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Oficina para

Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Elaboração:

Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

Luiz Felipe Cunha Mattos


Promoção
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

Introdução e Justificativa

A proposta foi construída a partir da seguinte pergunta


norteadora:

Como capacitar os preceptores dos novos (e antigos)


programas através de uma prática pedagógica
adequada e motivadora para que se sintam capazes de
orientar o médico residente a agir dentro dos princípios
da Medicina de Família e Comunidade
Comunidade? ?
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

Justificativa
• Integrar o processo de desenvolvimento profissional contínuo da SBMFC;

• Atender necessidades do SUS:


• ampliar a formação de Médicos de Família e Comunidade;
• qualificação da Estratégia de Saúde da Família;
• Medicina de Família e Comunidade como a especialidade médica
mais adequada para compor as equipes;

• Enfrentar o “défict” de MFCs com a qualificação e experiência necessárias


para atuar em preceptoria;

• Superar a diversidade existente na formação pelos programas de


residência em MFC.
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

Objetivo Geral

Instrumentalizar médicos de família e


comunidade, designados pela SBMFC, em
conhecimentos relacionados à prática da
preceptoria, para torná-los multiplicadores
de ações de formação de preceptores.
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

Metodologia

A capacitação é presencial, utilizando técnicas pedagógicas


pró-ativas,

• Um encontro.

• Distribuídas tarefas aos participantes.

• Todas as atividades da Oficina serão avaliadas ao seu final.


Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

ABERTURA

Luke Fields pintou o famoso quadro The Doctor, que mostra um médico ao lado da cama de uma criança seriamente doente com seus atormentados
pais na sombra escura do plano de fundo. Ele retrata uma imagem mitológica de um médico rural travando uma batalha contra a doença, sozinho,
com nenhuma ferramenta além das que podem ser colocadas na valise médica. Ela é uma imagem popular de Cuidado e compaixão que exorta para
nosso desejo por um curador todo poderoso.
Mas existe um outro modo de ver este quadro: através dos olhos
de um jovem médico. O que ele vê?

• um médico sem um Laboratório ou Tomografia para confirmar o diagnóstico;


• nenhuma droga para curar o problema;
• impotência para alterar o curso natural da doença e sem ter para onde referir o doente.
É uma terrível perspectiva para muitos médicos recém graduados que têm medo de
colocar-se frente a frente com situações como esta.
• O mais importante que o médico tem para
oferecer para seus doentes é:
Ele mesmo – seu tempo, seu carinho
e seu entendimento.

• Os melhores preditores de desfecho


favorável na consulta são:

• tempo suficiente - na 1ª visita - para dizer ao


médico tudo que quer saber;
• percepção pela pessoa de que médico havia
gostado dela - a sinalização.

Ironia:
mesmo em grandes centros, médicos
freqüentemente confrontam os limites
da medicina:
• 90% das vezes quando uma
pessoa consulta um médico:
• a condição é autolimitada
• ou não há tratamento que vá
alterar a história natural da
doença. Ingelfinge (1980)
Dilema dos educadores médicos:

• reconhecem que a eficiência do médico freqüentemente


relaciona-se com suas qualidades pessoais.

– mas a realidade é trágica: o médico moderno é um tipo de shaman


sem o preparo adequado.

É como se nós médicos não conhecêssemos as preces e cantos.


• tecnologia; sedução >>>> danos, sem resolução.

• Como podem médicos ensinar


ensinar//aprender estas preces
e cantos?

• O que a teoria do processo educacional oferece


para guiar educadores que são responsáveis pelo
desenvolvimento dos modernos shamans?
A Abordagem Centrada na Pessoa
descreve um diferente caminho de ser
médico;; conseqüentemente
médico conseqüentemente,, educação
sobre este modelo de abordagem requer
um diferente caminho para ensinar
ensinar..
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

Esta Oficina descreve alternativas que


endereçam esta mudança, construindo a
distinção entre conceitos tradicionais de ensino
e vários modos de entender a experiência
humana de aprender uma especialidade.
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

A residência médica é contexto de aprendizado moldado


por inúmeros aspectos, mas o preceptor é o artesão que
tem seu trabalho abrangendo as pessoas atendidas pelos
residentes.

