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ESTUDO QUALITATIVO

Sobre Percepções e
Comportamentos Alimentares

Cliente:

Agência Portuguesa de
Segurança Alimentar

Dezembro de 2005
A Directora:
Maria José Paixão

Moderação e Análise:
Marta Gaspar
2
ÍNDICE
Pág.
1. Introdução 4
1.1. Objectivos 5
1.2. Metodologia 7
1.2.1. Target e amostra 8
1.2.2. Análise dos resultados 11

2. Hábitos alimentares 12
2.1. Atitudes e comportamentos face à alimentação 12
2.2. Hábitos alimentares fora de casa (almoço) 22
2.3. Alimentos/ produtos essenciais à alimentação 23
2.4. Consumo de congelados/ pré-confeccionados 29
2.5. A importância do preço na compra dos alimentos 32

3. Percepção e avaliação dos “riscos alimentares” 34

4. Expectativas futuras face á alimentação 58

5. Imagem das Instituições Alimentares 60

6. Considerações finais 63

3
1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJECTIVOS

OBJECTIVO CENTRAL

A Agência Portuguesa de Segurança Alimentar pretende obter informação acerca


dos comportamentos e percepções dos consumidores face aos riscos alimentares e
o seu impacto nas decisões de compra.

Neste sentido, a Motivação realizou o presente estudo que permitiu atingir este
objectivo.

4
OBJECTIVOS

Para atingir o objectivo principal, torna-se necessário explorar os seguintes objectivos


específicos:

HÁBITOS E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO:


• Como vivem a alimentação;
• É um tema que preocupa: principais preocupações quanto à alimentação. Razões;
• Que tipo de alimentação fazem habitualmente;
• Factores que influenciam na decisão por um determinado tipo de alimentação (rapidez, praticidade,
economia/preço, qualidade/saudável);
• Alimentos/produtos que procuram utilizar com mais frequência. Razões;
• Alimentos/produtos que procuram evitar ou que são mais nocivos para a saúde. Razões;
• Produtos essenciais na alimentação. Ingredientes ou elementos que consideram básicos na
alimentação (ex: vitaminas, cálcio, fibras, minerais, etc.).

CONHECIMENTO/PERCEPÇÃO E COMPORTAMENTOS FACE AOS RISCOS ALIMENTARES:


• Que riscos alimentares percepcionam;
• Avaliação do grau de risco: os riscos mais relevantes/graves e os mais toleráveis e os alimentos
envolvidos;
• As alterações recentes de hábitos alimentares em função desses riscos;
• Como se informam sobre alimentos que constituem um risco para a saúde. Que fontes procuram e
quais oferecem mais credibilidade.
5
OBJECTIVOS

INFLUÊNCIA DO PREÇO NA COMPRA DE ALIMENTOS:

• A importância do preço na compra de alimentos;


• Tipo de alimentos em que o factor preço é relevante;
• Tipo de alimentos em que estão dispostos a pagar mais. Razões;
• Até quanto estão dispostos a pagar por alimentos mais seguros.

TENDÊNCIAS FUTURAS NA ALIMENTAÇÃO:

• Tipo de produtos, ingredientes que se vão consumir mais/menos.

IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES QUE SE PREOCUPAM COM A SEGURANÇA


ALIMENTAR:

• Que instituições conhecem/ ouviram falar;


• Grau de satisfação com essas instituições;
• Que actuações esperam dessas instituições;

• Aspectos que podiam ainda ser melhorados.

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1.2. METODOLOGIA

METODOLOGIA QUALITATIVA
• 5 Reuniões de grupo (com 7/8 participantes cada)
• 2 Mini-Grupos (com 4 participantes cada)
• Conduzida de forma semi - directiva, através de um guião de discussão previamente aprovado
pela Agência Portuguesa de Segurança Alimentar

TRABALHO DE CAMPO

• Decorreu entre os dias 11 e 23 de Novembro de 2005

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1.2.1. TARGET E AMOSTRA

• Definiram-se 5 universos sob estudo:

Universo 1
• Consumidores dos 20 aos 50 anos;
• Ambos os sexos;
• Casados ou a viver sozinhos;
• Com filhos (entre os 0 e os 16 anos) e sem filhos;
• Pertencentes às classes socio-económicas B/C1;
• Residentes na área da Grande Lisboa e Grande Porto;
• Pessoas activas e com algumas preocupações com a alimentação;
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.

Universo 2
• Consumidores dos 20 aos 50 anos;
• Ambos os sexos;
• Com filhos (entre os 0 e os 16 anos) e sem filhos;
• Pertencentes às classes socio-económicas C2;
• Residentes na área da Grande Lisboa e Grande Porto;
• Pessoas que valorizam/têm que se sujeitar ao factor preço na compra de alimentos;
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.
8
TARGET E AMOSTRA

Universo 3
• Jovens consumidores dos 14 aos 18 anos;
• Ambos os sexos;
• Pertencentes às classes socio-económicas B/C1;
• Residentes na área da Grande Lisboa;
• Pessoas activas e com algumas preocupações com a alimentação;
• Jovens com poder de prescrição junto dos pais (no que diz respeito às escolhas alimentares)

Universo 4
• Consumidores dos 50 aos 65 anos;
• Ambos os sexos;
• Residentes na área da Grande Lisboa;
• Pessoas preocupadas com a alimentação por questões ligadas à saúde
• Responsáveis pela alimentação de crianças/adolescentes (dos 0 aos 16 anos)
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.

Universo 5
• Homens consumidores dos 25 aos 35 anos;
• Divorciados ou que vivem sozinhos;
• Com filhos
• Responsáveis pelas compras de alimentos e preparação das refeições no lar.
9
TARGET E AMOSTRA

AMOSTRA

SEGMENTOS ETÁRIOS Lisboa Porto

1 RG, ambos os sexos


14-
14-18 ANOS -
(U3)

1 RG, ambos os sexos 1 RG, ambos os sexos


20-
20-30 ANOS sem filhos, classe B/C1 sem filhos, classe C2
(U1) (U2)

1 MG, homens que vivem


25-
25-35 ANOS sozinhos, com filhos -
(U5)

1 RG, mulheres 1 RG, mulheres


30-
30-50 ANOS com filhos, classe C2 com filhos, classe B/C1
(U2) (U1)

1 MG ambos os sexos
50-
50-65 ANOS -
(U4)

TOTAL 3 RG + 2 MG 2 RG

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1.2.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS

• Técnica de análise de conteúdo


• Transcrição das reuniões gravadas em áudio
• Tendo em conta as variáveis ‘idade’, ‘sexo’, ‘classe social’, ‘zona geográfica’ e
‘com/sem filhos’

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2. HÁBITOS ALIMENTARES
2.1. ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Como tendência geral entre os vários segmentos estudados, a rapidez e a practicidade é


dos aspectos mais valorizados na alimentação:

