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ITIL® FOUNDATION
Sobre o E-book/Apostila
Direitos Autorais
Aviso Importante!
Copyright © 2016.
Indice
Capítulo 01 - Gerenciamen-
to de Serviço como uma
O primeiro capítulo do cur- Prática
so fará uma introdução ao
estudo da ITIL®. Conhece- Objetivos do Capítulo
remos as suas principais
características, conceitos Ao final desse capítulo você deverá ser
capaz de:
chave (MUITO IMPORTAN-
TES), os estágios do ciclo de Saber de onde veio a ITIL® e os seus
vida do serviço, etc. principais benefícios.
Conhecer os estágios do ciclo de vida
de serviço da ITIL®.
Compreender conceitos chave iniciais.
Estudaremos também sobre
os principais tipos de prove-
dores de serviços, entende- Sumário do Capítulo
remos o porquê da ITIL® ser
um framework tão bem- 1 Tópicos do Exame ________________ 6
sucedido e veremos como a 2 Introdução ______________________ 7
Governança age sobre o
ciclo de vida de serviço. 2.1 Estratégia de Serviço _____________ 9
2.2 Desenho de Serviço ______________ 9
2.3 Transição de Serviço _____________ 9
2.4 Operação de Serviço ____________ 10
É importante que todos os
conceitos e tópicos aqui a- 2.5 Melhoria Contínua de Serviço _____ 10
presentados estejam “na 3 O Sucesso da ITIL ________________ 10
ponta da língua” antes de
4 Serviços e Gerenciamento _________ 11
passar para o próximo capí-
tulo. Não tenha pressa! 5 Tipos de Provedores de Serviços,
Processos e Funções _________________ 15
6 A Governança no Ciclo de Vida de
Serviço ____________________________ 18
7 Automação de Serviço ____________ 19
8 Bate papo ______________________ 20
8.1 A Certificação ITIL Foundation _____ 20
8.2 Como Deverei Estudar? __________ 22
1 Tópicos do Exame
(ITIL®FND03-5) Governança.
(ITIL®FND03-10) fornecedor.
(ITIL®FND03-39) resultados.
2 Introdução
A ITIL® é um conjunto de melhores práticas para o Gerenciamento de Serviços de Tecnologia
da Informação (GSTI). Atualmente de propriedade da joint venture Axelos (constituída pelo
Governo do Reino Unido e Capita), a ITIL® oferece um guia para a provisão de serviços de TI
com maior qualidade, além de processos, funções e outras capacidades necessárias para supor-
tá-los. Trata-se do framework mais reconhecido mundialmente quando se trata em GSTI, sendo
utilizada em diversas organizações provedoras de serviços, como Microsoft, NASA, IBM, HP,
etc. Quando surgiu, a ITIL® era conhecida pelo acrônimo Information Technology Infrastructre
Library. Entretanto, atualmente o nome representa uma marca (não mais o acrônimo).
A ITIL® não é um padrão que deverá ser seguido. Não se trata de algo pres-
critivo; e sim, de um guia que deverá ser lido e compreendido para que, em
seguida, seja utilizado para criar valor para o provedor de serviços e seus
clientes. Além disso, as melhores práticas da ITIL® poderão ser adaptadas
pelas organizações, conforme às suas necessidades.
A ITIL® emergiu ainda durante a década de 1980, quando o Governo Britânico apontava que o
nível dos serviços de Tecnologia da Informação (TI) que lhe eram oferecidos não possuíam a
devida a qualidade. O Office of Government Commerce (OGC), antes chamada de Central Com-
puter and Telecommunications Agency (CCTA), foi solicitada para desenvolver um framework
visando a utilização eficiente e financeiramente vantajosa dos recursos de TI - tanto para o go-
verno Britânico quanto para setores privados. Assim surgiu a ITIL®. Apesar dessa primeiríssi-
ma versão ser bem diferente da atual, a essência já estava sendo definida: foco na entrega e
suporte aos serviços que eram oferecidos. Interessante notar que essa versão (assumida
como ITIL v.1) continha uma biblioteca composta por cerca de 30 volumes.
Com o sucesso, esse framework começou a se espalhar pela Europa durante a década de 1990.
Começou então a ser utilizada também por organizações não governamentais. Com isso, a TI
como um todo cresceu bastante. Em 2000-2001, a versão 2 foi lançada, tornando a ITIL® ain-
da mais acessível. Agora, continha apenas 9 volumes.
Em 2007, a ITIL® v.3 foi liberada – dessa vez, ainda mais compacta: 5 volumes. Na época do
lançamento, essa versão era conhecida como ITIL Refresh Project. Foi nela que se começou a
estruturar os serviços em ciclos de vida. Atualmente, a ITIL® v.3 é conhecida como ITIL®
2007.
Observe abaixo as capas das edições 2007, 2011 (original) e a nova prensagem da anexos:
É importante salientar que a ITIL® não certifica empresas, e sim pessoas. A ISO/IEC 20000 é
aquela que oferece um padrão universal e formal para organizações que buscam auditar e certi-
ficar suas capacidades de Gerenciamento de Serviço.
O framework da ITIL® é baseado nos 5 estágios do ciclo de vida do serviço. A publicação core
oferece guias de boas práticas para cada um dos estágios, incluindo princípios-chave, processos
e atividades, papéis, etc. Veremos que cada estágio exerce influência sobre os demais, além de
gerar saídas que significarão, muitas vezes, entradas para outros. Existem ainda outras publi-
cações complementares da ITIL®, onde são apresentadas guias para setores específicos, tipos
de organizações específicas, etc. Nós estudaremos aqui o material core. Veja a seguir a figura
que ilustra o ciclo de vida de serviço da ITIL:
O estágio busca visualizar a TI como um ativo estratégico, ao contrário de somente uma função
administrativa interna. Dessa forma, no estágio em questão, diversos tópicos importantes esta-
rão presentes, como o desenvolvimento de espaços de mercado (oportunidades que o provedor
de serviços de TI poderia explorar para atender as necessidades dos clientes), as características
dos tipos de provedores de serviço1, ativos estratégicos, o portfólio de serviço e a implementa-
ção da estratégia pelo ciclo de vida do serviço.
Para que o provedor de serviços consiga entregar valor aos clientes, os serviços precisam ser
desenhados de maneira que estejam alinhados aos objetivos de negócio dos mesmos. Sendo
assim, o estágio Desenho de Serviço oferece um guia para o desenho e desenvolvimento de
serviços, cobrindo os princípios e métodos de desenho que buscará traduzir os objetivos estra-
tégicos em portfólios de serviço e ativos de serviço. É nesse estágio que o “como deve ser fei-
to? ” entrará em ação.
Como no estágio anterior o serviço já fora desenhado, agora busca-se através da Transição de
Serviço desenvolver e melhorar as capacidades para a introdução de novos ou alterados servi-
ços em ambientes suportáveis. Ou seja, a TS descreve como transicionar uma organização de
um estado para outro, controlando devidamente os riscos e suportando o conhecimento organi-
zacional para o suporte às decisões. O valor criado na estratégia e codificado no desenho será
agora transicionado para o ambiente de produção para que, logo em seguida, o valor do serviço
seja realizado na Operação de Serviço.
1
Organização que oferece serviços para um ou mais clientes internos ou externos
Nesse estágio serão descritas as melhores práticas para gerenciar os serviços nos ambientes. O
“papo” aqui agora será operacional – o dia a dia no fornecimento do serviço. O estágio buscará
oferecer guias para atingir a efetividade e eficiência na entrega dos serviços e, especialmente,
no suporte aos serviços – assim, o valor poderá ser realizado pelo cliente, usuários e provedor
de serviços. O foco do estágio é “manter” a estabilidade da operação do serviço.
A Melhoria Contínua de Serviço, como já podemos deduzir, buscará oferecer guias sobre como
criar e manter o valor para os clientes através de melhores estratégias, desenhos, transição e
operação dos serviços.
3 O Sucesso da ITIL
Como vimos, a ITIL® é utilizada por muitas organizações no mundo inteiro. São diversos os
casos de sucesso na implementação das suas boas práticas. Por exemplo, a Gartner apontou
que a PEMCO investiu no treinamento ITIL® Essentials com a Pink Elephant, em 2002, e resul-
tou posteriormente numa economia geral de $500,000 em 12 meses. São muitos os casos
(pesquise – fará você compreender ainda melhor o “mundo ITIL®”).
2
Uma espécie de “fotografia” que é utilizado como ponto de referência. Por exemplo, uma linha de base da configura-
ção pode ser usada como parte de um plano de “retorno”, para permitir que a infraestrutura seja restaurada ao estado
anterior à uma mudança ou liberação realizadas com problemas.
4 Serviços e Gerenciamento
A ITIL® define serviço como sendo “um meio de entregar valor aos clientes, facilitando os resul-
tados3 que desejam alcançar, sem apropriar-se de custos e riscos específicos. ”. Imagine a sua
rede social preferida. Ela permite que você interaja com seus amigos, familiares e compartilhe
notícias, por exemplo. Você, como usuário, não deseja entender ou gerenciar toda a complexi-
dade que envolve esse serviço (servidores espalhados pelo mundo, aplicações diversas, contas
de usuário, etc). O cliente entende que o serviço possui os seus custos e que estes estão por
trás da provisão dos serviços. Mas tais custos, além dos riscos, devem ser gerenciados pelo
provedor de serviços, não pelo cliente.
Os serviços também podem ser classificados, segundo o valor que oferecem aos clientes:
Serviços principais: aqueles que entregam os resultados básicos desejados pelo cliente. É
o serviço que o cliente quer. Por exemplo, um serviço de controle de estoque básico.
Serviços de apoio: o serviço principal poderá utilizar outros serviços para que possa reali-
zar efetivamente o seu trabalho (em muitos casos, nem são notados pelos clientes). Para
que o serviço principal (Controle de Estoque) seja entregue, os links de rede deverão estar
disponíveis, por exemplo. Esse seria o serviço de apoio.
Serviços Intensificadores: são serviços plus; aqueles adicionais que, ao serem acrescen-
tados aos serviços principais, os tornam mais atraentes ao cliente. Mas, não são essenciais
para a entrega dos serviços principais. O provedor de serviços poderia oferecer, juntamente
ao serviço principal, uma interface Web para tal, de forma que as partes interessadas pu-
dessem acessá-lo remotamente.
Outro exemplo que reforça o que vimos sobre os tipos de serviço é ilustrado na figura abaixo,
representando um serviço de Email:
3
Resultado de uma atividade que fora seguida por um processo.
4
Return Of Investment: trata-se do retorno do capital que fora investido no serviço.
5
Total Cost of Ownership: trata-se do custo total de aquisição, instalação, utilização, manutenção, mudança e elimina-
ção de um serviço.
O valor de um serviço pode ser considerado como sendo o nível que o serviço atende às expec-
tativas dos clientes. Ao contrário de produtos, por exemplo, os serviços não possuem valor in-
trínseco, já que seu valor é “calculado” segundo o quê ele possibilita alguém a fazer. Então,
atente-se ao que vem a seguir sobre as características do Valor:
O valor é definido pelo cliente: não importa o quanto o provedor de serviços ressalte a
importância dos seus serviços. A última palavra em relação a se o serviço é valioso é a do
cliente;
Acessível mix de recursos: é fato que se pode influenciar a percepção de valor do cliente
através de negociações. Entretanto, o cliente ainda terá a palavra final (se é valioso ou não).
Ou seja, o cliente escolherá aquele produto ou serviço que representa o melhor mix de re-
cursos com o preço que estejam dispostos a pagar;
Atingir os objetivos: os clientes nem sempre medem o valor do serviço de maneira finan-
ceira. Nem sempre os clientes desejam produzir receita com os serviços, mas atender a al-
gum objetivo de negócio (resultado de negócio).
Altera com o tempo e com as circunstâncias: o que é valioso para um cliente HOJE po-
derá não ser AMANHÃ, pois suas necessidades são alteradas com o passar do tempo.
As preferências são influenciadas pelas percepções. As percepções, por outro lado, são influen-
ciadas, dentre outras coisas, pelos atributos de um serviço, experiências prévias com atributos
similares e a capacidade relativa dos concorrentes. Visualize outra figura importantíssima para
o exame abaixo:
Na figura anterior, o ponto inicial é o valor de referência, ou seja, o que o cliente já ouviu falar
sobre o serviço (ou até mesmo já experenciou). A diferença positiva é baseada nos benefícios
adicionais e ganhos oferecidos pelo provedor de serviços (influência do provedor de serviços no
valor).
Ativos: Todas as interações entre provedor de serviço e cliente são baseadas na utilização
de ativos. Podem ser classificados como Ativos de Cliente (qualquer recurso/capacidade usa-
do pelo cliente para atingir um resultado de negócio) e Ativo de Serviço (qualquer recur-
so/capacidade usado pelo provedor de serviço para entregar os serviços). Há dois tipos de
ativos utilizados pelos provedores de serviço e clientes, que servem para criar valor na forma
de bens e serviços:
Recursos: são as entradas diretas para a produção dos serviços. Por exemplo: dinheiro,
aplicações, pessoas, infraestrutura, etc. Ou seja, tudo que poderia ser usado para auxili-
ar a entrega de um serviço.
Capacidades: são os ativos que representam a habilidade de uma organização para fa-
zer alguma coisa – de forma a atingir o valor (como a habilidade de coordenar, controlar
e implantar recursos na forma de um serviço).
Tipo I (Provedores de serviços internos): são funções de negócio embutidas dentro das
unidades organizacionais6 que eles servem. Logo, são dedicados.
6
Segmento de negócio que possui seus próprios planos métricas, receita e custos.
Tipo III (Provedores de serviços externos): oferece seus serviços a clientes externos. Por
exemplo, muitas vezes os serviços de TI não estão no portfólio de investimento para uma orga-
nização, já que é necessária flexibilidade em seus ambientes para manter-se competitivo. Sen-
do assim, é melhor comprar tais serviços. Embora não seja mostrado na figura a seguir, mesmo
usando provedores de serviços do tipo III, a organização ainda precisaria de uma função de TI
interna para gerenciar a especificação dos requisitos, contratos e garantir que os resultados de
negócio estão sendo alcançados.
Para o exame ITIL® Foundation, é também importante reconhecer a diferença entre Processos
e Funções.
7
As entradas são dados ou informações utilizadas pelos processos e podem se tornar a saída para outros processos.
8
Qualquer pessoa que possua interesse em uma organização, projeto, serviço de TI, etc. Isso inclui gerentes, parceiros,
funcionários, etc.
A ITIL® define “Função” como sendo um grupo de pessoas que são utilizadas
para executar um processo. Isso também inclui outros recursos ou ferramen-
tas, desde que sejam utilizadas para tal fim. Como estudaremos as funções
definidas pela ITIL® no capítulo 5, esturaremos aqui somente a definição.
Geralmente, em organizações maiores, uma função pode ser “particionada” e realizada por in-
divíduos ou grupos – contendo habilidades específicas com as tarefas a serem executadas. Já
em organizações menores, podem haver poucos grupos especializados. Assim, uma ou mais
equipes poderão ser responsabilizadas por executar diversas funções.
É importante não confundir Papel com “título do trabalho”. Cada organização define um título
de trabalho de acordo com suas necessidades, mas os indivíduos com um determinado título
poderão realizar um ou mais papéis. Vejamos as definições para que tudo isso torne-se mais
claro:
Vimos há pouco o conceito de “partes interessadas”, mas não explanamos muito ainda sobre
isso. Dentro da organização do provedor de serviços existem muitas partes interessadas, inclu-
indo as funções, grupos e equipes que entregam os serviços.
