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Roberto Antinio Busato Presiente da OAB e Present Hoar és OAB EDITORA Jfercon Luis Kravehychyn i Presirta Executvo ca OAB EDITORA Usina 69 imagem Daganspio Dacio Lutz ost! Revisio ‘Aline Machado Costs Timm ‘Secreta Exacuva const Estat Jefferson Luis Kravehychyn (Presidente) ‘Cesar Lulz Pela Hermann Assis Baela Pevlo Bonaviges ‘Raimundo César Brite Aragio Sergio Ferraz BOv-IS7Z —_Gonavides, Pavlo, 1925- sta consthucional o Bras / Paulo Bonavies, Pass de ‘Aner. Brasita: OAB Eatora, 2008. 2950p. 1. Conetugdes ~ Brasil Histéra Andrade, Paes do, 1827 = Tilo, cou 342.4(8 indices para catslogo sistomdtico: 1, Bras: Consttugses : Histoa 942.481 ISON - 05-87260.21.9 [eferson@rovehycyn com br | SUMARIO PREFACIO APRESENTACAO, PREFACIO soon INTRODUGAO en snnnnns ~ Capitulo 1 = A sesso de Instalagao de 1° Constituinte brasileira ... Capitulo It = A Constituinte da 1823... Capitulo I = A Constituigio do Império .. - Capitulo TV = Ato Adicional e a Lei de InterpretacSo: a reforma da ConstituigS0 de 1824 nnn Capitulo V = A Constituigao de Pouso Alegre e a crise constitucional da Regancia wrmnnnmnsmsnnnnnsnnnnsne Capitulo VI ~ A Constituinte de Alegrete © a Constituigio da Repdblica Rio-Grandense Capitulo VIL ~ A Constituigao da Primeira Reptiblica Capitulo VIII — A Constituigio de 1891 ¢ a Primeira Repiiblica wm sue 23 97 137 255 cook econo eve emer ems exo iin ens np debra ‘0s tanecritor no texio marraio,fornecem um ‘Tex de]. Gomes Canotila, in Jorma ‘expiciedecorpurorganizdo, Dea forma ozau- de Letras, Arcs eas, n° 868 de 07 de janeiro ‘ores revelamestarconscientesdovlimitrda sua de 2004, ig, 229, INTRODUGAO vinculados ao imperador, dispostos a manter o prestigi is0a1A CONSTUCONAL BO BRASIL ‘mento lusitano que ainda nao assimilara devidamente a secessdo do nove Rel- ‘no. A minoria altiva e pensante, debaixo da chefia dos Andradas, cada vez mais insubmissos aos pendores do absolutismo do principe. pagou caro, com oexiio ¢ a expatriagao, 0 anseio das lberdades individuals ¢ da representatividade parlamentar kandada sobreo poder constitute da Nags. “Desencadeou a Carta outorgada, nas provincias setentrionais do leste, a guerra eivil. A ata republicana de deposicao do Imperador, lavrada pelo Senado da Camara de Campo Maior, hoje Quixeramobim, no Ceara, 0 protes- to de Frei Caneca sustentando a liberdade da Nagio no ato de soberania em {que se proclamou a Constituicto a ata do pacto social, movimento da Con- federagao do Pquador com todas suas implicagoes lbertarias e vanguardeiras, arraigando na alma dos rebeldes os principios liberats, republlcanos e federa- tivos. com os quais, em porfla memoravel, haveria de transcorrer toda a dialética do poder imperial durante as duas metades do século até a proclamacao da Republica, sao testemunhos de uma época de enorme fermentacio politica, “Tao vigoroso fora 0 ideal antiabsolutista que os principias constitucio- nals, ainda os adotados pela Carta outorgada, se mediam, jana esfera abstra- ta, jf na consciencia representa, por meio das repereusodes projetadas para conter o circulo de arbitrio no qual se movia a vontade imperial yalismo acabou por aluir 0 Primetro Relnado com a explosdo politica de 7 d¢ abril de 1831. A Abdicagao assumi a conotagao de uma nova fronteira: deci- irarse alfa inaioiidade da Nacao sobre seu proprio destino. Desfizera-se as- sim a cortina de sombra, dividas e controvérsias, que fora a presenca de D. Pedro Ino trono, em allanca com as influéncias de opinio do elemento portu- {gu2s, ainda preponderante, mas desde entio cedendo lugar ao prestigio ¢ & ascensio das lderancas natWistas. Vinculadas ao liberalismo da Indepen- déncia, a estas nunca fallara a determinagio de coneretizar 0 cometimento emancipate 182 casiao da Regéncia, o Pais constitucional dos liberais teve seu pro- Seto. pal 10 de monarquia federativa GennItvanmente erDar Hao PEA TEAR “equ LVAMOPE PAU LaARIEALE”eLa'SEWP|OS a0 regime, amortecendo as con- seqiéncias da Abdicacao ¢ paralisando a efiedcia das aspiracoes descentralt- zadoras. Com a Lai de Interpretagio, instramento reactonério ¢ suposto cor- retivo conservador 408 aparentes excessos constatados na aplicagao do Ato Aone. ante eral padeors uma de aes derotan police mats tragieas na historia do Imy (0 Segundo Reinade institatonallou,a segue um equi instavel das -ganizagbes partidarias da monarquia ~ os Uiberais ¢ os conservadores ~ ncia no poder tinha por chave menos os preceitos e as regras da ‘Ao do que a vontade soberana do rel, titular do Poder Moderadar, A margem desta, transcorria indiferente a vida politica da Nagao, volvida toda para adivinhar e sondar o querer imperial; este sim, supremo e decisivo em todos os lances de que pendia a formacio ministerial ¢ a sorte dos gabinetes. “ stnooucio Colocada ao lado de uma realidade que praticamente a ignorava, pelo menos quando se tratava de reger os destinos do Pais, a Constitulgae outor- ada e formal de 1824 se confrontava