• Têm uma vida muito activa e agitada

• Têm pouco tempo para a cozinha/culinária

Contudo, verificam–se diferenças entre os vários segmentos ao nível das atitudes e


comportamentos face à alimentação, tendo sido identificados 3 grupos com
características/perfis distintos:

Grupo 1- “Os Nada/Pouco preocupados

Grupo 2 – “Os Preocupados”

Grupo 3 – “Os Naturalistas”

12
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Grupo 1 – “Os Nada/Pouco Preocupados”

Este perfil é evidenciado sobretudo entre os participantes de nível socio-económico


C2 (homens e mulheres) e também alguns participantes do nível socio-económico C1
(alguns jovens < 16 anos e alguns homens que vivem sozinhos com filhos) :

• Não têm preocupações específicas com a alimentação/ comem de tudo/ não evitam
nada em especial:

- Procuram consumir essencialmente o que gostam/lhes apetece/dá


prazer – “como só aquilo que me apetece”

Ex: “fast food”


“bolos com creme”
“batatas fritas com mayonaise” (às refeições e fora das refeições)
“refrigerantes com gás/ coca-cola (sobretudo mais jovens)

- Sem grandes regras (alguns homens compensam pela prática de exercício


físico/ ginásios vs restrições alimentares por verem resultados mais imediatos/
eficazes com o exercício fisico)

“Se me apetecer assim de repente porcarias à noite, vou fritar batatas ou


fazer aletria…”

- Alguns, sem horários certos (sobretudo homens que vivem sozinhos)

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ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Grupo 1 – “Os Nada/Pouco Preocupados” (cont.)

• É sobretudo durante a semana que privilegiam as preparações culinárias práticas/rápidas


de confeccionar, ou procuram mesmo soluções rápidas como encomendar uma pizza ou
trazer um frango assado para consumir em casa
• Ao fim de semana preferem a confecção de pratos mais elaborados/pesados à base de
refogados que é quando estão mais descontraídos e têm mais tempo
“Assim um arroz malandro, um estufado apuradito...”
• Preferem pratos mais condimentadas ou à base de molhos em detrimento dos cozidos e
grelhados

Influenciam nesta atitude


dois tipos de factores

De ordem emocional: De carácter prático:


- Alimentação como - Adequação às exigências do ritmo/ estilo
de vida actual/ com horários tardios
recompensa/ prazer
“No dia-a-dia a quem é que lhe
apetece chegar a casa e estar ali a
cozinhar?”
- Vivem sozinhos/ não apetece cozinhar
“Sou capaz de ficar sem comer horas
e horas para não ter trabalho de fazer
as coisas.”
14
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Grupo 1 – “Os Nada/Pouco Preocupados” (cont.)

E ainda, sobretudo entre os participantes C2:

• Recorrem a soluções mais económicas para a confecção de pratos como as massas,


ovos ou o arroz em detrimento da carne ou do peixe:

“Não necessito de comer carne ou peixe para fazer uma refeição, posso fazer só à base de
arroz com ervilhas e ovos ou então uso bacon, fiambre, cogumelos e misturo tudo numa
massa, mais um bocadinho de molho: ketchup, mayonaise …”

“Quando saio muito tarde do trabalho faço uma massa de atum e mayonaise ou natas que é
uma coisa rápida, económica e fácil de fazer…”

15
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Grupo 2 – “Os Preocupados”

Perfil predominante na amostra, são tendencialmente os participantes dos níveis sócio-


económicos B e C1, sobretudo mulheres (20-50 anos) e alguns entrevistados mais
jovens ( > 16 anos), sobretudo raparigas:
Sobretudo entre as mulheres (20-50 anos):
• Também valorizam a practicidade/ rapidez que procuram conciliar com a qualidade dos
alimentos. No entanto, têm já algumas preocupações/ restrições específicas que se
prendem com questões de saúde/de problemas derivados da idade (ex: colesterol,
acidentes cardio-vasculares), de estética ou mesmo de dar uma alimentação equilibrada
aos filhos/família:
- Procuram fazer uma alimentação saudável
Que inclua:
- Vegetais (sobretudo sopa) e fruta que procuram consumir diariamente
- Peixe e carne em alternância (embora consumam mais carne)
- Alimentos naturais/ privilegiam os alimentos “frescos”
Evitando:
- Gorduras (fritos, carnes gordas, fast food) Prejudiciais à saúde/ fazem mal
- Doces/ Açucares Engordam “Tenho ideia que esses hamburgueres
- carnes vermelhas Têm toxinas/hormonas são feitos já em óleos saturados”
- Procuram ter uma alimentação variada, com todo o tipo de alimentos
- Privilegiam as preparações culinárias mais simples, rápidas de confeccionar,
sobretudo entre quem tem filhos (ex.: grelhados, cozidos)
- Recorrem apenas pontualmente em situações de emergência a restaurantes
do tipo McDonald’s (sobretudo entre quem tem filhos) 16
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Grupo 2 – “Os Preocupados” (cont.)

Verificou-se que é a partir dos 16 anos (sobretudo entre as raparigas):

• Revelam começar já a ter alguma preocupação/sensibilidade com o tipo de alimentação que fazem
(não só por razões de saúde mas sobretudo de estética):
“ Antes não me preocupava nada, mas agora estou a dar mais atenção a isso …”
- Procuram comer poucas quantidades e várias vezes ao dia
- Começam a valorizar outras alternativas consideradas mais saudáveis e menos
calóricas:
Exs.: - Vegetais - Cereais
- Sopa - Fruta
- Carnes brancas
- Começam a evitar/rejeitar restaurantes do tipo McDonald´s:
- Cansaço do sabor/”começar a enjoar”

- Imagem de produtos pouco saudáveis e muito calóricos (hamburgueres, batatas fritas,


molhos)

- E também a rejeitar alimentos mais conotados com engordar:


- Exs.: Muita gordura
- Fritos
- Doces: chocolates, bolachas,
bolos/ bolos com creme Muitas calorias (muito açúcar)
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ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

Grupo 3 – “Os Naturalistas”

Este perfil é evidenciado apenas entre alguns participantes mais velhos (50-65 anos),
sobretudo mulheres
• Diferenciam–se do grupo 2 (“Os preocupados”) por serem mais exigentes com os alimentos que
consomem, sendo que as preocupações com a alimentação fazem parte da sua maneira de estar na
vida, essencialmente por questões de saúde:
- Não consomem carnes vermelhas (sobretudo carne de vaca):
- Receios de ter toxinas/hormonas
- Consomem apenas carne de porco preto ou de borrego
- Algumas substituem o consumo de carne por vegetais (ex.: tofu, soja)
- Não utilizam gorduras saturadas
- Procuram utilizar mais temperos naturais/ tradicionais como o azeite
- Rejeitam alimentos com conservantes/aditivos como as conservas
- Privilegiam alimentos como legumes, fruta, lacticínios que consomem diariamente (alguns
preferem comer fruta antes da refeição)
- Recorrem sobretudo a preparações culinárias como os grelhados, cozidos e alguns assados
- Algumas evitam o uso de sal
- Fazem uma alimentação variada, privilegiando no entanto a qualidade alimentar/ a frescura dos
alimentos
- Estão muito atentas à composição dos produtos e à proveniência/ origem dos alimentos
(sobretudo na carne)
18
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

PREOCUPAÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO DOS FILHOS


De um modo geral, as preocupações com a alimentação estendem-se também aos filhos, sendo que o
controlo da sua alimentação é feito sobretudo às refeições em casa (mais ao jantar). No entanto,
verificam-se comportamentos/ atitudes distintas face ao que os filhos comem:

Mães/Pais “Permissivos” (orientados mais pela vertente emocional)

ALGUMA PREOCUPAÇÃO, muito embora:


• Tendem a dar/ fazer os pratos que os filhos gostam/ pedem para comer:
pizzas, hamburguers (consomem em casa ou vão com os filhos ao Mc Donald’s),
bife com batatas fritas:
- Para satisfazer o pedido/ desejo dos filhos/ netos e a
consequente vontade de lhes agradar
“ O meu neto só quer daquelas batatas fritas de pacote para comer com o bife...”
e/ou:
- Por vezes como forma de recompensa pelo “bom comportamento” que tiveram
• Não colocam grandes restrições, no entanto, tendem a:
- Incita-los a variar ou, pelo menos, procuram influencia-los
para alternativas mais valorizadas como é o caso da sopa
que procuram que os filhos comam pelo menos entre 2 a 3 vezes por semana

• Sobretudo na classe C2
• Alguns homens com filhos que vivem sozinhos e pontualmente
entre alguns entrevistados (> 60 anos) com netos
19
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

PREOCUPAÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO DOS FILHOS (cont.)


(orientados mais pela vertente racional) Mães/pais “Não Permissivos”

Maior preocupação em controlar o que os filhos comem:


• Procuram “compensar” em casa e influenciar os filhos para alimento
considerados mais saudáveis e indispensáveis ao seu crescimento:
legumes (sobretudo sopa), fruta, alternância de carne e peixe, massa/arroz
- Porque têm a consciência que fora de casa/ na escola fazem
uma alimentação pouco desejável/ saudável, muito à base
de sanduíches e fast food, alguns pais evitam mesmo que
os filhos comam na cantina da escola por ser à base de fritos/
hamburgueres e ovos
• Tendem a colocar alguns limites/ a evitar:
- Que os filhos consumam produtos considerados nocivos/ prejudiciais
exs.: doces/chocolates => receios dos filhos ficarem obesos
bolos embalados (tipo “bollycao”)
bebidas gaseificadas
- Levar os filhos com frequência ao McDonald’s
(geralmente vão apenas 1 vez por mês)
- Para que as crianças não se habituem/ “viciem”
Por Prevenção:
- Para não lhes incutir uma cultura McDonald’s
Como Medida de - Quando os filhos já pediam/ queriam consumir
Restrição: com demasiada frequência

Sobretudo nas classes B/C1


20
ATITUDES E COMPORTAMENTOS FACE À ALIMENTAÇÃO

PREOCUPAÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO DOS FILHOS (cont.)

Alguns exemplos ilustrativos relacionados com as Mães/pais “Não Permissivos”:

“ Pelo meu filho, comia sempre massa e hamburgueres”

“É uma guerra muito grande com a publicidade... a tendência


deles é dizerem logo que não gostam de arroz... querem é Bollycaos.
A minha filha já me pergunta porque é que não leva Bollycaos para
o lanche porque todos os amigos têm.”

21
2.2. HÁBITOS ALIMENTARES FORA DE CASA (ALMOÇO)

Verificam-se hábitos distintos que estão directamente relacionados com a classe social:

CLASSE B/C1 CLASSE C2

• O estilo de vida agitado leva a optar por • Preferem levar o almoço de casa
refeições rápidas: (geralmente, as “sobras” do jantar
anterior)
- Muito à base de sopa, saladas, sanduíches
e alguns salgados - Por uma questão de economia
e
Ou algumas mulheres:
- Porque não lhes agrada o tipo de comida
• Levam o almoço de casa das cantinas

- Para evitar o tipo de alimentação Ou, alguns optam por:


disponível na rua (mais “condimentada” e
à base de gorduras) • Refeições à base de fast food,
sanduíches, salgados
Mas também:
- Surge como alternativa mais desejável ao
- Porque é mais rápido/ deixa tempo livre
almoço da cantina
para outras coisas
ou
e/ou
- Surge como alternativa face ao tempo
- Por uma questão de economia (ex. e/ou ofertas disponíveis
iogurte + peça de fruta)
22
2.3. ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO

Independentemente do nível/ frequência de consumo, foram referidos como elementos/ alimentos, que
estão/ devem estar presentes na alimentação, os seguintes:

SOPA

FRUTA E
LEGUMES

PEIXE E
CARNE

LEITE

CEREAIS

23
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO

SOPA

• Independentemente do perfil de consumidor definido anteriormente, a sopa é considerada


por todos um alimento indispensável e sobretudo para dar aos filhos:

- Porque é percebida como um alimento rico/ completo: tem um elevado valor nutritivo/ “alimentar”

“Acho que a sopa é um alimento extraordinário, tem todas as vitaminas!”

- É uma boa forma de consumir vegetais quando não se consomem de outras formas (sobretudo
entre as crianças que é quem rejeita saladas, legumes cozidos) => ajuda a colmatar eventuais
deficiências da alimentação feita na escola/ durante o dia

• Funciona como um complemento importante nas refeições principais (pelo menos uma vez
ao dia)

• Para alguns (sobretudo mulheres), constitui muitas vezes um elemento essencial numa
refeição rápida/leve (neste caso será o complemento necessário) ou funciona como
refeição em si própria

“Lá em casa não dispensamos sopa... sobretudo à noite, como só uma sopa e uma peça
de fruta, não consigo comer sopa e um prato, à noite tento não comer muito.”

