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PACOTE DE EXERCÍCIOS - MATÉRIAS COMUNS - ABIN

AULA 1 – Proposições, conectivos e equivalências lógicas


I PROPOSIÇÕES . .......................................................................................................................................... 2

1 Reconhecimento de proposições . ................................................................................................................ 2

2 Símbolos dos conectivos lógicos . ................................................................................................................. 4

3 Tabela verdade dos conectivos . ................................................................................................................... 9

II EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS . ............................................................................................................... 39

III LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSOS. ......................................................................................... 54

IV GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO . ................................................................................. 65

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PACOTE DE EXERCÍCIOS - MATÉRIAS COMUNS - ABIN

I PROPOSIÇÕES
1 Reconhecimento de proposições

EC 1. MRE 2008 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V —, ou falsas — F
—, mas não cabem a elas ambos os julgamentos.
As proposições simples são freqüentemente simbolizadas por letras maiúsculas do alfabeto, e
as proposições compostas são conexões de proposições simples. Uma expressão da forma
A ∧ B é uma proposição composta que tem valor lógico V quando A e B forem ambas V e,
nos demais casos, será F, e é lida “A e B”. A expressão ¬A, “não A”, tem valor lógico F se A
for V, e valor lógico V se A for F. A expressão A ∨ B, lida como “A ou B”, tem valor lógico F
se ambas as proposições A e B forem F; nos demais casos, é V. A expressão A → B tem valor
lógico F se A for V e B for F. Nos demais casos, será V, e tem, entre outras, as seguintes
leituras: “se A então B”, “A é condição suficiente para B”, “B é condição necessária para A”.
Uma argumentação lógica correta consiste de uma seqüência de proposições em que algumas
são premissas, isto é, são verdadeiras por hipótese, e as outras, as conclusões, são
obrigatoriamente verdadeiras por conseqüência das premissas.
Considerando as informações acima, julgue o item abaixo.
1. Considere a seguinte lista de sentenças:
I - Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Relações Exteriores?
II - O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do século XIX.
III - As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o Itamaraty possui são,
respectivamente, x e y.
IV - O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.
Nessa situação, é correto afirmar que, entre as sentenças acima, apenas uma delas não é uma
proposição.

Comentários.
É muito usual que o CESPE traga enormes enunciados, explicando o que é uma proposição e
o que são os conectivos lógicos. Então a dica é: se você já sabe o que é tudo isso, nem perca
tempo lendo o enunciado. Vá direto para o comando da questão!!!

Entretanto, como este é o primeiro exercício que fazemos, vamos dar uma lidinha rápida no
começo da questão:
“Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V —, ou falsas — F
—, mas não cabem a elas ambos os julgamentos.”
Aí está a definição de proposição. É qualquer sentença que possa ser julgada em verdadeiro
ou falso.
Pois bem, o item quer que identifiquemos quantas proposições são apresentadas. Assim, basta
irmos a cada sentença e verificarmos se podem ser julgadas em verdadeiro ou falso.

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A sentença I é uma pergunta. Não dá para julgar uma pergunta em verdadeiro ou falso,
concorda?
Então a sentença I não é uma proposição.
Por sinal, perguntas, exclamações, ordens, desejos, expressões de sentimentos e/ou opinião,
tudo isso não pode ser classificado como proposição. São todos exemplos de frases que não
podem ser julgados em verdadeiro ou falso, não sendo classificados como proposição.

Na sentença II temos uma expressão de sentimento, de opinião sobre o Palácio do Itamaraty.


Expressões de sentimento também não podem ser julgadas em verdadeiro ou falso.
Novamente, não é proposição.

Na sentença III, temos duas variáveis (x e y). Ora, se x e y variam, então podem assumir
diversos valores. Assim, não temos como julgar em verdadeiro ou falso, pois não sabemos os
valores de x e y.
As sentenças com variáveis são chamadas de sentenças abertas. Às vezes, em vez de
variáveis “x”, “y”, “z”, as questões de concursos utilizam palavras que passam a idéia de
indeterminação.
Exemplo: “Ele foi eleito o melhor jogador de futebol do mundo em 2005”.
A palavra “ele” dá o teor de indefinição. Não sabemos quem é ele. Ou seja, temos uma
variável. A sentença acima é aberta, podendo, dependendo de quem for “ele”, ser julgada em
verdadeiro (caso ele seja o Ronaldinho Gaúcho) ou falso (caso “ele” seja qualquer outra
pessoa como).

Na sentença IV, temos outra expressão de opinião. Também não é proposição.


Gabarito: errado.

Então, resumindo: não são proposições as frases exclamativas, interrogativas, opinativas, as


interjeições, orações imperativas e aquelas que contenham variáveis.
Quanto às sentenças que contenham variáveis, elas podem ser transformadas em proposições
por meio da inclusão dos chamados quantificadores, que estudaremos na aula 3.

EC 2. FINEP 2009 [CESPE]


Acerca de proposições, considere as seguintes frases:
I Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia são instrumentos de financiamento de projetos.
II O que é o CT-Amazônia?
III Preste atenção ao edital!
IV Se o projeto for de cooperação universidade-empresa, então podem ser pleiteados recursos
do fundo setorial verde-amarelo.
São proposições apenas as frases correspondentes aos itens

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a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

Comentários.
A frase II é uma pergunta, não podendo ser julgada em V ou F. A frase III é uma ordem, que
também não é proposição. Logo, são proposições as frases I e IV.
Gabarito: A

EC 3. TRT 17 – 2009 [CESPE]


Julgue o item a seguir:
Na sequência de frases abaixo, há três proposições.
- Quantos tribunais regionais do trabalho há na região Sudeste do Brasil?
- O TRT/ES lançou edital para preenchimento de 200 vagas.
- Se o candidato estudar muito, então ele será aprovado no concurso do TRT/ES.
- Indivíduo com 50 anos de idade ou mais não poderá se inscrever no concurso do TRT/ES.

Comentários.
Observem que a primeira sentença é uma pergunta, que não pode ser julgada em verdadeiro
ou falso. Logo, não é proposição.
As demais sentenças são proposições, pelo que o item é verdadeiro.
Gabarito: certo

2 Símbolos dos conectivos lógicos


EC 4. CGE PB 2008 [CESPE]
A controladoria geral (CG) de determinado estado realizou e concluiu, em 2007, 11 auditorias
operacionais e 42 inspeções; emitiu 217 pareceres técnicos, sendo 74 referentes a licitações de
obras, 68 referentes a análises de prestação de contas, 71 referentes a análises de rescisão de
contrato de trabalho; o restante desses pareceres referiam-se a orientações e outros assuntos.
Considere que letras maiúsculas do alfabeto simbolizam proposições e que os símbolos ¬, ∧ ,
∨ , → representam, respectivamente, os conectores não, e, ou, se ... então. Nessa situação,
assinale a opção correspondente à expressão que representa simbolicamente a proposição: “O
corpo técnico da CG não auxiliou o Ministério Público Estadual e gerou quatro relatórios”.
a) (¬A) → B
b) (¬A) ∨ B
c) ¬(A → B)
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d) (¬A) ∧ B
e) ¬(A ∧ B)

Comentários
As chamadas proposições simples são aquelas que não podem ser divididas em
outras
proposições menores.
Exemplo:
P: Pedro é alto.
Q: Júlio é rico.
Acima temos duas proposições, chamadas de P e Q. Ambas são proposições simples, pois não
podem ser divididas em outras proposições menores.
Pois bem, é possível juntar duas ou mais proposições simples para formarmos as chama-
das proposições compostas.
Exemplo:
T: Pedro é alto e Júlio é rico.
A proposição T é composta pelas proposições simples P e Q.
Para juntar duas proposições, nós usamos os conectivos lógicos. No exemplo acima, nós
usamos o conectivo “e”.
Além do conectivo “e”, há diversos outros. Todos os conectivos têm um nome e um
símbolo, e é muito importante conhecermos todos eles.
· conjunção: e – símbolo: ∧
· disjunção inclusiva: ou - símbolo: ∨
· condicional: se... então - símbolo: → ↔
· bicondicional:
disjunção se e somente
exclusiva: se – símbolo: ∨
“ou... ou“
Além disso, é importante saber que existe a negação, que pode ser simbolizada por “~” ou por
“¬”

Nesta questão, nós temos a seguinte frase:


“O corpo técnico da CG não auxiliou o Ministério Público Estadual e gerou quatro relatórios”

Agora temos que saber qual o conectivo foi utilizado para juntar as proposições.
Muito bem, vamos colocar parêntesis para delimitar as proposições simples.
(O corpo técnico da CG não auxiliou o Ministério Público Estadual) e (gerou quatro
relatórios).
Reparem que as duas parcelas (ou ainda, as duas proposições simples), foram unidas por um
“e”.

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Além disso, na primeira parcela há uma negação. A alternativa que contempla essa estrutura é
a “D”.
Ou seja, caso representemos as proposições simples por:
A: O corpo técnico da CG auxiliou o Ministério Público Estaudal
B: O corpo técnico da CG gerou quatro relatórios
Então teremos que a proposição composta apresentada pode ser indicada por:
(¬A) ∧ B
Gabarito: D

EC 5. STF 2008 [CESPE]


Considere as seguintes proposições lógicas representadas pelas letras P, Q, R e S:
P: Nesse país o direito é respeitado.
Q: O país é próspero.
R: O cidadão se sente seguro.
S: Todos os trabalhadores têm emprego.
Considere também que os símbolos “ ∨ ”, “ ∧ ”, “ → ” e “ ¬ ” representem os conectivos
lógicos “ou”, “e”, “se ... então” e “não”, respectivamente.
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
1. A proposição “Nesse país o direito é respeitado, mas o cidadão não se sente seguro” pode
ser representada simbolicamente por P ∧ (¬R) .
2. A proposição “Se o país é próspero, então todos os trabalhadores têm emprego” pode ser
representada simbolicamente por Q → S .
3. A proposição “O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego é uma
conseqüência de, nesse país, o direito ser respeitado” pode ser representada simbolicamente
por (Q ∧ R) → P .

Comentários.
Primeiro item.
Temos:
“Nesse país o direito é respeitado, mas o cidadão não se sente seguro”
Vamos colocar parêntesis para delimitar as proposições simples:
(Nesse país o direito é respeitado), mas (o cidadão não se sente seguro)
As duas parcelas são unidas pela palavrinha “mas”, que acrescenta uma informação. Ela tem
um papel análogo ao do “e”. É como se afirmássemos que o direito é respeitado e o cidadão
não se sente seguro.

Além disso, vemos que a segunda parcela apresenta uma negação.

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Portanto, a proposição mencionada pode ser representada por:


P ∧ ( ¬R )
Gabarito: Certo

Segundo item.
A sentença é:
Se (o país é próspero), então (todos os trabalhadores têm emprego).
Em símbolos:
Q→S
Afirmativa correta.
Gabarito: Certo

Terceiro item.
A proposição é:
“O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego é uma conseqüência de, nesse
país, o direito ser respeitado”.
Vamos usar parêntesis para delimitar as proposições simples:
((O país ser próspero) e (todos os trabalhadores terem emprego)) é uma conseqüência de,
(nesse país, o direito ser respeitado).

A expressão “é uma conseqüência”, remete ao condicional (se... então).


Podemos reescrever a frase assim:
Se (nesse país, o direito é respeitado), então ((o país é próspero) e (todos os trabalhadores têm
emprego)).

Em símbolos, ficamos com:


P → (Q ∧ S )
Não foi essa a simbologia indicada pelo enunciado. Item errado.
Gabarito: Errado

EC 6. Sebrae 2008 [CESPE]


Julgue os itens a seguir:
1. A proposição “Tanto João não é norte-americano como Lucas não é brasileiro, se Alberto é
francês” poderia ser representada por uma expressão do tipo P → [(¬Q) ∧ (¬R)].

Comentários.

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Nesta proposição temos um condicional escrito em ordem inversa. Colocando na ordem


normal, temos:
Se (Alberto é francês), então ((João não é norte-americano) e (Lucas não é brasileiro).
Vamos dar nomes às proposições simples:
P: Alberto é francês

Q: João é norte-americano
R: Lucas é brasileiro
A simbologia para a proposição composta ficaria:∧ (¬R)]
P → [(¬Q)
Que é exatamente o que afirmou o item.
Gabarito: Certo.

EC 7. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V — ou falsas — F
—, mas não se admitem os julgamentos V e F simultaneamente. As letras maiúsculas do
alfabeto, A, B, C etc., são freqüentemente utilizadas para representar proposições simples e,
por isso, são denominadas letras proposicionais. Alguns símbolos lógicos utilizados para
construir proposições compostas são: “¬” (não) – usado para negar uma proposição; “ ∧ ” (e)
– usado para fazer a conjunção de proposições; “ ∨ ” (ou) – usado para fazer a disjunção de
proposições; “ → ” (implicação) – usado para relacionar condicionalmente as proposições, isto
é, “A → B” significa “se A então B”. A proposição “¬A” tem valor lógico contrário ao de A; a
proposição “A ∨ B” terá valor lógico F quando A e B forem F, caso contrário será sempre V; a
proposição “A ∧ B” terá valor lógico V quando A e B forem V, caso contrário será sempre F;
a proposição “A → B” terá valor lógico F quando A for V e B for F, caso contrário será
sempre V.
Considerando as definições apresentadas no texto anterior, as letras proposicionais adequadas
e a proposição “Nem Antônio é desembargador nem Jonas é juiz”, assinale a opção
correspondente à simbolização correta dessa proposição.
A) ¬(A ∧ B)
B) (¬A) ∨ (¬B)
C) (¬A) ∧ (¬B)
D) (¬A) → B
E) ¬[A ∨ (¬B)]

Comentários.
Reescrevendo a frase:
(Antônio não é desembargador) e (Jonas não é juiz).
Sejam A e B as proposições a seguir:
A: Antônio é desembargador.

