Power do Brasil S/A e
Tocantins Energia S/A de R$ 74.464, R$ 44.834 e R$ 32.764, respectivamente, apurado na alienação de
10.000 partes beneficiárias, pelo valor de R$ 266.798, adquiridas pela Centrais Elétricas Brasileiras -
ELETROBRÁS, conforme AGE de 15 de fevereiro de 2006. Valores ajustados direto ao patrimônio.
Quantidade de ações do capital social 1.172.355 1.172.355 2.365.176 2.365.176 346.455.428 346.455.428
Quantidade de ações possuídas 1.072.117 1.072.117 2.334.173 2.334.173 338.492.582 338.492.582
Percentual de participação direta 91,45% 91,45% 98,69% 98,69% 97,70% 97,70%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
Valor do capital social 40.948 40.948 28.000 28.000 11.500 11.500
Valor do patrimônio líquido ajustado 129.243 133.936 105.537 109.212 29.646 30.400
Resultado do exercício (4.693) 4.411 934 11.714 1.421 4.410
Valor do investimento 118.193 122.485 104.154 107.782 28.964 29.701
Resultado da equivalência patrimonial (4.292) 1.768 960 7.796 1.387 3.819
Quantidade de ações do capital social 378.733.957 378.733.957 105.534.853 105.534.853 225.265.000 225.265.000
Quantidade de ações possuídas 192.631.908 192.631.908 39.622.185 39.622.185 146.422.247 146.422.247
Percentual de participação direta 50,86% 50,86% 37,54% 37,54% 65,00% 65,00%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
Valor do capital social 189.367 189.367 589.891 589.891 225.265 225.265
Valor do patrimônio líquido ajustado 558.839 523.796 884.887 802.108 193.362 240.487
Resultado do exercício 40.340 44.295 82.779 186.801 (47.125) 45.242
Lucro realizado (não realizado) 7.893 (7.893) 24.175 (24.175) - -
Valor do investimento 284.225 258.510 332.187 276.936 125.686 156.317
Adiantamento para aumento de capital - - 72.183 72.183 - -
Ágio a amortizar - - 129.262 132.255 - -
Total do investimento 284.225 258.510 533.632 481.374 125.686 156.317
Resultado da equivalência patrimonial 28.722 9.022 55.250 45.758 (30.631) 29.407
Quantidade de ações do capital social 63.850.937.020 63.850.937.020 132.793.454 79.583.117 78.271.000 78.271.000
Quantidade de ações possuídas 6.452.992.384 6.452.992.384 39.350.358 39.350.358 48.270.992 48.270.992
Percentual de participação direta 10,11% 10,11% 29,63% 49,45% 67,32% 61,67%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
Valor do capital social 518.932 518.932 513.810 296.622 78.271 78.271
Valor do patrimônio líquido ajustado 1.281.227 1.222.976 797.421 575.933 89.397 114.470
Resultado do exercício 64.359 98.372 35.970 32.415 (1.167) 12.093
Valor do investimento 129.532 123.171 236.276 161.055 60.180 70.594
Adiantamento para aumento de capital - - 1.224 1.224
Deságio (14.145) (14.145) - - - -
Total do investimento 115.387 109.026 236.276 161.055 61.404 71.818
Resultado da equivalência patrimonial 6.963 5.660 85.312 15.582 (7.429) 7.458
37
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
17. IMOBILIZADO
2006 2005
5.694.512 5.267.526
4.519.957 4.397.005
38
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Taxas anuais
Médias de Depreciação
depreciação(*) Custo acumulada 2006 2005
%
Geração:
Custo 3,78 313.613 (72.624) 240.989 431.636
Transmissão:
Custo 3,74 8.556 (2.113) 6.443 6.764
Correção monetária especial 3,58 (22) 12 (10) (12)
Reavaliação 4,49 8.994 (633) 8.361 8.764
Distribuição:
Custo 3,48 3.563.937 (1.218.773) 2.345.164 1.797.677
Correção monetária especial 2,9 75.986 (61.457) 14.529 12.830
Reavaliação 5,74 2.248.486 (213.972) 2.034.514 2.038.086
Comercialização:
Custo 6,96 21.235 (10.923) 10.312 10.322
Correção monetária especial 0,62 555 (519) 36 23
Reavaliação 2,69 21.209 (1.164) 20.045 18.992
Administração:
Custo 6,65 90.232 (52.099) 38.133 42.359
Correção monetária especial 0,41 2.544 (2.367) 177 145
Reavaliação 5,01 57.286 (6.007) 51.279 58.580
Imobilizado em curso:
Geração 49.448 - 49.448 49.434
Distribuição 817.976 - 817.976 663.242
Comercialização 2.263 - 2.263 277
Administração 12.496 - 12.496 7.241
(*) A taxa média é calculada considerando a despesa de depreciação do exercício dividida pelo saldo médio anual
do imobilizado.
39
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Administração
Distribuição central
40
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Total
Atividade não
Geração Distribuição Comercialização vinculadas 2006 2005
41
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
A partir de 1º de janeiro de 1996, essas obrigações não estão sendo mais atualizadas pelos
efeitos da inflação, tendo a seguinte composição em 31 de dezembro:
2006 2005
1.174.555 870.521
Reavaliação
42
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Universalização
A ANEEL, por meio da Resolução nº 223, de 29 de abril de 2003, alterado pela Resolução nº
52 de 25 de março de 2004, estabeleceu as condições gerais para a elaboração dos Planos
de Universalização de Energia Elétrica, visando ao atendimento de novas unidades
consumidoras, ou aumento de carga, regulamentando o disposto nos artigos 14 e 15 da Lei
nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e fixou as responsabilidades das concessionárias e
permissionárias de serviço público e distribuição de energia elétrica.
43
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
18. INTANGÍVEL
2006 2005
28.694 24.053
44
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Depreciação
Custo acumulada 2006 2005
INTANGÍVEL EM SERVIÇO:
Geração:
Servidões 57 - 57 -
Software 134 - 134 -
Distribuição:
Servidões 10.938 (45) 10.893 10.064
Software 8.719 (4.045) 4.674 3.235
Direito Uso Linha Telefonica - - - 4
Comercialização:
Servidões 191 (69) 122 -
Software 5.912 (4.632) 1.280 179
Direito Uso Linha Telefonica - - - 86
Administração:
Servidões 18 - 18 2
Software 5.612 (4.539) 1.073 2.460
Direito Uso Linha Telefonica - - - 32
Subtotal 31.581 (13.330) 18.251 16.062
INTANGÍVEL EM CURSO
Geração
Software 22 - 22 -
Distribuição
Servidões 2.162 2.162 1.068
Software 551 551 1.965
Comercialização
Software 5.554 5.554 352
Administração
Software 2.154 2.154 4.606
Direitos de Uso são licenças de direito de propriedade intelectual, constituídos por gastos
realizados com a aquisição das licenças e demais gastos com serviços complementares à
utilização produtiva de softwares.
45
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
19. FORNECEDORES
Companhia Consolidado
2006 2005 2006 2005
CIRCULANTE
Suprimento de energia elétrica:
Arapucel Indiavaí - - 323 2.157
Arapucel Ombreiras S.A. - - 129 1.974
Araputanga - - 483 2.257
Cemig - - 3.690 173
Cia de Geração de Energ Elétrica Tiete - - 16.902 19.058
CHESF - - 12.807 8.272
Companhia Energética de São Paulo - Cesp - - 10.696 4.684
Copel Distribuição S.A. - - 2.260 2.090
Copel Geração S.A. - - 5.359 3.446
Duke Energy - - 962 2.623
Eletram - - 932 916
Eletrobrás - - 13.724 8.511
Eletronorte - - 4.649 16.129
Furnas - - 23.769 16.994
Global Energia Elétrica - - 926 930
Guarantã Energética - - 958 578
Itamarati Norte - - 6.264 4.039
Rede Comercializadora Energia S.A. - - 505 7.710
Rosal Energia S.A. - - 2.728 2.375
Apiacas Energia S.A. - - 2.811 -
Enerpeixe Energia S.A. - - 1.650 -
Rio do Sangue Energia S.A. - - 1.735 -
Socibe Energia S.A. - - 2.473 -
Isamu Ikeda Energia S.A. - - 3.361 -
Primavera Energia S.A. - - 1.533 -
Outras - - 12.788 4.186
Parcelamentos:
Eletronorte (a) - - 27.068 46.459
Eletrobrás - - 834 2.967
Furnas (b) - - 62.938 53.934
- - 225.257 212.462
46
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
2006 2005 2006 2005
CIRCULANTE:
NÃO CIRCULANTE:
- - 62.508 118.583
(a) Refere-se a débitos de faturas de suprimento de energia elétrica renegociadas em 24 parcelas mensais e
sucessivas vencendo a 1ª em 30/7/2005 e a última 30/6/07, corrigidas monetáriamente pelo IGP-M
acrescidas de juros de 12% a.a.
47
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(b) Parcelamento referente a fornecimento de energia elétrica, contrato assinado em 15/8/2002, a forma de
amortização ocorre pela dação de energia elétrica, com um período de amortização previsto para, no
mínimo, 53 parcelas, podendo ser prorrogado independentemente da anuência das partes. Conforme consta
na cláusula 5ª do contrato, a taxa de juros é de 12,68% a.a., mais a variação do IGP-M.
Parcelamento de tributos:
Paes (b) 83 2.817 444 32.026
Paex (f) 64 - 38.898 -
48
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Parcelamento de tributos:
Refis (a) - 20.655 -
Paes (b) 235 32.801 1.066 235.591
ICMS (d) 5.941 59.834 15.493 103.249
Paex (f) 90.184 - 1.044.678 -
Outros 160 - 639 -
(a) Refere-se a consolidação de débitos tributários relativos ao Programa de Recuperação Fiscal - Refis, sobre
os quais incidem juros mensais equivalentes a variação da Taxa de Juros a Longo Prazo - TJLP.
(b) Refere-se a consolidação de débitos tributários com vencimentos até 28/02/2003, no Parcelamento Especial
- PAES, sobre os quais incidem juros mensais equivalentes a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo -
TJLP. Em 11 de setembro de 2006, a Companhia e suas controladas formalizaram suas exclusões no
Parcelamento Especial - PAES, para refinanciamento da dívida fiscal nos moldes do art. 1º. da MP 303, de
29 de junho de 2006, permanecendo o parcelamento referente ao INSS.
(c) Os valores no Não Circulante referem-se a impostos e contribuições compensados nos exercícios de 2003 e
2004. Os consultores jurídicos da Companhia, formalizaram a desistência dos processos administrativos e
judiciais vinculados às compensações para consolidação dos respectivos débitos nos parcelamentos de que
tratam os art. 1º. e 8º. da MP 303/2006.
(d) Parcelamento concedidos às Controladas, Empresa Elétrica Bragantina S.A. e Companhia Força e Luz do
Oeste, cedidos pela Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais e Secretaria de Estado da Fazenda
do Estado do Paraná, respectivamente. Esses parcelamentos estão compostos por 36 e 60 parcelas
mensais e sucessivas, com vencimento da última parcela ocorrendo em março de 2009. As taxas de juros
incidentes sobre os contratos são Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Selic - Sistema Especial de
Liquidação e Custódia.
49
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(e) Tributos transferidos para a Caiuá - Distribuição de Energia S.A., responsável solidária, em atendimento ao
processo de desverticalização (vide nota explicativa nº 2).
a. Composição:
Companhia
2006 2005
Principal Principal
Encargos Não Encargos Não
da Dívida Circulante Circulante da Dívida Circulante Circulante
Moeda nacional:
BNDES 2.193 69.375 421.872 829 31.883 46.646
Enermat 5.114 2.148 21.785
Capital de giro 8.778 87.973 101.490 23 11.217 65.544
Consolidado
2006 2005
Principal Principal
Encargos Não Encargos Não
da Dívida Circulante Circulante da Dívida Circulante Circulante
Moeda nacional:
BNDES 2.443 96.213 448.710 7.145 155.931 177.763
Eletrobrás 1.428 33.725 279.498 768 21.442 219.237
Enermat 5.114 2.148 21.785 - - -
Finame 6 748 561 9 810 1.282
FDE 37 2.261 7.868 - 1.431 9.153
FIDC 1.216 22.938 87.162 - - -
Capital de giro 42.648 421.187 390.498 6.631 384.711 240.454
Moeda estrangeira:
Notes Units 7.900 - 213.800 - - -
BID 4.704 - 383.771 - - -
Capital de Giro - - - - 50.000 -
Tesouro Nacional 2.110 11.153 133.116 2.213 19.145 157.947
50
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia
Moeda Nacional
2006 2005
Consolidado:
Moeda Nacional
Moeda Nacional Moeda Estrangeira 2006 2005
A partir de 2007 368.796
2008 604.436 11.153 615.589 116.073
2009 171.759 47.654 219.413 53.363
2010 123.698 157.771 281.469 49.693
2011 82.950 161.119 244.069 43.541
2012 77.466 141.177 218.643 40.161
2013 56.454 50.224 106.678 21.840
2014 42.887 52.539 95.426 12.971
2015 39.083 27.005 66.088 5.593
2016 29.464 29.464 3.689
2017 6.177 6.177
Após 2017 1.708 82.045 83.753 90.116
51
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia R$ % R$ %
Moeda Nacional:
URTJLP 493.440 68,46 79.358 50,82
Pré-fixado 757 0,11
IGP-M 29.047 4,03
Selic
CDI 197.484 27,40 76.784 49,18
Total 720.728 100,00 156.142 100,00
R$ % R$ %
Moeda estrangeira:
Dólar norte-americano 756.554 100,00 224.436 97,88
Euro 4.869 2,12
Moeda Nacional:
URTJLP 548.681 29,37 223.624 18,23
Ufir 215.468 11,53 195.668 15,95
CDI 962.621 51,53 524.390 42,75
IGP-M 29.228 1,57 377 0,03
TJLP 10.166 0,54 89.942 7,33
Finel 6.403 0,34 7.876 0,64
Selic 125.158 10,20
Préfixado 95.627 5,12 59.732 4,87
Outros
52
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Moeda/indexador Variação %
2006 2005
Companhia
Moeda nacional
2. Capital de giro- diversos - As taxas de juros variam de CDI mais 0,30% a.a. à CDI
mais 8,73% a.a. , e data do último vencimento ocorrerá em setembro/2008.