Esta é uma responsabilidade é tão intensa que tradição,


tédio, inércia não podem ditar suas ações, e tal como um
cientista o preceptor não pode fazer menos do que
se preparar para estas responsabilidades tão
cuidadosamente quanto se prepara para ser um médico
ou investigador.
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

Formato dos Encontros

sexta-feira sábado domingo

manhã
tarde
noite
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

“Como conhecer seu residente?”

Duração: 120 minutos.


“Como conhecer seu residente?”

Objetivo
Metodologia
Demonstrar a importância
Utilizar a apresentação
de conhecer as pessoas
do grupo como recurso
através da narrativa de
para este objetivo,
aspectos de sua vida.
através da técnica:

“Páginas
da
Vida”
Como inserir o Residente
na Equipe?

Duração: 60 minutos.
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em Medicina de Família e Comunidade

História da
Medicina de Família e
Comunidade

Duração: 30 minutos.
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Elaboração:

Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

Luiz Felipe Cunha Mattos


Promoção
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.
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em Medicina de Família e Comunidade

Princípios da
Medicina de Família e Comunidade
Os Princípios da
Medicina de Família e Comunidade
devem ser aplicados
de acordo com
as circunstâncias de cada local.
O Médico de Família e Comunidade
incorpora em sua prática

QUATRO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS,
todos são IGUALMENTE importantes
na educação e prática,
podendo servir de base
para o desenvolvimento
de outros objetivos mais específicos.
São estes os PRINCÍPIOS:

I - O Médico de Família e Comunidade


é um profissional qualificado.

II - A Medicina de família e Comunidade


é influenciada pela Comunidade.

III - O Médico de Família e Comunidade


é recurso de uma população definida.

IV - A Relação profissional-pessoa
é fundamental no desempenho do MFC.
Médico de Família: Outros
diagnóstico indiferenciado Especialistas

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
FOCO DA PRÁTICA
Foco na Pessoa Foco na Doença

CONTINUIDADE
Continuidade sustentada Continuidade mínima

ESTILO DIAGNÓSTICO
Geração de hipóteses Baixa construção de hipóteses
e teste e padrão de reconhecimento

CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA
Pouco específico Mais específico

HISTÓRIA NATURAL
Problemas vistos no início, Problemas vistos mais tarde,
pouco definidos melhor definidos
Oficina para Capacitação de Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

2ª Etapa

Atividade sobre os Princípios da


Medicina de Família e Comunidade

Duração: 45 minutos
Princípios
da Medicina de
Família e
Comunidade

Sr.
Alfredo
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

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Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

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Apoio
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em Medicina de Família e Comunidade

A Abordagem Centrada na Pessoa

Duração: 30 minutos.
A Abordagem Centrada na Pessoa

História

1800s a 1920 – Niilismo X “Paciente como Pessoa”, surge fama


médico de família
família..
ROBINSON, G. Canby. The patient as a person: a study of the
social spects of illness. 3. ed. New York:: Oxford university Press,
1946.

1951 - Rogers - começou a falar no “aconselhamento centrado no


cliente”..
cliente”

1957 - Balint, psiquiatra inglês - introduziu o conceito da “medicina


centrada na pessoa”
pessoa”..

1976 - Byrne e Long, ingleses - estudaram as diferenças da


“entrevista centrada no paciente” X “centrada no médico”
médico”..
A Abordagem Centrada na Pessoa - História

1984 - Dr. Joseph Levenstein - África do Sul.

Num dia comum....


-“como o SR. sabe o que fazer com cada paciente? Sua abordagem é diferente do que
eu tenho visto no hospital.”

