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Pre 0 NE Miguel Fernandez y Fernandez * Roberto de Araujo Acicio Eiji Ito EDITORA EDGARD BLUCHER ox PREFACIO Raros slo 05 livros técnicos que chegam A 82 edigio. (0 “Manual de Hidréulica” do Prof. Dr José Martiniano de Aevedo Netto atinge esse sucesso; or durante mais de 40 anos vern sendo consultado por seguidas geragSes de téenicos pare a elaboracdo de projetos de obras hidréuliease sanitiries Hoje é um livro que consta no curriculum de vérias escolas de Teenologia e Eagenharia € representa papel importante na resolugio de problemas relacionados aos Recursos Hidricos ¢ 43 Meio Ambiente. Assim como em edig6es anteriores, esta também introduz atualizages importantes, destacando-se os instrumentos de informatica, agora ao alcanee des profissionais e alunos da. area, Como objetivo deadaptarse ds novas tendéncies, os assuntos forein reagrupadas em mimero menor de capitules, mas sem perder a profundidade, « abrangéncia ¢ a dladtics. Aomesmo tempo, foram agregados novos assuntos, comop ex: lnstalagSes Prediais de Bsgoto Sanitério, Instalagdes Prediais de Agua Pluvial; Irrigagdo — Principios, Métodos e Dimensionamento: Pela primeira vez, nosso querido mesire Azevedo Netto (1938-1991) no esté presente fisicaments em uma atualizagio e publicagdo de sua obra. Apesar de ter nos deixado tio eedo, acredito que aprove e abencoa o resultado obtido por nossos colegas na continuidade de seu trabalho: Prof, Roberto de Araujo; coordenador Eng? Miguel Fernandes y Fernandez Prof. Aedeio Ita Com a eolaboragao dos professores: Prot. Dr. Direou DiAllonin Telles Prof. José Tarcisio Ribeiro Prof. Arjovaldo Nuvolari Prof Wladimir Firsoff Prot. Edmundo Palz Prof. Joaquim Gabriel M. de Oliveira Neto ‘Tive o privilégio de conhecer parte dos membros dessa equipe, desde o tempo em que eram alunos da Escola Politécnica da USP e da Faculdade de Tecnologia do CEETEPS: outros, de ‘rabalbarmos juntos ne érea de consultoria téenica. Muitos deles foram companheires deluta 20 Departamento de Hidrdulica da ATEC/Sio Paulo, que dirigs por alguns anos. ‘Tenho a certeza de que o espirito deste manual continua vivo através do objetivo maior do nosso saudoso Pro. Azevedo Netto, que é estar sempre compromissade com a “Escola do Fazer” No futuro, outras ediges serio necessérias pare adaptélo as inovacdes tecnol6gicas & normalizagio da ABNT. Gostaria que foscem claboradas seguindo uma filosofia de trabalho que sempre me orientou durante todos esses anos: “Avida Ga cterna luta em busca da perfeicao”, Koket Uehara Professor Titular da Bscola Politéenics da Universidade de Séo Paulo Departamento de Engenharia Hidréulice ¢ Sonitiria sina de Marmelos, Jie de Fore, MG, primeira hidrelérica da América do Suh, inaugurads eos (05/09/1889, com potincia de $x 125 KW. Antes, ex 1899, fol instalada a Usina do Ribeiro do nferto, om Diasiantins, MG, coms duas unidades de 49P para alimentapiodebembas gua a cxploragio de diasantes Apds estas, om 1901 entrou ema operapioa Usina Rdgard de Sowa, [Borlo Tite, par ditsibuipio na cidade de Sto Paulo, Ponte, revista "TBSA Notieis”, ano 11.28, ‘Sonombro 1980. Aw USE sees 2 CONTEUDO Hidrostética, PressBes e Empuxos Equilibrio dos Corpos Fiutiantes Hidrodinamica. Princfpios gerais do movimento dos fluides. Teorema de Bernoulli Orificios, Bocais e Tubos Curtos ‘Vertedores Escoamento om Tubulagbes. Anélise dimensional e semelhanga mecinica ‘CAteulo de Tubulagies Sob Pressio Condutos Forgados. Posiodes dos encanamentos, cdleulo pratico, ‘materials e consideragbes complementares _Acassérios e Tubulagdes BstagGies Blevatérias, Bombas e Linhas de Recalque Golpe de Ariete. Transiente Hidréulico Sistemas de TubulagGes. Condutos equivalentes, problemas dos -reservatirios, distribuigao em marcha, redes Condutos Livres ou Canais, Movimento Uniforme ‘Caleulo do Bscoamento em Canais Canais, Célculo Pritico e Consideragées Complementares Hidrometria, Processos de medidas hidréulicas ‘Sistemas Urbanos de Hidréulica Aplicada. Sistemas de abastecimento de dgua. Sistemas de esgoto sanitério, Sistemas de égua pluvial Sistemas Prediais de Hidréulica Aplicada. InstalagGes prediais de égua. Instalagdes prediais de esgoto sanitério, Instalacdes prediais de dgua pluvial 20. Irrigasio. Princfpios, métodos e dimensionamento Ne) sGae® 3 ANEXOS 1 Aplicagdes de Informética em Hidréulica II Sistema Internacional de Unidades (SI). Grandezas de Interesse a Hidréulica IIL Relagdes de Medidas ¢ Conversdes de Unidades Bibliografia recomendada indice 605, NOTACOES, GRANDEZAS E UNIDADES PRINCIPIOS BASICOS NoTacho —GRANDEZA vuntpape A Sop guia transversal sop molbada = Dad, Ditmeso mam bx Didmetro nominal : * Weociaade mi v votume m > Preuo a.m, mHi0 > Peso Nie a bashagett adhe 1. - CONCEITO DE HIDRAULICA. SUBDIVISOES a Yen den BAU tie Osigitcnto etme da pala Harta ¢-condgto de xs” (Gogrego ; eet a hydor. Agua e autos, tubo, conch). eonaeee ; Entretanto, atualmente, empresta-se ao termo Hirdulies wm significado rauito : Intonsidace do cas ts i peat ae zis lato: € 0 estado do comportamento da rua e de outros liguidos, quer em tee erenedtaieea daca a | Repowto,querem movimento, 7 Rao rae a ‘A Hidréutica pode ser assim divididsr Dy Didmetzehidaico 7 + Hidréulica Gera ou Teérica : ‘Accleragio da gravidade at Hiarostiti, : “Tempo, durag de ehuvas s.min rocinemética & Concentraio de cuvas rain Hiarodinimica t Recorréciadechovas coo + Hidréulica Aplicada ox Hidrotéenica DB “angura (nas) 2 |ABidréulica Geral ou Teérice aproxima-se muito 64 Mectnica dos Fuidos. L “Largur ereedoree) = ABidrostética trata dos fluidos em repouso ou em equilorio,aFiidrocinemética i Comprimente 2 estuda velocidades trajetérias, sem considerar forgas ou energia, © 2 ox Coeficiente de rugosiaade mm Hidrodinamies referese ts Velocidades, is aceleragdes e As foxcas que atuama em > Poténee Weer fuidos em movimento, R Nimero de Reynolds - A Hidrodinimica, face as caracterfsticas dos fluidos reals, que apresentam z {Nimero de rouge ~ grande mimero de varléveis fisiss, o que tornava seu equacionamento altamente 8 Némerode Boussineg - complex, sté mesmo insolivel, derivou para a adogao de certes simplificasdes c Coefcinte de Hazenvatamse = ‘sis como a abstragao do atrto interno, trabathando com o denominado “Fluide > Coatciente de Maning - perfeito”,resutando em uma ciéncia matematica com aplicagdes pritices bastante f Coeficiente de estinca de tito = Tnitadas Os engenheiros, que necessitavam resolver os problemas préticos que hes eram apresentados, voltaram-se para a experimentagio, desenvolvendo férmulas me empiricas que atendiam suas necessidades. Pus Com o progresso da ciéncia e impulsionada sobretudo por alguns ramos onde Bis se nevessitaram abordagens mais académicas, e onde houve dispontbilidade de N/m kg/m? recursos para aplicacio em pesquisa, e principalmente com o advento dos gm computadores, que permitiram trabalhar com sistemas de equagses de grande ri complexidade, em pouco tempo a Hidrodindmica desenvolveu-se e é hoje instrumento nfo apenas teérico-matemético, mas de valor prético indiscutivel. 