53
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Consolidado
Moeda nacional
Prazos de amortização:
54
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
a. Programas Luz no Campo e Luz para Todos, nas controladas Celpa, Cemat e
Celtins, nos montantes de R$ 105.084, R$ 159.372 e R$ 33.157, em 31 de
dezembro de 2006, respectivamente, todos com prazo de carência de 24 meses
e prazo de amortização em 120 meses acrescidos da taxa de juros de 6% a.a.,
com amortização mensal.
4. Capital de giro:
55
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
b. Capital de giro - Em sua totalidade em moeda nacional, com taxas que variam
CDI mais 0,30% a.a. à CDI mais 8,73% a.a., com data do último vencimento em
outubro de 2009.
56
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Moeda estrangeira
57
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Garantias
58
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Principal
Companhia: Encargos Não
Moeda nacional: da Dívida Circulante Circulante
Saldo em 31 de dezembro de 2005 852 43.100 112.190
Ingressos 59.547 74.163
Encargos 57.944 1.328 7.454
Variações monetárias 240 1.384 5.359
Transferido da Denerge-Assunção de Dívida (a) 6.547 79.188 382.856
Transferido da EEVP-Assunção de Dívida (a) 152 6.450 29.326
Transferido da QMRA-Assunção de Dívida (a) 2.800 97.448
Transferências 9.496 235.004 (244.500)
Renegociação de contrato
com alongamento de prazo (5.261) (173.038) 178.299
Pagamentos (56.685) (190.915)
Saldo em 31 de dezembro de 2006 16.085 159.496 545.147
Principal
Consolidado: Encargos Não
Moeda nacional: da Dívida Circulante Circulante
Saldo em 31 de dezembro de 2005 14.553 564.325 647.889
Ingressos 320.594 744.657
Encargos 206.965 5.246 19.531
Aquisição Controlada -Vale Distribuidora 1.369 44.156 19.567
Aquisição Controlada - Rede Comercializadora 946 8.759 2.099
Variações monetárias 734 2.034 8.251
Transferido da Denerge-Assunção de Dívida (a) 6.547 79.188 382.856
Transferido da EEVP-Assunção de Dívida (a) 152 6.450 29.326
Transferências 30.440 777.064 (807.504)
Renegociação de contrato
com alongamento de prazo (5.261) (184.149) 189.410
Pagamentos (203.553) (1.044.447)
Saldo em 31 de dezembro de 2006 52.892 579.220 1.236.082
Moeda Estrangeira:
Saldo em 31 de dezembro de 2005 2.213 69.145 157.947
Ingressos 607.271
Encargos 45.346
Variações Cambiais 199 (1.136) (23.297)
Transferências 11.234 (11.234)
Pagamentos (33.044) (68.090)
Saldo em 31 de dezembro de 2006 14.714 11.153 730.687
59
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
f. Condições restritivas
22. DEBÊNTURES
a. Composição:
Companhia e Consolidado
2006 2005
Encargos da Dívida Principal
Quantidade
de Títulos Não Não
Debêntures Série Emitidos Remuneração Circulante Circulante Circulante Circulante Total Total
Simples UN 13.253 10% aa 169 25.083 14.632 39.884 63.931
1º Emissão UN 3.734.980 8,5% aa 67 11.124 11.191 21.985
2º Emissão UN 3.734.931 11,5% aa 456 55.616 56.072 55.069
3º Emissão UN 167.000 IGPM + 12,5% aa 13.016 37.745 50.761 97.865
13.708 - 129.568 14.632 157.908 238.850
2006 2005
14.632 153.017
% %
Moeda Nacional:
URTJLP 107.147 67,85 140.985 59,03
IGP-M 50.761 32,15 97.865 40,97
60
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Moeda/indexador Variação %
2006 2005
Moeda nacional
61
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Resgate de debêntures:
62
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Principal
2006 2005
CIRCULANTE:
132.287 82.599
Parcelamento:
Quota de reserva global de reversão - RGR (a) 1.271 3.987
Quota da conta de consumo de combustível - CCC (b) 2.483 7.794
Conta de desenvolvimento energético - CDE (c) 1.038 3.257
4.792 15.038
NÃO CIRCULANTE:
Parcelamento:
Quota de reserva global de reversão - RGR (a) - 909
Quota da conta de consumo de combustível - CCC (b) - 1.776
Conta de desenvolvimento energético - CDE (c) - 743
- 3.428
(a) Parcelamento concedido pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS, para os débitos de Reserva Global de
Reversão - RGR, apurados no período de setembro de 2003 a fevereiro de 2004, no valor de R$9.739, parcelados em 36
parcelas mensais e sucessivas vencendo a primeira em 30 de abril de 2004 e a última em 30 de março de 2007. O
contrato é corrigido pelo IGP-M acumulado mais uma taxa de juros de 1% a.m.
63
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
(b) Parcelamento concedido pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS, para os débitos de Conta de Consumo
de Combustíveis - CCC, apurados no período de junho de 2003 a fevereiro de 2004, no valor de R$19.031, parcelados em
36 parcelas mensais e sucessivas vencendo a primeira em 30 de abril de 2004 e a última em 30 de março de 2007. O
contrato é corrigido pelo IGP-M acumulado mais uma taxa de juros de 1% a.m.
(c) Parcelamento concedido pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS, para os débitos de Cota de
Desenvolvimento Energético - CDE, apurados no período de setembro de 2003 a fevereiro de 2004, no valor de R$7.955,
parcelados em 36 parcelas mensais e sucessivas, vencendo a primeira em 30 de abril de 2004 e a última em 30 de março
de 2007. O contrato é corrigido pelo IGP-M acumulado mais uma taxa de juros de 1% a.m.
* Sistema Tabaporã, aprovado pela resolução 512 de 11.04.2006, num investimento total de
R$ 3.078 e valor sub-rogado de R$ 2.101 recebido integralmente em 2006.
Para o ano de 2007, existe por parte da diretoria corporativa de engenharia, estudos em
andamento de projetos a serem implementados que se enquadrem na sub-rogação da CCC.
64
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Consolidado
2006 2005
Provisão Provisão
Consolidado
Civeis Trabalhistas Fiscais Total
Contingências Passivas:
Possível (c) 20.223 39.359 42.210 101.792
(a) As ações judiciais de natureza cível referem-se, de maneira geral, em sua grande maioria, a discussões sobre o valor de
contas de energia elétrica, em que o consumidor requer a revisão ou o cancelamento da fatura; à cobrança de danos
materiais e morais pelo consumidor decorrentes da suspensão do fornecimento de energia elétrica por falta de
pagamento, por irregularidades nos medidores de energia elétrica, ou decorrentes de variações na tensão elétrica ou de
falta momentânea de energia; bem como ações em que consumidores pretendem devolução de valores, em razão do
aumento das tarifas de energia determinado pelas Portarias 38 e 45/86, do extinto Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica - DNAEE, no período de congelamento de preços do Plano Cruzado.
(b) As ações judiciais de natureza trabalhista referem-se, de maneira geral, a discussões de ex-empregados pretendendo
recebimento de horas-extras, de adicional de periculosidade, de horas de sobreaviso, bem como indenizações por danos
decorrentes de acidente no trabalho, cobrança de multa do FGTS em decorrência da Lei Complementar nº 110/2001, bem
como ações de ex-empregados de prestadores de serviços contratados pelas Companhias reclamando responsabilidade
solidária por verbas rescisórias.
65
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Foram provisionadas as contingências representadas pelas citadas ações judiciais cíveis e trabalhistas com chances
prováveis de perda pelas Companhias, conforme avaliação de seus advogados. De maneira geral, estimamos em cerca
de 2 a 3 anos, em média, o prazo para que referidas ações com chances prováveis de perda tenham julgamento final e
haja o efetivo desembolso pelas Companhias dos valores provisionados, na hipótese de a Companhia ser vencida nas
ações.
(c) As suas controladas também apresentaram os valores de suas contingências passivas cujas chances de êxito são
possíveis. Por entendermos razoáveis as chances de êxito, não houve provisionamento de referidos valores e, caso
referidas contingências venham a representar perda, estimamos em cerca de 3 a 5 anos, em média, o prazo para que
haja o desembolso pelas Companhias.
Dentre os procedimentos de natureza tributária, está em curso na controlada CEMAT processo administrativo decorrente
de Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM nº 16741001600003200516, processo nº 16/06, em trâmite perante a
Agência Fazendária de Cuiabá/MT (OS 5811/06). O auto de infração refere-se a (i) suposto crédito indevido do diferencial
de alíquota de ICMS relativo à aquisição de mercadorias destinadas ao ativo permanente da empresa, (ii) suposto crédito
indevido de ICMS incidente na aquisição de energia elétrica para consumo próprio e (iii) suposto crédito indevido de ICMS
incidente na compra de óleo diesel nas operações beneficiadas por subsídio financeiro. Somente a infração listada no
item (ii) acima tem probabilidade de perda possível, no valor de R$ 9.882. As demais infrações têm probabilidade de
perda remota. Se a Companhia não se sair vencedora nesse processo administrativo, ingressará com ação judicial para
anular referido auto de infração
As Controladas CELTINS e CFLO sofreram autuação pela Secretaria da Receita Federal, com a aplicação de multa
isolada por alegada compensação de tributos de forma não autorizada pela legislação. Foi apresentada impugnação e
recurso que aguardam julgamento na esfera administrativa e que estimamos tenham julgamento em aproximadamente 2
anos. Caso a decisão na esfera administrativa seja desfavorável, a Companhia ingressará com ação judicial visando à
anulação de referida autuação.
A Controlada EEB sofreu autuação pela Secretaria da Receita Federal, em razão de esta considerar não dedutíveis
determinadas despesas financeiras decorrentes de empréstimos tomados. Foi apresentada impugnação que aguarda
julgamento na esfera administrativa. Estima-se em aproximadamente 3 anos a decisão final administrativa. Caso a
decisão na esfera administrativa seja desfavorável, a Controlada ingressará com ação judicial visando à anulação da
autuação.
(d) Em setembro de 2006, a Companhia e suas Controladas aderiram ao Parcelamento Excepcional (PAEX) de tributos e
encargos federais, instituído pela Medida Provisória nº 303/2006, tendo incluído no parcelamento valores de tributos e
encargos federais em discussão administrativa ou judicial com a Secretaria da Receita Federal, em que eram remotas e,
em alguns casos, em que eram possíveis as chances de êxito da Companhia e da suas Controladas, razão pela qual
houve desistência de referidos processos administrativos ou judiciais, permanecendo em curso os processos
administrativos e judiciais em que são prováveis as chances de êxito da Companhia. (vide nota explicativa nº 20)
Em 2007 R$ 39.872, em 2008 R$4 5.901, em 2009 R$ 76.426, em 2010 R$ 52.381, em 2011
R$ 52.381, em 2012 R$ 70.171.
66
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Circulante
2006 2005
Companhia
Entidades Seguradoras 94 2
Iof a reembolsar 6.433 1.793
Swap - Unibanco 1.517 -
Outros - 19
8.044 1.814
(b) Refere-se a recursos das Controladas aplicado até 31 de dezembro de 1971, na expansão do Serviço
Público de Energia Elétrica, nos termos do regulamento da legislação vigente.
(c) Refere-se ao ressarcimento do ICMS de combustíveis por conta da Conta de Consumo de Combustíveis -
CCC às empresas com geração térmica que atuam no sistema isolado, impossibilitadas de compensar
integralmente o ICMS, com débitos apurados na venda de energia elétrica. O artigo 86, da Lei nº 10.833, de
29 de dezembro de 2003, que altera o artigo 8º da Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993, estabeleceu que a
CCC assumisse esse ônus totalmente no ano de 2004 e parcialmente durante os anos de 2005 a 2008. Na
controlada Celpa, o valor é de R$ 51.075 e na Cemat é de R$ 47.421.
(d) Refere-se ao valor devido correspondente a aquisição de créditos registrados no realizável a longo prazo,
cujos contratos estipulam que os pagamentos sejam feitos em 24 e 50 parcelas mensais e sucessivas.
67
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Denerge - Desenvolvimento Energético S.A. 43.614 19,72 13.282 21,05 56.896 20,02
BNDES Participações S.A. - BNDESPAR - 0 45.993 72,88 45.993 16,18
Outros 2.772 1,25 3.834 6,07 6.606 2,32
As ações preferenciais serão inconversíveis em ações ordinárias e não terão direito de voto
nas Assembléias Gerais. Cada ação preferencial fará jus a:
a. Recebimento de dividendos não cumulativos, no mínimo 10% (dez por cento) superiores
aos atribuídos às ações ordinárias.
68
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
4.458 4.458
Comercial, serviços e outras atividades 262.799 244.457 2.625.141 2.464.971 1.104.617 1.023.165
Rural 186.390 134.954 809.552 708.620 195.021 174.502
Poder público 30.831 27.717 726.547 652.945 281.355 247.204
Iluminação pública 1.355 1.201 677.856 623.948 137.699 123.876
Serviço público 3.756 3.283 521.269 476.737 133.725 116.960
Consumo próprio 907 857 45.497 49.071 - -
Fornecimento não faturado - - 35.632 22.173
Receita do uso rede elétrica - - 81.162 41.223
69
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Resolução
Controladas Homologatória Data Tarifa Média
Consolidado
2006 2005
70
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
MWh* MWh* R$ R$
71
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
72
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Despesas Gerais
Despesas com Vendas Administrativa
Companhia Consolidado
73
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
(a) O ganho está representado basicamente pela alienação para a Enel Brasil Participações Ltda., das
participações societárias nas geradoras possuídas pelas Controladas Rede Power do Brasil S.A e Tocantins
Energia S.A. conforme descrito na nota explicativa nº 44.
74
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
A receita das empresas do setor foi recomposta mediante aumentos nas tarifas de energia
de 2,9% para os consumidores residenciais (exceto subclasse residencial baixa renda) e
rural, e 7,9% para as demais classes consumidoras. Além disso, o BNDES aprovou linha de
crédito para o financiamento correspondente a 90% dos valores de recuperação das perdas
decorrentes do Programa de Racionamento. O montante liberado até 31 de dezembro de
2006 é de R$ 175.068 no Consolidado, que será amortizado em 48 (quarenta e oito)
parcelas mensais e sucessivas a partir da data da liberação, corrigido a taxa de 1% (a título
de spread) acima da taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Selic
Os itens constantes do Acordo Geral do setor Elétrico vinham sendo remunerados com base
na variação da taxa Selic divulgada pelo Bacen, acrescida de 1% a.a., exceto para o item
Parcela A, ao qual vinha sendo aplicada apenas a Selic. Em 20 de dezembro de 2005, a
ANEEL, por meio do Ofício Circular nº 2.212, estabeleceu os seguintes procedimentos para
o cálculo da remuneração:
x Para o item Perda de Receita, aplica-se sobre montante financiado pelo BNDES a Selic
pela taxa simples capitalizada mensalmente mais 1% a.a. Sobre os 10% não financiados,
deverá incidir apenas a remuneração pela taxa Selic divulgada pelo Bacen.
x Para o Item Energia Livre, para o caso em que a geradora obteve o financiamento junto
ao BNDES, aplicar a Selic pela taxa simples capitalizada mensalmente mais 1% a.a., e
para as geradoras que não obtiveram o referido financiamento, somente a remuneração
da Selic divulgada pelo Bacen.
x Para o item Parcela A, aplica-se apenas a taxa Selic divulgada pelo Bacen.