Entretanto, existem as chamadas “partes interessadas externas” como os Clientes (aqueles que
compram os bens ou serviços), Usuários (aqueles que usam o serviço no dia a dia) e Fornece-
dores (terceiros responsáveis por oferecer bens ou serviços requeridos para entregar os servi-
ços de TI).
A Governança precisa estar preparada para avaliar, direcionar e monitorar a estratégia (deverá
estar clara), políticas (define as fronteiras – o que uma organização pode não fazer como parte
de suas operações) e planos.
9
Garante que políticas e estratégias estão sendo implementadas e que processos requeridos estão sendo seguidos
apropriadamente.
7 Automação de Serviço
Para fechar o capítulo, estudaremos as ferramentas que poderão ser aplicadas no auxílio ao GS.
A automação pode ser extremamente benéfica para a entrega de serviços e melhorar o desem-
penho de processos e ativos de serviço. As aplicações são meios de automação por si só, mas
elas podem ser melhoradas pela adição da tecnologia, onde precisarão ser compartilhadas por
pessoas e ativos de processos (vemos avanços em Inteligência Artificial, Aprendizagem de Má-
quina, etc). A automação é considerada para melhorar os aspectos de Utilidade e Garantia (ve-
remos isso no próximo capítulo) dos serviços, oferecendo diversas vantagens:
Diversas áreas do gerenciamento de serviço podem ser beneficiar pela automação: Desenho e
modelagem, catálogo de serviço, padrão de reconhecimento e análise, etc. A demanda por ser-
viços poderá ser capturada, por exemplo, através de uma simples interação entre os clientes
com os itens do catálogo de serviço – de forma automatizada. A variação na performance dos
indivíduos com o tempo, carga de trabalho, motivação e a natureza das tarefas pode ser des-
vantajoso em algumas situações. Isso tudo poderia ser monitorado/analisado através de ferra-
mentas automatizadas.
Processos ruins, mesmo com ferramentas boas, ainda serão processos ruins (automação do
caos);
As ferramentas servem para suportar os processos, não em defini-los;
As ferramentas se adaptam aos processos, não o contrário.
Essas dicas são baseadas na minha própria experiência. Sendo assim, pegue as coisas que você
achar mais importante e aplique-as conforme necessário. Vamos lá!
Ao obter a certificação, você irá ganhar 2 créditos rumo a certificação mais cobiçada: ITIL®
Master.
10
https://www.axelos.com/qualifications/itil-qualifications/itil-foundation-level
Aqueles que precisam entender como a ITIL® pode ser usada para melhorar o gerencia-
mento de serviços de TI em uma organização;
O importante a ser considerado é que o esquema de certificação não termina no nível Funda-
mentos. Longe disso! Mesmo obtendo a certificação ITIL® Foundation, é necessário obter muito
mais conhecimento para que as práticas da ITIL® possam ser aplicadas a projetos profissionais
ou situações do dia a dia dos provedores de serviço de TI.
A certificação Foundation é, como o nome diz: Fundamentos. O ponto de partida! Por isso exis-
tem as demais certificações (Practioner, os módulos Intermediários, etc – conforme ilustrado na
figura acima). Repare que cada certificação possui um número de crédito.
Os módulos intermediários11 são divididos em duas categorias: Ciclo de Vida e Capacidade. Al-
guns candidatos costumam se concentrar apenas em um dos módulos, no entanto, isso não é
regra. Pode-se combinar os módulos conforme você achar necessário. Veja abaixo a divisão das
categorias:
Após concluir a certificação ITIL® Foundation (já com 2 créditos), você também poderá certifi-
car-se em ITIL® Practioner12 (mas não é obrigatório), antes de ir para os módulos intermediá-
rios. Se optar por essa certificação, você ganhará mais 3 créditos (Totalizando 5).
Para a certificação ITIL® Expert13, é necessário ter acumulado (no mínimo) 17 créditos (nível
Foundation + practioner (se desejar) + os módulos intermediários). Assim, após ter acumulado
essa quantidade, é necessário realizar o exame MALC (Managing across the Life Cycle).
Lembrando que, para a certificação ITIL® Master, é necessário já possuir a certificação ITIL®
Expert e, além disso, já ter trabalhado no mínimo 5 anos em elevado nível de gestão. Ou seja,
já deverá ter bastante experiência prática com a ITIL®.
Para conhecer mais detalhes sobre o esquema de certificação ITIL®, visite o website:
https://www.axelos.com/qualifications/itil-qualifications.
11
https://www.axelos.com/qualifications/itil-qualifications/itil-intermediate-level
12
https://www.axelos.com/qualifications/itil-qualifications/itil-practitioner-level
13
https://www.axelos.com/qualifications/itil-qualifications/itil-expert-level
Primeiramente você deve fazer um levantamento dos seus horários e identificar aqueles consi-
derados livre. Esse será o seu tempo de estudo. Por exemplo, de Segunda a Sexta você tem 2
horas livres (descontando tempo de trabalho, família, etc.). Pegue essas 2 horas e divide: 1
hora de teoria e 1 hora de exercícios.
Teoria sem exercícios, é nula! A teoria deve sempre ser intercalada com a elaboração de resu-
mos sobre o capítulo que você já leu. Ao realizar os resumos, não escreva na íntegra o que vo-
cê já leu na apostila.
Escreva com suas próprias palavras. Se você assimilar mais por elementos visuais, faça dese-
nhos...tudo com o intuito de você assimilar ao máximo as informações. Com o decorrer do cur-
so, muitos conteúdos virão.
Assim, não deixe acumular. Só passe para o próximo tópico quando você já tiver assimilado as
ideias principais do anterior.
Não tenha pressa. Também não precisa ficar decorando tudo. A certificação é no nível Funda-
mentos; assim, não pense em como tal coisa seria na prática, como isso seria feito ou como
aquilo poderia trazer problemas. Pegue os conceitos. Outros tópicos mais avançados virão nas
próximas certificações que você for “tirar”.
Comigo funciona assim: só consigo estudar com um “marco”... o dia do exame! Logo, se você
também é assim, marque o dia do seu exame. Claro, em uma data plausível, né? Aquela data
que, após fazer o levantamento do tempo que você possui para estudar, você dará conta.
Trata-se de um curso longo. No meu caso, eu tinha 2 horas por dia para estudar. Eu agendei o
exame para 2 meses a frente. Eu me sentia confortável dessa forma. Você tem que se conhecer
nesse quesito. Mas, o fato é: poucas pessoas conseguem estudar de maneira efetiva sem uma
data “marco”... sem o dia do exame.
Portanto, minha dica é: marque o dia da prova e faça o seu cronograma de estudos, de modo
que você consiga ter tempo para estudar, para sua família, para seus compromissos, etc. Mui-
tos perguntam se o exame é difícil.
O exame não apresenta pegadinhas. É direto. É aquele “sabe ou não sabe”. Prepara-se para
uma rotina de estudos que, garanto: você não terá qualquer dificuldade e terá, muito em bre-
ve, o certificado em suas mãos.
Capítulo 02 – Estratégia de
Como vimos no capítulo
Serviço
anterior, o framework da
ITIL® é baseado nos 5 está- Objetivos do Capítulo
gios do ciclo de vida de um Ao final desse capítulo você deverá ser
serviço. Cada um dos livros capaz de:
que compõe a ITIL® traz um
guia de boas práticas rela-
cionados a cada um dos Explicar e definir conceitos básicos rela-
ciclos. cionados ao gerenciamento de serviço
de TI relacionados à Estratégia de Ser-
viço.
1 Tópicos do Exame
2 A Estratégia de Serviço
Propósito:
Definir a perspectiva, posição, planos e padrões que um provedor de serviços precisa estar
pronto para executar, de forma a atender os resultados de negócio de uma organização.
A Estratégia de Serviço é o estágio que visa obter o direcionamento geral do negócio; ou seja,
“para onde estamos indo? ”. É nesse estágio que a perspectiva é definida, a criação de valor é
iniciada para o serviço, a posição é tomada, os planos e padrões são levantados e as posições
são tomadas (os 4Ps da estratégia. Já veremos).
Esse é o propósito do estágio! Tudo que um provedor de serviços precisa para ir de encontro
aos resultados de um negócio. O estágio buscará visualizar o gerenciamento de serviço como
um ativo estratégico, ao invés de apenas uma capacidade organizacional.
Assim sendo, o foco desse estágio é entender o PORQUÊ algo deve ser feito, não em COMO ser
feito! Para o exame ITIL® Foundation, não precisamos estudar “a fundo” nenhum dos processos
contidos no estágio; apenas entender o propósito (para que serve), objetivos (o que tem que
ser feito para atingir o propósito) e escopo (qual a “área de atuação” do estágio).
Objetivos:
Compreender o conceito de estratégia;
Oferecer meios para identificar oportunidades de serviços e como tirar o melhor proveito dos
mesmos;
Entregar um claro e compreensivo modelo de provisão de serviço, onde será possível identi-
ficar como os serviços serão consolidados e apresentados, para quem serão entregues e o
propósito;
Entender a capacidade organizacional que será necessária para entregar os serviços de acor-
do com a estratégia;
Coordenar e documentar o uso dos ativos de serviço usados para fornecer o serviço, incluin-
do a otimização de desempenho;
Definir o nível de investimento que será necessário para o provimento dos serviços;
Escopo:
A estratégia de serviço começa definindo e discutindo os princípios genéricos e processos do
gerenciamento de serviço. Em seguida, tais princípios genéricos são aplicados de maneira con-
sistente ao gerenciamento de serviços de TI. O seguinte aspecto de estratégia é coberto pelo
estágio:
Definir a estratégia para entregar os serviços que atenderão aos resultados de negócio dos
clientes, bem como a estratégia para gerenciá-los;
Possibilta ao provedor de serviços obter um claro compreendimento sobre quais tipos e ní-
veis de serviço trará sucesso aos clientes;
Oferece meios para que o provedor de serviços se organize de forma a conseguir oferecer
serviços de maneira eficiente e efetiva.
Aplicada aos serviços, a estratégia irá definir como que um provedor de serviços irá usar os
seus serviços para atingir os resultados do negócio dos clientes para que, com isso, consiga
também atingir os seus próprios objetivos.
A ITIL® cita a definição de Henry Mintzberg para “estratégia”. Segundo o autor, ao se definir
estratégia, os seguintes 4 Ps deverão ser considerados. Observe a imagem abaixo:
Para o exame, é importante compreender a diferença entre Cliente e Usuário. Cliente é quem
paga pelo serviço e, eventualmente, também poderá utilizá-lo. Já Usuário é toda pessoa que
utilizará o serviço no dia a dia (não paga pelo serviço, não toma decisões em relações ao mes-
mo).
No capítulo passado, vimos o quão complexo é a questão do “valor” de um serviço. Agora ve-
remos algo muito importante. Sob o ponto de vista do cliente, o valor de um serviço poderá ser
criado combinando dois elementos primários: Utilidade (encaixa-se no propósito) e Garantia
(apto para o uso). A fórmula básica é: Garantia do Serviço + Utilidade do Serviço = Valor
do Serviço. Observe a imagem a seguir:
Outro fator que merece destaque: Os clientes não compram serviços; os clien-
tes compram o cumprimento de necessidades particulares.
A utilidade do serviço refere-se aos aspectos funcionais de um serviço, além do seu impacto
positivo nos processos, atividades e tarefas do negócio. Por outro lado, a garantia do serviço
está relacionada aos atributos de um serviço (disponibilidade, desempenho, capacidade, etc).
3 Processos
Processos de TI nada mais são do que um valoroso agregado de conhecimentos e experiências
acumuladas durante muitos anos por diversas empresas e especialistas do ramo, que perce-
bendo os erros e acertos em suas ações do cotidiano, resolveram sistematizar as melhores
condutas para lidar de forma dinâmica com os riscos característicos da profissão e minimizar as
chances de erros na execução dos mais diversos trabalhos.
Propósito:
O propósito do Gerenciamento do Portfólio de Serviço é garantir que o provedor de serviços
possua o mix correto de serviços para que consiga balancear o investimento feito na TI com a
habilidade de atender aos resultados de negócio.
O processo registrará também os investimentos feitos nos serviços por todo o seu ciclo de vida.
Entenda que o processo trabalha também com outros processos, de forma a garantir que os
retornos desejados estão sendo atingidos.
Ao analisar a figura anterior, percebemos que as informações registradas pelo processo pode-
rão ser encontradas no sistema de gerenciamento do conhecimento de serviço.
Objetivos:
Oferecer um processo e mecanismos para que uma organização consiga investigar e decidir
sobre quais serviços oferecer, baseado na análise de retorno potencial e nível aceitável de
risco;
Oferecer mecanismo para que a organização avalie como os serviços a possibilitam alcançar
a sua estratégia, além de responder às mudanças em seus ambientes internos e externos;
Controlar quais serviços são oferecidos (além das condições e níveis de investimentos);
Registrar o investimento nos serviços pelo ciclo de vida, para que a organização avalie a sua
estratégia;
Analisar quais serviços não são mais viáveis e quando deverão se tornar aposentados.
Escopo:
Fazem parte do escopo do processo todos os serviços que o provedor de serviços pretende en-
tregar, aqueles que já estão sendo entregues e aqueles que já foram retirados de operação.
No caso de provedores de serviços internos, a tática é que trabalhem em conjunto com as uni-
dades de negócio na organização, para que cada serviço esteja relacionado com os resultados
de negócio – antes de compararem investimentos com os retornos. Para provedores de serviços
externos o valor é calculado mais diretamente, já que cada serviço precisa estar preparado pa-
ra gerar receitas diretas (ou, até mesmo, apoiar os serviços geradores de receitas).
A ITIL® o classifica “portfólio de serviços” como sendo o conjunto completo de serviços que são
gerenciados por um provedor de serviços, utilizado para gerenciar o ciclo de vida completo de
um serviço, além dos investimentos efetuados no mesmo.
1) Funil de serviço: serviços que estão sendo propostos ou, ainda, em desenvolvimento,
mas que não se encontram disponíveis para os clientes – geralmente os clientes nem
possuem acesso);
3) Serviços aposentados (serviços inativos. São mantidos no portfólio de serviço por di-
versas razões. Por exemplo, muitas vezes o novo serviço poderá não atender a todos os
requisitos. Dessa forma, é importante estar preparado para que, caso aconteça isso,
possa retornar ao serviço anterior).
Propósito:
O propósito do processo Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI é garantir que haja o
pleno equilíbrio entre o custo e a qualidade de um serviço – ou seja, o quanto o cliente pode
pagar e o que o provedor de serviços consegue oferecer. Dessa forma, o equilíbrio irá exercer
influência sobre as variáveis presentes durante a entrega de um serviço, como a utilidade, ga-
rantia, os recursos, a capacidade, a percepção e as preferências. Além disso, o processo irá
controlar a oferta e demanda entre o provedor de serviços e o cliente. É necessário que os cus-
tos (que se elevam em resposta às demandas) sejam gerenciados de maneira apropriada. Um
exemplo bem característico desse cenário é em relação à capacidade – já que, com o aumento
na demanda, é necessário que o provedor de serviços se organize para conseguir mais capaci-
dade física. E, lógico: isso gera custos!
