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Sobre Percepções e
Comportamentos Alimentares
Cliente:
Agência Portuguesa de
Segurança Alimentar
Dezembro de 2005
A Directora:
Maria José Paixão
Moderação e Análise:
Marta Gaspar
2
ÍNDICE
Pág.
1. Introdução 4
1.1. Objectivos 5
1.2. Metodologia 7
1.2.1. Target e amostra 8
1.2.2. Análise dos resultados 11
2. Hábitos alimentares 12
2.1. Atitudes e comportamentos face à alimentação 12
2.2. Hábitos alimentares fora de casa (almoço) 22
2.3. Alimentos/ produtos essenciais à alimentação 23
2.4. Consumo de congelados/ pré-confeccionados 29
2.5. A importância do preço na compra dos alimentos 32
6. Considerações finais 63
3
1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJECTIVOS
OBJECTIVO CENTRAL
Neste sentido, a Motivação realizou o presente estudo que permitiu atingir este
objectivo.
4
OBJECTIVOS
6
1.2. METODOLOGIA
METODOLOGIA QUALITATIVA
• 5 Reuniões de grupo (com 7/8 participantes cada)
• 2 Mini-Grupos (com 4 participantes cada)
• Conduzida de forma semi - directiva, através de um guião de discussão previamente aprovado
pela Agência Portuguesa de Segurança Alimentar
TRABALHO DE CAMPO
7
1.2.1. TARGET E AMOSTRA
Universo 1
• Consumidores dos 20 aos 50 anos;
• Ambos os sexos;
• Casados ou a viver sozinhos;
• Com filhos (entre os 0 e os 16 anos) e sem filhos;
• Pertencentes às classes socio-económicas B/C1;
• Residentes na área da Grande Lisboa e Grande Porto;
• Pessoas activas e com algumas preocupações com a alimentação;
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.
Universo 2
• Consumidores dos 20 aos 50 anos;
• Ambos os sexos;
• Com filhos (entre os 0 e os 16 anos) e sem filhos;
• Pertencentes às classes socio-económicas C2;
• Residentes na área da Grande Lisboa e Grande Porto;
• Pessoas que valorizam/têm que se sujeitar ao factor preço na compra de alimentos;
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.
8
TARGET E AMOSTRA
Universo 3
• Jovens consumidores dos 14 aos 18 anos;
• Ambos os sexos;
• Pertencentes às classes socio-económicas B/C1;
• Residentes na área da Grande Lisboa;
• Pessoas activas e com algumas preocupações com a alimentação;
• Jovens com poder de prescrição junto dos pais (no que diz respeito às escolhas alimentares)
Universo 4
• Consumidores dos 50 aos 65 anos;
• Ambos os sexos;
• Residentes na área da Grande Lisboa;
• Pessoas preocupadas com a alimentação por questões ligadas à saúde
• Responsáveis pela alimentação de crianças/adolescentes (dos 0 aos 16 anos)
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.
Universo 5
• Homens consumidores dos 25 aos 35 anos;
• Divorciados ou que vivem sozinhos;
• Com filhos
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.