75
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Ativo circulante:
Recomposição de receita 8.412 - (16.098) (2.713) 10.399 -
Energia livre 32.714 40 (17.401) (20.480) (3.182) 537 7.881 109
Despesas antecipadas - 43 6.100 (1.058) 2.515 7.600
Passivo circulante:
Energia livre (54.943) (2.046) 20.709 32.600 817 (14.088) (16.951)
Conta de compensação de variação de
custos - Parcela A (196) (2.354) (2.952) (8) (548) (6.058)
De acordo com estudo detalhado preparado pela administração das Companhias, o prazo
determinado pela ANEEL é suficiente para a recuperação desses valores das
empreas(Cemat, Caiua, EDEVP, Celtins, Nacional e Bragantina), sendo que a Celpa devido
alteração na metodologia de amortização o prazo de 52 meses foi insuficiente para
recuperação dos valores de Perda de Receita e Energia Livre. Neste exercício foi constituida
a provisão para perdas na realização destes ativos.
76
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
A ANEEL, por meio das Resoluções Homologatórias 25, 32, 23 e 34, de 31 de janeiro de
2005, homologou o resultado final da primeira revisão tarifária periódica da Caiuá
Distribuição de Energia S.A., Empresa Elétrica Bragantina S.A., Cia. Nacional de Energia
Elétrica e Cia. Força e Luz do Oeste, ocorrida em fevereiro de 2004, fixando o
reposicionamento tarifário em -1,54%, 0,33%, -2,36% e -1,48% respectivamente. O objetivo
do reposicionamento tarifário no processo de revisão tarifária é proporcionar a receita
necessária à cobertura dos custos operacionais e à remuneração dos investimentos. Esse
índice definitivo de reposicionamento das tarifas, com efeito retroativo a 3 de fevereiro de
2004, substitui o reposicionamento fixado, provisioriamente, em 0,47%, 3,76%, -1,43% e
0,83%, respectivamente, por meio das Resoluções Homologatórias 22, 14, 16 e 20, de 2 de
fevereiro de 2004. A diferença entre os reposicionamentos tarifários provisórios de 0,47%,
3,76%, -1,43% e 0,83%, aplicados em 3 de fevereiro de 2004 sobre as tarifas de
fornecimento, e o reposicionamento tarifário definitivo de -1,54%, 0,33%, -2,36% e -1,48%,
foram compensadas financeiramente para os consumidores no reajuste tarifário anual de 3
de fevereiro de 2005, por meio das Resoluções Homologatórias 27, 33, 24 e 35, de 31 de
janeiro de 2005.
Celtins:
77
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Com o objetivo de amenizar o impacto do índice nas tarifas dos consumidores bem como
atender ao princípio da modicidade tarifária e a condição de equilíbrio econômico-financeiro
do contrato de concessão, o acréscimo de receita da Parcela B, resultante do
reposicionamento tarifário de que trata o art. 2º da referida resolução, será aplicado de forma
parcelada, em parcelas anuais, na forma apresentada a seguir:
Nos reajustes tarifários anuais a serem homologados para os anos de 2005 a 2007, serão
acrescidos à Parcela B de cada ano, parcelas anuais no valor de R$ 25.156, cujas parcelas
serão atualizadas por ocasião dos reajustes anuais.
Cemat
78
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Celpa
A Rede Empresas de Energia Elétrica S.A., Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins
- Celtins, Cia. Força e Luz do Oeste, Cia. Nacional de Energia Elétrica, Elucid Partners S.A.,
Elucid Solutions Ltda., Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A., Empresa Elétrica
Bragantina S.A., Caiuá Distribuição de Energia S.A., Rede Comercializadora de Energia
S.A., Rede Power do Brasil S.A. e Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema
S.A. patrocinam em conjunto com seus empregados em atividade, ex-empregados e
respectivos beneficiários, planos de benefícios de aposentadoria e pensão com o objetivo de
complementar e suplementar os benefícios pagos pelo sistema oficial da Previdência Social,
cuja administração é feita por meio da Redeprev - Fundação Rede de Previdência, entidade
fechada de previdência complementar, multipatrocinada, constituída como fundação, sem
fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira.
79
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
a. Número de participantes/beneficiários:
80
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Premissas atuariais
Taxa
Real Nominal
2006 2005
81
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Deliberação Confissãode
CVM371 dívida(*) Total
Controladas
82
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
f. Outras informações
83
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
2006 2006
84
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Companhia Consolidado
2006 2006
85
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Aeronave Cessna
Data set/98
Prazo 10 anos
Vida útil econômica do bem 5 anos
Moeda US$
Valor presente do bem US$15.974 mil
86
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Data nov-03
Prazo 10 anos
Vida útil econômica do bem 5 anos
Moeda US$
Valor presente R$9.353
Risco
Riscos
87
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
As apólices possuem cobertura securitária, mas sem se limitar a riscos, tais como incêndio,
queda de raios e explosão de qualquer natureza, danos elétricos, riscos diversos,
equipamentos eletrônicos e de informática, inundação, quebra de máquinas e outros riscos
da natureza.
Responsabilidade civil geral: cobertura dos danos materiais e corporais causados à terceiros
em decorrência das operações comerciais e industriais.
Transportes: cobertura garantindo os reparos e/ou reposição dos bens de sua propriedade
em decorrência de sinistros ocorridos durante seu transporte terrestre, aéreo e lacustre.
Vida em grupo: cobertura de morte de qualquer tipo, invalidez permanente total ou parcial,
por acidente e invalidez permanente e/ou total por doença ocorridas com empregados.
a. Instrumentos Derivativos
Os valores do principal das operações com derivativos não são registrados no balanço
patrimonial visto que são referentes a operações que não exigem o trânsito de caixa
integral, mas somente dos ganhos ou perdas auferidos ou incorridos.
88
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
89
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Risco de crédito
90
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Risco de preço
Risco de mercado
a. Em 02/10/2006 foi publicada no Diário Oficial da União a Resolução Autorizativa nº. 701
de 27/9/2006 da Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, anuindo com a
transferência do total das ações das concessionárias de geração de energia de
titularidade da Companhia, sua controladora e suas controladas Rede Power do Brasil
S.A. e Tocantins Energia S.A. para a Enel Brasil Participações Ltda.
91
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
Custos Operacionais:
Para este segundo ciclo, o processo de cálculo do Custo Operacional deverá ser
transparente, inclusive com a disponibilização pela ANEEL do Modelo de cálculo e o
Manual de utilização da Empresa de Referência.
As inclusões entre as datas do primeiro ciclo e segundo ciclo de revisão tarifária, desde
que em operação, serão avaliadas de acordo com metodologia definida na Resolução
234/06.
92
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A. e Controladas
O critério proposto altera também no aspecto contábil, para permitir que as Obrigações
Especiais sejam amortizadas às mesmas taxas de depreciação, usando-se uma taxa
média, a partir da revisão tarifária.
* * *
93
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA S.A. E
CONTROLADAS
A BDO International é uma rede mundial de empresas de auditoria denominadas firmas-membro BDO, com presença em 111 países e
626 escritórios. Cada firma-membro é uma entidade juridicamente independente em seu próprio país. A BDO Trevisan é firma-membro
da rede BDO International desde 2004.
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA S.A. E CONTROLADAS
CONTEÚDO
2
QUADRO 1
ATIVO 2007 2006 2007 2006 PASSIVO 2007 2006 2007 2006
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
ATIVO CIRCULANTE Reclassificado Reclassificado PASSIVO CIRCULANTE Reclassificado Reclassificado
Numerário disponível 1.436 1.590 224.051 86.527 Fornecedores (nota 20) 7 411 424.859 380.543
Aplicações no mercado aberto (nota 6) 137.132 1.380 388.258 413.957 Folha de pagamento 12 11 6.609 5.089
Consumidores (nota 7) - - 871.607 797.335 Tributos, contribuições sociais e parcelamentos (nota 21) 8.453 2.580 349.150 295.528
(-)Provisão para créditos de liquidação duvidosa (nota 8) - - (66.599) (58.405) Dividendos propostos - 452 149.114 43.924
Dividendos e juros sobre capital próprio a receber (nota 15) 104.489 195.748 8.069 - Participações nos lucros - - 9.787 5.286
Tributos e contribuições sociais a compensar (nota 9) 12.504 3.390 88.598 147.553 Empréstimos, financiamentos e encargos (nota 22) 32.310 175.581 343.432 657.979
Títulos a receber (nota 13) 5.767 5.734 25.832 36.597 Debêntures e encargos (nota 23) 14.740 143.276 29.661 143.276
Estoque - - 35.239 45.616 Taxas regulamentares (nota 24) - - 136.288 137.079
Serviços em curso 2.091 1.754 50.126 45.058 Indenização Trabalhista - Plano Bresser (nota 26) - - 49.304 39.872
Redução de receita - baixa renda (nota 10) - - 41.042 17.429 Obrigações estimadas - - 31.993 31.088
Aquisição de combustível - conta CCC - - 75.926 20.004 Passivos regulatórios (nota 12) - - 41.378 24.627
Ativos regulatórios (nota 12) - - 96.274 95.673 Tributos a reembolsar 22.535 6.433 - -
Despesas pagas antecipadamente (nota 11) 15.055 51 18.271 2.852 Outros (nota 27) - 1.611 69.987 101.450
Outros (nota 14) 8.821 4.209 77.013 97.997
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 78.057 330.355 1.641.562 1.865.741
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 287.295 213.856 1.933.707 1.748.193
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Exigível a longo prazo
Realizável a longo prazo Fornecedores (nota 20) - - 34.350 62.508
Consumidores (nota 8) - - 316.750 305.062 Tributos, contribuições sociais e parcelamentos (nota 21) 3.625 17.147 968.345 1.050.036
(-)Provisão para créditos de liquidação duvidosa (nota 8) - - - (16.790) Empréstimos, financiamentos e encargos (nota 22) 1.336.654 545.147 3.068.232 1.966.769
Empresas relacionadas (nota 15) 617.291 564.141 264.650 215.711 Debêntures e encargos (nota 23) - 14.632 38.437 14.632
Cauções e depósitos vinculados 25.999 - 61.408 49.326 Empresas relacionadas (nota 15) 566.496 932.469 206.425 191.188
Depósitos judiciais (nota 25) 1.243 - 49.300 33.074 Plano de aposentadoria e pensão (nota 39) - - 15.846 15.721
Impostos e contribuições sociais diferidos (nota 16) - - 565.741 579.010 Indenização Trabalhista - Plano Bresser (nota 26) - - 261.113 297.260
Tributos e contribuições sociais a compensar (nota 9) - - 175.253 87.116 Provisão para passivos contingentes (nota 25) - - 20.406 22.100
Ativos regulatórios (nota 12) - - 136.044 112.443 Encargos tributários sobre reserva de reavaliação (nota 15) 58.880 67.927 604.281 670.449
Despesas pagas antecipadamente (nota 11) 48.072 - 53.877 5.421 Passivos regulatórios (nota 12) - - 92.330 38.599
Títulos a receber (nota 13) 46.825 52.071 394.645 176.838 Outros (nota 27) - - 385.437 206.945
Outros (nota 14) - - 32.311 18.456
Total do exigível a longo prazo 1.965.655 1.577.322 5.695.202 4.536.207
Total do realizável a longo prazo 739.430 616.212 2.049.979 1.565.667
Resultado de exercícios futuros
Ativo permanente Receita recebida antecipadamente - 59.000 - 59.000
Investimentos (nota 17) 1.877.998 1.891.684 766.639 1.135.178 TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.965.655 1.636.322 5.695.202 4.595.207
Imobilizado - líquido (nota 18) 9 - 5.153.437 4.475.613
Intangível - líquido (nota 19) - - 36.157 28.694 PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES - - 1.817.041 1.764.394
Diferido - líquido - - 3.460 5.120
PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RECURSOS DESTINADOS PARA
Total do ativo permanente 1.878.007 1.891.684 5.959.693 5.644.605 AUMENTO DE CAPITAL
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.617.437 2.507.896 8.009.672 7.210.272 Capital social (nota 28) 599.376 538.052 599.376 538.052
Reservas de capital (nota 28) 4.458 4.458 4.458 4.458
Reservas de reavaliação (nota 18) 619.465 687.855 619.465 687.855
Prejuízos acumulados (362.279) (475.290) (436.647) (548.286)
ATIVO TOTAL 2.904.732 2.721.752 9.943.379 8.958.465 PASSIVO TOTAL 2.904.732 2.721.752 9.943.379 8.958.465
Companhia Consolidado
- - 5.179.668 4.775.073
- - (1.879.477) (1.874.194)
- - (1.361.594) (1.116.328)
CUSTO DE OPERAÇÃO
Pessoal - - (138.202) (110.761)
Material - - (31.306) (27.165)
Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica - - (239.950) (231.610)
Serviços de terceiros - - (207.944) (169.499)
Depreciação e amortização - - (307.778) (275.802)
Arrendamento e aluguéis - - (19.068) (92.083)
Subvenção - CCC - - 255.896 251.474
Outras despesas - - (31.458) (17.032)
- - (719.810) (672.478)
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas (nota 32) - (162.606) (145.118)
Despesas gerais e administrativas (nota 32) (6.337) (4.757) (237.131) (321.914)
Outras despesas operacionais (nota 32) 2.640 (72) (25.158) (17.164)
Companhia Consolidado
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras
Despesas financeiras
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 42.432 128.580 358.232 397.246
Lucro líquido por lote de mil ações - R$ 168,81 311,39 168,81 311,39
Total do
Capital Reservas Reservas de Prejuízos patrimônio
social de capital reavaliação acumulados líquido