24
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO

SOPA

• Alguns diminuem o seu consumo no verão:

- É quente/ não apetece tanto

• Em geral, consomem em casa e fora de casa

• Surge, contudo, junto de alguns entrevistados (sobretudo entre a classe C2), uma
tendência para a redução do consumo de sopa, sobretudo porque dá trabalho e demora a
confeccionar. De facto, referem que:

- Fazem sopa só uma vez por semana e, quando acabam, não voltam a fazer

- Só fazem ao fim de semana que é quando têm mais tempo


- Procuram soluções rápidas para a confecção da sopa como, por exemplo, comprar os legumes já
cortados

25
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO

FRUTAS E
LEGUMES

• De uma maneira geral, os entrevistados privilegiam o consumo de frutas e legumes:

- Possuem um elevado teor nutritivo/ são ricos em nutrientes (vitaminas, sais minerais, fibras)

- Ajudam ao bom funcionamento do organismo

- São “obrigatórios”, sobretudo para as crianças

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ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO

PEIXE E CARNE

CARNE PEIXE

• Apresenta um consumo generalizado/ • Consumido com menos frequência vs carne:


abrangente: - Mais caro
“Se o preço fosse diferente, comíamos peixe
- Toda a família com mais frequência... Está caríssimo, o
- Todas as idades bacalhau, o polvo, está tudo caro. A carne
está mais acessível e há em todo o lado!”
• É um dos alimentos preferidos/de eleição - Mais difícil de confeccionar/preparar
pelos adultos e pelas crianças - Algumas crianças não gostam/ não pedem para
comprar
- Satisfaz menos
• Apresenta como inconvenientes/freios ao
consumo:
- Serem de “viveiro”/ “alimentados com rações”
(sobretudo robalo e douradas)
- Algum peixe congelado ser vendido como
“fresco”
No entanto,
• Associam a menos efeitos nocivos para a
saúde vs carne:
- Menos gordura 27
ALIMENTOS/ PRODUTOS ESSENCIAIS À ALIMENTAÇÃO

LEITE CEREAIS

• Funciona como um bom complemento da • Percepção de alimento rico em componentes


alimentação benéficos:

• Porque faz bem à saúde/tem cálcio - Vitaminas e fibras

• Elevado teor nutritivo/alimento completo • Regulam o organismo

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2.4. CONSUMO DE CONGELADOS/PRÉ-CONFECCIONADOS

O consumo de congelados/pré-confeccionados ou alimentos pré-preparados está


directamente relacionado com o tipo de perfil de consumidor encontrado anteriormente.

Deste modo:

“Os Nada/ Pouco


“Os Preocupados” “Os Naturalistas”
Preocupados”

Consomem com Alguma Consomem Esporadicamente/


Frequência/ Menos Resistentes Mais Resistentes

29
CONSUMO DE CONGELADOS/PRÉ-CONFECCIONADOS

• Desvalorizam as desvantagens (não serem saudáveis) e


+ consomem motivados pelas vantagens que lhes reconhecem:
- Sobretudo rapidez e practicidade
“Os Nada/Pouco - Facilitam muito => poupam muito trabalho/tempo
Preocupados” - Estão sempre prontos e acessíveis
- Não prejudicam uma alimentação saudável (a não ser que sejam
consumidos em excesso/ exclusivo)
Ainda que,
• Não são económicos => as embalagens são pouco económicas,
fica caro para toda a família (sobretudo os pré-confeccionados)

Consumo • Evitam consumir com frequência, recorrem apenas quando


chegam tarde a casa/não têm tempo para cozinhar ou quando
têm uma emergência:
“Os Preocupados” - Não são associados a um produto fresco, o que sugerem produtos
com conservantes, químicos/ E’s (por isso não devem ser
consumidos em excesso/ com demasiada frequência)
- E ainda, para alguns (sobretudo no Porto) têm um sabor algo
artificial/menos autêntico/ tradicional (sobretudo puré)

• Privilegiam os produtos frescos/caseiros


• Não são tão saudáveis/ficam aquém dos produtos caseiros:
“Os Naturalistas” - Têm químicos/conservantes/E’s (têm em geral uma validade longa)

- - Têm um valor nutricional inferior


• Recorrem muito pontualmente, apenas em situações de
emergência quando os filhos/netos chegam tarde a casa
30
CONSUMO DE CONGELADOS/PRÉ-CONFECCIONADOS

• Tendem a consumir produtos variados/ de diferentes


+ categorias (com alguma regularidade/frequência):

“Os Nada/ Pouco - Pizzas


Preocupados” - Lasagnas, canelonis
- Hamburgueres
- Batatas fritas Em Ocasiões
- Douradinhos, panados, rissóis Específicas/ muitas
- Puré vezes premeditadas
- Bróculos, ervilhas, favas
Com menor frequência:
- Bacalhau (à Braz, com natas)
Consumo
• São mais limitados no leque de produtos consumidos:
- Bacalhau (à Braz, com natas)
“Os Preocupados” - Lasagnas, canelonis
- Arroz à Valenciana
- Cebola, alho – “É a invenção do século. XXI!”
- Esparregado
- Vegetais

• Apenas muito pontualmente :


- Pizzas
“Os Naturalistas” - - Lasagnas

31
2.5. A IMPORTÂNCIA DO PREÇO NA COMPRA DOS ALIMENTOS

A generalidade dos participantes reconhece o preço como um aspecto importante na compra de


alimentos e tende a preferir alimentos/ produtos com uma boa relação qualidade/ preço.
No entanto, o grau de influência do preço na escolha/compra de alimentos é diferente em função das
categorias de produto:

Produtos em que Valorizam o Preço/ Produtos em que o Preço Tem Menos


Escolhem o Mais Barato Importância/Valorizam Mais a
Qualidade

• Produtos em que não percepcionam • Produtos “frescos” porque são os alimentos


grandes diferenças ao nível da qualidade em que é exigida maior qualidade ao nível da
entre as várias marcas “frescura”.
Exs: Ex:
- Iogurtes: - Carne e peixe
“ Os iogurtes são todos iguais!” - Verduras/legumes
“ Sou incapaz de gastar mais 2 euros por - Fruta
um iogurte que traz uma embalagem XPTO!” - Pão
- Enlatados/conservas (salsichas,
cogumelos, atum, feijão, grão) • Produtos em que é valorizada uma marca
- Massa, arroz específica (ex: leite, cereais (Special K)
- Óleo
- Água (algumas) “ Se for um leite do muito aguado, não me
- Legumes congelados importo de pagar um bocadinho mais!”
Apenas entre alguns participantes C2:
- Fruta

32
A IMPORTÂNCIA DO PREÇO NA COMPRA DOS ALIMENTOS

Até quanto estão dispostos a pagar a mais por


alimentos considerados mais seguros?