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B: Jonas é juiz.
Representando a proposição composta em símbolos:
(¬A) ∧ (¬B)
Gabarito: C

3 Tabela verdade dos conectivos


Uma tabela verdade relaciona os valores lógicos das proposições compostas, conforme os
valores lógicos das proposições simples.
Para entendermos como funciona a tabela para cada conectivo, veremos exercícios mais
simples, por mim elaborados (exercícios propostos – sigla EP). Em seguida, veremos as
questões do CESPE a respeito.

EP 1 João vai viajar. Antes de pegar a estrada, passou na oficina para que fosse feita uma
revisão nos freios e na suspensão de seu carro.
No dia seguinte, João vai à oficina buscar seu carro. Em cada uma das situações abaixo, como
João classificaria o atendimento da oficina?
a) foram checados os freios e a suspensão
b) foram checados só os freios; a suspensão não foi checada
c) foi checada só a suspensão; os freios não foram checados
d) não foi checada a suspensão; os freios também não foram checados

Resolução:
O que João quer é realizar uma viagem segura. Ele só estará seguro se os dois itens
mencionados forem checados. Não adianta nada estar com os freios bons e a suspensão ruim.
João continuará correndo risco de acidente. Da mesma forma, não é seguro ele viajar com a
suspensão em ordem se os freios não estiverem ok.
Deste modo, a única situação em que João vai aprovar o atendimento da oficina será na letra
“a”, em que os dois itens são checados. Em qualquer outra hipótese, o atendimento terá sido
falho.
João só estará satisfeito com o atendimento quando os dois itens forem checados (suspensão e
freios). Ele só estará satisfeito com o atendimento quando for checado o freio e também for
checada a suspensão.
Analogamente, uma proposição com o conectivo “e” só será verdadeira quando todas as suas
“parcelas” forem verdadeiras. Ou ainda, quando todos seus termos forem verdadeiros.

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ATENÇÃO:
Existe apenas uma situação em que a conjunção é verdadeira: quando todas as suas
→ “parcelas” são verdadeiras (ou ainda, quando todas as proposições simples são verdadeiras).
Em outras palavras: para que a proposição composta seja verdadeira, as proposições simples
devem ser conjuntamente verdadeiras (por isso o nome: conjunção)

EP 2 Hoje é feriado e Maria quer fazer um almoço especial. Para tanto, incumbiu José, seu
marido, de ir comprar a “mistura”.
Como eles moram numa cidade pequena, Maria sabe que muitos estabelecimentos comerciais
estarão fechados (ou seja, José pode ter dificuldades para “cumprir sua missão”).
Por isso ela deixou opções para ele: José pode comprar carne ou peixe.
Em cada uma das situações abaixo, como Maria avaliaria o cumprimento da tarefa de José?
a) José comprou a carne, mas não comprou o peixe.
b) José comprou o peixe, mas não comprou a carne.
c) José comprou a carne e o peixe.
d) José não comprou nem carne nem peixe.

Resolução:
A idéia de Maria é ter algo pra fazer de almoço. Se o José comprar qualquer um dos dois itens
(peixe ou carne), terá cumprido sua tarefa com êxito e Maria poderá fazer o almoço.
Assim, nas letras “a” e “b”, Maria ficará satisfeita com José, tendo em vista que ele comprou
pelo menos uma das duas opções de mistura. O almoço estará garantido.
Na letra “c” José teve, igualmente, êxito. Comprou ambos: peixe e carne. Maria não só poderá
fazer o almoço de hoje como também já poderá planejar o almoço do dia seguinte.
Só na letra “d” é que Maria ficará insatisfeita com seu marido. Na letra “d”, José voltou para
casa de mãos abanando. José voltou sem nada e o almoço ficou prejudicado.
Neste exemplo, José precisava comprar a carne ou o peixe. Isto significa que ele precisava
comprar pelo menos um dos dois. Poderia ser só a carne, só o peixe, ou ambos, carne e peixe.
A única situação em que José não cumpre sua tarefa é aquela em que ele não compra nada:
nem carne nem peixe.
Analogamente, uma proposição com o conectivo “ou” só será falsa se todas as suas “parcelas”
forem falsas (ou ainda: se todas as proposições simples que a compõem forem falsas).

ATENÇÃO:
Existe apenas uma situação em que a disjunção é falsa: quando todas as suas “parcelas” são
falsas (ou ainda, quando todas as proposições simples são falsas).

Em outras palavras, a proposição composta será verdadeira mesmo que as proposições
simples sejam separadamente (ou disjuntamente) verdadeiras, ou seja, mesmo que apenas
uma delas seja verdadeira.

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EP 3 Augusto contratou um seguro de carro. O seguro protegia contra batidas. Assim, se


Augusto bater o carro, então a seguradora paga a indenização.
Como Augusto avaliaria a seguradora em cada situação abaixo:
a) Augusto bate o carro e a seguradora paga a indenização
b) Augusto bate o carro e a seguradora não paga a indenização
c) Augusto não bate o carro e a seguradora paga a indenização
d) Augusto não bate o carro e a seguradora não paga a indenização

Na letra “a”, temos a situação normal de contrato. Augusto bateu o carro e a seguradora paga
a indenização. A seguradora cumpriu com seu papel e Augusto ficará satisfeito com o serviço
prestado pela seguradora.
Na letra “b”, Augusto bateu novamente o carro. A seguradora deveria pagar o seguro.
Deveria, mas não o fez. Augusto certamente ficará insatisfeito com a seguradora, podendo
acionar o Procon, a justiça, etc.
Na letra “c”, temos uma situação até meio irreal. Augusto nem bateu o carro e a seguradora
está dando dinheiro para ele. Ô seguradora boa, hein! Podemos pensar que se trata de um
prêmio, ou desconto, alguma vantagem. Seria a situação em que as seguradoras premiam bons
clientes. Na letra “c”, novamente o Augusto ficará satisfeito com o atendimento da
seguradora. Muito satisfeito, por sinal.
Na letra “d”, Augusto não bate o carro e a seguradora não paga a indenização. Augusto tem o
direito de ficar insatisfeito? Não, não tem. A seguradora não tinha obrigação de pagar
indenização nenhuma. Afinal de contas, Augusto não bateu o carro.
Na letra “d”, Augusto não tem motivo nenhum para dizer que a seguradora prestou um mal
serviço. Portanto, ele, não tendo motivos concretos para fazer uma avaliação negativa, diria
que a Seguradora presta um bom serviço (ou seja, presume-se que seja uma boa empresa, até
prova em contrário).
Observe a situação inicial. Temos exatamente uma frase com “se... então”. Se Augusto bater o
carro, então a seguradora paga a indenização. Vamos dividir esta frase em duas “parcelas”. A
primeira parcela se refere a Augusto bater o carro. A segunda se refere à seguradora pagar a
indenização.
A única possibilidade de Augusto ficar insatisfeito ocorre quando a primeira “parcela”
acontece (ou seja, quando ele bate o carro) e a segunda “parcela” não acontece (ou seja,
quando a seguradora não paga a indenização).
De modo análogo, uma proposição: se “p”, então “q”, só é falsa quando “p” é verdadeiro e
“q” é falso.

Como os alunos costumam ter um pouco de dúvidas neste conectivo condicional, vejamos
outro exemplo.

EP 4 Júlia, hoje pela manhã, disse à sua amiga: hoje, se fizer sol, eu vou ao clube.
Ao final do dia, temos as situações descritas abaixo. Em cada uma delas, avalie se Júlia disse
a verdade ou se Júlia mentiu.

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a) fez sol e Júlia foi ao clube.


b) fez sol e Júlia não foi ao clube.
c) não fez sol e Júlia foi ao clube.
d) não fez sol e Júlia não foi ao clube.

Resolução:
Na letra “a” fez sol. E Júlia disse que, se fizesse sol, ela iria ao clube. Como ela de fato foi ao
clube, então ela disse a verdade.
Na letra “b”, novamente, fez sol. E Júlia disse que, se fizesse sol, ela iria ao clube. Como ela
não foi ao clube, ela mentiu.
Nas letras “c” e “d”, não fez sol. Ora, Júlia não prometeu nada para o caso de não fazer sol. O
compromisso dela era apenas para o caso de fazer sol. Ela assumiu um compromisso de,
fazendo sol, ir ao clube.
Ora, se não fez sol, então Júlia está liberada de seu compromisso. Ela não prometeu nada caso
chovesse, ou ficasse nublado.
Portanto, não interessa o que ela tenha feito nas letras “c” e “d”. Você não pode dizer que ela
mentiu.
Se considerarmos que a situação inicial é composta de duas “parcelas”, teríamos o seguinte:
primeira parcela – fazer sol; segunda parcela – Júlia ir ao clube.
Novamente, a única situação em que dizemos que Júlia mente ocorre quando a primeira
parcela acontece (ou seja, faz sol) e a segunda não acontece (Júlia não vai ao clube).
De modo análogo, uma proposição com o conectivo “se... então” só é falsa quando a primeira
proposição for verdadeira e a segunda for falsa.

ATENÇÃO:
→ Existe apenas uma situação em que o condicional é falso: quando a primeira proposição for
verdadeira e a segunda, falsa.

RESUMINDO TUDO!
Sejam duas proposições simples P e Q. As tabelas verdades das proposições compostas são:
Tabela verdade do conectivo e:
P Q P∧Q
V V V
V F F
F V F
F F F
Tabela verdade do conectivo ou:

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P Q P∨Q
V V V
V F V
F V V
F F F

Tabela verdade do conectivo “se ... então”:


P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Nas tabelas verdades acima, apresentamos qual o valor lógico de cada uma das proposições
compostas, conforme o valor lógico de P e Q.
Por fim, falta ver a tabela verdade da negação. A negação tem a propriedade de transformar o
que era verdadeiro em falso (e vice versa).
Q ¬Q
V F
F V
Para praticar, vejamos alguns exercícios.

EC 8. INSS 2008 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V — ou falsas — F
—, mas não como ambas. Se P e Q são proposições, então a proposição “Se P então Q”,
denotada por P → Q, terá valor lógico F quando P for V e Q for F, e, nos demais casos, será V.
Uma expressão da forma ¬P, a negação da proposição P, terá valores lógicos contrários aos de
P. P ∨ Q, lida como “P ou Q”, terá valor lógico F quando P e Q forem, ambas, F; nos demais
casos, será V.
Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C,
que podem ou não estar de acordo com o artigo 5.º da Constituição Federal.
A: A prática do racismo é crime afiançável.
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será
extraditado.
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A, B e C, a partir
da Constituição Federal, julgue os itens a seguir.
1. Para a simbolização apresentada acima e seus correspondentes valores lógicos, a
proposição B → C é V.
2. De acordo com a notação apresentada acima, é correto afirmar que a proposição
(¬A) ∨ (¬C) tem valor lógico F.

Comentários.
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Para a resolução da questão, o candidato precisaria lembrar alguma coisinha do artigo 5º da


CF. Vamos reproduzir alguns de seus incisos:
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

Deste modo, temos condições de saber se as proposições A, B e C são verdadeiras ou falsas.


A: Falsa
B: Verdadeira
C: Falsa
Vamos ao primeiro item:
Queremos saber o valor lógico do condicional:
Se B então C.
Sabemos que a primeira parcela é verdadeira e a segunda é falsa. Esta é a única situação em
que o condicional é falso.
Gabarito: errado

Segundo item:
Sabemos que A é falsa. Logo, a negação de A é verdadeira.
Sabemos que C é falsa. Logo, a negação de C é verdadeira.
¬A : verdadeira
¬C : verdadeira
A proposição solicitada foi: (¬A) ∨ (¬C).
Temos um “ou” em que as duas “parcelas” são verdadeiras, o que faz com que a proposição
composta seja verdadeira.
Gabarito: errado.

Texto II (para as questões EC 9 a EC 11)


De acordo com a forma de julgamento proposta no texto I, as várias proposições contidas no
texto abaixo devem ser consideradas verdadeiras — V.

Em 1932, o Governo Provisório, chefiado por Getúlio Vargas, criou dois organismos
destinados a solucionar conflitos trabalhistas: Comissões Mistas de Conciliação e Juntas de
Conciliação e Julgamento. As primeiras tratavam de divergências coletivas, relativas a
categorias profissionais e econômicas. Eram órgãos de conciliação, não de julgamento. As
segundas eram órgãos administrativos, mas podiam impor a solução às partes. A Constituição
de 1946 transformou a justiça do trabalho em órgão do Poder Judiciário.

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A justiça trabalhista estruturou-se com base nas Juntas de Conciliação e Julgamento,


presididas por um juiz de direito ou bacharel nomeado pelo presidente da República para
mandato de dois anos, e compostas pelos vogais indicados por sindicatos, representando os
interesses dos trabalhadores e empregadores, para mandato também de dois anos.
A CF atribuiu a titulação de juiz aos representantes classistas, extinta pela EC n.º 24/1999,
que também alterou a denominação das Juntas de Conciliação e Julgamento, que passaram a
se chamar Varas do Trabalho.
Os magistrados ingressam na carreira mediante concurso público de provas e títulos, exceção
apenas é a admissão do quinto constitucional, pelo qual advogados (OAB) e procuradores
(MP) ingressam diretamente e sem concurso no tribunal, indicados pelas respectivas
entidades.
As juntas julgavam os dissídios individuais e os embargos opostos às suas decisões, quando o
valor da causa não ultrapassava seis salários mínimos nos estados de São Paulo e Rio de
Janeiro (art. 894 da CLT, hoje com nova redação). O Tribunal Regional da 1.ª Região tinha
jurisdição no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Espírito Santo, sendo que, além das juntas já
citadas, funcionavam as de Niterói, Campos, Petrópolis, Cachoeiro de Itapemirim e Vitória.
Só existiam substitutos na sede e eram apenas quatro, que permaneceram nessa situação
durante doze anos.
Internet: < www.trtrio.gov.br> (com adaptações).

