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Sócrates

Vida do filósofo Sócrates, saiba quem foi Sócrates, Filosofia grega

Sócrates: um dos mais importantes filósofos da antiguidade

Biografia e ideias de Sócrates

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, e


tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos
afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia
ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro
importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e
pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma
humana.

Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos


homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos,
demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para
os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos
e sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava
levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.

Conhecemos seus pensamentos e ideias através das obras de dois


de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não
deixou por escrito seus pensamentos.

Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega,
pois defendia algumas ideias contrárias ao funcionamento da
sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega,
afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não
ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.

Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a


atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de
orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de
sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a
elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como
um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado
de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e
provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a
suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.

Algumas frases e pensamentos atribuídos ao filósofo Sócrates:

- A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.


- A palavra é o fio de ouro do pensamento.
- Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
- É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.
- Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim
procedem.
- A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.
- O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.
- Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.
- Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
- Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão
equivocados.
- O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.
- A verdade não está com os homens, mas entre os homens.
- Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder
sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
- Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.
- Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
- Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
- Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus.

Platão
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da Filosofia, frases de Platão

Platão: importante filósofo grego da antiguidade

Biografia

Este importante filósofo grego nasceu em Atenas, provavelmente


em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais
pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia
ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre
as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas
visíveis (seres vivos e a matéria).

Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos


filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador
grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates.
Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o
propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos
socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em
Siracusa, ensinando filosofia na corte.

Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a


Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em
diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica
(arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais
importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que
valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor
de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política
grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões
sobre a imortalidade da alma.

Idéias de Platão para a educação

Platão valorizava os métodos de debate e conversação como


formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os
alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas
impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de
desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços
para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de
retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e
educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas,
Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos
de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser
a mesma educação aplicada aos homens.

Frases de Platão

"O belo é o esplendor da verdade".

"O que mais vale não é viver, mas viver bem".

"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".

"O amor é uma perigosa doença mental".

"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".

"A harmonia se consegue através da virtude".

"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".

"A educação deve possibitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a


beleza que podem ter".
Aristóteles
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principais obras

Aristóteles: um dos maiores filósofos de todos os tempos

Introdução

O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga


de Estágira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosóficos e
idéias sobre a humanidade tem influências significativas na
educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é
considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras
influenciaram também na teologia medieval da cristandade.

Biografia e linha de pensamento filosófico

Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão,


tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor
do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em
Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, voltada para o estudo
das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em
experimentações para comprovar fenômenos da natureza.

O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de


alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos
e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas
áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia,
pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física,
antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de
cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a
educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e
humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande
parte de seus pensamentos.

Pensamento de Aristóteles sobre a educação:


"A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces".
Aristóteles (D.L. 5, 18).

Principais obras de Aristóteles:

- Ética e Nicômano
- Política
- Órganon
- Retórica das Paixões
- A poética clássica
- Metafísica
- De anima (Da alma)
- O homem de gênio e a melancolia
- Magna Moralia (Grande Moral)
- Ética a Eudemo
- Física
- Sobre o Céu

Frases de Aristóteles

"O verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre."

"A principal qualidade do estilo é a clareza."

"O homem que é prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa
tudo quanto diz."

"O homem livre é senhor de sua vontade e somente escravo de sua


própria consciência."

"Devemos tratar nossos amigos como queremos que eles nos


tratem."

"O verdadeiro sábio procura a ausência de dor, e não o prazer."

John Locke
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liberalismo, iluminismo

John Locke: um dos mais importantes filósofos do empirismo

Introdução

John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um


dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um
dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. Nasceu em 29 de
agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington.
Biografia de John Locke

Locke teve uma vida voltada para o pensamento político e


desenvolvimento intelectual. Estudou Filosofia, Medicina e
Ciências Naturais na Universidade de Oxford, uma das mais
conceituadas instituições de ensino superior da Inglaterra. Foi
também professor desta Universidade, onde lecionou grego,
filosofia e retórica.

No ano de 1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, foi


morar na Holanda, retornando para a Inglaterra somente em 1688,
após o restabelecimento do protestantismo. Com a subida ao poder
do rei William III de Orange, Locke foi nomeado ministro do
Comércio, em 1696.Ficou neste cargo até 1700, onde precisou sair
por motivo de doença.

Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex


(Inglaterra). Nunca se casou ou teve filhos.

Empirismo filosófico de Locke

Para John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer através


de experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma,
as experiências científicas devem ser baseadas na observação do
mundo. O empirismo filosófico descarta também as explicações
baseadas na fé.

Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era


uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As
experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando
seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos
os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta
forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.

Visão Política de Locke

Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo


filósofo Thomas Hobbes. Para Locke, a soberania não reside no
Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do
Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.

Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a


liberdade religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da
Igreja Católica.

Para Locke, o poder deveria ser dividido em três: Executivo,


Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder
Legislativo, por representar o povo, era o mais importante.

Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um


defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas
sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e
capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas
são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.

Principais obras de John Locke

- Cartas sobre a tolerância (1689)


- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)

Frases de John Locke

- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão é


geral."
- "A leitura fornece conhecimento à mente. O pensamento
incorpora o que lemos".
- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus
pensamentos".

David Hume – Filósofo

Historiador, economista e filósofo escocês, nascido nas proximidades de Edimburgo,


um dos maiores expoentes da filosofia moderna, com pensamento baseado no ceticismo
positivo, considerado o fundador da escola cética ou agnóstica de filosofia, o
Empirismo, cujo princípio básico é evitar toda hipótese não comprovável
experimentalmente.

Filho de pequenos agricultores, Joseph Hume e Katherine Falconer, de acordo com o


sistema de primogenitura o filho mais velho herdou as propriedades da família e ele, de
acordo com as expectativas de sua família, deveria seguir a tradicional carreira de
advogado.

Freqüentou a Universidade Edimburgo (1724-1726) e por achar advocacia muito chata,


dedicou-se entusiasticamente ao estudo de literatura e filosofia, enquanto trabalhava
como comerciante.
Em busca de aprofundar esses conhecimentos, estudou na França (1734-1737) e lá
escreveu seu primeiro livro, A Treatise of Human Nature, que publicou após voltar para
seu país (1739) e que o decepcionou com a fraca recepção.

Com esse trabalho tentou, sem êxito, obter a cátedra de ética em Edimburgo. Porém seu
novo livro foi sucesso imediato. Essays, Moral and Political (1741-1742) deu-lhe
crescente prestígio e no final daquela década trabalhou como secretário do General
James St. Clair em missões militares na Britânia, Viena e Turim.

Ainda em Edimburgo (1751) foi nomeado guardião da biblioteca da Faculty of


Advocates in Edinburgh. Com a publicação de Political Discourses (1752), começou a
ser internacionalmente conhecido.

Serviu por alguns anos como secretário de governo e então entrou para o serviço
diplomático (1763) quando foi nomeado embaixador em Paris (1763-1766).

Fez várias viagens ao interior da França, aos Países Baixos, a Alemanha e a Itália,
países em que entrou em contato com os principais intelectuais europeus, entre eles o
filósofo francês Jean-Jacques Rousseau.

De volta a Inglaterra, ainda esteve em Londres trabalhando por um tempo como


secretário de estado (1766-1769) e, então, aposentou-se (1769), retirando-se
definitivamente para Edimburgo, para ir viver com a irmã.

Durante os últimos anos de vida entregou-se a revisão de sua obra e a redação de vários
textos que apareceriam postumamente, entre eles uma autobiografia (1777).

Solteiro convicto morreu em Edimburgo vitima de um incurável câncer de estômago,


sem deixar filhos.

Sua obra foi fundamentalmente influente para Immanuel Kant e os positivistas, e


também para o desenvolvimento do pensamento liberal clássico.

Outras portentosas obras de sua autoria foram Philosophical Essays Concerning Human
Understanding (1748), Enquiry Concerning the Principles of Morals (1751) e o
espetacular sucesso The History of England (1754-1762, quatro volumes), obra que
durante décadas foi usada como padrão nas escolas britânicas.

Foi, juntamente com Adam Smith e George Berkeley, entre outros, uma das figuras
mais importantes do chamado iluminismo escocês. É visto por vezes como o terceiro e o
mais radical dos chamados empiristas britânicos, depois de John Locke e George
Berkeley.