2 Prinelrios edsices A Hidréulica Aplicada ou Hidrotéeniea é a aplieagao conereta ou prética dos conhecimentos cientificos da Mecdnica dos Fluidos e da cbservagito criteriosa dos fonémenos relacionados égua, quer parada, quer em movimento, ‘As dress de atuagio da Hidréulica Aplicada ou Hidrotéenica sio: + Urbana: Sistemas de abastecimento de égua Sistemas de esgotamento sanitario Sistemas de drenagem pluvial Canals, + Rural: Sistemas de drenagem Sistemas de irrigacio Sistemas de gua potvel e esgotos + Instalagdes prediais: Industriais Comerciais Residenciais Publicas + Lazer e paisagismo + Estradas (arenagem) + Defesa contra inundagSes + Geragdo de Energia + Navegacdo ¢ Obras Maritimas e Fluviais Os instruments utilizados para a atividade profissional de Hidrotéenica elo: + analogias + cdleulos tedricos ¢ empfricos + modelos reduzidos fisicos + modelos mateméticos de simulagio + hidrologia + arte Os acessérios, materiais e estruturas utilizados na prétiea da Engenharia Hidréulica ou Hidrotécnica sio: + merzos, + aragagens + pogos + barragens + drenos + reservat6rios + bombas + eclusas + tubos e canos + cais de portos senrocamentos + turbinas + canais + flutuantes + valvalas + comportas + medidores + vertedores + diques + orificios + ete 1.2 - BVOLUCAO Da HIDRAULICA Obras hidréulicas de certa importincia remontam A Antigdidade, Na Mesopotdmaia existiam cansis de irigacdo construidos na planicie situada entre 03 ros Tigre e Eufrates e, em Nipur (Babilénia), existiam coletores de esgotos desde 5750 ac. Importentes empreendimentos de irrigagio também foram executados no Exito, 25 séculos aC, sob a orientagdo de Uni. Durante a XII dinastia,realizarazn- se importantes obras hidréulicas, inclusive o lago artificial Méris, destinado a regularizar as aguas do baixo Nilo. EVOLUGAD OA AIDRALLICA a Oprimeiro sistema pablico de abastecimento de dgua de que se tem noticia, 0 aqueduto de Jerwan, foi construfdo na Assiria, 691 a.C. Alguns principios de Hidrostética foram enunciados por Arquimedes?, no seu “Pratado Sobre Corpos Flutuantes”, 250 a. Abomba de pistio foi idealizada pelo fisico grego Ctesibius e construfda pelo seu discfpulo Hero, 200 a.C. Grandes aquedutos romenos foram construfdos em varias partes do mundo, a partir de $12 a.C. No ano 70 a.C. Sextus Julius Frontinus foi nomeado ‘Superintendente de Aguas de Roma. No século XVI, a atengio dos fil6sofos voltou-se para os problemas encontrados nos projetos de chafarizes e fontes monumentais, tfo em moda na Itélia, Assim foi que Leonardo da Vinci? apercebewse da importiincia das observagbes nesse setor. Um novo tratado publicado em 1588 por Stevin3, e as contribuigées de Galileu', ‘Torricelif e Daniel Bernoulli* constituiram a base para o novo ramo cientifico, Dever-se a Euler" as primeiras equagdes gerais para o movimento dos fluidos. No seu tempo, 03 conhecimentos que hoje constituem a Mecinica dos Fluidos apresentavamse separados em dois campos distintos: a Hidrodindmica Tedrica, que estudava 05 fluidos perfeitos, e a Hidréulica Empirica, em que cada problema era investigado isoladamente. A.associagio desses dois ramos iniciais, constituindo a Meciinica dos Fluidos, devese principalmente & Aerodinamica, Convém ainda mencionar que a Hidrdulica sempre constituiu fértil campo pare as investigagdes e andlises matemiticas, tendo dado lugar a estudos tedricos que freqiientemente se afastavam dos resultados experimentais. Varias expresses assim deduzidas tiveram de ser corrigidas por coeficientes priticos, 0 que contribuit: para que a Hidréulica fosse cognominada a “ciéncia dos coeficientes”. As investigagdes experimentais tornaram famosos vérios fisicos da escola italiana, ‘entre os quais, Venturi? e Bidone, Apenas no século XIX, com o desenvolvimento da produgo de tubes de ferro fundido, capazes de resistir a pressbes internas relativarnente elevadas, com 0 crescimento das cidades e a importancia cada vez maior dos servicos de abastecimento de égua e, ainda, em conseqiiéncia do emprego de noves méquines hidriulicas, é que a Hidréulica teve um progresso répido e acentuado. As investigagdes de Reynolds’, os trabalhos de Prandtl‘? as experiéncias de Froude! forneceram a base cientifica para esse progresso, originando a Mecdnica dos Fluidos moderna. Asusinas hidrelétrieas comegaram a ser construfdas no final do século pasado. Aos laboratérios de Hidréulica devem ser atribusdas as investigagées que possibilitaram os desenvolvimentos mais recentes. © processamento de dados com o auxilio de computadores, além de abreviar célculos, tem contribuido na solugio de problemas téenico-econémicos para projeto ¢ implantagao de obras hidréulicas e propiciado a montagem de modelos de simulagie que permitem prever e analisar fendmenos dinamicos até entio Tii-AagulincGen(997-S9AG) TEL Teonardo da Vine (462-250) 3 -simo tevin (3540-2600) 14 Gale Gates 1564-1642) 3) “Symagelues Terices 608-647) [Gh “Danis Boro 1700-5783) (7 “taonardo Baler (1707-178) (0) Guana Botan Vesa 746-1828) | OtBorse ayaa (842-1812) |3o| sdwdgsranee (905-088) || Wiliam Peoade 230-2879) 4 prineiries easices impraticéveis de se proceder, ou feitos com tio significativas simplificagées, que comprometiam a confiabilidade ou a economicidade. Soe INVENGOES ‘AUTORES, PALS Eegotos 375080. _‘Babliénia Drenagem Empédodes 450. Grecia Parafuso deArquimedes Arquimedes 250aC. Grecia Bomba de pistéo (Ceesfbius/Hero 200/1202C. Grécia Aquadutes romanos 60a. Roma ‘Termes romanas 2020. oma Bardmetro EcTorsicent 1843 Italsa Compressor dear (Otto ven Gueriche 1654 Alemanha ‘Tubes de ferro fundide moldade Johan Jordan 1684 Prange Bomba centrifuge Johan Jordan, 1864 Franga Maquina avapor Donis Papin 3680 Franga ‘Vaso sanisério Joseph Bramah 3175 Inglaterra ‘Tarbina hidréulica Benoit Fourneyron, i827 Franga Prensa hidréulica SStevin/JBramah 1600/1796 Hol /Ingl. Emprego de hélice John Erleson 1836 ‘Suéeia ‘Manilnas eerémices extrudadas Francis 1886 Inglaterra ‘Tubos conereto armado —_J.Monier 1867 Franca Usina hidretétrica, 1982 BUA ‘Turbinaa vapor A.Parsons/Delava 1884/3890 Ingl/Suécia Submarino J.P. Holland 1898 UA ‘Dubos cimento amianto A. Mazza i913 alia ‘Tubos de ferro fundide — Arens/ centrifugado Dimitri de Lavand soir Brasil Propulsio ajato Frank Waite * i937 Ingisterra ‘Tubos de PVC 1947, EVENTOS, ‘ANO CIDADE ‘Primelzo sistema de abestecimento de agua 1723‘ Riode janeira-RY Primeira cidade com rede de esgotos 4884 Rio ge jenciro-R] Primetra hidrelétrica (para minsrario) 1883 -Dismantina- MC. Primeira hidrelétriea (para abastecimento piblico) 1889 __Juiz de Fora-MG 1.3 - SIMBOLOS ADOTADOS F UNIDADES USUAIS As grandezas fisicas sio compardveis entre si através de medidas homogéneas, ou seja, referidas & mesma unidade. Os néimeros apenas, sem dimensio de medida, nada informam em termos riticos:o que é maior, 8 ou 80? A pergunta carece de sentido porque nao hé termo de comparagao. Bvidentemente que 8m? € mais que 80 litros (80dm!). Poderin ser de outra forma: Bkg e 80 kg. As*unidades” de grandezas fisicas (dimensdes de um corpo, velocidade, forga, ‘trabalho ou poténcia) permitem organizar o trabalho cientifico e téenico, sendo que com apenas sete grandezas bésicas é possivel formar um sistema que abranja todas as necessidades. (Quadro 1.4). ‘Tradicionalmente a engenharia, logo a Hidréulica também, usava 0 ‘denominado sistema MKS (metro,quilograma,segundo) ou CGC (centimetro, grama, ‘segundo), ou Sistema Gravitacional, em que as unidades bésicas (MKS) io: ‘UNIDADE SEMBOLO DIMENSIONAL quilograma fora kg F ‘metro = L segundo . r Entretanto, observouse que esse sistema estabelecia uma certa confusio en- sreas nogdes de peso e maassa, que do ponto de vista fsico sdo coisas diferentes. A saassa de um corpo refere-se 3 sua inéreia ¢ 0 peso de tum corpo referese & forea ‘gue sobre este corpo exerce a acelerasio da gravidadeg. Eevidente que uma mesma masta de gua, digamos um litro em determinada temperatira, tem pesos Aiferentes 20 nivel do oar ou 8 2.000 m acime dele, sendo esse mesma massa mais *pesada” eo nfvel do mar, onde a aceleracio da gravidade é maior, no esquecendo ‘que a aceleragio de gravidade também varia com a latitude Quadro 1.6), ¢ até coro 1 posigio da lua em relagio & Terra exemplo visivel: as meré). Entre. forga(F) ea massa de um corpo existe uma relagdo expressa pela equagdo {QF lei de Newton): onde: k éuma constante; mm €amassa do corpo; a €a aceleracdo a que 0 corpo esté submetido. Hié dois sistemas de unidades que tornam a constante K igual a 1 (um): 0 ST (Sistema Internacional) ou absoluto ¢ o gravitacional. No absoluto, k é igual a I (um) pela definicio da unidade de forca eno gravitacional pela definigao da unidade de massa, ou seja: SISTEMA ABSOLUTO «> a unidade de forca ¢ aquela que, ao agir sobre um corpo com a massa de um quilograma, ocasiona uma acelerago de um metro por ‘segundo, por segundo, e se denomina “newton”. A unidade de massa nesse sistema € correspondente a um bloco de plating denominado quilograme-protétipo, guardado em Sevres (Franca). SISTEMA GRAVITACIONAL —> a unidade de forca é igual a uma unidade de massa por ums unidade de comprimento por segundo, por segundo, logo a unidade de massa neste sistema 6 igual a g gramas. Como g varia de lugar para lugar, especialmente com a latitude e a altitude,,.. Melhor explicando, o Sistema Gravitacional torna o k igual a unidade pela definicdo da unidade de massa. “Se um corpo de peso unitérlo cai livremente, a forga unitéria atuard e a aceleracao seré g”, logo, para que a forca unitdria produza sume aveleregio unitéria, a unidade de massa serd equivalente a gunidades de peso. 1N6 sistema métrico seria: i kgf = unidade de massa x 1 m/st, logo vunidade de massa = 1 (kgf) / 1 (m/s®) = g (kg) 6 Principios aksicas Emoutras palavras, a forca gravitacional comuntes i massa de Lg. aceleragio 2 Ukgt =a 1 kg. O importante é entender que o peso de um corpo pode se reduzir & zero a0 sair da gravidade terrestre, mas sua massa permanecerd a mesma. Bvidentemente e definigao de massa peceva por variar em funggo da aceleracdo aa gravidade, 0 que nao corresponde & realidade fisica da grandeza massa. Entretanto, a5 aproximagées sio boss o suficiente para, de maneira geral, em problemas pouco sensiveis a variagio desse tipo de grandeza, continuarem a ser uusadas, pelo hébito ¢ pelas facilidades advindas principalmente do fato de que, @ rosso modo: 1 din? de H,0 (um litro de égua) = 1 ket gerando a unidade prética de pressao conhecida como metro de colutia d’égua {mmca), tio difundida entre os téenicos. Por convencio internacional de 1960, foi eriado o Sistema Internacional de Unidades (S1, também conhecide por Sistema Absoluto, legalmente em Vigor no Brasil ena maiorie dos paises do mundo, do tipo MLT (massa, omprimento, expo) endo FLT (forca, comprimento, tempo) como era o Sistema Gravitacional ‘As unidades bisicas desse sisteme sio 0 quilograma (neste caso seria um quilograma massa), 0 metro e o segundo. Deve-te atenter para a coineidencia de nomenclature entre a antiga unidade peso ea atual de massa, evitando-se assim as confusdes daf advindas, infolizmente tio freqiientes. SIMBDLOS AvoTADOS € UNsDADES USuAIS unidades para os célculos relacionados com as atividades da hidréulica. GRANDEZA SMGOLO UNDADE — RELAGAOCOM DIMENSIONAL ‘AS UNEDADES BASICAS “AREA me 2 voue a D VELOCIDADE 3 2 ACELERAGAO ene tp Muassa sSPECIFICA xem? MLS FREQUENCIA He hers = Tr FORCA N newton 8 PRESSAO mpm wasn ENERGIA J} foule Nam MET? POTENCIA wate Ys MET? MISCOSIDADEDINAMICA P poise N/m? MEAT MISCOSDADECINEMATICA Stokes «= YOuansye rt MOMENTO DE INERCLA mm ue ‘TENSAO SUPERFICIAL Nim mere PESO ESPECEF:CO Nim? Mitre OBSERVACK Para calcular o valor de g{cm/s*) em qualquer situagio geogréfica (latitude & sterudo) abetainds as lsetgbes pamedeae na ore eases provost pas ales Ae eons ® spassa Go planeta Term, pocese wiizars seeks Gone ene Compriments — = sp eeeceherai poe eae’ caer ie ee 80618 — 20 + 0,089 x (cos 29)? - 0,3086 x HE os ae ; ede a : | ge can ee ciate ae t No quadro 1.6 sequin sprecentam-e valores deg cleuados para diverena netgaurkneese an S |___ locaidales pele tah aio tenia Sees = = vendo nda denoninodas ullndss oaplemesires a aes = DADE TANTUDEAUITUDE AG: DAGRAVIONE aca ens 7 ‘oman = aa ; cure Cabereistrar que paras fas usuate de engenhara hidrélien, nfo intereee a. a ae a aitrena tise socio de maspacquantdnte de msee,quevalinerewart oe a ey fice ed qulsice pares Ua mal a quanta te noes on quanta de Ha enato Ee 5 tubetdcel nos BUA) de uma amostt on sistema contend asta enidedes, Bee 7 ly Semontares quanton somoe austen ea O01 auloprann de cabone 12. Boorse Aes 7 ° esr Nesta edigSo, serd adotado o Sistema Internacional (SI) de Unidades, sem oe aa aan 9,80845. - stumes” dos técnicos quem o livro, a Sa 980700 svandone entreanto os “unos consumes dos eaten dateara quem oltre Fe ns ae é sets destina, estabelecendo também uma “ponte” entre aquele que se inicia no offcio e ovetersno. ‘As unidades derivadas do SI so estabelecidas através de tratamento algébrico ou dimensional das grandezas fisicas bésicas. Apresente-se a seguir as grandezas mais freqiientes, com suas respectivas Pn pens ecancnapaon sn rag 7 princinios eksicos 4.4 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS, CONCEXTOS. 