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A Internet e o Cristão.

1. Introdução
Em julho de 1979 era lançado pela IBM o computador pessoal PC-XT, capaz de executar
750 mil funções por segundo, possuindo 29 mil transistores e velocidade máxima de 8MHz.
Dezenove anos depois, em novembro de 1998, era lançado o Pentium III, capaz de executar 400
milhões de operações por segundo, com mais de 9,5 milhões de transistores e velocidade superior
de 500MHz. Hoje a capacidade supera 2GHz, ratificando o que o ex-presidente da Intel, Gordon
Moore, afirmou em 1965: “o poder dos microprocessadores dobrará a cada dezoito meses”1.
Com esse desenvolvimento magnífico resultou numa nova era para a humanidade, a
denominada “Era da Informação”, onde quem administra e domina mais informação é
considerado superior aos outros, a informação é o valor que define quem é superior ou inferior2.
Assim a informação atualmente é o bem mais valioso que existe na sociedade e é por meio dela
que a sociedade define eventos, toma decisões e conceitos são formados. O mundo atual pode ser
entendido como um cruzamento gigantesco de informações.
Com essa ânsia de informações surgem ferramentas que pretendem alcançar o maior
numero de informações em pouco tempo, um exemplo é a fibra ótica que pode passar todo o
conteúdo de uma enciclopédia em menos de um minuto, esse tipo de cabo trabalha na velocidade
da luz e é tão fino quanto um cabelo humano. Outra ferramenta que surgiu foi a Internet,
inicialmente desenvolvida para fins militares, ganhou em pouco tempo de vida um alcance
mundial. Ela permite que seus usuários tenham acesso a inúmeras informações em pouco tempo3.
O objetivo desse trabalho é demonstrar os principais malefícios e benefícios que a internet
pode trazer a vida do cristão, portanto não é nosso objetivo fazer um estudo exaustivo da grande
rede de computadores. Este artigo deverá ser complementado futuramente, de acordo com as
novas tendências sociais e por não haver muitos materiais escritos para área cristã. Este artigo é
destinado ao cristão que utiliza esse recurso de obtenção de informação.
No próximo item iremos apresentar como a internet se desenvolveu e quais são seus
malefícios e benefícios.

2. A Internet
“A internet é a primeira coisa que a humanidade criou e que não entende, a maior
experiência de anarquia que jamais tivemos”. Com essa definição Eric Schmidt4 definiu a
internet. Inicialmente, a internet era responsável pelo transito de pequenos textos de alguns
funcionários de instituições norte americanas, dedicada exclusivamente a pesquisa de dispositivos
militares, tudo isso nos anos sessenta durante a guerra fria.
Houve uma evolução dessa pequena rede, se transformando numa “rede mundial, não
regulamentada, de sistemas de computadores conectada por cabos de alta velocidade e
compartilhando um protocolo comum que lhe permite comunicar-se”5. Hoje a internet é um
sistema global de rede de computadores que possibilita a comunicação e a transferência de

1
A Lei de Moore.
2
CORRÊA, Aspectos Jurídicos da Internet, Editora Saraiva. 2° Edição, 2002. São Paulo; pp. 4.
3
Uma pesquisa de 1998, feita pela universidade de Princeton, estimava que a internet continha mais de 320 milhoes
de paginas de informações e intertenimento.
4
Atual Presidente da Novel.
5
WILLIG, D., A internet e a Consituição dos Estados Unidos, consulex, pp. 34.
arquivos entre maquinas. Tudo com rapidez e sem limites de fronteiras6, culminando na criação
de novos mecanismos de relacionamento.
Em todo esse ambiente surgiu a necessidade de uma interface amigável ao usuário, para
resolver isso surgiu a WWW7, que tornou a internet mais acessível e interessante. Em poucas
palavras a WWW é um padrão tecnológico que permite a utilização da internet por meio de
navegadores, e estes tiram todos os proveitos e vantagens da tecnologia disposta, oferecendo
melhor integração e interação com o ambiente da rede, capturando imagens e sons com mais
facilidade e desenvolve maior integração entre usuários da rede.
É natural que com tamanha facilidade de apresentar e capturar informações sem um órgão
que as controle, mais cedo ou tarde apareceriam problemas quanto a sua utilização, assim
veremos no próximo item quais os malefícios causados pela internet para o cristão.

