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SEMINÁRIO TEOLÓGICO CONGREGACIONAL DA COSTA DO SOL

Disciplina – Panorama Bíblico do Novo Testamento (Profº. Pr. Carlos Augusto)

TRABALHO ACADÊMICO

Por Jefferson Pontes

A Teologia, a mais excelente das ciências, está


enfrentando dias maus. Colocada entre a rejeição e o
ridículo dos pretensos progressistas e a sua negligencia e
simplificação feitas pelos ortodoxos, ela está se
aproximando, com influência poderosa, do ponto da
extinção... (Mas) Nunca encontraremos um substituto para
o conhecimento da Palavra de Deus. Só essa Palavra lida
com as coisas eternas e infinitas, e só ela tem o poder de
converter a alma e desenvolver uma vida espiritual que
glorifique a Deus. (Lewis Sperry Chafer)

I. Sinagoga

A palavra sinagoga, embora de origem na tradição judaica, tem a sua origem no grego que
significa “assembléia”. Outrossim, no Antigo Testamento era utilizado o termo moed se referindo a
congregação, mas este termo não guardar exata semelhança com o termo grego já que a criação
das sinagogas esta no período intertestamentário.
A sinagoga era o lugar onde se congregava, onde as pessoas se reuniam. Posteriormente veio
a significar o próprio edifício onde as pessoas se reuniam, o local onde havia instrução da Lei e a
celebração do culto. Usualmente o edifício tinha forma retangular, talvez medindo 21 por 15 metros,
com colunas em três lados e um balcão para mulheres. Tais dados foram obtidos através de uma
sinagoga escavada por arqueólogos em Cafarnaum.
Estas assembléias realizavam os cultos onde eram recitadas a shema que, juntamente com
outras bençãos formavam a parte do culto. A leitura da Lei em hebraico sempre foi um ato central de
adoração da sinagoga. O culto provavelmente terminava com alguns cânticos por parte de toda a
congregação. não eram apenas os locais de estudo da Lei e de cultos, mas também funcionavam
como escolas de crianças, sendo ministrado aulas de alfabetização. Também funcionavam como
tribunais julgando as causas do povo judeu.
Provavelmente, as primeiras sinagogas tiveram inicio no período do primeiro cativeiro, já que já
ali os judeus estavam privados de prestar o seu culto regular no Templo. Assim, a sinagoga tornou-
se como um lugar em substituição ao Templo. Para que pudesse ser organizada era necessária a
concordância de pelo menos dez homens que se reunissem para adorar, sem importar o número de
mulheres. Esses homens poderiam ser adultos ou meninos com de doze anos ou mais, desde que já
tivessem passado pela cerimônia de iniciação da responsabilidade religiosa.
Já nos dias do Novo Testamento, haviam sinagogas em todas as vilas, e em Jerusalém o seu
número era de cerca de quatrocentos e cinquenta. Pode-se perceber no texto do Novo Testamento
como nas literaturas rabínicas que os lideres das sinagogas formavam uma liderança validamente
reconhecida não importando a sua localização, seja em Jerusalém ou em uma cidade gentílica.
As sinagogas possuíam os seguintes líderes. O Chefe da sinagoga era o rabino responsável
pelo arranjo dos cultos e pela execução da autoridade na comunidade; tal cargo atribuiu-se o títulos
de rabino. O cantor ou chazen ou hazzan tem atribuições semelhantes ao ministro de música das
igrejas; ele lidera o coro, conduz o louvor e dirige as orações. O Leitor perito ou baal kore era a
pessoa responsável pela direção das leituras. Por fim, o zelador era o responsável pelos serviços
gerais na sinagoga.