No geral:

Dada a preocupação demonstrada coma a alimentação, e em particular com os


alimentos considerados de risco, muitos participantes dizem estar dispostos a
a pagar um pouco mais por alimentos que lhes dê mais confiança:

• Entre 15% a 20%

33
3. PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

O termo “riscos alimentares” suscita associações distintas entre os entrevistados,


deste modo:

• Tendem a associar de imediato os => Alimentação em quantidade


“riscos alimentares” às doenças excessiva (superior às
relacionadas com maus hábitos necessidades do organismo)
alimentares ou com uma alimentação
pouco equilibrada.
No Geral => Alimentação rica em alimentos
Exs: muito calóricos (doces,
- Colesterol gorduras, hidratos de carbono,
- Diabetes refrigerantes com gás)
- Excesso de peso/obesidade

• Os “riscos alimentares” surgem => Frango


relacionados com doenças que
decorrem de certos alimentos
considerados pouco seguros. => Ovos (sobretudo fora de validade)
Pontualmente Exs.: => Carne de vaca
- Gripe das aves - Pesticidas
- Salmonelas - Hormonas => Frutas e legumes
- BSE - Brucelose
=> Queijo fresco

34
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Atitudes e Comportamentos face aos verdadeiros riscos alimentares

Apesar de todos os entrevistados manifestarem alguma preocupação com os verdadeiros


“riscos alimentares”(i.e. relacionados com os alimentos considerados pouco seguros), o nível de
envolvimento/ preocupação com o tema varia:

Entrevistados Mais Envolvidos/ Entrevistados Menos


Preocupados Envolvidos/Preocupados

• Sobretudo classe B/C1 • Sobretudo classe C2

• Sobretudo quem manifestou um perfil • Sobretudo homens


mais preocupado e uma atitude “mais
naturalista” em relação à alimentação

35
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Atitudes e comportamentos face aos riscos alimentares (cont.):

Entrevistados Mais Envolvidos/Preocupados

• Mostram-se muito envolvidos e sensíveis com a generalidade dos riscos alimentares:

- Têm dúvidas sobre a eficiência e forma de actuação das entidades responsáveis em relação
aos alimentos considerados de risco
Deste modo,

• Revelam preocupações com os alimentos que comem/compram com receios das


consequências no futuro:
- Preferem evitar/ rejeitar comer certos alimentos relacionados com o risco em causa,
pelo menos durante o período em que é divulgado
• Procuram manter-se sempre informados sobre os riscos alimentares/ razões/
consequências e, neste sentido, têm necessidade de informação detalhada e directa
que os tranquilize, lhes dê confiança/segurança:

- Alguns revelam mesmo que já fizeram pesquisas para saber mais sobre determinados “riscos”
(vão propositadamente à Internet ou procuram em jornais ou mesmo noutros canais de
televisão como a CNN)

36
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Atitudes e comportamentos face aos riscos alimentares (cont.):

Entrevistados Menos Envolvidos/Menos Preocupados

• Embora também manifestem alguma preocupação, revelam consumir todo o tipo de alimentos/nem
sempre deixam de consumir determinados alimentos:

- Menos sensíveis com a temática da alimentação em si

- Algum desconhecimento sobre os perigos de alguns riscos alimentares/estão mal


informados sobre as suas consequências (exs: Frango contaminado com nitrofuranos,
Transgénicos, Mercúrio no peixe)

- Percepção de que todos/ quase todos os alimentos considerados “saudáveis” não


são seguros ou que também possuem produtos químicos
“Se eu fosse a pensar nisso, só comia bolachas e massas!”
“Se fossemos a pensar, nos riscos alimentares, não comíamos nada... É o
mercúrio do peixe, é a BSE na carne, agora é a gripe das aves...”

“Eu acho que tudo nos faz mal, se calhar até já tenho o problema das vacas loucas
e... também não fico cá... por isso come-se na mesma!”

- E ainda, alguns consideram que os riscos alimentares são manobras/ estratégias


políticas para incentivar a compra de outros alimentos
37
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Atitudes e comportamentos face aos riscos alimentares (cont.):

Entrevistados Menos Envolvidos/Menos Preocupados

Deste modo,

• Não Evitam/Rejeitam o consumo de certos alimentos, preferindo:

- Comprar/escolher os alimentos que trazem selos de origem ou certificados de


qualidade (ex.: na carne, no queijo fresco) =>Oferece mais segurança/confiança

“A gente sabe que se o queijo fresco tiver selo, é garantido que é pasteurizado.”

- Procuram ler a informação dos rótulos dos alimentos ou mesmo verificar os prazos
de validade
- Tentam fazer uma alimentação variada

“Se eu estivesse sempre a comer aves, isso era uma alimentação de risco...”

• Não procuram saber mais, porque não é uma questão que os preocupe ou porque
não têm tempo para procurar

38
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Riscos Mais Graves vs Riscos Mais Toleráveis

A avaliação do grau de gravidade dos diferentes “riscos alimentares” ou dos receios/medos que
suscitam está fortemente condicionada por 4 aspectos fundamentais:

• Grau de conhecimento que possuem acerca dos riscos

- Os riscos da gripe das aves, BSE, hormonas da carne ou das frutas e legumes contaminados
com pesticidas são os que os entrevistados conhecem melhor – logo podem atribuir-lhes um
determinado grau de gravidade.
- Os riscos dos frangos com nitrofuranos, mercúrio no peixe ou mesmo dos alimentos com
organismos geneticamente modificados tendem a suscitar dúvidas quanto ao tipo de gravidade
percepcionado, porque correspondem aqueles que se verificam um menor nível de
conhecimento ou é mesmo quase nulo (sobretudo no caso dos entrevistados de nível sócio-
económico C2)
• Nível de sensacionalismo/alarmismo veiculado pelas notícias

- Tendem a considerar os riscos mais graves, os que são divulgados através de notícias mais
alarmistas por oposição às notícias menos alarmistas (com caracter mais informativo/formativo)
• Tipo de efeito produzido
- Tendem a considerar os mais graves, os que provocam um efeito mais grave ou morte (exs.:
BSE, gripe das aves)
• Nível de controlo do risco em causa
- Tendem a percepcionar como mais graves os riscos que são menos controláveis pelo homem
(exs: gripe das aves e mercúrio no peixe)
39
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Riscos Mais Graves VS Riscos Mais Toleráveis (cont.)

O ranking que se segue ilustra a tendência das avaliações:

DOENÇA DAS VACAS LOUCAS


Riscos Mais Graves
GRIPE DAS AVES

BRUCELOSE
Riscos Graves para alguns
(sobretudo entrevistados de NITROFURANOS NOS FRANGOS
nível sócio-económico B/C1)
MERCÚRIO NOS PEIXES

FRUTAS E LEGUMES TRATADOS


Riscos Mais Toleráveis COM PESTICIDAS
HORMONAS DADAS A ANIMAIS
“Sempre existiram, toda
a vida vivemos com eles!” PARA A ALIMENTAÇÃO
ALIMENTOS TRANSGÉNICOS

40
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

DOENÇA DAS VACAS LOUCAS

É Considerado dos Mais Graves por Todos

• Sobretudo pelas notícias transmitidas pelos noticiários televisivos considerados muito alarmistas
(aspecto reforçado ainda pelas imagens da televisão).
“Nós sabemos destes problemas através da comunicação social que tem uma influência
brutal e depois os casos que mostravam de pessoas que ficam loucas, de vacas a cair,
eles mostravam essas imagens e a pessoa tinha medo...”