Dr. Levenstein explicou que o que ele fazia era guiado por:
üseu conhecimento prévio de cada pessoa,
üpela freqüência das diferentes doenças na comunidade,
üe pelo valor que ele colocava
üna continuidade,
üno cuidado abrangente,
üna prevenção,
üe na relação médico-pessoa.
... não se conseguiu fazer entender pela aluna.

... resolveu estudar seus atendimentos... gravou cerca de 1000 consultas... em 81/82 no Canadá
como professor convidado, ...falou sobre isto... um grupo de médicos se dedicou a estudar e
desenvolveram o Método Centrado no Paciente.
...centrado na pessoa - HISTÓRIA

1994 - Moira Stewart & outros – Ontário (1982 – 1994)


estudaram e desenvolveram o Método Clínico Centrado no
Paciente.

É um método clínico que


tem como objetivo dar
uma atenção mais
adequada e eficaz à
Pessoa--que
Pessoa que--busca
busca--
ajuda.
Por que utilizar uma Abordagem Centrada na
Pessoa?

Não é só para ver


a pessoa de forma integral...

Os tempos são outros...


As necessidades e formas de comunicação e acesso ao
conhecimento também...
Considerando que seja pessoa buscando ajuda:
➔ O que esta imagem nos mostra?
➔ O que chama atenção?
➔ Que informações podemos tirar dela?
➔ O que faríamos com esta pessoa?

JMCL 2006
Cabeça baixa

Face triste,
preocupada, sem
expressão

Olhar perdido, sem


brilho

Ombros caídos, para


frente

O que faríamos com esta pessoa?

Mãos juntas

JMCL 2006
Abordagem tradicional

JMCL 2006
Anamnese

JMCL 2006
Exame Clínico

JMCL 2006
Diagnóstico

JMCL 2006
Orientações

JMCL 2006
A medicina tem estado baseada em uma abordagem
centrada na doença, e indiretamente no médico, como
especialista.

Paciente Queixas anamnese ex.


vem à e clinico ex.
consulta sintomas complement.

DIAGNÓSTICO
O médico sabe o • sindrômico ou
que o paciente enfermidade
“necessita
necessita’ e o
paciente “cumpre
cumpre”
as orientações.
TRATAMENTO
JMCL 2006
MÉDICOS E PESSOAS:
DA SUBMISSÃO A INTERAÇÃO (2)
A medicina com uma abordagem centrada na enfermidade tem

Inconvenientes

LA angústia, a inquietude da pessoa


não se expressa ou se expressa
tardiamente: sinal da maçaneta..
A Relação médico-
LNão oferece espaço para a pessoa não dá espaço
interpretação da pessoa sobre a para que a Pessoa se
situação.. manifeste livremente.

LMédico não obtém opinião da


pessoa sobre a conduta adotada:
aderência ou não.
MÉDICOS E PESSOAS:
DA SUBMISSÃO A INTERAÇÃO (4)

LA falência dos modelos convencionais da assistência


e educação médica em dar conta das necessidades da
prática diária: incompletos e pouco abrangentes
abrangentes..

LNecessário utilizar uma nova abordagem aos


problemas de saúde para reduzir a insatisfação das
pessoas e frustração dos médicos, e proporcionar um
cuidado adequado.
MÉDICOS E PESSOAS:
DA SUBMISSÃO A INTERAÇÃO (6)

“...uma atuação centrada na pessoa, apresenta resultados


positivos comparada aos modelos tradicionais de abordagem,
• diminui utilização dos serviços de saúde,
• aumenta sua satisfação,
• diminui queixas por má
má--prática,
• melhora a aderência aos tratamentos,
• reduz preocupações,
• melhora saúde mental
• reduz sintomas
• e melhora a recuperação de problemas recorrentes”
Stewart (1995, 2003)
MÉDICOS E PESSOAS:
DA SUBMISSÃO A INTERAÇÃO (7)

Desafio
Integrar no processo de produção de Cuidado:

• a medicina baseada em evidências

• o atendimento centrado na pessoa

• o trabalho em equipe.
Autonomia
Quais os
referenciais
que dão
suporte à
Abordagem
Centrada na
Pessoa?