9
TARGET E AMOSTRA
AMOSTRA
1 MG ambos os sexos
50-
50-65 ANOS -
(U4)
TOTAL 3 RG + 2 MG 2 RG
10
1.2.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS
11
2. HÁBITOS ALIMENTARES
2.1. ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO
12
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO
• Não têm preocupações específicas com a alimentação/ comem de tudo/ não evitam
nada em especial:
13
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO
“Não necessito de comer carne ou peixe para fazer uma refeição, posso fazer só à base de
arroz com ervilhas e ovos ou então uso bacon, fiambre, cogumelos e misturo tudo numa
massa, mais um bocadinho de molho: ketchup, mayonaise …”
“Quando saio muito tarde do trabalho faço uma massa de atum e mayonaise ou natas que é
uma coisa rápida, económica e fácil de fazer…”
15
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO
• Revelam começar já a ter alguma preocupação/sensibilidade com o tipo de alimentação que fazem
(não só por razões de saúde mas sobretudo de estética):
“ Antes não me preocupava nada, mas agora estou a dar mais atenção a isso …”
- Procuram comer poucas quantidades e várias vezes ao dia
- Começam a valorizar outras alternativas consideradas mais saudáveis e menos
calóricas:
Exs.: - Vegetais - Cereais
- Sopa - Fruta
- Carnes brancas
- Começam a evitar/rejeitar restaurantes do tipo McDonald´s:
- Cansaço do sabor/”começar a enjoar”
Este perfil é evidenciado apenas entre alguns participantes mais velhos (50-65 anos),
sobretudo mulheres
• Diferenciam–se do grupo 2 (“Os preocupados”) por serem mais exigentes com os alimentos que
consomem, sendo que as preocupações com a alimentação fazem parte da sua maneira de estar na
vida, essencialmente por questões de saúde:
- Não consomem carnes vermelhas (sobretudo carne de vaca):
- Receios de ter toxinas/hormonas
- Consomem apenas carne de porco preto ou de borrego
- Algumas substituem o consumo de carne por vegetais (ex.: tofu, soja)
- Não utilizam gorduras saturadas
- Procuram utilizar mais temperos naturais/ tradicionais como o azeite
- Rejeitam alimentos com conservantes/aditivos como as conservas
- Privilegiam alimentos como legumes, fruta, lacticínios que consomem diariamente (alguns
preferem comer fruta antes da refeição)
- Recorrem sobretudo a preparações culinárias como os grelhados, cozidos e alguns assados
- Algumas evitam o uso de sal
- Fazem uma alimentação variada, privilegiando no entanto a qualidade alimentar/ a frescura dos
alimentos
- Estão muito atentas à composição dos produtos e à proveniência/ origem dos alimentos
(sobretudo na carne)
18
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO
• Sobretudo na classe C2
• Alguns homens com filhos que vivem sozinhos e pontualmente
entre alguns entrevistados (> 60 anos) com netos
19
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO
21
2.2. HÁBITOS ALIMENTARES FORA DE CASA (ALMOÇO)
Verificam-se hábitos distintos que estão directamente relacionados com a classe social:
• O estilo de vida agitado leva a optar por • Preferem levar o almoço de casa
refeições rápidas: (geralmente, as “sobras” do jantar
anterior)
- Muito à base de sopa, saladas, sanduíches
e alguns salgados - Por uma questão de economia
e
Ou algumas mulheres:
- Porque não lhes agrada o tipo de comida
• Levam o almoço de casa das cantinas
Independentemente do nível/ frequência de consumo, foram referidos como elementos/ alimentos, que
estão/ devem estar presentes na alimentação, os seguintes:
SOPA
FRUTA E
LEGUMES
PEIXE E
CARNE
LEITE
CEREAIS
23
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO
SOPA
- Porque é percebida como um alimento rico/ completo: tem um elevado valor nutritivo/ “alimentar”
- É uma boa forma de consumir vegetais quando não se consomem de outras formas (sobretudo
entre as crianças que é quem rejeita saladas, legumes cozidos) => ajuda a colmatar eventuais
deficiências da alimentação feita na escola/ durante o dia
• Funciona como um complemento importante nas refeições principais (pelo menos uma vez
ao dia)
• Para alguns (sobretudo mulheres), constitui muitas vezes um elemento essencial numa
refeição rápida/leve (neste caso será o complemento necessário) ou funciona como
refeição em si própria
“Lá em casa não dispensamos sopa... sobretudo à noite, como só uma sopa e uma peça
de fruta, não consigo comer sopa e um prato, à noite tento não comer muito.”
24
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO
SOPA
• Surge, contudo, junto de alguns entrevistados (sobretudo entre a classe C2), uma
tendência para a redução do consumo de sopa, sobretudo porque dá trabalho e demora a
confeccionar. De facto, referem que:
- Fazem sopa só uma vez por semana e, quando acabam, não voltam a fazer
25
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO
FRUTAS E
LEGUMES
- Possuem um elevado teor nutritivo/ são ricos em nutrientes (vitaminas, sais minerais, fibras)
26
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO
PEIXE E CARNE
CARNE PEIXE
LEITE CEREAIS
28
2.4. CONSUMO DE CONGELADOS/PRÉ-CONFECCIONADOS
Deste modo:
29
CONSUMO DE CONGELADOS/PRÉ-CONFECCIONADOS
31
2.5. A IMPORTÂNCIA DO PREÇO NA COMPRA DOS ALIMENTOS
32
A IMPORTÂNCIA DO PREÇO NA COMPRA DOS ALIMENTOS
No geral:
33
3. PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
34
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
35
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
- Têm dúvidas sobre a eficiência e forma de actuação das entidades responsáveis em relação
aos alimentos considerados de risco
Deste modo,
- Alguns revelam mesmo que já fizeram pesquisas para saber mais sobre determinados “riscos”
(vão propositadamente à Internet ou procuram em jornais ou mesmo noutros canais de
televisão como a CNN)
36
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
• Embora também manifestem alguma preocupação, revelam consumir todo o tipo de alimentos/nem
sempre deixam de consumir determinados alimentos:
“Eu acho que tudo nos faz mal, se calhar até já tenho o problema das vacas loucas
e... também não fico cá... por isso come-se na mesma!”
