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112 Reviste de Contrator Publicor dades puiblicas ou por terceitos, confirmando que o operador econémico 7 em causa satisfaz qualquer uma das seguintes condigGes (j.) nao se encontra zuma das situagées referidas no artigo 57.%, que determinam a exclusio obri- gutéria ou facultativa dos operadores econdmicos; (j,) cumpre os critérios de selecgio relevantes que foram estabelecidos nos termos do artigo 58.3; (ii) se for o caso, cumpre as regras ¢ critérios objectivos estabelecidos nos rermos do artigo 65.". Com a introdugao deste documento, a verificagio das condigées « que aludem as als, a) ac) do n.? 1 do artigo 59.* passou a er untcamente realizada quanto 20 concorrente vencedor ” Quando o operadorecanéimico recor: capcidades de outras entiades, 0 Document Europeu Unicode Conrado Pica deve, guslente, ince as nformaghesconstantes as aliness«) a) don Ido argo $92. ” Sem prejizo, 2 autoridade adjudicate pode slctar a proponentes © candatos a apresetago de oaléade ou de parce dos documentos comprovatvos, qualquer moment dbo procedimento, se entender qu tal énecessro para asiegurar 2 corectatramiagio da As exclusdes do Ambito de aplicacao da Directiva 2014/24/UE relativa aos contratos publicos” JORO FILIPE DE OLIVEIRA GRACA ‘Mestre em Direito Administrativo pels FDUC Membro do Grupo de Contratagio Pibliea do Cedipre 1. Primeira abordagem & Directiva 2014/24/UE Um dos grandes objectivos que tém caractetizado as sucessivas inter- vengdes do legislador da Uniao Europeia, no dominio do mercado da contratagto iiblica, vem sido a tencativa da sua simplifcagdo', Neste sentido, é posstvel dizer (que a Directiva 2014/24/UE nio constitui uma excepeio aquele paradigma * Todavia, a necessidade “eterna” de simplificagdo das solugbes juridicas esta- belecidas nas Directivas da Unido Europeia no dominio da contratagto publica (na maioria das vezes nao alcangada) *, nfo esgota as intengdes do legislador europeu, nfo abstante represente 0 principio subjecente ou implicito aos * Exe artigo fl redigido ao abrigo das regras anteriores ao acordo Ortogrfic de 1990, « Sallentando este aspecto no dominio da Disetit 2004/18/CE, Mara Joio ESTORNINHO, Garde Diet das Connatos Palins, Almedna, 2012, ct, p. 9 eTsabel Celeste Fonseca, Dive de Contratagio Pie: Un introduto em de ls, Aledina, 2009, cc. 8 £55: + Sallemando este aspect, embora consderando no aleangado na Diretva 2014/24/UE, Sue ARKOWSMITH, “Special ssue ~The new EU procurement directives: Parc", PublicProa rement Law Review, n23, 2014, cit p Bl * Reconhecendo esta debildade, ComssKo Eunoness, Dasumeto de Trahalo dos Sri da Comiso: Rerum da Avalide Impact gue acompan o acumen Proposts de Dieta de Per larento Europ do Coral relative ao onratos pulse Poposta de Deva do Parlamento ‘Burpen edo Conelho relative contrat publi clebrados pels enidedes ue opera nos sores agua, da ener, dostransportedossersigs pss SEC (201) 1386, nal No mesma sentido, “Marla Joio Estonstwto, “A tansposigfo das Directv n* 2004/17/CE e 2004/18/CE, de Sl de Margo, ea elsboragio de um Cdigo das Contratos Pblicos’, Cadzmos de Justia Adm ntrativan2 58, Julho/ Agosto, 2006, ct, p. 14. Referindo-se a uma icompletud eur des Directv 2004/17/CE ¢2004/18/CB, Rui MeDEIn0s, “Ambito do novo regime da contraaeio piiblies& lax do principio da concorténcs",Caderor de Juric Adminsratis, n® 69, Malo/ LMA Revicta de Cantratoe BiBlicoe demais objectivos, Assim, a nova Directive elege como uma das suas principais