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Esquemas conceituais em projetos de

Urbanismo
Posted on12 dezembro, 2008AuthorRenato Saboya13 Comentários
Um recurso de projeto muito interessante é a utilização de esquemas conceituais. Esses
esquemas conseguem mostrar muitas informações com poucos elementos, o que os
torna instrumentos de comunicação interessantes. Seu objetivo mais básico é auxiliar o
arquiteto, durante o processo de projeto, a organizar suas idéias. Na etapa de análise, ele
serve para sintetizar em um ou alguns desenhos todos os aspectos considerados mais
importantes para o projeto. O exemplo abaixo mostra um esquema conceitual aplicado à
análise de um local. Ele mostra a direção dos ventos predominantes, a localização de
alguns (mas não todos) elementos pré-existentes, as vistas mais interessantes a serem
levadas em consideração, relações com os vizinhos, áreas planas passíveis de serem
aproveitadas, vegetação existentes, etc. As anotações feitas diretamente sobre o desenho
também contribuem para um rápido entendimento, pois evitam que o leitor tenha que se
remeter à legenda para saber o que significa cada um dos desenhos.

Esquema conceitual de análise – Fonte: Reid (1986)


O esquema seleciona as informações mais relevantes, e
ignora o que não é essencial.
O importante é entender que o esquema deliberadamente “ignora” uma grande
quantidade de informações, mostrando apenas o que é considerado relevante. Por isso,
possui grande capacidade de comunicação: o que é acessório é descartado, o que é
essencial é mostrado. O contraste com uma fotografia ilustra bem este ponto: a
fotografia não escolhe o que mostrar, tudo está ali. Se isso, por um lado, também pode
ser bastante útil em algumas situações, em outras acaba prejudicando o entendimento,
uma vez que fica mais difícil separar o que é essencial do que é acessório.
Os esquemas conceituais auxiliam a organizar as idéias também na etapa de proposta.
Antes de partir para esquemas mais detalhados, é interessante que o arquiteto produza
um ou mais esquemas mostrando as idéias principais da sua proposta, tanto para ele
mesmo quanto para o cliente e os demais membros da equipe. Se as idéias principais
estiverem contidas nesse esquema inicial, é mais fácil entender a lógica geral e realizar
modificações ou ajustes antes de se comprometer com ela.
É importante ressaltar, entretanto, que a utilidade desses esquemas não se resume
apenas a comunicar a proposta a outras pessoas, mas como instrumento para que o
arquiteto possa refletir sobre ela, e avaliá-la criticamente. Também pode funcionar
como ferramenta de brainstorm, auxiliando-o a criar várias propostas diferentes para
ampliar o leque de possibilidades e fugir de soluções pré-definidas que às vezes
prejudicam a criatividade.
A figura abaixo mostra um exemplo de esquema que ilustra a lógica geral de um
projeto. Note como poucos elementos, escolhidos cuidadosamente, conseguem explicar
toda a estrutura da intervenção, bem como as relações entre os espaços previstos.

Esquema conceitual de proposta – Fonte: Reid (1986)


O que mostrar em um esquema conceitual
Obviamente, o que será mostrado em um esquema conceitual varia de projeto para
projeto, dependendo principalmente da sua natureza.O esquema conceitual de um
hospital será diferente de um parque. Entretanto, alguns elementos podem ser
generalizados:
Espaços destinados a funções e atividades específicas: pode ser uma sala, um espaço
aberto conformado para uma atividade específica, etc.
Relações entre espaços e funções: esses espaços devem estar diretamente conectados?
Ou devem estar separados por uma barreira? Ou ainda devem ser mantidos distantes um
do outro?
Fluxos: de veículos, de pedestres, pontos de acesso, movimentos em geral.
Direções: visuais, direção do vento, direção do sol (da manhã e da tarde), etc.

Algumas possíveis representações de fluxos e direções – Fonte: Reid (1986)


Limites e barreiras: barreiras vegetais, rios, muros, limitações aos visuais, etc.
Pontos focais: pontos que definem áreas de interesse especial, seja por sua forma ou
pelo valor simbólico ou ainda pela posição especial que ocupa dentro da estrutura, tais
como obeliscos, chafarizes, árvores especiais, etc.
Algumas possíveis representações de elementos não lineares – Fonte: Reid (1986)
Está difícil?
Se estiver sentindo dificuldades em elaborar os esquemas conceituais, pode ser que o
problema não esteja na falta de habilidades com o desenho. É mais provável que o
problema seja decorrente de um entendimento ainda não suficiente da área ou da falta
de reflexão suficiente sobre a proposta. Niemeyer dizia que, se na hora de explicar um
projeto faltassem palavras, era hora de revê-lo. Se falta substância, é difícil justificar um
projeto com palavras, da mesma forma que é difícil representá-lo em poucos elementos
conceituais. Pela minha experiência, na maioria dos casos em que está difícil elaborar
um esquema conceitual, isso é sintoma de falta de entendimento do problema. É hora de
voltar à análise, de buscar repertório, de estudar as condições do local e seu contexto,
enfim, de estudar o tema com maior profundidade. E, obviamente, de exercitar a
proposta através do desenho e da experimentação, afinal essas também são formas de
gerar conhecimento sobre o problema. O desenho permite o diálogo do projetista
consigo mesmo.
Outros exemplos: (clique para ampliar)
Para saber mais
Todos os exemplos deste post foram tirado do livro “Landscape Graphics”, de autoria
de Grant W. Reid. Se tiver interesse, verifique se este livro não está disponível na sua
biblioteca, ou compre diretamente da Amazon.
REID, Grant W. Landscape Graphics. New York: Whitney Library of Design, 1986.

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