Deste modo,
“A gente sabe que se o queijo fresco tiver selo, é garantido que é pasteurizado.”
- Procuram ler a informação dos rótulos dos alimentos ou mesmo verificar os prazos
de validade
- Tentam fazer uma alimentação variada
“Se eu estivesse sempre a comer aves, isso era uma alimentação de risco...”
• Não procuram saber mais, porque não é uma questão que os preocupe ou porque
não têm tempo para procurar
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
A avaliação do grau de gravidade dos diferentes “riscos alimentares” ou dos receios/medos que
suscitam está fortemente condicionada por 4 aspectos fundamentais:
- Os riscos da gripe das aves, BSE, hormonas da carne ou das frutas e legumes contaminados
com pesticidas são os que os entrevistados conhecem melhor – logo podem atribuir-lhes um
determinado grau de gravidade.
- Os riscos dos frangos com nitrofuranos, mercúrio no peixe ou mesmo dos alimentos com
organismos geneticamente modificados tendem a suscitar dúvidas quanto ao tipo de gravidade
percepcionado, porque correspondem aqueles que se verificam um menor nível de
conhecimento ou é mesmo quase nulo (sobretudo no caso dos entrevistados de nível sócio-
económico C2)
• Nível de sensacionalismo/alarmismo veiculado pelas notícias
- Tendem a considerar os riscos mais graves, os que são divulgados através de notícias mais
alarmistas por oposição às notícias menos alarmistas (com caracter mais informativo/formativo)
• Tipo de efeito produzido
- Tendem a considerar os mais graves, os que provocam um efeito mais grave ou morte (exs.:
BSE, gripe das aves)
• Nível de controlo do risco em causa
- Tendem a percepcionar como mais graves os riscos que são menos controláveis pelo homem
(exs: gripe das aves e mercúrio no peixe)
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
BRUCELOSE
Riscos Graves para alguns
(sobretudo entrevistados de NITROFURANOS NOS FRANGOS
nível sócio-económico B/C1)
MERCÚRIO NOS PEIXES
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
• Sobretudo pelas notícias transmitidas pelos noticiários televisivos considerados muito alarmistas
(aspecto reforçado ainda pelas imagens da televisão).
“Nós sabemos destes problemas através da comunicação social que tem uma influência
brutal e depois os casos que mostravam de pessoas que ficam loucas, de vacas a cair,
eles mostravam essas imagens e a pessoa tinha medo...”
“Como vi imagens aterradoras na televisão, optei por não comer carne de vaca...”
• Porque é uma doença com um efeito muito grave/ mata
• Veio alterar os seus hábitos alimentares (mesmo entre alguns dos “menos preocupados)
Sobretudo durante o
Período em que Foi
Noticia
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
Quando Deixou de
ser Noticia
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
Não Consideram ainda Ser um Risco Relevante para Deixar de Consumir Aves
“Não me sinto de maneira nenhuma alarmada porque ainda não chegou cá!”
• Ainda não foi provado que o vírus se transmite pelo consumo de aves
• Partem do princípio que todas as aves são boas, pois existem normas/ controlo que
regulam esse aspecto
• Alguma desconfiança/ dúvidas se a gripe das aves está relacionada com questões/
manobras políticas de interesses
“Acho que às vezes temos que pensar um bocadinho, porque depois assistimos aos debates,
depois o Manel diz uma coisa, o Joaquim diz outra e o Luís diz outra...cada um diz uma
coisa...e nós é que temos que tirar a ilação...nós próprios é que temos que assumir
a direcção que vamos tomar!