R$ R$ R$ R$ R$
Companhia Consolidado
Das operações
Dos Acionistas:
Aumento de capital 61.324 - 61.324 -
De outras fontes
Redução do realizável a longo prazo 94.201 4.246 275.387 218.714
Adição (líquida) de mútuos passivos - 286.884 - -
Alienação de bens e direitos do Ativo Permanente - 19.989 12.230 502.741
Aumento do passivo exigível a longo prazo 16.214 241.482 83.480 354.833
Empréstimos, financiamentos e debêntures (nota 22 e 23) 1.385.673 74.163 2.320.049 1.351.928
Assunção de dívidas com controladoras - 412.182 - 412.182
Impostos, contribuições e parcelamentos - - 2.914 154.004
Redução (líquida) de mútuos ativos 21.985 - - -
Obrigações vinculadas à concessão - - 452.077 278.794
Dividendos e Juros sobre o capital próprio 182.961 202.466 - -
Outras 1.542 - - -
APLICAÇÕES DE RECURSOS
Aumento do ativo realizável a longo prazo 168.261 191 406.457 132.460
Adição (líquida) de mútuos ativos - 517.114 18.051 41.624
Em Investimento 93.992 183.991 21.945 78.492
No Imobilizado 9 - 1.048.077 811.901
No diferido - - 3.376 6.520
Aumento do ativo líquido não circulante pelas
aquisições e inserções de controladas - - 72.566 168.801
Redução (líquida) de mútuos passivos 472.949 - 10.985 266.439
Redução do passivo não circulante 579.215 411.741 1.659.882 1.367.100
Cessão de créditos com controladora - 55.541 - 55.541
Variação (líquida) de participação em controlada - - 181.638 183.878
Companhia Consolidado
Companhia Consolidado
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Integralização de capital 61.324 - 61.324 -
Empréstimos com partes relacionadas (450.963) (230.230) (29.036) (308.063)
Novos empréstimos e financiamentos (nota 22) 1.515.058 133.710 2.542.535 1.672.522
Pagamentos de empréstimos e debêntures- principal (nota 22 e 23) (852.338) (264.623) (1.695.721) (1.186.245)
Pagamentos de empréstimos - encargos (nota 22 e 23) (186.088) (94.199) (419.897) (274.111)
Obrigações vinculadas 355.573 278.794
Assunção de dívidas - principal e juros - 604.767 - 504.519
Cessão de créditos - (60.870) - (60.870)
Juros sobre capital próprio e dividendos 182.961 202.466 - -
2 . ( - ) Insumos
4 . RETENÇÕES
2007 % 2006 %
8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Reclassificado
Do Trabalho:
Remunerações 176.255 5,1 151.855 4,4
Encargos Sociais (exceto INSS) 13.123 0,4 13.191 0,4
Entidades de previdência privada 2.961 0,1 5.379 0,2
Indenização s/ o saldo do FGTS 5.333 0,2 4.021 0,1
Programa incentivo à aposentadoria e demissão voluntária 2.011 0,1 1.094 -
Programa de Alimentação ao Trabalhador - PAT 16.855 0,5 15.094 0,4
Convênios assistenciais e outros benefícios 16.222 0,5 16.221 0,5
Diversos 2.662 0,2 1.275 -
Custo dos serviços prestados 2.259 0,1 49 -
Transferências p/ Ordens (28.452) (0,8) (8.240) (0,2)
Do Governo:
Imposto de renda e Contribuição Social 148.522 4,3 193.242 5,6
PIS/COFINS s/ faturamento 541.966 15,8 524.913 15,2
INSS (sobre folha de pagamento) 39.262 1,1 39.339 1,1
ICMS 1.067.846 31,0 993.479 28,8
RGR ( quota p/ reserva global de reversão ) 37.655 1,1 36.908 1,1
CCC - Conta de Consumo de Combustíveis 121.061 3,5 199.976 5,8
CDE - Conta de Desenvolvimento Energético 79.207 2,3 71.513 2,1
Outras obrigações intra-setoriais 34.930 1,0 44.305 1,3
Outros encargos 63.206 1,8 52.434 1,5
Do Capital de Terceiros:
Encargos de dívidas e variações monetárias 428.578 12,5 381.798 11,1
Aluguéis e arrendamentos 117.171 3,4 110.972 3,2
Outras despesas financeiras 313.997 9,1 374.579 10,8
Do Capital Próprio:
Dividendos 152.931 4,3 262.321 7,6
Juros sobre o capital próprio 36.200 1,1 10.372 0,3
Realização de reservas (8.665) (0,3) 54.119 1,5
Lucros retidos 256.216 7,4 83.095 2,4
Prejuízo do Exercício (56.252) (1,6) (56.707) (1,6)
Participação dos minoritários (142.815) (4,2) (124.027) (3,6)
CONSOLIDADO
2007 2006
1. Base de cálculo
% sobre % sobre
R$ FPB RL R$ FPB RL
2. Indicadores sociais internos
% sobre % sobre
R$ RO RL R$ RO RL
3. Indicadores sociais externos
Programas Sociais:
Programa Social de Eletricidade Rural - Luz no Campo - - - 70 0,0 -
Programa Nacional de Universalização - Luz para Todos 501.735 130,8 15,2 514.176 171,3 16,0
Programa Universalização 26.223 6,8 0,8 8.853 2,9 0,3
Outros 6.032 1,6 0,2 1.345 0,4 -
Total de contribuições para a sociedade 550.265 143,5 16,7 531.529 177,2 16,6
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.903.069 495,9 57,7 1.735.448 578,2 54,0
Total Indicadores Sociais Externos 2.453.334 639,4 74,4 2.266.977 755,4 70,6
R$ RO RL R$ RO RL
4. Indicadores ambientais
Relacionamento com a operação da Companhia 322 0,1 0,0 308 0,1 0,0
Total de investimentos relacionados com a prod./operação da Companhia 34.993 9,1 1,0 42.175 14,1 1,3
Total de indicadores ambientais e invest.relac.com a prod./op.da Companhia 35.315 9,2 1,0 42.483 14,2 1,3
A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) Direção ( ) Direção e (X) todos(as) ( ) Direção ( ) Direção e (X) todos(as)
Gerências empregados(as) Gerências empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade ( ) não são (X) são sugeridos ( ) são exigidos ( ) não serão (X) serão sugeridos ( ) serão exigidos
considerados considerados
social e ambiental adotados pela Companhia:
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho ( ) não se envolve (X) apóia ( ) organiza e ( ) não se envolverá (X) apoiará ( ) organizará e
incentiva incentivará
voluntário, a Companhia:
Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na Companhia no Procon na Justiça na Companhia no Procon na Justiça
7.238 1.566 2.040 6.511 1.551 1.960
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na Companhia no Procon _______% na Justiça _______% na Companhia no Procon _______% na Justiça _______%
_______% _______%
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2007: 3.440.245 Em 2006: 3.452.570
Distribuição do Valor Adicionado - DVA: 61,9 % governo 6,4 % colaboradores(as) 0,9 % acionistas 62,5 % governo 5,8 % colaboradores(as) 5,8 % acionistas
25,0 % terceiros 5,8% retido 25,1% terceiros 0,8 % retido
7- Outras informações
a) "Nos dados referentes a reclamações e críticas "Na Companhia", foram considerados aqueles que entraram via ouvidoria e, no percentual de críticas atendidas ou solucionadas, considerou-se aquelas que
foram atendidas e respondidas ao consumidor."
b) Visando aprimorar a qualidade das informações apresentadas no Balanço Social, algumas informações adicionais foram incluídas para aprimoramento deste demonstrativo, assim, quando aplicável, os
valores e dados de 2006 foram reclassificados para melhor comparabilidade, seguindo o padrão do IBASE sugerido pela ANEEL
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Rede Empresas de Energia Elétrica S.A., sociedade de capital aberto, controlada pela
Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A., atua exclusivamente como holding
controladora de participações societárias, tendo como objetivo principal a participação
acionária em empresas controladas e coligadas diretas e indiretas, vinculadas à atividade de
geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, bem como
atividades necessárias ou úteis à consecução do seu objeto social ou com ele relacionadas.
2. DAS CONCESSÕES
Controlada Indireta:
Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa Estado do Pará (PA) 1.247.690 1.498.154 143
Concessão de 25 Usinas
Termelétricas, sendo as mais
Centrais Elétricas representativas, com capacidade
Matogrossenses instalada acima de 5 MW: Vila Rica,
S.A. - Cemat Querência e Nova Monte Verde. 61,95 28,19 10/12/97 10/12/27
Concessão de 16 Usinas
Termelétricas, sendo as mais
representativas, com capacidade
Centrais Elétricas instalada acima de 1 MW: Castelo dos
do Pará S.A. - Sonhos, Novo Progresso e Santana do
Celpa Araguaia. 34,05 15,83 28/07/98 28/07/28
Para a prestação dos serviços objeto das concessões supramencionadas, suas controladas
possuíam, em 31 de dezembro de 2007, um quadro próprio de 5.534 (*) funcionários, 4.472
(*) prestadores de serviços e 227 estagiários.
2
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Deduções da Receita Operacional Bruta
Quota-Conta de Consumo de Combustíveis-CCC (1.735) (199.976)
Quota-Conta de Desenvolvimento Energético-CDE - (71.513)
Outros encargos - (46.098)
Total de deduções da receita operacional (1.558.342) (1.874.194)
Receita Operacional Líquida 3.216.731 2.900.879
Custo do Serviço de Energia Elétrica
Energia elétrica comprada para revenda (897.998) (899.944)
Total do custo do serviço de energia elétrica (1.114.382) (1.116.328)
Custo de Operação
Pessoal (97.282) (110.761)
Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (231.612) (231.610)
Serviços de terceiros (178.241) (169.499)
Outros (25.744) (17.032)
Lucro operacional bruto
Despesas Operacionais
Despesas gerais e administrativas (4.574) (4.757) (317.934) (321.914)
Outras despesas operacionais (75) (72) (334.965) (17.164)
3
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Lei nº 11.638/07
Essa nova Lei representa um grande avanço no processo de harmonização das normas
contábeis brasileiras em relação às normas internacionais de contabilidade (IFRS).
x Os incentivos fiscais não serão mais classificados como reserva de capital, passando a
fazer parte do resultado do exercício.
4
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
5
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Outros direitos e obrigações: demais ativos e passivos circulantes e não circulantes que
estão sujeitos à variação monetária ou cambial por força de legislação ou cláusulas
contratuais, estão atualizados com base nos índices previstos nos respectivos dispositivos,
de forma a refletir os valores na data das demonstrações contábeis.
6
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Informações sobre quantidade de ações e resultado por ação: conforme requerido pelas
práticas contábeis adotadas no Brasil, informações sobre quantidade de ações e resultado
por ações consideram a quantidade histórica de ações efetivamente em circulação na data
do balanço. O prejuízo por ação corresponde à razão entre o prejuízo líquido da Companhia
no exercício e a quantidade de ações em circulação no final deste exercício.
7
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Percentual de Participação %
8
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
CDI - - - 163.979
FAQ DI - - 161 65
7. CONSUMIDORES
Composição:
Consolidado
2007 2006
Consumidores:
Faturados 652.734 585.482
Não faturados 153.082 160.171
805.816 745.653
9
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Saldos Vencidos
Saldos Mais de 90
Classe de consumidores Vincendos Até 90 dias dias Total 2007 2006
Ativo circulante:
Residencial 144.520 98.663 63.191 161.854 306.374 282.739
Industrial 84.633 24.752 41.682 66.434 151.067 141.324
Comércio, serviços e outras atividades 91.556 43.139 34.319 77.458 169.014 161.171
Rural 19.099 8.483 5.983 14.466 33.565 28.214
Poder público:
Federal 3.337 1.988 396 2.384 5.721 8.211
Estadual 9.718 2.485 1.331 3.816 13.534 24.052
Municipal 31.714 12.179 5.270 17.449 49.163 40.549
Iluminação pública 15.843 4.422 1.410 5.832 21.675 22.290
Serviço público 18.077 9.381 7.310 16.691 34.768 33.762
Redução de Tarifa - Irrigação e Aquicultura (b) 5.658 - - - 5.658 3.341
Fornecimento não Faturado Programa Luz p/Todos (c) 15.277 - - - 15.277 -
O saldo da conta de consumidores no consolidado inclui o registro dos valores referentes à comercialização de
energia de curto e longo prazo no montante de R$31.373, com base em cálculos preparados e divulgados pela
CCEE até o mês de dezembro de 2007. De acordo com a Resolução ANEEL nº 552, de 14 de outubro de 2002,
os valores das transações de energia de curto prazo não liquidados nas datas programadas deverão ser
negociados bilateralmente entre os agentes de mercado.
As operações de compra e venda de energia elétrica praticadas no período de setembro de 2000 a dezembro de
2002, após os ajustes divulgados pela CCEE, tiveram seu processo de liquidação concluído em julho de 2003. As
demais operações de compra e venda de energia elétrica praticadas no exercício de 2004 estão sendo liquidadas
mensalmente.
Os valores da energia no curto prazo e da energia livre estão sujeitos à modificação, dependendo de decisão dos
processos judiciais em andamento, movidos por determinadas empresas do setor, relativos à interpretação das
regras do mercado em vigor.
10
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
A Resolução Normativa nº 540, de 1º de outubro de 2002, implementou a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002,
que estendeu os descontos especiais nas tarifas de energia elétrica de irrigantes ao consumo verificado no
horário compreendido entre 21h30 e 6 horas do dia seguinte.
11
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Esse dispositivo legal ampliou o horário, estabelecido na Portaria DNAEE 105, de 3 de abril de 1992, das 23
horas às 5 horas do dia seguinte, em que eram concedidos descontos especiais para consumidores do Grupo A
(alta tensão) e para o Grupo B (baixa tensão).
A Resolução Normativa nº 207, de 9 de janeiro de 2006, que “estabelece os procedimentos para aplicação de
descontos especiais na tarifa de fornecimento relativa ao consumo de energia elétrica da atividade de irrigação e
na aqüicultura”, dispôs no artigo 6º que “o valor financeiro resultante dos descontos estabelecidos nesta
Resolução, configura direito da concessionária a ser compensado no primeiro reajuste ou revisão tarifária após a
correspondente apuração”.