EC 9. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Com base nas informações do texto I, julgue os itens subseqüentes, relativos às informações
históricas apresentadas no texto II.
I - As Juntas de Conciliação e Julgamento tratavam de divergências coletivas ou a justiça
trabalhista estruturou-se com base nas Juntas de Conciliação e Julgamento.
II - Os magistrados ingressam na carreira mediante concurso público de provas orais a
respeito de direito trabalhista.
III - Se a justiça do trabalho não teve início como órgão meramente administrativo, então não
houve alteração de sua competência na CF.
IV - Os representantes classistas têm a titulação de juiz desde a EC n.º 24/1999.
V - O Tribunal Regional da 1.ª Região tinha jurisdição no Distrito Federal, Rio de Janeiro e
Espírito Santo, sendo que, além das juntas já citadas, também havia São Paulo e Minas
Gerais.

São apresentadas proposições verdadeiras apenas nos itens


a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.

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Resolução:
Primeira proposição:
I - As Juntas de Conciliação e Julgamento tratavam de divergências coletivas ou a justiça
trabalhista estruturou-se com base nas Juntas de Conciliação e Julgamento.
Podemos separar esta proposição em duas parcelas, conectadas por um “ou”:
· 1ª parcela: As Juntas de Conciliação e Julgamento tratavam de divergências coletivas.
· 2ª parcela: A justiça trabalhista estruturou-se com base nas Juntas de Conciliação e
Julgamento.
Segundo o texto, quem tratava de divergências coletivas eram as Comissões Mistas de
Conciliação e não as Juntas de Conciliação e Julgamento. A primeira parcela (ou a primeira
proposição simples) é falsa.
A segunda parcela é cópia de trecho do texto, pelo que a consideramos verdadeira.
Como uma das parcelas do “ou” é verdadeira, já concluímos que a proposição composta
inteira é verdadeira. Já descartamos três alternativas, que não indicam a proposição I.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
Segunda proposição:
II - Os magistrados ingressam na carreira mediante concurso público de provas orais a
respeito de direito trabalhista.
Segundo o texto, os magistrados ingressam na carreira mediante concurso de provas e títulos
ou, no caso do quinto constitucional, por meio de indicações. Proposição falsa.
Com isso descartamos a letra A e ficamos com a B.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
Gabarito: B

EC 10. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Com respeito às informações apresentadas nos textos I a II, assinale a opção que representa
uma proposição falsa — F.
a) Se as Comissões Mistas de Conciliação não eram órgãos de julgamento, então elas não
tratavam de divergências coletivas.

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b) Se o valor da causa não ultrapassasse seis salários mínimos nos estados de São Paulo e Rio
de Janeiro, então as juntas julgavam os dissídios individuais.
c) O Tribunal Regional da 1.ª Região possuía juntas em Cachoeiro de Itapemirim e em
Campos.
d) Um procurador pode ser indicado para ingressar no TRT/1.ª Região sem realizar concurso
público.
e) Se as juntas não julgavam os embargos opostos à sua decisão, então as comissões o faziam.

Resolução.
Letra A.
A proposição dada é:
Se as Comissões Mistas de Conciliação não eram órgãos de julgamento, então elas não
tratavam de divergências coletivas.
Podemos dividi-la em duas proposições simples:
P: As Comissões Mistas de Conciliação não eram órgãos de julgamento.
Q: As Comissões Mistas de Conciliação não tratavam de divergências coletivas.
Com isso, nossa proposição composta é:
P→Q
Segundo o texto, realmente, as Comissões Mistas de Conciliação não eram órgãos de
julgamento. Logo, P é verdadeira.
Ainda segundo o texto, as Comissões Mistas de Conciliação tratavam sim de divergências
coletivas. Logo, Q é falsa.
A primeira proposição é verdadeira e a segunda é falsa. Este é o único caso em que o
condicional é falso.
Já achamos a proposição falsa.
Gabarito: A

EC 11. TRT 1ª Região 2008 [CESPE – Questão adaptada]


Com base nas informações dos textos I e II, considere que P simbolize a proposição “A
Constituição de 1946 transformou a justiça do trabalho em órgão do Poder Judiciário” e Q
simbolize a proposição “A CF alterou a denominação das Juntas de Conciliação e
Julgamento”. Nessa situação, de acordo com os valores lógicos corretos de P e de Q, a
proposição composta que tem valor lógico F é:
a) (¬P) ∧ Q.
b) Q → (¬P).
c) (¬P) ∨ (¬Q).
d) (¬P) → Q.
e) ¬(P ∧ Q).

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Resolução:
O enunciado original pedia que se assinalasse a alternativa com a proposição composta que
tem valor V. Acontece que quatro alternativas são verdadeiras, o que fez com que a questão
original fosse anulada. Por isso, adaptamos a questão, pedindo para vocês assinalarem a que
tem valor F.
As proposições dadas são:
P: A Constituição de 1946 transformou a justiça do trabalho em órgão do Poder Judiciário.
Q: A CF alterou a denominação das Juntas de Conciliação e Julgamento.
A proposição P é cópia de trecho do texto, sendo, por isso, verdadeira. A proposição Q é
falsa, pois, segundo o texto, a alteração na denominação das Juntas só se deu com a emenda
24/1999.
P: Verdadeira
Q: Falsa
Vamos para a alternativa A:
(¬P) ∧ Q.
Temos um “e”. Para que ele seja verdadeiro, ambas as parcelas devem ser verdadeiras. A
primeira parcela é (¬P). Como P é verdadeira, concluímos que sua negação é falsa. Logo, a
primeira parcela da conjunção é falsa, o que faz com que a proposição inteira seja falsa.
Já achamos a resposta. De todo modo, apenas para treinarmos, vejamos as demais
alternativas.

Letra B:
Q → (¬P)
A primeira parcela do condicional é falsa. Toda vez que a primeira parcela é falsa, o
condicional inteiro já é verdadeiro. É só lembrar do exemplo que demos lá no inicio da aula.
Se Augusto nem bateu o carro, a seguradora não tinha obrigação de pagar a indenização;
presumimos que é uma boa seguradora.

Letra C:
(¬P) ∨ (¬Q)
Temos um “ou”. Para que ele seja verdadeiro, pelo menos uma de suas parcelas deve ser
verdadeira.
Se Q é falsa, então sua negação é verdadeira. Logo, a segunda parcela é verdadeira, o que faz
com que a proposição composta com o conectivo “ou” também seja verdadeira.

Letra D:
(¬P) → Q.

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Sabemos que a negação de P é falsa. Quando a primeira parcela do condicional é falsa, o


condicional inteiro é verdadeiro.
Letra E:
¬(P ∧ Q).
Vamos analisar o “e” que está dentro do parêntesis. Uma de suas parcelas é o Q, que tem
valor F. Logo, o “e” é falso.
Ok, já vimos que o que está dentro do parêntesis é falso.
¬(F)
A negação de algo falso é verdadeiro. Logo, o valor lógico da proposição composta é
verdadeiro.
Gabarito: A

EP 5 Construa a tabela verdade para a proposição abaixo:


( p ∧ q) → r
Resolução.
Vamos começar pela proposição p. Ela pode ser verdadeira ou falsa.

Fixado o valor lógico de p, vamos para q. Em cada uma das situações acima, podemos ter q
sendo verdadeiro ou falso.
Isto está representado no diagrama abaixo.

E, para cada combinação de valores lógicos de p e q, temos duas possibilidades para r:


verdadeiro ou falso. Veja diagrama abaixo:

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Ou seja, há 8 cominações possíveis de valores lógicos para p, q e r.


Uma forma sistemática de abranger todos eles é assim. Para a proposição r, trocamos o valor
lógico de linha em linha.
r
V
F
V
F
V
F
V
F
Pronto. Fomos alternando os valores lógicos. Primeiro V, depois F, depois V, depois F.
Ok, agora vamos para a proposição q. Vamos alternando os valores lógicos de duas em duas
linhas.
q r
V V
V F
F V
F F
V V
V F
F V
F F

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Primeiro colocamos V e V. Depois F e F. Depois V e V. E assim por diante.

E o jeito de fazer é sempre assim, vamos sempre dobrando.


Vamos agora para a proposição p. Novamente dobramos. Alternamos os valores lógicos de 4
em 4 linhas.

p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Observem que:
- para “p”, alternamos o valor lógico a cada 4 linhas
- para “q”, alternamos o valor lógico a cada 2 linhas
- para “r”, alternamos o valor lógico a cada 1 linha.
Esta é uma forma sistemática de abranger todos os casos possíveis. No fundo no fundo,
simplesmente transformamos o diagrama em uma tabela.
E isso ajuda a lembrar que a tabela-verdade de uma proposição composta por n proposições
simples terá 2 n linhas.

Exemplo: se a proposição for composta por 2 proposições simples, ela terá 2 2 = 4 linhas.
Se a proposição for composta por 3 proposições simples, a tabela verdade terá 2 3 = 8 linhas.
Se a proposição for composta por 4 proposições simples, a tabela verdade terá 2 4 = 16 linhas.
Viu? Vai sempre dobrando (4, 8, 16, 32, ...)

→ Se uma proposição é composta por n proposições simples, sua tabela verdade terá 2n linhas.

Agora que já conseguimos relacionar todas as combinações de valores lógicos para p, q e r,


podemos continuar montando a tabela verdade.
A proposição composta é:
( p ∧ q) → r
O parêntesis nos indica que devemos, primeiro, fazer o “e”.

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p q r p∧q
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Para tanto, consultamos as colunas p e q.
Quando p e q são verdadeiros, a conjunção também é verdadeira.
p q r p∧q
V V V V
V V F V
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Em qualquer outro caso, ou seja, quando pelo menos uma das parcelas é falsa, a conjunção
será falsa (em vermelho o que preenchemos agora, em azul o que já havia sido preenchido).
p q r p∧q
V V V V
V V F V
V F V F
V F F F
F V V F
F V F F
F F V F
F F F F
Pronto. Já fizemos a parcela que está entre parêntesis.
Agora podemos finalmente fazer a coluna da proposição composta desejada.
p q r p ∧ q ( p ∧ q) → r
V V V V
V V F V
V F V F
V F F F
F V V F
F V F F
F F V F
F F F F
Temos um condicional. Suas parcelas são:
1ª parcela: p ∧ q
2ª parcela: r

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O condicional só é falso quando a primeira parcela é verdadeira e a segunda é falsa.

Em qualquer outro caso, o condicional é verdadeiro.

p q r p∧q ( p ∧ q) → r
V V V V V
V V F V F
V F V F V
V F F F V
F V V F V
F V F F V
F F V F V
F F F F V
Pronto. Montamos a tabela-verdade da proposição composta ( p ∧ q) → r .

Para praticar, vejamos alguns exercícios de concursos.

EC 12. Sebrae 2008 [CESPE]


Julgue os itens a seguir:
1. Considere o quadro abaixo, que contém algumas colunas da tabela verdade da proposição
P → [Q ∨ R].

Nesse caso, pode-se afirmar que a última coluna foi preenchida de forma totalmente correta.

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2. Considere o quadro abaixo, que apresenta algumas colunas da tabela verdade referente à
proposição P ∧ [Q → R].

Nesse caso, pode-se afirmar que a última coluna foi preenchida de forma totalmente correta.

Comentários.
Primeiro item.
A idéia aqui, para ganhar tempo, é não preencher a tabela inteira.
P Q R Q∨ R P → (Q ∨ R )
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Antes de iniciarmos, é conveniente frisar a forma como foi construída a tabela. Observem
que, para a proposição R, o valor lógico vai alternando de linha em linha. Para a proposição
Q, o valor lógico muda de 2 em 2 linhas. Para P o valor lógico muda de 4 em 4 linhas. Isso é
uma forma sistemática de abranger todas as combinações de valores lógicos das três
proposições. Caso tivéssemos uma quarta proposição, seus valores lógicos seriam trocados a
cada 8 linhas. Sempre assim, sempre dobrando.
Isso até ajuda a lembrar que uma tabela-verdade precisa sempre ter 2n linhas, onde n é o
número de proposições simples. Se for uma proposição simples, a tabela terá 2 linhas. Se
forem 2 proposições simples, a tabela terá 4 linhas, e assim por diante, sempre dobrando.

Continuando a questão.
Na última coluna, temos um condicional. Sua primeira parcela é P e sua segunda parcela é
Q∨ R.