“Como vi imagens aterradoras na televisão, optei por não comer carne de vaca...”
• Porque é uma doença com um efeito muito grave/ mata

Para Grande Parte da Amostra, É/Foi Preocupante

• Veio alterar os seus hábitos alimentares (mesmo entre alguns dos “menos preocupados)

Sobretudo durante o e Quando Deixou de


período em que foi
ser noticia
noticia
41
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

DOENÇA DAS VACAS LOUCAS

Sobretudo durante o
Período em que Foi
Noticia

- Deixaram/ rejeitaram o consumo de carne de vaca: picanha,


=>
coração, fígado/iscas, “enlatados para o gato” (pontualmente)
=>
- Substituíram a vaca por outras carnes: de porco, borrego/
Na cabrito, carnes brancas (essencialmente frango e perú)
Alimentação:
Muito pontualmente, entre alguns entrevistados,
=> Recorreram à carne biológica, mas muito ocasionalmente, por
ser cara/ preço elevado

Na Confecção de - Deixaram de comer carne mal passada/ “em sangue”


=>
Alimentos:

42
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

DOENÇA DAS VACAS LOUCAS

Quando Deixou de
ser Noticia

• Regressaram aos hábitos antigos, mas tomaram mais precauções:

“Depois acabou por cair no esquecimento e eu voltei a comer carne de vaca...”


- Tendem a comprar/escolher a carne que traz selos de qualidade dá mais confiança/
credibilidade

Pontualmente, entre alguns (sobretudo quem manifesta um perfil mais “naturalista”)


Abandonaram totalmente o consumo de carne de vaca:

- Alimento em que perderam confiança, receios de continuar a ser prejudicial à saúde

43
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

GRIPE DAS AVES

Também Considerado Dos Mais Graves

• As causas são sentidas como pouco controláveis


“Enquanto os outros riscos dependem de mim, a gripe das aves, por causa das
migrações das aves, já não depende de mim... A BSE dependendo do tipo de
alimentos que se dão aos animas, já é mais controlável.”
• Pelas notícias transmitidas:
=>
- Muito alarmistas/preocupantes
- Muito excessivas
=>
• No entanto, o grau de preocupação atribuído à gripe das aves está na base de diferentes
atitudes e comportamentos:

Não consideram ainda ser um


Risco que Suscita Alguns
Risco Relevante para deixar
Cuidados/Preocupações
de Consumir Aves

Tendência da Amostra Mais Pontual


44
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

GRIPE DAS AVES

Não Consideram ainda Ser um Risco Relevante para Deixar de Consumir Aves

• Ainda não foi detectado nenhum caso em Portugal

“Não me sinto de maneira nenhuma alarmada porque ainda não chegou cá!”
• Ainda não foi provado que o vírus se transmite pelo consumo de aves

• O número de mortes provocado pela doença é ainda pouco significativo

E ainda, sobretudo entre alguns entrevistados C2:

• Partem do princípio que todas as aves são boas, pois existem normas/ controlo que
regulam esse aspecto

• Alguma desconfiança/ dúvidas se a gripe das aves está relacionada com questões/
manobras políticas de interesses

• Alguma dificuldade em avaliar o grau de perigo do risco, sobretudo porque a informação


divulgada é, por vezes, contraditória

“Acho que às vezes temos que pensar um bocadinho, porque depois assistimos aos debates,
depois o Manel diz uma coisa, o Joaquim diz outra e o Luís diz outra...cada um diz uma
coisa...e nós é que temos que tirar a ilação...nós próprios é que temos que assumir
a direcção que vamos tomar!
45
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

GRIPE DAS AVES

Não consideram ainda ser um Risco Relevante para deixar de Consumir Aves

Alguns exemplos ilustrativos:


“Se calhar, porque ainda não conhecemos casos em Portugal e os casos que surgem na
Ásia não têm expressão, não é significativo num universo de milhões!”

“Acho que agora, com estas notícias todas e com estas análises todas é que podem comer
aves à vontade... porque eles andam mais cuidadosos com isto...”

“As televisões às vezes fazem debates e põe 30 pessoas a falar da mesma coisa, cada uma
tem uma opinião diferente daquilo e nós que estamos a ver aquilo ficamos completamente
baralhados...chegamos ao fim e não sabemos qual é a atitude mais correcta...”

“Às vezes oiço um telejornal às 20h e depois outro à meia noite e as notícias já são
contraditórias...e a pessoa fica um bocadinho baralhada e já não sabe qual é a atitude
mais correcta, se o melhor é deixar de comer frango ou se o melhor é continuar...”

“Eles disseram no início que a doença era transmitida de ave para ave e agora já é
transmitida aos seres humanos, todos os dias há alterações!”

“Ouve-se uma reportagem na Sic que diz que a gripe das aves é um problema grave e
depois na RTP um especialista não sei das quantas que vem dizer que não há o minimo de
problema...ficamos baralhados...eu pelo menos ainda não consegui ficar com uma noção
muito clara de quais são os riscos reais e de que forma é que nos podemos precaver.”
46
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

GRIPE DAS AVES

Não consideram ainda ser um Risco Relevante para deixar de Consumir Aves

Alguns exemplos ilustrativos:

“Depois uma Organização de Saúde diz que vem uma pandemia depois vem alguém do
Ministério da Saúde de um país e questiona tudo isso...”

“Tento não viver obessecada, agora de facto também não sei se há muitos interesses por
trás...que as farmacêuticas são muito poderosas, que começam a fazer vacinas e que há
muito dinheiro por trás, isso também me leva apensar que...”

“Acho também que esta polémica toda á volta da Gripe das Aves poderá ter outras coisas
por trás...questões políticas...interesses dos farmacêuticos...”

47
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

GRIPE DAS AVES

Risco que Suscita Alguns Cuidados/Preocupações

• Porque não conhecem ainda bem as causas (sobretudo no que se refere às migrações das aves)

Alteraram os seus hábitos Alimentares:

=>
- Evitaram ou deixaram de comer aves
- Sobretudo frango (por ser o alimento mais associado à gripe das aves)
Na Alimentação: - E ainda peru, codornizes...
- Deixaram de consumir ovos crus (perderam confiança/receio de ser
=>
prejudicial à saúde)/deixaram de fazer/comer mousses, ovos estrelados,
gemadas

=> Passaram a cozinhar bem a carne das aves


“Agora cozinha-se um pouco mais as aves, demora-se
Na Confecção mais tempo a cozinhar, para matar bem o vírus...”
de Alimentos:
“Frango mal passado é se calhar um risco...”