Escopo:
No contexto da TI, o Gerenciamento Financeiro é uma função separada daquela da organização.
Ou seja, trata-se de uma área especializada, que precisa compreender o mundo das finanças e
do negócio como um todo; além, é claro, de tecnologia. A ITIL® aponta que as políticas finan-
ceiras e práticas dentro da TI devem estar consistentes com as da organização em geral, já
que, além dos aspectos legais e melhores práticas, isso facilita bastante a comunicação e repor-
te entre a TI e as outras unidades de negócio.
Contabilidade: possibilita que a organização de TI tome ciência sobre como o seu dinheiro
está sendo gasto (identificar custos por cliente, serviço e atividade).
Cobrança: requerido para que os clientes sejam cobrados pelos serviços oferecidos.
Objetivos:
Estabelecer e gerenciar uma estrutura para que consiga identificar, gerenciar e comunicar os
custos dos serviços que são oferecidos;
Avaliar (de maneira financeira), o impacto das novas estratégias e as propostas de mudan-
ças para as já existentes;
Facilitar para que haja uma boa administração do serviço e dos ativos dos clientes. Com isso,
a organização poderá atingir os seus objetivos;
Entender a relação entrada x saída – e garantir que ambos estejam alinhados em conformi-
dade com as políticas da organização;
Prever os requisitos financeiros, para que a organização esteja pronta a atender aos seus
compromissos de serviço com seus clientes e estar de acordo com os requisitos regulatórios
e legislativos;
Quando apropriado, definir uma estrutura para recuperar os custos da provisão de serviços
ao cliente.
Uma análise financeira, por exemplo, é um ponto crucial para um bem formatado caso de ne-
gócio. Itens que compõe um caso de negócio:
Propósito:
O Gerenciamento de Relacionamento de Negócio é o processo que possibilita aos gerentes de
relacionamento de negócio (que geralmente são representantes sêniores da TI) criar relacio-
namentos entre o provedor de serviço e clientes, nos níveis estratégico e tático, para que o
provedor de serviços possa compreender os requisitos de negócio do cliente e estar preparado
para oferecer serviços que vão de encontro com tais requisitos. Além disso, o Gerenciamento
de Relacionamento de Negócio buscará identificar as necessidades do cliente e garantir que o
provedor de serviços esteja pronto para atendê-las, mesmo que o negócio do cliente mude com
o tempo ou devido a circunstâncias;
Objetivos:
Garantir que o provedor de serviços entenda a perspectiva de serviço do cliente e que esteja
pronto para priorizar seus serviços e ativos de serviço apropriadamente;
Identificar as tendências tecnológicas que poderiam impactar o tipo, nível ou utilização dos
serviços prestados e alertar os clientes;
Mediar em casos onde haja conflitos de requisitos para serviços de diferentes unidades de
negócio;
Escopo:
Para provedores de serviços interno, o processo é geralmente executado entre um representan-
te sênior da TI e gerentes sêniores das unidades de negócio (clientes). O intuito é alinhar os
objetivos do negócio com a atividade do provedor de serviço.
Para os provedores de serviços externos, o processo é executado geralmente por uma função
dedicada (Gerente de Relacionamento de Negócio) ou gerentes de contas – cada um dedicado a
um cliente ou grupos de clientes menores. O intuito é maximizar o valor do contrato através da
satisfação do cliente.
Para entender como que os serviços atendem aos requisitos do cliente, o processo deve focar
focar-
se em compreender e comunicar:
Os serviços que estão sendo oferecidos aos clientes, bem como a maneira em que estão
sendo oferecidos (os responsáveis pelos mesmos, quais níveis de serviço foram acordados, a
qualidade entregue) e como os clientes o utilizam;
Já que os serviços possibilitam uma atividade de negócio (e essas geram os resultados de ne-
gócio), torna-se necessário entender quaisquer padrões que hajam na atividade de negócio, de
forma a entregar serviços que vão de encontro aos resultados desejados. É fácil reconhecer as
atividades que tendem a formar padrões – são aquelas repetíveis, frequentes. Quanto mais o
provedor de serviços puder reconhecer os padrões de atividade de negócio, melhor estará pre-
parado entregar serviços que realmente atendam as demandas dos clientes.
As atividades de negócio cobrem a utilização dos ativos do cliente (pessoas, processos e aplica-
ções) e as interações entre clientes, parceiros, fornecedores e outras partes interessadas.
Uma vez que um padrão de atividade de negócio tenha sido identificado, a ITIL® recomenda
que seja compreendido o seu perfil e devidamente documentado. Os seguintes itens devem ser
capturados:
Observe a imagem a seguir. Ela ilustra uma abordagem anual para o reconhecimento de pa-
drões. A empresa Meeting Card terá clientes comprando de acordo com os principais feriados
ou eventos.
Reconhecendo o impacto dessa atividade sobre o uso de sistemas de TI, o provedor de serviços
poderá oferecer capacidade suficiente para possibilitar ao negócio funcionar nesses picos.
5 Gestão de Risco
Apesar de todas as organizações gerenciar os seus riscos14, muitas vezes não é realizado de
maneira consistente e repetível. Dessa forma, o propósito de um gerenciamento formal de ris-
cos é possibilitar melhores decisões baseadas no compreendimento dos riscos e seus potenciais
impactos para se atingir os objetivos estratégicos.
Existem diferentes metodologias, padrões e frameworks que servem justamente para isso, en-
tre eles Management of Risk (M_o_R), ISO 31000, Risk IT e ISO/IEC 27001.
Na ITIL® são apresentadas algumas referências ao assunto, porém, não é coberta nenhuma
metodologia em especial. Ao contrário, o framework trata a questão em alto nível – cobrindo
apenas o básico que é necessário à um projeto ao implementar a abordagem de gerenciamento
de serviços de TI.
Identificar os riscos: essa parte envolve identificar e nomear os riscos, mas não necessa-
riamente explicá-los ou quantificá-los. A questão é apenas identificar o que poderá impactar
o projeto ou a estratégia que está sendo levada em consideração. Cada um dos riscos identi-
ficados é, então, documentado (juntamente com suas potenciais consequências).
Analisar os riscos: uma vez que o time já tenha identificado os riscos, poderão começar a
quantificar o impacto e a probabilidade de ocorrência dos mesmos. A maioria das aborda-
gens de gestão de riscos utilizam descrições qualitativas e quantitativas. Ou seja, as conse-
quências e os impactos são definidos em textos para que, em seguida, valores numéricos se-
jam também associados.
Gerenciar os riscos: uma vez que os riscos já tenham sido documentados (juntamente
com os seus planos de ação), o plano de gestão de riscos deve ser revisado regularmente,
de forma a garantir que as ações apropriadas estejam sendo tomadas. Note que, os status
relacionados aos riscos poderão alterar-se durante o curso do projeto.
O gerenciamento de riscos é, na verdade, uma atividade repetitiva e deverá fazer parte da cul-
tura aceitável de qualquer programa ou iniciativa.
14
Risco é a incerteza de um determinado resultado (seja uma oportunidade positiva ou uma ameçada negativa).
Capítulo 03 – Desenho de
Iremos agora entrar em um
Serviço
importantíssimo tópico em
se tratando de ITIL®: o es- Objetivos do Capítulo
tágio Desenho de Serviço. É Ao final desse capítulo você deverá ser
um dos estágios mais co- capaz de:
brados no exame (seus con-
ceitos, processos, etc). Ao Explicar e definir conceitos básicos rela-
contrário do estágio anteri- cionados ao gerenciamento de serviço
or, onde não estudamos ne- de TI relacionados ao Desenho de Ser-
viço.
nhum processo a fundo, dos Entender os processos relacionados ao
8 processos que estudare- estágio em questão, cobrados no exa-
mos aqui, 1 deles será mais me ITIL® Foundation, edição 2011.
detalhado: Gerenciamento
do Nível de Serviço.
Sumário do Capítulo
1 Tópicos do Exame
(ITIL®FND03-15) disponibilidade.
(ITIL®FND05) Processos:
(ITIL®FND07) Papéis
o Dono do processo.
o Gerente do processo.
o Profissional de processo.
o Dono do serviço.
2 O Desenho de Serviço
O estágio oferece um guia para o desenho de serviços de TI, para que os requisitos de negócio
atuais e futuros possam ser atendidos. Veremos que nesse estágio é introduzido o conceito de
Pacote de Desenho de Serviço, Acordos de Nível de Serviço, Acordos de Nível Operacional, etc.
Assim sendo, veremos nesse estágio os métodos, práticas e ferramentas para que se possa
alcançar a excelência no desenho de um serviço.
Propósito:
O propósito do estágio é desenhar os serviços de TI, governar as práticas de TI, processos e
políticas, para que se possa realizar a estratégia do provedor de serviços e facilitar a introdução
desses serviços em ambientes suportados. Ou seja, o estágio buscará entregar os resultados de
negócio requeridos. A preocupação aqui é grande: o estágio irá considerar o quê será requerido
pela fase de transição para que possa implementar o serviço em produção, como será o de-
sempenho do serviço, o que será necessário para suportá-lo, etc.
Objetivo:
Dentre os principais objetivos do estágio, estão:
Desenhar serviços que satisfaçam aos objetivos de negócio e que estejam alinhados com as
necessidades do negócio;
Identificar e gerenciar os riscos dos serviços, para que possam ser eliminados ou mitigados
antes de entrarem em produção;
Desenhar métodos de medição e métricas para avaliar a efetividade e eficiência dos proces-
sos de desenho e seus entregáveis;
15
Dois ou mais serviços que foram combinados para oferecer uma solução a um tipo específico de necessidade dos
clientes ou sustentar resultados de negócio específicos.
16
Representam o que é necessário e indispensável em relação a um aspecto particular de um serviço.
O pacote de desenho de serviço, saída chave do estágio, é um conjunto de documentos que são
produzidos durante todo o estágio e que descrevem todos os aspectos dos serviços, ou seja,
todas as informações necessárias que serão utilizadas para realizar a transição e operação do
serviço.
Por exemplo, constarão no PDS: requisitos de negócio acordados para o serviço, a forma de
utilização do serviço, informações dos contatos chave e/ou partes interessadas, desenho técni-
co, estratégia de terceirização, processos necessários para o suporte do serviço, critério de a-
ceitação, etc).
Para que o desenho de serviço seja efetuado com sucesso, deverão ser considerados os seguin-
tes 4 elementos chave (4Ps):
O elemento “Pessoas” foi incluso com destaque na imagem acima porque elas precisam estar
preparadas para utilizar/suportar os serviços. Além disso, os responsáveis pelo desenho de um
serviço deverão considerar a quantidade de pessoas necessárias para suportar o novo serviço
(aqui, Pessoas significa Recursos), como também quais habilidades elas deverão possuir (CA-
PACIDADE).
Outra questão a ser considerada é que hajam planos de comunicação, para garantir que a in-
formação correta seja dada às pessoas corretas no tempo certo (pelo método mais apropriado).
Isso porque? Para que as pessoas saibam/entendam o que precisa ser feito.
A ITIL® também deixa claro que, além dos processos descritos no framework, a organização
também poderá criar processos adicionais para serviços novos, como processo de autorização,
por exemplo.
O que importa é: todos os processos precisam ser documentados, além das interfaces que rea-
lizam com outros processos. É comum pensarmos que somente os serviços são considerados
produtos. Sim, os serviços são também produtos – mas não os únicos.
O Desenho de Serviço deve adotar uma abordagem holística (global) ao desenvolver os servi-
ços. Desenvolver uma nova aplicação, por exemplo. Isso não poderá ser feito isoladamente – e
sim, considerar o impacto que ela exercerá no serviço como um todo.
Para que os processos que iremos estudar nesse capítulo possam ser efetivos, os seguintes 5
aspectos maiores deverão ser considerados:
É importante destacar que, embora os papéis possam ser compartilhados (ou combinados),
somente poderá haver 1 dono do processo para cada um dos processos, além de 1 dono do
serviço para cada serviço.
Todos os processos possuem os seus próprios papéis específicos. Entretanto, iremos estudar
agora os considerados “papéis genéricos” que aparecem em todos os estágios do ciclo de vida
do serviço.
Dono do Serviço
Devido aos serviços interagir com muitos processos, há o perigo dos mesmos não receberem a
devida atenção. Para evitar isso, a ITIL® recomenda que cada serviço possua um único dono.
Com isso, sempre haverá aquele que responderá pelo serviço e garantirá que haja foco nos
processos de negócio que o serviço suporta.
Além de ser responsável pelo serviço que está sendo desenvolvido, implementado e mantido,
ele (a) também prestará contas ao diretor de TI ou diretor de gerenciamento de serviço pela
sua entrega.
Dono do Processo
O dono do processo é aquele que prestará conta sobre 1 único processo. Ou seja, ele deve ga-
rantir que o processo funcione de maneira eficiente e efetivamente. Esse papel é essencial para
o sucesso de um processo, já que com a ausência do mesmo, não haverá ninguém com a res-
ponsabilidade de garantir a consistência em aplicar o processo (além de garantir que sua saída
ainda vá de encontro com os objetivos do negócio).
Gerente do Processo
O dono do processo é o prestador de contas pelo sucesso de um processo, mas poderá não ser
o executor do mesmo. A responsabilidade de gerenciamento da implementação do processo no
dia a dia pertence ao gerente do processo.
Praticante do Processo
Dependendo do processo, poderá haver uma ou mais pessoas executando as atividades do pro-
cesso. Todas as pessoas envolvidas na execução das atividades do processo são chamadas de
praticantes do processo.
Com tantos processos dentro das organizações e diversos papéis dentro de cada um, é muito
importante que tais papéis sejam claramente definidos para cada processo individual. É tam-
bém essencial que exista um acordo sobre as responsabilidades e prestações de conta para
tarefa do processo.
Accountable (Cobrado): é aquele quem responde pela atividade ou processo; aquele que
será cobrado pelo bom andamento da atividade ou processo. Para evitar qualquer tipo de
confusão, deverá haver somente um accountable para cada tarefa.
Consulted (Consultado): quando apropriado para o processo, poderão haver pessoas que
são consultadas com o intuito de conhecer suas opiniões em relação a uma atividade do pro-
cesso. São pessoas que oferecem informações. Não é mandatório, como os dois anteriores.
17
FCS é um termo para um elemento que é necessário para que uma organização ou projeto consiga atingir a sua
missão.
É importante destacar que os papéis e atividades são coordenados pelos gerentes de processo.
Embora algumas vezes seja muito trabalhoso a elaboração de uma matriz RACI, as vantagens
trazidas ao negócio são recompensadoras. Há duas outras grandes vantagens na utilização da
mesma:
2) Identificando os papéis que devem ser mantidos informados, auxilia (e muito) em expor os
caminhos de comunicação e fluxo de trabalho.
Entretanto, a matriz RACI também apresenta alguns potenciais problemas, entre eles:
Ter mais de uma pessoa cobrada para um processo significa que, na prática, ninguém é co-
brado;
3 Processos
Propósito:
O Gerenciamento do Nível de Serviço é um processo vital para todo e qualquer provedor de
serviços de TI, já que é responsável por acordar e documentar as metas de nível de serviço e
responsabilidades dentro dos acordos de nível de serviço e Requisitos de Nível de Serviço para
todos os serviços e atividades relacionadas dentro da TI.
Esse visa garantir que todos os serviços de TI atuais e planejados sejam entregues de acordo
com as metas acordadas. Isso é realizado através de um constante ciclo de negociações, acor-
dos, monitoramentos, reportes e revisões das metas e resultados dos serviços de TI, como
também através de ações para corrigir ou melhorar o nível de serviço entregue.
Objetivos:
Definir, documentar, acordar, monitorar, medir, reportar e revisar o nível dos serviços de TI
oferecidos e instigar medidas corretivas quando necessário;
Garantir que a TI e os clientes possuam uma clara expectativa do nível de serviço a ser en-
tregue;
Garantir que os níveis de serviço estejam sujeitos a melhorias contínuas proativas e custo-
efetivas (mesmo quando conseguem atingir todas as metas acordadas).
Escopo:
O processo oferece um ponto de contato e de comunicação regular com os clientes e gerentes
de negócio de uma organização em relação aos níveis de serviço. Nesse contexto, ele deve re-
presentar o provedor de serviços de TI para o negócio e vice-versa.
Além disso, o processo também deve produzir e acordar os requisitos de nível de serviço para
todos os novos ou alterados serviços, que documentem os requisitos de garantia.
Negociação e acordo para os requisitos e metas futuras de nível de serviço, além da docu-
mentação e gerenciamento dos requisitos de nível de serviço para todos os serviços (novos
ou alterados);
Negociação e acordo para os requisitos e metas de nível de serviço atuais, além da docu-
mentação e gerenciamento dos acordos de nível de serviço para todos os serviços operacio-
nais;
Prevenção proativa de falhas nos serviços, redução dos riscos de serviço e melhoria na qua-
lidade dos mesmos, em conjunto com todos os outros processos;
Revisão periódica, renovação e/ou revisão dos acordos de nível de serviço, escopo de serviço
e acordos de nível de serviço, conforme apropriado;
Nos Acordos de Nível de Serviço estarão também descritos os métodos para calcular os níveis
de prioridade para os incidentes e as metas de tempo para resolução dos mesmos. Para que
possa ser assumido um compromisso no acordo de nível de serviço, o gerente de nível de servi-
ço deve estar ciente de que cada parte do serviço será entregue segundo o padrão requerido.
Para isso, deve-se garantir que existam acordos com equipes internas, além de contratos com
terceiros (caso seja necessário), para que todos esses aspectos do serviço possam ser atendi-
dos.
Vamos agora estudar os Acordos de nível operacional. Algumas vezes o provedor de serviços
precisará de serviços prestados por outras partes da organização, para que o serviço possa ser
entregue apropriadamente ao cliente. Ou seja, nem sempre irão precisar de terceiros. Os A A-
cordos de nível operacional são realizados entre um provedor de serviços de TI e outra parte da
mesma organização, que será responsável por apoiar a entrega do todo ou parte do serviço de
TI que é vendido a um cliente externo. As boas práticas recomendam que os Acordos de nível
operacional sejam revisados, ao menos, uma vez por ano – de forma a manter-se sempre atua-
lizado.
Outro contrato muito importante é o Contrato de Apoio. Esses acordos são aqueles realizados
com organizações externas que oferecem elementos para o serviço como um todo. Devido aos
fornecedores serem externos, tais acordos serão contratuais (responsabilidade legal). Exemplos
muito comuns de fornecedores terceiros são os Provedores de Internet, mantenedores de
hardware e software, etc. Lembre-se: todo compromisso presente no Acordo de Nível de Servi-
ço deve ser suportado por um acordo de apoio (Acordo de Nível Operacional ou Contrato de
Apoio).
Outra importante decisão que é tomada durante a fase de planejamento para a implementação
do gerenciamento de nível de serviço é sobre a estrutura de acordo de nível de serviço mais
apropriada para a organização. A ITIL® estabelece três opções: baseada no cliente, baseada no
serviço e multinível:
O acordo de nível de serviço baseado em serviço é aquele em que cada acordo de nível de
serviço refere-se a somente 1 serviço. O serviço descrito é oferecido para todos os usuários
do mesmo, logo, os requisitos para todos os grupos de clientes deverão ser apurados. Essa
opção é útil para grandes serviços de uma organização, como serviços de email. Como des-
vantagem, podemos citar que o serviço oferecido por todas as localizações pode não ser de
igual qualidade, devido a problemas de rede, por exemplo.
Outra opção é ter um acordo cobrindo todos os serviços oferecidos para um único cliente ou
grupo de clientes. Esse é o acordo de nível de serviço baseado em cliente. Por exemplo, o
departamento de recursos humanos poderia ter um acordo de nível de serviço baseado em
cliente, como também o departamento financeiro, etc. Isso é bastante conveniente para o
cliente, já que todos os serviços que utiliza estarão em um único acordo. Para a TI, tais a-
cordos significam que o mesmo serviço poderá aparecer em muitos acordos de nível de ser-
viço, o que resulta em dificuldade de monitoramento.
Nível do cliente – cobre todas as questões relevantes para um grupo de clientes ou unida-
des de negócio, independentes do serviço que está sendo usado.
Nível do serviço – cobre todas as questões relevantes para um serviço especifico em rela-
ção a um grupo de clientes específicos (um para cada serviço coberto pelo acordo de nível de
serviço).
Uma vez que o Catálogo de Serviço tenha sido produzido e a estrutura definida, os primeiros
requisitos de nível de serviço deverão ser rascunhados. Um requisitos de nível de serviço é um
requisito do cliente para um aspecto de um serviço de TI. Eles são baseados nos objetivos de
negócio e são usados para negociar as metas de nível de serviço.
O requisito de nível de serviço está intimamente relacionado à garantia do serviço: quais níveis
de serviço são requeridos pelo cliente para que eles possam receber o valor da utilidade do ser-
viço? O quão disponível deverá estar um serviço? O quão seguro?
É importante deixar claro a diferença entre requisito de nível de serviço e as metas de nível de
serviço específicas e associadas ao cumprimento de um requisito de nível de serviço.
Por exemplo, um requisito de nível de serviço relacionado a desempenho pode ser expresso
pelo cliente como aquele serviço “rápido o bastante para suportar o volume antecipado de pe-
didos em períodos de pico”.
Quando o acordo de nível de serviço é acordado e aceito, o monitoramento deverá ser instigado
e os relatos do aproveitamento do serviço também deverá também ser produzido. Os relatos
operacionais devem ser efetuados com frequência e, quando possível, relatos de exceção deve-
rão também ser produzidos, não importando se o acordo de nível de serviço tenha sido quebra-
do.
Algumas vezes dificuldades são encontradas no atendimento as metas dos novos serviços du-
rante o período inicial de suporte, devido ao alto volume de Requisições de Mudança. Os meca-
nismos de reporte dos acordos de nível de serviço, intervalos e formatos deverão ser também
acordados com os clientes.
Uma técnica muito útil é incluir um gráfico do monitoramento do acordo de nível de serviço na
frente do relato de serviço. O gerenciamento de nível de serviço deverá identificar as necessi-
dades de reportes necessárias e tentar automatizar a sua produção. A figura a seguir ilustra os
resultados dos 6 serviços em um período de 8 meses:
O gerente de nível de serviço deve regularmente se encontrar com os diversos clientes para
revisar a entrega contra o acordo de nível de serviço (1 vez por mês, se possível). Trata-se de
uma ótima oportunidade de construir um relacionamento mais forte e aumentar o compreendi-
mento uns sobre os outros.
Esses encontros regulares irão garantir que, tanto o sucesso quanto as falhas, sejam discutidas
e que os problemas que poderiam ser destrutíveis ao relacionamento sejam devidamente resol-
vidos. Questões que poderiam estar em uma agenda padrão:
Discussão sobre quaisquer problemas que poderão surgir dos reports e alocação das ações;
Notificação sobre quaisquer mudanças de TI que poderão afetar o serviço a ser entregue.
Quando as melhorias que foram discutidas na revisão de serviço precisar de várias ações que
deverão ser realizadas por diferentes pessoas ou grupos, deverá ser elaborado um plano de
melhoria de serviço (pelo gerente de nível de serviço).
Esse plano deve ser acordado na revisão de serviço. Nele estarão acordados prazos e resulta-
dos desejados. As ações serão alocadas e o progresso será checado. Quando completado, os
resultados do plano de melhoria de serviço serão revisados para ver se o plano foi realizado
com sucesso ou se novas ações serão requeridas.
Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI: esse processo trabalha com o Gerenci-
amento de Nível de Serviço para validar o custo predito para entregar os níveis de serviço
requeridos pelo cliente, de forma a garantir que os custos sejam comparados com os predi-
tos;
18
Planos formais que implementam melhorias em processos ou serviços.
Propósito:
O propósito do estágio é tomar as ações necessárias para entregar os requisitos de disponibili-
dade definidos em acordo de nível de serviço. Assim, o processo deve considerar tanto os re-
quisitos atuais quanto as necessidades futuras do negócio.
Se houver 1 hora de downtime por semana, veja como ficará o cálculo de sua disponibilidade:
Fica claro que o foco do processo é reduzir ao máximo o tempo de downtime dos serviços. O
propósito do processo é garantir que os níveis de disponibilidade dos serviços de TI sejam sem-
pre atendidos, ou seja, vá de encontro às necessidades de disponibilidade acordadas/metas de
nível de serviço (dentro do orçamento e em tempo).
Assim sendo, o processo irá seguir todos os passos para entregar os requisitos (atuais e futu-
ros) de disponibilidade, definidos no acordo de nível de serviço. Para identificar possíveis me-
lhorias na disponibilidade dos serviços, o processo considerará todos os aspectos da provisão
dos serviços de TI.
Escopo:
O escopo do processo cobre o desenho, implementação, medição, gerenciamento e melhoria do
serviço de TI e da disponibilidade de componentes. Ao se definir claramente os requisitos de
disponibilidade para um serviço, o processo já é imediatamente iniciado. Além disso, é um pro-
cesso contínuo – somente é finalizado quando o serviço é descontinuado ou aposentado. O pro-
cesso inclui dois elementos chave: atividades reativas e proativas.
As atividades reativas são aquelas que envolvem o monitoramento, medição, análise e gerenci-
amento de todos os eventos, incidentes e problemas relacionados à não disponibilidade – ou
seja, tornar o serviço ainda mais robusto. Já as atividades proativas envolvem o planejamento,
desenho e melhoria da disponibilidade – ou seja, redução do downtime. São geralmente execu-
tadas por papéis de desenho e planejamento.
A figura a seguir ilustra muito bem o processo (repare a presença do Sistema de Gerenciamen-
to da Disponibilidade, parte integrante do Sistema de Gerenciamento do Conhecimento de Ser-
viço):
Objetivos:
Produzir e manter o plano de disponibilidade e garantir que esse seja apropriado e atualiza-
do, de maneira a refletir as necessidades correntes e futuras do negócio (o plano deverá
considerar requisitos dos próximos 12 a 24 meses);
Oferecer informações para outras áreas do negócio e da própria TI, em relação a todos os
problemas relacionados a disponibilidade;
Garantir que a disponibilidade do serviço atenda todas as metas acordas, através do geren-
ciamento dos serviços e do desempenho dos recursos, relacionados a disponibilidade;
Garantir que medidas proativas sejam implementadas para melhorar a disponibilidade dos
serviços, contanto que o custo seja justificável.
Os serviços de suporte também não ficam de fora dos “olhos” do processo, já que ocorrendo
falhas nos mesmos, poderá impactar da mesma forma os serviços oferecidos aos clientes – por
isso, o processo também poderá trabalhar em conjunto com o Gerenciamento de Fornecedor.
Tudo que possui contribuição para o aumento de downtime (processos ruins, equipe não treina-
da, ferramentas não efetivas, etc.) será preocupação do processo.
O processo requer compreendimento sólido a respeitos dos componentes individuais que com-
põem os serviços, além de suas capacidades e desempenho atual. Ao desenhar um novo servi-
ço, quando o assunto sobre os requisitos de disponibilidade vier à tona, ambos, provedores de
serviços e o negócio, precisam focar-se no quão crítico é o serviço para que o cliente atinja os
seus objetivos.
O processo de negócio que o serviço de TI suporta pode ser uma Função Função Vital de Negó-
cio19; dessa forma, identificar os serviços (ou partes do mesmo) que são os mais críticos é uma
decisão tomada pelo negócio.
Quem irá decidir sobre qual seria a meta apropriada de disponibilidade para um
serviço é o NEGÓCIO – e não a TI. Entretanto, cabe a TI garantir que o cliente
entenda os custos implicados com uma meta muito alta.
Outro aspecto é a Confiabilidade, definida pela ITIL® como sendo o tempo que um serviço,
componente ou IC consegue realizar suas funcionalidades acordas sem que hajam interrupções.
A medição da confiabilidade é obtida através do Tempo Médio Entre Falhas (TMEF) ou Tempo
Médio Entre Incidentes de Serviço (TMEIS).
Quando uma falha ocorre e não há resilênica suficiente no serviço para prevenir o downtime,
entre em cena outro aspecto importantíssimo – a Mantenibilidade – medida através do Tem-
po Médio de Restauração de um Serviço (TMRS). Ou seja, o quão rápido um serviço, compo-
nente ou IC consegue voltar a sua operação normal após uma falha.
A ITIL® recomenda a utilização do TMRS ao invés do Tempo Médio Para Reparo (TMPR), já que
esse poderá incluir ou não a restauração do serviço a seguir do reparo efetuado.
19
A Função Vital de Negócio é um termo usado para refletir a parte de um processo de negócio que seja crítica para o
sucesso do negócio.
Vamos exemplificar esses aspectos da seguinte forma: Imagine uma situação onde um serviço
24x7 rodou por um período de 5,020 horas com somente duas paradas, a primeira de 6 horas e
a segunda de 14 horas. Vamos observar os cálculos:
Observe a imagem a seguir de forma a ficar bem claro o que estudamos sobre os aspectos a
serem considerados para o Desenho de Serviço:
Propósito:
O propósito do processo Gerenciamento do Catálogo de Serviço é oferecer e manter uma única
fonte de informações consistentes sobre todos os serviços operacionais, como também aqueles
que estão sendo preparados para rodarem. Além disso, garantir que estejam prontamente dis-
poníveis para aqueles autorizados a acessá-los. O catálogo de serviço incluirá serviços que
também estão sendo desenvolvidos ou melhorados para a transição futura em ambiente de
produção.
O catálogo de serviço será utilizado pelos clientes e pela TI, como também para a base para o
Gerenciamento de Nível de Serviço. Identificar e documentar todos os serviços oferecidos, jun-
tamente com seus serviços de suporte, são tarefas muito complexas, mas as vantagens que
isso oferece fazem valer a pena.
O catálogo de serviço é definido na ITIL® como sendo “um banco de dados ou documento es-
truturado com informações sobre todos os serviços de TI em produção, incluindo aqueles dis-
poníveis para implantação.
O catálogo de serviço é parte do Portfólio de Serviço e contém informações sobre dois tipos de
serviços de TI: serviços voltados para o cliente (visíveis ao negócio) e serviços de suporte (ne-
cessários para que provedor de serviços consiga entregar os serviços voltados para o cliente).
Informações sobre dois tipos de serviços de TI: o catálogo oferece os detalhes que os cli-
entes requerem sobre a disponibilidade do serviço, ou seja, os entregáveis, preços, pontos de
contato e processos de requisição. Existe uma outra visão do catálogo de serviço – aquela que
é visível somente para a TI, mostrando os serviços de suporte que devem estar prontos para
que os serviços dos clientes sejam entregues.
