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Atividades de Distribuição

Nossas operações de distribuição de energia somaram 96,6% da nossa receita operacional


bruta no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007 e 95,8% durante o período de três
meses encerrado em 31 de março de 2008. A grande maioria da nossa receita operacional
bruta e volume de venda de energia de nossas operações de distribuição é derivada das
vendas de energia com tarifas reguladas para consumidores que são proibidos pela lei
brasileira de adquirir energia de outra fonte, ou consumidores cativos. As vendas para
consumidores cativos com tarifas reguladas representaram 96,3% do nosso volume de
energia distribuída no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007 e 94,7% durante o
período de três meses encerrado em 31 de março de 2008, e representaram 97,5% da nossa
receita operacional bruta originada das operações de distribuição no exercício encerrado em
31 de dezembro de 2007 e 96,2% durante o período de 3 messes encerrado em 31 de março
de 2008. Além disso, o número de consumidores potencialmente livres em relação ao
número total de nossos consumidores cativos é baixo. As vendas para consumidores
potencialmente livres representaram 3,7% de nossas vendas de energia por volume no
exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007 e 5,3% durante o período de três meses
encerrado em 31 de março de 2008.

Nossos negócios de distribuição envolvem geração ou compra de subtransmissão de


energia de alta voltagem (entre 138kV e 69kV), sua transformação em energia de média e
de baixa voltagem e sua distribuição e venda para consumidores finais. Nossos negócios de
distribuição estão sujeitos a contratos de concessão de distribuição de energia e uma ampla
regulação por parte da ANEEL e o MME. Para maiores informações acerca da regulação da
indústria brasileira de energia, veja a seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil”.

O mapa a seguir ilustra a área de atuação da CELPA, CEMAT, CELTINS e


REDESUL/SUDESTE:

Pará

Tocantins

Mato
Grosso

Distribuição
Geração
A tabela a seguir demonstra o receita bruta operacional e a eletricidade distribuída por cada
uma de nossas distribuidoras durante os anos indicados:
Exercício encerrado em 31 de dezembro de Trimestre encerrado em 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
R$milhõe R$milhõe R$milhõe R$milhõe R$milhõe
s GWh s GWh s GWh s GWh s GWh
CEMAT 1.808,4 4.006 1.655,4 3.982 1.830,3 4.347 460,2 1.029 488,8 1.080
CELPA 1.532,6 4.661 1.698,5 4.739 1.755,2 5.117 415,6 1.200 401,1 1.288
CELTINS 386,6 932 465,6 964 511,1 1.068 107,8 244 126,2 244
EDEVP - - 211,2 646 204,9 663 54,6 166 59,3 181
Caiuá 244,7 857 263,3 891 277,5 946 69,2 240 70,5 243
CNEE 119,1 409 134,1 424 142,1 454 35,9 110 35,7 117
EEB 167,9 541 191,5 568 207,6 588 50,7 145 64,6 166
CFLO 55,3 210 64,7 222 76,1 228 18,0 57 19,0 59
Total 11.61 13.41
4.314,6 4.684,3 12.436 5.004,8 1.212,0 3.190 1.265,2 3.521
6 1

Nossas Distribuidoras

As 8 distribuidoras controladas por nós, juntas, atendem a uma grande concessão de 30%
do território nacional e abrangem 506 municípios, proporcionando atendimento a mais de
3,4 milhões de unidades consumidoras, cadastradas até 31 de dezembro de 2007.

CEMAT
A CEMAT é a única concessionária distribuidora de energia no Estado do Mato Grosso, o
terceiro maior estado por área do Brasil, abrangendo aproximadamente 10,6% do território
brasileiro, com uma concessão que expira em 2027 e pode ser renovada por 30 anos
mediante nosso requerimento. Sua área de concessão cobre aproximadamente 903.000,00
quilômetros quadrados, incluindo 141 municípios com uma população total de
aproximadamente 2,8 milhões. As principais atividades econômicas do Mato Grosso estão
relacionadas ao agronegócio. O Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do Brasil e é o
maior produtor de feijão, soja e algodão do País.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a CEMAT vendeu 4.347 GWh de


eletricidade para aproximadamente 0,88 milhão de consumidores e as vendas da CEMAT
representaram 35,3% de nossa receita operacional bruta. Durante o período de três meses
encerrado em 31 de março de 2008, a CEMAT vendeu 1.080 GWh de eletricidade para
aproximadamente 0,89 milhão de consumidores, e as vendas da CEMAT representaram
37,0% de nossa receita operacional bruta. Possuíamos, na data deste Prospecto, uma
participação de 39,9% no capital social total e 61,8% no capital votante da CEMAT.

Além de sua rede de distribuição, a CEMAT possui 22 UTEs movidas a óleo combustível,
com capacidade instalada total de 78,9 MW. As UTEs da CEMAT operam em um sistema
isolado dentro de sua área de concessão e utilizam combustível diesel para gerar
eletricidade. Os custos operacionais da CEMAT com seus sistemas isolados são mais altos
que aqueles causados na parte de sua rede de distribuição que está conectada ao Sistema
Interligado. Em seu sistema isolado, a CEMAT tem que pagar somente os custos de energia
comprada para revenda equivalente aos custos da energia hidráulica determinada pela
ANEEL, baseada em um valor de referência anual, e o restante do custo destes sistemas de
eletricidade é pago pela CCC.

A sede da CEMAT está localizada na Rua Manoel dos Santos Coimbra, 184, na cidade de
Cuiabá, no Estado do Mato Grosso. A CEMAT foi constituída em 4 de agosto de 1956. Em
31 de março de 2008, o capital social da CEMAT era representado por 118.853.305ações,
sendo 41.017.775 ações ordinárias e 77.835.530 ações preferenciais. Todas as ações da
CEMAT estão totalmente subscritas e pagas. Em 2007, a CEMAT pagou dividendos em
um total agregado de R$2,2 milhões. A CEMAT registrou um lucro líquido de R$147,1
milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007. No trimestre findo em 31 de
março de 2008 a Companhia não possuía dívidas com a CEMAT.
CELPA

A CELPA é a única concessionária distribuidora de energia no Estado do Pará, o segundo


maior estado por área do Brasil, abrangendo aproximadamente 14,7% do território
Brasileiro, com uma concessão que expira em 2028 e pode ser renovada por 30 anos
mediante nosso requerimento. Sua área de concessão cobre aproximadamente 1,2 milhão de
quilômetros quadrados, incluindo 143 municípios com uma população total de
aproximadamente 7,0 milhões. As principais atividades econômicas do Pará estão
relacionadas à mineração de ferro, bauxita, ouro, manganês e caulim. O Pará também é
ativo na criação de gado e turismo.
No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a CELPA vendeu 5.117 GWh de
eletricidade para aproximadamente 1,5 milhões de consumidores e as vendas da CELPA
representaram 33,9% de nossa receita operacional bruta. Durante o período de três meses
encerrado em 31 de março de 2008, a CELPA vendeu 1.287 GWh de eletricidade para
aproximadamente 1,5 milhão de consumidores, e as vendas da CELPA representaram
30,4% de nossa receita operacional bruta. Possuíamos, na data deste Prospecto, uma
participação direta e indireta de 43,4% no capital social total e 45,9% no capital votante da
CELPA.

Além de sua rede de distribuição, a CELPA possui 39 UTEs movidas a óleo combustível,
com capacidade instalada total de 71,34 MW. As UTEs da CELPA operam em um sistema
isolado dentro de sua área de concessão e utilizam combustível diesel para gerar
eletricidade. Os custos operacionais da CELPA com seus sistemas isolados são mais altos
que aqueles causados na parte de sua rede de distribuição que está conectada ao Sistema
Interligado. Em seu sistema isolado, a CELPA tem que pagar somente os custos de energia
comprada para revenda equivalente aos custos da energia hidráulica determinada pela
ANEEL, baseada em um valor de referência anual, e o restante do custo destes sistemas de
eletricidade é pago pela CCC.

A sede da CELPA está localizada na Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5 na cidade de


Belém, no Estado do Pará. A CELPA foi constituída em 31 de agosto de 1960. Em 31 de
março de 2008, o capital social da CELPA era representado por 63.850.934 ações, sendo
59.397.496 ações ordinárias e 4.453.438 ações preferenciais. Todas as ações da CELPA
estão totalmente subscritas e integralizadas. Em 2007, a CELPA pagou dividendos em um
total agregado de R$245,8 milhões. A CELPA registrou um lucro líquido de R$114,2
milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007. No trimestre findo em 31 de
março de 2008 a Companhia possuía uma dívida a ser paga a CELPA, no valor total
agregado de R$108,5 milhões.

CELTINS

A CELTINS é a única concessionária distribuidora de energia no Estado do Tocantins, que


abrange aproximadamente 3,3% do território Brasileiro, com uma concessão que expira em
2020 e pode ser renovada por 20 anos mediante nosso requerimento. Sua área de concessão
cobre aproximadamente 278.000 quilômetros quadrados, incluindo 139 municípios com
uma população total de aproximadamente 1,3 milhão. As principais atividades econômicas
do Tocantins estão relacionadas à agricultura, à criação de animais, à manufatura e ao
extrativismo mineral.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a CELTINS vendeu 1.068 GWh de


eletricidade para aproximadamente 0,37 milhão de consumidores e as vendas da CELTINS
representaram 9,9% de nossa receita operacional bruta. Durante o período de três meses
encerrado em 31 de março de 2008, a CELTINS vendeu 265 GWh de eletricidade para
aproximadamente 0,3 milhão de consumidores e as vendas da CELTINS representaram
9,6% de nossa receita operacional bruta. Possuíamos, na data deste Prospecto, uma
participação de 50,9% no capital social total e 70,0% no capital votante da CELTINS.
A sede da CELTINS está localizada na 104 Norte, Complexo 4, Lote 12-A, na cidade de
Palmas, no Estado do Tocantins. A CELTINS foi constituída em 20 de março de 1989. Em
31 de março de 2008, o capital social da CELTINS era representado por 378.733.957 ações,
sendo 275.189.932 ações ordinárias e 103.544.025 ações preferenciais. Todas as ações da
CELTINS estão totalmente subscritas e pagas. Em 2007, a CELTINS pagou dividendos em
um total agregado de R$107,0 milhões. A CELTINS registrou um lucro líquido de R$38,5
milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007. No trimestre findo em 31 de
março de 2008 a Companhia possuía uma dívida a ser paga para a CELTINS no valor total
agregado de R$17,9 milhões.