48
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

PEIXE FRANGOS
CONTAMINADOS
CONTAMINADO BRUCELOSE COM
COM MERCÚRIO NITROFURANOS

Riscos Considerados Graves Só Para Alguns Grande parte da


amostra revela um
(sobretudo classe B/C1) menor envolvimento e
um desconhecimento
• Percepção de que a brucelose e os nitrofuranos são elementos sobre estes problemas:
nefastos/causam morte rápida
“Estes matam em menos tempo!” • Riscos menos divulgados/
• Não é tão controlável vs outros riscos noticiados pela
comunicação social
Entre quem recorda alguma
divulgação, refere:
Alteraram os seus Hábitos Alimentares
• Notícias são curtas e
rápidas – “o mercúrio do
• Tendem a • Deixaram de • Privilegiam o peixe foi muito fugaz!”
privilegiar peixes comer queijo consumo de
de “viveiro”: fresco • As notícias são menos
frango “caseiro” impactantes/ alarmistas
- Considerados Ou vs. frango de vs. outros riscos
superiores aos • Passaram a comer aviário:
peixes “frescos” do apenas queijo “Porque não fomos
mar porque são fresco - Percepção de não assim injectados com
sujeitos a maior pasteurizado ter nitrofuranos tanta publicidade por
controlo de • Alguns evitam/ causa do mercúrio nos
qualidade rejeitam comer em nossos mares, como
restaurantes estava a ser a gripe das
aves!”

49
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

FRUTAS E LEGUMES TRATADOS


COM PESTICIDAS

Considerados Por Todos dos Riscos Mais Toleráveis

• Não conhecem nenhum caso grave relacionado com este problema – são apesar de tudo
dos alimentos mais seguros

• Os principais medos/ receios prendem-se com a origem e a produção destes produtos –


receios de serem “transgénicos” – e não tanto com os pesticidas/ químicos/ fertilizantes
que põem
Deste modo,
• Tendem a privilegiar os locais de compra como as mercearias ou os mercados
tradicionais/ “praça”:
- Percepção de que são mais saudáveis/ sem químicos, pesticidas
- Percepção de que não sofreram manipulações genéticas (aspecto evidenciado pelo brilho,
tamanho e sabor da fruta/ legumes dos supers/ hipers)
“A fruta nos supermercados é muito bonita, cheia de brilho e essa não compro, não tem
sabor.”
• Pontualmente, tendem a recorrer aos legumes/ fruta de cultura biológica, mas muito
ocasionalmente devido ao preço alto/ elevado
“Um quilo de batatas biológicas chega a custar 4 vezes mais.”
50
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

FRUTAS E LEGUMES TRATADOS


COM PESTICIDAS

• Mantiveram os seus hábitos alimentares:

- Não deixaram de comer frutas e legumes


- Continuam a lavar/tratar as frutas e legumes (antes de consumir) sempre do mesmo
modo:

Algumas => Em água corrente

Outras => Recorrem ao uso de outros produtos (vinagre, lixívia) em busca de uma
acção mais “agressiva”/ eficaz contra os elementos que constituem os seus
principais receios

51
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

HORMONAS DADAS A ANIMAIS PARA A


ALIMENTAÇÃO

Também é Considerado dos Riscos Mais Toleráveis

• Alguma desconfiança de que sempre consumiram “hormonas” na carne devido a


experiências anteriores:
- Carne tem pouco sabor
- Encolhe ou deita um líquido ao cozinhar
Contudo,
• Mantêm os seus hábitos alimentares/as hormonas não constituem um freio relevante
para levar a deixar de consumir carne
“No meio daquilo tudo, as hormonas ainda é o menos grave... porque todos nós
comemos hormonas... aí então as altas temperaturas destroem isto!”
• Muito pontualmente, (sobretudo entre os “naturalistas”), recorrem à compra de carne de
produção biológica (apenas ocasionalmente devido ao preço alto) ou procuram comprar
carne nos talhos em detrimento dos supers/hipers:

- Percepção de que a carne que se vende nos supers/ hipers, e sobretudo a carne embalada, é
produzida à base de hormonas

52
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

ALIMENTOS TRANSGÉNICOS

Risco Considerado Pouco Relevante


(generalidade da amostra)

• A informação que possuem é insuficiente ou não é ainda suficientemente esclarecedora,


sobretudo ao nível das consequências do consumo destes alimentos
e,

• Alguns tendem mesmo a relativizar os aspectos negativos associados a estes alimentos


(que são prejudiciais à saúde), através de outros factores:

- Percepção de que estes alimentos podem constituir uma solução positiva para diminuir a fome
dos países sub-desenvolvidos

“Acho que os transgénicos podem ser uma boa solução para os países do 3º
mundo em que se morre à fome... porque se consegue que se produza mais
legumes, por exemplo, em menos tempo... ”

53
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Fontes de Informação
O conhecimento da existência de “riscos alimentares” provêm essencialmente da...

Sobretudo televisão Alguma imprensa: jornais,


(através dos noticiários, Comunicação social revistas de informação (exs.:
debates) Visão, Sábado)
Conversas com a família,
conhecidos ou amigos, colegas

Médicos/Internet (sobretudo
quando não se sentem
suficientemente esclarecidos)

Apesar de concordarem que os jornais (sobretudo o Expresso, Diário de Notícias e o Público) e algumas
revistas de informação (exs.: Visão e Sábado) são meios de comunicação mais credíveis (baseia-se numa
análise mais rigorosa, objectiva, e menos alarmista), vêem na televisão grandes vantagens práticas:
- Mais fácil/ rápido de serem informados
- Tem uma forte presença
- Tem alguma credibilidade, muito embora:
- Notícias são sensacionalistas/ alarmistas
- Demasiado exploradas/ longas
- Explora exageradamente a componente emocional da notícia
54
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Fontes de informação que transmitem mais credibilidade

Médicos/ Profissionais de Saúde

=>Transmitem mais
Instituições/Organismos de Saúde confiança/
credibilidade
• Exs.: Organização Mundial de Saúde
Ordem dos Veterinários
Ministério da Saúde

Instituições de Investigação Científica/


Laboratórios

Entidades Não Governamentais

• Exs.: do tipo da DECO

55
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Estilo/tratamento da informação dos riscos alimentares obtidos através


da comunicação social

Divisão de Opiniões


(No geral) (Pontualmente, entre alguns entrevistados B)
• Linguagem demasiado técnica/complexa • Linguagem fácil/ acessível a todos
“Depois começam a entrar em termos
científicos que nós não apanhamos, não
somos especialistas, nós somos meros - Simples e directa
consumidores.”
“Às vezes, há nomes técnicos que não estamos
dentro deles e temos muita dificuldade em
perceber o sentido disso...”
“Foi por não conseguir perceber a linguagem • Informação factual/ rigorosa/
que tive que ir procurar na net.” completa
• Algo contraditória
• Pouco rigor/ investigação
• Informação pouco aprofundada em alguns
assuntos (exs: as rotas das aves migratórias no
caso da gripe das aves)

56
PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS “RISCOS ALIMENTARES”

Informação que Falta/Desejam sobre os riscos alimentares:

• Tipo de meios/ recursos disponíveis em Portugal para prevenir eventuais crises/ evitar propagação de
doenças (exs.: vacinas, medicamentos)

“Falta-me saber ou ter a certeza se vamos ser capazes de enfrentar


uma pandemia e tenho dúvidas se estamos preparados...”