1.4.1 ~Definigdes . Mluidos: liquidos e gases Fluidos so substancias ou corpos cujas molécules ou partfculas tém 2 propriedade dese mover, umas em relagio as outras, sob a ago de forgas de minima grandeze. Os fluidos se subdividem em liquidos eaeriformes (gases, vapores). Bra virtude do pouco uso da expressio aeriforme, sero utilizados neste livro os termos gases ‘ou vapores, indistintamente, com 0 conceito de substincia aeriforme. (Os liquidos tém uma superticie livre, e uma determinada massa de um liquido, ‘2 uma mesma temperatura, ocupa s6 um determinado volume de qualquer reci- piente em que caiba sem sobres, Os Liquides so pouco compressiveis ¢ resistem, 1pouco a tragdes e muito pouco a esforcos cortantes (por isso se movem facilmente). Os gases quando colocados em um recipiente, ocupam todo o volume, independente de sua massa ou do tamanho do recipiente. Os gases sfo altamente compressiveis ¢ de pequena densidade, relstivamente aos liquides. ‘ estudo do escoamento de gases (ou vapores) na Hidréulica praticamente s6 estd presente nos problemas de enchimento ¢ esvaziemento de tubulagées € resezvat6rios fechados, quando ha que se dar passagem ao ar através de dispositivos tais como ventosas ¢ respiradores, ou ainda, na anélise de problemas de descolamento de coluna liquida em tubulagées por fendmenos transitérios hidrdulicos (golpe de ariete). A forma como um Ifquido responde, na prética, as vérias situagSes de solicitacdo, depende basicamente de suas propriedades fisico-quitnicas, ou seja, de sua estrutura molecular e energia interna. A menor particula de égua, objeto da Hidréulica, é uma molécula composta por dois étomos de hidrogénio ¢ um de oxigénio. Entretanto, uma molécula de égua nfo forma o que em engenharia, hidrdulica se designa como tal, So necessérias muitas moléculas de égua juntas, ppara que se apresentem as caractoristicas préticas desse composto. A proximidade dessas moléculas entre si é fun¢o da atracio que umas exercem sobre as outras, 0 ‘que varia com a energia interna e, portanto, com a temperatura e com & pressio, 5 estados fisicos da dgua (s6lido, liquido e gasoso) so resultado da maior ou menor proximidade ¢ do arranjo entre essas moléculas e, portanto, da energia, presente em forma de pressio e de temperature. A medida de energia éo “joule”, a de calor a “caloria” e a de presséo o “pascal”. Uma caloria é a energia requerida para aquecer um grama de gua, de um grau Kelvin (ou Celsius) Para passar de um estado fisico para outro (ou de uma fase para outra), a Agua presenta uma caracteristica prépria, que 6 a quantidade de calor requerida, sem. correspondente variacio de temperature, denominada calor latente de vaporizacgo Giquido <=> vapor) e calor latente de cristalizaZo (S6lido <=> liquide). Ao nivel do mar, a 45° de latitude e & temperatura de 20°C, a pressio atmosférica é de 0,1 MPa (2,038 kgt/cm®).Nessas condigées, se a teroperatura de uma massa liquida for elevada A temperatura de 100°C e af mantida, ela evapora segundo o fenémeno da ebuliczo ou fervura. Em altitudes acima do nivel do mar, a pressio atmosférica é menor es gua evapora a temperaturas também menores. (Figura 1.1). Denomina-se “pressio de vapor"(ou “tensio de vapor”) de um liguido a “pressio” na superficie, quando o liquide evapora. Essa *pressio de vapor” varia com a temperatura, © Quadro 1.7 mostra a variaco da pressio de vapor da égua PROPRIEDROES DOS FLUIDOS, ConcEITOS ° conforme a temperature. Onservese que a presio de vapor igual « pressfo atmerférica normal a 100% e que, havendo ume diminulgto ae presse Ge txemplo em sero de ombes), a preset de vapor pote cegara sr teats (Gara batna) on dgva pasta ao extado de vapor bruscamemte chundooderen ics trot de eat: QUADRO 1.7— Tensto dewapor da agua conforme 4 temperatura, eter oee) PRESSAO DE VAPOR Da AGUA, “c N/mt kgtim? 0 4 ars ca 0 1225 125 20 2330 239 30 $490 453 50 12300 1259 80 47300 4830 300 301200 10330 ee AUITTUDE(m) 0 S00 800, 1000 1500 2000 3009 4000 %e so 98 TSC SC“ |! 1.4.2 ~ Massa especifica, densidade e peso especifico A mussa de um fluido em uma unidade de volume é denominada densidade absoluta, também conhecids como massa especifica (kg / m*) (“density”) © peso especifico deum fuide € 9 peso de unidade de volume deste aid (N/m?)(“unit weight”), o a aaa a Painginios aAsicos Bssas grandezes dependem do nimero de moléculas do fluido na unidade de volume, Portanto, dependem Ga temperatura, da pressio e do arranjo entre as moléculas ‘Agua aleanga sua densidade absoluta maxima 2 uma temperatura de $,98°C. Jéo peso especifico da Sgua nessa mesme temperature também seréiguel & unidade em locais onde a aceleracio da gravidade seja de 8,80m/s* e a pressGo de 1 atm (760mm, 10,83mea ou 0,1 MPa). ‘Chama-se densidade relativa de um materia a relaco entre a massa especitica esse materiel e a massa especifica de um outro material tomado como base. No caso de liquides, essa substancia normalmente €a gua 2 3,98°C. Tratandese de gases, goralmente adote-se oar nas CNTP [Condicdes Normals de Temperatura(20°C) fe pressio(i atm}. Assim, a densidade relativa do mercério 6 13,6 da agua salgada do mar em torno de 1,04 (atimeros adimensionais) (‘specific gravity”) eee eee renter eee ‘Temperatura Massa espectfica g/m?) Em termos priticos, podese dizer que a densidade da dgua 6 igual Aunidade e ‘que sua massa especifica é igual a 1 kg/¢ e seu peso especifico 6 9,8 N/E. 1.4.3 —Compressibilidade Compressibilidade é a propriedade que tem 0s corpos de reduzir seus volumes sob a agio de presses externas Considerando-se 2 lei de conservacio da massa, um aumento de pressio corresponde a um aumento de massa especifica, ou seja, uma diminuicio de volu- me. Assim, av--eVap uasdo() onde 0.60 coeficiente de compressibilidade V €0 volume inicial dp € a-variago de pressio O inverso de a é¢ (¢ = 1/a), denominado médulo de elasticidade de volume. Porém, a massa (m) vale m= pV=constante onde p 6a massa especifica Derivando, temse a pavevdp=0, Va-p Se HEOADES 00S FLuLoeS, coxcEITes u e substiuindo o valor de Vina eq, (1) temse: ‘equapio (2) somites detaente ds equsio @), que o mda ds clatiade devo lame tem dinensoes de pressio edad, eiameste em hon” ov gh POMS ¢ em N/m? ou Pa (S2). (1 kgf = 9,8 N). moa ; Fare os liguidos, ole varia mbit pouco com a pressfo,entetant, varia spreiavemente com stempersura, Oo fast tome saute vansvel come grants com a temperature. SEocrey ‘Temperanira © @ © « co, (N/m) 208 (en2/N) 107° g/m) 310% Cont ag) 10-9 0 19,50 Sas 199) 50.2 10 2023 433 207 482 20 2107 ars 235 465 30. 24.36 255 239 45.6 Suponha-se que certa transformagio de um gés se dé @ uma temperatura constante e que a mesma obedeca lel de Boyle--Entio, Beconstante; dai, 22-2 ° app Pela equacdo (2) temse oop ‘oquaco(5) O resultado da eg. (3) pode ser assim escrito: “quando um gés se transforma segundo a lei de Boyle, o seu médulo de elasticidade de volume iguala-se & sua pressio, a cada instante”, Para 0s liguidos, desde que nao haja grandes variagdes de temperatura, pode se considerar ¢ constante. Entio, a eq. (2) pode ser assim integrada: equagio 4) ‘Aq. (4) expressa a variagio de p com p. Como essa variagio € muito pequena, pode-se escrever a expressio aproximada: oe a (p—p,), de onde vem p= p,[1+a(p~Po)] Nos fenémenos em que se pode desprezara, tem-se p= py, que éa vondigio de incompressibilidade. ka ae a Normalmente, a compressibilidade da gua é constderada, em termos préticos, apenas no problema de edleulo do golpe de arlets. 