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Imagem dialtica: entendida por Didi-Huberman como a imagem atravessada por uma
inquietao e capaz de engendrar um dilogo a partir de seu potencial de linguagem
(1998, p. 95).
Didi- Huberman mostra que Na obra O que vemos, o que nos olha uma fbula
filosfica da experincia visual construda por Didi-Huberman a partir das
constataes de que: As imagens so ambivalentes, causando-nos inquietao e o ato de
ver sempre abre-nos um vazio invencvel. Ato contnuo coloca-se impe-se a pergunta:
o que fazer ento diante desse vazio que nos inquieta? Didi-Hubermam detecta duas
atitudes: a do homem da crena - que vai querer ver sempre alguma coisa alm do que
se v; e a do homem da tautologia - que pretende no ver nada alm da imagem, nada
alm do que visto. Essas duas atitudes, que so interpretadas como formas de
recalcar a ausncia sustentada pelas imagens, formam no decorrer do livro alegorias
das abordagens que, tradicionalmente, construram o saber sobre as obras de arte. Para o
autor somente uma experincia visual aurtica conseguiria ultrapassar o dilema da
crena e da tautologia (p.169).
A escrita imagtica violenta, traz aquilo que ainda no est codificado, ultrapassa o
invisvel e traz monstruosidade. Ver o que est por trs do invisvel. Ver atravs das
frestas do mundo.