O destaque dado ao trio Hume, Locke, e Berkeley, apesar de tradicional, desvaloriza a


influência de vários escritores francófonos tais como Pierre Bayle e Nicolas
Malebranche e de outras figuras intelectuais de língua inglesa como Isaac Newton,
Samuel Clarke, Francis Hutcheson, e Joseph Butler.

A influente filosofia de Hume é famosa pelo seu profundo ceticismo, apesar de muitos
especialistas preferirem destacar a sua componente naturalista. O estudo da sua obra
tem oscilado entre aqueles que colocam ênfase no lado ceticista (tais como Reid,
Greene, e os positivistas lógicos) e aqueles que enfatizam o lado naturalista (como
Kemp Smith, Stroud, e Galen Strawson).
Mas independente disso um dos maiores filósofos ingleses do século XX, Bertrand
Russell ainda pode dizer de Hume que ele foi o maior filósofo britânico que já existiu, o
que demonstra claramente a importância da obra do escritor escocês.

Não se sabe, se David Hume possuía alguma crença, para alguns ele era ateu, e para
outros agnóstico.

Politicamente era um liberal do partido Whig, favorável à união entre a Escócia e a


Inglaterra de 1707. Sua língua materna era o escocês (scots), falava inglês com um forte
sotaque, contudo, escrevia exemplarmente nesta. Foi um dos ilustres membros da Select
Society de Edimburgo.
Seguindo atentamente os acontecimentos nas colônias americanas, tomou partido pela
independência americana.
Em 1775 ele disse a Benjamin Franklin: “eu sou um americano nos meus princípios”.

Immanuel Kant

O filósofo alemão Immanuel Kant, nascido a 22 de abril de 1724,


questionou o que conhecemos através dos sentidos, colocou a razão
no centro de sua filosofia crítica e apontou os limites do
conhecimento.

Filho de um artesão que trabalhava couro, Immanuel Kant foi o quarto dos 11 filhos de
uma pacata família na antiga Prússia Oriental. Tanto o pai como a mãe pertenciam ao
ramo pietista da Igreja Luterana, que exigia dos fiéis vida simples e obediência total à
lei moral.

Kant frequentou uma escola pietista em Königsberg, hoje Kaliningrado, onde aprendeu
latim e línguas clássicas. Posteriormente, criticou as longas preces e a forma de
religiosidade ali praticada como "escravidão juvenil". Na Universidade de
Königsberg estudou Filosofia, Matemática e Física. Influenciado por Isaac Newton, em
1744 começou a escrever seu primeiro livro, sobre forças cinéticas – Pensamentos
sobre o Verdadeiro Valor das Forças Vivas.

Após a morte do pai, trabalhou como professor particular para garantir o sustento da
família. Em 1754, voltou à universidade e concluiu o doutorado, tornando-se livre
docente. Passou a lecionar Lógica, Metafísica, Filosofia Moral, Matemática, Física
e Geografia (que ele introduziu na universidade).

Convites de outras universidades

Sua difícil situação financeira começou a melhorar apenas em 1770, quando se


tornou catedrático ordinário de Lógica e Metafísica na Universidade de
Königsberg. Convites para lecionar em outras cidades alemãs, como Erlangen, Jena e
Halle, não foram aceitos por Kant, que nunca se casou nem teve filhos. "Quando eu
precisei de uma esposa, não tinha como sustentá-la", teria dito certa vez.

Seu livro A Religião nos Limites da Simples Razão colocou-o em conflito com o
governo da Prússia. Em 1792, foi proibido pelo rei Frederico Guilherme II de ensinar ou
escrever sobre temas religiosos. Kant seguiu a determinação durante cinco anos, até a
morte do rei.

Durante 40 anos de docência, que só abandonou em 1796, aos 73 anos, conquistou não
só a admiração dos alunos pela forma de ser, como também de colegas do mundo
científico. Os estudantes afluíam à Universidade de Königsberg como se fosse a meca
da filosofia. Kant teve suas teorias ensinadas em todas as universidades importantes da
Alemanha.

Iluminismo: a coragem de usar a própria razão

Seu trabalho concentrou-se na resposta a três questões: O que eu sei? O que devo fazer?
O que devo esperar? Entretanto, as respostas para as duas últimas dependem da
resposta à primeira: nosso dever e nosso destino podem ser determinados somente
depois de um profundo estudo do conhecimento humano.

