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O Essencial na Arte de Cozinhar

Julho 3, 2010 in FILOSOFIA

() O essencial na arte de cozinhar ter uma atitude de esprito profundamente sincera e


respeitosa para com os produtos e trat-los sem julgar a sua aparncia, seja ela grosseira ou
refinada. Lembrai-vos da velha mulher que obteve mritos infinitos por ter, de corao puro,
oferecido a Buda a gua com que tinha lavado o seu arroz? Pensai no rei Ashoka, que no
momento de morrer ofereceu metade de uma manga a um mosteiro. Ao plantar esta ltima
raiz, recebeu a profecia de que dela recolheria os frutos na sua prxima existncia. O lao
que criamos com Buda no em funo da grandeza da oferenda, mas da autenticidade do
nosso corao. A nossa prtica quer que sejamos verdadeiros em todos os actos da vida.
Um prato preparado com ricos ingredientes no necessariamente superior, e um cozido de
simples legumes no necessariamente inferior. Ao colher ou ao preparar vulgares plantas
selvagens, fazei-o sinceramente, com todo o vosso corao, e tratai-as com os mesmos
cuidados que tereis para com os mais extraordinrios produtos. No obstante receber
inmeros rios, o vasto oceano da natureza original no faz discriminao entre os sabores
subtis de uma delicada iguaria e o gosto rude de um cozido de ervas selvagens. De igual
modo quando fazeis crescer o germe da Via e alimentais o embrio sagrado, manjares
refinados tm um s sabor. H um velho ditado que diz: A boca de um monge um forno.
Lembrai-vos de que uma erva selvagem pode alimentar o santo embrio dar nascimento ao
germe da Via. No a rejeiteis com desprezo e no a trateis com leviandade. Um instrutor e
guia dos deuses e dos homens deve saber tirar partido de um vulgar legume. ()

In Tenzo Kykn, Instrues Para um Cozinheiro Zen, Eihei Dogen, Traduo de


Virgnia Essenreiter, Assrio & Alvim

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