Método Clínico
Processo de Trabalho Centrado no
em Saúde Paciente
“O que se opõe ao descuido e
ao descaso é o cuidado
cuidado. Cuidar
Cuidado é mais que um ato; é uma
atitude.”
Leonardo Boff

Árvores: saudável (A) e doente (B)


Independência
Pessoa
Ação Livre
Ética Arbítrio
Persona Religião - Filosofia
Paciente ou Pessoa...?

• Uso do termo paciente:

• retira a “vontade” da Pessoa,


• determina um comportamento passivo
passivo,
• transforma a Pessoa num indivíduo.

E se contrapõe à definição
de Pessoa, repercutindo na
forma como é prestado o
Cuidado e na participação
de quem esta doente.
“É muito mais importante saber que tipo de pessoa tem
uma doença
doença, do que saber que enfermidade a pessoa tem”.
Sir William Osler.

Doneça Experiência da Doença


(disease) (illness)
O que é a Gripe?
A gripe (influenza) é uma doença
infecciosa aguda causada pelo...
誰應當接種疫苗?
一般而言,希望減少.患.感機會的任
何人都應接種。
¿Qué es la gripe?
La gripe es una enfermedad
respiratoria contagiosa, causada
por
Beänh Cuùm laø gì?
Caûm cuùm laø moät beänh hoâ
haáp truyeàn nhieãm do sieâu vi...
What is Influenza?
The flu is a contagious respiratory
illness caused by influenza...
Processo de Trabalho Se realiza sobre
em Saúde coisas ou objetos.

• Incide sobre pessoas,


• De forma compartilhada entre quem
usufrui e quem proporciona,
• Onde a-pessoa-que-busca-ajuda é
parte contribuinte do processo de
trabalho, não se limitando apenas a
narrar sua história, seus problemas,
suas queixas,
• A Pessoa fornece valores de uso
necessários ao processo de trabalho.
A abordagem centrada
na Pessoa é
tecnologia...

O uso de ferramentas
inadequadas ou de forma
incorreta pode trazer
descontentamento e causar
danos...
Tecnologia
na saúde
Alerta!
Alerta!
Alerta!
Alerta!
Alerta!
Alerta!
00:02 = dois minutos ouvindo
00:18 = dezoito minutos ACP

O evento central da vida


profissional do médico [de
família] continua sendo:

A CONSULTA.

“O distanciamento começou quando


René Laënnec fez um rolo de cartolina
que mais tarde evoluiu e se
transformou no estetoscópio.”
Bernard Lown
Como explicar a
Abordagem
Centrada na
Pessoa
Metáfora do Iceberg...

- O que se vê = 10%

Acima d’água

Na linha d’água

Abaixo da
linha d’água
Na Abordagem Tradicional:
a ponta do iceberg e a linha d’água

na
abordagem
tradicional
a
Abordagem
Centrada
na Pessoa:
todo iceberg
Abordagem
Centrada na
Pessoa
“...tem seu foco na
Pessoa, suas idéias,
crenças e expectativas
sobre o que esta
acontecendo com ela”
Mas... como
aplicar?
“Como Ver a
Pessoa como um
todo?
Inteira!”
Utilizando
o
Método Clínico
Centrado

na
no Pessoa
Paciente
1- Explorando a enfermidade e a experiência 2- Entendendo a pessoa como um todo
da pessoa em estar doente
Ñ dicas e movimentos
enfermidade pessoa
(disease)
história sentimentos
exame clínico idéias
função doença
Método Clínico Centrado na Pessoa

exames (illness)
complementares expectativas

contexto próximo
contexto distante

3- Elaborando
projeto comum de
manejo dos
problemas
problemas
objetivos
papéis

4- Incorporando prevenção
6 - Sendo decisões e promoção à saúde
realista conjuntas

5 – Intensificando a relação médico-pessoa


1- Explorando a enfermidade e a experiência da pessoa
em estar doente

2- Entendendo a pessoa como um todo

3- Elaborando projeto comum de manejo dos problemas

4- Incorporando prevenção e promoção à saúde

5- Intensificando a relação médico-pessoa

6- Sendo realista

JMCL 2006
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Elaboração:

Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

Luiz Felipe Cunha Mattos


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Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.
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em Medicina de Família e Comunidade

Andragogia e a Ensinagem:
o processo de ensino
ensino--aprendizagem do adulto
Andragogia e a Ensinagem:
o processo de ensino-aprendizagem do adulto

• A idade adulta traz a independência.