Subsídios a Irrigantes
TOTAL 3.364
12
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Pelas Resoluções Homologatórias, Notas Técnicas e Processos, que homologam as tarifas de fornecimento de
energia elétrica de suas controladas, ficam reconhecidas as despesas realizadas com o Programa Luz para
Todos. A Superintendência de Regulação Econômica - SER, analisou os dados informados pelas
Concessionárias controladas e decidiu considerar neste reajuste o que segue:
TOTAL 40.143
13
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Composição:
Consolidado
2007 2006
(66.599) (58.405)
PDD Longo Prazo
Provisão p/Perda de margem RTE - (16.790)
14
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Movimentação:
2007 2006
15
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
INSS - - 17.550 -
ICMS - - 102.166 87.116
Imposto de renda - - 44.008 -
Contribuição social - - 11.388 -
ICMS demanda - - 141 -
Subvenção à Baixa Renda - Tarifa Social: o Governo Federal, por meio da Lei nº 10.438, de
26 de abril de 2002, determinou a aplicação da tarifa social de baixa renda, o que causou
uma redução na receita operacional das controladas, que foram compensadas por meio do
Decreto Presidencial nº 4.538, de 23 de dezembro de 2002, em que foram definidas as
fontes para concessão e subvenção econômica com a finalidade de contribuir para a
modicidade da tarifa de fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais integrantes
da subclasse residencial baixa renda, com consumo mensal inferior a 80 KWh ou com
consumo entre 80 e 220 KWh, nesse último caso desde que atendam a alguns critérios,
conforme estabelecido no artigo 5º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002.
16
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Saldos
Ativo Circulante
Prêmios de seguros - 59
Encargos financeiros 9.202 -
Gastos com emissão de debêntures 561 -
Gastos com emissão de "Unit Notes" 683 5.362
Gastos com emissão de Bônus Perpétuos 43.431 -
17
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Saldos
A Companhia, por meio das suas controladas, iniciou a compensação dos valores
reconhecidos na “CVA” no período entre fevereiro de 2006 a julho de 2007, denominada
“CVA 2007”.
Os valores que estão sendo compensados por meio da “CVA”, impactam em aumentos, bem
como reduções, que serão percebidos nas tarifas de fornecimento de energia elétrica de
suas controladas no período de fevereiro de 2007 a agosto de 2008, conforme demonstrado
abaixo:
18
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
ATIVO
Conta de Consumo Combustível - CCC 28.218 23.655 (19.743) 1.855 (12.549) - 21.436
Comp. Financ. Utiliz. Recursos Hídricos 27 3 - 2 (30) - 2
Transporte Energia Elétrica Rede Básica 9.708 4.655 (4.827) 601 (6.115) - 4.022
Encargo de Serviços de Sistemas - ESS 4.633 1.478 (943) 214 (4.905) - 477
Repasse de Potência Itaipú 13 59 - 3 (42) - 33
Conta de Desenvolv. Energético - CDE 6.653 285 - 350 (4.963) - 2.325
Programa de Incent. Fontes Alt. - Proinfa 4.179 4.309 - 519 (5.716) - 3.291
Custo de Aquisição de Energia 78.466 69.486 (7.036) (3.122) (40.403) - 97.391
Transporte de Energia Elétrica - Itaipú 202 (13) (96) 6 (96) - 3
Reserva Global de Reversão - RGR - 46 - 19 - - 65
Custo Aquisição Energia - Contr. Iniciais 363 - - (1) - - 362
Majoração de Alíquota PIS/COFINS 36.601 14.935 - 449 (22.468) - 29.517
Diferimento de Repos. Tarifária Rede Básica 39.053 82.320 - 8.258 (56.237) - 73.394
Parcelas classif. no Circulante 95.673 97.960 104 5.839 (153.524) 50.222 96.274
Parcelas classif. no Real. Longo Prazo 112.443 103.258 (32.749) 3.314 - (50.222) 136.044
PASSIVO
Conta de Consumo Combustível - CCC (14.417) (44.745) 19.743 (3.409) 15.623 - (27.205)
Comp. Financ. Utiliz. Recursos Hídricos (234) (285) - - 235 - (284)
Transporte Energia Elétrica Rede Básica (30.021) (13.360) 4.827 (2.147) 24.888 - (15.813)
Encargo de Serviços de Sistemas - ESS (851) (3.645) 943 (239) 1.259 - (2.533)
Repasse de Potência Itaipú (194) (8.822) - (619) 6.899 - (2.736)
Conta de Desenvolv Energético - CDE (19) (78) - (5) 75 - (27)
Programa de Incent. Fontes Alt. - Proinfa (79) (13) 10 (6) 78 - (10)
Custo de Aquisição de Energia (11.554) (40.315) 7.026 (1.073) 6.277 - (39.639)
Transporte de Energia Elétrica - Itaipú (148) (221) 96 (22) 144 - (151)
Reserva Global de Reversão - RGR (4.980) (29) - (265) 40 - (5.234)
Custo Aquisição Energia - Contr. Iniciais - (46) - (2) 31 - (17)
Majoração de Alíquota PIS/COFINS (728) - - (7) 735 - -
Diferimento de Repos. Tarifária Rede Básica - (34.336) - (5.725) 2 - (40.059)
Parcelas classif. no Circulante (24.626) (25.575) (104) (3.663) 56.286 (43.696) (41.378)
Parcelas classif. no Exigível Longo Prazo (38.599) (120.320) 32.749 (9.856) - 43.696 (92.330)
A atualização monetária dos valores registrados nessas contas vem sendo apurada com
base na taxa de juros SELIC/BACEN.
19
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
b. PIS e COFINS
No reajuste tarifário ocorrido em 8 de abril de 2005, que esteve em vigência até 7 de abril de
2006, a CEMAT recuperou parte dos custos diferidos com PIS e COFINS, por meio de um
adicional tarifário de 1,3770% concedido pela ANEEL conforme Resolução Homologatória 84
de 6 de abril de 2005. Esse procedimento está embasado na Nota Técnica ANEEL nº
77/2005-SER/ANEEL, de 7 de março de 2005, Processo 48500.000388/05-02.
No reajuste tarifário ocorrido em 8 de abril de 2006, que esteve em vigência até 7 de abril de
2007, a CEMAT recuperou mais uma parte dos custos diferidos com PIS e COFINS, por
meio de um adicional tarifário de 1,6153%, concedido pela ANEEL conforme Resolução
Homologatória 312 de 6 de abril de 2006. Esse procedimento está embasado na Nota
Técnica ANEEL nº 129/2006-SER/ANEEL de 28 de março de 2006, Processo
48.500.000508/2006-35.
20
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
O Governo Federal, por meio da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica - CGCEE, e
as concessionárias distribuidoras e geradoras de energia elétrica celebraram, em dezembro
de 2001, o Acordo Geral do Setor Elétrico, definindo os critérios para a recomposição das
receitas e perdas extraordinárias relativas ao período de vigência do Programa Emergencial
de Redução do Consumo de Energia Elétrica, que se dará por meio de adicional tarifário nas
contas de fornecimento de energia, sendo 2,9% nas contas faturadas aos consumidores da
classe residencial (exceto subclasse baixa renda), iluminação pública e rural, e de 7,9% para
as demais classes de consumidores.
x Para o item Energia Livre, para o caso em que a Geradora obteve o financiamento junto
ao BNDES, calcular a remuneração pela taxa SELIC (BNDES), acrescida de juros de 1%
a.a., proporcionalmente aos desembolsos recebidos; e para as Geradoras que não
obtiveram financiamento a remuneração deverá ser calculada somente pela taxa SELIC
(BACEN).
21
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
De acordo com estudo detalhado preparado pela Administração das Companhias, o prazo
determinado pela ANEEL é suficiente para a recuperação desses valores das empresas
CEMAT, Caiuá, EDEVP, CELTINS, Nacional e Bragantina, sendo que para a CELPA, em
razão da alteração na metodologia de amortização, o prazo de 52 meses foi insuficiente para
recuperação dos valores de Perda de Receita e Energia Livre.
22
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
(a) Refere-se ao valor de créditos de terceiros, adquiridos nos exercícios de 2003 e 2004, com a finalidade de
compensação com tributos e contribuições federais, sendo (i) créditos de origem em ação indenizatória com
julgamento favorável e transitado em julgado, ora em fase de liquidação judicial, que condenou a União
Federal ao pagamento de indenização por danos causados aos antigos detentores desses créditos, bem
como (ii) créditos representados em “Cautelas de Obrigações” emitidas pela Centrais Elétricas Brasileiras
S.A. - Eletrobrás, com laudos de autenticidade e de cálculo do valor. Com a adesão ao Parcelamento
Excepcional - PAEX, nos termos da Medida Provisória nº 303/2006, em 15/12/2006, a Companhia desistiu
da compensação tributária de referidos créditos e pretende obter judicialmente sua satisfação. O deságio
verificado à época das aquisições desses créditos pela Companhia, será refletido ao resultado no momento
em que houver a satisfação dos créditos, como resultado dos procedimentos judiciais.
(b) Refere-se aos créditos recebidos da Denerge Desenvolvimento Energético S.A. (vide nota explicativa nº 15
item a).
23
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
24
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia
2007 2006
Transações:
Receitas financeiras 75.135 47.026
Despesas financeiras 106.975 96.617
SALDOS ATIVOS:
Circulante
Valores a recuperar
Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A 187 186
Denerge Desenvolvimento Energético S.A 4 19
QMRA Participações S.A. 6.572 3.895
Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa 14 19
Ipueiras Energia S.A. 15 5
Rede Comercializadora de Energia S.A. 2 -
Rede Power do Brasil S.A. 12 5
Caiuá Distribuição de Energia S.A. 11 11
Tangará Energia S.A. - 3
6.817 4.143
Dividendos
Empresa Elétrica Bragantina S.A. 5.581 -
Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins - 2.692
Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - Cemat 816 -
Cia. Nacional de Energia Elétrica 13.856 4.590
Cia. Força e Luz do Oeste 3.666 2.125
Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa - 603
Rede Lajeado Energia S.A. 12.126 8.573
Tangará Energia S.A. - 1.911
Rede Comercializadora de Energia S.A. 8.732 14.683
Rede Power do Brasil S.A. 45.056 151.866
Rede Eletricidade e Serviços S.A. 1.997 320
Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema 2.063 -
93.893 187.363
25
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia
2007 2006
10.596 8.385
Não Circulante
336.335 305.542
Contrato de mútuo (a) e (b):
QMRA Participações S.A. 3.793 63.863
Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa - 39.059
Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins - 8.005
3.793 110.927
26
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia
2007 2006
340128 416469
Conta corrente 31/10/05 (c):
Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A. 24.851 4.764
QMRA Participações S.A. (a) 236.116 127.656
Ipueiras Energia S.A. (a) - 656
Denerge Desenvolvimento Energético S.A. 3.432 3.083
264.399 136.159
Outros contratos
Cia. Geral - 324
Adiantamento - 2
- 326
15.706 6.432
27
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia
2007 2006
SALDOS PASSIVOS:
Não Circulante
Conta corrente 31/10/2005 (c):
Rede Power do Brasil S.A. - 120.199
Conta corrente 01/09/2006 (d):
Rede Comercializadora de Energia S.A. 100 -
Conta corrente 31/12/2006 (e):
Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa 99.239 212.561
Empresa Elétrica Bragantina S.A. 143.872 157.032
Cia. Nacional de Energia Elétrica S.A. 62.506 83.520
Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - Cemat - 59.739
Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins 16.887 28.071
Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. 11.838 13.074
Cia. Força e Luz do Oeste - 1.955
Rede Lajeado Energia S.A. 12.215 23.986
Tocantins Energia S.A. 13.414 26.041
Tangará Energia S.A. - 8.736
Rede Comercializadora de Energia S.A. - 5.846
359.971 620.561
Adiantamentos - 521
Contrato de venda e compra de ações (f):
Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A. 142.083 127.676
Denerge Desenvolvimento Energético S.A. 64.342 63.512
206.425 191.188
TOTAL 566.496 932.469
28
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Consolidado
2007 2006
SALDOS ATIVOS:
Não Circulante
235.739 206.622
28.283 8.750
Conta corrente 01/09/06(d):
Rede Comercializadora de Energia S.A. 626 -
Adiantamento
Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - Celtins 1 5
Outros 1 334
2 339
SALDOS PASSIVOS:
Não Circulante
206.425 191.188
Como parte do processo de reorganização societária a Companhia, por meio de instrumento particular de
assunção de dívidas, cessão de créditos e outras avenças de 31 de março de 2006, assumiu as dívidas e os
créditos a receber perante terceiros, empresas controladas e instituição financeira existentes nas empresas
controladoras EEVP e Denerge.
O saldo apurado neste contrato deverá ser quitado no prazo máximo de até dez anos, devidamente atualizado
pelo CDI acrescido de juros 2% a.a., vencendo em 31 de dezembro de 2016.
29
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Em 29 de dezembro de 2006 a Companhia assumiu, por meio de instrumento particular de assunção de dívidas e
outras avenças, a dívida da QMRA Participações S.A. junto ao BNDES no valor de R$101.408 a ser quitada em
60 parcelas mensais com carência de 36 meses vencendo a 1ª parcela em 30/12/09, e a dívida da Ipueiras
Energia S.A. junto à Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - CELTINS no valor de R$10.748 quitando
antecipadamente, sendo ambos os saldos atualizados pelo CDI acrescido de 2% a.a.
Refere-se a contratos firmados entre a Caiuá, CELPA, CELTINS, Qmra e a Controladora Indireta - Denerge, em
condições de comutatividade, em função de assunção de dívidas perante o BNDES nas seguintes condições:
Essa repactuação foi aprovada pela ANEEL por meio dos Ofícios nº 2.230, 2.231 e 2.232/2003-SFF/ANEEL, de
26/12/2003.
Em março/2006, por meio de instrumento particular de cessão de créditos e assunção de dívidas entre a Rede
Empresas e a Denerge, a Rede Empresas assumiu os créditos do contrato de mútuo com a CELPA, Qmra e
CELTINS.
Em dezembro/2006 esses contratos foram repactuados adotando-se as mesmas condições da renegociação dos
contratos junto ao BNDES.
Forma de Pagamento:
Em 2007 foram quitados antecipadamente os contratos com a CELPA e a CELTINS e parte do contrato com a
QMRA.
Refere-se à movimentação financeira efetuada entre as empresas do Grupo Rede com prazo de vencimento de
24 meses, nos termos de contratos de mútuo na modalidade de conta corrente, podendo ser prorrogado por
iguais e sucessivos períodos.
Na medida de suas necessidades, tomarão ou darão em empréstimos, recursos financeiros, de forma sucessiva e
contínua, assumindo, respectivamente, a posição de devedora ou credora conforme o caso, com a remuneração
sobre o saldo devedor calculada com base em 100% do CDI mais 2% de juros anuais.
A partir de 31/10/2007 o contrato foi prorrogado com renegociação da remuneração que passou a ser de 100% do
CDI + 1% de juros anuais.