REDESUL/SUDESTE

Nossa unidade operacional REDESUL/SUDESTE abrange as seguintes distribuidoras que


operam em determinados municípios ou regiões dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e
Paraná, que administramos conjuntamente como uma única unidade operacional:

• EDEVP, com uma área total de concessão da que abrange 11.531 quilômetros
quadrados, incluindo 27 municípios no oeste do Estado de São Paulo, com uma
população total de aproximadamente 0,4 milhão de habitantes. Possuíamos, na data
deste Prospecto, 100% do capital social total da EDEVP.

• Caiuá, com uma área total de concessão que abrange 10.309 quilômetros quadrados,
incluindo 24 municípios do Estado de São Paulo, com uma população total de
aproximadamente 0,5 milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto, 100%
do capital social total da Caiuá.

• CNEE, com uma área total de concessão que abrange 4.794 quilômetros quadrados,
incluindo 15 municípios próximos à Catanduva, São Paulo, com uma população total de
aproximadamente 0,2 milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto,
98,7% do capital social total, incluindo 100,0% do capital votante da empresa CNEE.

• EEB, com uma área total de concessão que abrange 3.500 quilômetros quadrados,
incluindo 15 municípios nos estados de São Paulo e Minas Gerais, com uma população
total de aproximadamente 0,3 milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste
Prospecto, 91,5% do capital social total, incluindo 96,4% do capital votante da empresa
EEB.

• CFLO, com uma área total de concessão que abrange 3.115 quilômetros quadrados,
incluindo o município de Guarapuava no Estado do Paraná, com população total de
aproximadamente 0,2 milhão de habitantes. Possuíamos, na data deste Prospecto,
97,7% do capital social total, incluindo 97,7% do capital votante da empresa CFLO.

As concessões destas empresas têm prazo de vencimento previsto em 2015 e podem ser
renovadas por 20 anos mediante nosso requerimento, que deverá ser enviado à ANEEL, nos
termos dos contratos de concessão, até 36 (trinta e seis) meses antes do término do contrato,
ou seja, até o ano de 2012. Em 2007, essas empresas venderam um valor total de 2.879
GWh de eletricidade para aproximadamente 2.131 consumidores e as vendas destas
empresas representaram 17,5% de nossa receita bruta operacional. Durante o período de
três meses encerrado em 31 de março de 2008, essas empresas venderam [3.521] ou [766]
GWh de eletricidade para aproximadamente 3,4 milhões de consumidores e as vendas
destas empresas representaram [18,9%] ou [17,7%] de nossa receita bruta operacional. As
principais atividades econômicas dentro das áreas de concessão servidas por essas empresas
incluem manufatura, agronegócio (incluindo a produção de açúcar e etanol) e serviços.

Rede de Distribuição

Em 31 de dezembro de 2007, a rede e todas as linhas de distribuição de nossas


distribuidoras cobriam 196,7 mil quilômetros. As redes de distribuição de cada uma de
nossas distribuidoras são operadas por centros de operação de distribuição independentes,
projetados para identificar problemas nos serviços. Acreditamos que esta centralização dos
controles resulta em maior eficiência e menores custos operacionais. A tabela abaixo
apresenta os principais componentes do nosso sistema de distribuição em 31 de dezembro
de 2007:
REDESUL/
Subtransmissão CEMAT CELPA CELTINS SUDESTE TOTAL
69 kV (km) 400 1.137 664 188 2.389
88 kV (km) 0 0 0 104 104
138 kV (km) 3.221 1.897 1.561 96 6.775
230 kV (km) 0 11 0 0 11
Total 3.621 3.045 2.225 387 9.278
Subestações
Número de Subestações 115 63 88 83 349
Subestações MVA 2.035 1.690 821 1.589 6.137

Distribuição
Rede Primária de distribuição (km) 52.751 40.230 44.744 15.979 153.703
Rede Secundária de distribuição (km) 10.992 18.447 6.663 6.922 43.025
Total 63.743 58.677 51.407 22.901 196.728

Postes da rede de distribuição 735.390 663.027 519.551 356.512 2.274.480


Estações Transformadoras De Distribuição 64.464 46.723 31.146 28.888 171.221
Capacidade Instalada (MW) 1.399 1.514 685 1.048 4.646

Nossas distribuidoras transferem energias provenientes de geradores de força para


consumidores por sistemas de transmissão, subtransmissão e distribuição. Transmissão é o
volume de transferência de energia em voltagens de 230kV ou mais de sistemas de geração
ou estações de força para sistemas de transmissão e subtransmissão por intermédio de uma
rede elétrica. Subtransmissão é o volume de transferência de energia que foi transformada
de uma voltagem 230kV ou maior para as voltagens 138kV, 88kV ou 69kV provenientes de
sistemas de transmissão para sistemas de distribuição. Distribuição é a transferência de
energia que foi transformada das voltagens 138kV, 88kV ou 69kV para a voltagem 34.5kV
ou mais baixa provenientes de sistemas de subtransmissão e distribuição para os usuários
finais. Os sistemas de subtransmissão e distribuição de nossas subsidiárias estão integrados
a rede de transmissão das regiões do Brasil em que estas empresas operam.

A maioria da energia que nossas distribuidoras compram possui a voltagem de 69kV ou


mais e é transportada desde os sistemas de geração para as áreas de concessão de nossas
empresas de distribuição, por meio de linhas de alta voltagem operadas por diversas
companhias de transmissão, incluindo a Eletronorte e Furnas. Nossas distribuidoras
possuem múltiplas conexões de energia pelas quais elas transportam esta energia para seus
sistemas de distribuição via suas linhas de subtransmissão.

Subtransmissoras (138kV, 88kV e 69kV) e Subestações

Os sistemas de subtransmissão de nossas distribuidoras consistem em 9.278 km de linhas


aéreas. Nossas 349 subestações estão conectadas a esses sistemas de linhas aéreas e linhas
subterrâneas. Nossos sistemas de subtransmissão são sistemas centrais onde cada uma de
nossas subestações é servida independentemente por uma linha de subtransmissão dedicada
que não são conectadas por intermédio de redes malhadas. Em condições normais de
operação, não há restrições acerca da transmissão de energia via nossas linhas de
subtransmissão. Nós realizamos estudos freqüentes sobre os sistemas de subtransmissão
para servir ao mercado de eletricidade tanto na condição regular, como em condições de
emergência e para assegurar o máximo de fornecimento de energia.

Nossas distribuidoras operam 349 subestações de distribuição com uma capacidade de


transformação total de 6.137 MVA. Nossas subestações, como é comum no mercado de
energia, são designadas para carregar uma carga maior do que a necessária durante
operações normais. Cada uma das subestações de distribuição consiste em uma série de
transformadores onde há duas fontes subtransmissoras, uma fonte preferencial e outra fonte
reserva. Caso a fonte preferencial seja desligada, cada uma das subestações de distribuição
possui um condutor automático designado para trocar a fonte subtransmissora preferencial
para a fonte reserva dentro de 30 segundos, com o intuito de assegurar que a perda de um
elemento não implicará em uma longa perda de fornecimento.

Rede Primária e Secundária de Distribuição

Nossas companhias de distribuição operam com 153.703 km de linhas de rede primária


(alta tensão), distribuídos em 16.590 nas áreas urbanas e 137.113 nas áreas rurais.

Também operamos com 43.025 km de rede secundária (baixa tensão), distribuídos em


34.424 nas áreas urbanas e 8.600 nas áreas rurais.

Nossas companhias de distribuição operam linhas aéreas de distribuição com voltagens de


127/220V, que são conectados a 171.221 transformadores de distribuição que estão
conectados a nossa rede primária.

Manutenção e Expansão dos Serviços de Distribuição

Nós elaboramos planos para manter e reparar as instalações de distribuição com o objetivo
de evitar falta e perda de energia nas linhas de subtransmissão. Para faltas de energia mais
graves, tais como falhas nos transformadores, as distribuidoras colocaram transformadores
e equipamentos de reserva em subestações estratégicas para tentar minimizar o tempo de
interrupção no fornecimento. Esses planos foram preparados para cada uma de nossas
distribuidoras para evitar ou limitar as faltas de energia e as respectivas inconveniências
para os consumidores. Para minimizar as faltas resultantes da queda de galhos de árvores e
danos aos nossos transformadores de distribuição, a principal causa de interrupção dos
circuitos, nós implementamos programas de poda de árvores e programas de substituição de
cabos em conjunto com os municípios localizados em sua área de serviço, bem como um
programa para manutenção dos transformadores.

A manutenção e expansão de nossas redes de distribuição freqüentemente requerem a


construção de novas instalações e a instalação de novos equipamentos, o que pode ser
retardado por diversas razões, incluindo inesperados problemas de engenharia e ambientais.
No entanto, eventuais perdas resultantes de insuficiências em nossa rede de distribuição em
função de atrasos em construções e instalação de equipamentos, são normalmente reduzidos
porque nossos sistemas de distribuição foram desenvolvidos para resistir sobrecargas
temporárias com limites pré-definidos e monitorados, e nossos planos de manutenção e
expansão geralmente contemplam soluções alternativas de construção.

Adicionalmente, objetivando atingir a excelência operacional implementamos uma


estratégia que consiste na (i) centralização da supervisão e controle do sistema elétrico,
através da otimização de recursos e visão integrada, (ii) uso do work management system
mobile (WMS), com a transmissão de dados por satélite ou por celular juntamente com um
equipamento móvel (Palmtop / Pocket PC), (iii) digitalização da rede de distribuição, que
gera maior confiabilidade da informação e utilização de ferramentas de apoio para projetos
e cálculos, (iv) automação de subestações e da rede elétrica, contribuindo na redução dos
deslocamentos e rapidez no restabelecimento da interrupção do serviço, (v) expansão da
rede de transmissão e (vi) controle de suprimentos e logística fornecido por terceiros, com a
centralização do controle das compras de materiais e serviços gerando aproveitamento da
escala e padronização, com o controle próprio da distribuição e utilização de materiais e
com almoxarifados avançados interligados.