• Principais consequências do consumo de alimentos considerados de “risco”


• Saber quais os alimentos que são de consumo proibido

• Haver mais opiniões de especialistas médicos

“Especialistas de saúde, alguém que esteja no terreno...”


“Gostava de poder confiar mais na informação se viesse de alguém do
Ministério da Saúde e que dissesse a situação é esta...”

• Haver argumentos científicos/ médicos como suporte das informações dadas

• Explicações mais detalhadas sobre assuntos específicos (exs.: como são feitas as manipulações dos
alimentos transgénicos)

57
4. EXPECTATIVAS FUTURAS FACE À ALIMENTAÇÃO

Alimentação do Futuro

• Tendência para Piorar/ Ser Menos Saudável (devido às exigências do ritmo/ estilo de vida cada
vez mais “stressado”/ agitado e com menos tempo para a culinária/ cozinha):

- Maior valorização das soluções/ refeições rápidas e práticas Menor exigência ao nível
- Maior consumo/ procura de alimentos/ refeições mais económicas da qualidade alimentar

• Evolução ao Nível dos “riscos alimentares”:

- Aparecimento de novos “riscos alimentares” ⇒ Efeitos da poluição do


ar, mar
- Mais graves/ de efeito mais imediato para o organismo

- Cada vez mais manipulações genéticas de alimentos => Prejudiciais à saúde

“Como os solos estão alterados, vai-se deixar de cultivar e por isso a solução vão ser
os transgénicos.”

58
EXPECTATIVAS FUTURAS FACE À ALIMENTAÇÃO

Alimentação do Futuro

Alimentos/Produtos que se vão Alimentos/Produtos que se vão


Consumir Mais Consumir Menos

• Maior procura/consumo: • Vai diminuir o consumo de sopa:


- De congelados pré-cozinhados (ex.: pizzas, - Porque “dá trabalho a fazer” (cortar,
bacalhau à braz) arranjar os legumes)
- De saladas/legumes pré-lavados - Têm pouco tempo para fazer
- De produtos pré-embalados que vão ao • Vai diminuir o consumo de peixe
microondas
- De vegetais congelados - Porque é caro/ preço pouco acessível

• Aumento do consumo de barras de • Vai diminuir a confecção de comida


cereais e do consequente aparecimento caseira/ tradicional
de novas marcas
• Tendência para novos conceitos de “fast • Alguma tendência para diminuir o
food” consumo de legumes/ vegetais “frescos”
• Permanece o consumo de iogurtes

59
5. IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES

Grau de Conhecimento das Instituições Alimentares

• No geral, não conhecem/ nunca ouviram falar de Instituições Alimentares que se preocupam com a
segurança alimentar

• Por vezes, referem existir Instituições Alimentares mas denotam dificuldade em identificar/ recordar
correctamente os nomes, ou referem nomes de instituições sem estarem relacionadas com a segurança
alimentar.
Exs.: - DECO
- Direcção Geral da Alimentação

• Apenas muito pontualmente, entre os entrevistados 50-65 anos, verificou-se algum conhecimento,
quase sempre vago e impreciso, da Agência Portuguesa de Segurança Alimentar:

- Organismo/ instituição recente no mercado


- Pouco divulgada/ passa despercebida

- Imagem de ser um organismo independente/ isento

60
IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES

Que Responsabilidade Têm na Alimentação?

• Tendo em conta os “riscos alimentares”, os entrevistados tendem a associar algumas responsabilidades


às instituições alimentares na medida em que:

- Devem zelar pelos interesses dos cidadãos, evitando ou alertando para os alimentos
que são prejudiciais à saúde/ que estão fortemente associados aos “riscos
alimentares”
- Devem informar os cidadãos sobre o problema dos “riscos alimentares”/ razões/
consequências, não ocultando informação
- Devem fiscalizar/ controlar a qualidade dos alimentos (ao nível dos prazos de validade,
da proveniência/ origem dos produtos colocados à venda)

- Devem certificar os alimentos que podem estar associados aos “riscos alimentares”

- Devem mostrar que são entidades isentas/ imparciais

• Neste sentido, é valorizada uma atitude proactiva das Instituições a este nível

61
IMAGEM DAS INSTITUIÇÕES ALIMENTARES

Que Papel Desejam das Instituições?

• Organizar sessões de esclarecimento sobre os vários “riscos alimentares” e a alimentação:

- Sobretudo através da televisão


- Nas escolas (através de jogos)
- Através da criação de uma linha telefónica de apoio
“Por exemplo, para que a pessoa possa esclarecer o que é isso dos nitrofuranos, o que é
que faz mal, o que é que pode acontecer...”
- Através de um gabinete de apoio

“Esse organismo deveria ser criado para resolver problemas, por exemplo, se eu tenho
dúvidas sobre a gripe das aves, dirigia-me a esse organismo para me dizerem que
precauções seriam importantes tomar.”

• Folhetos informativos (colocados nas caixas de correio) sobre o que são “riscos
alimentares”/ sobre os alimentos que são saudáveis e os que não são saudáveis

• Lançamento de uma revista informativa (semelhante à revista da DECO) sobre:

- O que são os “riscos alimentares”/ razões/ consequências e alimentos a evitar


- Mas também a importância de uma alimentação saudável/ o que é uma alimentação saudável

62
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Face aos resultados do estudo:

É notório alguma confusão por parte dos participantes em relação aos riscos alimentares, e em particular
dos alimentos que são considerados seguros/não seguros, dado haver ainda algum desconhecimento
sobre os perigos inerentes a esses mesmos alimentos:

- Estão mal informados sobre as suas consequências


E/ou

- Alguma dificuldade em avaliar o grau de perigo do risco, sobretudo porque a informação divulgada
é percepcionada como contraditória e em simultâneo suscita algumas dúvidas quanto à sua
credibilidade devido ao teor alarmista com que por vezes as notícias são divulgadas.

Neste sentido, é sentido e manifestado expressamente o desejo por parte dos participantes, da
existência de um organismo que regule esta área e:

• alerte os cidadãos para os alimentos que são prejudiciais à saúde/ que estão fortemente associados
aos “riscos alimentares”

• informe os cidadãos sobre o problema desses “riscos alimentares”/ razões/ consequências

• mantenha uma actualização da informação quanto ao ponto de situação da segurança dos alimentos
que se encontram nos pontos de venda.

63

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