• O indivíduo acumula experiências de vida, aprende com os


próprios erros, apercebe-se daquilo que não sabe e o quanto este
desconhecimento faz-lhe falta.

• Escolhe e classifica como útil ou inútil cada informação que


recebe.
ANDRAGOGIA

A Arte e Ciência de Orientar Adultos a Aprender.


Teoria de Aprendizagem de Adulto

Algumas pesquisas afirmam que estudantes


adultos, após 72 horas,,lembram:

• 90% do que fazem;


• 75% do que vêem;
• 10% do que ouvem!
( Knowles - 1980 ))
Aplicação da teoria andragógica na
aprendizagem de adultos.

• Baseia
Baseia--se na Experiência Acumulada.

• Propõe Problemas, novos Conhecimentos e discute a aplicabilidade


no contexto do cotidiano.

• Justifica a necessidade e utilidade de cada conhecimento.

• Envolve os alunos no Planejamento e os co-


co-responsabiliza pelo seu
aprendizado.
• Estimula e utiliza a motivação Interna para desencadear o processo
de aprendizagem.

• Facilita o Acesso, os Meios, o Tempo e a Oportunidade para adequar


as necessidades ao processo de aprendizagem.
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

A Ensinagem

Centrada

no Residente
A Ensinagem Centrada no Residente.
A mudança do para processo
ensino tradicional de educação
centrado no centrado no
preceptor residente

centraliza a aprendizagem mais


na Pessoa que necessita
apreender (residente)

comprovado que processo centrado


no residente aumenta a motivação
para a aprendizagem.
A Ensinagem Centrada no Residente.

educação centrada no ensinagem centrada no


preceptor residente

• os interesses e o background do • começa com uma avaliação de


preceptor influenciam fortemente os fatores que afetam aprendizagem
aprendizagem::
conteúdos; • habilidades,
• do estilo de aprendizagem,
• o contexto social;
• muito da atividade de ensino com:
• preceptor falando ou
determinando • uso de estratégias que
• os residentes ouvindo ou estruturem a experiência de
executando.. aprendizagem do residente,
sendo o preceptor mais ativo,
Num modelo: “como
“ eu faço”, através de discussões, debates,
“eu trato assim”, “na minha pesquisas e colaboração em
experiência”. projetos.
A Ensinagem Centrada no Residente.

• o currículo do programa, não deve ser estruturado de


forma fragmentada: a realidade não se apresenta assim;

• sendo os problemas de saúde, decorrentes de


aspectos multifatoriais (biológicos, psicológicos,
sociais, econômicos e culturais) concomitantes e
complexos.

• a educação do MFC deve servir para prepará-los a


enfrentar esta diversidade e complexidade da profissão,
capacitando-os a integrar conhecimentos (disciplinas)
através de recursos cognitivos, afetivos e psicomotores
necessários à prestação de um cuidado efetivo e
adequado às pessoas, famílias e comunidades.
1- Explorando as necessidades de 2- Entendendo o residente como uma Pessoa,
aprendizado e as aspirações.
Ñ dicas e movimentos
Pessoa
necessidades • história de vida

Necessidades • desenvolvimento
Necessidades
sentidas cognitivo e pessoal
determinadas
(autodeterminação,
Método de Ensino Centrado no Residente

(currículo oficial,
expectativas,
competências aspirações
sentimentos, nível
requeridas). de desempenho).

contexto

3- Elaborando
projeto comum
de ensino
• Prioridades.
• Métodos de ensino aprendizagem.
•Papéis do preceptor e do residente

4- Construindo com o
6 - Sendo decisões aprendizado prévio.
realista conjuntas

5 – Intensificando a relação preceptor-residente


Desenvolvimento de um
clínico de “novato' para
“expert” é um processo
primariamente emocional e
maturacional, semelhante
ao desenvolvimento de
uma criança da infância à
idade adulta.
A Ensinagem Centrada no Residente.