Investimos um total de aproximadamente R$1.048,1 milhões em 2007, R$811,9 milhões


em 2006 e R$566,5 milhões em 2005 na manutenção e expansão de nosso sistema.
Adicionalmente, com o objetivo de reduzir as perdas e interligar os consumidores que eram
atendidos pelas UTEs em nossos sistemas isolados, investimos R$68,0 milhões em 2005,
na implementação de um sistema de transmissão interligando os Municípios de Brasnorte,
Juína e Juara ao nosso sistema de distribuição no Mato Grosso.

Novas Tecnologias

Estamos sempre atentos para novas tecnologias que possam diminuir o nosso custo
operacional, nossas despesas com materiais e aperfeiçoar nosso atendimento aos
consumidores. Por exemplo, implementamos a centralização da supervisão e controle do
sistema elétrico com base geo-referenciada que permite o fluxo de ordens e serviços pelo
sistema e-mobile baseado em tecnologia Work Management System Mobile e GPRS, bem
como a automação de algumas de nossas subestações.

Adicionalmente, prevemos utilizar as novas tecnologias disponíveis no mercado também


para reduzir nossas perdas comerciais de receita. Perdas comerciais são as que resultam de
conexões ilegais, roubos, fraudes, falhas na medição e erros no faturamento. Para maiores
informações, veja abaixo o item “Perdas de Energia Elétrica”.

Programa Luz para Todos

Nós também investimos R$501,7 milhões em 2007, R$514,2 milhões em 2006 e R$241,0
milhões em 2005, destinados ao Programa Luz Para Todos, instituído pelo Governo Federal
em novembro de 2003. Esse programa tem por objetivo propiciar, até o ano de 2010,
energia elétrica à população rural que não tem acesso a esse serviço público. Do total
investido no programa, 10% são recursos da Reserva Global de Reversão - RGR, a título de
financiamento com a Eletrobrás, 65% com recursos da Conta de Desenvolvimento
Energético - CDE, através de subvenção econômica, 10% com recursos dos Governos dos
Estados e 15% com recursos próprios.

A tabela a seguir demonstra o número de novas conexões feitas pela CEMAT, CELPA e
CELTINS como um resultado do Programa Luz para Todos para os períodos apresentados:
Exercício Encerrado em 31 de dezembro de
2005 2006 2007 Total

CEMAT 11.204 12.634 15.679 39.517


CELPA 25.238 56.984 52.005 141.656
CELTINS 7.195 8.753 24.080 40.028
Total 43.637 78.371 99.193 221.201

Em 12 de maio de 2005, a CELPA celebrou um contrato de construção com a Construtora


Andrade Gutierrez S. A para a execução de serviços e obras de engenharia no valor total
agregado de R$466,0 milhões, em conexão com a implementação do Programa Luz para
Todos.

Indicadores de Qualidade do Serviço

O nível de qualidade e eficiência do sistema de distribuição de uma concessionária de


distribuição de energia elétrica é demonstrado pelos índices DEC e FEC. As metas de DEC
e FEC a serem observadas pelas distribuidoras são definidas pela ANEEL e publicadas na
conta do consumidor. Essas metas variam de distribuidora para distribuidora, conforme as
características da área de concessão de cada uma delas. Neste sentido, nossas distribuidoras
estão sujeitas a diferentes metas de DEC e FEC fixadas pela ANEEL.

Nos últimos 9 anos, em conseqüência de investimentos realizados nas redes da CELPA,


CEMAT e CELTINS após a privatização, os índices DEC e FEC apresentaram melhoras
significativas. No entanto, nos últimos 2 anos, em função da ampliação do número de
consumidores rurais nessas distribuidoras, devido, principalmente, ao Programa Luz para
Todos, os índices DEC e FEC sofreram uma pequena elevação. Todas as nossas
companhias de distribuição atingiram os índices DEC e FEC, estabelecidos pela ANEEL
para os anos de 2007, 2006 e 2005, exceto a CELPA que excedeu seu índice DEC em 12%
em 2005, 31% em 2006, 85% em 2007 e excedeu seu índice FEC em 9% em 2005, 9,8%
em 2006 e 44% em 2007. A empresa entrou com recurso administrativo na ANEEL para
rever esses índices.

A melhora na qualidade dos índices destas companhias se deram principalmente devido a:

• investimentos na nossa rede de distribuição;

• instalação de novos transformadores e cabos isolados;

• programas de treinamento eficazes para o pessoal envolvido na operação da rede; e

• aumento no número de equipes de emergência nos maiores municípios que


atendemos.

Na REDESUL/SUDESTE, os nossos indicadores de desempenho são muito mais estáveis


em razão da maturidade da rede e da menor área de nossas concessões nesses sistemas que
se mantêm plenamente atendidos.

As tabelas a seguir demonstram a duração (em horas por ano) e freqüência das ocorrências
de falta de energia na rede de distribuição da CEMAT, CELPA e CELTINS, em
comparação com os valores de referência da ANEEL para estas empresas, nos exercícios de
1998 (ano da privatização da CELPA e CEMAT) a 2007.

DEC Exercício encerrado em 31 de dezembro de


1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Meta ANEEL 43,04 59,02 43,81 49,85 48,10 46,45 43,72 41,96 39,47 37,37
CEMAT
27,51
Real 66,60 42,07 29,00 22,70 22,70 24,50 31,16 30,56 25,78
% diferença 54,74 (28,72) (33,81) (54,46) (52,81) (47,16) (28,73) (27,17) (34,68) (26,38)
Meta ANEEL 30,0 30,0 30,0 40,0 40,00 35,07 35,98 33,76 32,63 30,82

CELPA 56,87
Real 106,19 39,53 28,59 29,44 32,83 29,41 31,07 34,43 42,63
% diferença 253,97 31,76 (4,7) (26,40) (17,93) (16,14) (13,65) 2,00 30,65 84,52
Meta ANEEL 30,00 69,20 69,20 57,00 51,80 48,10 43,50 59,40 52,30 45,71

CELTINS 47,67
Real 84,80 70,0 42,70 42,80 45,38 38,53 33,27 41,84 51,08
% diferença 182,66 1,16 (38,29) (24,91) (12,39) (19,90) (23,52) (29,56) (2,33) 4,29

FEC Exercício encerrado em 31 de dezembro de


1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
CEMAT Meta
52,99 77,44 55,13 60,47 56,12 51,75 43,75 40,14 36,33 33,43
ANEEL
Real 100,70 64,96 39,75 30,17 26,15 25,97 24,66 22,36 26,37 24,77
% diferença 90,04 (16,12) (27,90) (50,11) (53,40) (49,81) (43,63) (44,29) (27,42) (25,90)
Meta 31,59
45,00 45,00 45,00 40,00 40,00 35,03 37,70 35,21 33,61
ANEEL
CELPA 41,61
Real 64,66 39,62 30,26 31,82 38,36 31,65 30,77 32,58 36,56
% diferença 43,69 (11,96) (32,76) 20,45 (4,35) (9,65) (18,38) (9,02) 8,78 44,38
Meta 38,50
45,00 73,60 69,20 50,10 45,00 41,10 37,00 49,70 43,80
ANEEL
CELTINS 33,77
Real 107,30 78,90 39,90 39,80 34,65 31,26 27,86 33,74 35,88
% diferença 138,44 7,20 (42,34) (20,55) (23,00) (23,94) (24.70) (32,11) (18,08) (12,29)

Recentemente, a ANEEL anunciou a retirada do índice de satisfação do cliente do cálculo


do fator X, de modo que este índice não mais integrará a metodologia aplicada na próxima
revisão tarifária. Além disso, a ANEEL decretou novos regulamentos que a Rede Energia
terá que cumprir, sob pena de ser legalmente punida caso não atinja índices mínimos. Estes
índices mínimos foram pré-estabelecidos e medidos por um novo indicador de qualidade de
serviço relacionado à satisfação do consumidor.

Perdas de Energia Elétrica


Os resultados financeiros das nossas distribuidoras são afetados por perdas de energia elétrica,
uma vez que essa energia poderia de outra forma ter sido distribuída a consumidores finais ou
outras concessionárias, reduzindo as necessidades de compra de energia para revenda. As
perdas de energia das nossas distribuidoras estão divididas em duas categorias básicas: perdas
técnicas e perdas comerciais. Perdas técnicas são inerentes ao fluxo de energia elétrica através
do sistema de distribuição, visto que uma porção da energia que distribuímos dissipa-se no
curso da transmissão. Perdas técnicas consistem na quantidade de eletricidade que compramos
e que não é consumida por nossos consumidores. Perdas comerciais são as que resultam de
conexões ilegais, roubos, fraudes, falhas na medição e erros no faturamento. Perdas comerciais
consistem na quantidade de energia consumida pelos consumidores e outros que não são
convertidas em receita. Nossa perda de energia elétrica média em 2007 foi de 19,7%, dos quais
12,5% foram perdas técnicas e 7,2% perdas comerciais.

As perdas de energia das subsidiárias em nossa unidade operacional REDESUL/SUDESTE


se mantiveram estáveis nos últimos três anos. Em 2007, 2006 e 2005, a média das perdas
técnicas das subsidiárias na nossa unidade operacional REDESUL/SUDESTE foram de
7,3%, 7,4% e 6,2%, respectivamente, e as perdas comerciais destas subsidiárias foram de
0,3%, 0,3% e 0,3%, respectivamente.