com outra lei maior sub-repticia, vonta- Ge mais alta que a ofuscava por inteiro: o poder conezeto e ativista do monar- ca. A sombra desse poder pessoal, que sgnorava os cénones expressos do texto basico, medrou a originalissima realidade de um parlamentarismo con- sentido, fora dos molds constitucionais, eriagao do fato politico, reiratanio a” Teorieaghesabstratas. SS 0 periodo constituetonal do Império ¢ portanto aquela quadra de nossa historia em que o poder mnais se apartou talvez da Constituicso formal, e em ‘que essa logrou o mais baixo grau de eficdcia e presenga na consciéneia de ‘quantos, dirigindo a vida pablica, gulavam o Pais para a solucao das questoes racionals da época. Haja vista a esse respeito que nunca ecoou na palavra dos grandes tribunos da causa abolicionista a invocagao da Constituigéo como instrumento eflcaz para solver o dissidio fundamental entre a ordem de iber- dade garantida por ‘constitucional ¢ a maldiedo do regime servi, que ‘maculava todas as insttuigdes do Pais e feria de morte a legitimidade do pac- to social pacto all tente, diga-se de passagem. de impressionar fosse assim em se atentando para ofato de que entre 608 abolicionistas mais ardorosos e pugnazes na extingao do cativetro figura- ‘vam homens de sélido saber juridico, Desde um Rut Barbosa a um Joaquim "Nabuco. 0 primeiro, o maior de nossos constituclonalistas; 0 segundo, 0 tribuno ‘caja palavra granjeava mais prestigio nos auditérios da Nagao. ‘Averdadeira Constituicaa.imperial nao estava no texto outorgado, mas no acto selado entre a © Brasil era uma soctedade {ividida entre senhorese escraves, sero o monarea o primeiro desses senhores € 0 trono, em alianga com a propriedade territorial. a ase das instituigdes. Materialmente a historia constitucional do Império seria portanto a hist6ria da sociedade brasileira, vista pelo angulo da porfla contra a escravidAo ou contra 0 trafico, que alargon 0 espaco humano de ineidéncia na cotsficacdo do regime, conde o privilgo mantinha inarredével a guarda feroz dos interesses servis. Durante o periodo republican, o constitucionalismo de flegao teve seu. ponto culminante com a Carta de 1891 vazada no bacharelismno de Rui Bar- bosa ¢ na confianga imitativa do modelo americano. E a ocasiao em que 0 \eralismo brasileiro, sem a contrapartida tradicionalista da realeza gerado- ra da Carta de 24, ou seja, sem o contrapeso absolutista das prerrogativas do Poder Moderador, alcanga seu ponto mais alto de teorizacao. A doutrina toda inspirada na obra de sublimagao idealista em que se convertera para 0 Brasil o texto dos constituintes de Filadélfia, ‘Tinha a Carta americana Ja no tempo um certo cardter retardatario to- cante a substancia ou contetido revolucionario de seus principios. Aquele tipo de sociedade onde vingara em toda sua plenitude o poder da burguesia, a sa- ber, a autoridade soberana do terceiro estado, ja se achava um tanto envelheci- asta CONSTTTUCONAL DO BRAS. Aig.desde o despontar do poder social do quarte estado ~ 0 estamento obrsire. ‘Em organizagves patriarcais Come a nossa, porém, emersa da uniao da monar- ‘quia com o cativeiro, nao 36 era novidade o principio republicano, senao tam- bbema forma federativa de Estado a par da forma presidencial de governo, todas tes criacdes de um liberalismo que cortara os lacos com o trono. ‘As novas instituigdes formuladas pelo Decreto n* 1, do Governo Provi- sério, apés o golpe de Bstado de 1889, que dermubou a realeza e fez nascer a reptiblica imperial. foram tracadas no papel e portanto extraidas menos da realidade que da cabeca dos juristas, ¢ logo sancionadas pela manifestagao da vontade constituinte do Congresso ao elaborar a Constituicao de 1891. As elites fizeram entao da sociedade um laboratério constitucional. Promulgou- sea lei maior, mas nao diminulu a distancia entre as regras fundamentais e 0 meio politico e social constitutivo do Pais real, aquele regido por impulsos auténomos exteriores ao espaco abstrato dos mandamentos constitucionais ‘As forgas substancialmente efetivas de um constitucionalismo sem Constitui- a0 entravam a atuar nos condutos subterraneos da inspiragao revoluciona- ra, movendo a sociedade para os anseios de mudanca e reforma, ‘Numa débil iniciagao, elas prineipiavam a tomar consciéncia de um fos- so que separava a nacio-simbolo, objeto de plataformas presidenciais, da- quela outra nacao, mais verdadeira, mais genuina, mais palpével e real, onde as leis, quase ignoradas, tinham por contraste 0 poder efetivo dos coronéis, iecretado na de nosso universo feudal. Por ensejo da Primeira Republica, o formalismo constitucional, espelhando sempre a natureza dos sistemas constituctonais vinculades a prin- cipios da ideologia liberal, decorreu longe das interferéncias sobre a estrutura da sociedade, sem fazer sequer pequenos corretivos de ordem econdmica ¢ social e sem quea esfera dos mecanismos politicos de representatividade fun-

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