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O único caso em que o condicional é falso é quando a primeira parcela é verdadeira e a


segunda é falsa. Logo, o condicional só será falso quando:
P: Verdadeiro
Q ∨ R : Falso
A segunda parcela do condicional é: Q ∨ R . Temos um “ou”. Ele só será falso quando Q e R
forem falsas. Logo, o único caso que o nosso condicional é falso é quando:
P: Verdadeiro
Q : Falso
R : Falso
P Q R Q∨R P → (Q ∨ R )
V V V
V V F
V F V
V F F F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Se este é o único caso de falso, todas as demais linhas do condicional são verdadeiras.
P Q R Q∨R P → (Q ∨ R )
V V V V
V V F V
V F V V
V F F F F
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V
A última coluna dada no item foi preenchida de forma correta.
Gabarito: Certo

Segundo item.
Novamente, vamos tentar não preencher a tabela inteira.
P Q R Q→R P ∧ (Q → R )
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

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Na última coluna, temos um “e”, formado por duas parcelas. A primeira é P e a segunda é
Q → R.
Quando a primeira parcela é falsa, o “e” ´já é falso. Nem precisamos olhar o que acontece
com a outra parcela.
P Q R Q→R P ∧ (Q → R )
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V F
F V F F
F F V F
F F F F
Para ficar bem claro, vou colocar um tracejado para indicar que não nos interessa o que
acontece com Q → R quando P é falso.
P Q R Q→R P ∧ (Q → R )
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V ----- F
F V F ---- F
F F V ---- F
F F F ---- F
Nas demais linhas, P é verdadeiro. Assim, o valor lógico do “e” vai depender da segunda
parcela ( Q → R ).
Na segunda parcela, temos um condicional. Ele só será falso quando (fazendo com que o “e”
seja falso), quando Q for verdadeiro e R for falso.
P Q R Q→R P ∧ (Q → R )
V V V
V V F F F
V F V
V F F
F V V ----- F
F V F ---- F
F F V ---- F
F F F ---- F
Nos demais casos, a proposição dada na última coluna será verdadeira.

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P Q R Q→R P ∧ (Q → R )
V V V V
V V F F F
V F V V
V F F V
F V V ----- F
F V F ---- F
F F V ---- F
F F F ---- F
A última coluna dada na questão não foi preenchida de forma correta.
Gabarito: Errado.

EC 13. STF 2008 [CESPE]


Considere que P, Q e R sejam proposições lógicas e que os símbolos “ ∨ ”, “ ∧ ”, “ → ” e “ ¬ ”
representem, respectivamente, os conectivos “ou”, “e”, “implica” e “negação”. As
proposições são julgadas como verdadeiras – V – ou como falsas – F. Com base nestas
informações, julgue os itens seguintes relacionados a lógica proposicional.

1. A última coluna da tabela-verdade corresponde à proposição ( P ∧ R) → Q


P Q R P∧R
V V V V
V V F V
V F V F
V F F V
F V V F
F V F V
F F V F
F F F V

2. A última coluna da tabela-verdade abaixo corresponde à proposição (¬P ) ∨ (Q → R )


P Q R ¬P Q

R
V V V V
V
V
V F
V F
F V
F
F
V V
F V
V V
F V F V
F F V V
F F F V

Resolução:
Primeiro item.

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Novamente, a idéia é não preencher a tabela inteira. Vamos preencher o necessário para
responder à questão.
P Q R P∧R ( P ∧ R) → Q
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Na última coluna temos um condicional. O único caso em que ele é falso é quando a primeira
parcela é verdadeira e a segunda é falsa.
P ∧ R : verdadeira
Q: Falsa
( P ∧ R) → Q : Falsa
A primeira parcela é composta por um “e”. Para que a primeira parcela seja verdadeira, P e R
devem ser verdadeiros.
P: verdadeiro
R: verdadeiro
Q: Falsa
( P ∧ R) → Q : Falsa
Logo, o único caso em que o condicional é falso é quando P é verdadeiro, R é verdadeiro e Q
é falso.
P Q R P∧R ( P ∧ R) → Q
V V V
V V F
V F V V F
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Deste modo, em todas as outras linhas da última coluna o valor lógico será V.
P Q R P∧R ( P ∧ R) → Q
V V V V
V V F V
V F V V F
V F F V
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V

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Observem que a última coluna não corresponde ao fornecido no enunciado. O item está
errado.
Gabarito: errado.

Segundo item.
P Q R ¬P Q→R (¬P ) ∨ (Q → R)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Na última coluna temos um “ou”. Ele só será falso quando as duas parcelas forem falsas. Ou
seja, (¬P ) ∨ (Q → R ) é falso se:
¬P é falso (logo P é verdadeiro)
(Q → R) é falso
Na segunda parcela do “ou” temos um condicional. Ele só é falso quando a primeira parcela é
verdadeira e a segunda é falsa. Ou seja, o condicional só é falso quando:
Q é verdadeiro
R é falso
Portanto, a proposição (¬P ) ∨ (Q → R ) só será falsa se:
P é verdadeiro
Q é verdadeiro
R é falso
P Q R ¬P Q→R (¬P ) ∨ (Q → R)
V V V
V V F F F F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Vimos que o caso acima é o único em que a proposição (¬P ) ∨ (Q → R ) é falsa. Em todos os
demais casos, ela é verdadeira.
P Q R ¬P Q→R (¬P ) ∨ (Q → R)
V V V V
V V F F F F
V F V V
V F F V
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F V V V
F V F V
F F V V
F F F V
A última coluna ficou exatamente como informado no enunciado. Item correto.
Gabarito: certo

EC 14. TRT 5ª Região 2008 [CESPE]


Na tabela abaixo, a última coluna da direita corresponde à tabela-verdade da proposição
(¬A) ∨ B → ¬( A ∨ B)

Comentários.
O valor lógico de ¬A é o oposto do valor lógico de A.
A B ¬A (¬A) ∨ B ¬( A ∨ B) (¬A) ∨ B → ¬( A ∨ B)
V V F
V F F
F V V
F F V
Agora vamos focar na proposição (¬A) ∨ B .
Temos um “ou”, onde as parcelas são:
1ª parcela: ¬A
2ª parcela: B
Este “ou” só será falso quando todas as parcelas forem falsas.
A B ¬A (¬A) ∨ B ¬( A ∨ B) (¬A) ∨ B → ¬( A ∨ B)
V V F
V F F F
F V V
F F V
Este “ou” é justamente a primeira parcela do condicional “ (¬A) ∨ B → ¬( A ∨ B ) ”.
E nós sabemos que, quando a primeira parcela do condicional é falsa, o condicional é
verdadeiro

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A B ¬A (¬A) ∨ B ¬( A ∨ B) (¬A) ∨ B → ¬( A ∨ B)
V V F
V F F F V
F V V
F F V
Isto já nos permite concluir que o item está falso.
Gabarito: errado

EC 15. MPOG 2009 [ESAF]


Entre as opções abaixo, a única com valor lógico verdadeiro é:
a) Se Roma é a capital da Itália, Londres é a capital da França.
b) Se Londres é a capital da Inglaterra, Paris não é a capital da França.
c) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital da França.
d) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital da Inglaterra.
e) Roma é a capital da Itália e Londres não é a capital da Inglaterra.

Comentários:
Letra A
Temos um condicional:
1ª parcela: Roma é a capital da Itália (verdadeiro)
2ª parcela: Londres é a capital da França (falso)
Quando a primeira parcela do condicional é verdadeira e a segunda é falsa, o condicional é
falso.

Letra B.
Outro condicional em que a primeira parcela é verdadeira e a segunda é falsa. Proposição
falsa.

Letra C.
Aqui vem algo muito interessante. Quando temos diversos conectivos, costumamos utilizar
parêntesis ou colchetes para indicar qual tem precedência.
Como exemplo, considere as duas proposições abaixo:
P ∧ (Q ∨ R)
( P ∧ Q) ∨ R
Na primeira delas, o “ou” tem prioridade, por causa dos parêntesis. Primeiro fazemos “Q ou
R”. Depois, pegamos o resultado disso e fazemos a conjunção com P.

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Na segunda proposição, a conjunção tem preferência. Primeiro fazemos “P e Q”. Depois


pegamos o resultado disso e fazemos a disjunção com R.

Há situações em que os parêntesis são omitidos. Neste caso, temos que saber a ordem
de precedência entre os conectivos. A ordem é:
1º: operador “não”

2º: conectivo “e”

3º: conectivo “ou”

4º: conectivo “se então”


Quando a frase está escrita em linguagem comum (em vez da utilização da simbologia
lógica), não há como colocar parêntesis para indicar qual conectivo deve ser feito primeiro.
Neste caso, seguimos a ordem acima indicada.

A proposição em questão é:
Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital da França.
Temos um “e” e um “ou”. Seguindo a ordem de precedência, primeiro fazemos o “e”. Depois
fazemos o “ou”. Colocando parêntesis, ficaria assim:
(Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França) ou Paris é a capital da França.

A proposição é composta por um “ou”.


Primeira parcela: (Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França)
Segunda parcela: Paris é a capital da França.
Observem que a segunda parcela do “ou” é verdadeira. Isto já é suficiente para que a
proposição inteira seja verdadeira.
ATENÇÃO:
Ordem
Achamos de precedência
a alternativa entre os conectivos:
correta.
1 – operador
Gabarito: C “não”

2–e
3 – ou
4 – se... então

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EC 16. TCE RN 2009 [CESPE]


Se A, B, C e D são proposições, em que B é falsa e D é verdadeira, então, independentemente
das valorações falsa ou verdadeira de A e C, a proposição A ∨ B → C ∧ D será sempre
verdadeira.

Comentários.
Notem que a questão não usou parêntesis para indicar o que deve ser feito primeiro.
Conhecendo a ordem de precedência entre os conectivos, já sabemos que a proposição dada é:
( A ∨ B) → (C ∧ D)
Sabemos que B é falso e D é verdadeiro. Com isso, temos:
( A ∨ F ) → (C ∧ V )
Na primeira parcela do condicional temos a disjunção entre a proposição A e algo que é falso.
Portanto, o valor lógico da disjunção vai depender do valor lógico de A.
Se A for verdadeiro, a disjunção é verdadeira. Contrariamente, se A for falso, a disjunção é
falsa.
Ficamos com:
( A) → (C ∧ V )
Na segunda parcela do condicional temos uma conjunção entre a proposição C e algo que é
verdadeiro. Logo, o valor lógico da conjunção dependerá de C.
( A) → (C )
Esta proposição acima pode sim ser falsa. Basta que A seja verdadeiro e C seja falso.
Assim, quando A é verdadeiro, B é falso, C é falso e D é verdadeiro, a proposição
A ∨ B → C ∧ D é falsa.
Gabarito: errado

EC 17. Técnico Judiciário STF 2008 [CESPE]


1. Uma tautologia é uma proposição lógica composta que será verdadeira sempre que os
valores lógicos das proposições simples que a compõem forem verdadeiros.
2. Caso as colunas em branco na tabela abaixo sejam corretamente preenchidas, a última
coluna dessa tabela corresponderá à expressão [P ∧ (¬Q )] ∨ [Q → P ] .

P Q ¬Q [P ∧ (¬Q )] Q→P
V V V
V F V
F V F
F F V
Resolução:
Primeiro item.

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CURSO ON-LINE 34
PACOTE DE EXERCÍCIOS - MATÉRIAS COMUNS - ABIN

Uma tautologia é uma proposição lógica composta que será verdadeira sempre, independente
dos valores lógicos das proposições simples.
Aproveitando a oportunidade, lembro outro conceito importante: o de contradição.
Uma contradição é uma proposição lógica composta que será falsa sempre, independente dos
valores lógicos das proposições simples.

O exemplo mais simples e corrente de tautologia é: P ∨ (¬P ) .


P ¬P P ∨ (¬P )
V F V
F V V
Notem que na última coluna temos apenas o valor V.
O exemplo mais simples de contradição é: P ∧ (¬P )
P ¬P P ∧ (¬P )
V F F
F V F
Quando a tabela verdade da proposição composta apresentar tanto valores lógicos V como F,
ela será uma contingência.
Exemplo de contingência:
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
ATENÇÃO:
Tautologia: proposição composta cuja tabela verdade só apresenta valor lógico V

Contradição: proposição composta cuja tabela verdade só apresenta valor lógico F.
Contingência: proposição composta que apresenta tabela verdade com valores lógicos V e F.

O item afirma que a tautologia é verdadeira apenas quando as proposições simples são todas
verdadeiras, o que é falso. A tautologia é sempre verdadeira, independente dos valores lógicos
das proposições simples.
Gabarito: Errado

Segundo item.

P Q ¬Q [P ∧ (¬Q )] Q→P [P ∧ (¬Q )] ∨ [Q → P ]


V V
V F
F V
F F

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PACOTE DE EXERCÍCIOS - MATÉRIAS COMUNS - ABIN

Uma forma mais rápida de resolver é utilizando as ferramentas da álgebra de proposições,


matéria que não veremos neste curso.
Então vamos lá, para a nossa resolução usual.
Na última coluna, temos um “ou”. Ele só será falso quando todas as parcelas forem falsas.
1ª parcela: [P ∧ (¬Q )]
2ª parcela: [Q → P ]

Muito bem, vamos tentar fazer com que as duas parcelas acima sejam falsas, ao mesmo
tempo.
Na segunda parcela, temos um condicional. Ele só será falso quando Q for verdadeiro e P for
falso.
Q: verdadeiro
P: falso
[Q → P] : falso
Este é o único caso em que a segunda parcela da disjunção será falsa.
Agora vamos para a primeira parcela. Temos uma conjunção. A primeira parcela da
conjunção é P, que, como vimos acima, é falso. Logo, a conjunção inteira será falsa.
Q: verdadeiro
P: falso
[P ∧ (¬Q )] : falso
Vamos preencher a tabela:
P Q ¬Q [P ∧ (¬Q )] Q→P [P ∧ (¬Q )] ∨ [Q → P ]
V V
V F
F V F F F F
F F
Em qualquer outra situação, Q → P será verdadeiro, o que faz com que a disjunção seja
verdadeira.
P Q ¬Q [P ∧ (¬Q )] Q→P [P ∧ (¬Q )] ∨ [Q → P ]
V V V
V F V
F V F F F F
F F V

A última coluna informada no comando da questão está correta.


Gabarito: Certo.

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Agora vamos ver exercícios sobre a tabela verdade dos últimos dois conectivos que faltam: o
bicondicional (se e somente se) e a disjunção exclusiva (ou...ou). Estes dois conectivos, de
forma geral, são pouco exigidos em prova.

EP 6 Inácio é um veterinário. Num dado dia, ele recebe dois cães, gravemente feridos (Alfa
e Beta, ambos vítimas de atropelamento). Os dois precisam de pronto atendimento. Do
contrário, irão falecer.
Inácio não tem outros veterinários para lhe auxiliar, só tendo condições de atender a um dos
cães por vez. Avalie o comportamento de Inácio nas situações abaixo.
a) Inácio atende Alfa e o salva; Beta não é atendido e morre.
b) Inácio atende Beta e o salva; Alfa não é atendido e morre.
c) Inácio tenta atender os dois ao mesmo tempo. Acaba não conseguindo atender nenhum dos
cães de forma adequada e ambos morrem.
d) Inácio não atende a nenhum dos dois e ambos morrem.

Na letra “a”, Inácio agiu corretamente. Ele não teria como atender os dois cães. Ele escolheu o
cão Alfa e o salvou. Era o máximo que ele poderia fazer naquelas condições. Pelo menos um
dos cães foi salvo. Na letra “a”, dizemos que Inácio agiu de forma adequada, dadas as
restrições que ele tinha.

Pelo mesmo raciocínio, na letra “b” também dizemos que Inácio agiu de forma adequada. Ele
só teria condições de salvar um cão. Ele escolheu Beta e o fez.

Na letra “c” Inácio não foi um bom profissional. Tentou atender aos dois cães, o que ele já
sabia que não seria possível. Consequentemente, nenhum cão foi atendido de forma adequada
e ambos morreram.

Na letra “d” Inácio também agiu de forma inadequada. Ao não atender nenhum dos cães, ele
simplesmente não salvou Alfa nem Beta (quando era possível salvar um dos dois).

Podemos dizer que ou Inácio atende Alfa ou Inácio atende Beta. As únicas formas de ele agir
corretamente são quando ele atende só o Alfa ou só o Beta. Dividindo a frase em duas partes,
teríamos: primeira parte – atender Alfa; segunda parte – atender Beta.
O comportamento de Inácio só é adequado quando a primeira parte acontece (atende Alfa) e a
segunda não (não atende Beta). Outra forma de seu comportamento ser adequado é quando a
primeira parte não acontece (não atende Alfa) e a segunda parte acontece (atende Beta).

De modo análogo, uma proposição com o conectivo “ou ... ou” só é verdadeira quando um
termo é verdadeiro e o outro é falso. Qualquer outra situação implica em proposição falsa.

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É muito importante a diferenciação entre a disjunção inclusiva (ou) e a disjunção exclusiva


(ou...ou).
Na disjunção inclusiva, estudada anteriormente, tínhamos um único “ou” na frase. Exemplo:
Pedro é alto ou Júlio é rico.
Para que esta frase seja verdadeira, pelo menos uma das parcelas deve ser verdadeira.

Pois bem, existe um outro conectivo que é bem parecido com ele. É o “ou... ou”. Agora são
dois “ou’s”, colocados na mesma proposição. É o chamado “ou exclusivo”. Seu símbolo é: ∨ .
Um exemplo de frase com “ou exclusivo” seria:
Ou Pedro é alto ou Júlio é rico.
Para que esta frase seja verdadeira, uma das parcelas deve ser verdadeira e a outra deve ser
falsa.
A tabela verdade do “ou exclusivo” é:
P S P ∨S
V V F
V F V
F V V
F F F
A tabela acima é quase igual à tabela do “ou inclusivo”. A única diferença se dá na primeira
linha, destacada em vermelho. Quando as duas proposições simples são verdadeiras, a
proposição composta é falsa.
Agora, vamos analisar apenas as linhas da tabela verdade em que a proposição composta é
verdadeira.
P S P ∨S
V V F
V F V
F V V
F F F
Nessas linhas, o fato de uma proposição simples ser verdadeira exclui a possibilidade da outra
também ser. Por isso o nome “exclusivo”. Podemos pensar que está excluído o caso em que as
duas proposições são verdadeiras.

É muito importante saber diferenciar a disjunção exclusiva (ou ... ou) da disjunção inclusiva.
As tabelas-verdades de ambas são quase iguais. A diferença se dá apenas quando os dois
termos são verdadeiros.
Na disjunção inclusiva, os dois termos verdadeiros implicam em proposição verdadeira. É só
lembrar do exemplo do José, que poderia comprar carne ou peixe. Quando as duas parcelas
acontecem (ou seja, quando ele compra carne e peixe), ele cumpriu sua missão (pois Maria
poderá fazer o almoço). José agiu de maneira satisfatória.
Na disjunção exclusiva, se os dois termos são verdadeiros, temos uma proposição falsa. É só
lembrar do exemplo do Inácio. Inácio deveria atender ou Alfa ou Beta. Quando as duas

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parcelas acontecem (ou seja, quando ele atende os dois cães), aí ele não agiu de forma
satisfatória (pois ambos, Alfa e Beta, morrem).

EP 7 Rosa foi ao médico, pois está sentindo dores. O médico faz alguns exames, para ver se
ela está doente ou não, e, se necessário, receita um medicamento.
Como Rosa avaliaria a qualidade do médico em cada uma das hipóteses abaixo?

a) Rosa estava doente e o médico receitou um remédio.


b) Rosa estava doente e o médico não receitou um remédio.
c) Rosa não estava doente e o médico receitou um remédio.
d) Rosa não estava doente e o médico não receitou um remédio.

Na letra “a”, Rosa estava realmente doente. O médico detectou a doença e receitou um
remédio. É exatamente o que se espera de um bom médico. Nesta situação, Rosa diria que seu
médico realizou um bom atendimento.

Na letra “b”, Rosa estava doente. O médico, contudo, não detectou a doença e não receitou
remédio algum. Para Rosa, ele certamente não foi um bom médico.

Na letra “c”, Rosa não estava doente. Ainda sim o médico receitou um remédio. Sabemos que
os remédios não podem ser usados indiscriminadamente, quando a pessoa está saudável. A
medicação desnecessária pode causar diversos efeitos negativos. Deste modo, na letra “c”
Rosa diria que se trata de um médico ruim, que receitou remédios desnecessariamente.

Na letra “d”, Rosa não estava doente. O médico percebeu isso e não receitou remédio
nenhum. Talvez só tenha recomendado descanso, repouso, algo do gênero. Mas agiu
corretamente, ao não prescrever nenhuma medicação. Foi um bom médico.

Podemos dizer que o médico deve receitar um remédio se e somente se Rosa estiver doente.
Separando a frase acima em duas parcelas, temos; primeira parcela – o médico receita o
remédio; segunda parcela – Rosa está doente.
O médico só será qualificado como um bom médico se as duas parcelas ocorrerem ou se as
duas não ocorrerem.
Caso uma das parcelas ocorra e a outra não, então ele será um médico ruim.
De forma análoga, uma proposição com o conectivo “se e somente se” só será verdadeira caso
os dois termos sejam verdadeiros ou caso os dois termos sejam falsos.
Se um dos termos for verdadeiro e o outro for falso, então a proposição com “se e somente se”
será falsa.

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O “se e somente se” é um conectivo que não é lá muito cobrado pelo CESPE. Seu símbolo é:
“ ↔ ”. Sua tabela verdade é:

p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Então, para que o “se, e somente se” seja verdadeiro, ou as duas proposições são verdadeiras
ou as duas são falsas.

II EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
EC 18. Sebrae 2008 [CESPE]
Julgue o item a seguir:
A proposição ¬(P ∧ Q) é equivalente à proposição (¬P) ∨ (¬Q).

Comentários:
Existem algumas proposições compostas que apresentam tabelas verdades idênticas. Quando
isso acontece, dizemos que as proposições envolvidas são equivalentes.
Em outras palavras, duas proposições compostas são equivalentes quando apresentam sempre
o mesmo valor lógico, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que as
compõem.
Quando duas proposições p, q são equivalentes escrevemos p ⇔ q .
É possível construirmos inúmeras equivalências lógicas. Para concursos, eu creio que 4 delas
são especialmente importantes:
· ~(p ∧ q) ⇔ (~p) ∨ (~q)
· ~(p ∨ q) ⇔ (~p) ∧ (~q)
· p → q ⇔ (~p) ∨ q
· p → q ⇔ (~q) → (~p)

Vamos focar na primeira equivalência lógica: ~(p ∧ q) ⇔ (~p) ∨ (~q).


Para comprovar que estas duas proposições são equivalentes, basta fazer as respectivas tabelas
verdades.
Vamos lá!
Vamos começar com a tabela-verdade de “~(p ∧ q)”
p q p∧q ~(p ∧ q)
V V V F
V F F V
F V F V
F F F V

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Agora vamos para a tabela verdade de (~p) ∨ (~q)


p ~p q ~q (~p) ∨ (~q)
V F V F F
V F F V V
F V V F V
F V F V V
Observem as últimas colunas, destacadas em vermelho.
Elas são idênticas!!!
Por isso dizemos que as proposições “~(p ∧ q)” e “(~p) ∨ (~q)” são equivalentes.

Na primeira proposição nós temos a negação de uma conjunção.


Na segunda proposição, nós temos a disjunção de duas negações.

Dando exemplos com frases fica mais fácil.


P: É falso que Pedro é alto e Júlio é rico.
Olhem a estrutura desta proposição. Temos uma negação, que incide sobre o conectivo “e”.
P: É falso que ((Pedro é alto) e (Júlio é rico).
A proposição equivalente seria:
Q: (Pedro não é alto) ou (Júlio não é rico)
Em outras palavras: A negação de “Pedro é alto e Júlio é rico” é “Pedro não é alto ou Júlio
não é rico”.
Com isso, nós dizemos que, para negar um “e”, nós negamos cada parcela e trocamos o
conectivo por um “ou”.

Visto isso, voltemos à questão.


Foi dada a seguinte proposição:
¬(P ∧ Q)
Temos justamente a negação de um conectivo “e”.
Para achar a sua equivalência, negamos cada parcela e trocamos o conectivo por um “ou”.
Fica assim:
(¬P) ∨ (¬Q).
Gabarito: Certo.

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ATENÇÃO:
Para negar um “e”:
- negamos cada uma das parcelas;

- trocamos o “e” por um “ou”.
Resultado:

~(p ∧ q) ⇔ (~p) ∨ (~q)

EC 19. SEFAZ SP 2009 [ESAF]


A negação de: Milão é a capital da Itália ou Paris é a capital da Inglaterra é:
a) Milão não é a capital da Itália e Paris não é a capital da Inglaterra.
b) Paris não é a capital da Inglaterra.
c) Milão não é a capital da Itália ou Paris não é a capital da Inglaterra.
d) Milão não é a capital da Itália.
e) Milão é a capital da Itália e Paris não é a capital da Inglaterra.

Comentários:
A segunda equivalência lógica importante, que mencionamos lá na fl. 39 é:
~(p ∨ q) ⇔ (~p) ∧ (~q)

Ou seja, para negar um “ou” lógico, nós devemos fazer um “e” da negação de cada parcela.
Ou ainda: para negar um “ou”, nós negamos cada parcela e trocamos o “ou” por um “e”.

Exemplo: A negação de “O governo aumenta os juros ou a inflação sobe” é “O governo não


aumenta os juros e a inflação não sobe”.

Nesta questão, temos:


Milão é a capital da Itália ou Paris é a capital da Inglaterra.
Queremos negar esta frase.
A proposição original é composta de um “Ou”, com duas parcelas.
1ª parcela: Milão é a capital da Itália.
2ª parcela: Paris é a capital da Inglaterra.

Negando as parcelas:
Negação da 1ª parcela: Milão não é a capital da Itália
Negação da 2ª parcela: Paris não é a capital da Inglaterra.
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Agora juntamos as duas coisas, trocando o conectivo “ou” por “e”. Fica assim:
Milão não é a capital da Itália e Paris não é a capital da Inglaterra.
Gabarito: A
ATENÇÃO:
Para negar um “ou”:
- negamos cada uma das parcelas;

- trocamos o “ou” por um “e”.
Resultado:

~(p ∨ q) ⇔ (~p) ∧ (~q)

EC 20. CGU 2008 [ESAF]


Um renomado economista afirma que “A inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do
ponto de vista lógico, a afirmação do renomado economista equivale a dizer que:
a) se a inflação baixa, então a taxa de juros não aumenta.
b) se a taxa de juros aumenta, então a inflação baixa.
c) se a inflação não baixa, então a taxa de juros aumenta.
d) se a inflação baixa, então a taxa de juros aumenta.
e) se a inflação não baixa, então a taxa de juros não aumenta.

Comentários:
A terceira equivalência lógica importante é: p → q ⇔ (~p) ∨ q

Exemplo: Dizer que “Se os juros baixam então eu compro um carro novo” é o mesmo que
dizer (em termos lógicos) que “Os juros não baixam ou eu compro um carro novo”.
Para conferir a equivalência, montemos as tabelas-verdade.
Iniciemos com o condicional, que já conhecemos.
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Do outro lado da igualdade temos um “ou”.

p ~p q (~p) ∨ q
V F V V
V F F F
F V V V
F V F V

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Vejam que as colunas correspondentes às proposições compostas, destacadas em vermelho,


são idênticas. Por isso as proposições em questão são equivalentes.
ATENÇÃO:
Podemos trocar um condicional por um “ou”. Basta negar a primeira parcela e manter a
segunda.

Ou seja:
p → q equivale a (~ p ) ∨ q

Voltemos à questão da ESAF.