A tabela a seguir contém informações referentes às perdas de eletricidade de CELPA,


CEMAT E CELTINS (inclusive como uma porcentagem do total de eletricidade vendida),
nos períodos indicados:
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Em %
CELPA Perdas Técnicas 15,3 15,3 14,9 14,5 14,0 14,0 14,0 10,6
Perdas Comerciais 7,8 6,8 6,5 6,2 7,6 9,6 12,3 16,3
Total 23,1 22,1 21,4 20,7 21,6 23,6 26,3 26,9
CEMAT Perdas Técnicas 10,3 9,2 8,7 8,8 8,8 8,1 9,8 10,2
Perdas Comerciais 6,8 6,2 6,2 4,5 5,6 6,1 5,9 6,2
Total 17,1 15,4 14,9 13,3 14,4 14,2 15,6 16,3
CELTINS Perdas Técnicas 10,2 9,6 8,4 12,4 13,6 13,6 15,3 11,6
Perdas Comerciais 5,1 6,7 9,0 4,6 3,8 4,3 4,7 6,6
Total 15,3 16,3 17,4 17,0 17,4 17,9 20,0 18,2

Uma de nossas prioridades é reduzir as nossas perdas comerciais em nossas distribuidoras


CEMAT, CELPA e CELTINS. Os índices de perdas comerciais no sistema
REDESUL/SUDESTE não são significativos em relação aos resultados de nossas
operações.

Em 1998, a CEMAT, a CELPA e a CELTINS, adotaram um plano abrangente para redução


de perdas de eletricidade e recuperação de receita, inclusive por meio de:

• conserto, quando necessário, dos medidores de uso para reduzir as falhas de leitura,
efetuados em oficinas próprias ou terceirizadas. Os medidores defeituosos são
identificados durante inspeções ou coleta de leitura ou por verificação de faturamento;

• instalação dos medidores de uso em postes de distribuição, e não dentro das


residências dos consumidores, para reduzir as adulterações e a conexões ilegais. Os
medidores são instalados em caixas confeccionadas em aço galvanizado com alta
resistência a corrosão, dotadas de trava de segurança e dispositivos de selagem;

• campanhas para promover os pagamentos em dia das contas de eletricidade, bem como
adoção de novas estratégias de cobrança para recebimento de contas em aberto e
negociação das dívidas vencidas;

• instalação de medidores de uso intermediários na rede de distribuição para auxiliar


na localização de fontes de perdas; e

• implementação de sistemas que permitem que residentes nas nossas áreas de


concessão denunciem de forma anônima conexões ilegais, fraudes nos medidores ou
outras modalidades de fraude por telefone de denúncias anônimas, por telefone. Após a
denúncia é gerada uma ordem de serviço para apuração de irregularidade, o vem
demonstrando um alto índice de êxito em localizar e resolver o problema relatado.

Para a implementação dos programas de redução de perdas, nossas distribuidoras contam com
o apoio de delegacias criadas especialmente para atender a ocorrências relacionadas a furtos de
serviços públicos de energia elétrica e outros serviços públicos. Nós também identificamos
conexões ilegais ou fraudes nos medidores quando o consumo de eletricidade ultrapassa os
valores faturados. Como resultado dessas medidas, as taxas de perdas de energia elétrica da
CELPA, CEMAT e CELTINS diminuíram de 23,1%, 17,1% e 15,3% respectivamente, durante
2000 para 26,9%, 16,3% e 18,2%, respectivamente, durante 2007. No entanto, com a
dificuldade de captação de recursos para investimentos durante o período após o programa de
racionamento, reduzimos nossos investimentos no combate às perdas, o que causou um
aumento desse índice a partir de 2004.

Prevemos, futuramente, para evitar as perdas comerciais implantar um sistema eletrônico de


medição com leitura remota on-line, que permite o corte e religamento remotos do
fornecimento de energia elétrica e análise do balanço energético de cada consumidor
permitindo uma detecção de perdas mais precisa. Esse sistema permitirá, ainda, que os nossos
consumidores adquiram a energia elétrica de diversas modalidades: pós-pagamento do uso da
energia (como é feito hoje em dia), pré-pagamento ao uso de energia (através da aquisição de
cartões com códigos vinculados ao respectivo medidor de um determinado cliente), tarifa fixa
de energia elétrica (como por exemplo, 50 MW/mês) ou tarifa fixa com recarga pré-paga. Essa
tecnologia já está disponível no mercado mas precisa ser aprovada pelas autoridades
competentes antes de ser implementada.
Consumidores e Tarifas de Distribuição
Consumidores
A prestação do serviço de distribuição de energia elétrica compreende o atendimento de um
mercado que se divide em consumidores livres, os quais podem escolher um fornecedor de
energia distinto do grupo que lhes fornecer acesso à rede de distribuição, e consumidores
cativos, os quais adquirem a energia fornecida pela distribuidora conjuntamente com o serviço
de uso da rede.
Os consumidores cativos das nossas distribuidoras são classificados em cinco classes de
consumo principais: industriais, residenciais, comerciais, rurais e outros (os quais incluem
instituições governamentais e de serviços públicos).
• Consumidores Residenciais. Na data deste Prospecto, nossas distribuidoras
possuíam 2,8 milhões de consumidores residenciais. O consumo dos consumidores
residenciais representou aproximadamente 34,1% do volume total de eletricidade de
nossas distribuidoras no período de três meses findo em 31 de março de 2008, 33,8%
em 2007, 33,9% em 2006 e 35,3% em 2005. Atualmente, o segmento de eletricidade
residencial é o segmento mais lucrativo de nossas distribuidoras.
• Consumidores Industriais. Na data deste Prospecto, possuíamos 28,9 mil
consumidores industriais, inclusive usuários de grandes volumes. Tais consumidores
representaram 25,2% do volume total de eletricidade vendido no período de três meses
findo em 31 de março de 2008, 24,9% em 2007, 24,8% em 2006 e 21,8% em 2005.
Alguns dos consumidores livres das nossas distribuidoras passaram a adquirir energia
da REDECOM a partir de 2004.
• Consumidores Comerciais. Na data deste Prospecto, nossas distribuidoras possuíam
278,6 mil consumidores comerciais, inclusive empresas de varejo, escritórios, bancos,
empresas prestadoras de serviços, universidades e hospitais particulares. Tais
consumidores representaram 20,4% do volume total de eletricidade vendido no período
de três meses findo em 31 de março de 2008, 20,1% em 2007, 20,1% em 2006 e 21,2%
em 2005.
• Consumidores Rurais. Na data deste Prospecto, as nossas distribuidoras possuíam
260,5 mil consumidores rurais que representavam 6,2% do volume total de eletricidade
vendido no período de três meses findo em 31 de março de 2008, 6,7% em 2007, 6,2%
em 2006 e 6,1% em 2005.
• Outros Consumidores. Na data
deste Prospecto, possuíamos aproximadamente 38,9 mil outros consumidores, incluindo
do setor público, iluminação pública e consumidores do serviço público. Consumo por
outros consumidores representaram 14,1% do volume total de eletricidade vendido no
período de três meses findo em 31 de março de 2008, 14,5% em 2007, 15,1% em 2006
e 15,5% em 2005.
Consumidores também são classificados pelo nível de voltagem, baseado na carga instalada
e/ou na demanda contratada. Nós nos referimos como consumidores industriais e
comerciais, como aqueles que recebem energia em um nível de alta voltagem (acima de
138kV) como consumidores classe A e nos referimos a consumidores industriais,
comerciais e residenciais, como aqueles que recebem energia em níveis de voltagem mais
baixos (igual ou menor do que 69kV) como consumidores classe B.
A tabela a seguir apresenta a receita operacional bruta e o total de eletricidade distribuída
pela CEMAT, CELPA, CELTINS e nossa unidade operacional REDESUL/SUDESTE, em
uma base agregada e por tipo de consumidor, para os períodos indicados.

Em 31 de dezembro de No Trimestre Findo em 31 de março de


2005 2006 2007 2007 2008
(1)
R$ GWh % R$(1) GWh % R$ (1)
GWh % R$ (1)
GWh % R$(1) GWh %
CEMAT
Residencial... 538,3 1.300 32,5 530,1 1.336 33,0 581,9 1.416 32,6 139,3 356 34,6 150,1 359 33,2
Industrial... 321,4 851 21,2 294,7 765 19,2 370,8 899 20,7 75,3 199 19,4 100,4 225 20,8
Comercial... 433,5 907 22,6 427,1 918 23,6 108,8 979 22,5 111,4 247 24,0 128,1 256 23,7
Rural... 112,1 417 10,4 107,2 416 10,4 477,1 491 11,3 24,8 93 9,0 29,5 102 9,4
Outros... 211,9 531 13,3 227,7 547 13,7 281,2 563 12,9 107,3 134 12,9 64,3 138 12,8
Total... 100, 1.819,8 4.347 100,0 458,1 1.029 100, 472,4 1.080 100,0
1.617,2 4.006 100,0 1.586,8 3.982 0 0
(1) (1)
R$ GWh % R$ GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh %
CELPA
Residencial... 627,1 1.771 38,0 674,7 1.806 38,1 686,5 1.945 38,0 171,4 456 38,0 156,5 490 38,10
Industrial... 267,4 1.017 21,9 280,8 988 20,8 295,5 1.082 21,1 72,5 256 21,3 71,5 285 21,3
Comercial... 390,2 1.014 21,8 413,6 1.044 22,0 424,0 1.126 22,0 101,3 262 21,8 96,0 274 21,8
Rural... 19,7 74 1,6 23,1 83 1,8 29,7 113 2,2 6,5 23 2,0 7,3 32 2,0
Outros... 203,4 786 16,9 282,4 819 17,3 264,7 852 16,7 57,0 203 16,9 65,3 207 16,9
Total... 100, 1.700,4 5.117 100,0 408,7 1.200 100, 396,6 1.288 100,0
1.507,9 4.661 100,0 1.674,6 4.739 0 0
(1) (1)
R$ GWh % R$ GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh % R$(1) GWh %
CELTINS
Residencial... 37,0 207,8 392 36,7 46,7 91 37,2 51,9 95 36,0
147 344 37,0 175,2 357 0
Industrial... 31,8 108 11,6 35,9 104 10,8 45,5 126 11,8 9,4 27 10,9 12,1 32 12,2
Comercial... 89,5 197 21,1 108,3 204 21,1 127,2 224 21,0 28,7 52 21,1 32,0 54 20,5
Rural... 17,1 70 7,5 22,3 79 8,1 27,6 91 8,5 6,0 20 8,1 7,7 25 9,6
Outros... 93,8 212 22,8 109,5 221 22,9 97,3 235 22,0 15,6 55 22,7 21,4 59 21,8
Total... 100, 505,4 1.068 100,0 106,3 244 100, 125,1 265 100,0
379,2 932 100,0 451,2 964 0 0