caracterfsticas, designadamente, por termo 3 inseguranga juridica verifcada em alguns dominios de extrema importincia *~ v.g, 2 exclusdo da aplicagio das disposigdes da contratagao publica no dominio da contratagao “in-house” *. Estruturada segundo um principio teleoldgico de maior seguranga juriica na aplicagio das suas disposigdes, designadamente, quanto ao armbito de exclusdo dasua aplicagio, a Directiva 2014/24/UE, neste dominio, nao se apresenta ver- dadeiramente como uma inovagio que oferece aos Estados-membros novas solugdes juridicas a serem transpostas para os ordenamentos juridicos inter- nos, Na verdade, ¢ no dominio tematico a que nos propomos trater, 0 que a Directiva 2014/24/UE traduz é uma codificagao juridica de solugdes consagradas ce sucessivamente reafirmadas na juniiprudéncia do TJUE. Neste sentido, o que € verdadeiramente inovador na nova Directiva € a introdugio de clarifcagées “jriticas® —»,g, art. 12, e consequente desenvolvimento das suas normas, sempre guiada por uma preocupagio:a segurana jurtica ‘A doutrina que procede & andlise da nova Direcivarefere, além daexistncia de artigos mais pormenorizados,juridicamente complexose mais extensos”,também a cexisténcia de uma nova geragto de Directivas®, tema, aliés, que a doutrina portu- guesa bern refere ao longo dos tempos’. Na verdade, a Directiva 2014/24/UE, se for considerada como um instrumento privilegiado deexecusdo de politicaspubli- * No mesmo sentido, Juan PascuAL, "La Contratacién entre Administraciones a fa uz del nuevo régimen de la Unidn Europea em materia de contratactin publica’, Revista Espaola de Derecho Administrative, n° 167, Octubre/Dictembre, 2014, ct. p. 13. Nos termos do comsderando #31 da Directiva 2014/24/UE, "Existe uma considersvel insegi- ranga juridica quantoa saber em que medida os contratos celebrados entre entidades do sec- tor piblica doverso estar sujeltos is regras da contratagio pblica’. Por outro lado, ¢ também reconheeida por parte da Comiedo Europefa que as autoridadas adjudicances que desejam coo- perarentresitém mites vezes diiculdadesem saber seas Diretivasd UE, em matériade con- tratos pblicos, se aplicam ou alo. CE ComssAo Eunoreta, Dosumentode Trabalho dosserofas sla somisiorelatvoaplicagto da regulamentgao da UE em matrta de contraos publica is relees enereetidadesadjudicantes(coneragzo na interior dosetr pice), SEC (2011), 1169 nal, et, p3. * Sallentande este aspecto, Juan Pascuat, ob. cit, p. 113 e Jantcke Wicaes, “Directive 2014/24/EU: The new provision on co-operation inthe public sector”, Pubic Procurement Law Reviow, 2014, n83, cit, p- 83. "Neste sentido, José Miguel Carbonero Gattanoo, “Las nuevas Directvas eurapeas sobre ccontratacién plica: claves para una primera lectura’, Contratecin Administration Prisca ‘P11, 2014, cl, p. 70. "Cf José Miguel Carbonero GALLARDO, 0. cit, p.68. i i ' : ; Acrrebuchocda Abita de aplicacte dx Piseciva 2014/24/11 148 cas™ dentro do sector da contratagéo publica, surge como um complemento & “Estratigia Europa 2020”, destacando-se, desde logo, o objectivo de incentivar facilicar a partcipagio das PME’s", bem como garantir a optimisapao da utiliza~ io de fandos pablicos (best value for money) no doainio da contratacao publica, 2, Sistematizagio e elementos interpretativos das exclusies ‘As exclusoes do Ambito de aplicacao da Directiva 2014/24/UE encontram-se previstas no art.7 a art, 17, Integram, deste modo, a seego 3 (exclustes) e parte da secgio 4 (situagées espcifias), capitulo