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ra TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA RECURSO N° 334/14. 7PAVPV-A.L Tribamal Judicial do Camarca dos Acores ~ Juize Local Criminal da Praia da Vitsria Acordam, em conferéncia, na 5." Secge do Tribunal da Relagho de Lisboa: I-Relatério 1. No processo comum singular n.°334/14,7PAVPY, que corre termos oo Tribunal Judicial da Comarca dos Acores, Juizo Local Criminal da Praia da Vit6ria, foi proferido despacho que indeferiu a reclamaclo apresentada pelo Sr. Dr. Sehasti8o Lima, da fixacSo dos honorérios devidos pela sua intervengo processual como defensor offcioso da arguida. Inconformado com # decisio, recorreu 0 Sr. Advogado, formulindo no tera da -motivasdo as seguintes conclusties: 9} Diseorda 0 recorrente ts decisiey do tibuoal °s quo" em nia ordenar & Secretasia que finxasse 0s hoooritios do recorrente pciox servicos prestados © supra descritos; b) 19e sconde com « Instinuto de Aeesto a0 Dire, tas servigos sic remunerivets, pew ies deve a Secretaria far on respectivos henorinon: ©) Eiinjusto e inconcebivel que 0 ora recorrente na sci recemmpensado dos tervigns judicious que prestou, © que genaria una verdadeira injustign, 4) Nestes termes, fo violsdky 6 disposto ao artigo 20-ds CRP ¢ o expicito da Lei 34/2004 de 29 Julho, alterada e repaiblicada pels lei 47/2007 de 28 de Agosto, wulgo Lei dor Apoio Jodiciésio. Nestas circunstincia, deve © dento despacho meorrido ser revopado por astro que dletermane a fixaio dow honoritios pretenddlon, ¢ assim se Guth Justia. 2. 0 Ministério Pablice respondeu ao recurso, pugmando pelo seu nao provimento. 3. Na vista a que se refere 0 artigo 416.°, n.° I, do Cédigo de Processo Penal, a Exma, Procuradore-Geral Adjunta apis 0 seu visto, * A TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA 4. Foram os autos & conferéncia, pelo que cumpre conhecer e decidir. LU — Apreciando: No dia 15 de Maio de 2017, 0 Sr. Advogado, Dr. Sehastilo Lima, dirigiu 40 Proceso requerimento com 0 seguinte teor: “O defersor presto om servigos conforme conta destes autos 4 aria, relatives & eevogagio de suspensic da pena ¢ quando lancau © pedo de banarénos no sistema clectrsnicn, 3 Secresaria do Tribunal recusou-o, slegando que o tipo servigo extava exrado (cft. doc. 1 anexo,) Acontece, que sido existe qualquer rario para que a secretaria proceda deste modk, pois segundo indicagio dh Onlem dos Advogados © certamente specscateda 40 Ministérin da Justia este servigo deve ser remunerado conforme doc. 2, que se anexa € te di aqui por ceprodkrid. Face an exposto requer-se 4 V. Ex", que se digne ordenas a sceretatia gre cuntirme © pedido de honoritios supra reteridn. Espena deferimento.”” Consubstancia, tal requerimento ~ ¢ assim foi entendido peto tribunal recorride, uma reclamagiio de acto da sccretaria referente & ndo confirmagao des honorarios pedidos € respeitantes, segundo se depreende dos aulos — mais concretamente, do despacha que ‘se pronunciou sobre « dita reclamagio € do corpo da motivagiio de recurso -, d diligéncia de tomada de cleclaragies (audi¢ao) realizada nos termos da artigo 495.°, 172. do C.P,P. Fm 17 de Maio de 2017 foi proferido o seguinte despacho: "Requerimense tke 15.05.2017: Antes de mais, eoclarega x Secedo, aa pessoa do Fixmo, Sr. Excrvie de Darema, a: niees que motivarim 4 rejeigan de pedide de hoooririos em cosa.” 0 Sr. Fscrivao prestou nos autos a seguinte informagho. 17.05.2077, e29 cumprimento do ordenado 1» doatn deepacho que amtecede cumpre me informar: (Os pretidas de pagamento das compensaster deviates 208 profisionais forenses an aubste do reqgine de scesso a0 diteito © ans mibunas, na aplicagio CICAL (Sisrema cle Cemfirnnacin bon Pedishas de papamcate. de Apes fadiesiein), xi venficadon/eantimades quinzenalmente pela secretaria junto das quais core o processo, conlorme Uixposto no art, 2R* da P. 10/204, de URN, cent as alteragies das poctariaz n” 210/2008, de 29.02 ¢ 654/28010, de 11.08, na redaccios dada pela P319/2018 de W.12, A rejaicio de pedidla tle honoriziog teve por base + indieagio ennstaate da Manual ike Appenn Juudkcidsto «*Peqgnntas Frequentes”. no seu puro 4.1.1 e ber assim» pethd de csclaresimentin, email, sobre a mesina yuestio, solicitads an Centro de formagio IX. em 22093017 «reports dy aia 28 dee mesme mes Junto: Copia da pag. 11 dy Manual de pons Jadiesine ~ "Pergunuas Paquetes", como ” TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA Copia do emad, comme Doe 2." Na sequéncia, foi proferido 0 seguinte despacho, de que se recorre: “Requerimento de 15.05.2017: ‘Vem o