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Direito de ser informa do WALTER CENEVIVA De eqvipe de orticlistos do Fotha, A Constituicdo brasileira atual nao afirma especificamente a existéncia de um direito de ser informado a respeito da relacdo de causa e efeito dos atos governamentais. Ou, para ser mais exato: a Carta Magna ea lei reconhecem algum direito de ser informado, como se exemplifica com a existéncia de registros publicos, acessiveis a todos os do povo; com icagdio obrigatoria de atos do tivo, no desenvolvimento de sua atividade. O mesmo tipo de informagdo é encontrado na publica- jo das leis para terem vigéncia e atos do Judiciario, para 0 conhe- cimento dos interessados. Cada uma dessas circunstancias corresponde a um informe do Estado aos cidadaos. Informe obrigatorio, mas insatisfato- rio quando se queira esgotar um verdadeiro direito & informagao dos atos de governo, Apesar da ampla gama de esclare- cimentos carreados para a comuni- dade através dos meios oficiais, é ‘manifesto que eles so insuficientes para mostrar a agéo do governo. A jimprensa e os meios privados de comunicagao propiciam, na realida- de, a maior massa de esclarecimento 4 sociedade, recebido por ela, com interesse. Interesse, porém, ao qual néo corres] um direito. Em outras palavras: a lei dé ao brasilei- ro direito de ser informado pelo poder piblico, mas nao o direito, ‘constitucional ‘ou legalmente impos- to, de interferir no trabalho dos meios privados de comunicacao. 0 direito constitucional dos controlado- res do capital desses meios parece preponderante no reservarem o cri- tério do jornalismo que queiram P Ov indximo _de_intervenga iximo_de_ int fo. que qualquer um do povo pode ter, em veiculos jornalisticos controlados por interesses privados, 6 0 chamado direito de resposta. Nao se confunde, porém, com 0 de informacdo. Divul- gado pelo radio, pela televiséo ou pela midia impressa uma referéncia considerada prejudicial ou ofensiva a alguém, este tem direito de obter inseredo de uma resposta ou esclare- cimento. De dar sua versdo dos fai A mee teaners pas jornalistica seus itérios e interesses. ‘Giterice e interesses que podem, oi nao, ser coincidentes com os da coletividade. Quando no eoincidem geram o risco, assumic empre- sdrio, de ver 0 “produto ico” repelido na preferéncia de seus “consumidores”. Risco de perder para concorrentes mais atentos as reagdes do povo. periodo pré-constituinte, 6 convenien- te. O bem maior é a democracia. Sua existéncia s6 é possivel com a livre manifestagao do pensamento. Con- cluo 0 questionamento no sentido de que 0 miicleo essencial da questio est na livre difusdo das idéias. Nao se trata de resguardar a prépria liberdade. Nem de puxar a brasa para a sardinha da imprensa. A realidade presente e a histéria con- firmam a im| fundamental da liberdade, para que o titular do direito de ser informado das boas e més agdes do Poder Publico, que é 0 ‘Povo, saiba da verdade. A livre difuséo das idéias através eee |, Solugdo cheia de defeitos, Poostoe pacing contig: ate haver entre o interesse da coletivida- de ¢ 0 do empresariado, melhor, porém, difusdo praticada diretamneate pelo Estado (9 jornais- mo soviético, os “ releases” de propaganda oficial, por exemplo) ou censurada ios puiblicos (a imprensa no Brasil de dez anos atrés, ‘ou do Chile, de hoje). Defeituaso, embora —e muitas vezes sujeito a distorgdes— o regime concorrencial da empresa privada ainda propicie maior confiabilidade. Nao é 0 ideal. ‘Mas, é0 que temos.

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