2.1. Malefícios
2.1.1. Crimes Digitais
Com o grande acesso de pessoas8, o conteúdo da internet se modificou de textos
eletrônicos simples para conteúdos muito mais sofisticados, temos o exemplo de fotos, filmes e
programas. Vemos também a facilidade de comunicação entre pessoas, que nos é oferecido.
Devido a sua grande abrangência, alem de atrair usuários comuns, a internet também atrai
numerosas organizações comerciais e outros usuários buscando divulgação, interessadas na sua
popularização de obtenção de lucros.
Onde há lucros também há sempre um monte de espertinhos interessados em roubar,
como é o caso dos hackers, considerados os piratas da internet, espalhando vírus, invadindo
empresas e computadores pessoais com o objetivo de prejudicar outros ou roubar dinheiro. Para
barrar a entrada desses “piratas”, empresas investem milhões para proteger seu capital de
informação.
A internet é o palco propenso ao desenvolvimento de inúmeros crimes eletrônicos, como
fraude entre outros9, devido à facilidade encontrada em ocultar seus usuários, o anonimato
colabora para sua disseminação.

2.1.2. Direitos Autorais


Os direitos autorais são os que conferem ao autor da obra literária, científica ou artística a
prerrogativa de reproduzi-la e explorá-la economicamente, enquanto viver, e transmitindo-a a
seus herdeiros e sucessores pelo período de setenta anos, contados de primeiro de janeiro do ano
subseqüente ao de seu falecimento. Daí surge as questões:
1. A pagina eletrônica poderia ser considerada uma obra literária, científica ou artística?

6
Podemos entender todo o tipo de fronteiras, tanto geográficas, quando por facha etaria
7
World Wide Web. É datada de março de 1989. Naquele mês, Tim Bernes-Lee, propôs o desenvolvimento de um
sistema de hipertexto que possibilitasse de maneira eficiente a troca de informações entre grupos de pesquisadores
em diferentes locais.
8
É estimado que mais de 200 milhões de pessoas espalhadas no mundo são usuárias da Internet.
9
Segundo o Jornal o Globo de 06.01.2006, em 2005 tivemos:
a) Números de casos: 27.292 (+ 500% ref. a 2004) de fraudes;
b) Prejuízo de cerca de R$ 300 milhões sofrido pelos usuários; (+ 50% ref. a 2004);
c) Registros de fraudes no Cert.br = 40,13% de todos os mencionados registros;

2
2. Quem elaborasse um pagina eletrônica adquiriria os direitos autorais de todos os
elementos constituintes dela?
3. O conteúdo da pagina estaria totalmente protegido?
A construção de uma pagina na internet, com o objetivo de divulgar trabalhos artísticos, literários
ou científicos, próprios e originais, com ou sem cunho oneroso, seria uma verdadeira obra
protegida pela Lei dos Direitos Autorais10, culminando em uma serie de diretos patrimoniais e
morais do autor11. Assim as paginas eletrônicas são protegidas e só se tornam publicas com
devida autorização do seu autor. O ato de reproduzir, indevidamente, seja total ou parcial, o
conteúdo da uma pagina eletrônica (WWW), fere os direitos morais (art. 24 da lei n. 9.610/98) e
patrimoniais do autor, sendo considerado uma contrafação.