REDESUL/
SUDESTE (2)
Residencial... 245,2 688 34,2 347 932 33,9 371,8 985 34,2 95,0 248 34,6 97,8 257 33,5
Industrial... 125,2 560 27,8 183,3 742 27,1 199,0 768 26,7 47,2 191 26,6 55,5 222 29,0
Comercial... 110 348 17,3 155,6 459 16,7 166,1 493 17,1 43,2 127 17,7 45,0 134 17,5
Rural... 25,6 148 7,3 42,4 232 8,4 44,8 247 8,6 10,6 57 7,0 10,8 59 7,6
Outros... 69 273 13,4 115,1 383 13,9 100,1 386 13,4 25,3 94 13,1 36,8 95 12,4
Total... 574,9 2.017 100,0 843,4 2.749 100, 881,8 2.879 100,0 225,3 718 100, 245,9 767 100,0
0 0

TOTAL
CONSOLIDA
DO
Residencial... 1.557,6 4.104 35,3 1.727,0 4.431 33,9 1.848,0 4.738 36,2 452,4 1.151 33,9 456,1 1.201 34,1
Industrial (3) ... 745,8 2.536 21,8 853,1 3.244 24,8 978,2 3.501 20,6 230,1 976 27,9 263,1 886 25,2
Comercial... 1.023,2 2.465 21,2 1.104,6 2.625 20,1 1.194,5 2.822 22,0 284,6 690 19,7 301,01 718 20,4
Rural... 174,5 709 6,1 195,0 810 6,2 235,8 941 5,4 47,9 193 5,5 55,4 218 6,2
Outros... 573,2 1.803 15,5 734,7 1.971 15,1 718,4 2.036 15,8 209,1 486 13,9 187,9 498 14,1
Total... 100, 4.974,9 14.038 100,0 1.224,1 3.496 100, 1.263,6 3.521 100,0
4.074,3 11.616 100,0 4.614,7 13.081 0 0

________________________________________________
(1) Em milhões.
(2) Inclui EDEVP após 30 de junho de 2006, a data de aquisição da EDEVP.
(3) Inclui as vendas da REDECOM após 30 de junho de 2006, a data da aquisição da REDECOM.

Em 2007, o número de nossos consumidores de distribuição e o volume global de energia


distribuída aumentou 6,2% e 7,3%, respectivamente. O volume total de energia distribuída
representa a soma de energia vendida para usuários finais ou outras distribuidoras e energia
que é transmitida por meio de redes de distribuição para o consumo de consumidores livres
ou entrega para outras concessionárias. Este crescimento em eletricidade distribuída
corresponde a um período de recuperação na economia, que também causou impacto no
consumo residencial.

O impacto deste período de recuperação econômica, entretanto, não foi uniforme por todas
as áreas de concessão de nossas distribuidoras de energia:

• Nos Estados do Mato Grosso, Pará e Tocantins, onde o agronegócio é


particularmente relevante, houve aumentos de 5,7%, 7,6% e 8,0% no volume de energia
distribuída, respectivamente; e

• Nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, onde possuímos um número
maior de consumidores residenciais, industriais e livres, houve um aumento de 2,7% na
média do volume de energia distribuída.

Consumidores Potencialmente Livres

Consumidores potencialmente livres são consumidores com uma demanda contratada


acima de 3,0 MW que estão conectados em nossas redes de distribuição a um nível de
voltagem de 69Kv, ou mais, a partir de 8 de julho de 1995. O número de nossos
consumidores potencialmente livres relativo ao número total de nossos consumidores
cativos é pequeno. Vendas para os consumidores livres representaram 3,7% do volume de
nossas vendas de energia durante 2007 e 5,3% durante o período de três meses encerrado
em 31 de março de 2008, e representou 2,5% de nosso resultado bruto de vendas durante
2007 e 3,8% durante o período de três meses encerrado em 31 de março de 2008.

Tarifas Aplicáveis e os mecanismos tarifários

As nossas distribuidoras operam com tarifas reguladas e seus resultados dependem de


ajustes e revisões aprovados pela ANEEL. Seus respectivos contratos de concessão definem
reajustes anuais, revisões tarifárias periódicas e a possibilidade de revisões tarifárias
extraordinárias. (Para uma descrição detalhada dos mecanismos de revisão veja a Seção
“Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados
Operacionais”, no item “Negócios de Distribuição de Energia”, subitem “Tarifas de
Distribuição”.

A tabela a seguir apresenta a tarifa média por tipo de consumidor da CEMAT, CELPA,
CELTINS e nossa REDESUL/SUDESTE unidade operacional para os períodos indicados.

Em 31 de dezembro de No trimestre findo em 31 de março de


2005 2006 2007 2007 2008
(em reais/MWh)
CEMAT:
Residenciais........ 414,0 396,7 411,0 391,2 418,2
Industriais............ 377,9 385,3 412,4 377,7 447,1
Comerciais.......... 478,2 465,0 111,2 450,3 499,7
Rurais.................. 268,6 257,8 972,3 266,5 289,2
Outros.................. 398,6 416,5 499,6 806,5 465,3
Média Total........... 403,7 398,5 418,6 445,2 437,4

CELPA:
Residenciais........ 354,2 373,6 353,0 376,2 319,2
Industriais............ 262,9 284,3 273,1 283,3 251,2
Comerciais.......... 385,0 396,4 376,6 387,3 350,8
Rurais.................. 267,3 278,1 263,4 277,6 226,5
Outros.................. 258,8 344,7 310,6 280,9 315,8
Média Total........... 323,5 353,3 332,3 340,7 308,0

CELTINS:
Residenciais........ 426,9 491,0 529,8 513,5 544,2
Industriais............ 293,7 344,0 361,9 352,3 374,5
Comerciais.......... 454,1 531,7 567,8 555,9 589,0
Rurais.................. 243,9 283,8 303,9 303,2 302,9
Outros.................. 441,9 495,3 413,5 281,5 370,7
Média Total........... 406,8 467,8 473,2 435,2 471,8

REDESUL/SUDESTE
:
Residenciais........ 356,2 372,4 377,2 382,3 379,8
Industriais............ 223,3 246,9 259,1 246,8 297,0
Comerciais.......... 316,3 338,6 337,0 340,2 419,1
Rurais.................. 173,8 182,8 181,3 185,4 253,9
Outros.................. 252,6 300,3 259,6 310,2 377,3
Média Total........... 285,0 306,8 306,2 313,6 358,8

Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD


Um consumidor que opte pelo mercado livre e utilize o sistema de distribuição deve pagar a
tarifa de Uso do Sistema de Distribuição - TUSD ao distribuidor local. No entanto, a
ANEEL autoriza os consumidores livres a parar de pagar as tarifas TUSD para os
distribuidores locais caso eles construam suas próprias redes de distribuição e as conectem
as redes interconectadas. Caso qualquer dos consumidores livres decida construir suas
próprias redes de distribuição, o lucro bruto operacional do distribuidor será adversamente
afetado. A redução do lucro derivado pela migração dos consumidores para o mercado livre
não causa geralmente uma redução material das margens de lucro para um distribuidor,
visto que há uma compensação para o investimento do distribuidor retirada das tarifas
TUSD, que continuam a ser pagas para o distribuidor inclusive após a um consumidor
potencialmente livre mudar para um outro fornecedor de energia.

A tabela abaixo apresenta a receita bruta operacional resultante da TUSD por consumidores
livres e outras concessionárias representando energia em trânsito por nossa rede, nos exercícios
indicados. Para maiores informações vide Seção “O Setor de Energia Elétrica no Brasil –
Tarifas pelo Uso dos Sistemas de Distribuição de Eletricidade – Tarifas Aplicadas para
Consumidores Livres”.
No exercício encerrado em 31 de dezembro de No Trimestre findo em 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
(em R$milhões)
CEMAT 27,6 44,1 59,3 13,4 15,4
CELPA 4,6 13,4 17,3 4,3 2,7
CELTINS 0,3 2,8 4,4 1,1 1,3
REDESUL/SUDESTE 12,1 16,3 19,5 5,0 4,2
TOTAL 44,6 76,6 100,5 23,8 23,6

Compras de Energia para Distribuição

Suprimento de Energia Elétrica

A compra de energia elétrica para distribuição no Brasil tem sido, historicamente, muito
regulamentada. No âmbito do Programa Nacional de Desestatização e a fim de garantir que
a transição de um mercado regulamentado para um mercado sem regulamentação fosse
gradual, os geradores e distribuidores de eletricidade foram obrigados a celebrar Contratos
Iniciais. Os Contratos Iniciais continham condições de preço não negociáveis (com base em
reais) e de quantidades reguladas pela ANEEL. O volume de eletricidade por nós vendido e
comprado nos termos dos Contratos Iniciais permaneceu estável de 1998 até 2002, mas de
acordo com regras da ANEEL, começou a declinar 25% por ano, começando em 31 de
dezembro de 2002 e terminando em 31 de dezembro de 2005.

Adotamos principalmente dois tipos básicos de acordos de suprimento: (1) compras de


energia por meio de leilões públicos, que representavam aproximadamente 69,2% da
energia comprada para revenda no período encerrado em 31 de dezembro de 2007; (2)
contratos bilaterais (de curto e longo prazo) com geradores particulares, que representavam
12,3% da eletricidade comprada para revenda no período encerrado em 31 de dezembro de
2007. O remanescente dos contratos de energia comprada equivalente a 18,5% do total são
divididos entre energia contratada do programa PROINFA, Eletronorte, Itaipu e outras
empresas de geração que nós vendemos em 2005 e 2006.
A tabela a seguir apresenta a soma de eletricidade, incluindo nossas fontes principais de
fornecimento de energia para os períodos indicados.