2 Princirios ehsicas Critérios de compressibitidade De acordo com o fendmeno considerado, nfo se pode prescindir da compres: sibidade de um liquido (golpe de ariete), ou, em outro extremo, pode-se prescindir da compressibilidade de um gis (movimento uniforme com baixas velocidedes). ‘Chamando de “c” a celeridade de propagagio do som no fluido, sabe-se (New. ‘ton) que: on en [OP ie tap Portanto, a compressibilidade de um fluido est4 intimamente relacionada com aceleridade. Na gua, a 10°C e & prossio atmostérica ao nivel do mar: c= 1 425 m/s. 86 se pode considerar p constante ou dp = 0se dp =0 oue=s. Nos fendmenos do golpe de ariete no se pode considerar p constante, pois dp+0ec6um valor finito, Pode-se, entretanto, considerer p constante nos fendmenos que envolvem ‘pequenas massas de fluidos, onde se considera c=, ou em fendmenos em que p varia muito gradualmente, onde se considera dp » 0. Chamandose denémero de Mach (Ma) a relagio entre a velocidade de win escoamento “vy “ e a celeridade de propagagio do som no mesmo fluido, Chamando de K a constante da transformagio adiabitica, pode-se deduzir a seguinte relagio: (eX ahaa? ovals onde p, é a masa especifica para v~ 0. Para Ma = 0,3 € um escoamento de ar (K= 1,4) com velocidade de 100m/s, tem- p= 0,967 pp esse caso, igualando-se p a p,, cometese um erro de aproximadamente 4% Ocritério, portanto, para se considerar um gas compressivel ou ndo, depende do erro que se permita cometer nos célculos. No exemplo acima, 0 erro foi de 4%, que muitas vezes inferior aos erros com que se tomar os dados do problema. 1.4.4 ~ Blasticidade Berthelot, em 1850, descobriu essa propriedade que tém os liquidos de aumentar seu volume quando se Ihes diminui a presso. Para os gases, a propriedade jé era bem conhecide. Em seguida, Worthington provou que o aumento de volume, devido a uma certa depressio, tem o mesmo valor absoluto que a diminuicio do volume, para mrorniconses 008 rvi908, concertos ie wine compressio de igual valor sbsoluto. Isto 6, os méutos de elatitdade iguais 4 depressao e & compressio. cee Os gases dissolvidos afetam essa propriedade, quando se trate de grandes pressées, Exemplo: 1.1 —Suponhamos a 4gua scb uma profundidade, ou seja, sob uma carga de 1 000 mea. Considerando a 4gua a uma temperatura de 20°C (massa especifica de 998 kg/m’), com médulo de elasticidade volumétrico de 2,18 x 10*kgf/m? on 21,07 x 10°N/m?, A essa profundidade, se considerarmos a gua incompressivel, a pressio 6 do 99,80 kgi/em® (978 N/ez®). Calculando'a massa especifica da égrua a essa pressio, a diferenca de pressio pode ser entendida como a forca do peso por unidade de area, logo: 2 ¥ dp -F/A~ Be gapy % iD F/A= Fg mpo dp = 998(kg/m*) 1. 000(m) -9,80(an/s%) dp =9 780 40008/m?) a equacio (1) sendo 9, =998kg/m* P= 1002.65 (kg/m?) Portanto, houve um acréscimo de densidade de 0.47%: (1 002,65 / 998 ~ 1,00466). Da mesma forms, sob uma coluna de gua de 200 m, um litro de égua nas CNTP reduz-se a $99em? de dgua na mesma temperatura. A fu €corea de 100 vanes mais compressive que o ao (variando com otipo le ago) 1.4.5 —Viseosidade / Atrito interno. Liquidos perfeitos. Atrito externo 1 —Viscosidade/Atrito interno Quando um flufdo escoa, verificase um movimento relativo entre as suas partfculas, resultando um atrito entre as mesmas. Atrito interno ou viscosidade é 8 propriedade dos fluidos responsével pela sua resisténcia & deformagio. uw paineinios BAsicos Pode-se definir ainda a viseosidade como a eapacidade do fluido em converter energia cinética em calor, ou capacidade do fluido em resistir ao cisalhamento {esforgos cortantes). A viscosidade € diretamente relacionada com a coesio entre as partfcilas do fluido. Alguns liquidos apresentam essa propriedade com maior intensidade que outros. Assim, certos 6leos pesados escoam mais lentamente que a égua ou o dlcool. Ao se considerarem os esforcos internos que se opdem a velocidade de deformacio, pode-se partir do caso mais simples, representado pela Fig. 1.2. No interior de um liquido, as partfculas contidas em duas lazninas paralelas de érea (A), movem-se & distancia (An), com velocidades diferentes (v) © (v + Av). Figura 2 A segunda lamina tender a acelerar a primeira e a primeira a retardar a segunda, A forga tangencial (F) decorrente dessa diferenca de velocidade seré proporcional ao gradiente de velocidade (igual & velocidade de deformagio angu- len). equssio() Onde “u” é um coeficiente caracterfstico do fluido, em determinada temperatura e pressio, que se denomina coeficiente de viscosidade dinarnica ou viscosidade. A eq. (5) também 6 conhecida como equagio da viscosidade de New- ton. A viscosidade varia bastante com a temperatura e pouco com a pressio. 0 coeficiente de viscosidade dindmica ou absolute, ou simplesmente, viscosidede, tem a dimensional ML?T? po(S), ¢ FL®T no (sks) ‘No sistema (SI), aunidade de“y” denomina-se pouiseuille, abreviatura “Pe”, ¢ no sistema (MKS), denomina-se poise, abreviatura “P". LPl=1N-5/m? 1P «0,1 Ns/mat 100 centipoise =1P = 1 g/ems Para a dgua 2 20°C e1 atm, tem-se “u" = 103 N.s/m* = 1 centipoise Por essa facilldade de a dgua ter a viscosidade igual A unidade nas CNTP, ela é jusada como padrio de viscosidade, exprimindose a viscosidade de outros fluidos em relagdo & mesima. PROPRIECADES OOS FLuIoos, coNcEiTOs * * Gis/mt) 104 s/t) 10-8 o ia 0 os 2 1674 50 549 4 1568 60 469 5 1817 70 407 30 i808 80 357 35 ima 90 si7 20 1.008 100 288 30 799 Dividindo-se o valor do coeficiente de viscosidade “jt” pela massa especifies do ‘Aluido “p *, obtem-se o coeficiente de viscosidade cinemtica “v" # ? Esse coeficiente tem vantagem de nfo depender da unidade de mesa, A unidade d¢ viscosidade cinemiética no (SI) tem a dimensional (L? T*) e exprimese em m/s, eno (MKS) tem a mesma dimensional, exprimindo-se em cm?/s e denomina-se stoke, abreviacao St. (oat /s) 108 (at 5) 09 0 3792 0 657 2 1673, 50 556 4 1567 80 478 8 2519 70 216 10 1308 80 367 18 1148, 90 328, 20 1007 00 296 30 B08 Os fluidos que cbedecem a essa equacio de proporcionalidade, eq. (5), 4 seja, quando hé uma relago linear entre o valor da tensZo de cisallsamento aplicada e a velocidade de deformacio resultante, quer dizer, o coeficiente de viscosidede Gindmica “u” constante, so denominados fluides newtonianos, inciaindo-se a gue, liquidos finos assemelhados e os gases de maneira geral. Entretanto, néo devem ser esquecidos os fluidos denominados nao- newtonianos, que nfo obedecem a essa lei de proporcionalidade © sio muito encontrados nos problemas reais de engenharia civil, tais como lamas ¢ lodos em. eral. Os fluidos nio-newtonianos apresentam uma relagio nao linear entre o valor da tensio de cisalhamento aplicada e a velocidade de deformagao angular. Basicamente, hé tr8s tipos de Nluidos néo-newtonianos: Tipo (1) viseosidade que nao varia com o estado de agitagio. Embora néo obedega & proporcionalidade linear da eq (5), obedece a equagdes semelhantes em que, por exemplo, 0 coeficiente de viscosidade cinemética esté elevado a uma poténeta. 