Vamos ver a afirmação do economista:
“A inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta”
Podemos observar que a frase do economista usa o conectivo “ou”. Olhando para as
alternativas, percebemos que todas elas apresentam condicionais. Neste momento, já devemos
ficar atentos para a equivalência que relaciona o condicional com o “ou” (disjunção). Vamos
revê-la:
p → q ⇔ (~p) ∨ q
O que estes símbolos me dizem?
Que podemos trocar um condicional por um “ou”. Bata negar a primeira parcela e manter a
segunda.
E é exatamente isso que vamos fazer.
Vamos negar a primeira parcela e vamos manter a segunda.

Vamos ver quais são as parcelas da nossa afirmação:


Primeira parcela: A inflação não baixa (~p)
Segunda parcela: A taxa de juros aumenta (q)

Reparem que a afirmação do enunciado tem exatamente a forma do “ou” na propriedade:


A inflação não baixa = (~p)
ou
a taxa de juros aumenta = q

Podemos usar imediatamente a equivalência que aprendemos:


p → q = (~p) ∨ q
A figura abaixo detalha a equivalência:
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Assim:
A inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta. ((~p) ∨ q)
É dizer a mesma coisa que:
Se a inflação baixa, então a taxa de juros aumenta. (p → q)

Gabarito: D

EC 21. Polícia Federal 2009 [CESPE]


As proposições “Se o delegado não prender o chefe da quadrilha, então a operação agarra não
será bem-sucedida” e “Se o delegado prender o chefe da quadrilha, então a operação agarra
será bem-sucedida” são equivalentes.

Comentários:
Outra equivalência lógica importante é a seguinte.
p → q é equivalente a (~ q ) → (~ p)
Num condicional, podemos inverter as parcelas, negando-as.

Exemplo: Dizer “Se baixam os juros então a inflação sobe” é o mesmo que dizer, em termos
lógicos, que “Se a inflação não sobe então os juros não baixam”.
Do lado esquerdo da igualdade temos o condicional a que estamos acostumados.

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Do lado direito temos outro condicional.
(~q) → (~p).
p ~p q ~q (~q) → (~p)
V F V F V
V F F V F
F V V F V
F V F V V

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Vejam que as últimas colunas, em vermelho, são idênticas, mostrando que as proposições são
equivalentes.
ATENÇÃO:
Num condicional podemos inverter as parcelas e, em seguida, nega-las.
→ Ou seja:
p → q equivale a (~ q) → (~ p)

Um outro exemplo bem legal.


Lembram daquela propaganda que aparece toda hora na televisão? As frases ditas são:
Se beber, então não dirija.
Se for dirigir, então não beba.
É claro que a idéia da propaganda é reforçar, ao máximo, que bebida e direção não combinam.
Mas, em termos lógicos, não seria necessário que as duas frases fossem ditas. Isto porque elas
são equivalentes!!!
Olhem só:
Se beber, então não dirija.
Temos:
- primeira parcela: beber
- segunda parcela: não dirigir.
Agora vamos trocar a ordem das parcelas, negando-as. Ficamos com:
- primeira parcela: dirigir.
- segunda parcela: não beber.

Ok, sabendo desta equivalência lógica, podemos retomar a questão do CESPE.

A proposição dada foi:


“Se o delegado não prender o chefe da quadrilha, então a operação agarra não será bem-
sucedida”.

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Para achar a equivalência, negamos as parcelas e fazemos a inversão. Ficaria assim:


“Se a operação agarra for bem sucedida, então o delegado prenderá o chefe da quadrilha.”

O enunciado apenas fez as negações, sem promover a inversão das parcelas. Por isso o item
está errado.
Gabarito: errado.

EC 22. TCE RN 2009 [CESPE]


Com relação a lógica sentencial e de primeira ordem, julgue o item que se segue.
As proposições “Se Mário é assessor de Pedro, então Carlos é cunhado de Mário” e “Se
Carlos não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor de Pedro” são equivalentes.

Comentários.
A proposição dada foi:
“Se Mário é assessor de Pedro, então Carlos é cunhado de Mário”
Temos um condicional. Suas parcelas são:
1ª parcela: Mário é assessor de Pedro.
2ª parcela: Carlos é cunhado de Mário.

Para achar a equivalência, podemos negar as parcelas e, em seguida, invertê-las.


negação da 1ª parcela: Mário não é assessor de Pedro.
negação da 2ª parcela: Carlos não é cunhado de Mário.
Invertendo:
“Se Carlos não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor de Pedro”.
Gabarito: certo

EC 23. TRE MG 2009 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas somente como verdadeiras ou falsas. A
esse respeito, considere que p represente a proposição simples "É dever do servidor promover
o atendimento cordial a clientes internos e externos", que q represente a proposição simples
"O servidor deverá instruir procedimentos administrativos de suporte gerencial" e que r
represente a proposição simples "É tarefa do servidor propor alternativas e promover ações
para o alcance dos objetivos da organização". Acerca dessas proposições p, q e r e das regras
inerentes ao raciocínio lógico, assinale a opção correta.
a)p ∨ q ∨ r é equivalente a ~ p ∧ ~ q ∧ ~ r
) (~
b) p → q é equivalente a ~ p →~ q
c) p ∧ (q ∨ r ) é equivalente a p ∧ q ∧ r

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d) ~ (~ (~ r ))) ↔ r
e) a tabela verdade completa das proposições simples p, q e r tem 24 linhas.

Resolução:

Letra A.
Temos duas proposições compostas. Temos que saber se elas são equivalentes ou não. Duas
proposições compostas são equivalentes quando apresentam tabelas verdades idênticas.
Um jeito de verificar a equivalência é justamente fazer as tabelas verdades e ver se elas são
iguais. Acontece que ficar montando tabela verdade, na hora da prova, é meio demorado. Para
você não perder tempo, é bom que você já saiba, de cabeça, as equivalências lógicas que
estudamos.
A proposição dada é:
~ ( p ∨ q ∨ r)
Temos a negação de vários “ou’s”. Para negar o “ou”, nós negamos as parcelas e trocamos
cada “ou” por um “e”.
~ ( p ∨ q ∨ r ) é equivalente a ~ p ∧ ~ q ∧ ~ r
Esta é a alternativa correta.
De todo modo, vejamos os erros das demais alternativas.

Letra B:
Aqui a questão pretendeu confundir o candidato. A equivalência lógica existente é:
p → q equivale a ~ q →~ p
Precisamos inverter as parcelas e nega-las. A alternativa não promoveu a inversão das
parcelas.

Letra C:
Alternativa errada. Não existe esta equivalência.
Em vez de montar a tabela verdade inteira, para só então verificar que as proposições não
são equivalentes, vamos pensar no seguinte caso:
p: verdadeira

q: falsa
r: verdadeira
Ou seja, estamos nos concentrando numa única linha da tabela-verdade. Nesta linha, vamos
ver como cada proposição composta fica.
Comecemos por: p∧ q∨r
( )
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Dentro do parêntesis temos um “ou”. A segunda parcela dele é verdadeira (r é verdadeira).


Vamos substituir o “ou” pelo seu valor lógico:
p ∧V
Agora temos a proposição p unida por um “e” com uma proposição verdadeira. Sabemos que
p é verdadeiro. Ficamos com:
V ∧V
Temos um “e” entre duas parcelas verdadeiras. Logo, a proposição composta é verdadeira.
Vejamos agora a segunda proposição composta.
p∧q∧r
Temos:
V ∧ F ∧V
Como se tratam de conectivos “e”, para que a proposição composta seja verdadeira
deveríamos ter todas as parcelas verdadeiras, o que não ocorreu. Logo, a proposição composta
é falsa.
Assim, na linha da tabela verdade em que p é verdadeiro, q é falso e r é verdadeiro, temos:
p ∧ (q ∨ r ) : verdadeiro
p ∧ q ∧ r : falso
O que prova que as duas proposições não são equivalentes. Elas diferem, pelo menos, em uma
das linhas da tabela-verdade.

Letra D:
É uma das raras ocasiões em que o CESPE cobra “se e somente se” (bicondicional).

A proposição dada foi:


~ (~ (~ r ))) ↔ r
Negar duas vezes é o mesmo que não negar. Duas negações seguidas se anulam. Logo,
ficamos com:
~r↔r
As duas parcelas do bicondicional, necessariamente, têm valores lógicos opostos. Quando
uma é verdadeira a outra é falsa (e vice-versa).
Assim, a proposição dada é sempre falsa.

Letra E.
Uma proposição composta que apresente n proposições simples terá uma tabela verdade com
2n linhas.

Gabarito: A

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EC 24. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Texto I
Uma sentença que possa ser julgada como verdadeira — V — ou falsa — F — é denominada
proposição. Para facilitar o processo dedutivo, as proposições são freqüentemente
simbolizadas. Considere como proposições básicas as proposições simbolizadas por letras
maiúsculas do alfabeto, tais como, A, B, P, Q, etc. Proposições compostas são formadas
usando-se símbolos lógicos. São proposições compostas expressões da forma P ∨ Q que têm
valor lógico V somente quando P e Q são V, caso contrário vale F, e são lidas como “P e Q”;
expressões da forma P ∧ Q têm valor lógico F somente quando P e Q são F, caso contrário
valem V, e são lidas como “P ou Q”; expressões da forma P → Q têm valor lógico F somente
quando P é V e Q é F, caso contrário valem V, e são lidas como “se P então Q”. Expressões
da forma ¬P simbolizam a negação de P, e são F quando P é V, e é V quando P é F.
Com base nas informações do texto I, é correto afirmar que, para todos os possíveis valores
lógicos, V ou F, que podem ser atribuídos a P e a Q, uma proposição simbolizada por
¬[P → (¬Q)] possui os mesmos valores lógicos que a proposição simbolizada por
a) (¬P) ∨ Q
b (¬Q) → P
c) ¬[(¬P ) ∧ (¬Q)]
d) ¬[¬( P → Q)]
e) P ∧ Q

Comentários:
Outro exercício de equivalências lógicas.
Vamos partir da proposição dada no comando da questão.
¬[P → (¬Q)]
Não aprendemos como negar um condicional, mas sabemos como transformar um condicional
em “ou”. Basta negar a primeira parcela e manter a segunda.
¬[P → (¬Q)] equivale a ¬[(¬P ) ∨ (¬Q)]
O símbolo que usamos para indicar equivalência é: ⇔
¬[P → (¬Q)] ⇔ ¬[(¬P ) ∨ (¬Q)]
Agora temos uma negação de um “ou”. Verificando as alternativas, não há nenhuma que
contemple a proposição acima. Precisamos trabalhar um pouco mais.
Já aprendemos como negar um “ou”. Basta negar cada parcela e trocar o conectivo por um
“e”:
¬[P → (¬Q)] ⇔ P ∧ Q
Ah, agora sim. A alternativa “E” contempla justamente a proposição acima. Ela é a resposta.
Então temos mais uma equivalência lógica. Sabemos que:

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¬[P → (¬Q)] equivale a P ∧ Q


Se você quiser gravar mais essa equivalência, fique à vontade. Eu, particularmente, só gravo
as quatro que vimos inicialmente. As demais que caem em concurso, geralmente, são
facilmente obtidas a partir delas. Considerando que daria para ficar montando inúmeras
equivalências, creio que só é produtivo gravar as principais.
Gabarito: E

EC 25. TRE MA 2009 [CESPE]


Com base nas regras da lógica sentencial, assinale a opção que corresponde à negação da
proposição “Mário é contador e Norberto é estatístico.”
A Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.

Comentários.
Outra questão que cobra exatamente a mesma equivalência da questão anterior.
Foi dada a seguinte proposição:
Mário é contador e Norberto é estatístico.
Queremos negar esta proposição, que apresenta o conectivo “e”. Para tanto, negamos cada
parcela e trocamos o conectivo por um “ou”. Ficamos com:
A negação de “Mário é contador e Norberto é estatístico”
é igual a:
“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.”
Ok, fizemos a negação. Só que, nas alternativas, nenhum traz a resposta a que chegamos.
Precisamos trabalhar mais um pouco.
Podemos trocar um “ou” por um “condicional”. Basta negar a primeira parcela e manter a
segunda. Temos:
“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.”
é equivalente a:
“Se Mário é contador, então Norberto não é estatistico”
Isso está exposto na letra D.
Gabarito: D

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EC 26. AFRFB 2009 [ESAF]


Considere a seguinte proposição: “Se chove ou neva, então o chão fica molhado”. Sendo
assim, pode-se afirmar que:
a) Se o chão está molhado, então choveu ou nevou.
b) Se o chão está molhado, então choveu e nevou.
c) Se o chão está seco, então choveu ou nevou.
d) Se o chão está seco, então não choveu ou não nevou.
e) Se o chão está seco, então não choveu e não nevou.

Comentários:
Na verdade, a questão está mal escrita.
O que a banca queria era que o candidato marcasse a alternativa com uma proposição
equivalente à dada no comando da questão.
Vamos então fazer isso.

Vamos dar nomes às proposições simples.


p: Chove
q: neva
r: o chão fica molhado.

Representando a proposição dada por meio de símbolos:


( p ∨ q) → r
Num condicional, podemos inverter as parcelas, negando-as.
Logo:
( p ∨ q ) → r ⇔ ~ r →~ ( p ∨ q )
Ficamos com a seguinte proposição, que é equivalente àquela dada pelo enunciado:
~ r →~ ( p ∨ q )
Podemos trabalhar mais um pouco com esta proposição.
Na sua segunda parcela, temos a negação de um “Ou”. Para negar um “ou”, negamos cada
parcela e trocamos o conectivo por um “e”.