30
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Na medida de suas necessidades, tomarão ou darão em empréstimos, recursos financeiros, de forma sucessiva e
contínua, assumindo, respectivamente, a posição de devedora ou credora conforme o caso, com remuneração
sobre o saldo devedor calculada com base em 100% do CDI mais 2% de juros anuais, no período de 1º de
setembro de 2006 a 31 de agosto de 2008. Cada empresa tem um limite máximo para o saldo credor e serão
atualizados na data-base de Reajuste das Tarifas de Fornecimento de acordo com o Índice de Reajuste Tarifário -
ITR médio fixado pela ANEEL, para cada parte.
Refere-se à consolidação e repactuação dos saldos dos contratos denominados “Conta Corrente até 31/08/2004”
que seriam pagos em 120 meses com carência de 18 meses e remunerados à taxa de 100% CDI; do contrato
denominado “Conta Corrente após 01/09/04” que permitia a movimentação financeira entre empresas do grupo
com remuneração de CDI mais 2% de juros a.a., com prazo de vencimento de 24 meses e ainda os saldos dos
referidos contratos assumidos por meio de assunção de dívidas e cessão de créditos das controladoras Denerge
Desenvolvimento Energético S.A. e Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A., repactuados nas
seguintes condições:
x Carência de 24 meses.
x Prazo de 86 meses.
Essa repactuação foi aprovada pela ANEEL por meio do Despacho nº 181 da Superintendência de Fiscalização
Econômica e Financeira de 29/01/2007.
Como parte do processo de reorganização societária a Companhia adquiriu e alienou participações societárias
por meio de instrumentos particulares de venda e compra de ações conforme abaixo:
Alienação:
Rede Peixe Energia S.A. - 60 parcelas mensais e sucessivas com carência de três anos vencendo a 1ª parcela
em 03/04/09 acrescidas de 100% do CDI mais 2% a.a.
Aquisição:
Rede Comercializadora de Energia S.A. e Rede Eletricidade e Serviços S.A. - Entrada em 3 parcelas anuais com
vencimentos em 30/06/06; 30/06/07 e 30/06/08 e mais 84 parcelas mensais vencendo a 1ª em 30/07/08 todas
acrescidas de 100% CDI mais 2% a.a.
Aquisição:
Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. - Entrada em 3 parcelas anuais com vencimentos
em 30/06/06; 30/06/07 e 30/06/08 e mais 84 parcelas mensais vencendo a 1ª em 30/07/08 todas acrescidas de
100% CDI mais 2% a.a.
31
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
O imposto de renda e a contribuição social são calculados com base nas alíquotas vigentes
nas datas dos balanços. Os impostos diferidos relativos às diferenças temporárias, prejuízos
fiscais e base negativa da contribuição social são registrados em contas patrimoniais.
2007 2006
Composição da despesa com impostos:
Subtotal (a) - - - -
Encargos tributários sobre reserva de reavaliação (b) 43.294 15.586 58.880 67.927
32
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Consolidado
Imposto de Contribuição
renda social Total
2007 2006
Composição da despesa com impostos:
Encargos tributários sobre reserva de reavaliação (c) 444.324 159.957 604.281 670.449
33
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Para fins do impairment test anual dos créditos tributários diferidos, a Companhia e
controladas contrataram a empresa especializada Moore Stephens Lima Lucchesi Auditores
Independentes. Essa empresa elaborou estudos dos lucros tributáveis futuros da Companhia
e controladas, os quais serviram de base para os impairment test realizados no exercício de
2006. Conforme requerido pela Deliberação CVM nº 273/98 e Instrução CVM nº 371/02, os
estudos preparados por área especializada da referida empresa foram submetidos à
apreciação dos Conselhos de Administração e Fiscal da Companhia e controladas e
devidamente aprovados. Com base nos estudos realizados para o exercício de 2007, a
estimativa de realização dos créditos tributários está detalhada a seguir:
2008 70.195
2009 71.850
2010 99.482
2011 98.304
2012 70.631
de 2013 a 2014 69.153
de 2015 a 2017 86.126
565.741
17. INVESTIMENTOS
Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. 124.617 124.546 (c) (g) 8.370 9.945
Rede Comercializadora de Energia S.A. 34.551 40.938 (d) (g) 33.953 40.341
Rede de Eletricidade e Serviço S.A. 16.124 19.138 (d) (g) 16.005 19.016
Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. 5.037 - (h) 5.037 -
Participações em coligadas:
Investco S.A. 23.930 - (f) 409.648 761.705
34
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
(a) Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - CEMAT. No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, foi
amortizado o montante de R$2.993 (R$2.994 em 2006). A amortização do ágio é registrada pelo prazo de
concessão, utilizando o método não linear (até 2026).
(b) QMRA Participações S.A.: esse valor refere-se ao ágio na aquisição da controlada indireta Centrais Elétricas
do Pará S.A. - CELPA. No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, foi amortizado o montante de
R$4.308 (R$4.296 em 2006). A amortização do ágio é registrada pelo prazo de concessão, utilizando o
método não linear (até 2028).
(c) Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A., a amortização do ágio é registrada pelo
prazo de concessão utilizando o método não linear (até 2015).
(d) Rede Comercializadora de Energia S.A. e Rede Eletricidade e Serviços S.A., a amortização do ágio é
registrada pelo método linear pelo prazo máximo de 10 anos por não se tratar de concessão de serviço
público em consonância com a legislação vigente.
(e) Os ágios estão fundamentados como rentabilidade futura dessas controladas. Estudos realizados por
empresas especializadas acerca de suas recuperações ao longo do período de concessão concluíram que
as “curvas” de amortização dos ágios adotadas estão adequadas, significando que, para cada parcela de
ágio amortizado, haverá uma adequada contraposição com os resultados positivos obtidos pelas
controladas.
(f) A Investco exerce a atividade de geração de energia elétrica por meio da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo
Magalhães, composta por cinco turbinas, com potência total instalada de 902,5 MW.
A energia elétrica produzida por essa usina está sendo utilizada ou comercializada na condição de “produtor
independente”, nos termos do contrato de concessão, pelas concessionárias CEB Lajeado Energia S.A., EDP
Lajeado Energia S.A., Paulista Lajeado Energia S.A. e pela controlada Rede Lajeado Energia S.A.
(g) Aquisições e alienações de participação decorrente da reestruturação societária adotada pela Companhia no
processo de desverticalização. Vide nota explicativa nº 14 item “f”.
(h) Empresa em fase pré-operacional, que exercerá a atividade de cultivo, industrialização, produção,
comercialização, importação e exportação de álcool, açúcar e todos os seus produtos/subprodutos.
35
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
Controlada:
Empresa Elétrica Bragantina S.A. 3.578 (4.292)
Companhia Nacional de Energia Elétrica 10.651 960
Companhia Força e Luz do Oeste 3.091 1.387
Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins - CELTINS 9.404 28.722 - (a) 7.893
Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - CEMAT 50.145 55.250 - (a) 24.175
QMRA Participações S.A. (24.910) (30.631)
Centrais Elétricas do Pará S.A. - CELPA 7.406 6.963
Rede Lajeado Energia S.A. 16.149 85.312 - (b) 152.062
Tangará Energia S.A. (2.186) (7.429)
Rede Peixe Energia S.A. - (147)
Quatiara Energia S.A. - 20
Rede Power do Brasil S.A. 7.234 151.866
Caiuá Distribuição de Energia S.A. 352 (6.650)
Emp. de Distrib. de Energia Vale Paranapanema S.A. 3.709 6.050
Rede Comercializadora de Energia S.A. 10.563 9.559
Rede de Eletricidade e Serviço S.A. 1.995 49
Investco S.A. 23 -
Outras - - - 4.248
(a) Lucro apurado em 2005, na venda das geradoras, de propriedades destas controladas, para a Tocantins
Energia S.A. e Rede Power do Brasil S.A., realizado em outubro de 2006 pela alienação das respectivas
geradoras à ENEL Brasil Participações Ltda.
(b) Valor representado pelo ganho líquido da Companhia e suas controladas Rede Power do Brasil S.A. e
Tocantins Energia S.A. de R$74.464, R$44.834 e R$32.764, respectivamente, apurado na alienação de
10.000 partes beneficiárias, pelo valor de R$266.798, adquiridas pela Centrais Elétricas Brasileiras -
Eletrobrás, conforme AGE de 15 de fevereiro de 2006. Valores ajustados direto ao patrimônio.
36
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Quantidade de ações do capital social 1.172.355 1.172.355 2.365.176 2.365.176 346.455.428 346.455.428
Quantidade de ações possuídas 1.072.117 1.072.117 2.334.173 2.334.173 338.492.582 338.492.582
Percentual de participação direta 91,45% 91,45% 98,69% 98,69% 97,70% 97,70%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
Quantidade de ações do capital social 378.733.957 378.733.957 118.853.305 105.534.853 225.265.000 225.265.000
Quantidade de ações possuídas 192.631.908 192.631.908 47.442.678 39.622.185 146.422.247 146.422.247
Percentual de participação direta 50,86% 50,86% 39,92% 37,54% 65,00% 65,00%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
Quantidade de ações do capital social 63.850.937.020 63.850.937.020 132.793.454 132.793.454 78.271.000 78.271.000
Quantidade de ações possuídas 6.452.992.384 6.452.992.384 39.350.358 39.350.358 48.270.992 48.270.992
Percentual de participação direta 10,11% 10,11% 29,63% 29,63% 67,32% 67,32%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
37
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Quantidade de ações do capital social 97.508 10.000 111.651.370 98.825.770 115.905.275 115.905.275
Quantidade de ações possuídas 97.488 9.980 111.651.366 98.825.766 115.905.271 115.905.271
Percentual de participação direta 99,98% 99,80% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
R$ R$ R$ R$ R$ R$
R$ R$ R$ R$ R$ R$
38
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
18. IMOBILIZADO
Consolidado
2007 2006
6.965.643 5.694.512
Obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica (1.812.206) (1.218.899)
5.153.437 4.475.613
39
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Taxas anuais
Médias de Depreciação
depreciação(*) Custo acumulada 2007 2006
%
Geração:
Custo 2,75 893.442 (135.712) 757.730 240.989
Correção monetária especial 0,24 533 (466) 67 69
Reavaliação 2,4 10.322 (1.414) 8.908 42.288
Transmissão:
Custo 3,74 38.606 (7.361) 31.245 6.443
Correção monetária especial 3,58 (22) 12 (10) (10)
Reavaliação 4,49 8.994 (1.037) 7.957 8.361
Distribuição:
Custo 4,31 4.301.943 (1.360.954) 2.940.989 2.345.164
Correção monetária especial 2,6 74.618 (62.150) 12.468 14.529
Reavaliação 5,52 2.209.131 (330.376) 1.878.755 2.034.514
Comercialização:
Custo 6,52 22.020 (11.961) 10.059 10.312
Correção monetária especial 0,42 542 (509) 33 36
Reavaliação 4,38 20.992 (1.741) 19.251 20.045
Administração:
Custo 5,75 94.388 (55.252) 39.136 38.133
Correção monetária especial 0,15 2.501 (2.334) 167 177
Reavaliação 3,08 53.198 (7.490) 45.708 51.279
Imobilizado em curso:
Geração 49.512 - 49.512 49.448
Distribuição 1.149.707 - 1.149.707 817.976
Transmissão 303 - 303 -
Comercialização 11.364 - 11.364 2.263
Administração 2.294 - 2.294 12.496
(*) A taxa média é calculada considerando a despesa de depreciação do exercício dividida pelo saldo médio
anual do imobilizado.
40
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Geração: Comercialização:
Equipamento geral 10,00 Equipamento geral 10,00
Reservatórios, barragens e adutoras 2,00 Edificações 4,00
Turbina hidráulica 2,50
41
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
A partir de 1º de janeiro de 1996, essas obrigações não estão sendo mais atualizadas pelos
efeitos da inflação, tendo a seguinte composição em 31 de dezembro:
2007 2006
Participação da União 31.566 108.012
Participação dos Estados 159.742 162.967
Participação dos municípios 86.311 89.497
Participação do consumidor 636.696 406.547
Doações e subvenções destinadas a investimento no serv. Concedido 132.150 406.948
Universalização do Serviço Público de E/E 764.473 44.344
Outros 1.268 584
1.812.206 1.218.899
Para fins de cálculo do benefício, o empreendimento foi dividido em duas fases distintas:
x Sistema de Transmissão Nova Monte Verde, com subsídio aprovado de R$56.542 mil por
meio da Resolução autorizativa nº 897 de 2 de maio de 2007, com previsão de início do
recebimento ainda em 2008 em 48 parcelas.
42
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Para o ano de 2008, existem estudos em andamento de projetos por parte da Diretoria
Corporativa de Engenharia a serem enquadrados na sub-rogação da CCC.
Além disso, o referido ofício determinou a provisão de todos os valores já aprovados pelo
órgão regulador ainda não efetivamente recebidos. Essas modificações resultaram numa
elevação de R$225.696 referente aos subsídios já aprovados e ainda não recebidos.
43
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Total
Atividades não
Geração Distribuição Comercialização vinculadas 2007 2006
44
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Reavaliação
45
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Universalização
A ANEEL, por meio da Resolução nº 223, de 29 de abril de 2003, alterada pela Resolução nº
52 de 25 de março de 2004, estabeleceu as condições gerais para a elaboração dos Planos
de Universalização de Energia Elétrica, visando ao atendimento de novas unidades
consumidoras, ou ao aumento de carga, regulamentando o disposto nos artigos 14 e 15 da
Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e fixou as responsabilidades das concessionárias e
permissionárias de serviço público e distribuição de energia elétrica.
O valor total dos Programas em suas controladas é de R$1.511.660, com o objetivo de ligar
235.225 (*) novos consumidores e instalar uma Usina Térmica de 500KW na comunidade do
distrito de Guariba, no município de Colniza, Mato Grosso, o montante dos investimentos
realizados até dezembro de 2007 é de R$1.170.740, o saldo a ser investido em 2008, é de
R$348.583.
As controladas CELPA, CEMAT e CELTINS, possuem projetos sendo analisados junto à
Eletrobrás para uma nova etapa do Programa.