Caso 4

Roger Silva, um residente do primeiro ano de medicina de família,


vem sendo presença infreqüente nos seminários de saúde mental.
Ele argumenta que “- a maior parte desta coisa é apenas bom
senso e preciso de mais tempo para aprender insuficiência cardíaca
e DPOC”. E não comparece, apesar das advertências.

Qual seria um manejo adequado para esta situação?


Com qual dos componentes da Ensinagem Centrada no Residente
pode-se estabelecer uma relação?
Como ter um melhor entendimento do funcionamento familiar
podia auxiliá-lo a cuidar melhor das pessoas.
A Ensinagem Centrada no Residente.

•Caso 4 – Comentários
• Uma forma de resolver esta situação é proporcionar ao residente confrontar-se com situações onde
se defronte com a necessidade de aprendizado que esta sendo desvalorizada.

• Foi solicitado que passasse a atender Olívia.


•Olívia era uma mulher de 75 anos, com câncer pulmonar metastático que tinha entrado
em conflito com todos os seus provedores de cuidado. Roger não podia entender porque
ela insistia em ser tão difícil e não conseguir estabelecer uma relação confortável. Apesar
do seu jeito rude, ele apreciava sua determinação e estoicismo. Quando ele discutia os
planos de cuidado com ela, ele soube que os familiares venderam todos os seus pertences
e cancelaram o aluguel do seu apartamento, colocando-a numa clínica. Eles tinham
vendido até mesmo suas roupas e suas jóias. Roger ficou furioso com a família de Olívia e
ficou se perguntando como eles podiam se comportar de maneira tão cruel.
• Por orientação do preceptor explorou a dinâmica da família, construiu genograma, e descobriu
que esta não era a primeira vez que eles agiam assim.
• Ele começou a entender porque Olívia mantinha as pessoas à distância – seria
muito perigoso arriscar-se a confiar em qualquer pessoa baseada em uma vida de
frustração. Ela parecia prever rejeição e estava determinada a rejeitar antes que a
rejeitassem.

• Os seminários de dinâmica de família começaram a interessar Roger à medida que ele aprendia
como ter um melhor entendimento do funcionamento familiar podia auxiliá-lo a cuidar melhor das
pessoas.

3. Elaborando um projeto comum de aprendizado


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Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Elaboração:

Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

Luiz Felipe Cunha Mattos


Promoção
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Apoio
Ministério da Saúde.
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Desenvolvendo a Residência em
Medicina de Família e Comunidade
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em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Definição da Residência Médica

• Instituída, no Brasil, em 1977.

• Modalidade de ensino de pós-graduação.

• Funciona em Instituições de Saúde.

• Sob a orientação de profissionais médicos de elevada


qualificação ética e profissional.

• Padrão ouro da especialização médica.

• Confere ao Médico Residente o título de especialista.


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em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Normas para implantar Programa RM

Legislação da CNRM - Pré-requisitos mínimos

- Serviço.
- Coreme.
- Biblioteca.
- Alimentação e Alojamento.
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em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Características Gerais da Residência Médica

• Treinamento em serviço, 80 a 90 % do total anual

• Duração entre 2 a 5 anos

• Carga teórica entre 10 a 15 % do total anual

• Cursos Obrigatórios: Bioética, Ética Médica,


Metodologia Científica, Epidemologia e Bioestatística
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em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