2.1.3. Pornografia
A pornografia encontrou um ambiente propenso para seu desenvolvimento, basta alguns
clicks e o usuário se depara com inúmeras oportunidades pornográficas, encontrando fotos, sons e
vídeos. Cerca de 80% das fotografias transmitidas pela internet são de cunho pornográfico12.
Atualmente a pornografia na rede é dividida em três categorias:
1. É relacionada ao começo da rede, onde usuários interessados em fotografias eróticas
trocam imagens e as tornam públicas.
2. Baseado nesse interesse surge empresas com interesses econômicos, que permitem
acessos a materiais mais completos. Assim o usuário começa a pagar por um serviço.
3. A terceira é a mais preocupante é baseada na pedofilia13, zoofilia, necrofilia e afins.
Tudo isso graças ao anonimato que a internet fornece, onde não há qualquer registro ou
pista de materiais capturados ou expostos na grande rede.

2.1.4. Pirataria de Software


Esse tipo de pirataria consiste na apropriação e venda de cópias de programas de
computador sem licença do autor14. Por apresentar um baixo custo ao consumidor esse tipo de
comercio ilegal tem se desenvolvido grandemente. O caro leitor deve estar se perguntado: “Mais
isso é comum, a internet não tem culpa disso, pois compro uma cópia pirata em qualquer lugar?”.
Na verdade a internet entra como meio facilitador dessa prática, por meio dela há possibilidade
de se copiar um programa e distribuí-lo rapidamente por todo o mundo15.
A cópia ilegal no Brasil pode culminar a penas que chegam a detenção de seis meses a 4
anos de reclusão16, e também a condenação de pagamento de indenizações milionárias.

Vimos nesses itens alguns dos grandes malefícios da internet na sociedade,


principalmente para os cristãos, mas ela não é apenas má, existe muita coisa boa na internet e será
isso que veremos no próximo tópico.

10
Especificamente na Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, artigo 45.
11
CORRÊA, Aspectos Jurídicos da Internet, Editora Saraiva. 2° Edição, 2002. São Paulo; pp. 26.
12
Pesquisa realilzada pela Carnegie-Mellon University.
13
Curioso é que um garoto, de apenas 14 anos, que venceu um concurso de melhor home page pessoal do Brasil em
1996, traz pedofilia em suas páginas. E, o pior, ele, adolescente, menor de idade, recomenda que apenas os maiores
de 18 anos acessem suas fotos.
14
Lei n° 9.609, de 19 de fevereiro de 1998.
15
No Brasil a taxa de pirataria é superior a 80% dos programas vendidos, perdendo apenas para os paises asiáticos.
16
Conforme Artigo 12, parágrafo 1° da lei n. 9.609/98.

3
2.2. Benefício
Até o fim dos anos oitenta, a internet era um obscuro brinquedo tecnológico usado
basicamente por pequenos grupos de fanáticos por computadores. Desde então, ela se
transformou na maior rede de computadores do mundo. Este grande crescimento tem seus
aspectos positivos e são estes que iremos apresentar agora.
Por meio da informação e seus permanentes intercâmbios, ela nos facilitou em muitos
casos o acesso as informações, uma vez que reduziu distâncias e possibilitou que pesquisadores
trocassem informações de maneira mais eficaz17. É este seu principal benefício e devemos nos
lembrar que este foi o motivo de sua criação, trocar informações18.
A internet tem alcançado lugares que missionários não conseguem entrar, podem levar o
Evangelho a pessoas que nunca ouviram falar de Cristo. Um grande exemplo desse trabalho é o
site Bíblia On-Line19, que disponibiliza inúmeros serviços voltados a evangelização. Nele, além
do usuário ler a bíblia, pode também estudá-la sistematicamente através de estudos bíblicos que o
site disponibiliza e esclarecer suas duvidas bíblicas, entre outros.

Veremos no próximo item como o cristão deve se relacionar com todo o ambiente
apresentado anteriormente, o ambiente da internet.