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Logo, chegamos à seguinte proposição:


~ r → (~ p ) ∧ (~ q )
Em palavras, temos:
Se o chão não fica molhado, então não chove e não neva.
Ou ainda:
Se o chão fica seco, então não chove e não neva.
Isso está expresso na letra E, que foi dada como gabarito.
Gabarito: E

EC 27. IPEA 2008 [CESPE]


Considere as seguintes informações a respeito de lógica:
- proposição: sentença afirmativa que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F),
sendo representada por letra maiúscula do alfabeto — A, B, C etc.;
- proposição simples: proposição que não contém nenhuma outra proposição como parte;
- conectivos: “e”, representado por ∧ ; “ou”, representado por ∨ ; “se ..., então ...”,
representado por → ;
- negação: “não”, representado por ¬;
- tabelas-verdade para algumas proposições compostas são apresentadas a seguir:
A B A∧B A∨B ¬A A→B
V V V V F V
V F F V F
F V F V V V
F F F F V
- leis de De Morgan: ¬(A ∨ B) significa ¬A ∧ ¬B; e ¬(A ∧ B) significa ¬A ∨ ¬B;
- sentenças abertas, ou proposições abertas: os exemplos “x + 4 = 9” e “Ele foi um grande
jogador de futebol” não são considerados proposições, pois não podem ser julgados como V
nem F, já que “x” e “Ele” são variáveis. O conjunto dos possíveis valores da variável é o
conjunto-universo da proposição aberta. Uma forma de se passar de uma sentença aberta a
uma proposição é pela quantificação da variável;
- quantificadores: “qualquer que seja”, “ou para todo”, representado por ∀ ; “existe”,
representado por ∃ . Por exemplo, a proposição “( ∀ x)(x ∈ R)(x + 4 = 9)” é valorada como F,
enquanto a proposição “( ∃ x)(x ∈ R)(x + 4 = 9)” é valorada como V, pois x = 5 torna a
proposição V. Se “Ele = Pelé”, então a proposição “Ele foi um grande jogador de futebol” é
valorada como V, enquanto se “Ele = Tiradentes”, a mesma proposição é valorada como F. O
subconjunto do conjunto universo que torna a proposição verdadeira é o conjunto-verdade da
proposição;
- argumento: relação que associa um conjunto de proposições A1, A2, ..., An — denominadas
premissas — a uma proposição B — denominada conclusão;
- argumento válido: um argumento no qual a conclusão é uma conseqüência necessária de
suas premissas, isto é, a verdade de suas premissas garante a verdade da conclusão.

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Considere a afirmação X seguinte, que pode ser V ou F: “Se Maria for casada, então ela virá
de vestido branco”. Tendo como base o texto, essa afirmação e as possíveis valorações V ou F
das proposições simples que a compõem, julgue os itens seguintes.
1. Independentemente de X ser V ou F, a proposição “Se Maria não vier de vestido branco,
então ela não é casada” será sempre V.
2. Se as proposições “Maria é casada” e “Maria não virá de vestido branco” forem ambas V,
então X será F.
3. Se a proposição “Maria é casada” for F, então, independentemente de X ser V ou F, a
proposição “Se Maria não for casada, então ela não virá de vestido branco” será sempre F.
4. As tabelas-verdade das proposições “Se Maria não vier de vestido branco, então ela não é
casada” e “Se Maria é casada, então ela virá de vestido branco” são iguais.

Comentários:
Texto enorme. O ideal é o candidato ir direto para o comando da questão.
Apenas de passagem, destaco que diversos conceitos abordados no texto base serão vistos
apenas na aula 3 (argumentos, quantificadores, sentenças abertas etc).

Primeiro item.
A proposição X é:
X: Se Maria for casada, então ela virá de vestido branco.
Num condicional, podemos inverter a ordem das parcelas e nega-las. Assim, esta proposição
X é equivalente a:
Se ela não vier de vestido branco, então ela não é casada.
Como as duas proposições são equivalentes, elas terão sempre o mesmo valor lógico (que
pode ser verdadeiro ou falso, dependendo se Maria é de fato casada ou não e se o vestido é de
fato branco ou não).
E só sabemos isso: que ambas são equivalentes. Não temos condições de afirmar se são
verdadeiras ou falsas, como pretendeu o item.
Gabarito: errado.

Segundo item.
Somos informados que:
Maria é, de fato, casada.
Maria não virá de vestido branco.
A nossa proposição X é:
X: Se Maria for casada, então ela virá de vestido branco.
Sua primeira parcela é verdadeira e sua segunda parcela é falsa. Esta é a única situação em
que o condicional é falso.
Gabarito: certo.

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Terceiro item.
É informado que:
Maria não é casada.
A proposição a ser analisada é:
Se Maria não for casada, então ela não virá de vestido branco.
O antecedente é verdadeiro. O conseqüente, este nós não sabemos se é verdadeiro ou falso.
Deste modo, não temos como saber o valor lógico do condicional. Não podemos afirmar que é
verdadeiro (o que ocorreria se ela realmente não vier de vestido branco) ou que é falso (o que
ocorreria se ela vier de vestido branco).
Gabarito: errado.

Quarto item.
As duas proposições dadas são equivalentes. Suas tabelas verdade são, realmente, iguais.
Basta lembrar que, num condicional, podemos inverter as parcelas, negando-as.
Gabarito: certo.

Encerramos aqui nossa primeira aula.


Bons estudos!!!
Vítor

III LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSOS

EC 1. MRE 2008 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V —, ou falsas — F
—, mas não cabem a elas ambos os julgamentos.
As proposições simples são freqüentemente simbolizadas por letras maiúsculas do alfabeto, e
as proposições compostas são conexões de proposições simples. Uma expressão da forma
A ∧ B é uma proposição composta que tem valor lógico V quando A e B forem ambas V e,
nos demais casos, será F, e é lida “A e B”. A expressão ¬A, “não A”, tem valor lógico F se A
for V, e valor lógico V se A for F. A expressão A ∨ B, lida como “A ou B”, tem valor lógico F
se ambas as proposições A e B forem F; nos demais casos, é V. A expressão A → B tem valor
lógico F se A for V e B for F. Nos demais casos, será V, e tem, entre outras, as seguintes
leituras: “se A então B”, “A é condição suficiente para B”, “B é condição necessária para A”.
Uma argumentação lógica correta consiste de uma seqüência de proposições em que algumas
são premissas, isto é, são verdadeiras por hipótese, e as outras, as conclusões, são
obrigatoriamente verdadeiras por conseqüência das premissas.
Considerando as informações acima, julgue o item abaixo.
1. Considere a seguinte lista de sentenças:

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I - Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Relações Exteriores?


II - O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do século XIX.
III - As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o Itamaraty possui são,
respectivamente, x e y.
IV - O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.
Nessa situação, é correto afirmar que, entre as sentenças acima, apenas uma delas não é uma
proposição.

EC 2. FINEP 2009 [CESPE]


Acerca de proposições, considere as seguintes frases:
I Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia são instrumentos de financiamento de projetos.
II O que é o CT-Amazônia?
III Preste atenção ao edital!
IV Se o projeto for de cooperação universidade-empresa, então podem ser pleiteados recursos
do fundo setorial verde-amarelo.
São proposições apenas as frases correspondentes aos itens
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
EC 3. TRT 17 – 2009 [CESPE]
Julgue o item a seguir:
Na sequência de frases abaixo, há três proposições.
- Quantos tribunais regionais do trabalho há na região Sudeste do Brasil?
- O TRT/ES lançou edital para preenchimento de 200 vagas.
- Se o candidato estudar muito, então ele será aprovado no concurso do TRT/ES.
- Indivíduo com 50 anos de idade ou mais não poderá se inscrever no concurso do TRT/ES.

EC 4. CGE PB 2008 [CESPE]


A controladoria geral (CG) de determinado estado realizou e concluiu, em 2007, 11 auditorias
operacionais e 42 inspeções; emitiu 217 pareceres técnicos, sendo 74 referentes a licitações de
obras, 68 referentes a análises de prestação de contas, 71 referentes a análises de rescisão de
contrato de trabalho; o restante desses pareceres referiam-se a orientações e outros assuntos.
Considere que letras maiúsculas do alfabeto simbolizam proposições e que os símbolos ¬, ∧ ,
∨ , → representam, respectivamente, os conectores não, e, ou, se ... então. Nessa situação,
assinale a opção correspondente à expressão que representa simbolicamente a proposição: “O
corpo técnico da CG não auxiliou o Ministério Público Estadual e gerou quatro relatórios”.

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a) (¬A) → B
b) (¬A) ∨ B
c) ¬(A → B)
d) (¬A) ∧ B
e) ¬(A ∧ B)

EC 5. STF 2008 [CESPE]


Considere as seguintes proposições lógicas representadas pelas letras P, Q, R e S:
P: Nesse país o direito é respeitado.
Q: O país é próspero.
R: O cidadão se sente seguro.
S: Todos os trabalhadores têm emprego.
Considere também que os símbolos “ ∨ ”, “ ∧ ”, “ → ” e “ ¬ ” representem os conectivos
lógicos “ou”, “e”, “se ... então” e “não”, respectivamente.
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
1. A proposição “Nesse país o direito é respeitado, mas o cidadão não se sente seguro” pode
ser representada simbolicamente por P ∧ (¬R ) .
2. A proposição “Se o país é próspero, então todos os trabalhadores têm emprego” pode ser
representada simbolicamente por Q → S .
3. A proposição “O país ser próspero e todos os trabalhadores terem emprego é uma
conseqüência de, nesse país, o direito ser respeitado” pode ser representada simbolicamente
por (Q ∧ R) → P .

EC 6. Sebrae 2008 [CESPE]


Julgue os itens a seguir:
1. A proposição “Tanto João não é norte-americano como Lucas não é brasileiro, se Alberto é
francês” poderia ser representada por uma expressão do tipo P → [(¬Q) ∧ (¬R)].

EC 7. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V — ou falsas — F
—, mas não se admitem os julgamentos V e F simultaneamente. As letras maiúsculas do
alfabeto, A, B, C etc., são freqüentemente utilizadas para representar proposições simples e,
por isso, são denominadas letras proposicionais. Alguns símbolos lógicos utilizados para
construir proposições compostas são: “¬” (não) – usado para negar uma proposição; “ ∧ ” (e)
– usado para fazer a conjunção de proposições; “ ∨ ” (ou) – usado para fazer a disjunção de
proposições; “ → ” (implicação) – usado para relacionar condicionalmente as proposições, isto
é, “A → B” significa “se A então B”. A proposição “¬A” tem valor lógico contrário ao de A; a
proposição “A ∨ B” terá valor lógico F quando A e B forem F, caso contrário será sempre V; a
proposição “A ∧ B” terá valor lógico V quando A e B forem V, caso contrário será sempre F;

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a proposição “A → B” terá valor lógico F quando A for V e B for F, caso contrário será
sempre V.
Considerando as definições apresentadas no texto anterior, as letras proposicionais adequadas
e a proposição “Nem Antônio é desembargador nem Jonas é juiz”, assinale a opção
correspondente à simbolização correta dessa proposição.
A) ¬(A ∧ B)
B) (¬A) ∨ (¬B)
C) (¬A) ∧ (¬B)
D) (¬A) → B
E) ¬[A ∨ (¬B)]

EC 8. INSS 2008 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras — V — ou falsas — F
—, mas não como ambas. Se P e Q são proposições, então a proposição “Se P então Q”,
denotada por P → Q, terá valor lógico F quando P for V e Q for F, e, nos demais casos, será V.
Uma expressão da forma ¬P, a negação da proposição P, terá valores lógicos contrários aos de
P. P ∨ Q, lida como “P ou Q”, terá valor lógico F quando P e Q forem, ambas, F; nos demais
casos, será V.
Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C,
que podem ou não estar de acordo com o artigo 5.º da Constituição Federal.
A: A prática do racismo é crime afiançável.
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro será
extraditado.
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A, B e C, a partir
da Constituição Federal, julgue os itens a seguir.
1. Para a simbolização apresentada acima e seus correspondentes valores lógicos, a
proposição B → C é V.
2. De acordo com a notação apresentada acima, é correto afirmar que a proposição
(¬A) ∨ (¬C) tem valor lógico F.

Texto II (para as questões EC 9 a EC 11)


De acordo com a forma de julgamento proposta no texto I, as várias proposições contidas no
texto abaixo devem ser consideradas verdadeiras — V.

Em 1932, o Governo Provisório, chefiado por Getúlio Vargas, criou dois organismos
destinados a solucionar conflitos trabalhistas: Comissões Mistas de Conciliação e Juntas de
Conciliação e Julgamento. As primeiras tratavam de divergências coletivas, relativas a
categorias profissionais e econômicas. Eram órgãos de conciliação, não de julgamento. As
segundas eram órgãos administrativos, mas podiam impor a solução às partes. A Constituição
de 1946 transformou a justiça do trabalho em órgão do Poder Judiciário.

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A justiça trabalhista estruturou-se com base nas Juntas de Conciliação e Julgamento,


presididas por um juiz de direito ou bacharel nomeado pelo presidente da República para
mandato de dois anos, e compostas pelos vogais indicados por sindicatos, representando os
interesses dos trabalhadores e empregadores, para mandato também de dois anos.
A CF atribuiu a titulação de juiz aos representantes classistas, extinta pela EC n.º 24/1999,
que também alterou a denominação das Juntas de Conciliação e Julgamento, que passaram a
se chamar Varas do Trabalho.
Os magistrados ingressam na carreira mediante concurso público de provas e títulos, exceção
apenas é a admissão do quinto constitucional, pelo qual advogados (OAB) e procuradores
(MP) ingressam diretamente e sem concurso no tribunal, indicados pelas respectivas
entidades.
As juntas julgavam os dissídios individuais e os embargos opostos às suas decisões, quando o
valor da causa não ultrapassava seis salários mínimos nos estados de São Paulo e Rio de
Janeiro (art. 894 da CLT, hoje com nova redação). O Tribunal Regional da 1.ª Região tinha
jurisdição no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Espírito Santo, sendo que, além das juntas já
citadas, funcionavam as de Niterói, Campos, Petrópolis, Cachoeiro de Itapemirim e Vitória.
Só existiam substitutos na sede e eram apenas quatro, que permaneceram nessa situação
durante doze anos.
Internet: < www.trtrio.gov.br> (com adaptações).