No exercício encerrado em No trimestre findo em


31 de dezembro de 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
(em MW/h)
Agropecuaria Maggi Ltda. 17.597 1.220 -
Alvorada Energia S.A - 37.131 11.328 19.120
Apiacás Energia S.A 20.213 80.273 28.195 29.002
Arapucel Indiavaí S.A 180.065 123.401 2.581 984 -
Arapucel Ombreiras S.A 59.808 -- - 1.476 -
Araputanga Centrais Elétricas S.A 165.191 81.714- 2.559- 345 -
Braço Norte Energia 9.154 32.078 8.323 9.323
Brasil Central Energia S.A 2.149 -
Celg Geração e Transmissão S.A 620 75
Celtins Energética S.A
Cemig Geração e Transmissão S.A 10.397 429.734 393.101 163.954 102.016
Centrais Eléricas Brasileiras S.A - Itaipu 578.965 580.051 517.497 314.172 314.172
Centrais Elétrica do Norte do Brasil S.A - Eletronorte 2.613.657 1.424.359 1.902.690 531.223 399.097
Centrais Elétricas Salto dos Dardanelos S.A 4.718 -
Cia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica 110.258 172.083 204.477 78.338 42.944
- CEEE
Cia. Energética de São Paulo - CESP 718.759 1.463.960 960.406 405.545 244.096
Cia. Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF 1.099.826 1.916.919 2.252.356 873.199 525.077
Comerc. Coml - 14.410
Coomex - 13.592
COPEL Geração S.A 724.745 949.437 1.027.383 349.878 220.969
Cuiabá Energia 3.474 -
Delta Comercializadora - 6.555
Diferencial Coml - 6.250
Duke Energy Internacional Geração Paranapanema S.A 126.863 1.046.091 422.951 141.237 92.267
Eletram - Eletricidade da Amazônia S.A 71.896 69.123 67.759 20.142 20.148
Ecom Energia Ltda 22.554 97.836 - 25.296
Elektro Coml - 3.720
Eloi Bruneta & Cia Ltda 4.398 -
Empresa Metropolitana de Água e Energia S.A - EMAE 30.046 23.491 2.426
Enguia Gen Ce Ltda - 6.656
Enguia Gen Ba Ltda - 7.790
Enercoop Ltda 8.765 -
Energest S.A 21.490 1.872
Enerpeixe S.A 93.787 118.695 20.497 22.068
Enertrade Comércio de Energia Ltda 63.476 - -
Furnas Centrais Elétricas S.A 1.970.463 3.024.988 2.960.306 1.238.991 762.749
No exercício encerrado em No trimestre findo em
31 de dezembro de 31 de março de
2005 2006 2007 2007 2008
(em MW/h)
Global Energia Elétrica Ltda 105.642 121.143 114.465 32.515 31.902
Guarantã Energética Ltda 65.876 51.185 8.392 3.545 -
Hidrelétrica Comodoro Ltda 4.048 -
Investco S.A 4.456 -
Isamu Ikeda Energia S/A 31.513 130.425 52.458 46.406
Itamarati Norte S.A 491.357 484.167 499.321 147.042 151.858
Juruena Energia S.A 10.562 11.472
Light Energia S.A 161.404 204.403 256.755 97.007 47.980
Madereira Barra Grande Ltda 2.399 -
Maggi Energia S.A 71.516 1.074 526 -
Mineração Santa Elina Ltda 175.846 170.856 - 111.806
Paranatinga Energia S.A - 10.690
Primavera Energia S.A 13.520 14.474
Quatiara Energia S/A 5.540 5.540
Rede Comercializadora de Energia S.A 1.006.288 1.488 1.488
Rede Lajeado Energia S.A 396.463 412.884
Rio do Sangue Energia S.A - 161.177 37.027 47.284
Rosal Energia S/A 183.960 262.800 262.798 38.574 38.574
Socibe Energia S/A 24.922 96.612 26.416 17.611
Tangará Energia S.A 110.577 111.805
Termório S.A - 5.377
Tocantins Energética S.A 14.510 -
Tractebel Energia S.A 5.882 2.252
Usina Alto Alegre - 24.633
Usina Nova Ameríca S.A 40.132 463 -
VP Energia S.A 35.969 10.353 10.860
Outros 952.176 831.519 572.380 4.871 253.602
Energia convencional (Liminar AES Tiete) 245.805 - -
MCSD 261.868
Programa de incentivo a fontes alternativas de energia 151.517 - -
TOTAL 11.731.176 13.686.582 13.867.164 5.278.393 4.250.188

Contratos Iniciais

Até o final de 2005, nossas distribuidoras compravam eletricidade nos termos dos
Contratos Iniciais celebrados com a Eletronorte, Duke Energy, AES Tietê S.A., Companhia
Energética de Minas Gerais - Cemig, Furnas, Companhia Paranaense de Energia - Copel,
Rosal Energia S.A., segundo os quais quantidades mensais de demanda (com exceção de
Rosal, com a qual foram contratadas apenas quantidades de energia), quantidades anuais de
eletricidade e as respectivas tarifas eram estabelecidas pela ANEEL. Mediante estes
contratos, nós compramos um montante total de 2.948 GWh em 2005.

Contratos de Leilão

Nossas distribuidoras compravam energia em leilões públicos no MAE, que foi substituído
pela CCEE em agosto de 2004. Os contratos resultantes desses leilões, conhecidos como
Contratos de Compra de Energia no Ambiente Regulado, ou contratos CCEAR, foram
formalizados com os respectivos vendedores de energia de acordo com os termos e
condições estabelecidos no edital de licitação.

A tabela a seguir apresenta as quantidades de eletricidade contratada, a tarifa média e os


prazos referentes aos contratos CCEAR resultantes desses leilões:

Eletricidade
Tarifa Média Contratada (MW % do Consumo
(R$MWh) – média anual) Anual Início do Contrato Prazo do Contrato
57,51 584 [•] 1 de janeiro de 2005 31 de dezembro de 2012
67,33 406 [•] 1 de janeiro de 2006 31 de dezembro de 2013
75,46 183 [•] 1 de janeiro de 2007 31 de dezembro de 2014
83,13 93 [•] 1 de janeiro de 2008 31 de dezembro de 2015
[•] 31 de dezembro de 2016
94,91 15 1 de janeiro de 2009
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
127,15 32 1 de janeiro de 2008
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
127,81 54 1 de janeiro de 2009
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
117,22 150 1 de janeiro de 2010
31 de dezembro de 2038 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2023 (UTE)
129,92 74 1 de janeiro de 2009
31 de dezembro de 2040 (UHE)
128,76 84 [•] 1 de janeiro de 2011 31 de dezembro de 2025 (UTE)
[•] 31 de dezembro de 2014
101,74 6 1 de janeiro de 2007
31 de dezembro de 2039 (UHE)
[•] 31 de dezembro de 2024 (UTE)
134,67 51 1 de janeiro de 2010
31 de dezembro de 2039 (UHE)
137,90 0,89 [•] 1 de janeiro de 2010 31 de dezembro de 2024 (UTE)
78,87 0,24 [•] 1 de janeiro de 2012 31 de dezembro de 2012
78,87 27,6 [•] 1 de janeiro de 2013 31 de dezembro de 2013
78,87 66,3 [•] 1 de janeiro de 2014 31 de dezembro de 2014
[•] 31 de dezembro de 2015
78,87 82,4 1 de janeiro de 2015
31 de dezembro de 2016
78,87 85,4 [•] 1 de janeiro de 2016 31 de dezembro de 2041
128,61 127 [•] 1 de janeiro de 2012 31 de dezembro de 2026

Contratos Bilaterais

Nossas distribuidoras celebraram contratos bilaterais com diversas empresas de geração,


inclusive com nossas geradoras, anteriormente à promulgação da Nova Lei do Setor
Elétrico, que permanecem válidos. Tais contratos representaram 12,1% do fornecimento de
energia elétrica para as nossas distribuidoras em 2007, a um preço médio de R$142,71 por
MWh.

Contratos Bilaterais Eletronorte


Em 2003, CELPA e CELTINS celebraram contratos bilaterais com a Eletronorte, que vencem
em 2008. Em 2007, CELPA e CELTINS compraram da Eletronorte 1.903 GWh a uma tarifa
média de R$78,63 por MWh estes que representaram 13,5% do total de eletricidade comprada
pela CELPA e representaram 20,3% do total de eletricidade comprada da CELTINS, em 2007.
Energia de Itaipu

Itaipu é a maior UHE em operação no mundo, com uma capacidade instalada de 12.600
MW, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O Governo Federal possui 50%
dos direitos de participação na Itaipu por meio da ELETROBRÁS e os 50% dos direitos de
participação restantes são do Paraguai. As distribuidoras CELTINS e CEMAT, assim como
as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil, são obrigadas a comprar
energia de Itaipu a tarifas com base no Dólar, de forma a custear os gastos operacionais da
Itaipu, e os pagamentos de principal e juros sobre os empréstimos em Dólares tomados por
Itaipu, bem como o custo de transmissão dessa energia ao Sistema Interligado. Dessa
forma, as flutuações da taxa de câmbio do Dólar para o Real afetam o custo, em termos
reais, da energia elétrica que as distribuidoras são obrigadas a comprar de Itaipu. Alterações
no preço da energia gerada por Itaipu estão, entretanto, sujeitas ao mecanismo de
ressarcimento dos custos da Parcela A. Nossas distribuidoras de energia, tiveram despesas
com a Furnas/ELETROBRÁS em um montante agregado de R$50,7 milhões em 2007,
R$46,8 milhões em 2006 e R$48,1 milhões em 2005, em respeito a eletricidade fornecida
pela Itaipu.

Energia de Geração Própria

Nós geramos parte da energia que consumimos mediante UTEs de propriedade da CELPA
e CEMAT e de empresas geradoras desverticalizadas, como parte da reestruturação de
nossas operações de acordo com a Nova Lei de Energia Elétrica em novembro de 2005. Em
2007, essas UTEs geraram um montante total de 386 GWh, que representaram 2,8% do
montante total de eletricidade comprada por nossas distribuidoras.

