Pensando estética como beleza da forma física e tudo ao que se refere ao
corpo enquanto belo percebe-se que na atualidade o termo estética perde seu sentindo no qual era entendido no período antigo, médio e moderno tomando uma outra conotação. Uma estética que se baseava na contemplação e na virtude, agora se vê voltada para o consumo, para mercadoria e para a adoração física de si mesmo. O que antes era uma contemplação para perpetuação da felicidade agora em um sistema capitalista a estética torna-se um produto e tratando se de corpo o corpo é tido como mercadoria. Na indústria da cultura trabalhado por Adorno este vai dizer que o objetivo da indústria cultural é manter as necessidades não básicas do individuo mas uma necessidade infinita e nunca suprida pelo individuo o que o levara sempre a insatisfação porque o individuo não parte de uma consciência de necessidade mas de uma consciência coletiva provocada pela ideológica de um sistema vigente capitalista sendo assim o campo do consumo se torna cada vez maior. Pensando mercadoria como fetiche, abordado por Marx (1983), a necessidade de satisfazer os desejos, pode se pensar na atualidade o homem como fetiche de se mesmo uma vez que há uma busca pela estética física de modo que o homem busca moldar seu próprio corpo nos parâmetros dominantes de forma que o corpo torna se uma mercadoria, vive se um época onde vende-se imagem. Os programas de tv, as profissões denominadas “personalidades da mídia” as academias com seus personal trainer até mesmo os programas infantis buscam um padrão de estética dominante, pessoas altas, magras cabelos lisos pele clara, corpo “sarado” formado nas academias, cabelos tratados por inúmeras marcas de cosméticos, pele tratada por inúmeras formas de bronzeamento, sem falar nas cirurgias plásticas para garantir o corpo desejado . Uma infinidade de mercado e mercadoria para garantir os desejos humanos. É um paradoxo ao mesmo tempo satisfeitos e insatisfeitos, e o mercado não para ele trabalha para garantir a satisfação pessoal e ao mesmo tempo despertar outras inquietações, assim funciona a indústria cultural ultiliza-se de mecanismos como tv, radio, revistas e vários meios de entretenimento de maneira que aumente o consumo e molde os hábitos de uma sociedade. Sendo assim fica claro compreender quando Adorno diz que a “indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos , independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente” . Pois vem-se manipulados por uma ideologia dominante que se propaga pela mídia em forma de consumo. Cria-se uma cultura do belo que nada mais é uma ideologia maquiada para perpetuar o sistema capitalista. Que nas palavras de Adorno, na indústria cultural tudo se torna em negocio. “Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais." Cria-se uma imagem do corpo ideal um estereotipo de beleza e isso passa a ter valor sobre o individuo ao ponto de ele não aceitar a sua forma física se esta não condiz com os ditames da mídia, criando um mundo fora da realidade, de modo que as subjetividades humanas são substituídas por uma falsa subjetividade. O individuo se vê a acreditar na quilo que se diz ser o melhor modelo de vida.