16 PaixciPios sksices Tipo (2) “tixotrépicos", em que a viscosidade cai com o aumento da agitacio. Em bombeamentos, podem ser tratados como newtonianos desde que introduzidos no sistema a partir de certa velocidade ou agitagdo. Exemplo: lodos adensados de estagdes de tratamento de esgotos. Tipo (8) “dilatante”, em que a viscosidade aumenta com o umento da agitacéo. Exemplo: algumas pastas industriais, o melado da cana de agticar, AFig. 1.8 melhor flustra 0 assunto. Tensio de cisalhamente Fido ndo newteriano Fido nentoniano Valocidade de deformagao’ Como se pode observar pelas tabelas dos Quadros 1.11 e 1.12, @ viscosidade varia consideravelmente com a temperatura e, portanto, essa é uma variével importantissima a ser levada em considerago nos edlculos. A bibliografie registra a diminuigao de eapacidade de vazéo de pocos da ordem de até $0X, quando @ ‘temperatura da dgua se aproxima dos 4°C, facilmente entendida se observarmos gue 0 escoamento em meio poroso (laminar e com muita superficie de contato), como é 0 caso da maioria dos aglivferos subterraneos, é sobremaneira afetado pela viscosidade. De maneira geral, para os liquidos, a viscosidade cai com 0 aumento da temperatura e para os gases sobe com o aumento da mesma. O atrito interno pode ser evidenciado pela seguinte experiéncia: imprimindo- se2.um cilindro contendo um liquide um movimento de rotagio em torn do seu elxo, dentro de pouco tempo, todo o Iiquide passa a participar do mesmo movimento, assumindo a forma parabélica, A bomba centrifuga utiliza-se desso principio. Figs. 14 e 15, respectivamente. 2—Liquidos perteitos ‘Um fluido em repouso goza da propriedade da isotropia, isto , em torno de ‘um ponto os esfargos so iguais em todas as direges. Num fluido em movimento, devido a viscosidade, hé anisotropia na distribuicéo dos esforgos. PROPRIEDADES BOS FLuIDOS, CoNCEITOS v Pigura L5~ A) Bixo/entrada BRotor Liquide em aceleranio D)Carcape #) Saids Emalguns problemas particulares, pode-se, sem grave erro, consideraro fluide sem viscosidade e incompressivel. Essas duas condigées servera para definir 0 que se chama liquido perfeito, em que a densidade é uma constante e existe o estado isotrépico de tensdes em condigSes de movimento. © fluido perfeito néo existe na prética, ou sefa, na natureza, sendo portanto ‘uma abstragao tedrica, mas em um grande niimero de casos é prético considerara ‘gua como tal, ao menos para célculos expeditos, 3—Atrito externa ‘Chama-se atrito externo & resisténcia ao deslizamento de fluidos, ao longo de superticies sélidas. Quando um Iquido escoa ao longo de uma superficie sétida, junto i mesma existe sempre uma camada fluida, aderente, que nio se movimenta, Nessas condigées, deve-se pois entender que o atrito externo € uma consegiiéncia da acio de freio exercida por essa camada estaciondria sobre as demals particulas em movimento. Na experiéncia anterior, Fig. 1.4, 0 movimento do liquide ¢ iniciado gracas a0 atrito externo que se verifica junto & parede do recipiente. Um exemplo importante é 0 que ocorre com 0 escoamento de um liquide em uum tubo. Forms-se junto as paredes uma pelicula fluida que néo participa do movimento. junto i parede do tubo, a velocidade é zero, sendo maxima na parte central, Fig. 1.6. Em conseqiiéncia dos atritos e, principalmente, da viscosidade, 0 escoamento de um liquide numa canalizagzo somente se verifica com certa perda de energia, perda essa designada por perda de carga, as Peiweieios edsicos a0 igure 46 ‘Figura 1.7 —(a) sem escoumento: prineipfo dos vasos comunicantes, 2) com excoamentor perda aocarge 1.4.6 — Coesio, adesio e tense superficial A primeira propriedade permite as particulas fluidas resistirem a pequenos esforgos de tensio. A formagdo de um gota d’égua deve-se a coesio. Quando um Ifquide esté em contato com um sélido, a atracdo exercida pelas moléculas do s6lido pode ser maior que a atracao existente entre as moléculas do préprio iquido. Ocorre entio a adesio. Na superficie de um Ifquido em contato com 0 ar, hé a formagio de uma verdadeira pelicula elistica. Isso é devido & atracio entre as moléculas do liquide ser maior que a atragio exercida pelo ar e a0 fato de as moléculas superficiais igure 13 | PROPRIEDADES DOS FLuIpoS, CONcEITOS 1 atrafdas para o interior do liquido tenderem a tornar a drea de superficie um minimo. £ 0 fendmeno da tensao superficial. ‘As propriedades de adesdo, coesio e tensio superficial sdo responséveis pelos ‘conhecidos fenémenos de capilaridade, Fig. 1.8. A elevagio do liquide, num tubo de pequeno diametro, € inversamente proporcional ao didmetro. Como tubos de vidro e de pléstico so freqientemente empregados para medir pressGes (piez@metros), é aconselhavel o emprego de tubos Ge didmerro superior a 1 em, para que sejam despreziveis os efeitos de capilaridade. Num tubo de 1 mm de didmetro, a égua sobe cerca de 35cm, A tenso superficial “«” tem dimensional (MT~} no (SI), exprime-se em N/m ¢ varia com a temperatura, O Quadro 1.13, mostra os valores de tensio superficial para a dgua doce normal a diferentes temperaturas ‘Temperatura ‘Temperatura = °c °c vm) 107 0 30 6.778 2 80 6,622 10 7 6,458 20 20 6.260 20 90 6,070 40 300 Esses valores variam ainda com o material eventualmente dissolvido na égua, Por exemplo, os sais minerais normalmente aumentam a tensio superficial ¢ compostos orginicos , como o sabio eo élcool, além dos écidos em geral, diminuem a tensio superficial da 4gua que os dissolve, Quanto é adesio de um liquido a um sélido, esta pode ser “positiva”(s6lidos hidrdfilos) ou “negativa”(sOlidos hidr6tobos), Fig. 1.9. Ve Nenteas: Diémetro do tubo, em I a 920 025 020 085 040 O45 O80 ago ou depresedo da coluna, om Gapilaridade: A Agua motna o vidro (adestio maior), elevando-sa 2 ‘0 meredio nde motna e vio (coesao maior), rebaixande-se os ‘Sblido Fiero, «90° por xem: vido (@ = 25°) A.adeso da égua com a prata é praticamente neutra, sendo a= 90° nas CNTP, A.capilaridade dos solos finos é bastante conhecida e devese as caracteristicas de seus compostos, sendo a adesio de tal forma forte que s6 se separa a agua por evaporacéo, Océlculo da altura (b) que um liquide sobe ou desce em-um capilar de didmetro interno (d), Fig.1.10, suficientemente pequeno para desprezarse o volume de égua acima ou abaixo do plano de tangéncia do menisco, é feito da seguinte form: 20 princieios sésicos oc" € atensio superficial “a” & 0 angulo de contato (adesio) “7° €0 peso especifico da égua © equilibrio na Fig.1.10 se 44 quando o peso (P) da coluna liquida deslocada igualar as forcas de coesio e adesio. A gua elevada em um capilar estd abaixo da pressio atmostérica, daf ser impossivel pretender que ela possa verter de alguma forma, o que alids criaria, uma forma de moto-continuo, 0 que é inconeebivel. 1.4.7 ~ Solubilidade dos gases Os liquidos dissolvem os gases. Bm particular, a égua dissolve o ar, em proporgées diferentes entre o oxigénio e nitrogénio, pois o oxigénio é mais solivel. © volume do gés dissolvido ¢ proporcional & pressio do gés, e o volume 60 ‘mesmo que 0 gas ocuparia no estado livre (ndo dissolvido), mas Sujeito & mesma pressao (Henry). COS eT See ee eee °c = 20) ar 0s ‘Acide doriéirics 5.60 Acido sulNirico 5.00 ‘Goro 5.00 Gés carbénico (CO) Laz ose Hidrogenio 1028 9,020 ‘Monéxido de earbono (CO) 004 Onigénio 0,053 oss. Nitrogénio 0,028 oor ue "c CHEE estate Hriate ete rier ast Hietis0 Aguadoe 6 a98 us a9 02 ea 78 Agedomr US 100 80 afta ea Sannin boas PropRiconves acs TLuo0s, coxceites a Bm outras palavras, o volume de gs dissolvido em um determinado volume de agus é constante se nfo houver variagao de temperatiara, pois, um increment de presséo diminui ovolume de gés dissolvido e pases aser possvel dissolver mals gés. Ao diminuir a pressio, ocorre o inverso, liberando-se gis. Essa propriedade € uma causa do desprendimento de ar eo aparecimento de bothas de ar nos pontos altos das tubulagoes. [Nas CNTP, a égua dissolve o ar em até cerea de 2% de seu volume. 