II. Templo
Segundo a história, onde quer que os homens tenham habitado de uma forma mais permanente
, tem havido evidencias de que ali eles teriam estabelecido alguma forma de expressão religiosa e
estabelecido locais sagrados de culto. Inclusive este fato serviu de motivação para que os judeus
também quisessem construir um local de adoração – o templo (II Sm 7:2).
Em Jerusalém foram construídos três templos: o templo de Salomão; o templo reedificado nos
dias de Neemias; e, o templo de Herodes.
Na construção do primeiro templo edificado sob o reinado de Salomão foi utilizado madeiras e
vindos do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregadas nesta obra.
Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até o mar, sendo depois feita a sua condução em
navios até Jope e dali até Jerusalém. Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas,
cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram
empregados neste trabalho milhares de operários. Haviam 160.000 palestinos divididos em duas
classes; os primeiros compostos por hebreus livres; e, os segundos por palestinos nativos que foram
capturados pelos judeus quando da tomada na terra prometida.
O templo estava voltado para o Oriente; quer isso dizer que os adoradores, entrando pela porta
oriental, tinham em frente o Lugar Santo e olhavam para o Ocidente; e, com efeito, sendo o véu
desviado para o lado, a arca na parte mais funda era vista, estando voltada para o Oriente.
Propriamente o templo tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura e 13,5 de altura. Constava,
semelhantemente da forma do Tabernáculo, com o átrio, Lugar Santo e Santíssimo. Junto a estrutura
principal do templo haviam câmaras que serviam para armazenar vasos e também como quartos de
dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo.
O templo de salomão foi saqueado pelas tropas de Nabucodonosor no ano de 586 a.C. E,
conservou-se em ruína durante o cativeiro babilônico. A altura do segundo templo era menor do que
a do primeiro, mas a sua área era maior. O segundo templo era muito inferior na sua suntuosidade e
deve ser notado a sua magnificência na decoração e na riqueza dos utensílios. Dois séculos antes
do nascimento de Cristo, o povo principiou a negligenciar o culto a Deus, ainda mais do que em
qualquer outro tempo, desde a sua volta do cativeiro. Assim, Deus permitiu que os judeus fossem
castigados pela Síria e pelo rei Antíoco Epifânio, com seu exército saqueando a cidade de Jerusalém
e o templo. Nessa ocasião foram suspensos os sacrifícios diários e o próprio templo dedicado ao
deus Júpiter.
Depois da revolta dos Macabeus, durante o reinado dos últimos príncipes macabeus, Herodes
Antípater, idumeu por nascimento, obteve uma posição de alta influência no pais. E, depois da sua
morte, o seu filho, conhecido na história como Herodes, o Grande, assumiu o governo da Judéia em
lugar de Antígono Macabeu. Mas, para firmar sua posição, foi obrigado Herodes a tomar de assalto a
cidade de Jerusalém em 37 a.C. Com o fim de ganhar a popularidade entre os judeus, reedificou o
templo fazendo extraordinárias despesas. E o que é evidente é que, em certos aspectos, este templo
foi mais grandioso do que o templo de Salomão. Foi neste templo de Herodes que Jesus e seus
discípulos pisaram os pés.

III. Sinédrio
É a forma hebraica de uma palavra grega que significa literalmente assentados no conselho.
Este era o nome dado ao supremo tribunal de Jerusalém nos tempos do Novo Testamento, sendo a
sua origem ainda obscura. Provavelmente, sua origem remota as atingas assembleias de anciãos do
Estado de Israel. Seja como for parece ter sido consolidado a instituição desta entidade no período
intertestamentário, de forma a constituir um corpo de solução dos negócios de toda a nação. Na volta
do cativeiro, era Jerusalém a reconhecida capital da nova organização nacional, mais respeitada e
influente a sua assembléia, que aumentando à medida que os judeus iam habitando os diversos
lugares do país. Mas não há referência certa a tal assembléia até ao tempo de Antíoco, o Grande,
sendo então chamada senado. Diz-se que o sinédrio compreendia 71 membros, varões eminentes
entre os quais estava o sumo sacerdote, pertencendo também nos anos posteriores os que haviam
precedido no seu cargo e os de imediata relação sacerdotal. Eram os sumos sacerdotes do partido
dos saduceus, mas na maioria das vezes a maior parte do membros do Sinédrio eram composta por
pessoas ligadas ao farisaísmo. As funções do Sinédrio eram bastante amplas, que incluía as tarefas
de cuidar do templo, tomar disposições acerca da religião pratica, investigar direitos e deveres dos
mestres religiosos e entrar em relação com Estados estrangeiros.

IV.Fariseus
Literalmente significa “separados”. Segundo alguns especialistas, este grupo formava a mais
importante escola judaica, de caráter religioso, do período intertestamentário e do período
neotestamentário. Surge por volta de 150 anos antes de Cristo quando o Espirito da profecia estava
em silencio. Eram assim chamados porque separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a
mais alta santidade de pureza moral e religiosa, mas que na verdade tais separações se limitavam a
praticas ritualísticas e a questão de ingestão de alimentos. Por isso, os fariseus foram muito
criticados por Jesus, já que sua separação era externa e não tinha um cunho de mudança de caráter
em busca de santidade verdadeira.
Dentre as suas principais doutrinas destacam-se a adoção da tradição oral que eles supunham
ter sido entregues por Deus a Moisés e que teriam sido transmitida oralmente as suas posteridades.
Disto, defendiam uma legalismo exacerbado confiando na justificação por meio da observância das
obras da Lei e das tradições. Também defendiam ferrenhamente a pratica de jejuns, de doação de
esmolas, as abluções e as confissões de pecados para a sua expiação. Segundo eles, os
pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que se tornassem em ação pratica
exterior. Reconheciam que a alma é imortal e que esperavam castigos futuros ou recompensas;
acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus e na ressurreição do corpo. O
estado de felicidade futura, em que criam dos fariseus, incluíam os prazeres deste mundo, como a
comida, bebida, o sexo, entre outras.
O seu modo de vida constava de um vestuário particularizado. As suas filactérias (peças de
pergaminhos com textos escritos e que se punham na testa ou no braço) eram as mais largas do que
das outras pessoas, estendiam as orlas de seus vestidos, alargavam as franjas, e adotavam uma
especial vestimenta e cobertura da cabeça quando estavam cumprindo um voto.