46
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
19. INTANGÍVEL
Consolidado
2007 2006
Em serviço 23.773 18.251
Em curso 12.384 10.443
36.157 28.694
47
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Depreciação
Custo acumulada 2007 2006
INTANGÍVEL EM SERVIÇO:
Geração:
Servidões 437 - 437 57
Software 26 (12) 14 134
Distribuição:
Servidões 10.947 (31) 10.916 10.893
Software 9.357 (5.757) 3.600 4.674
Direito Uso Linha Telefônica 4 - 4 -
Comercialização:
Servidões 1 - 1 122
Software 975 (236) 739 1.280
Direito Uso Linha Telefônica 86 - 86 -
Administração:
Servidões - - - 18
Software 18.712 (10.786) 7.926 1.073
Direito Uso Linha Telefônica 50 - 50 -
INTANGÍVEL EM CURSO
Geração
Software 63 - 63 22
Distribuição
Servidões 3.487 - 3.487 2.162
Software 4.111 - 4.111 551
Comercialização
Software 230 - 230 5.554
Administração
Software 4.493 - 4.493 2.154
48
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Direitos de Uso - são licenças de direito de propriedade intelectual, constituídos por gastos
realizados com a aquisição das licenças e demais gastos com serviços complementares à
utilização produtiva de softwares.
20. FORNECEDORES
Consolidado
2007 2006
CIRCULANTE
207.066 225.257
49
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Consolidado
2007 2006
CIRCULANTE:
Compra de energia elétrica:
Energia livre - CCEE (b) 16.488 16.951
Energia no curto prazo - CCEE 18.136 5.354
34.624 22.305
Compra de combustível
Petrobras 75.423 20.004
Encargos de uso da rede elétrica:
CTEEP 4.857 4.684
Furnas 2.737 3.422
Chesf 1.607 1.751
Eletronorte 4.965 4.851
Eletrosul 1.024 1.017
Expansion 289 292
TSN 561 507
Novatrans 545 531
ETEO 183 187
Cemig 2.235 1.215
Copel Transmissão S.A. 815 280
EATE 441 436
ONS 485 583
CEEE 463 471
STN 183 193
NTE 159 154
ENTE 228 243
ATE 380 161
ITE 220 165
Outras 1.182 1.650
23.559 22.793
Materiais e serviços 80.624 87.250
Retenção contratual 3.563 2.934
424.859 380.543
NÃO CIRCULANTE:
Suprimento de energia elétrica :
Tietê - 25
Energia livre - CCEE (b) 14.453 35.469
(-) Provisão para perdas - (21.488)
Parcelamentos:
Furnas (a) 19.897 48.502
34.350 62.508
(a) Parcelamento referente a fornecimento de energia elétrica, contrato assinado em 15/08/2002, a forma de
amortização ocorre pela dação de energia elétrica, com um período de amortização previsto para, no
mínimo, 53 parcelas, podendo ser prorrogado independentemente da anuência das partes. Conforme consta
na cláusula 5ª do contrato, a taxa de juros é de 12,68% a.a., mais a variação do IGP-M.
3.961 2.473 - -
Parcelamento de tributos:
PAES (a) 85 83 382 444
PAEX (e) 7.061 64 23.276 38.898
51
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Parcelamento de tributos:
PAES (a) 206 235 914 1.066
ICMS (c) 5.768 5.941 10.997 15.493
PAEX (e) 137.715 90.184 964.995 1.044.678
Outros 506 160 971 639
(a) Refere-se à consolidação de débitos tributários com vencimentos até 28/02/2003, no Parcelamento Especial - PAES,
sobre os quais incidem juros mensais equivalentes à variação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. Em 11 de
setembro de 2006, a Companhia e suas controladas formalizaram suas exclusões no Parcelamento Especial - PAES, para
refinanciamento da dívida fiscal nos moldes do art. 1º da MP 303, de 29 de junho de 2006, permanecendo o parcelamento
referente ao FNDE.
(b) Refere-se aos impostos e contribuições correntes e retenções com vencimento no exercício seguinte.
(c) Parcelamentos de ICMS das controladas junto às receitas estaduais com parcelas entre 36 e 100 meses e com
vencimento da última ocorrendo em março de 2014, corrigidas pela Taxa de Juros de Longo Prazo -TJLP e SELIC -
Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
(d) Tributos federais transferidos por responsabilidade solidária à Controlada Caiuá - Distribuição de Energia S.A. no
processo de desverticalização nos termos da Lei nº 10.848/2004 e Resolução Autorizativa ANEEL nº 309, de 05/09/2005.
(e) Parcelamento Excepcional - A Companhia e suas controladas aderiram em setembro de 2006, ao Parcelamento
Excepcional - PAEX, instituído pela Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, que trata de parcelamento de
débitos de pessoas jurídicas junto à Secretaria da Receita Federal - SRF, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional -
PGFN e ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, em 130 parcelas mensais e sucessivas (SRF/PGFN), corrigidas
pela TJLP para os débitos com vencimento até 28 de fevereiro de 2003 e em 120 parcelas mensais e sucessivas (IRPJ,
CSLL, COFINS, PIS, CPMF, INSS e multa), corrigidas pela SELIC para os débitos com vencimento entre 1º de março de
2003 e 31 de dezembro de 2005, constituídos ou não, inscritos ou não, em Dívida Ativa da União ou do INSS, mesmo que
discutidos judicialmente em ação proposta pelo sujeito passivo ou em fase de execução fiscal ajuizada, inclusive aos
débitos que tenham sido objeto de parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda que cancelado por falta de
pagamento.
52
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
53
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
a. Composição:
Companhia
2007 2006
Principal Principal
Moeda estrangeira:
Bônus Perpétuos - - 1.018.497 - - -
Subtotal - - 1.018.497 - - -
54
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Consolidado
2007 2006
Principal Principal
Encargos Não Encargos Não
da Dívida Circulante Circulante da Dívida Circulante Circulante
Moeda nacional:
BNDES 1.167 56.437 245.984 2.443 96.213 448.710
Eletrobrás 1.657 45.966 390.037 1.428 33.725 279.498
Enermat 6.148 2.148 16.592 5.114 2.148 21.785
Finame 15 869 2.942 6 748 561
FDE - 2.416 5.986 37 2.261 7.868
FIDC - - - 1.216 22.938 87.162
Capital de giro 15.247 178.328 642.014 42.648 421.187 390.498
Investimentos 1.275 90.000 - - -
BASA 1.715 5.812 10.252 - - -
FINEM 144 6.102 29.615 - - -
Moeda estrangeira:
Notes Units 2.301 - 64.123 7.900 - 213.800
BID 4.859 - 450.796 4.704 - 383.771
Tesouro Nacional 1.554 9.272 101.394 2.110 11.153 133.116
Bônus Perpétuos - - 1.018.497 - - -
55
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia:
Moeda Nacional Moeda Estrangeira 2007 2006
Consolidado:
56
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia R$ % R$ %
Moeda estrangeira:
Dólar norte-americano 1.018.497 100,00 - -
Moeda Nacional:
URTJLP 222.740 63,56 493.440 68,46
Pré-fixado - - 757 0,11
IGP-M 24.888 7,10 29.047 4,03
CDI 102.839 29,34 197.484 27,40
R$ % R$ %
Moeda estrangeira:
Dólar norte-americano 1.652.796 100,00 756.554 100,00
Moeda Nacional:
URTJLP 343.276 19,52 548.681 29,37
Ufir 238.613 13,57 215.468 11,53
CDI 924.843 52,58 962.621 51,53
IGP-M 24.888 1,41 29.228 1,57
TJLP 8.403 0,48 10.166 0,54
Finel 5.123 0,29 6.403 0,34
Pré-fixado 211.703 12,04 95.627 5,12
Poupança 2.019 0,11 - -
57
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Variação %
Companhia:
Moeda nacional
2. Capital de giro-diversos-Contratos com taxas de juros entre 1,50% a.a. e 6,17% a.a.
acrescidas de CDI e com vencimento da última parcela ocorrendo em 29 de dezembro
de 2014.
58
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Moeda Estrangeira
Consolidado:
Moeda nacional
59
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Prazos de amortização:
x 4% ao ano acima da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP; juros exigíveis com relação
ao Subcrédito “B”, trimestralmente, a partir 15/12/2006, juntamente com as prestações do
principal.
x 5% ao ano acima da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP; juros exigíveis trimestralmente, a
partir de 15/12/2006, e juntamente com as prestações do principal.
a. Programas Luz no Campo e Luz para Todos, nas controladas CELPA, CEMAT e
CELTINS, nos montantes de R$137.094, R$249.641 e R$35.427, em 31 de dezembro
de 2007, respectivamente, todos com prazo de carência de 24 meses e prazo de
amortização em 120 meses acrescidos da taxa de juros de 6% a.a., com amortização
mensal.
60
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
4. Capital de giro
a. Capital de giro - Em sua totalidade em moeda nacional, com taxas de juros entre 1,21%
a.a. e 6,17% a.a. acrescidas de CDI e com vencimento da última parcela ocorrendo em
29/12/2014 e para moeda estrangeira, taxa de juros de 9,50% a.a., mais IGPM,
ocorrendo o último vencimento em 15/05/2015.
Investimentos:
Moeda estrangeira
61
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
62
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
CEMAT: acordos estruturados em 18/03/1998 e 22/09/1999, com taxas de juros que variam
de 6,02% a 8,20% a.a., mais taxa Libor semestral e variação cambial. O vencimento da
última parcela ocorrerá em 15/04/2024. A forma de amortização é semestral.
CELPA: acordo estruturado em 31/12/1997, com taxas de juros que variam de 4,3% a 11%
a.a., mais taxa Libor semestral e variação cambial. O vencimento da última parcela ocorrerá
em 15/04/2024. A forma de amortização é semestral e final.
Garantias
63
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Moeda Estrangeira
Saldo em 31 de dezembro de 2006
Ingressos - - 1.266.102
Encargos 83.737 - -
Variações Cambiais (281) (1.372) (118.888)
Transferências - 128.717 (128.717)
Pagamentos (83.456) (127.345) -
Principal
Consolidado: Encargos Não
Moeda nacional da Dívida Circulante Circulante
Moeda Estrangeira
Saldo em 31 de dezembro de 2006 14.714 11.153 730.687
Ingressos - - 1.413.537
Encargos 152.604 - -
Variações Cambiais (1.091) (3.253) (248.189)
Transferências - 261.225 (261.225)
Pagamentos (157.513) (259.853) -
f. Condições restritivas
64
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
23. DEBÊNTURES
a. Composição:
Companhia
Consolidado
Companhia:
Total - 14.632
Consolidado:
65
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Moeda/Indexador
Moeda Nacional:
URTJLP 14.740 100,00 107.147 67,85
IGP-M - - 50.761 32,15
Total 14.740 100,00 157.908 100,00
Moeda Nacional:
URTJLP 14.740 21,65 107.147 67,85
IGP-M 53.358 78,35 50.761 32,15
Moeda/indexador Variação %
2007 2006
Companhia:
Moeda nacional
66
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Consolidado:
Moeda nacional
Consolidado:
Principal
Moeda nacional: Encargos Não
da Dívida Circulante Circulante
67
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
2007 2006
CIRCULANTE:
136.288 132.287
Parcelamento:
Quota de reserva global de reversão - RGR - 1.271
Quota da conta de consumo de combustível - CCC - 2.483
Conta de desenvolvimento energético - CDE - 1.038
- 4.792
68
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Provisão Provisão
Contingências passivas:
Possível 8.021 9.534 36.626 54.181
(a) As ações judiciais de natureza cível referem-se, de maneira geral, em sua grande maioria, a discussões
sobre o valor de contas de energia elétrica, em que o consumidor requer a revisão ou o cancelamento da
fatura; à cobrança de danos materiais e morais pelo consumidor decorrentes da suspensão do fornecimento
de energia elétrica por falta de pagamento, por irregularidades nos medidores de energia elétrica, ou
decorrentes de variações na tensão elétrica ou de falta momentânea de energia; bem como ações em que
consumidores pretendem devolução de valores, em razão do aumento das tarifas de energia determinado
pelas Portarias 38 e 45/86, do extinto Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE, no
período de congelamento de preços do Plano Cruzado.
69
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
(b) As ações judiciais de natureza trabalhista referem-se, de maneira geral, a discussões de ex-empregados
pretendendo recebimento de horas extras, de adicional de periculosidade, de horas de sobreaviso, bem
como indenizações por danos decorrentes de acidente no trabalho, cobrança de multa do FGTS em
decorrência da Lei Complementar nº 110/2001, bem como ações de ex-empregados de prestadores de
serviços contratados pelas Companhias reclamando responsabilidade solidária por verbas rescisórias.
Foram provisionadas as contingências representadas pelas citadas ações judiciais cíveis e trabalhistas com
chances prováveis de perda pelas Companhias, conforme avaliação de seus advogados. De maneira geral,
estimamos em cerca de 2 a 3 anos, em média, o prazo para que referidas ações com chances prováveis de
perda tenham julgamento final e haja o efetivo desembolso pelas Companhias dos valores provisionados, na
hipótese de a Companhia ser vencida nas ações.
(c) As suas controladas também apresentaram os valores de suas contingências passivas, cujas chances de
êxito são possíveis. Por entendermos razoáveis as chances de êxito, não houve provisionamento de
referidos valores e, caso referidas contingências venham a representar perda, estimamos em cerca de 3 a 5
anos, em média, o prazo para que haja o desembolso pelas Companhias.
Entre os procedimentos de natureza tributária, está em curso na controlada CEMAT processo administrativo
decorrente de Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM nº 16741001600003200516, processo nº 16/06,
em trâmite perante a Agência Fazendária de Cuiabá/MT (OS 5811/06). O auto de infração refere-se a (i)
suposto crédito indevido do diferencial de alíquota de ICMS relativo à aquisição de mercadorias destinadas
ao ativo permanente da empresa, (ii) suposto crédito indevido de ICMS incidente na aquisição de energia
elétrica para consumo próprio e (iii) suposto crédito indevido de ICMS incidente na compra de óleo diesel
nas operações beneficiadas por subsídio financeiro. Somente a infração listada no item (ii) acima tinha
probabilidade de perda possível, no valor de R$9.882, diante disso a empresa confessou a dívida,
aproveitando um benefício de redução de 95% de juros e multas, e procedeu à quitação do referido débito
em outubro de 2007. As demais infrações têm probabilidade de perda remota. Se a Companhia não sair
vencedora nesse processo administrativo, ingressará com ação judicial para anular referido auto de infração.
As controladas CELTINS e CFLO sofreram autuação pela Secretaria da Receita Federal, com a aplicação
de multa isolada por alegada compensação de tributos de forma não autorizada pela legislação. Foi
apresentada impugnação e recurso que aguardam julgamento na esfera administrativa e que estimamos,
tenham julgamento em aproximadamente 2 anos. Caso a decisão na esfera administrativa seja desfavorável,
a Companhia ingressará com ação judicial visando à anulação de referida autuação.