Note que, agora, os serviços foram “divididos” em serviços para o atacado e serviços para o
varejo. A forma que a organização estruturará o catálogo de serviço irá variar de uma para ou-
tra. Para o exame, lembre-se que poderão conter as essas visões que foram demonstradas.
Escopo:
O escopo do processo inclui todos os serviços que estão sendo transicionados (ou que já te-
nham sido) para o ambiente de produção, além a elaboração e manutenção dos pacotes de ser-
viço.
Objetivos:
O processo possui como objetivo a produção e manutenção do catálogo de serviço. A informa-
ção contida dentro do catálogo de serviço deve ser precisa. Na medida em que a transição mo-
ve serviços para o ambiente de produção ou aposenta outros serviços, o catálogo de serviço
deverá ser atualizado para refletir tais mudanças. Para que a consistência seja garantida, a
descrição do serviço deve permanecer a mesma, na medida em que o serviço progride através
do portfólio, para evitar quaisquer confusões.
Outro objetivo do processo é garantir que a informação dentro do catálogo de serviço esteja
disponível em um formato adequado para quem precisar. Poderá até mesmo ser um documento
no Microsoft Word, uma planilha eletrônica ou, até mesmo, em uma Intranet. Não importa,
contanto que as necessidades dos usuários e clientes sejam consideradas.
Propósito:
O propósito do processo é alinhar a segurança da TI com a segurança do negócio e garantir que
a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos ativos da organização, informação, dados
e serviços de TI sempre atendam às necessidades acordadas.
Escopo:
O processo deverá ser o ponto focal para todos os problemas de segurança da TI e, além disso,
garantir que uma política de segurança da informação seja produzida e mantida. Essa deve co-
brir detalhes a respeito da utilização dos sistemas e serviços de TI.
20
Informação inclui armazenamentos de dados, bancos de dados e metadados (conjunto de dados que descrevem ou
fornece informações sobre outros dados).
Objetivos:
O objetivo do processo é proteger os interesses daqueles que devem confiar nas informações, e
fazer com que os sistemas e qualquer tipo de comunicação responsáveis por entregar as infor-
mações não sofram com falhas relacionadas a confidencialidade, integridade e disponibilidade.
Dessa forma, o processo buscará garantir a informação seja:
Observada ou divulgada por somente aqueles que possuem o direito de saber (confidenciali-
dade);
Confiável (em relação às transações de negócio, como também trocas de informações entre
os negócios, ou com parceiros) [autenticidade e não repúdio].
Para que haja a efetiva governança da informação, o provedor de serviços deverá estabelecer e
manter um Sistema de Gerenciamento da Segurança da Informação (SGSI) para guiar o de-
senvolvimento e gerenciamento de um programa de segurança da informação compreensivo e
que suporte os objetivos de negócio.
É importante realmente compreender que, para a segurança ser efetiva, ela não deve ser so-
mente considerada como um aspecto adicional, e sim como parte integral para o desenho e
operação de todos os serviços e por todos os processos do gerenciamento de serviços de TI.
Por isso, as políticas de segurança da informação devem ser autorizadas pelo gerenciamento
sênior, já que formam parte da governança geral.
A política de segurança da informação deve incluir políticas para controle de acesso, de senhas,
de Internet, antivírus, email, classificação da informação, classificação de documentos, infração
de direitos autorais para materiais eletrônicos, etc. A figura a seguir mostra que as políticas de
SI se encontram armazenadas no Sistema de Gerenciamento da Segurança da Informação:
Propósito:
O propósito do processo é obter valor pelo dinheiro investido em fornecedores e oferecer quali-
dade (sem gambiarra) aos serviços de TI oferecidos ao negócio. O processo irá buscar garantir
que todos os contratos e acordos com terceiros suportem as necessidades do negócio e que
todos os fornecedores atendam aos comprometimentos contratuais. Com tantas organizações
terceirizando elementos na sua provisão de serviços atualmente, o papel de gerenciar os forne-
cedores apropriadamente nunca foi tão essencial.
Objetivos:
Obter valor do dinheiro investido em fornecedores e contratos;
Garantir que contratos com fornecedores sejam alinhados às necessidades de negócio e su-
portem/alinham-se com as metas acordadas em Requisitos de Nível de Serviço e Acordos de
Nível Operacional, em parceira com o Gerenciamento de Nível de Serviço;
Negociar e acordar contratos com fornecedores e gerenciá-los pelos seus ciclos de vida;
Escopo:
O escopo do processo deve incluir o gerenciamento de TODOS os fornecedores e contratos ne-
cessários para suportar a provisão dos serviços de TI para o negócio. Dessa forma, é necessário
que o provedor de serviços possua processos formais para o gerenciamento dos fornecedores e
contratos (adaptáveis a importância do fornecedor e/ou contrato, além do potencial impacto ao
negócio sobre a provisão dos serviços).
Quanto maior a contribuição que realiza para o valor do negócio, mais esforços o provedor de
serviços deverá dispor em seu gerenciamento.
Muitos fornecedores podem ser gerenciados no nível operacional, com relatos e revisões para
garantir que estão entregando o que fôra estabelecido em contrato. Alguns fornecedores ofere-
cem serviços especializados, cuja substituição poderia se tornar muito problemática.
Em alguns casos, a estratégia técnica do provedor de serviços é bastante dependente dos de-
senvolvimentos técnicos entregues por um
fornecedor em particular. Já em outros, os
fornecedores oferecem serviços padrão e
poderiam ser substituídos com pouco (ou
nenhum) impacto ao negócio.
Aqueles classificados como médio risco e médio valor, Fornecedores Táticos, embora não seja
tão crítico quanto o anterior, envolve significante atividade comercial. Um bom exemplo para
esse tipo são aqueles fornecedores de manutenção de servidores.
Os fornecedores operacionais são gerenciados por gerentes juniores, através de revisões regu-
lares. Havendo falha por parte desses fornecedores, o impacto será relativamente baixo. Um
exemplo bom para esse tipo são os fornecedores que oferecem serviços de reparo de PC ou de
impressora.
Já aqueles fornecedores de serviços padrão (baixo risco e baixo valor) são aqueles cujos servi-
ços podem ser facilmente terceirizados praticamente em qualquer lugar. Um exemplo bom para
esse tipo de fornecedor são aqueles fornecedores de papel ou de toner para impressoras. Caso
haja falhas por parte dos mesmos, basta que esse seja substituído por qualquer outro que con-
siga oferecer o serviço.
21
Commodity é um termo utilizado para designar serviços que são muitos comuns, sem valor agredado
Propósito:
O propósito do processo é garantir que as metas e objetivos do estágio sejam atingidas, ofere-
cendo e mantendo um ponto único de coordenação e controle para todas as atividades e pro-
cessos dentro desse estágio do ciclo de vida do serviço.
Objetivos:
Garantir o desenho consistente dos serviços apropriados, sistemas de informação para o ge-
renciamento de serviço, arquiteturas, tecnologia, processos, informação e métricas para a-
tender os resultados e requisitos atuais e evolutivos do negócio;
Garantir que desenhos de serviços apropriados e/ou pacotes de desenho de serviço sejam
entregues à Transição de Serviço conforme acordado;
Garantir que todas as partes adotem um framework comum de práticas de desenho comuns
e padronizadas, na forma de atividades, processos e sistemas de suporte, quando apropria-
do;
Escopo:
O escopo do processo inclui todas as atividades de desenho, particularmente todas as no-
vas/alteradas soluções de serviço que estão sendo desenhadas propostas para a transição em
ambiente de produção. Alguns esforços de desenho farão parte de um projeto, outros serão
gerenciados através do processo de mudança, sem que haja um projeto formalmente definido.
Por outro lado, alguns esforços de desenho serão extensos/complexos, outros serão simples/
rápidos. Nem toda atividade de desenho requer o mesmo nível de rigor (cada organização defi-
nirá o critério) para garantir o sucesso, logo, um número significante de esforços de desenho
irá requerer pouco ou nenhuma atenção do processo Coordenação de Desenho.
A maioria das atividades do processo irão focar-se nos esforços de desenho que são parte de
um projeto, como também aqueles associados com mudanças de tipos definidos. Geralmente,
as mudanças que requerem a atenção do processo são aquelas consideradas maiores, mas
qualquer uma que a organização acredita que poderia se beneficiar do processo poderá ser in-
cluída.
O processo inclui:
Planejar e prever os recursos necessários para a demanda futura das atividades do estágio;
Garantir que todos os requisitos sejam apropriadamente endereçados nos desenhos de ser-
viço, particularmente os requisitos de utilidade e garantia;
Garantir a produção de desenhos de serviço e/ou pacotes de desenho de serviço e sua “pas-
sagem” para o estágio seguinte.
Propósito:
O propósito do processo é suportar o processo geral de Gerenciamento da Continuidade do Ne-
gócio, garantindo que, gerenciando os riscos que poderiam afetar seriamente os serviços de TI,
o provedor de serviços de TI consiga sempre oferecer o mínimo dos níveis de serviço relaciona-
dos a continuidade de negócio acordados.
Reduzir os riscos dos serviços de TI de forma a oferecer os níveis aceitáveis que foram acor-
dados;
Objetivos:
Produzir e manter um conjunto de planos de continuidade de serviço de TI que suporte os
planos gerais de continuidade de negócio da organização;
Completar os exercícios regulares de Análise de Impacto no Negócio para garantir que todos
os planos de continuidade ainda estejam em conformidade com os requisitos do negócio;
Oferecer conselho e orientações para todas as outras áreas do negócio e da TI sobre todos
os problemas relacionados a continuidade;
Garantir que medias proativas melhorar a disponibilidade dos serviços sejam implementadas,
caso seja justificado o custo;
Escopo:
O processo foca-se nos eventos que o negócio considera significante o bastante para ser trata-
do como um “desastre”. Os menos significantes serão tratados como parte do processo de Ge-
renciamento de Incidente. Quem definirá o critério sobre o quê vem a ser um desastre é o ne-
gócio - a organização.
O impacto de uma perda de processo de negócio, como perda financeira, dano à reputação ou
questões regulatórias, são medidos através do exercício de Análise de Impacto do Negócio, que
determinará os mínimos requisitos críticos. O escopo do processo dentro da organização é de-
terminado pela estrutura organizacional, cultura e direção estratégica (ambos de negócio e tec-
nologia) em termos dos serviços oferecidos e como esses desenvolvem e modificam-se com o
tempo.
É importante entender que o processo geralmente não cobre riscos de longo prazo (ex: mudan-
ças na direção do negócio, reestruturação, diversificação, etc) e nem falhas técnicas menores
(ex: falha não-crítica em discos22).
O processo inclui:
O acordo do escopo processo e as políticas adotadas;
Realizar a análise de impacto do negócio, para quantificar o impacto da perda que um servi-
ço de TI poderia exercer sobre o negócio;
Avaliação e gestão dos riscos – a identificação e avaliação do risco para identificar ameaças
potenciais para a continuidade e a probabilidade de se tornar realidade;
Produção de uma estratégia de geral de Gerenciamento da Continuidade de serviços de TI,
alinhada ao gerenciamento da continuidade do negócio;
Produção de um plano de Gerenciamento da Continuidade de serviços de TI que, claro, deve-
rá estar integrado aos planos de gerenciamento de continuidade do negócio. Além disso, os
planos deverão ser testados;
Operação contínua e manutenção dos planos.
22
A menos que haja possibilidade desse impacto se tornar um impacto maior para o negócio.
Sendo assim, são preocupações do estágio desenvolver uma estratégia para a continuidade do
serviço, baseado na análise de impacto de negócio e ações de gerenciamento de riscos e que
estejam alinhadas a estratégia de continuidade de negócio.
Embora o plano do GCSTI ofereça um nível de garantia para que os processos críticos de negó-
cio possam ser recuperados em caso de evento catastrófico, é preferível que esses eventos nem
ocorram. A avaliação de riscos requer um compreendimento das prováveis ameaças e quão
vulnerável a organização encontra-se para elas.
Propósito:
O propósito do Gerenciamento da Capacidade é garantir que a capacidade dos serviços de TI e
da infraestrutura de TI atenda aos requisitos relacionados ao desempenho e capacidade acor-
dados, de maneira custo-efetiva e a tempo.
Objetivos:
Produzir e manter um plano de capacidade apropriado e atualizado. Esse deverá refletir as
necessidades atuais e futuras do negócio;
Oferecer opiniões e orientações para todas as demais áreas do negócio e da TI sobre os pro-
blemas relacionados a desempenho e capacidade;
Garantir que o desempenho dos serviços atende todas as metas acordadas, gerenciando o
desempenho e capacidade dos serviços e recursos;
Garantir que medidas proativas para melhorar o desempenho dos serviços sejam implemen-
tadas (contanto que o custo seja justificável).
Escopo:
Monitorar os Planos de Atividades de Negócio através do desempenho, utilização e taxa de
transferência dos serviços de TI e infraestrutura de suporte, ambiente, dados e componentes
de aplicações, além da produção relatórios regulares e ad hoc sobre a capacidade e desem-
penho de componentes e dos serviços;
Empreender atividades de tuning23 para para fazer o uso mais eficiente dos recursos de TI
existentes;
Entender as demandas atuais acordadas e futuras feitas pelos clientes pelos recursos de TI,
além de produzir previsões para requisitos futuros;
Oferecer melhorias proativas nos serviços ou desempenho dos componentes (contanto que
sejam justificáveis em termos de custo e que atendam as necessidades de negócio).
Como o processo é extremamente técnico, complexo e exigente, para obter resultados, ele re-
quer três sub-processos de apoio. Vejamos cada um deles:
23
Atividade responsável por planejar mudanças de forma a fazer o uso mais eficiente possível dos recursos.
Citamos há pouco que um dos itens que faz parte do escopo do processo é o Plano de Capaci-
dade. Esse é uma importante saída do processo, já que captura os requisitos correntes e futu-
ros e propõe como esses poderão ser atingidos (geralmente cobre de 12 a 18 meses para fren-
te). Para elaborar o plano é necessário um relacionamento muito próximo com a fase de estra-
tégia, do ciclo de vida; a estratégia precisa ser baseada no firme compreendimento das capaci-
dades correntes e futuras da infraestrutura e, assim, os planejadores precisam de entradas das
discussões estratégicas para entender quais poderão ser os requisitos futuros.
Capítulo 04 – Transição de
No capitulo anterior, estu-
Serviço
damos bastante conceitos
chave e fundamentos bási- Objetivos do Capítulo
cos do longo estágio Dese- Ao final desse capítulo você deverá ser
nho de Serviço. Agora, ire- capaz de:
mos estudar o próximo es-
tágio do ciclo de vida do
serviço: Transição de Servi- Explicar e definir conceitos básicos rela-
ço. cionados ao gerenciamento de serviço
de TI relacionados à Transição de Ser-
viço.
1 Tópicos do Exame
(ITIL®FND03-20) mudança
Propósito:
Assegurar que serviços novos, modificados ou aposentados consigam atender às expectativas
do negócio, que já foram documentados nos estágios anteriores.
Objetivos:
Planejar e gerenciar as mudanças nos serviços de maneira eficiente e efetiva;
Para que tudo isso seja obtido com eficácia, muitas coisas precisarão ocorrer durante o estágio,
entre elas:
Implementar uma rigorosa estrutura para avaliar as capacidades dos serviços e perfis de
risco (antes que novos/alterados serviços sejam implantados);
Oferecer mecanismos eficientes e repetíveis para construir, testar e implantar serviços e li-
berações;
Garantir que os serviços possam ser gerenciados, operados e suportados de acordo com as
restrições especificadas durante o estágio Desenho de Serviço.