V. Saduceus
Os saduceus formavam um partido judaico que desempenhou um importante papel político nos
tempos do Novo Testamento e do período intermediário entre o Antigo Testamento. Algumas
divergências surgem em relação ao nome do partido. Alguns atribuem tal denominação como
derivado do nome Zadoque, sacerdote dos tempos de Davi e de Salomão. Encontram-se os
sacerdotes descendentes de Zadoque, depois do período do exílio, conseguindo organizar-se em
partido que mesclava fins políticos e religiosos. Sua importância se revela no fato de que durante
todo o período do Novo Testamento, todos os sumo sacerdotes eram saduceus.
Na verdade o conhecimento que os estudiosos possuem sobre este grupo de pessoas se limita
aos textos bíblicos que a eles fazem referência e aos escritos do historiador Josefo. Dizem que os
saduceus ou seus precursores podem ser identificados com os membros aristocráticos do Sinédrio
de Israel, que teve inicio antes da revolta dos Macabeus.
O que caracterizava os saduceus era era tanto a sua posição clerical, mas a sua eminencia
aristocrática. Portanto, o circulo dos saduceus era muito exclusivista, por isso, Josefo nos informa
que poucos tinham acesso as doutrinas deste grupo. Contudo, embora pertencessem a este elite
social, eram homens rudes que mantinham sua posição por alianças com os romanos. Aproveitavam
a situação de estabilidade e procuravam mantê-la de forma a garantir uma posição vantajosa.
Doutrinariamente, destaca-se o fato de que, diferentemente dos fariseus, não aceitavam as leis
orais, porque não se encontravam nas leis de Moisés. Por consequência, também repudiavam as
interpretações dadas pelos fariseus com bases nestas leis, sendo defensores de uma exegese o
mais literal possível, mesmos nos textos que isso não era recomendado. Pode-se dizer que os
saduceus eram “pelagianos”, pois diziam que tudo esta nas mãos do livre-arbítrio do homem. Para
eles tudo dependia da decisão de cada ser humano, por isso repudiavam qualquer espécie de
dependência da provisão divina. Também eram materialistas negando a existência de vida futura, da
ressurreição dos mortos e da existência de anjos e demônios.

VI.Zelotes
os zelotes era um partido político judaico com muito colorido religioso. Sua principal
característica era o fato de não hesitarem em utilizar a força e a violência para libertar o seu povo do
julgo opressor estrangeiro. De conformidade com as informações de Josefo, o movimento dos
zelotes originou-se durante o reinado de Herodes, o Grande, ou seja, mais ou menos na época do
nascimento de Jesus.
Judas, filho Ezequias, não se dispôs a concordar com uma forte opressão tributária e de
restrição de propriedades impostas pelos romanos, por isso, motivado por um profundo ódio, bem
como por uma profunda lealdade as tradições judaicas, ele procurou juntar um grupo de pessoas que
se recusassem a se submeter a esta opressão. Tendo logrado êxito, ele começou a encabeçar um
movimento que se valia de atividades terroristas em ataques aos romanos.
Os zelotes tinham uma inabalável convicção de que Deus somente iria estabelecer o Seu reino
messiânico se os judeus rejeitassem, inclusive pela força, qualquer opressão ou domínio estrangeiro.
Por essa razão recusavam pagar impostos, fustigavam e assassinavam oficiais do governo romano,
militavam contra o uso do idioma grego ou latim e contra qualquer influência paga sobre a sua
cultura.

VII. Herodianos
Os herodianos constituíam um partido político judaico que favorecia a autoridade de Herodes,
sob o governo romano. Os seus membros faziam forte hostilidade para com Jesus eram partidários
dos fariseus e dos saduceus nestas questões. A sua finalidade era a fundação de um império
independente governado por Herodes, servindo-lhe de proteção a soberania de Roma até que se
tornassem bastante fortes para poderem se manter por suas próprias forças contra os ataques
oportunistas.

São Pedro da Aldeia, 02 de Dezembro de 2009.

Bibliografia consultada
Dicionário Bíblico Universal. Ed. Vida
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Ed Hagnos.

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