A controlada EEB sofreu autuação pela Secretaria da Receita Federal, em razão de considerar não
dedutíveis determinadas despesas financeiras decorrentes de empréstimos tomados. Foi apresentada
impugnação que aguarda julgamento na esfera administrativa. Estima-se em aproximadamente 3 anos a
decisão final administrativa. Caso a decisão na esfera administrativa seja desfavorável, a Controlada
ingressará com ação judicial visando à anulação da autuação.
(d) Em setembro de 2006, a Companhia e suas controladas aderiram ao Parcelamento Excepcional (PAEX) de
tributos e encargos federais, instituído pela Medida Provisória nº 303/2006, tendo incluído no parcelamento
valores de tributos e encargos federais em discussão administrativa ou judicial com a Secretaria da Receita
Federal, em que eram remotas e, em alguns casos, em que eram possíveis as chances de êxito da
Companhia e de suas controladas, razão pela qual houve desistência de referidos processos administrativos
ou judiciais, permanecendo em curso os processos administrativos e judiciais em que são prováveis as
chances de êxito da Companhia (vide nota explicativa nº 20).
70
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
(b) Refere-se a recursos das controladas aplicados até 31 de dezembro de 1971, na expansão do Serviço
Público de Energia Elétrica, nos termos do regulamento da legislação vigente.
71
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
(c) Refere-se ao ressarcimento do ICMS de combustíveis por conta da Conta de Consumo de Combustíveis -
CCC às empresas com geração térmica que atuam no sistema isolado, impossibilitadas de compensar
integralmente o ICMS, com débitos apurados na venda de energia elétrica. O artigo 86, da Lei nº 10.833, de
29 de dezembro de 2003, que altera o artigo 8º da Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993, estabeleceu que a
CCC assumisse esse ônus totalmente no ano de 2004 e parcialmente durante os anos de 2005 a 2008. Na
controlada CELPA, o valor é de R$50.766 e na CEMAT é de R$47.421.
(d) Refere-se ao valor devido correspondente à aquisição de créditos registrados no realizável a longo prazo,
cujos contratos estipulam que os pagamentos sejam feitos em 24 e 50 parcelas mensais e sucessivas.
As ações preferenciais serão inconversíveis em ações ordinárias e não terão direito de voto
nas Assembléias Gerais. Cada ação preferencial fará jus a:
a. Recebimento de dividendos não cumulativos, no mínimo 10% (dez por cento) superiores
aos atribuídos às ações ordinárias.
72
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
4.458 4.458
Consolidado
73
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Consolidado
2007 2006 2007 2006
MWh(*) MWh(*) R$ R$
74
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Pessoal - 2 - -
Administradores 2.196 476 - -
Serviço de Terceiros 3.576 2.934 - -
Provisão (Líq. de Reversão) - - (2.721) -
Arrendamentos e Aluguéis 4 - -
Seguros 485 245 - -
Tributos 79 1.092 - -
Outros (3) 8 81 72
75
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Despesas Gerais e
Despesas com Vendas Administrativas
2007 2006 2007 2006
Remuneração 18.479 20.420 61.658 62.838
Encargos sociais - INSS 4.031 4.304 9.984 14.135
Encargos sociais - FGTS 1.349 1.473 3.274 4.017
Encargos sociais - Outros 230 174 906 873
Programa de inc. à aposentadoria e dem. voluntária - - 802
Contribuição como mantenedor da fundação 242 150 697 3.820
Indenização sobre o saldo do FGTS 148 434 1.558 1.284
( - ) Transferências para ordens em curso - - (22.945) (6.893)
Total despesas com pessoal 24.479 26.955 55.934 80.074
Companhia Consolidado
76
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Companhia Consolidado
(a) O ganho está representado basicamente pela alienação para a Enel Brasil Participações Ltda., das
participações societárias nas geradoras possuídas pelas controladas Rede Power do Brasil S.A. e Tocantins
Energia S.A. conforme descrito na nota explicativa nº 17.
77
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
A ANEEL, por meio das Resoluções Homologatórias 25, 41, 32 e 24, de 31 de janeiro de
2005, homologou o resultado final da primeira revisão tarifária periódica da Caiuá
Distribuição de Energia S.A., Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A.,
Empresa Elétrica Bragantina S.A. e Companhia Nacional de Energia Elétrica, ocorrida em
fevereiro de 2004, fixando o reposicionamento tarifário em -1,54%, 4,25%, 0,33%, e -2,36%,
respectivamente. O objetivo do reposicionamento tarifário no processo de revisão tarifária é
proporcionar a receita necessária à cobertura dos custos operacionais e à remuneração dos
investimentos. Esse índice definitivo de reposicionamento das tarifas, com efeito retroativo a
3 de fevereiro de 2004, substitui o reposicionamento fixado, provisoriamente, em 0,47%,
8,12%, 3,76% e -1,43%, respectivamente, por meio das Resoluções Homologatórias 22, 15,
14 e 16, de 2 de fevereiro de 2004. A diferença entre os reposicionamentos tarifários
provisórios de 0,47%, 8,12%, 3,76% e -1,43%, aplicados em 3 de fevereiro de 2004 sobre as
tarifas de fornecimento, e o reposicionamento tarifário definitivo de -1,54%, 4,25%, 0,33% e -
2,36%, foi compensada financeiramente para os consumidores no reajuste tarifário anual de
3 de fevereiro de 2005, por meio das Resoluções Homologatórias nºs 27, 42, 33 e 24, de 31
de janeiro de 2005.
As Resoluções Autorizativas nºs 389, 387, 390 e 388, de 22 de dezembro de 2005, alteraram
as datas contratuais dos reajustes tarifários anuais de 3 de fevereiro para o dia 10 de maio
de 2006, ficando prorrogada a vigência, até 9 de maio de 2006, das tarifas de energia
elétrica das controladas Caiuá - Distribuição de Energia S.A., Empresa de Distribuição de
Energia Vale Paranapanema S.A., Empresa Elétrica Bragantina S.A. e Companhia Nacional
de Energia Elétrica, constantes das Resoluções Homologatórias nºs 027, 042, 033 e 024 de
31 de janeiro de 2005, respectivamente, assim como a data da revisão tarifária periódica,
que ocorre a cada quatro anos. A próxima revisão tarifária das Companhias ocorrerá em 10
de maio de 2008.
Por meio das Resoluções Homologatórias nºs 460, 462, 461 e 463 de 10 de maio de 2007, a
ANEEL homologou os Reajustes Tarifários Anuais das controladas com os seguintes
percentuais, -0,51%, 3,40%, 3,17% e 0,49%, respectivamente, para serem aplicados no
período de 10 de maio de 2007 a 9 de maio de 2008.
CFLO:
78
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
O reposicionamento tarifário foi fixado em -5,81% (menos cinco vírgula oitenta e um por
cento) e será aplicado sobre as tarifas de energia elétrica vigentes, a partir de 3 de fevereiro
de 2008 até 3 de fevereiro de 2009.
O percentual do Fator Xe foi fixado também de forma provisória, em 0,70% (zero vírgula
setenta por cento), a ser aplicado como redutor, em termos reais, da “Parcela B”, nos
reajustes tarifários subseqüentes de 2009, 2010 e 2011.
As tarifas de energia elétrica da CFLO, foram reajustadas em -4,96% (menos quatro vírgula
noventa e seis por cento), sendo -5,81% (menos cinco vírgula oitenta e um por cento)
relativos ao reposicionamento tarifário e 0,85% (zero vírgula oitenta e cinco por cento)
relativos aos componentes financeiros externos à revisão tarifária periódica.
Para definição da Nova Metodologia a ser adotada na Revisão Tarifária, a ANEEL instaurou
a Audiência Pública 052/2007, a qual ainda se encontra em curso.
CELTINS:
79
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Com o objetivo de amenizar o impacto do índice nas tarifas dos consumidores, bem como
atender ao princípio da modicidade tarifária e do equilíbrio econômico-financeiro
estabelecido no contrato de concessão, o reposicionamento foi implementado em duas
etapas. A primeira etapa corresponde ao percentual de 13,45%, considerado em julho de
2004, e a segunda etapa do reposicionamento equivale à diferença de receita resultante da
aplicação dos percentuais de 30,53% e 13,45% que foi diferida, para os anos de 2005 a
2007, sendo acrescida à Parcela B da concessionária em parcelas anuais e atualizadas por
ocasião dos respectivos reajustes anuais. Nos anos de 2005 e 2006, a Companhia foi
contemplada com duas parcelas do valor anual total previsto e atualizado.
Em 2007, para a terceira e última parcela, a CELTINS propôs que fosse considerado no
reajuste tarifário anual apenas 50% do valor do Delta Pb devido, como forma de amenizar o
impacto a ser sentido pelos consumidores, sendo o restante desse valor diferido para
aplicação em 2008, por ocasião da segunda revisão tarifária periódica. A ANEEL aprovou a
proposta apresentada pela CELTINS, e considerou apenas 50% do valor da terceira parcela,
devendo o valor residual desse componente ser considerado no próximo ciclo tarifário da
CELTINS, previsto para 4 de julho de 2008.
Os valores diferidos e contabilizados até dezembro de 2007 são de R$27.657 (em 2006
R$39.053).
Por meio da Resolução Homologatória 499/07, a ANEEL homologou o reajuste tarifário anual
- IRT a ser aplicado no período de 4 de julho de 2007 a 3 de julho de 2008, cujo percentual
foi de 7,99%.
CEMAT:
Por meio da Resolução 444/07, a ANEEL homologou o Reajuste Tarifário anual a ser
aplicado no período de 8 de abril de 2007 a 8 de abril de 2008, cujo percentual foi de 8,84%.
80
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
O processo da segunda revisão tarifária já teve início na CEMAT, e deverá ser concluído
provisoriamente, uma vez que a nova metodologia da Revisão Tarifária ainda se encontra
em Audiência Pública (AP -052/2007), para se estabelecer o percentual de reposicionamento
tarifário a ser aplicado a partir de 8 de abril de 2008.
CELPA:
81
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
A Rede Empresas de Energia Elétrica S.A., Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins
- CELTINS, Cia. Força e Luz do Oeste, Cia. Nacional de Energia Elétrica, Elucid Partners
S.A., Elucid Solutions Ltda., Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A., Empresa
Elétrica Bragantina S.A., Caiuá Distribuição de Energia S.A., Rede Comercializadora de
Energia S.A., Rede Power do Brasil S.A. e Empresa de Distribuição de Energia Vale
Paranapanema S.A. patrocinam em conjunto com seus empregados em atividade, ex-
empregados e respectivos beneficiários, planos de benefícios de aposentadoria e pensão
com o objetivo de complementar e suplementar os benefícios pagos pelo sistema oficial da
Previdência Social, cuja administração é feita por meio da Redeprev - Fundação Rede de
Previdência, entidade fechada de previdência complementar, multipatrocinada, constituída
como fundação, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira.
82
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Obteve autorização e aprovação para a aplicação do seu Regulamento por meio da Portaria
nº 880, de 12/01/2007, emitida pelo Departamento de Análise Técnica da Secretaria de
Previdência Complementar do MPS. O referido plano é resultante da fusão dos extintos
Planos de Benefícios CELPA-R, CEMAT-R e ELÉTRICAS-R, cujos Regulamentos foram
condensados em um único Regulamento, sem solução de continuidade. Assegura os
seguintes benefícios de risco:
x Suplementação do auxílio-doença.
83
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
a. Número de participantes/beneficiários:
Premissas atuariais
Taxa
Real Nominal
Taxa de desconto 6,00% a.a. 8,76% a.a.
Taxa de rendimento esperada s/ os ativos (investimentos) do plano 6,00% a.a. 8,76% a.a.
Taxa de crescimento salarial futuro 2,00% a.a. 4,65% a .a .
Taxa de reajuste de benefícios 0,00% a.a. 0,00% a.a.
Taxa de inflação esperada 0,00% a.a. 2,60% a.a.
Fator de capacidade (dos salários e benefícios) 0,98 0,98
Tábua de mortalidade IBGE 2006
84
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
2007 2006
Plano Plano
Elétricas Plano Elétricas
BD- I Elétricas R OP Total Total
Deliberação Confissãode
CVM371 dívida (*) Total
Saldo em 31/12/2005 16.322 56.451 72.773
Adição - 2.500 2.500
Despesa do exercício (601) 5.038 4.437
Pagamentos de contribuições / dívida - (12.394) (12.394)
Saldo em 31/12/2006 15.721 51.595 67.316
Adição - - -
Despesa do exercício 124 4.921 5.045
Pagamentos de contribuições / dívida - (16.203) (16.203)
85
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Controladas
f. Outras informações
86
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Aeronave Cessna
Data set/98
Prazo 10 anos
Vida útil econômica do bem 5 anos
Moeda US$
Valor presente do bem US$15.974 mil
Data nov-03
Prazo 10 anos
Vida útil econômica do bem 5 anos
Moeda US$
Valor presente R$9.353
Forma de amortização 40 parcelas trimestrais, de U$62 sendo a 1ª em 25/02/04 e a última em 25/11/13
Taxa de juros 3,50 % a.a.
Valor da opção de compra R$1.283
Valor residual antecipado R$911
Contraprestações no exercício R$852
87
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Risco
Riscos
As apólices possuem cobertura securitária, mas sem se limitar a riscos, tais como incêndio,
queda de raios e explosão de qualquer natureza, danos elétricos, riscos diversos,
equipamentos eletrônicos e de informática, inundação, quebra de máquinas e outros.
Responsabilidade civil geral: cobertura dos danos materiais e corporais causados a
terceiros em decorrência das operações comerciais e industriais.
Transportes: cobertura garantindo os reparos e/ou reposição dos bens de sua propriedade
em decorrência de sinistros ocorridos durante seu transporte terrestre, aéreo e lacustre.
88
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Vida em grupo: cobertura de morte de qualquer tipo, invalidez permanente total ou parcial,
por acidente e invalidez permanente e/ou total por doenças ocorridas com empregados.
Instrumentos Derivativos
A Companhia e o banco acordaram que sempre que houver valores a pagar e a receber em
uma mesma data sob uma mesma operação de derivativo, as partes optam desde já pela
liquidação da diferença positiva.
O resultado reconhecido líquido dessas operações acumula perdas em dezembro de 2007,
no montante de R$2.340.
Os valores do principal das operações com derivativos não são registrados no balanço
patrimonial, visto que são referentes a operações que não exigem o trânsito de caixa
integral, mas somente os ganhos ou perdas auferidos ou incorridos.
89
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
90
Rede Empresas de Energia Elétrica S.A.
Risco de crédito
Risco de preço
Risco de mercado
* * *
RA3033 91
ANEXO F