0 оценок0% нашли этот документ полезным (0 голосов)
20 просмотров4 страницы
GARCIA, Miliandre. “Do Arena ao CPC: Disputas estéticas e ideológicas”. In: Do Teatro Militante à Música Engajada: A experiência do CPC da UNE (1958-1964). São Paulo, Perseu Abramo, 2007.
NAPOLITANO, Marcos. “A MPB entra em cena: Música, teatro e televisão” (p. 81-138). In: A síncope das ideias: A questão da tradição na música popular brasileira. São Paulo, Perseu Abramo, 2007.
Оригинальное название
Resenha os textos: "Do Arena ao CPC: Disputas estéticas e ideológicas" e "A MPB entra em cena: Música, teatro e televisão"
GARCIA, Miliandre. “Do Arena ao CPC: Disputas estéticas e ideológicas”. In: Do Teatro Militante à Música Engajada: A experiência do CPC da UNE (1958-1964). São Paulo, Perseu Abramo, 2007.
NAPOLITANO, Marcos. “A MPB entra em cena: Música, teatro e televisão” (p. 81-138). In: A síncope das ideias: A questão da tradição na música popular brasileira. São Paulo, Perseu Abramo, 2007.
GARCIA, Miliandre. “Do Arena ao CPC: Disputas estéticas e ideológicas”. In: Do Teatro Militante à Música Engajada: A experiência do CPC da UNE (1958-1964). São Paulo, Perseu Abramo, 2007.
NAPOLITANO, Marcos. “A MPB entra em cena: Música, teatro e televisão” (p. 81-138). In: A síncope das ideias: A questão da tradição na música popular brasileira. São Paulo, Perseu Abramo, 2007.
DISCIPLINA: CHF - 185 Histria do Brasil IV DOCENTE: Prof. Zzimo Trabuco DISCENTE: Mariane de Jesus Nascimento
RESENHA
GARCIA, Miliandre. Do Arena ao CPC: Disputas estticas e ideolgicas. In: Do
Teatro Militante Msica Engajada: A experincia do CPC da UNE (1958-1964). So Paulo, Perseu Abramo, 2007. NAPOLITANO, Marcos. A MPB entra em cena: Msica, teatro e televiso (p. 81- 138). In: A sncope das ideias: A questo da tradio na msica popular brasileira. So Paulo, Perseu Abramo, 2007.
Miliandre Garcia, no texto Do Arena ao CPC: Disputas estticas e ideolgica,
comea mostrando a preocupao existente no pas entre os anos de 1940 e 1950 com o aperfeioamento e a formao de profissionais contriburam para o desenvolvimento do teatro no Brasil nesse perodo. De uma maneira geral, ela apresenta o processo de produo de um movimento artstico cultural brasileiro e como a valorizao do autor brasileiro, a partir do surgimento da proposta de comear a produzir peas de autores nacionais, impediu a falncia do Teatro da Arena no final da dcada de 50. Para o dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri A crena de que apenas o repertrio estrangeiro reunia qualidade artstica e sucesso de bilheteria afastavam os investimentos pblicos e privados em produes nacionais e, consequentemente, inibia o desenvolvimento de uma dramaturgia brasileira, e em fevereiro de 1958 ele produziu o texto da pea Eles no usavam Black-Tie, consolidando essa tendncia de valorizao do autor brasileiro. A partir da que o teatro arena optou pelo autor brasileiro. Podemos perceber que a opo pela produo cultural nacional, significava, entre outros fatores, engajar-se s causas nacionalistas, assim como se adequar s leis de fomento ao teatro e atender demanda da parcela do pblico teatral consumidora de peas de carter nacional, entrando em cena o processo de consolidao das ideologias nacionalistas e de constituies de engajamentos artstico. Para a autora, evidenciar a realidade brasileira e ampliar o seu pblico, foram duas questes que permearam o universo teatral brasileiro na segunda metade da dcada de 50 e, sobretudo, nos anos de 1960. Isso porque nesse perodo o pblico teatral do pas estava restrito queles que poderia arcar com os custos dos ingressos, e essa ampliao acabou se transformando em uma plataforma para empresrios do ramo. O grupo vinculado ao Teatro de