A participação da comunidade na gestão escolar é de suma importância
para o bom andamento a escola, tanto que está estabelecido na LDB, Lei nº 9.394/1996, artigo 14 que a gestão democrática deveria ser definida de acordo com os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Na PNE I, a gestão democrática se realiza na forma de conselhos de
educação, e no âmbito de estabelecimentos escolares, adota-se conselhos escolares em que haja a participação da comunidade, também formas de escolha de direção escolar, associando garantia de competência, compromisso com a proposta pedagógica, , representatividade e liderança, direitos esses estabelecidos também na matriz do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) construída em meados de 2000 pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Em 2010 no novo PNE foi inserido no anexo a meta 19 que visa:
garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
A primeira estratégia visa a nomeação de diretores a partir de critérios
técnicos de mérito e desempenho e com a participação da comunidade escolar. A Conferência Nacional de Educação, em 2010, abordou o assunto de forma ampla, na educação básica e superior, em instituições públicas e privadas, onde garantia a participação de estudantes, profissionais da educação, pais/mães/responsáveis e comunidade local na definição de políticas educacionais; bem como ser democrático o funcionamento dos conselhos e órgãos colegiados de deliberação coletiva da área educacional, ampliando-os para a participação da sociedade civil, onde a escolha da direção escolar se daria por eleição. O texto final aprovado Parlamento obedeceu ao princípio constitucional de gestão democrática no ensino público (art. 206, VI) avançou ao inserir alguns temas fundamentais para a materialização do conceito de gestão democrática, para que assim promova a cidadania e participação dos diversos atores envolvidos no processo educativo, dentre eles:
• participação da comunidade escolar na formulação de projetos político-
pedagógicos, currículos, planos de gestão escolar e regimentos escolares;
Quanto aos conselhos, grêmios estudantis e associações de pais,
preocupou-se em explicitar na lei a necessidade de assegurar- -lhes condições adequadas de funcionamento. A falta de infraestrutura foi colocada como fator que contribui para a desmobilização desses colegiados. Em resumo, as estratégias estabelecidas para a meta 19 visam estimular e qualificar a participação da comunidade escolar, reconhecendo esse envolvimento de suma importância para que se efetive a gestão democrática na educação. É importante fazer referência ao PNE II, que também tratam a gestão democrática, inseridos na meta 7, no qual o objetivo é a qualidade da educação, dentre outras na estratégia 7.16, o destaque é o apoio técnico e financeiro à gestão escolar, através da transferência direta de recursos financeiros à escola, onde a comunidade escolar tem garantida a participação no planejamento e na aplicação desses recursos, visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática.