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Mas nada de se animar e ir procurar um médico para tomar antibiótico para combater as
tais bactérias. Os estudos ainda são iniciais e o tratamento contra obesidade continua o
mesmo: dieta alimentar e exercício físico.
A pesquisa
A conexão entre as bactérias intestinais e a obesidade não é nova, mas ganhou mais
peso com uma nova pesquisa publicada na edição de março da revista norte-americana
Science, uma das mais prestigiadas revistas de ciência do mundo.
E tudo começou por acaso, quando estudando outra doença, os pesquisadores
perceberam que camundongos com determinada deficiência no sistema imunológico
eram mais “gordinhos” do que seus companheiros saudáveis. Quando os animais
tiveram sua dieta controlada, eles perderam peso, porém menos que os outros
camundongos. E quando sua dieta passou a ser rica em gordura, eles engordaram mais
do que os outros, desenvolvendo também mais doenças relacionadas à obesidade. Isso
fez os cientistas desconfiarem de que havia algo a mais que merecia ser investigado.
Alguns dos camundongos com deficiência no gene TLR-5 foram tratados pela equipe
com antibióticos, para controlar a quantidade de bactérias intestinais. O tratamento
reduziu grande parte dos distúrbios metabólicos dos camundongos.
Para confirmar sua ideia de que o mesmo acontece nos seres humanos, Gewirtz e sua
equipe vai começar a investigar pessoas com a síndrome metabólica. “Temos que
lembrar que a obesidade é uma doença multifatorial (daí a dificuldade de tratá-la de
modo eficaz). Sendo assim, alteração na flora intestinal seria apenas mais uma peça
deste quebra-cabeça, sendo improvável que seja o fator causal único e definidor do
ganho ponderal”, ressalta Josivan Lima.
Novos caminhos
Cada vez mais pesquisas estudam a conexão entre as bactérias intestinais e a obesidade.
Um estudo publicado no ano passado, levado a cabo pela Universidade de Cornell, em
Nova Iorque (EUA), apontou que camundongos franzinos se tornavam obesos quando
recebiam bactérias intestinais de camundongos obesos.