I (ambito de aplicagao e definigdes) do titulo I (ambito de aplicagz, definigéese prinlpiasgerais). Ao abrigo destassecies estabelecem-se exclusies & aplicagio da Directiva quando estejam em causa contratos publios* ou concursos de concepgdo'* que sejamn celebrados por aufori= dadesadjudicantes dentro de determinadas matérias, ® Defendend esta perspec, Isabel Celeste Fonseca, ot p. 7 Em sentido préxime, edo Gongatves, “Gest de contratospiblicos em tempo de ere, Estudos fe Conary Pails, Org Pedro Gonsalves, vol I, 2010, cit, pp. 5-49. ° Saleneando esta necesidade, Willem A, Janssen, “The Isieutionslized and NotInstinu- tonalted Exemptions fom EU Public Procurement Lav: Towards a More Coherent Appro- ach’, Uewsht Law Review vol. 10,2. 5, December, 2014, ce, p.170.Nomesmo sentido, Pedro Maras Pzneuta/ Joo Soares Franco, "A adjudicago de contrtos plies em contexo de «sc, Revita de Cntratr Pils, n?5, 2012 ct, pp. ISL ess. CECOMISSAO EUROFELA, Europs 2020: Eats para um ecient intliget,sasten= ‘occ incluto, COM (2010), 2020 inal Sallentanda também a imporeca dastes aspects, cone 82 da Ditctiva 2014/24/0E. © Nos txmos do a2) do are. 2 da Directine 2014/24/08, contrat: pis so “contatas a tical eneroso, celebradas por escrito entre im ou mais operadores econdmcos € uma ou nai autoridadesadjudicantes, que tenham po objeto a exccugto de obras, forneclinento de produtos ou a prestago de servos" 4 Nos terms do art. 2 da Dieta 2014/24/16, conerss de concept s30 “procedimentos «que permitam & autoridade adjudicante adquir,prinipalmente nos dominios do ordena- "mento do tert, do planesmento urbanitico, da arquitecurae engenfari civil ou do ueatamento de dados, um plano ox um project selectonado por um jel de concurs, com ou sem aribuigdo de prémios" Pra uma anillse ao concura de conespto no ordenammento jue ico poreugues, V, Vasco Moura Ramos, “O Concurso de concepsio:Algunsapontamentos", Revita de Contato bli, 3, 201 ee, pp- M3138. Cumpre saientar que a nova Dita nio faz nenhume mudanga sgaficativa quanto & definlgio de entidade/autordade adjudicante. CE Sue ARnowisark, The Lew of Public and LMG Revista de Contretor Dablices Relativamente & sistematizacdo das excludes, e tendo em conta a catacte- ristica supra citada de uma acresida pormenorizagao das disposigdes juridicas da nova Directiva, é possivel verificar que o legislador da Unido Europeia adopta uma pasigdo mais rigorosa quando comparada com a sistematizagto das exclusties da Directiva 2004/18/CE. Assim, se observarmos, designadamente, 0 art. eo art. 17 da Directiva 2014/24/UE, verificamos que ambos os artigos apresentam tum elemento emt comum, ou seja, a caracteristica de constituirem artigos rela- cionados com disposigéescelebradas no plano internacional. Porém, e nao obstante este elemento em comum, o seu. ambito de aplicacto é diferente. Isto porque 0 art. 17 disciplina unicamente aspectos relacionados com a defésa ou seguranga, integrando uma subsecpio propria dentro da sisterdtica da Directiva, enquanto co art. 9 € apresentado como uma exclusio comum que se insere num dmbito ‘mais vasto, ou seja, no dominio da celebragio genérica de acordos intemnacio- nai, Esta questo, no art. 15 da Directiva 2004/18/CE, nao era diferenciada, verificando-se um tratamento sem diferenciages, facto que nfo ocorre na nova Direstiva como o comprova 0 n23 do art. 9. Jno que diz concretamente respeito as erclustes, é necessirio enquadrar ‘este tema como o facto de a contratagdo publica constituir um elemento fun~ damental para a existéncia de um mercado interno europeu. Neste sentido, as «exclusbes devem de ser objecto de uma andliseetransposigao prudente pot parte dos Estados-membros, na medida em que podem condicionar nao s6 a eféc- tividade de principios europeus Fundamentais, designadamente, o principio da livre circulagdo de mercadorias, da tiberdade de estabelecimento ou da livre prestaga0 de servicos 6, mas também podem constituir um subterfiigio & nio aplicacio das Directivas em circunstincias nao previstas. Esta questo tem merecido a atengio da jurisprudéncia do TJUE ao longo dos tempos. Neste sentido, ¢ pos~ sivel, ainda que em termos sumérios, analisarmos um conjunto de acérdaos que demonstram, de uma forma tendencial, a existéncia de um “iter” inter- pretativo das exclusbes. No acérdao TECKAL verificamos aexisténcia de um importante contributo paraa compreensio da aplicagdo das excusies. Este acérdio di-nosa indicagio de quando existe uma exclusdo, ou seja, para que uma exclusto do dmbite de aplica- to dewima Direciva dacontratacdo piiblica se aplique é necessario que estaesteja Neste sentido, Asdndgo ComtsBo/eli, Pracesso C-162/99 ¢ Acre Coisi/Espanha, Bro~ os seatecosscaecsietasiishntea i ‘ i i i Aveselustes da Smbito de aplicapto da Directiva 2014/24/UE 147 expressaetaxativamente revista”. Por outro lado, indica-nos a jurisprudéncia da ‘TJUE, designadamente, nos acérdaos PARKING BRIXEN", CARBOTERMO”, TERMORAGGI ™, STADL HALLE ® ou COMISSAO/ESPANHA *, come & que as axclusdes devem de ser interpretadas, Nestes termos, 0 TJUE, refere a necessidade de se efectuar uma interpretagio estrita ®, interpretagio, no entanto, que parece admitir uma interpretagdoextensiva™. Jé quanto a0 dnus da prova,entende este tribunal que a necessidade de provar que determinada circunstincia preenche uma exclusto recat sobre quem invoca as exclustes™, Ulerapassados tados estes requisitos, concluindo-se que uma determinada situagio concreta éenquadra numa exclusto especifica hd ainda que considerar, como prescreve 0 considerando n.*I da Directiva 2014/24/UE, que “a adjudica~ 40 de contratos puiblicos pelas administragdes dos Estados-membros ou por conta destes deve respeitar os principios do Tratado sobre o Funcionamento da Unigo Europeia (TFUE)". estes termos, e mais concretamente no que diz respeito as exclusdesrelativas aos contratos publics de serigos, & necessisio ter em consideragio que, “ainda que tais contratos estejam excluidos do ambito de aplicagao das directivas comunitarias relativas aos contratos piblicos, 25 entidades adjudicantes que os celebrem estio, no entanto, obrigadas a res- peitar as regras fundamentals do Tratado”*, No entanto, odominio temitico referente as relagoes “in house” e do respectivo reconhecimento da existéncia de uma competincia de organizagdo prépria das autoridades adjudicantes impli que “a legislagio da UE em matéria de contratos pitblicos (ot seja, no 56 as CE Acdrdao Teckal, Processo C-107/98, pardgrafo m2 43. ° CE Acded Parking Briten,Processo C-458/03, parigrafo n 63. CE. Acdddo Carbotenm, Processo C-340/04, parigrafon.t SS. ® Também sfo virios of ecdrdios que estabelecem uma interpreta estrta das exluses, Relative adjudicag de cantestos de concesio « Relaia aos contratos piblios celebrados peas enidades que operam nos sectores da sgqua, da energa, ds transportese dos servgos postal e que revog a Directiva 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho.

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