Tostre Defeneor do arguido solicitar sca ordenada i Sectetatia que cnafieme o pediido de hemorsios por s requetide ¢ refereate a diligencia de vara de declaragiss, rraizada now teers do artigo 495 do CPP, a qual sri» dexignacto de iacidente. ‘Sucade, porém, que além das rurbex de facto © ce dieeito iA xvancadas pela secretnria justicia) ss quasx se eepuca de corresponidentes com a lei, acresce no se tratar a dilgincia em cause de qualquer tacidente processualtpificado, vee, ali, que a tal acto t3o poruco €tebutado corn cantar processus. Plo exporto, adcrindo aoe Gimdamentos de facto € de dizeito enunciados pedo Vxmo. Se. Excrivio de Dizeto, aque acresce 0 aciona expost, indefio 0 requendo pelo Dhue Defensor. Notifique.” std em causa a seguime divergéncia: enquanto 0 recorrente entende que pela sua actividade nos autos. ocorrida apés trimsito em julgado da sentenca, no ambito da tomada de declaragies realizada de harmonia com 0 artigo 495.". n.°2, do C.P-P., deve ser compensado a titulo de honoririos, a serem pedidos como “incidente”, 0 despacho recorrido remete para a informaco do Sr. Escrivlo, segundo a qual o pedido referente 4 imervenclo nessa diligéncia nfo merece acothimento para efeitos de compensagio de honorarios, a ndo ser como sessdes efectuadas. Essa informagio remete para as orientages coostantcs do “Manual do Apoio Judiciario ~ Perguntas Frequentes”, ponto 4.1.1., e bem assim para uma comunicacdo remetida por corrcio clectsénico proveniente do Ceniro de Formagao da DGAJ. Desde logo os autos revelam alguns equivoces: v reeorrente langou o pedido de honorarios no sistema como “outras intervengdes de patronos oficiosos” ¢ no como “incidente”; 0 seu recurso parte, porém, do pressuposto de que © pedido foi langado como respeitante a “incidente"; © despacho recorride também parte desse pressuposto. Finalmente, da informago prestada pela sceretaria resulta que, fosse 0 pedido de Pagamento langado como “outras inieryengdes de patronos oficinsos” ou coma “incidente”. sempre nao seria confirmado, pelas raves apresentadas © comuns a essas duas situagies. Quando o despacho recorrida manifesta @ sua adesdo 08 “Iundamentns de facto € de chresta enunciados pelo Exe Sr. Lsenvan de Diceito”. nde se vishumbra a que fundamentos & te TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA se refere, para além de se tratar, aparentemente. de uma orientagiio do Ministério da Justiga ~ DGAJ, IGFEJ ¢ DGP). Ore, nfo se questionando no processo a qualidade de defensor aficioso do recorrente, nem a sua intervenedo, apés 6 trinsito em julgado da sentenga, na diligéncia aque se refere o artigo 495. n.°2, do C.P-P., também nfo vers como questionar 0 seu dircito a ser compensade por essit intervengio, sabide que 0 acesso ao direito € 20s tribunais por via, além do mais, da protecso juridica, constitui elemento essencial & administraglo da justiga, 0 que sé serd alcangdvel com a prestagdo de servigos de ‘qualidade que, naturalmente, pressupSem a justa ¢ adequada remuncragao. Argumenta 0 despacho recortide, para que o pedido de honoririas nilo fosse confirmado, com # cirounstincia de a diligéncia em causa no constituir qualquer incidente processual tipificado, nfo sendo como tal tributado com custas processuais. A nosso ver, porém, a circunstiincia de no se tratar de um incidente tributivel no Ihe retira a efectiva natureza incidental. ‘Nao sé a jurisprudéncia e a doutrina mencionam, diversas vezes, 0 “madente™ de revogagdo da suspensdo da pena de prisio (cfr. acérdio da Relagto de Guimariles, de 19.11.2012, proceso 153/064GEGMR.G2, in wawalgsipt; Paulo Pino de Albuquerque, Comentério do Cédigo Penal, 2008, p. 2003, nota 2, referinds-se A “suxpyensio do imeidente de evoyacio ds suspensio"), como a propria lei, no artigo $7.9, n.°2. do Codigo Penal, refere, expressamente, a pendéncis de “incidente por falta de cumprimento dos deveres, das rags de condota ou da plano de reinsersiio”, ‘Teatando-se de um incidente posterior ao insite em julgado da sentenga, com. intervengio do recorrente no ambito do artigo 495%, n."2, do C.P.P., no identificamos qualquer fundamento para que nao seja considerado como tal, no quadro correspondente da tabela anexa & Porlaris n.° 1386/2004, de 10 de Novembro (diploma que havia sido revogado pela Portaria n.” 10/2008, de 3 de Janeiro ¢ foi repristinado, com algumas alteragdes, a Partaria n,* 2142008, de 29 de Fevereiro} ¢ pago em conformidade, Conelui-se. assim, que 0 recurso merece provimento. # TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA

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