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
Não consideram ainda ser um Risco Relevante para deixar de Consumir Aves
“Acho que agora, com estas notícias todas e com estas análises todas é que podem comer
aves à vontade... porque eles andam mais cuidadosos com isto...”
“As televisões às vezes fazem debates e põe 30 pessoas a falar da mesma coisa, cada uma
tem uma opinião diferente daquilo e nós que estamos a ver aquilo ficamos completamente
baralhados...chegamos ao fim e não sabemos qual é a atitude mais correcta...”
“Às vezes oiço um telejornal às 20h e depois outro à meia noite e as notícias já são
contraditórias...e a pessoa fica um bocadinho baralhada e já não sabe qual é a atitude
mais correcta, se o melhor é deixar de comer frango ou se o melhor é continuar...”
“Eles disseram no início que a doença era transmitida de ave para ave e agora já é
transmitida aos seres humanos, todos os dias há alterações!”
“Ouve-se uma reportagem na Sic que diz que a gripe das aves é um problema grave e
depois na RTP um especialista não sei das quantas que vem dizer que não há o minimo de
problema...ficamos baralhados...eu pelo menos ainda não consegui ficar com uma noção
muito clara de quais são os riscos reais e de que forma é que nos podemos precaver.”
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
Não consideram ainda ser um Risco Relevante para deixar de Consumir Aves
“Depois uma Organização de Saúde diz que vem uma pandemia depois vem alguém do
Ministério da Saúde de um país e questiona tudo isso...”
“Tento não viver obessecada, agora de facto também não sei se há muitos interesses por
trás...que as farmacêuticas são muito poderosas, que começam a fazer vacinas e que há
muito dinheiro por trás, isso também me leva apensar que...”
“Acho também que esta polémica toda á volta da Gripe das Aves poderá ter outras coisas
por trás...questões políticas...interesses dos farmacêuticos...”
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
• Porque não conhecem ainda bem as causas (sobretudo no que se refere às migrações das aves)
=>
- Evitaram ou deixaram de comer aves
- Sobretudo frango (por ser o alimento mais associado à gripe das aves)
Na Alimentação: - E ainda peru, codornizes...
- Deixaram de consumir ovos crus (perderam confiança/receio de ser
=>
prejudicial à saúde)/deixaram de fazer/comer mousses, ovos estrelados,
gemadas
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
PEIXE FRANGOS
CONTAMINADOS
CONTAMINADO BRUCELOSE COM
COM MERCÚRIO NITROFURANOS
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
• Não conhecem nenhum caso grave relacionado com este problema – são apesar de tudo
dos alimentos mais seguros
Outras => Recorrem ao uso de outros produtos (vinagre, lixívia) em busca de uma
acção mais “agressiva”/ eficaz contra os elementos que constituem os seus
principais receios
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
- Percepção de que a carne que se vende nos supers/ hipers, e sobretudo a carne embalada, é
produzida à base de hormonas
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
ALIMENTOS TRANSGÉNICOS
- Percepção de que estes alimentos podem constituir uma solução positiva para diminuir a fome
dos países sub-desenvolvidos
“Acho que os transgénicos podem ser uma boa solução para os países do 3º
mundo em que se morre à fome... porque se consegue que se produza mais
legumes, por exemplo, em menos tempo... ”
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
Fontes de Informação
O conhecimento da existência de “riscos alimentares” provêm essencialmente da...
Médicos/Internet (sobretudo
quando não se sentem
suficientemente esclarecidos)
Apesar de concordarem que os jornais (sobretudo o Expresso, Diário de Notícias e o Público) e algumas
revistas de informação (exs.: Visão e Sábado) são meios de comunicação mais credíveis (baseia-se numa
análise mais rigorosa, objectiva, e menos alarmista), vêem na televisão grandes vantagens práticas:
- Mais fácil/ rápido de serem informados
- Tem uma forte presença
- Tem alguma credibilidade, muito embora:
- Notícias são sensacionalistas/ alarmistas
- Demasiado exploradas/ longas
- Explora exageradamente a componente emocional da notícia
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
=>Transmitem mais
Instituições/Organismos de Saúde confiança/
credibilidade
• Exs.: Organização Mundial de Saúde
Ordem dos Veterinários
Ministério da Saúde
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
Divisão de Opiniões
☺
(No geral) (Pontualmente, entre alguns entrevistados B)
• Linguagem demasiado técnica/complexa • Linguagem fácil/ acessível a todos
“Depois começam a entrar em termos
científicos que nós não apanhamos, não
somos especialistas, nós somos meros - Simples e directa
consumidores.”