1.4.8 —Tensio de vapor Dependendo da pressio a que esté submetido, um liquido entra em ebulicio a determinada temperatura; variendo a pressio, varia a temperatura de ebulicko. Por exemplo, a agua entra em ebulicdo a temperatura de 100°C quando a pressio é 41,0332 kgt/em* (1 atm), mas também pode ferver a temperaturas mais baixas se a pressdo também for menor. Entio, todo Iiquido tem temperaturas de saturagiio de vapor (t,) (quando entra ‘em ebulicio), que correspondem biunivocamente a presses de saturacdo de va- por ou simplesmente tensdes de vapor (p,). Essa propriedade é fundamental na anilise do fendmeno da cavitagio (Capitulo 12), pois quando um Ifquido inieia a ebulicko, iniciase também a cavitagio. 7 0.00662 30 (0,1258 3 9.00772 55 o.3805 5 0.00889 60 031 10 001251 6s 02550 5 0.01737 0 oi78 20 0.02388 B O91 25 ons228 80 0.4829 30 03580, 8s 05994 33 o0s7ss 90 ors 20 007520 98 o,3819 45 oos771 100 0332 Sapna de © Nata OibagraTD 22 Parnaba)(Cortesia do Contvo Teenolégice de Hiddulien de ‘Séo Paulo, CTH) 23 HIDROSTATICA. PRESSOES E EMPUXOS 2.1 —CONCEITOS DE PRESSAO FE EMPUXO Quando se considera a pressio, implicitamente relaciona-se uma forga & sunidade de érea sobre a qual ela atua. Considerando-se, no interior de certa massa liquida, uma porgSo de volume V, Umitada pela superficie A (Fig. 2.1), sed4 representar um elemento de Srea nessa superficie e dF a forea qué nela atua (perpendicularmente), a pressio seré Considerand da a area, 0 efeito da pressdo produziré uma forga récultante que se ‘chama empuxo, sendo, és vezes, chamada de pressio total. Essa forca é dada pelo valor da ‘seguinte integral: B= {pda Se a press for a mesma em toda a re, 0 empuno seré E=pA. 2.2 LEI DE PASCAL* Enuncis-se “Em qualquer ponto no interior de um iiquido em repousd, a pressao é a mesma em todas as diregGes. Para demonstré-1a, pode-se considerar, no interior de um iquido, um prisma aio de dimensdes elementares: largura dx, altura dy e comprimento unitério. A Fig.2.2 mostra as pressSes nas faces perpendiculares 20 plano do papel. O prisma estando em equilibrio, o somatério das forcas na diregio de X deve sernulo. ‘Erabelecda por Leonardo 2a WidRotraricn, eressocs € ewruxos LEI OE STEIN: PRESSLO CEVIDA A UMA COLUNA LiQuiDR 25 Pedy =p,ds sen Como sen 8=dy/as, vem que =p,as®, P,dy = p,ds as ©, portanto, | PenPs i Para a diregdo ¥, EE,=0, : pyden pdr ces 9d= pds cos 0S Como o prisma tem dimensées elementares, o tiitimo termo (peso) sendo Giferencial da segunda ordem, pode ser desprezado; assim, sendo cos @ = dx /ds, ex Pyke pads Em peas Logo, PyoPer ©, portanto, i Pex Py=Py Apprensa hidréulica, tao conhecide, é uma importante aplicagio (Figs. 22 ¢2.3) onde Fy = esforgo apticado; P= forea obtida; Ay = seco do émbolo menor; ‘Az = seco do émbolo maior" ‘Figure 23—Prineipio ds prensa Inldrdtien O chimera a0 ‘Ermboto maior etnias seis ‘ezes 0 dismetro do émbato Imeuer A rela de areas portanto, 38 Se for plicada ima forgaF,~ 50g pressio outdo ecm so Cabolo ‘sion uma fore F que sord SoxF, ito 61 800g 2.3 — LEI DE STEVIN: PRESSAO DEVIDA A UMA COLUNA LiQUIDA Tmaginando-se, no interior de um liquide em repouso, um prisma ideal ¢ consi- derando-se todas as forcas que atuam nese prisma segundo a vertical, deve-se ter (Fig. 2.4) EF, ©, portanto, PiA+TBA-ppA=0, (ré 0 peso especitico do liquide), obtendo-se Pro Pynh Jel que se enuncia: “A diferenca de presses entre dois pontos da massa de um Iiquido em equilitirio & igual & diferenca de profundidade multiplicada pelo peso especifice do Xquido.” Para.a gua, y: gt / dm! = 108 N/m? Portanto 0 niimero de decimetros da diferenca de profundidades equivale 20 ‘miimero de quilogramas forga por decimetro quadrado da diferenca de presses, 26 wupeostAtiCn, pRessoes © Ewpuxos ‘Pigura 2.5 ~ Prensa hidréulica para 450 tonciadas (Cortesia de Msquinns Piratininga SA, Sto Paulo) 2.4~ INFLUENCIA DA PRESSAO ATMOSFERICA, A pressio na superticie de um liquido 6 exercida pelos gases que-se encontrar, acima, geralmente & pressio atmosférica, Levando-se em conta a pressio atmosférica, tém-se (Fig. 2.6), Py * By +B Pr P,+%h' = p+ 1h +h’), A pressio atmosférica varia com a altitude, corresporidendo, ao nivel do mar, 2 uma coluna de égua de 10,28 m. A coluna de merctirio seria 13,6 vezes menor, ou, seja, 0,760 m (Fig.2.7). Em muitos problemas relativos as presses nos Kquides, 0 que geralmente NEDIDA DAs PResstes 27 interessa conhecer 6 a diferenga de pressdes. A pressio atmosférica, agindo igualmente em todos os pontos, muitas vezes no precisa ser eonsiderada. Seja, por exemplo, o caso mostrado (Fig. 2.8) no qual se deseja conhecer a pressio'exercida pelo liquido na parede de um reservat6rio. De ambos as lados da parede, ata a pressio atmostérica, anulandose no ponto A. Nessas condigSes, nfo seré necessério considerar a pressio atmosférica para a solugdo do problema. Entretanto é importante lembrar que, nos problemas que envolvem 0 estudo de gases, a pressio atmosférica sempre deve ser considerada, 2.5 -MEDIDA DAS PRESSOES © dispositive mais simples para medir pressdes ¢ 0 tubo piezométrico ou, simplesments, piezdmetro. Consiste na insergio de um tubo transparente na canalizagio ov reeipiente onde se quer medir a pressio. O liquide subiré no tubo piezométrice auma altura h, correspondente a pressio interna (Fig. 29). Nos piezémetros com mais de 1 cm de diametro, os efeitos da capilaridade séo despresivess {Um outro dispositive € 0 tubo dé U, aplicado, vantajoramente, pars medix pressdes muito pequenas ou demasiadamente grandes para os plezometros (ie2.20) Para medir poquenas pressées, geralmente se expregam a dgua,tetracioreto 28 hiseostérica. phessoes © ruruxos de carbono, tetrabrometo de acetileno e benzina como liquidos indicadores, ao asso que o merciirio é usado, de preferéacia, no caso de presses elevadas, No exemplo indicado (Fig.2.10), as pressdes absolutes seriama: —“ ema, ems, emC, em D, onde ‘Y= peso especitico do liquido em D; ‘Y= peso especifico do mereirio ou do liquido indieador. Para a determinagio da diferenca de pressio, empregam-se mandmetros diferenciais (Fig.2.11). Po ~Pathyty+ By" Po= Pet he “Pam Pav byt + Bs %5- Bey - Fare a medida de presses pequenas pode-se empregar o manémnetro de tubo snclinado, no qual se obtém uma escala ampliada de leitura (Fig.2.12), Na pritica, empregamsse, freqiientemente manémetros metélicos (Bourdon) para a vorificagio e controle de pressbes. As presses indicadas, geralmente sf0 a3 locais e se denominam manométricas, Nao