Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Debridamentos e Amputações
imperativo que durante o tratamento os já que se trata de um importante ponto de apoio do pé. Há
uma boa circulação e a ferida apresenta tecido fibrótico que
pacientes sejam monitorizados
dificulta a granulação do ferimento. Deverá ser feito um
laboratorialmente, e solicitados de rotina: debridamento das bordas com remoção do tecido fibrótico e
hemograma, glicemia de jejum, marcadores limpeza do leito da ferida. É importante salientar a
necessidade de proteção e correção postural deste pé por
de prova renal (Uréia, creatinina e K+) e
meio de calçados folgados e de palmilhas anatômicas.
gasimetria. A função renal desses pacientes
deve ser constantemente observada, não só
pela agressão dos catabólitos e produtos da
ação inflamatória, mas também pela ação
nefrotóxica exercida pelos antibióticos.2-4
O tratamento cirúrgico deverá ser
instituído tão logo seja identificada a
presença de tecidos desvitalizados. A
permanência de tecido necrótico só servirá
para proliferar microorganismos saprófagos
de caráter patogênico. A porção de tecido a
ser retirada corresponderá a todo o tecido Figura 2 - Necrose de pele com intensa atividade inflamatória
e secreção purulenta. Este é o tipo de ferimento que
desvitalizado, macerado ou isquêmico e a provavelmente apresenta acometimento de planos mais
corpos estranhos, de tal forma que as profundos (gordura e fáscia). O debridamento deverá
bordas da ferida debridada apresentem-se circunscrever a ferida e remover as estruturas inviáveis mais
sangrentas. Gorduras, fáscias, aponeuroses profundas; por ocasião do ato cirúrgico, ter bastante cuidado
com as estruturas vasculo-nervosas que não estejam
e tendões são facilmente isquemiáveis, e
acometidas, neste caso, o nervo fibular superficial.
devem quase sempre ser debridados,
conforme o grau de envolvimento. Em
extremidades isquêmicas o uso de bisturi
elétrico deverá ser evitado. Hemostasias em
feridas infectadas deverão ser feitas
preferencialmente por suturas cuidadosas,
com fios não absorvíveis e monofilamentar.
Os curativos deverão ser realizados
diariamente, pelo menos uma vez ao dia,
quando ficarem úmidos, podendo ser feitos
com ou sem anestesia, conforme a extensão
e topografia da ferida.1 Figura 3 - Todo ferimento em ponto de apoio requer maior
atenção; as lesões em topografia de calcanhar são
CASOS E CONDUTAS
especialmente complicadas. A necrose de pele nesta região
Debridamentos superfíciais fatalmente evolui com acometimento do coxim adiposo
subcutâneo. O debridamento deste conjunto implica na
retirada de um dos mais importantes sistemas de
amortecimento de impacto; com isso os desgastes ósseo e
articular serão mais intensificados. Superfícies expostas que
sofrem com a ação maior de impactos, dificilmente resistem
com enxertos de pele livre, por isso o uso de retalho
cirúrgico será a conduta mais acertada.
16/05/2003 Página 2 de 8
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro
Debridamento e Amputação Carlos Adriano
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os desbridamentos são procedimentos
Figura 6 - Paciente diabética, apresentando extensa importantes na retirada de tecidos necrosados e
lesão plantar, que foi várias vezes debridada. Vê-se infectados, sendo de vital importância no sucesso
intensa quantidade de fibrina sobre restos de tecidos do tratamento clínico e cirúrgico.
agredidos. A fibrina e os fibrinopeptídeos ajudam a
atrair os macrófagos que iniciam a fagocitose de
bactérias e restos celulares. A ação benéfica destes
16/05/2003 Página 3 de 8
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro
Debridamento e Amputação Carlos Adriano
16/05/2003 Página 4 de 8
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro
Debridamento e Amputação Carlos Adriano
de origem infecciosa e acometimento osteo- de infecção além do pododáctilo. Deverá ser realizada a
amputação do pododáctilo associada à secção da cabeça do
ligamento -articular. Livrar-se dessas
metatarso correspondente.
condições é fundamental para uma boa
qualidade do coto de amputação.8
Quanto ao grau de comprometimento
arterial, torna-se necessária uma ampla
exploração propedêutica para que se
evidencie a real situação arterial do membro
acometido. Já enfatizamos que a ausência
de pulso não inviabiliza uma amputação em
nível mais inferior. Chama mos atenção para
os eventos crônicos; quanto mais tardia for
a oclusão arterial, maiores serão as
probabilidades de uma circulação colateral
eficiente. A pesquisa de hiperemia reativa é
fundamental para se observar a perviedade
da circulação colateral (a palidez rápida da
extremidade do membro com a elevação, e o
rubor intenso com o declive indicam
circulação colateral precária).8, 13
A dor, geralmente associada à isquemia e
que não cede a analgésicos, quando
localizada distante do nível da amputação
pretendida, deverá ser considerada como
uma necessidade de amputação mais alta.8
É necessária uma manipulação delicada e
atraumática dos tecidos; não se deve pinçar
e nem cauterizar um nervo; procure evitar o
uso de bisturi elétrico; sempre que possível,
substitua as pinças de dissecções por seus
dedos; faça uso de incisões únicas e procure
usar fios não absorvível e monofilamentar.
Afinal, estamos manipulando tecidos de
difícil cicatrização e facilmente infectáveis.
CASOS E CONDUTAS
Amputação dos pododáctilos Figura 2 - Necrose de hálux esquerdo em paciente diabético
(Fotografia 2a). Ferimento bastante infectado, sem linha de
delimitação, com infecção de tecido adjacente e
acometimento de estruturas mais profundas (Fotografia 2b).
O hálux deverá ser retirado e realizada à ressecção do 1o
metatarso com debridamento do tecido desvitalizado
circunvizinho.
Amputação transmetatársica do pé
16/05/2003 Página 6 de 8
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro
Debridamento e Amputação Carlos Adriano
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O diagnóstico precoce da inviabilidade da
extremidade é decisivo no planejamento do nível
da amputação para beneficiar e salvar o doente,
reduzindo sua morbidade.
16/05/2003 Página 7 de 8
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro
Debridamento e Amputação Carlos Adriano
13 de abril de 2000.
Como citar este capítulo:
Santos CAS, Nascimento PFT. Debridamentos e amputaçãoes. In: Pitta GBB,
Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular:
guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003.
Disponível em: URL: http://www.lava.mede.br/livro
Sobre os autores:
16/05/2003 Página 8 de 8
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro