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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Plebiscito e Referendo. Diferenças1
- Plebiscito: é uma consulta prévia que se faz aos cidadão no gozo dos
direitos políticos, sobre determinada matéria a ser, posteriormente, discutida
pelo Congresso Nacional;
- Referendo: consiste em uma consulta posterior sobre determinado ato
governamental para ratificá-lo, ou no sentido de conceder-lhe eficácia, ou,
ainda, para retirar-lhe eficácia.
A ação popular é instrumento destinado a corrigir toda e qualquer lesão ao
patrimônio público ou de entidade de que participe o Estado. Ela é uma
garantia constitucional não apenas judicial, mas também política, uma vez
que possibilita a participação do cidadão na vida pública.
Jamais a pessoa jurídica tem legitimidade para propô-la, uma vez
que a pessoa jurídica não pode ter direitos políticos, não pode ser cidadã.
O ato lesivo, passível de anulação, é o que atinge a moralidade
administrativa (art. 37), o meio ambiente (art. 225), o patrimônio histórico
e cultural (art. 216) e o patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe.
O cidadão estará agindo de boa-fé se o fizer no interesse da
comunidade; neste caso, não arcará com as custas judiciais, que é a verba
que se recolhe ao Estado por se ter movimentado o Poder Judiciário, e
nem com o ônus da sucumbência, isto é, os honorários advocatícios,
pagos por quem perde a ação.
Havendo motivos escusos por parte do cidadão, no caso de perder a
ação, que é movida em seu nome, deverá haver o recolhimento das
custas judiciais e do
ônus de sucumbência.
Os efeitos da ação popular se traduzem ou pela anulação do ato
lesivo praticado, ou pela sua sustação (caso sua consumação esteja
prestes a ocorrer), ou pela ordenação da sua prática, na hipótese de
omissão (a autoridade deveria ter praticado o ato e não o fez).
NACIONALIDADE
CONCEITO
É um vínculo jurídico político que liga a pessoa a determinado
Estado. É o status do indivíduo em face do Estado2.
É diferente de cidadania que significa a capacidade para exercer
plenamente os direitos políticos.
Assim, todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão.
Todo cidadão é nacional ressalvado o caso do português equiparado.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
1
Lei 9.709, de 18 de novembro de 1998.
2
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. 30 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2003, p.109.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
NACIONALIDADE PRIMÁRIA
‐Nacionalidade primária (originária) – involuntária. é aquela que resulta
do fato natural, ou seja, o nascimento;
Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta
Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em
repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir
na República Federativa do Brasil.
NACIONALIDADE SECUNDÁRIA
3
Essa é a opinião de Alexandre de Moraes (Ob. Cit. p. 216). Contudo, cabe a advertência de José
Francisco Resek (Direito Internacional Público, p. 178), segundo o qual se reputam a serviço de
nação estrangeira ambos os componentes do casal, ainda que apenas um detenha cargo, na
medida em que o outro nada mais faça do que acompanhá-lo.
Dessa forma, para ser considerado brasileiro nato os que nascem no
exterior, é necessário:
a) um dos pais seja brasileiro;
b) o pai ou a mãe brasileiro deve estar a serviço do Brasil, entendendo-se
como tal o serviço diplomático, consular, ou em autarquias, sociedades de economia
mista, fundações, empresas públicas, ou seja, a serviço da administração direta ou
indireta, seja Federal, Estadual ou Municipal e do Distrito Federal.
4
Ver. Art. 113 da Lei 6.815/80 sobre a redução do prazo quando preenchidas algumas condições.
Estrangeiros originários de países de língua portuguesa (CF,
Art. 12, II, a).
Exigências: residência por um ano ininterrupto; capacidade civil e idoneidade
moral.
5
ARAUJO, Luiz Alberto David et al. Curso de Direito Constitucional. 8 ed. rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 2004, p. 201.
3ª) Quanto à extradição (CF, Art. 5º, LI).
4ª) Quanto ao direito de propriedade (CF, Art. 222).
5ª) Perda da nacionalidade adquirida (naturalizados) por prática de atividade nociva
ao interesse nacional (CF, Art. 12, § 4º, I).
3º) apátridas, não têm vínculo de direito público com estado nenhum.
Constituição de 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.