Arena possuiu uma funo estratgica, influenciando debates acerca da nacionalizao e politizao do teatro brasileiro nos anos 50 e 60. No que diz respeito ao surgimento do CPC (Centro Popular de Cultura), Miliandre Gracia afirma que tal surgimento se deu devido os conflitos internos dos integrantes do Teatro de Arena. Para a autora, a aproximao dos artistas e estudantes com o ISEB, a ruptura de Vianinha com o Teatro de Arena, e, por ultimo, o contato com os idealizadores da pea A mais valia vai acabar, seu Edgar com a Une, propiciaram a criao do CPC. Oduvaldo Vianna Filho, acreditava que o carter empresarial do Teatro de Arena no correspondia ao propsito de expandir o pblico teatral: O Arena era o porta voz das massas populares num teatro de cento e cinquenta lugares, contentou-se com a produo de cultura popular, no colocou diante de si a responsabilidade de divulgao e massificao. A autora nos mostra como aconteceu a formao constituio de uma memria que se relaciona a produo artstica do CPC com uma arte pobre, a partir de um artigo que refletia alguns pensamentos de pessoas envolvidas com o CPC e mostra transformaes e a atuao desse grupo partir das experincias e debates internos, evidenciando o carter heterogneo dos artistas envolvidos com o CPC. Ela discute tambm como o contato da intelectualidade com a massa se estabelecia atravs da ao cultural do CPC aps o golpe de 64. Da, partimos para o texto de Marcos Napolitano A MPB entra em cena: Msica, teatro e televiso para vermos como essa relao entre a massa intelectual e o povo ocorreu e analisarmos como a nova conjuntura poltica possibilitou essa relao por meio da msica engajada. O autor aborda questionamentos que surgiram no perodo sobre, o que cantar? Pra quem cantar? Onde cantar? Onde estaria o povo receptor idealizado das mensagens conscientizadoras? E afirma que era preciso repensar os parmetros e procedimentos de criao e recepo da obra. Napolitano aborda como a criao de festivais e espetculos musicais influenciaram nessa relao, mostrando como a Bossa Nova perdia espao para o samba de morro e discute que essa popularizao da cultura engajada e nacionalista, pareciam ser uma resposta ao golpe de Estado ocorrido em 1964, mas deixa claro que antes mesmo do golpe, vrios setores artsticos convergiam em busca dessa popularizao cultural. Nesse momento o violo tomou conta dos setores da juventude aps o advento da Bossa e se tornou smbolo dos festivais da Tv Record e da nova musicalidade brasileira. Para o autor a modernizao da televiso e a difuso da indstria fonogrfica exerceu um papel importante na consolidao da MPB, pois os festivais ganhavam uma forte publicidade na mdia, o que reforava a nova cara da msica popular naquele momento e diz que o serto nordestino e o subrbio carioca representado pelos morros, simbolizavam no s os territrios da autntica brasilidade, mas espaos imaginrios de resistncia popular ao novo contexto autoritrio, em meio aos quais a juventude estudantil engajada deveriam buscar suas referncias. Napolitano diz que: A MPB sintetizava a busca da conciliao da tradio com a modernidade e foi gestada nos programas musicais da TV, assumida pela audincia, sobretudo pela classe mdia, por empresrios, artistas e patrocinadores. Para ele, a sigla MPB uma tentativa de sintetizar a tradio e a modernidade numa perspectiva nacionalista, mas no xenofbica. Ao longo dos textos e das discusses trazidas por Miliandre Garcia e Marcos Napolitano, percebemos como a arte engajada entre os anos 50 e aps o golpe militar, e como essa arte tratava-se no apenas de redefinir o popular, mas tambm como a definio nacional e como esses movimentos artsticos, a exemplo da MPB e do Teatro eram um fenmeno poltico e social.