Escopo:
Fazem parte do escopo do estágio:
Permite que os ativos do estágio sejam compartilhados e reutilizados entre projetos e servi-
ços;
Garante que serviços novos/alterados sejam sustentáveis, com boa relação custo-
efetividade;
3 Processos
Propósito:
Oferecer o planejamento geral para as transições de serviço e coordenar os recursos necessá-
rios. O processo busca melhorar significantemente a habilidade do provedor de serviço em ma-
nipular grandes volumes de mudanças e liberações. Uma abordagem integrada ao planejamen-
to melhorará o alinhamento dos planos de transição de serviço com o cliente, fornecedor e os
planos de projeto de mudança de negócio.
Objetivos:
Planejar e coordenar os recursos, de forma a garantir que os requisitos da Estratégia de Ser-
viço, que já foram codificadas no Desenho de Serviço, sejam realizadas com sucesso na ope-
ração de serviço;
Garantir que todas as partes adotem um framework comum de processos reutilizáveis pa-
drão, para melhorar a efetividade e eficiência das atividades do planejamento integrado e a-
tividades de coordenação
Identificar, gerenciar e controlar riscos, para minimizar a chance de falha e interrupções pe-
las atividades da transição;
Garantir que as questões relacionadas a transição de serviço, riscos e desvios sejam repor-
tadas para as partes interessadas apropriadas e tomadores de decisão;
Escopo:
Manter políticas, padrões e modelos para as atividades e processos do estágio;
Guiar cada mudança maior ou novos serviços por todos os processos do estágio;
Coordenar os esforços necessários para habilitar que múltiplas transições sejam gerenciadas
ao mesmo tempo;
Propósito:
Garantir que os ativos necessários para a entrega dos serviços sejam controlados adequada-
mente. O processo também buscará garantir que as informações sobre esses ativos sejam pre-
cisas, confiáveis e disponíveis quando e onde forem necessárias.
Objetivos:
Garantir que os ativos sob controle da organização de TI sejam identificados, controlados e
cuidados pelos seus ciclos de vida;
Identificar, controlar, registrar, reportar, auditar e verificar serviços e outros itens de confi-
guração, incluindo versões, linhas de base, componentes constituintes, atributos e relacio-
namentos;
Prestar contas, gerenciar e proteger a integridade dos itens de configuração pelo ciclo de
vida do serviço, trabalhando com o Gerenciamento de Mudança para garantir que somente
componentes autorizados sejam utilizados e somente mudanças autorizadas sejam realiza-
das;
Garantir a integridade dos itens de configuração e das configurações necessárias para con-
trolar os serviços, estabelecendo o Sistema de Gerenciamento da Configuração;
Manter informações precisas sobre o histórico dos serviços e outros itens de configuração,
além dos estados planejados e correntes;
Estes possuem os seguintes status durante o seu ciclo de vida: Registrado, Aceito, Instalado e
Retirado. Outros ativos de serviço também podem ser necessários para a entrega dos serviços,
mas se não puderem ser gerenciados individualmente, não são considerados itens de configura-
ção. Importante não confundi-os com os registros de configuração.
Como existem uma variedade de itens de configuração, eles poderão ser categorizados da se-
guinte forma:
Itens de configuração internos: aqueles entregues por projetos individuais, incluindo ati-
vos tangíveis (centro de dados) e intangíveis (como softwares), que são requeridos para en-
tregar e manter a infraestrutura e o serviço;
Escopo:
Faz parte do escopo do processo o gerenciamento do ciclo de vida de TODOS os itens de confi-
guração. O processo, inclusive, vai buscar garantir que as liberações em ambientes controlados
e o uso operacional sejam feitos na base de uma autorização formal.
Além disso, também fazem parte do escopo do processo quaisquer interfaces com itens de con-
figuração internos e externos, como ativos compartilhados que fazem parte da provisão do ser-
viço. As informações de itens de configuração podem também ser gravadas em bancos de da-
dos menores, conhecidos como Banco de Dados de Gerenciamento da Configuração.
Alguns aspectos dos serviços que são capturados como registros no sistema de gerenciamento
da configuração ou sistema de gerenciamento da configuração de serviço são, de fato, bibliote-
cas físicas. As bibliotecas permitem o gerenciamento desses elementos da infraestrutura ou
itens de configuração, para manter a integridade dos mesmos, fora do uso operacional.
Considere, por exemplo, o uso de software autorizado, comprado sob licença de terceiros. É
preciso manter a cópia mestre desse software e a documentação relacionada em um local segu-
ro para ser usado em situações de continuidade ou para manter uma versão “clean” para futu-
ras reinstalações.
O gerenciamento de uma biblioteca segura deve ser efetuado pelos controles do gerenciamento
da configuração e ativo de serviço através do gerenciamento de mudança. A Biblioteca de Mídia
Definitiva é gerenciada para garantir a integridade e segurança das versões autorizadas de
software para serem usadas no ambiente de produção. As políticas que controlam o gerencia-
mento da biblioteca de mídia definitiva formarão parte do sistema de gerenciamento da confi-
guração de serviço.
Propósito:
Buscar a eficiência no que diz respeito ao compartilhamento do conhecimento. Por isso, tem
como propósito compartilhar perspectivas, ideias, experiência e informação, de forma a garantir
que estejam sempre disponíveis e para permitir a tomada de decisões de maneira informada.
Objetivos:
Melhorar a qualidade do gerenciamento de tomada de decisões;
Garantir que a equipe possua um claro compreendimento do valor que seus serviços ofere-
cem aos clientes, além das formas nos quais os benefícios são realizados e as formas que
os benefícios são obtidos;
Escopo:
Ao comentarmos sobre o escopo do processo, algo interessante surge: o processo é relevante
para todos os estágios do ciclo de vida de um serviço! Não esqueça! Ele é referenciado por toda
a ITIL®, sob a perspectiva de cada publicação, evidentemente.
No caso da Transição de Serviço, o processo possui como escopo a gestão efetiva do conheci-
mento, bem como das informações e dados, a partir dos quais o conhecimento deriva.
Dados
Conjunto discreto de fatos. As atividades-chave (relacionadas aos dados) para o
processo são a habilidade de:
Informação
Conhecimento
Sabedoria
Faz uso do conhecimento para criar valor através de decisões corretas e bem in-
formadas. Envolve a conscientização de aplicação e de contexto, para oferecer
um julgamento de senso comum.
Propósito:
Controlar o ciclo de vida de todas as mudanças, habilitando que mudanças vantajosas sejam
feitas com o mínimo de interrupção aos serviços de TI. As mudanças que não são controladas
podem virar gatilhos ou ser causa de incidentes em toda a infraestrutura. O processo possui
tanta importância que, segundo o IT Service Management Forum, 80% de todos os incidentes
são causados por mudanças na infraestrutura de TI.
Objetivos:
Responder aos requisitos de mudança do negócio do cliente, enquanto maximiza o valor e
reduz incidentes, interrupções e retrabalho;
Responder às requisições de TI e do negócio por mudanças que irão alinhar os serviços com
as necessidades de negócio;
Garantir que mudanças sejam registradas e avaliadas, e que mudanças autorizadas sejam
priorizadas, planejadas, testadas, implementadas, documentadas e revisadas de maneira
controlada;
Garantir que todas as mudanças para os itens de configuração sejam gravadas no sistema
de gerenciamento da configuração;
Escopo:
As mudanças podem ser definidas de inúmeras maneiras. A ITIL® define como sendo a adição,
modificação ou remoção de qualquer coisa que possua efeito sobre os serviços de TI. O escopo
deve incluir praticamente tudo em relação à TI: da arquitetura e infraestrutura aos processos,
documentação, métricas e ferramentas que suportam os serviços. Inclui também as mudanças
nos serviços de TI e itens de configuração.
O processo também cobre todas as mudanças relacionadas aos 5 aspectos do Desenho de Ser-
viço:
Soluções de serviço para novos ou alterados serviços, incluindo todos os requisitos funcio-
nais;
O primeiro tipo de mudança de serviço identificado pela ITIL® é a Mudança Padrão. Vejamos
algumas de suas características:
Já existe um gatilho claramente definido para a iniciação da mudança, como uma exceção
gerada por uma ferramenta de gerenciamento de evento ou requisição via service desk;
Uma vez o registro de mudança tenha surgido, a documentação poderá ser completada pos-
teriormente.
24
Request For Change (RFC). Proposta formal para alteração de um IC, que poderá ser gravada eletronicamente ou não.
Inclui detalhes da mudança a ser completada.
A Mudança Normal é aquela que deverá seguir o processo inteiro do Gerenciamento de Mu-
dança e ainda serem categorizadas, de acordo com o risco e o impacto que exercerá sobre a
organização/negócio. Aquelas que forem categorizadas como médio ou alto, ainda deverão ser
revisadas pelo Comitê Consultivo de Mudanças25.
Aquelas mudanças maiores, que envolvem custo, risco ou impacto organizacional significativo,
geralmente serão inciadas pelo processo Gerenciamento do Portfólio de Serviço. Antes que o
serviço novo ou alterado seja contratado, é importante que a mudança seja revisada, buscando
visualizar o impacto sobre os demais serviços, por exemplo.
As propostas de mudanças (usada para comunicar uma descrição de alto nível da mudança)
são, então, submetidas ao gerenciamento de mudanças, para garantir que pontenciais conflitos
por recursos ou outros problemas sejam identificados. A autorização da proposta de mudança
não autoriza a implementação da mudança. Ela simplesmente permite que o serviço seja con-
tratado, então, assim, a atividade do desenho de serviço poderá ser iniciada. As propostas de
mudanças devem incluir:
Caso de negócio completo, incluindo os riscos, problemas e alternativas, além das expectati-
vas financeiras/orçamento;
Outro elemento muito importante é o Plano de Remediação. Nenhuma mudança poderá ser
autorizada se não houver explicitamente definido o quê fazer em caso de algum tipo de pro-
blema.
O Plano de Remediação deverá estar disponível para que, em caso de alguma delas vir a falhar,
a organização pode ser retornada ao seu estado normal, muitas vezes através do recarrega-
mento de um conjunto de itens de configuração de linha de base, especialmente software e
dados.
A remediação pode requerer uma revisitação da mudança propriamente dita (no evento da fa-
lha) ou poderá ser tão severa que precisará invocar o plano de continuidade de negócio da Or-
ganização.
25
Change Advisory Board (CAB). Corpo que existe para suportar a autorização de mudanças e auxiliar o processo na
avaliação, priorização e agendamento de mudanças.
Esse comitê se reúne regularmente para avaliar os impactos da mudança requisitada e planejar
a implementação da mudança, sob os pontos de vista do negócio e do cliente. Para fazerem
parte do comitê, as pessoas precisarão possuir um claro compreendimento das necessidades
das partes interessadas.
Alguns membros poderão ser permanentes, outros poderão ser convidados conforme necessá-
rio. Exemplos de participantes: Cliente, Gerente e representante dos usuários, Gerentes de re-
lacionamento de negócios, donos do serviço, especialistas técnicos, equipe de operações, forne-
cedores, etc. A composição das partes interessadas irá depender das mudanças que estão sen-
do consideradas.
É bom deixar claro que esse grupo possui as mesmas responsabilidades do anterior. A diferença
é a quantidade de pessoas envolvidas.
Comunicações;
Medição e controle;
Relatórios de gestão;
Melhoria contínua
Propósito:
Planejar, agendar e controlar a construção, teste e implantação das liberações26, além de en-
tregar novas funcionalidades requeridas pelo negócio - protegendo a integridade dos serviços
existentes.
Objetivos:
Definir e acordar sobre os planos de implantação com as partes interessadas da liberação;
Criar e testar pacotes de liberação27; todos devem ser armazenados em uma Biblioteca de
Mídia Definitiva e registrados no Sistema de Gerenciamento do Conhecimento;
Garantir que todos os pacotes de liberação sejam registrados, instalados, testados, verifica-
dos e/ou desinstalados ou retirados, conforme o caso;
Garantir que o serviço novo (ou alterado) atenda aos requisitos de utilidade e garantia;
Registar quaisquer desvios, riscos e problemas relacionados aos serviços novos ou alterados,
além de tomar ações corretivas;
Garantir que haja a transferência de conhecimento, de forma a permitir que clientes e usuá-
rios otimizem o uso dos serviços para suportar as suas atividades de negócio;
26
Itens de configuração (novos ou modificados), implantados no ambiente de produção como resultado de uma ou mais
mudanças.
27
Conjunto de ICs que será construído, testado e implantado ao mesmo tempo, como uma única liberação.
Escopo:
O escopo do Gerenciamento de Liberação e Implantação inclui os processos, sistemas e funções
para empacotar, construir, testar e implantar uma liberação em produção, estabelecer o serviço
no pacote de desenho de serviço e, formalmente, “passar a bola” para as funções da Operação
de Serviço. O escopo também inclui todos os itens de configuração que são necessários para
implementar a liberação.
O processo poderá gerar muito valor para a Organização, caso implantado corretamente. Entre
os benefícios, encontram-se: entrega de mudanças com menor risco e mais rápido, clientes e
usuários poderão utilizar os serviços certos de que suportam os objetivos de negócio, melhora a
consistência na implementação, etc.
Liberação para construção e teste: durante essa fase, o pacote de liberação é construído,
testado e colocado na Biblioteca de Mídia Definitiva (se for software) ou simplesmente do-
cumentados. Essa fase irá ocorrer apenas uma vez durante qualquer liberação.
Um outro ponto importante sobre o processo são as Políticas de Liberação. Estas são indispen-
sáveis para o controle geral da liberação e implantação dentro do gerenciamento de serviço. Ao
especificar os requisitos que deverão ser gerenciados para qualquer liberação de serviço (ou
serviços), isso é colocado em documento que deverá ser controlado contra alterações e geren-
ciado como um ativo de serviço.
As políticas de liberação deverão ser definidas para cada serviço (ou grupo de serviços) e inclu-
em:
Como a linha de base da configuração para a liberação será capturada e verificada contra os
conteúdos da liberação;
Importante entendermos que nem todas as mudanças irão precisar do gerenciamento de libe-
ração e implantação para as mesmas. Mudanças menores poderão ser gerenciadas pelo geren-
ciamento de mudança e atividades operacionais.
Capítulo 05 – Operação de
Entraremos agora em um
Serviço
dos principais estágios do
ciclo de vida do serviço: O- Objetivos do Capítulo
peração de Serviço (OS). Ao final desse capítulo você deverá ser
Após todo o trabalho reali- capaz de:
zado nos estágios anterio-
res, chega o momento em Explicar e definir conceitos básicos rela-
que o cliente irá, de fato, cionados ao gerenciamento de serviço
perceber os benefícios do de TI relacionados à Operação de Ser-
viço.
serviço de TI contratado.
Então, nesse estágio, vere- Entender os processos relacionados ao
mos questões relacionadas estágio em questão, cobrados no exa-
ao dia a dia do serviço – já me ITIL® Foundation, edição 2011.
em produção!
Sumário do Capítulo
1 Tópicos do Exame
(ITIL®FND02) O ciclo de vida de serviço da ITIL®:
(ITIL®FND03-24) evento.
(ITIL®FND03-25) alerta.
(ITIL®FND03-26) incidente.