EC 9. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Com base nas informações do texto I, julgue os itens subseqüentes, relativos às informações
históricas apresentadas no texto II.
I - As Juntas de Conciliação e Julgamento tratavam de divergências coletivas ou a justiça
trabalhista estruturou-se com base nas Juntas de Conciliação e Julgamento.
II - Os magistrados ingressam na carreira mediante concurso público de provas orais a
respeito de direito trabalhista.
III - Se a justiça do trabalho não teve início como órgão meramente administrativo, então não
houve alteração de sua competência na CF.
IV - Os representantes classistas têm a titulação de juiz desde a EC n.º 24/1999.
V - O Tribunal Regional da 1.ª Região tinha jurisdição no Distrito Federal, Rio de Janeiro e
Espírito Santo, sendo que, além das juntas já citadas, também havia São Paulo e Minas
Gerais.

São apresentadas proposições verdadeiras apenas nos itens


a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.

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EC 10. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Com respeito às informações apresentadas nos textos I a II, assinale a opção que representa
uma proposição falsa — F.
a) Se as Comissões Mistas de Conciliação não eram órgãos de julgamento, então elas não
tratavam de divergências coletivas.
b) Se o valor da causa não ultrapassasse seis salários mínimos nos estados de São Paulo e Rio
de Janeiro, então as juntas julgavam os dissídios individuais.
c) O Tribunal Regional da 1.ª Região possuía juntas em Cachoeiro de Itapemirim e em
Campos.
d) Um procurador pode ser indicado para ingressar no TRT/1.ª Região sem realizar concurso
público.
e) Se as juntas não julgavam os embargos opostos à sua decisão, então as comissões o faziam.

EC 11. TRT 1ª Região 2008 [CESPE – Questão adaptada]


Com base nas informações dos textos I e II, considere que P simbolize a proposição “A
Constituição de 1946 transformou a justiça do trabalho em órgão do Poder Judiciário” e Q
simbolize a proposição “A CF alterou a denominação das Juntas de Conciliação e
Julgamento”. Nessa situação, de acordo com os valores lógicos corretos de P e de Q, a
proposição composta que tem valor lógico F é:
a) (¬P) ∧ Q.
b) Q → (¬P).
c) (¬P) ∨ (¬Q).
d) (¬P) → Q.
e) ¬(P ∧ Q).

EC 12. Sebrae 2008 [CESPE]


Julgue os itens a seguir:
1. Considere o quadro abaixo, que contém algumas colunas da tabela verdade da proposição
P → [Q ∨ R].

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Nesse caso, pode-se afirmar que a última coluna foi preenchida de forma totalmente correta.
2. Considere o quadro abaixo, que apresenta algumas colunas da tabela verdade referente à
proposição P ∧ [Q → R].

Nesse caso, pode-se afirmar que a última coluna foi preenchida de forma totalmente correta.

EC 13. STF 2008 [CESPE]


Considere que P, Q e R sejam proposições lógicas e que os símbolos “ ∨ ”, “ ∧ ”, “ → ” e “ ¬ ”
representem, respectivamente, os conectivos “ou”, “e”, “implica” e “negação”. As
proposições são julgadas como verdadeiras – V – ou como falsas – F. Com base nestas
informações, julgue os itens seguintes relacionados a lógica proposicional.

1. A última coluna da tabela-verdade corresponde à proposição ( P ∧ R) → Q


P Q R P∧R
V V V V
V V F V
V F V F
V F F V
F V V F
F V F V
F F V F
F F F V

2. A última coluna da tabela-verdade abaixo corresponde à proposição (¬P ) ∨ (Q → R)


P Q R ¬P Q

R
V V V V
V
V
V F
V F
F V
F
F
V V
F V
V V

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F V F V
F F V V
F F F V

EC 14. TRT 5ª Região 2008 [CESPE]


Na tabela abaixo, a última coluna da direita corresponde à tabela-verdade da proposição
¬A) ∨ B → ¬( A ∨ B)
(

EC 15. MPOG 2009 [ESAF]


Entre as opções abaixo, a única com valor lógico verdadeiro é:
a) Se Roma é a capital da Itália, Londres é a capital da França.
b) Se Londres é a capital da Inglaterra, Paris não é a capital da França.
c) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital da França.
d) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital da Inglaterra.
e) Roma é a capital da Itália e Londres não é a capital da Inglaterra.

EC 16. TCE RN 2009 [CESPE]


Se A, B, C e D são proposições, em que B é falsa e D é verdadeira, então, independentemente
das valorações falsa ou verdadeira de A e C, a proposição A ∨ B → C ∧ D será sempre
verdadeira.

EC 17. Técnico Judiciário STF 2008 [CESPE]


1. Uma tautologia é uma proposição lógica composta que será verdadeira sempre que os
valores lógicos das proposições simples que a compõem forem verdadeiros.
2. Caso as colunas em branco na tabela abaixo sejam corretamente preenchidas, a última
coluna dessa tabela corresponderá à expressão [P ∧ (¬Q )] ∨ [Q → P ] .

P Q ¬Q [P ∧ (¬Q )] Q→P
V V V
V F V
F V F
F F V

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EC 18. Sebrae 2008 [CESPE]


Julgue o item a seguir:
A proposição ¬(P ∧ Q) é equivalente à proposição (¬P) ∨ (¬Q).

EC 19. SEFAZ SP 2009 [ESAF]


A negação de: Milão é a capital da Itália ou Paris é a capital da Inglaterra é:
a) Milão não é a capital da Itália e Paris não é a capital da Inglaterra.
b) Paris não é a capital da Inglaterra.
c) Milão não é a capital da Itália ou Paris não é a capital da Inglaterra.
d) Milão não é a capital da Itália.
e) Milão é a capital da Itália e Paris não é a capital da Inglaterra.

EC 20. CGU 2008 [ESAF]


Um renomado economista afirma que “A inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do
ponto de vista lógico, a afirmação do renomado economista equivale a dizer que:
a) se a inflação baixa, então a taxa de juros não aumenta.
b) se a taxa de juros aumenta, então a inflação baixa.
c) se a inflação não baixa, então a taxa de juros aumenta.
d) se a inflação baixa, então a taxa de juros aumenta.
e) se a inflação não baixa, então a taxa de juros não aumenta.

EC 21. Polícia Federal 2009 [CESPE]


As proposições “Se o delegado não prender o chefe da quadrilha, então a operação agarra não
será bem-sucedida” e “Se o delegado prender o chefe da quadrilha, então a operação agarra
será bem-sucedida” são equivalentes.

EC 22. TCE RN 2009 [CESPE]


Com relação a lógica sentencial e de primeira ordem, julgue o item que se segue.
As proposições “Se Mário é assessor de Pedro, então Carlos é cunhado de Mário” e “Se
Carlos não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor de Pedro” são equivalentes.

EC 23. TRE MG 2009 [CESPE]


Proposições são sentenças que podem ser julgadas somente como verdadeiras ou falsas. A
esse respeito, considere que p represente a proposição simples "É dever do servidor promover
o atendimento cordial a clientes internos e externos", que q represente a proposição simples
"O servidor deverá instruir procedimentos administrativos de suporte gerencial" e que r
represente a proposição simples "É tarefa do servidor propor alternativas e promover ações

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para o alcance dos objetivos da organização". Acerca dessas proposições p, q e r e das regras
inerentes ao raciocínio lógico, assinale a opção correta.
a) ~ ( p ∨ q ∨ r ) é equivalente a ~ p ∧ ~ q ∧ ~ r
b) p → q é equivalente a ~ p →~ q
c) p ∧ (q ∨ r ) é equivalente a p ∧ q ∧ r
d) ~ (~ (~ r ))) ↔ r
e) a tabela verdade completa das proposições simples p, q e r tem 24 linhas.

EC 24. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]


Texto I

Uma sentença que possa ser julgada como verdadeira — V — ou falsa — F — é denominada
proposição. Para facilitar o processo dedutivo, as proposições são freqüentemente
simbolizadas. Considere como proposições básicas as proposições simbolizadas por letras
maiúsculas do alfabeto, tais como, A, B, P, Q, etc. Proposições compostas são formadas
usando-se símbolos lógicos. São proposições compostas expressões da forma P ∨ Q que têm
valor lógico V somente quando P e Q são V, caso contrário vale F, e são lidas como “P e Q”;
expressões da forma P ∧ Q têm valor lógico F somente quando P e Q são F, caso contrário
valem V, e são lidas como “P ou Q”; expressões da forma P → Q têm valor lógico F somente
quando P é V e Q é F, caso contrário valem V, e são lidas como “se P então Q”. Expressões
da forma ¬P simbolizam a negação de P, e são F quando P é V, e é V quando P é F.
Com base nas informações do texto I, é correto afirmar que, para todos os possíveis valores
¬ [P → (¬VQ)ou
lógicos, ] possui
F, queospodem
mesmosser
valores lógicosa que
atribuídos P ea aproposição simbolizadasimbolizada
Q, uma proposição por por
a) (¬P) ∨ Q
b (¬Q) → P
c) ¬[(¬P ) ∧ (¬Q)]
d) ¬[¬( P → Q)]
e) P ∧ Q

EC 25. TRE MA 2009 [CESPE]


Com base nas regras da lógica sentencial, assinale a opção que corresponde à negação da
proposição “Mário é contador e Norberto é estatístico.”
A Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.

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EC 26. AFRFB 2009 [ESAF]


Considere a seguinte proposição: “Se chove ou neva, então o chão fica molhado”. Sendo
assim, pode-se afirmar que:
a) Se o chão está molhado, então choveu ou nevou.
b) Se o chão está molhado, então choveu e nevou.
c) Se o chão está seco, então choveu ou nevou.
d) Se o chão está seco, então não choveu ou não nevou.
e) Se o chão está seco, então não choveu e não nevou.

EC 27. IPEA 2008 [CESPE]


Considere as seguintes informações a respeito de lógica:
- proposição: sentença afirmativa que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F),
sendo representada por letra maiúscula do alfabeto — A, B, C etc.;
- proposição simples: proposição que não contém nenhuma outra proposição como parte;
- conectivos: “e”, representado por ∧ ; “ou”, representado por ∨ ; “se ..., então ...”,
representado por → ;
- negação: “não”, representado por ¬;
- tabelas-verdade para algumas proposições compostas são apresentadas a seguir:
A B A∧B A∨B ¬A A→B
V V V V F V
V F F V F
F V F V V V
F F F F V
- leis de De Morgan: ¬(A ∨ B) significa ¬A ∧ ¬B; e ¬(A ∧ B) significa ¬A ∨ ¬B;
- sentenças abertas, ou proposições abertas: os exemplos “x + 4 = 9” e “Ele foi um grande
jogador de futebol” não são considerados proposições, pois não podem ser julgados como V
nem F, já que “x” e “Ele” são variáveis. O conjunto dos possíveis valores da variável é o
conjunto-universo da proposição aberta. Uma forma de se passar de uma sentença aberta a
uma proposição é pela quantificação da variável;
- quantificadores: “qualquer que seja”, “ou para todo”, representado por ∀ ; “existe”,
representado por ∃ . Por exemplo, a proposição “( ∀ x)(x ∈ R)(x + 4 = 9)” é valorada como F,
enquanto a proposição “( ∃ x)(x ∈ R)(x + 4 = 9)” é valorada como V, pois x = 5 torna a
proposição V. Se “Ele = Pelé”, então a proposição “Ele foi um grande jogador de futebol” é
valorada como V, enquanto se “Ele = Tiradentes”, a mesma proposição é valorada como F. O
subconjunto do conjunto universo que torna a proposição verdadeira é o conjunto-verdade da
proposição;
- argumento: relação que associa um conjunto de proposições A1, A2, ..., An — denominadas
premissas — a uma proposição B — denominada conclusão;
- argumento válido: um argumento no qual a conclusão é uma conseqüência necessária de
suas premissas, isto é, a verdade de suas premissas garante a verdade da conclusão.

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Considere a afirmação X seguinte, que pode ser V ou F: “Se Maria for casada, então ela virá
de vestido branco”. Tendo como base o texto, essa afirmação e as possíveis valorações V ou F
das proposições simples que a compõem, julgue os itens seguintes.
1. Independentemente de X ser V ou F, a proposição “Se Maria não vier de vestido branco,
então ela não é casada” será sempre V.
2. Se as proposições “Maria é casada” e “Maria não virá de vestido branco” forem ambas V,
então X será F.
3. Se a proposição “Maria é casada” for F, então, independentemente de X ser V ou F,
a proposição “Se Maria não for casada, então ela não virá de vestido branco” será sempre F.
4. As tabelas-verdade das proposições “Se Maria não vier de vestido branco, então ela não é
casada” e “Se Maria é casada, então ela virá de vestido branco” são iguais.

IV GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO


1 errado
2 a
3 certo
4 d
5 certo, certo, errado
6 certo
7 c
8 errado, errado
9 b
10 a
11 a
12 certo, errado
13 errado, certo
14 errado
15 c
16 errado
17 errado certo
18 certo
19 a
20 d
21 errado
22 certo
23 a

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24 e
25 d
26 e
27 errado certo errado certo

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