Kant morreu em Königsberg, aos 79 anos de idade, a 12 de fevereiro de 1804. Entre


suas principais obras estão Crítica da Razão Pura, Fundamentação da Metafísica dos
Costumes, Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de Julgar. A primeira delas
criou as bases para a "teoria do conhecimento" como disciplina filosófica.

Immanuel Kant é considerado o grande filósofo do Iluminismo. Ele próprio assim


respondeu à questão "o que é o Iluminismo?":

"O Iluminismo é a saída do ser humano do estado de não-emancipação em que ele


próprio se colocou. Não-emancipação é a incapacidade de fazer uso de sua razão sem
recorrer a outros. Tem-se culpa própria na não-emancipação quando ela não advém de
falta da razão, mas da falta de decisão e coragem de usar a razão sem as instruções de
outrem. Sapere aude!" Tenha a coragem de fazer uso da sua razão, é, portanto, o lema
do Iluminismo.

Renato M.E. Sabbatini, PhD


Uma personalidade dominante da história intelectual ocidental, René Descarte
foi um filósofo, fisiologista e matemático francês, nascido em 31 de março de
1596, em La Haye, na província de Touraine. Ele foi um contemporânero de
Galileu e Pascal e portanto trabalhou sob as mesmas influências religiosas
repressoras da Inquisição.

Cedo em sua vida, pouco após ter se alistado no exército, em 1617, Descartes
descobriu que tinha talento para matemática, de modo que ele passou a maior
parte de seus anos militares e subsequentes (ele pediu demissão quatro anos
mais tarde) estudando matemática pura, especialmente geometria analítica,
que tornou-se o campo ao qual fez suas maiores contribuições. Em 1626 ele se
estabeleceu em Paris, mas foi persuadido a mudar-se para a Holanda em
1628, país que estava, então, no auge do seu poder. Ali ele morou e trabalhou
pelos próximos 20 anos, devotando seu tempo e esforços ao estudo da
matemática e filosofia, na perseguição da verdade. Em 1649, foi convidado
para ser professor da Rainha Cristina da Suécia, mudando-se para Estocolmo,
mas morreu poucos meses após chegar, de pneumonia aguda, em 11 de
fevereiro de 1650.

Os trabalhos de Descartes em filosofia e ciência foram publicados em cinco


livros: Le Monde (O Mundo), uma tentativa de descrever o universo físico, o
Discours de la Méthode Pour Bien Conduire Sa Raison et Chercher La Vérité
Dans Les Sciences (Discurso sobre o Método de Bem Conduzir sua Razão e
Procurar a Verdade nas Ciências), seu trabalho mais importante; Meditationes,
um sumário de suas idéias filosóficas em epistemologia, Principia Philosophiae
(Princípios da Filosofia), cuja maior parte foi devotada à física, especialmente
as leis do movimento, e Les Passions de L'ame (As Paixões da Alma), sua
mais importante contribuição à fisiologia e à psicologia. As contribuições de
Descartes à física foram feitas principalmente na óptica, mas ele escreveu
extensamente sobre muitos outros temas, incluindo biologia, cérebro e mente.
Ele não foi um experimentalista, no entanto.

O esteio da filosofia de Descartes pode ser resumida por sua famosa frase em
latim: Cogito, ergo sum (penso, logo existo). Ele foi o primeiro a levantar a
doutrina do dualismo corpo/mente, a propor uma sede física para a mente, e a
maneira como ela se interrelaciona com o corpo. Portanto, ele discutiu temas
importantes para as neurociências, que vieram a dominar os quatro séculos
seguintes, tais como a ação voluntária e involuntária, os reflexos, consciência,
pensamento, emoções, e assim por diante.

BLAISE PASCAL
Blaise Pascal contribuiu decisivamente para a criação de dois novos ramos da
matemática: a Geometria Projetiva e a Teoria das probabilidades. Em Física, estudou a
mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo ampliando o
trabalho de Evangelista Torricelli. É ainda o autor da primeira máquina de calcular
mecânica, a Pascaline, e de estudos sobre o método científico.

Seguindo o programa de Galileu e Torricelli, refutou o conceito de "horror ao vazio".