(ITIL®FND03-29) problema.
(ITIL®FND03-30) contorno.
(ITIL®FND05) Processos
(ITIL®FND06) Funções:
Propósito:
O propósito do estágio é coordenar e executar as atividades e processos necessários para en-
tregar e gerenciar os serviços nos níveis acordados com os usuários de negócio e clientes. O
estágio é também responsável pelo gerenciamento continuado da tecnologia que é usada para
entregar e suportar os serviços oferecidos.
Os processos que foram bem planejados e implementados serão inúteis caso a operação do dia
a dia não seja conduzida apropriadamente, controlada e gerenciada. Além disso, nem as melho-
rias nos serviços serão possíveis se não houverem atividades diárias para monitorar o desem-
penho, métricas de avaliação, etc.
A operação de serviço deve também garantir que o custo da entrega está dentro dos custos
operacionais que formaram parte caso de negócio original.
O próximo estágio do ciclo de vida do serviço, Melhoria Contínua de Serviço, dependerá das
informações que a OS ofererá, para que oportunidades de mudança possam ser identificadas,
linhas de base serem utilizadas e o sucesso de quaisquer melhorias poder ser medido.
Objetivos:
Manter a satisfação e confiança do negócio para com a TI, através da entrega efetiva e efici-
ente e suporte aos serviços de TI acordados;
Minimizar a quantidade e o impacto das interrupções nos serviços nas atividades diárias de
negócio;
Escopo:
O escopo do estágio inclui “os processos, funções, organização e ferramentas” que são utiliza-
dos para entregar e suportar os serviços acordados. Dessa forma, a estágio inclui:
Tecnologia: todos os serviços possuirão uma coisa em comum: utilizam a tecnologia para
que possam ser entregues. Gerenciar a tecnologia não pode ser considerado como um pro-
blema separado, e sim parte integral do gerenciamento dos próprios serviços. Muito do que
estudaremos nesse estágio estará relacionado com o gerenciamento da infraestrutura onde
rodam os serviços.
Pessoas: são as pessoas que direcionam a demanda para os serviços e produtos da organi-
zação e, além disso, são as pessoas quem decidem como isso será feito, além de gerenciar
todos os itens anteriores.
Reduzir trabalhos não planejados e custos para ambos (negócio e TI), através manipulação
otimizada das interrupções de serviço. Isso permite ao negócio tomar vantagem do valor cri-
ado pelos serviços que estão recebendo.
Oferecer resultados operacionais e dados que possam ser usados por outros processos da
ITIL® para melhorar a continuidade dos serviços e oferecer justificativa para o investimento
na melhoria contínua das atividades dos mesmos e tecnologias de suporte;
Usar a tecnologia para automatizar tarefas rotineiras, reduzindo os custos e permitindo que
os recursos humanos sejam usados para trabalhos mais inovadores;
3 Funções
No capítulo 1, estudamos que a ITIL® define “funções” como sendo um grupo de pessoas e ou-
tras ferramentas/recursos que são utilizados para executar um ou mais processos ou ativida-
des.
Agora veremos que a ITIL® descreve 4 funções principais, responsáveis por executar todos os
processos do ciclo de vida. As responsabilidades das funções que veremos devem ser atendi-
das, mas lembrando que a ITIL® não é prescritiva. Ou seja, cada organização terá a sua própria
estrutura e padrão com relação aos nomes.
Gerenciar a infraestrutura de TI, incluindo garantir que os membros da equipe que estejam
realizando essa função possuam o conhecimento técnico necessário para o desenho, testes,
gestão e melhoria dos serviços de TI;
Oferecer membros habilidosos para suportar o ciclo de vida inteiro de serviço, já que estarão
envolvidos no esboço da estratégia técnica e garantir que a infraestrutura consiga suportar a
estratégia geral de serviço.
Uma vez o serviço em operação, a função oferece suporte técnico, resolução de incidentes,
investigação de problemas, resposta aos alertas28 e especificar quaisquer mudanças ou atua-
lizações requeridas para que o serviço opere eficientemente. A função trabalhará intensiva-
mente com o gerente de Melhoria Contínua de Serviço para desenhar, testar e implementar
melhorias nos serviços.
O gerente técnico deve decidir se é necessário empregar novos membros à equipe, com as ha-
bilidades necessárias, treinar os membros ou criar contratos de curto-prazo para atender um
requisito particular.
Lembre-se que a maioria das atividades de suporte operacionais do dia a dia serão tomadas
pelos membros de Operações (já estudaremos). Mas, é de responsabilidade do Gerenciamento
Técnico, como experts em tecnologia, guiar e suportar as operações dos membros da equipe.
28
A ITIL define “alerta” como sendo uma notificação de que um limiar foi atingido, algo ou falha ocorreram. Os alertas
são gerenciados pelo processo Gerenciamento de Evento.
Objetivos:
Planejar, implementar e manter uma infraestrutura técnica estável para suportar os proces-
sos de negócio através:
3. Uso rápido de habilidades técnicas para diagnosticar e resolver quaisquer falhas técnicas
que possam ocorrer.
Objetivos:
Identificar requisitos funcionais e de gerenciabilidade para as aplicações de software;
Agendar e gerenciar os “batch Jobs” para executar tarefas de rotina, como atualizações nos
bancos de dados;
Realizar backups dos dados e garantir que estes dados possam ser restaurados se e quando
for necessário;
Garantir que a energia necessária esteja sendo oferecida (incluindo quaisquer requisitos para
sua qualidade, como prevenção contra quedas de energia);
A Central de Serviços é uma unidade funcional que consiste de pessoas responsáveis por lidar
com uma variedade de atividades de serviço, geralmente realizada via chamadas telefônicas,
interface web ou através de eventos gerados automaticamente pela infraestrutura.
A função é aquela mais visível de todas, já que todos os dias realizam contato com os usuários
do negócio, em todos os níveis. Sua importância é tamanha que, caso haja uma Central de
Serviços ruim, isso poderá resultar em baixa impressão geral com o departamento de TI. Por
isso, a função deverá ser eficiente e focada no cliente.
Além do aspecto técnico, por lidar intensivamente com clientes, a equipe da Central de Serviços
deverá possuir habilidades apuradas de comunicação. Afinal de contas, quando os usuários li-
gam para a Central de Serviços eles esperam alguém apto a atender as suas necessidades. Por
isso, deve-se ter bastante atenção ao selecionar os indivíduos que farão parte da função.
O objetivo primário da função é oferecer um único ponto de contato para os usuários que preci-
sam de suporte. Dentre os serviços oferecidos, encontram-se:
Detém os incidentes que são escalados para outros grupos de suporte para a resolução;
Decidir sobre o correto time de suporte para qual escalar o incidente quando a Central de
Serviços não puder resolver;
Nessa opção, a Central de Serviço é localizada junta com os usuários para os quais ela serve;
uma organização, por exemplo, com três escritórios, teria 3 Centrais de Serviços locais (em
cada escritório).
Como é local, a Central de Serviços entende as prioridades de negócio. Outro benefício é a me-
lhoria no quesito comunicação e o fator positivo tradicional: “a TI está por perto. Estamos segu-
ros!”. Aliás, como possui somente um ponto de contato, os usuários possuirão somente um
número para chamar (além de não estarem cientes de quaisquer outras Centrais que possam
existir).
Como desvantagem, podemos citar que essa estrutura é cara, já que cada novo escritório (no
nosso exemplo) requereria uma nova Central de Serviços. Isso também poderia levar a outra
desvantagem: em momentos mais calmos, os membros da equipe poderiam ficar muito ocio-
sos, esperando por chamadas (momento “rede social”).
A Central de Serviços Centralizada é a mais comum de todas, já que são mais custo-efetivas.
Nesse modelo, existe apenas uma Central de Serviços para toda a organização, independente
do número de localidades físicas que ela atende. Pode-se deduzir que, com essa estrutura, toda
a infraestrutura encontra-se em um local físico diferente da localização dos usuários dos servi-
ços.
Essa opção consiste de duas ou mais Centrais de Serviços operando como uma só. As chama-
das e emails são distribuídas pelos membros da equipe como se estivessem em uma localização
centralizada. Isso garante que carga de trabalho seja balanceada. A vantagem principal da Cen-
tral de Serviços Virtual é a resiliência: quando uma localização fica off-line por qualquer motivo,
o serviço continuará a rodar sem praticamente qualquer impacto.
Empresas que possuem locais de atendimento espalhados pelo mundo podem oferecer suporte
24h por dia através desse tipo de estrutura29. Em vez da matriz (por exemplo) ter que trabalhar
com vários turnos, é possível redirecionar as chamadas para um determinado local conforme o
horário de expediente naquele país. É importante que todas as Centrais de Serviço trabalhem
segundo os mesmos processos e ferramentas (além de uma base única de informações).
29
Na verdade, a “Siga o Sol” é uma forma de central de serviços virtual; a diferença está na alocação de chamadas.
Nessa estrutura, as chamadas são alocadas conforme a hora do dia (ao contrário da alocação baseada na carga de tra-
balho).
4 Processos
A ITIL® define “incidente” como uma interrupção não planejada nos serviços de TI, redução na
qualidade dos mesmos ou uma falha de um IC que ainda não impactou um serviço de TI.
Propósito:
Restaurar a operação normal de um serviço o mais rápido possível e minimizar o impacto des-
favorável sobre as operações do negócio e, ainda, garantir que os acordados níveis de qualida-
de de serviço sejam mantidos.
Objetivos:
Garantir que métodos padronizados e procedimentos sejam usados para obter respostas de
maneira e rápida, análises, documentações, gerenciamento contínuo e relatos de inciden-
tes;
Melhorar a percepção do negócio para com a TI, através do uso de uma abordagem profis-
sional na rápida resolução e comunicação de incidentes;
Escopo:
O escopo do processo engloba todos os eventos que interrompe (ou poderia interromper) um
serviço. Isso inclui também os eventos que são comunicados diretamente pelos usuários (tanto
pela Central de Serviços, ferramentas de gerenciamento de incidentes quanto por uma interface
pelo Gerenciamento de Evento).
Mas, vale destacar que nem todos os eventos são incidentes. Muitas classes de eventos não
estão relacionadas a interrupções, mas são indicadores de operação normal ou simplesmente
informacionais.
É importante ressaltar que todos os incidentes deverão ser resolvidos o mais rá-
pido possível. Mas, é claro, alguns incidentes podem ser mais sérios do que ou-
tros (exercendo maior impacto ao negócio). Esses são considerados como “inci-
dentes maiores”. Deverá ser acordado o que será caracterizado como tal.
Atividades:
Identificação do incidente: O processo é reativo; não conseguimos iniciar a resolver um
incidente até que nós saibamos que o mesmo tenha ocorrido. Quando possível, deve-se tentar
descobrir que um incidente ocorreu antes mesmo do usuário notar ou, até que o mesmo ligue
para a Central de Serviços.
Priorização do incidente: os incidentes precisam ser priorizados para garantir que aqueles
considerados mais críticos sejam resolvidos primeiro. Nas negociações dos níveis de serviço
serão definidos os critérios que deverão ser usados para decidir sobre a prioridade. A ITIL® re-
comenda que dois fatores sejam considerados: impacto no negócio e urgência.
Escalação do incidente: A ITIL® define dois tipos de escalação que poderá ocorrer dentro
do GI: Escalação Funcional e Escalação Hierarquica.
A escalação funcional acontece quando a Central de Serviços não consegue resolver o inciden-
te; isso poderá ser realizado imediatamente devido ao tipo do incidente ou devido ao agente da
Central de Serviços já ter passado o máximo de tempo permitido tentando resolver o incidente
sem sucesso.
Logo, deverá ser passado para outro grupo com nível maior de conhecimento. A Central de
Serviços deverá saber o grupo correto para escalar o incidente, para evitar atrasos desnecessá-
rios. Os acordos de nível operacional especificarão as responsabilidades de cada grupo.
Note que: o incidente ainda é de propriedade da Central de Serviços. Os incidentes podem ser
escalados, mas a Central de Serviços retém a propriedade dos mesmos, registrando o progres-
so, mantendo os usuários informados e obtendo o acordo do usuário para o seu eventual fe-
chamento.
Investigação e Diagnóstico: Esse passo buscará tentar verificar o quê aconteceu e como o
incidente poderá ser resolvido. O registro de incidente deve ser atualizado para registar
quais ações foram tomadas, bem como deverá ser fornecida uma criteriosa descrição dos
sintomas – tudo com o intuito de evitar o retrabalho.
Interfaces
Segue abaixo alguns exemplos de interfaces com o Gerenciamento de Incidente, para cada es-
tágio do ciclo de vida de um serviço:
Desenho de Serviço
Transição de Serviço
Operação de Serviço
30 Redução ou eliminação do impacto de um incidente ou problema para o qual uma resolução completa ainda não
está disponível
A ITIL® define “problema” como sendo a causa subjacente de um ou mais incidentes. Sendo
assim, o processo irá investigar a causa dos incidentes e, sempre que possível, implementar
uma solução permanente para prevenir a recorrência. Até que uma solução permanente não
seja aplicada, o processo também tentará oferecer uma solução de contorno para permitir que
os serviços sejam restaurados e o incidente seja resolvido.
Propósito:
O processo possui como propósito gerenciar o ciclo de vida de todos os problemas. O processo
busca minimizar o impacto adverso dos incidentes e problemas sobre o negócio que são causa-
dos por erros dentro da infraestrutura, além de prevenir a recorrência dos incidentes relaciona-
dos a tais erros. Logo, para que isso seja de fato uma realidade, o processo vai buscar a causa
raiz dos incidentes, documentar e comunicar os erros conhecidos e promover ações para me-
lhorar ou corrigir a situação.
Objetivos:
Atuar na prevenção dos problemas e de incidentes resultantes;
Escopo:
Fazem parte do escopo do processo todas as atividades necessárias para diagnosticar a causa
raiz dos incidentes e determinar a resolução para esses problemas. Além disso, o processo é
responsável para garantir que a resolução permanente seja implementada através de procedi-
mentos de controle apropriados. O gerenciamento de problema possui forte interface com o
gerenciamento do conhecimento, pois o primeiro manterá informações sobre problemas e suas
resoluções/soluções de contorno.
Pode ser necessário também utilizar Modelos de Problema para manipular os problemas que
não foram (e não irão) ser resolvidos, devido ao custo ou risco ser muito grande ou porque a
tecnologia está prestes a mudar. Esses modelos são muito parecidos com os Modelos de Inci-
dentes que vimos a pouco, ou seja, lá irão conter os passos que deverão ser tomados.
Fechamento do problema: quando uma solução permanente tiver sido identificada, testa-
da e implementada através do processo Gerenciamento de Mudança, o registro de problema
pode ser atualizado e fechado. O banco de dados de erros conhecidos também deverá ser
atualizado.
Revisão dos problemas maiores: cada organização deve definir o que constitui um pro-
blema maior. Uma vez um problema maior tenha sido resolvido, uma revisão deverá ser rea-
lizada para identificar quaisquer lições que possam ser aprendidas do que ocorrera.
Estratégia de Serviço
Desenho de Serviço
Transição de Serviço
Propósito:
Gerenciar os eventos por todo o ciclo de vida dos mesmos. Esse ciclo de vida de atividades para
detectar eventos, entende-los e determinar a ação de controle apropriada é coordenada pelo
processo.