Em 2007, nós compramos 2.544 GWh de eletricidade da UHE Lajeado e UHE Guaporé,
representando 18,3% do total de energia comprada em 2007. A garantia assegurada da
UHE Lajeado e UHE Guaporé é de 4,613 GWh por ano (526 MW em média) e 527 GWh
por ano (60,2 MW em média), respectivamente. A UHE Lajeado fornece energia para
Caiuá, EDEVP, CNEE, EEB, CELTINS, CEMAT e REDECOM, e a UHE Guaporé
fornece energia para a CEMAT.

Atendimento ao Cliente

Para o atendimento de nossos consumidores, sobre qualquer assunto relativo ao serviço


prestado, detemos uma estrutura de 4 ouvidorias, call centers com 220 atendentes,
além de 334 agências espalhados nos estados de atuação da CELPA, CELTINS,
CEMAT e REDESUL/SUDESTE. Nós ainda segmentamos o atendimento de nossos
consumidores através de departamentos específicos, tais como, Departamento de
Atendimento a Grandes Consumidores e Departamento de Atendimento ao Poder
Público. É possível, ainda, contatar-nos através de nossos websites.
Procedimentos de Faturamento, Políticas sobre Pagamentos em Atraso, de Controle
de Crédito

Procedimentos de Faturamento

Nossos consumidores são faturados segundo um dos seguintes sistemas tarifários: (1) o
sistema convencional de tarifas, que é aplicado a consumidores das Classes A e B ou (2) o
sistema de tarifas sazonal-horário, que só é aplicado a consumidores da Classe A. O sistema
de tarifa convencional aplica uma alíquota fixa, sem levar em consideração quaisquer
variações sazonais ou de horário. O sistema de tarifas sazonal-horário, por sua vez,
considera tanto as variações sazonais, que são as estações de seca (maio a outubro) e de
chuvas (novembro a abril), quanto às variações ao longo do dia. As tarifas mais altas
também são aplicadas durante as horas de pico de demanda.

As leituras dos medidores e o faturamento são efetuados mensalmente para todos os


consumidores, com exceção dos consumidores rurais, cujos medidores são lidos a
intervalos que variam de um a três meses (porém, se a leitura não for efetuada, esses
consumidores são faturados mensalmente, com base no consumo médio recente). As faturas
são emitidas a partir das leituras dos medidores ou com base na estimativa de consumo de
energia, conforme calendário de leituras e faturamento definidos, com vencimento para
cinco dias úteis após apresentação aos consumidores. Os pagamentos podem ser feitos em
bancos, casas lotéricas ou nas filiais dos Correios.

Procedimentos de Cobrança

Consideramos o gerenciamento e o controle dos pagamentos em atraso pelos consumidores


como uma prioridade, e estabelecemos metas para reduzir o nível de inadimplência e
aumentar os valores recebidos.

Para os consumidores da Classe B, em caso de não pagamento, o sistema de faturamento


identifica a inadimplência, e emite uma notificação sobre a falta de pagamento incluída na
fatura do mês subseqüente, com indicação da previsão da data de possível suspensão do
fornecimento de energia permanecendo o não pagamento, em prazo não inferior a quinze
dias. O tratamento para os consumidores da Classe A é diferente, em função principalmente
dos maiores valores das faturas, sendo enviada notificação aos inadimplentes, quatro dias
úteis após a data de vencimento, ficando sujeitos à suspensão do fornecimento de energia
após quinze dias dessa notificação.
Além da suspensão, utilizamos os seguintes métodos para cobrar os pagamentos em atraso:
• empresas de cobrança – consumidores com o fornecimento suspenso e dívidas
vencidas há 90 dias ou mais são contatados por empresas de cobrança para obtenção do
pagamento;
• pagamentos parcelados – em certos casos, os consumidores podem negociar a
amortização de suas dívidas em parcelas, geralmente pagando um valor inicial de
30,0% a 40,0% do total da dívida. Sobre estas contas, incidem juros e multas. Neste
caso, o cliente não pode atrasar nenhuma parcela; e

• ações legais - caso a Rede Energia não consiga recuperar montantes antigos devidos
de um consumidor, através das empresas de cobrança e não consiga estabelecer um
plano de renegociação de dívida com este consumidor, esta dívida é encaminhada para
nosso departamento jurídico que propõe um ação legal para coletar o montante devido.
A tabela a seguir demonstra a quantidade de pagamentos atrasados pela CEMAT, CELPA,
CELTINS e nossa REDESUL/SUDESTE no período indicado.
No exercício encerrado em 31 de dezembro de No trimestre findo em 31 de março
2005 2006 2007 2007 2008
(em milhões de reais)
CEMAT.......................... 205,7 221,5 186,9 219,7 187,9
CELPA............................ 125,6 154,4 183,1 159,7 185,2
CELTINS ....................... 29,7 34,9 36,8 30,8 37,9
REDESUL/SUDESTE... 25,2 39,0 33,9 35,9 30,8
TOTAL .......................... 386,2 449,8 440,7 446,1 441,8
(1) em bases anuais.

Fatores macroeconômicos desfavoráveis, principalmente nas regiões cuja principal


atividade econômica é o agronegócio, contribuíram para a queda da renda de nossos
consumidores, o que aumentou gradualmente os índices de pagamentos em atraso.

Nossos Negócios de Geração

A energia que geramos é principalmente energia hidroelétrica. A energia elétrica gerada é


transmitida dentro de nosso sistema ou por terceiros para que as distribuidoras possam
distribuir eletricidade aos usuários finais. Nossas geradoras vendem eletricidade aos
comercializadores ou distribuidoras sob contratos de longo prazo, conforme determinado
pela ANEEL. A quantidade de eletricidade que geradores estão permitidos a vender sob
contratos de longo prazo é chamada de “energia assegurada”.

Nossas operações de geração de energia somaram 22,8% de nosso lucro bruto operacional
total (antes da eliminação das empresas coligadas) em 2007, e 15,5% no período de três
meses encerrado em 31 de março de 2008, e incluiu:

• o controle, indireto, de 53,69% do capital social total da Investco, a líder do


consórcio que detém a concessão da UHE Lajeado. Como resultado de nosso
investimento na Investco, nós temos direito a 44,9% da energia total gerada pela UHE
Lajeado, localizada no Rio Tocantins, com uma capacidade total instalada de 902,5
MW.

• o controle, indireto, de 61,67% do capital social total, incluindo 100,0% do capital


social com direito a voto, da Tangará, que detém 100,0% da concessão para operar a
UHE Guaporé. Como resultado de nosso investimento na Tangará, nós temos direito a
64,0% da energia total gerada pela UHE Guaporé, localizada no Rio Guaporé, com uma
capacidade total instalada de 120,0 MW.

UHE Lajeado

A UHE Lajeado, localizada no Rio Tocantins, no Estado do Tocantins, atingiu sua condição
de operação plena em 2002, com cinco turbinas, cada uma com potência de geração de
180,5 MW, totalizando a capacidade instalada de 902,5 MW.

A concessão para a exploração da UHE Lajeado, válida pelo prazo de 35 anos, foi
outorgada pelo Governo Federal ao consórcio vencedor do processo licitatório realizado em
16 de dezembro de 1997. A concessão foi outorgada de forma compartilhada para a
Investco, Rede Lajeado EDP Lajeado Energia S.A., sociedade integrante do Grupo
Energias do Brasil, CEB Lajeado S.A., sociedade controlada pelo Governo Federal, e
Paulista Lajeado Energia S.A., sociedade controlada pelo Grupo CPFL (em conjunto,
excluindo a Investco, os “Acionistas da Investco”). Os Acionistas das Investco celebraram,
em 17 de novembro de 1997, um acordo de acionistas.

Temos uma participação direta e indireta de 53,7% do capital total da Rede Lajeado,
incluindo 45,4% no capital votante. A sede da Rede Lajeado é localizada na Avenida
Paulista, 2439 na cidade de São Paulo no Estado de São Paulo. A Rede Lajeado foi
constituída em 7 de outubro de 1999. Em 31 de março de 2008, o capital social da Rede
Lajeado era representado por 132.794.454 ações, sendo 79.583.117 ações ordinárias e
53.210.337 ações preferenciais. Todas as ações da Rede Lajeado estão totalmente subscritas
e pagas. Em 2007, a Rede Lajeado pagou dividendos em um total agregado de R$45,0
milhões. A Rede Lajeado registrou um lucro líquido de R$59,6 milhões em 2007 e 12,5
milhões durante o período de três meses findo em 31 de março de 2008. Na data deste
Prospecto, a Companhia possuía uma dívida a ser paga a Rede Lajeado, no valor total de
R$12,5 milhões.

Por meio da Rede Lajeado, detemos uma participação de 38,6% no capital total e 45,4% no
capital votante da Investco, sociedade líder do consórcio que detém a concessão para
exploração da UHE Lajeado.

Nossa participação no consórcio somada à nossa participação no capital social da Investco


nos confere direito a 44,9% de toda energia produzida pela UHE Lajeado. Temos direito,
ainda, a 43,9% do lucro decorrente da UHE Lajeado, já considerado o rendimento mínimo
de 49,7% do lucro da Rede Lajeado conferido à Eletrobras por meio de um Acordo de
Acionistas. Vide Seção “Principais Acionistas - Acordo de Acionistas– Acordo de
Acionistas da Rede Lajeado”.