Os seus resultados geraram numerosas controvérsias entre os aristotélicos tradicionais.[1]

Tinha um filho chamado Nycolas Guttemberg, também era filho de um professor de


matemática, Etienne Pascal, teve uma educação muito religiosa tendo-se recolhido
numa vida ascética após a crise de 1654, período em que escreve várias obras de teor
religioso. O talento precoce para as ciências físicas levou a família para Paris, onde ele
se consagra ao estudo da matemática.

Acompanhou o pai quando este foi transferido para Rouen e lá realizou as primeiras
pesquisas no campo da Física. Realizou experiências sobre sons que resultaram em um
pequeno tratado (1634) e no ano seguinte chegou à dedução de 32 proposições de
geometria estabelecidas por Euclides. Publicou Essay pour les coniques (1640),
contendo o célebre teorema de Pascal.

Como matemático, interessou-se pelo cálculo infinitesimal, pelas sequências, tendo


enunciado o princípio da recorrência matemática. Criou um tipo de máquina de somar
que chamou de La pascaline (1642), a primeira calculadora mecânica que se conhece,
conservada no Conservatório de Artes e Medidas de Paris.

Em uma citação de Anders Hald:

Para aliviar o trabalho do seu pai como um agente fiscal, Pascal inventou
uma máquina de calcular para adição e subtração assegurando sua
construção e venda.

Em 1646 a família converte-se ao Jansenismo.

De volta a Paris (1647), influenciado pelas experiências de Torricelli, enunciou os


primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da pressão atmosférica. A
partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando sifões, seringas, foles e
tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como água, mercúrio, óleo, vinho, ar,
etc., no vácuo e sob pressão atmosférica.
Seu pai morrera em 1651. Na sequência de uma experiência mística em finais 1654, ele
fizera a sua "segunda conversão", abandonou o seu trabalho científico, e se dedicou à
filosofia e teologia. Suas duas obras mais famosas datam dessa época: Les Provinciales
e as Pensées, tempo este durante o conflito entre jansenistas e jesuítas. Neste ano,
também escreveu um importante tratado sobre a aritmética dos triângulos.[2]

Aperfeiçoou o barômetro de Torricelli e, na matemática, publicou o Traité du triangle


arithmétique (1654). Juntamente com Pierre de Fermat, estabelecendo as bases da teoria
das probabilidades e da análise combinatória (1654), que o holandês Huygens ampliou
posteriormente (1657). Entre 1658 e 1659, escreveu sobre o ciclóide e a sua utilização
no cálculo do volume de sólidos.[3]

Blaise Pascal - Retrato por anónimo do Século XVII.

Neste mesmo ano, após uma "visão divina", abandonou as ciências para se dedicar
exclusivamente à teologia, e no ano seguinte recolheu-se à abadia de Port-Royal des
Champs, centro do jansenismo, só voltando às ciências após "novo milagre" (1658).
Neste período publicou seus principais livros filosófico-religiosos: Les Provinciales
(1656-1657), conjunto de 18 cartas escritas para defender o jansenista Antoine Arnauld,
oponente dos jesuítas, que estava em julgamento pelos teólogos de Paris, e Pensées
(1670), um tratado sobre a espiritualidade, em que fez a defesa do cristianismo. É em
sua obra "Pensées" (Pensamentos) que está a sua frase mais citada: "O coração tem suas
razões, que a própria razão desconhece".

Como teólogo e escritor destacou-se como um dos mestres do racionalismo e


irracionalismo modernos e sua obra influenciou os ingleses Charles e John Wesley,
fundadores da Igreja Metodista.

Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l'équilibre des liqueurs, só foi
publicado postumamente, um ano após sua morte (1663). Esclareceu finalmente os
princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões.
Estabeleceu o princípio de Pascal que diz: em um líquido em repouso ou equilíbrio as
variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os pontos da
massa líquida. É o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na Mecânica é
homenageado com a unidade de tensão mecânica (ou pressão) Pascal (1Pa = 1 N/m²; 105
N/m² = 1 bar).
Pascal, que sempre teve uma saúde frágil, adoece gravemente em 1659, e morre em 19
de Agosto de 1662, dois meses após completar 39 anos.

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