PRM em Medicina de Família e Comunidade

• Com a resolução da Comissão Nacional de


Residência Médica número 005 de 2002, a
mudança de Medicina Geral Comunitária para
Medicina de Família e Comunidade.
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em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Objetivo do PRM em Medicina de


Família e Comunidade

Formar médicos para a Atenção Primária à Saúde,


altamente qualificados e resolutivos na área clínica,
com uma prática integradora e continuada,
em equipe multidisciplinar,
inserida nas comunidades sob seus cuidados,
voltada à construção da cidadania,
desenvolvendo suas ações com base no modelo de
Vigilância à Saúde,
e nos princípios da Atenção Primária à Saúde.
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

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Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

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Promoção
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.
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Instrumentos de abordagem
na prática do
médico de família e comunidade.
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Abordagem Individual:
Consultagem e o Processo de Cuidar
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Instrumentos de abordagem na
prática do
médico de família e
comunidade.
A prestação do Cuidado
em
Medicina de Família e Comunidade
tem
qualidades específicas.

Diferentes.
.
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em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Os Principais Instrumentos

• A Consulta.

• O Hospital e Serviços de Referência.

• A Prática – Demanda.

• O Registro.
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Abordagem Individual:
Consultagem e o Processo de Cuidar

Casos
Caso 1-
A residente Betânia relata o seguinte:
“ – Para variar estou atrasada, mas tenho a seguinte situação: Estou atendendo a
Joana, casada, com 34 anos, comerciante, que trabalha em casa de móveis, no centro
da cidade; tem dois filhos. Consultou a primeira vez em 25 de março de 2005 porque
estava com atraso menstrual de 15 dias e preocupada com a possibilidade de
gravidez. Fez beta HCG. No dia 28 de março de 2005, três dias após, retornou com o
resultado do exame, que era menor que 10. E como tinha menstruado, a conduta foi
expectante. Em 29 de maio de 2005, teve outra consulta desta vez com quadro de
gripe, recebendo medicação sintomática; e não apresentava outras queixas, o exame
físico era normal. Relata uma preocupação com o filho adolescente. A próxima
consulta foi em 09 de julho de 2005, quando veio realizar coleta do citopatológico, e
apresentava colo normal, sem secreções, schiller negativo, toque sem alterações.
Depois, em 04 de setembro de 2005, veio por fraqueza, dor de cabeça, dores pelo
corpo, insônia. No exame físico nada foi constatado: TA 130/70 mmHg, Ausculta
cardíaca normal, mucosas coradas, e foram solicitados exames complementares. Que
trouxe em 12 de setembro de 2005, estando todos dentro da normalidade. Na ocasião
foi levantada a possibilidade de depressão, mas ela rechaçou completamente esta
idéia e afirmou já se sentir melhor. Depois veio em 10 de novembro de 2005, com um
quadro de diarréia. A consulta de hoje, 21 de outubro de 2006, é devido apresentar
uma secreção vaginal esbranquiçada, com intenso prurido, há cinco dias, que vem
piorando. O exame especular mostra hiperemia vulvar e vaginal, um exsudato branco,
em grande quantidade, sem odor característico. Não foi possível fazer o exame a
fresco, pois o microscópio não está funcionando. TA 120/80mmHg; AC normal;
mucosas coradas, pulsos palpáveis e simétricos, exame neurológico sem alterações,
abdômen normal, ausculta pulmonar normal, tireóide palpável sem alterações. Acho
que devemos encaminhar para o ginecologista, pois não temos microscópio”.
Como proceder para ensinar ao Residente fazer Consultagem em APS?
Caso 6 -
Bento, residente de 1° ano vem à supervisão com dúvidas
sobre o que fazer com D. Marlene, que apresenta quadro
clínico compatível com artrite reumatóide e gastrite. Relata
que a paciente tem dor à mobilização articular das mãos
especialmente pela manhã e que melhora ao longo do dia
quando usa antiinflamatório não esteróide. Comenta que é o
quarto caso semelhante que atende este mês. Lembra que o
final a D. Marlene referiu fezes escuras nos últimos dois dias e
medicar com omeprazol. Relata ao supervisor a vontade de
encaminhá-la ao reumatologista. Quando questionado sobre
como poderia iniciar a investigação diagnóstica, relata que
apesar de ter visto os outros três casos ainda não tivera
tempo para estudar.
Como lidar com esta situação para ensinar ao Residente fazer
Consultagem em APS?
•Anamnese: Residente pergunta pouco sobre os problemas da D.
Marlene.
•Avaliar repercussão nas funções.
•Avaliar contextos.
•Não traz a informação de exames anteriores.
•Estudar o problema:
•Preceptor deve abrir o livro e realizar estudo imediato
conjuntamente com o residente. Discutir a repercussão de não
estudar e a sua fragilização frente à equipe.
•Que recurso dispõe para tratar localmente? Necessita
ser encaminhada?
•Que outros recursos são necessários: usar a equipe e
rede.
•Demonstrar interesse em resolver o problema.
•Usar a demanda prática como motivação para o aprendizado.
•Estimular-se a se tornar mais resolutivo.
•Competência clínica: resolver os problemas mais freqüentes da
sua população.
•Elaborar plano conjunto, para administrar melhor o Cuidado.
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Elaboração:

Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

Luiz Felipe Cunha Mattos


Promoção
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Instrumentos de Abordagem na Prática do


Médico de Família e Comunidade

Abordagem Familiar
Razões para trabalhar com as famílias:

• É o primeiro grupo que o indivíduo participa e que continua a influenciá-lo mais


diretamente durante toda a sua vida.
• A reação da família à doença influencia diretamente a sua evolução.
• É função da família promover o crescimento de seus membros.
• O envolvimento da família multiplica recursos.
• Informações colhidas de vários familiares torna o diagnóstico da situação mais fiel.
• A construção de um plano terapêutico envolvendo a família torna a intervenção mais
efetiva.
Objetivos no trabalho com as famílias:
•Obter informações.
•Estabelecer relação de confiança.
•Aproximar-se da família para ampliar recursos terapêuticos e diagnósticos.
Momentos da entrevista

• Apresentação.
• Aproximação.
• Entendimento da situação.
• Discussão.
• Estabelecimento de um plano terapêutico.
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC
Símbolos para construção do Genograma
homem
mulher

em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC


+ morte
____ união entre duas pessoas / casamento civil

Oficina para Capacitar Preceptores


------ união (não civil)
____ separação
====== relacionamento estreito
ºººººº relacionamento muito estreito
relacionamento conflituado
adoção

? abandono, não conhecido


Ù gêmeos bivitelinos
D gêmeos idênticos
· aborto
Ciclo de vida da classe média:
1- Saindo de casa / adulto independente;
2- Novo casal;
3- Famílias com filhos pequenos;
4- Famílias com adolescentes;
5- Lançando os filhos e seguindo em frente;
6- Famílias no estágio tardio da vida.
Ciclo vital de classe popular

1º- “Jovem adulto sozinho”,


2º- Famílias com filhos,
3º- Fase da avó.
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade

ABORDAGEM

COMUNITÁRIA
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Operação
Resgate
de Conteúdos
Oficina para Capacitar Preceptores
em Medicina de Família e Comunidade - SBMFC

Supervisão de situações especiais


despertadas pelas atividades.
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Encerramento
Promoção
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade
Curitiba (3),
Lages,
Vitoria, Mais
São Paulo (4),
São Carlos,
Aracaju,
Recife,
de
Manaus,
Rio de Janeiro (2), 350 médicos
Volta Redonda,
Belo Horizonte (5)
Sobral, capacitados
Fortaleza.
Oficina para
Capacitar Preceptores em
Medicina de Família e Comunidade

Elaboração:

Carmen Luiza Correa Fernandes

José Mauro Ceratti Lopes

Lêda Chaves Dias Curra

Luiz Felipe Cunha Mattos


Promoção
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Apoio
Ministério da Saúde.

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