A Investco atua como empresa de propósito específico responsável pela contratação e


aquisição de todos os serviços e equipamentos relacionados à construção, bem como pela
contratação dos financiamentos necessários para tanto, e atualmente atua na operação e
manutenção da UHE Lajeado.
A Rede Lajeado comercializa toda a energia que têm direito proveniente da UHE Lajeado
com a Caiuá, CELTINS, CEMAT, CNEE, EEB, EDEVP e REDECOM, por meio de
contratos bilaterais conforme descrito na tabela abaixo.
Quantidade de Energia - 2007 Preço da Energia - 2007
Comprador Data do Contrato (MWh/Ano) (R$/MWh) Prazo do Contrato
CEMAT……. 01/11/2001 454.840 141,86 15/12/2032
CELTINS…... 01/11/2001 195.487 90,04 15/12/2032
EDEVP………. 01/11/2001 200.612 87,09 15/12/2032
Caiuá................ 01/12/2001 200.612 86,87 15/12/2032
EEB........ 01/11/2001 200.146 87,23 15/12/2032
CNEE.......... 01/11/2003 100.306 86,59 07/07/2015
REDECOM.... 01/02/2003 64.927 65,67 31/12/2008

O preço de energia mais baixo pago pela REDECOM faz parte de uma estratégia para
tornar a REDECOM mais competitiva no mercado de compra e venda de energia.
Consequentemente, a Rede Lajeado e a REDECOM celebraram um contrato que prevê o
aumento gradual da tarifa, de modo que no terceiro ano do contrato, a tarifa será
semelhante às praticadas nos demais contratos das nossas distribuidoras.

Para possibilitar aos Acionistas da Investco a exploração da UHE Lajeado, na proporção de


suas respectivas participações na concessão, a Investco, como proprietária dos ativos de
geração de energia existentes na UHE Lajeado, e cada um dos Acionistas da Investco,
como titulares, coletivamente, de 99% da concessão, celebraram, em julho de 2001,
contratos de arrendamento da fração ideal dos ativos de geração existentes na UHE
Lajeado, correspondente à participação de cada acionista da Investco na concessão.

Pelo arrendamento dos ativos, cada Acionista da Investco paga à Investco, mensalmente, a
partir da data do início da operação comercial da primeira unidade geradora da UHE
Lajeado, a título de aluguel, valor mensal pré-determinado. O valor deste aluguel é sujeito a
descontos mensais relacionados as despesas operacionais mensais da Investco e obrigação
dispostas nos contratos de financiamento das obras.

As obrigações dos Acionistas da Investco previstas nos Contratos de Arrendamento são


garantidas pelo penhor de (i) seus direitos emergentes da parcela da concessão de que são
titulares e (ii) seus direitos creditórios decorrentes da comercialização da energia da UHE
Lajeado, exceto quando:

• 30% da energia correspondente aos valores dos recebíveis representados pelos


faturamentos mensais provenientes da comercialização da energia firme produzida pela
UHE Lajeado e,

• 50 % dos valores dos recebíveis da comercialização dos excedentes da energia


firme produzida pela UHE Lajeado.

UHE Guaporé

Detemos uma participação de 100,00% no capital votante e de 70,8% no capital total da


Tangará, que detém 100,0% da concessão para exploração da UHE Guaporé, localizada no
Rio Guaporé, nos municípios de Pontes e Lacerda e Vale de São Domingos, Estado do
Mato Grosso. A Eletrobrás detém todo o capital social restante da Tangará

A concessão para a exploração da UHE Guaporé, válida por 30 anos, foi outorgada em 7 de
Julho de 1995 pelo Governo Brasileiro ao consórcio vencedor do processo licitatório. O
contrato de concessão foi firmado em 13 de março de 2000 e a UHE Guaporé atingiu sua
condição de operação plena em junho de 2003, com 3 turbinas, cada uma com potência de
geração de 40,0 MW, totalizando a capacidade instalada de 120,0 MW.

A Tangará atualmente comercializa toda a energia proveniente da Usina Guaporé com a


CEMAT pelo preço de R$128,49 por MWh, por meio de um contrato de compra e venda de
energia celebrado em 16 de setembro de 2002, com prazo até 6 de junho de 2025.

PCH Juruena

Detemos uma participação de 99,99% no capital total e de 99,99% no capital votante da


Juruena, que detém 100,0% da concessão para exploração da UHE Juína e UHE Aripuanã,
localizada no Rio Juína, nos municípios de Pontes e Lacerda e Vale de São Domingos,
Estado do Mato Grosso.

A concessão para a exploração da UHE Juína e UHE Aripuanã são válidas por 30 anos, a
partir de 1997, conforme contrato de concessão de geração nº04/97. A UHE Juína e UHE
Aripuanã, juntas, têm capacidade instalada de 6,1 MW.

A Juruena atualmente comercializa toda a energia gerada com a CEMAT pelo preço de
R$216,40 por MWh, por meio de um contrato de compra e venda de energia celebrado em
01 de novembro de 2005, com prazo até 10 de dezembro de 2027.

Projeto de Bioenergia

Seguindo a estratégia de diversificação de nossos negócios para um segmento não regulado,


como também de expansão de nossa base geradora, por meio da co-geração de energia
elétrica a partir da biomassa (bagaço e palha de cana de açúcar), iniciamos em 2007 o
estudo de viabilidade de um projeto de geração de energia (a partir de biomassa) e
produção de etanol no estado do Mato Grosso do Sul, e adquirimos, em dezembro de 2007,
participação de 50,98% da empresa Vale do Vacaria, veículo através do qual pretendemos
explorar este projeto. Em 31 de março de 2008, o capital social da Vale do Vacaria era de
R$20,5 milhões.

O projeto de produção de etanol e co-geração de energia elétrica a partir de biomassa deve


ser implantado em duas fases, com a construção de duas usinas, a primeira com início de
operação previsto para abril de 2010, e a segunda, cuja implantação somente deverá ocorrer
após o início da operação da primeira, para abril de 2013.

A primeira fase do projeto contempla um investimento total de aproximadamente


R$1.038,7 milhões, para uma capacidade inicial de moagem de 2,5 milhões de
toneladas/ano, produção de 222.467m3/ano de álcool hidratado, e geração de
242.707MWh/safra de energia disponível para venda, e de 5,0 milhões toneladas/ano,
produção de 454.791m3/ano de álcool hidratado, e geração de 477.022MWh/safra de
energia disponível para venda ao final do segundo ano. A segunda fase contempla um
investimento adicional de R$1.000,00 milhão, para um aumento da capacidade total de
moagem do projeto para 10 milhões toneladas/ano, e iguais volumes de produção de etanol
e geração de energia elétrica. Do total da capacidade de geração de energia instalada
(156MW), aproximadamente 56MW serão destinados a alimentar as usinas e 100MW à
venda a terceiros por meio do Sistema Interligado.

Atualmente o nosso projeto contempla as seguintes características: (i) utilização de cana de


açúcar própria em terras onde teremos parcerias de plantio com os proprietários; (ii)
localização que permite fácil escoamento da produção; (iii) qualidade de solo superior aos
grandes produtores existentes e condições climáticas favoráveis que reduzem o custo de
produção; (iv) custo de implementação da usina de geração a biomassa associada à planta
de etanol inferior ao de uma usina hidroelétrica com a mesma capacidade; (v) projeto
considerando uma planta com tecnologia moderna e altamente automatizada; (vi) produção
agrícola totalmente automatizada; (vii) fácil acesso à mão de obra, em razão da localização
próxima à região metropolitana; e (viii) baixos impactos ambientais uma vez que as terras
para produção de cana eram utilizadas como pastagens e não são abrangidas pela Floresta
Amazônica ou Pantanal.

O projeto em estudo já obteve todas as licenças necessárias, mais ainda dependente da


estruturação do financiamento do projeto e da aprovação dos acionistas. Importante
ressaltar que a estrutura de financiamento deverá ser uma combinação de recursos
aportados pelos atuais acionistas, eventuais acionistas investidores estratégicos, com
experiência no setor alcooleiro e de dívida obtida junto a bancos ou instituições de
fomento nacionais ou estrangeiros, devendo ser adotada uma estrutura de project
finance que deverá mitigar os riscos do projeto para a Rede Energia.

Comercialização e Outros Negócios

Desenvolvemos atividades de comercialização por meio de nossa controlada REDECOM,


adquirida em junho de 2006, que tem como objeto a comercialização de energia elétrica em
todo o território nacional, focando em atender os “consumidores livres”. Consumidores
livres são alguns consumidores industriais e outros grandes consumidores que tem o
consumo de pelo menos 3 MW vide a Seção “Setor de Energia Elétrica no Brasil -
Ambiente de Contratação Livre”. REDECOM foi constituída em 13 de novembro de 2000,
mas iniciou suas atividades em 2004. Possuíamos, em 31 de dezembro de 2007, uma
participação de 99,6% no capital social total, e 99,6% no capital votante da REDECOM. A
sede da REDECOM é localizada na Avenida Paulista, 2439 na Cidade de São Paulo, no
Estado de São Paulo. Em 2007, a REDECOM propôs pagar dividendos em um total
agregado de R$10,6 milhões.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007, a REDECOM vendeu 626.600 MWh


de eletricidade para 15 consumidores, comparado a 644.175 MWh para 13 consumidores
em 2006 e 122.494 MWh durante o trimestre findo em 31 de março de 2008. A receita
operacional bruta decresceu 8,4%, passando de R$163,4 milhões em 2006 para R$149,8
milhões em 2007 e 47,9 milhões durante o trimestre findo em 31 de março de 2008. O
EBITDA decresceu 27,5% passando de R$24,1 milhões em 2006 para R$17,5 milhões em
2007 e R$(5,7) milhões durante o trimestre findo em 31 de março de 2008 e o lucro liquido
decresceu 28,1% passando de R$14,7 milhões em 2006 para R$10,6 milhões em 2007 e
prejuízo de 4,1 milhões durante o trimestre findo em 31 de março de 2008.

REDESERV atua na prestação de serviços para projetos de engenharia e construção de


subestações e outros ativos de relacionados a serviços de energia elétrica. Possuíamos, em
31 de dezembro de 2007, uma participação de 99,5% no capital social total, e 99,5% no
capital votante da REDESERV. A REDESERV registrou um lucro operacional bruto de 3,5
milhões em 2007 e 3,8 milhões durante o trimestre findo em 31 de março de 2008 e
registrou um lucro líquido de 2,0 milhões em 2007 e 3,3 milhões durante o trimestre findo
em 31 de março de 2008.

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