se deve esquecer essa condirao, isto 6, que os manémetros indieam valores relativos, referidos & pressao atmosférica do lugar onde sio utilizados (pressbes manométricas). Assim, por exernplo, seja_o caso de uma canalizacio, em cujo ponto 1 (Fig. 2.13) apresstio medida iguala 15 m de coluna de 4gua (valor positivo), em relaco & pressio atumosférica ambiente, Se a pressio atmostérica no local eorresponder a 9 mea, a pressio absolute naquela sego da canslizagio sera de 24 mea, A presso atmosférica normal, ao nivel do mer, equivale a 10,33 mea, sendo ‘menor nos locais mais elevados, Na cidade de Sio Paulo, por exemplo, a press30 atmosférica locel é aproximedamente igual a 9,5 mea (800 i de altitude). Oponto2 (Fig. 2.15), situado no interior de um ellindro, esté sob vécuo parcial NebiD4 as presses ae igure 2.11 Figure 2.12 A presséo relativa ¢ inferior & atmosférica local e a indicago manométrica seria negative, Entretanto, nesse ponto, « pressdo absoluta é positiva, correspondendo a alguns metros de coluna de agua, As unidades usuais de pressii silo as seguintes: Late = 10,88 mea = I kgf/em? = 9,8. 10 N/m? 0,098 MPa atm ~ 10 N/m* = 0,1 MPa pas 8 nn raat eta Pan Presse atmostéca nomal Pressio atmostérca local { Véewo parca ¥ ® ® 5 ‘ Pressio absoluta igurn 2.13 —Dingrama de proasdes absoutas¢relaivas 30 HiDROSTATICA, PRESSES € ewPuKOS 2.6 -BMPUXO EXERCIDO POR UM LIQUIDO SOBRE UMA SUPERFICIE PLANA IMERSA Freqientemente, 0 engenheiro encontra problemas relativos ao projeto de estruturas que devem resistir as pressbes exercidas por Kquides. Tais si0 os projetos de comportas, registros, barragens, tanques, canalizagbes, etc. problema seré investigado em duas partes. 2.6.1 - Grandeza e diregio do empuxo AFig. 2.14 mostra uma drea de forma irregular, situada em um plano que faz ‘um Angulo @ com a superficie livre do liquide. Para a determinacio do empuxo que atua em um dos lados da mencionada figura, essa rea serd subdividida em elementos dA, localizados & profundidade genérica h ea uma distincia y da intersecao 0. A forea agindo em dA seré i ae dF = pda = Bua -vy send aa. Cada uma das forgas dF seré ndtmal & respectiva érea. Aresultante ou o empuxo (total) sobre toda a fea, também normal, seré dado por FaJaF= {yrysen 0dAuysen 6 jy dA, 4. ¥ 4A 6 0 momento da érea em relagio a intersesdo 0; portanto Ay dan A, expressio onde 7 é a distancia do centro de gravidade da éroa até 0,6 a rea total. Fe yysen oA. como Foen 0-8, Ree Oempuso exereide sobre uima superficie plana imerse Gum grandeza tensorial perpendicular & superficie ¢ é igual ao produto da érea pela pressio relativa 20 centro de gravidade da érea. Figura 2.14 EwPoxo ExeRcIO’ FOR UM Liquiog SoaRE UNA SUPERFICIE PLANAIMERSA 34 Exercicio 2.1 — Qual o empuxo exercido pela gua em uma comporta vertical, de 34m, cujo topo se encon- tha a 5m de profundidade? (Fig. 213) y= 9,8 - 10? N/m? (4gua) oaths BIO -6.5 12 = 764.400 Aresultante das presses nfo esté aplicada no a] centro de gravidade CG da figura, porém um pouco es abaixo, num ponto que se denomina centro de pressiio CP (Fig. 2.18). oe £m op Figura 2.16 2.6.2 — Determinago do centro de pressio Apposicio do centro de pressio pode ser determinada, aplicando-se o teorema dos momentos, ou seja, 0 momento da resultante em relagio 4 intersegio 0 deve igualarse aos momentos das forgas elementares dF (Fig. 2.17) Fyy=Jaby Na dedugo anterior, dF «yy sen 644, Poiyeen 0A. sabstisindo, ‘Psen Oly, [pry sen Od4y =75en 9 /,y° dA. Loge [yaa or expresso em que I é 0 momento de inércia em relagio ao eixo-intersecio. Mais, ‘comumente, conhecese 0 momento de inéreia relativo ao eixo que passa pelo centro Ge gravidade, sendo conveniente a substituigio. TnI, + AV? (eeorema de Haygens) 7 como 4 «84 quadrad do reo de girs (da fea eaves oc, pastando pelo conto de gravid, temee, snd, 32 HioROSTATICA. PRESSOES € cuPuxes © centro de pressio esté sempre abaixo do centro de gravidade a uma Ke distancia igual a da rea. No Quadro 2.1 estio indicadas as expresses correspondentes aos. momentos de inéreia das prineipais figuras. edida no plano medida no pl osigdo do centro de pressio para o caso da comporta indicada no exercicio anterior (Fig.2.15). 1, y+. Yo" Fas Do Quadro 24 abt oe Logo, Axe? Fo 6504 2 = 6.504 Exercicio 2.3 —Numa barragem de concreto est instalada uma comport cizculer de ferro fundido com 0,20 m de raio, a profundidade indicada (Fig. 2.18). BA; 1.000 kg/m? 4.20; RX 0,208 = 0,257? 1000 x 4,20 0,1257 = 258 kef'= $172. by Beet teed euPUXO EEERCIDG POR UM LIquIoO SOBRE UMA SUPERFICIE PLANA IMERSA 33 isdsceles a Bteasbsot | Bab. 36 B+ | 2 Relatives aoe oboe OD ou A, indicados (Whoy neutoo) Exercicio 2.4 —Uma caixa de égua de 800 litros mede 1,00 x 1,000.80. Determinar o empuxo que atua em uma de suas paredes leterais€0 se panto de aplicasio. (Fig219) Cy Fe yA 105%0,40. 3,00 0,20 = 229 kg =3 138 \ Ane qdoe 2e ago 4 eLOOxOR0! 0512 777049" pa 090° Txqxd.d0xi00 “+ 540 aa hupRostAtiCa. Parssoes © eupuxos 2.7 ~ APLICACAO: CALCULO DE PEQUENOS MUROS DE RETENCAO E BARRAGENS APLigncRe: ChLcULe o¢ PEQUENOS MuURGS OF RETENCAG € BARRAGENS 35 Exerefcio 2.5 — Numa fazenda desejase construir uma pequena barragem retangular de pedra, assentada sobre rocha. Altura da Darragem ¢ profundidade da égua: 1,20 m, Determinar a espessura de modo a satisfazer as condicées de estabilidade, alt Vy f= 2 250 Kgi/ra? (alvenarie de pedra) | ire Seja, por exemplo, um pequeno paramento vertical de alvenaria e de forma, xotangulas, ig.220, sfeito apenas a fombamento. 3) Cileulo do empuxo. | FayFA, ») 20x08 80. Exercicio 2.6 — Célculo de uma pequena barragem de secdo triangular. 2) Célealo do empuxo ©) Dimensionamento do muro O mmuro deve resistir 20 empuxo da dgua. Como se trata de alvenaria que nfo deve trabalbar & tracio, a resultante das forcas Fe P deve cair no terca médio da base (6 = 2/3b). Tomando os momentos com relagio a0 ponto 0, k | neta Beye Fenclh a B7e, | | Ht h i >) Determinagio do ponto de aplicapio. i i ie pBaeBean " Perr Serer ceeecee greene (y’=pesoespecitcn de alvenaris) saxen® ©) Peso do muro. eects BabxBxexy i (y= peso especifico de alvenaria de pedrs). @)Dimensionamento do muro. Para nao haver esforgos de tragio na alvenaria, a resul- tante R deverd eair no terco médio, isto 6, no maximo em B } Do trigngulo de foreas, témse F-BD; P=GD. Como 36 WinRosTériCn. PRessoce & enpuxos co=8 (66 do tng, Exercicio 2.7 — Deseja-se executar uma pequena barragem de concreto simples sobre uma camada de rocha. Caleular alargura minima dabase, para que a barragem resista pelo seu préprio peso, ae tombamento devido ao ‘empuxo da agua. Altura da barragem e profundidade da égua: 1,30m. h __430__ 130 ee iy [e400 aa 155 7 1000 Exercicio 2.8 —Na sopio mostrada da Fig. 2.28, efetuar o eélculo de B minimo. (1’= peso especifico do material do muro: y= peso especifico da gua) EC=h, EB-H. Procedendo de forma semelhante ao que foi visto no Exercicio 2.6, tem-se sendo que os valores de B sio fixados da seguinte forma: z ¥ O

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