A ITIL® define “evento” como sendo qualquer mudança de estado que possua significado para o
gerenciamento de um item de configuração ou serviço de TI. Ou seja, de cara já percebemos
que se trata de uma coisa séria – não é qualquer coisa. Geralmente são reconhecidos através
de notificações criadas por um serviço de TI, item de configuração ou ferramenta de monitora-
mento. Fique ligado(a) para a diferença entre Evento e Alerta.
Enquanto o primeiro significa qualquer ocorrência que possa ser detectada e que possua signifi-
cado para a gerência da infraestrutura de TI ou para a entrega de serviço, o Alerta é um sub-
produto do evento, ou seja, deriva da monitoração dos eventos. Perceba pela imagem abaixo
que um Alerta poderá virar um incidente ou apenas um registro.
Objetivos:
Detectar todas as mudanças de estado que possua significância para o gerenciamento de um
item de configuração ou serviço de TI;
Determinar a ação de controle apropriada para os eventos e garantir que eles sejam comuni-
cados para as funções apropriadas;
Escopo:
O processo pode ser aplicado a qualquer aspecto do gerenciamento de serviço que precise ser
controlado e que possa ser automatizado. Isso inclui:
Itens de Configuração
Alguns serão incluídos porque precisam permanecer em um estado constante (ex: de-
terminado switch na rede precisa estar sempre “on”. Dessa forma, as ferramentas de Ge-
renciamento de Eventos podem ser utilizadas para confirmar isso, monitorando através de
“pings”). Já outros serão incluídos porque seus status precisam ser alterados com fre-
quência e o processo pode ser usado para automatizar essa necessidade e, em seguida,
atualizar o Sistema de Gerenciamento da Configuração (ex: atualização de um um servi-
dor de arquivos);
Propósito:
O propósito do processo é gerenciar o ciclo de vida todas as requisições de serviço dos usuá-
rios. Ou seja, o processo vai lidar com as requisições dos usuários (informações, conselhos,
mudança padrão, etc) em relação aos serviços de TI. O Cumprimento de Requisição foca-se em
oferecer um contorno para todas essas requisições (claro, tomando o cuidado de quaisquer ne-
cessidades de autorização). O intuito é atender aos desejos dos usuários com o mínimo de bu-
rocracia possível.
Objetivos:
Manter a satisfação do usuário/cliente através da manipulação eficiente e profissional de to-
das as requisições de serviço;
Oferecer um canal para que os usuários possam requisitar e receber serviços padrão, para os
quais uma autorização pré-definida e processo de qualificação já exista;
Originar e entregar os componentes dos serviços padrão requisitados (ex: licenças e mídia
de software);
Escopo:
O escopo do processo irá variar de organização para organização. Entretanto, a lógica sempre
será a mesma: cada requisição deve ser “quebrada” em atividades acordadas, com procedi-
mentos documentados. Algumas organizações utilizam o processo gerenciamento de incidente
para manipular as requisições (embora hoje isso seja menos comum).
Em organizações onde haja grandes volumes de requisições e onde as ações a serem tomadas
sejam muito variadas ou especializadas, pode ser interessante um processo completamente
separado para lidar com essa carga de trabalho – e, além disso, para registrar e gerenciá-las
como um tipo de registro separado. Isso fica a critério da organização.
Propósito:
Oferecer direitos aos usuários, de forma a poder usar um serviço ou grupo de serviços. Ou seja,
o processo irá executar as políticas e ações que foram definidas no processo Gerenciamento da
Segurança da Informação. O processo pode ser iniciado por uma requisição de serviço e é exe-
cutado pelas funções gerenciamento técnico e gerenciamento de aplicação.
Objetivos:
Gerenciar o acesso aos serviços, baseados nas políticas e ações definidas no Gerenciamento
da Segurança da Informação;
Vigiar o acesso aos serviços e garantir que os direitos que estão sendo oferecidos não este-
jam sendo utilizados de maneira imprópria.
Dessa forma, fazem parte do escopo a execução daquilo que fora estabeleci-
do no Gerenciamento da Segurança da Informação, além de garantir que aos
usuários o direito de usar um serviço. Mas, é importante ressaltar: isso não
garante que esse acesso esteja disponível em todos os momentos acordados
– isso é assunto do Gerenciamento da Disponibilidade.
Escopo:
O escopo do processo está relacionado a execução eficiente das políticas do processo Gerenci-
amento da Segurança da Informação. Executando tais políticas, a confidencialidade, disponibili-
dade e integridade dos dados e a propriedade intelectual da organização estarão protegidos.
Confidencialidade aqui significa que somente usuários autorizados poderão ter acesso aos da-
dos (visualizá-los). Integridade significa que os dados não deverão estar corrompidos ou terem
sido alterados inapropriadamente.
O processo garantirá que o serviço se encontrará disponível para aqueles usuários considerados
autorizados; mas isso não garante que o serviço estará sempre disponível durante o período
estabelecido – isso é responsabilidade do processo Gerenciamento da Disponibilidade.
1 Tópicos do Exame
(ITIL®FND02-12) explicar qual o valor entregue pela melhoria contínua de serviço ao negócio.
o Linhas de base.
(ITIL®FND05) Processos:
Objetivos:
Revisar, analisar, priorizar e fazer recomendações sobre oportunidades de melhoria em
cada estágio do ciclo de vida de um serviço;
Melhorar a efetividade dos custos da entrega dos serviços de TI, sem sacrificar a satisfação
do cliente;
Garantir que sejam utilizados métodos aplicáveis de gerenciamento da qualidade, para su-
portar as atividades de melhoria contínua;
Garantir que processos possuam objetivos claros, bem definidos, além de medidas que le-
vam a melhorias acionáveis;
Entender o quê medir, o porquê está sendo medido e qual o resultado está sendo esperado.
Escopo:
Saúde geral do Gerenciamento de Serviços de TI, como uma disciplina;
É importante ressaltar que tudo isso pode ser conseguido através do monitoramento e relatos
sobre desempenhos por todo o portfólio de serviço. Para que, daí, possam ser identificadas o-
portunidades de melhoria.
A figura a seguir mostra a abordagem geral para a melhoria contínua de serviço e ilustra o ciclo
contínuo de melhoria:
Como podemos perceber, o primeiro passo é identificar a visão que está direcionando a iniciati-
va de melhoria. Isso possibilita identificar os objetivos finais e de longo prazo para as melhori-
as. Uma vez definida a visão, o foco agora é avaliar o estado corrente, ou seja, realizar a captu-
ra de uma linha de base32 da organização em termos de negócio, pessoas, processos e tecnolo-
gia. Isso gerará uma “grande figura” da provisão atual dos serviços e suas qualidades.
Realizado a análise da linha de base, o próximo passo visa identificar uma meta atingível, ou
seja, aquela que gerará benefícios “rápidos” e que justificará a oportunidade de melhoria. Na
sequencia, será necessário identificar as ações que deverão ser tomadas para atingir as metas
que foram decididas.
É importante garantir que essas atividades sejam capturadas e gerenciadas como parte de um
programa geral de melhoria (é necessário monitoramento dessas atividades). Por último, é ne-
cessário medir a performance corrente (já em operação) com a que está sendo proposta. Metas
específicas na melhoria do processo podem ser medidas em termos de matriz de maturidade,
pela eficiência e efetividade do processo.
32
Podem ser usadas para oferecer um ponto inicial para qualquer atividade de melhoria. Tira-se uma “foto” da infraes-
trutura, serviços e processos em um dado momento e, em seguida, isso é comparado com o ambiente real, para ver se
ambos são idênticos. Em seguida, essa “foto” é declarada como uma linha de base oficial.
É necessário que haja gerenciamento das atividades de melhoria, ou seja, é preciso que haja
um mecanismo para capturar os programas de melhoria para garantir ao provedor de serviços
a alocação dos recursos e capacidades de maneira eficiente. A ITIL® recomenda o desenvolvi-
mento de um registro de melhoria contínua de serviço, onde todas as melhorias individuais
possam ser registradas. Logo, torna-se possível aplicar algum tipo de categorização e gerenci-
amento da abordagem de melhoria contínua de serviço. Veja a seguir um exemplo:
O registro por si próprio será classificado como um ativo de serviço e, como tal, deverá ser ge-
renciado como um item no sistema de gerenciamento do conhecimento de serviço. O gerente
de melhoria contínua de serviço prestará conta pelo gerenciamento e coordenação de todas as
atividades.
3 O Ciclo de Deming
O filósofo W. Edwards Deming, famoso por suas filosofias de gestão para melhoria da Qualida-
de, formulou 14 pontos de atenção para os gerentes. Para a melhoria da qualidade, ele propôs
o Ciclo de Deming, particularmente aplicável na melhoria contínua de serviço. Os 4 estágios do
ciclo são: Planejar (Plan), Fazer (Do), Verificar (Check) e Agir (Act). Por isso, o ciclo também é
conhecido como Ciclo PDCA33.
O passo seguinte, Check, é caracterizado por verificar se todas as atividades foram realizadas.
Em termos de melhoria continuada, esse passo e o próximo são usados para monitorar, medir,
revisar e implementar as atividades.
A melhoria contínua de serviço não conseguiria existir sem os resultados das medições, parte
integral de todos os processos. Para ser útil, as medições devem ser objetivas, ou seja, devem
avaliar o status corrente, identificar áreas de melhoria e medir as melhorias já realizadas. A
maioria das organizações irão medir a disponibilidade, confiabilidade e desempenho dos servi-
ços.
33
O ciclo PDCA é complementar a abordagem da MCS e o processo de melhoria de 7 passos.
Estabelecer e mensurar o Fator Crítico de Sucesso para um processo permitirá melhor entendi-
mento do estado corrente do mesmo; ajudará a identificar quaisquer melhorias necessárias e
medirá a obtenção de qualquer melhoria feita.
O gerente de melhoria contínua de serviço será importantíssimo em auxiliar os donos dos pro-
cessos e gerentes a entender os fatores críticos de sucesso para cada processo, ajudar a identi-
ficar quaisquer melhorias necessárias e medir o atingimento de quaisquer melhorias feitas.
As linhas de base podem também ser usadas para oferecer um ponto inicial para qualquer ati-
vidade de melhoria. Por isso, é importante que, ao capturá-las, o provedor de serviços tenha
certeza que a mesma é precisa.
É importante que sejam estabelecidas linhas de base em todos os níveis, incluindo metas e ob-
jetivos estratégicos, maturidade dos processos táticos, métricas operacionais e fatores críticos
de sucesso.
Isso inclui identificar e definir as medições e métricas; as ações requeridas para reunir, proces-
sar e analisar os dados; como os resultados serão apresentados; e, finalmente, o gerenciamen-
to da implementação da melhoria.
Objetivos:
Identificar oportunidades de melhoria para os serviços, processos, ferramentas, etc;
Entregar redução nos custos na oferta dos serviços, enquanto mantém os níveis de serviço e
resultados que o negócio precisa;
Identificar quais necessidades precisam ser medidas, analisadas e reportadas para que pos-
sam ser estabelecidas as oportunidades de melhoria;
Entender o quê medir e porquê está sendo medido; definir o resultado de sucesso.
Escopo:
O processo não é desenhado para ser utilizado isoladamente, mas ser aplicado por todos os
aspectos da provisão dos serviços de TI, incluindo tecnologia, serviços, processos, organização
e parceiros.
O escopo deverá incluir uma análise da performance e capacidades de todos esses aspectos,
incluindo avaliação da maturidade dos processos que habilitam cada serviço. Incluirá também
fazer o melhor uso da tecnologia disponível, explorando os benefícios de qualquer nova tecno-
logia, onde o custo for justificável e ofereça benefícios de negócio mensuráveis.
As questões levantadas aqui estão relacionadas com o estabelecimento geral da visão do negó-
cio. Será necessário revisar regularmente esse passo para garantir que o provedor de serviços
continua alinhado com o objetivo geral de negócio. Qualquer iniciativa que seja considerada
deverá ser registrada no registro de melhoria contínua de serviço.
Caso seja rejeitada (após revisão do caso de negócio ou justificativa), a informação poderá ser
arquivada. Gatilhos e entradas para o processo de melhoria podem incluir planos de negócio e
estratégia, encontros para revisão de serviços, declarações da visão e missão, registro de me-
lhoria contínua de serviço, controles de governança, objetivos corporativos, requisitos legais e
pesquisas de satisfação do cliente.
Aqui é necessário definir o que o provedor de serviços deverá medir, definir e acordar sobre o
quê de fato pode ser medido para que, em seguida, após realizar análises, possa finalizar o
plano de medição das melhorias. Para ser efetivo, esse passo deve focar-se em algumas poucas
medições significativas que suportem avaliações de sucesso (qualitativas e quantitativas).
Definir exatamente o quê será medido e o valor que isso trará é algo imprescindível. Entradas
para esse passo incluem os requisitos de nível de serviço e metas, encontro para revisão de
serviço, portfólio e catálogo de serviço, ciclo de orçamento, resultados e relatos de medição,
pesquisas de satisfação, dados de benchmark, dados da linha de base e planos de avaliação e
mitigação de riscos.
Esse passo requer monitoramento. Para os dados da melhoria contínua de serviço o provedor
de serviços estará menos preocupado com o monitoramento em tempo real e mais interessado
nas exceções, resoluções e tendências associadas com os dados produzidos. Para o monitora-
mento de tecnologia, é possível empregar ferramentas para automatizar a atividade.
Entradas para esse passo incluem requisitos de novos negócios, acordos de nível de serviço
existentes, ferramentas existentes e monitoramento da capacidade, relatórios de analise de
tendências, registro de melhoria de serviço contínua, relatórios de análise de gap (o que deve-
ria/pode medir) e pesquisa de satisfação.
É nesse passo que permite ao provedor de serviços converter os dados para o formato requeri-
do a quem interessar. Ao processar os dados, é importante lembrar que os dados coletados de
entradas manuais podem precisar de maior esforço na verificação (embora quase todos os da-
dos capturados da melhoria de serviço contínua possam ser coletados pela automação).
Entradas para o passo incluem dados coletados através de monitoramento, acordos de nível de
serviço/acordos de nível operacional, catálogo de serviço, lista de métricas, indicadores chave
de performance, Fatores críticos de sucesso, objetivos e metas e frequência dos relató-
rios/template.
Os relatórios criados devem oferecer ênfase e destacar áreas para ação a ser tomada para im-
plementar as melhorias. Entradas para o passo incluem informações comparadas, detalhes dos
formatos (templates de relatórios, etc) e informações de contato das partes interessadas.
Nesse passo o provedor de serviços poderá utilizar o conhecimento apresentado no passo ante-
rior e combiná-lo com experiências prévia para tomar uma decisão informada sobre a iniciativa
de melhoria.
O processo de tomada de decisão deverá ser comunicado por toda a organização, permitindo
que a eventual melhoria seja implementada com sucesso e entendida por todas as partes inte-
ressadas e praticadores.
Entradas para esse passo incluem o conhecimento obtido da apresentação e uso da informação,
planos de implementação acordados e registros de melhoria contínua de serviço.
34
Clientes, Gerentes de TI seniores, TI interna e Fornecedores.
6 Conclusão
Parabéns, se você chegou até aqui é porque concluiu seus estudos!
Tenha certeza de que compreendeu todos os conceitos aqui mostrados. Dê uma repassada na
matéria e tome notas dos pontos que não entendeu muito bem.
Agradecemos pela sua confiança e para quem vai fazer o exame de certificação desejamos uma
boa sorte!
Sobre o E-book/Apostila