3. O Cristão
O modo de pensar e agir com base na ética cristã tem amplo respaldo bíblico e dá lugar a
definição de alguns princípios ou parâmetros éticos, que são bem claros e objetivos. Estes são
diferentes dos princípios da sociedade sem Deus, os quais são inconsistentes, variáveis, mutáveis
e relativísticos.
Como então o cristão deve agir num ambiente onde há tantos malefícios? Para isso tudo o
cristão antes fazer qualquer coisa deve-se perguntar: “O que pretendo fazer é de fé, com base na
palavra de Deus?” Se a atitude for positiva, a atitude será licita, se não deve ser descartada.
Dentro desta questão pode ser englobada as seguintes: O que vou acessar é para um fim
missionário? Vai contribuir para minha formação intelectual e/ou espiritual? Vai prejudicar ou
ajudar alguém?
Com base nesta questão tomemos a passagem de Mateus 5:29 e 30, “Portanto, se o teu
olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um
dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te
escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se
perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno”. Esse verso é magnificamente explicado
por John Stott, vejamos:
“...se o seu olhar o faz pecar, não olhe; se o seu pé o
faz pecar,não vá; se a seu mão o faz pecar, não faça. A
regra que Jesus estabeleceu é hipotética, não universal.
Não exigiu que todos os seus discípulos arrancassem os
olhos ou se mutilassem. Mas só aqueles cujos olhos,
mãos e pés eram a causa do pecado...”20.
17
DIZARD, W.J., A Nova Mídia, Jorge Zohar Editor. Rio de Janeiro. 2000. pp. 27.
18
Uma pesquisa de 1998 do Pew Center for the peolpe and the press, de Washington, mostrava que a porcentagem
de americanos que recebem noticias da internet pelo menos uma vez por semana havia triplicado nos dois anos
anteriores, pulando de 11 para 36%.
19
http://www.bibliaonline.net/, Disponível desde 1999.
20
STOTT, J., A mensagem do Sermão do Monte. Editora ABU. pp. 85.

4
Esta mesma regra deve ser empregada na questão da internet, o cristão autentico deve se
policiar, deve fazer uso do benefício que a internet traz à sua vida, dispondo de todas as
informações de seu interesse. Mas é sua responsabilidade se manter livre de qualquer influencia
negativa que a internet pode trazer.
Se acaso o cristão for tentado ao ato de plagio, este o deve lançar fora. Se for tentado a
pornografia, este o deve lançar fora. Se tentado as facilidades econômicas da pirataria, lança-o
fora. Se tentado for a “brincar de hacker”21, lança-o fora. Tudo de acordo com o conselho do
mestre. Sugiro àqueles que não conseguem se livrar dessa prática não possuírem sequer
computador para não virem a pecar, pois é melhor existir nesse mundo sem os artifícios da
internet, suas informações e facilidades, do que perder a salvação.
Como podemos entender acima, a internet é a principal base de conhecimento existente.
Na atualidade o cristão deve estar ciente que por isso ela é responsável pelo tipo de alimento
intelectual e espiritual que está sendo ministrado a todas as pessoas, podendo facilmente
prejudicar a comunhão com Deus e, portanto sua salvação.

4. Conclusão
Concluímos que a internet é uma ferramenta cheia de malefícios, mas que nos possibilita
uma grande vantagem em divulgar a nossa mensagem. Comparo a internet com um caminhão que
pode transportar lixo, porcarias, e todo e qualquer malefício possível ou pode levar ajuda, livros,
remédios e o Evangelho eterno lugares que o homem não pode ir. Basta decidirmos como iremos
carregar esse caminhão e o mais importante, se iremos receber como usuários qualquer tipo de
informação ou iremos escolher qual caminhão é devido estacionar e descarregar em meu lar. Isso
é uma ação, que nós como cristão, devemos fazer individualmente.
Devemos selecionar o tipo de informação que entra em nossa mente. A internet é algo
secular, como todos os meios de comunicação em massa, mas é dever do cristão utilizá-la para o
bem e filtrar os benéficos que ela dispõe.

21
Incluir esse tema, pois tenho observado inúmeros jovens adventistas brincando com essa pratica.

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