“Às vezes, há nomes técnicos que não estamos
dentro deles e temos muita dificuldade em
perceber o sentido disso...”
“Foi por não conseguir perceber a linguagem • Informação factual/ rigorosa/
que tive que ir procurar na net.” completa
• Algo contraditória
• Pouco rigor/ investigação
• Informação pouco aprofundada em alguns
assuntos (exs: as rotas das aves migratórias no
caso da gripe das aves)
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PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”
• Tipo de meios/ recursos disponíveis em Portugal para prevenir eventuais crises/ evitar propagação de
doenças (exs.: vacinas, medicamentos)
• Explicações mais detalhadas sobre assuntos específicos (exs.: como são feitas as manipulações dos
alimentos transgénicos)
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4. EXPECTATIVAS FUTURAS FACE À ALIMENTAÇÃO
Alimentação do Futuro
• Tendência para Piorar/ Ser Menos Saudável (devido às exigências do ritmo/ estilo de vida cada
vez mais “stressado”/ agitado e com menos tempo para a culinária/ cozinha):
- Maior valorização das soluções/ refeições rápidas e práticas Menor exigência ao nível
- Maior consumo/ procura de alimentos/ refeições mais económicas da qualidade alimentar
“Como os solos estão alterados, vai-se deixar de cultivar e por isso a solução vão ser
os transgénicos.”
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EXPECTATIVAS FUTURAS FACE À ALIMENTAÇÃO
Alimentação do Futuro
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5. IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES
• No geral, não conhecem/ nunca ouviram falar de Instituições Alimentares que se preocupam com a
segurança alimentar
• Por vezes, referem existir Instituições Alimentares mas denotam dificuldade em identificar/ recordar
correctamente os nomes, ou referem nomes de instituições sem estarem relacionadas com a segurança
alimentar.
Exs.: - DECO
- Direcção Geral da Alimentação
• Apenas muito pontualmente, entre os entrevistados 50-65 anos, verificou-se algum conhecimento,
quase sempre vago e impreciso, da Agência Portuguesa de Segurança Alimentar:
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IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES
- Devem zelar pelos interesses dos cidadãos, evitando ou alertando para os alimentos
que são prejudiciais à saúde/ que estão fortemente associados aos “riscos
alimentares”
- Devem informar os cidadãos sobre o problema dos “riscos alimentares”/ razões/
consequências, não ocultando informação
- Devem fiscalizar/ controlar a qualidade dos alimentos (ao nível dos prazos de validade,
da proveniência/ origem dos produtos colocados à venda)
- Devem certificar os alimentos que podem estar associados aos “riscos alimentares”
• Neste sentido, é valorizada uma atitude proactiva das Instituições a este nível
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IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES
“Esse organismo deveria ser criado para resolver problemas, por exemplo, se eu tenho
dúvidas sobre a gripe das aves, dirigia-me a esse organismo para me dizerem que
precauções seriam importantes tomar.”
• Folhetos informativos (colocados nas caixas de correio) sobre o que são “riscos
alimentares”/ sobre os alimentos que são saudáveis e os que não são saudáveis
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É notório alguma confusão por parte dos participantes em relação aos riscos alimentares, e em particular
dos alimentos que são considerados seguros/não seguros, dado haver ainda algum desconhecimento
sobre os perigos inerentes a esses mesmos alimentos:
- Alguma dificuldade em avaliar o grau de perigo do risco, sobretudo porque a informação divulgada
é percepcionada como contraditória e em simultâneo suscita algumas dúvidas quanto à sua
credibilidade devido ao teor alarmista com que por vezes as notícias são divulgadas.
Neste sentido, é sentido e manifestado expressamente o desejo por parte dos participantes, da
existência de um organismo que regule esta área e:
• alerte os cidadãos para os alimentos que são prejudiciais à saúde/ que estão fortemente associados
aos “riscos alimentares”
• mantenha uma actualização da informação quanto ao ponto de situação da segurança dos alimentos
que se encontram nos pontos de venda.
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