ABIN - AULA 04 - Análise Combinatória - Prof.º Vitor Menezes PDF

CURSO ON-LINE - RACIOCÍNIO LÓGICO P/ ABIN 1
PROFESSOR: VÍTOR MENEZES
AULA 4 – Análise Combinatória
I) ANÁLISE COMBINATÓRIA . ................................................................................................................... 5
1) Princípio fundamental da contagem . ......................................................................................................... 6
2) Condições para aplicação do princípio fundamental da contagem . ....................................................... 8
3) Tipos de problema de análise combinatória . ........................................................................................... 22
4) Fatorial. ....................................................................................................................................................... 23
5) Arranjos . ..................................................................................................................................................... 24
6) Permutação . ................................................................................................................................................ 29
7) Combinação . . ............................................................................................................................................. 31
8) Exercícios de concursos . ............................................................................................................................ 39
II) LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSO . ........................................................................................... 63
III) GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO . ........................................................................... 68
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Caríssimos,
Antes de iniciar a aula de hoje, gostaria de corrigir alguns erros cometidos na aula passada.
No exercício EC12 da aula passada, eu escrevi:

A segunda premissa é:
Jane foi aprovada em concurso público.
Para que ela seja verdadeira, Jane não deve ter sido aprovada em concurso.
Mas isto está errado. Temos que tirar a negação.

Ficaria assim:
A segunda premissa é:
Jane foi aprovada em concurso público.
Para que ela seja verdadeira, Jane deve ter sido aprovada em concurso.
Com isso, a linha da tabela verdade que torna inválido o argumento é aquela em que: Jane não
é policial, não é procuradora de justiça e foi aprovada em concurso público.
NO EC 16, a alternativa “B” fala sobre João ser advogado. Na hora de resolver, contudo, eu
me referi a José em vez de João, o que torna inválida a minha solução.
Por isso preciso refazer a análise da alternativa B.
Temos as seguintes premissas:

(I) Todos advogados ingressam no tribunal por concurso público;
(II) José ingressou no tribunal por concurso público;
(III) João não é advogado ou João não ingressou no tribunal por concurso público.
E a conclusão pretendida é:
João não é advogado.
Vamos desenhar os diagramas.

A primeira premissa nos diz que todos os advogados do tribunal entraram por concurso
público.
Ou seja, o conjunto verde está totalmente contido no conjunto vermelho. Por isso pintamos de
cinza a região que corresponderia a advogados do tribunal que não ingressaram por concurso
público. A região cinza indica ausência de elementos nesta parte do diagrama.
Além disso, os advogados do tribunal são uma parte do conjunto de todos os advogados
existentes.
A premissa seguinte nos diz que:

João não é advogado ou João não ingressou no tribunal por concurso público.
Temos três opções:
1ª opção:
Nesta primeira opção, João não é advogado, fazendo com que a primeira parcela do “ou” seja
verdadeira.
2ª opção:
Nesta segunda opção, João não é advogado e nem servidor do tribunal, o que faz com que as
duas parcelas do “ou” sejam verdadeiras.
Terceira opção:
Agora a segunda parcela do “ou” é verdadeira.

Note que, nesta terceira opção, conseguimos fazer com que todas as premissas sejam
verdadeiras e, além disso, a conclusão seja falsa. Achamos um caso em que João é advogado
e, ainda sim, todas as premissas são satisfeitas.
Se existe um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa, então o
argumento é inválido. As premissas não suportam a conclusão.
Vamos à aula de hoje!
I) ANÁLISE COMBINATÓRIA
Em análise combinatória nós vamos basicamente aprender a contar. Isso mesmo. O intuito
aqui será contar de quantas formas um dado processo pode ocorrer.
Uma forma de resolver este tipo de problema é simplesmente listar todas as situações
possíveis e, depois, contá-las. Vejamos um exemplo.
Considere que um guia turístico deseje colocar três pessoas em fila indiana, para percorrer
uma trilha. De quantas maneiras é possível formar a tal fila?
É um problema de contagem. Precisamos contar quantas são as maneiras de executar o
processo descrito, qual seja, formar a fila de três pessoas.
Chamando as pessoas de A, B e C, temos as seguintes filas possíveis:
A, B, C
A, C, B
B, A, C
B, C, A
C, A, B
C, B, A
São seis filas possíveis. Listamos todas elas e, depois, contamos. Difícil? Certamente não.
O problema começa quando o número de casos possíveis aumenta muito. Imaginem se, em
vez de três pessoas na fila, fossem quinze. E aí? Listar todas as maneiras de formação da fila
seria algo extremamente trabalhoso.
Nestas situações, é muito útil conhecer ferramentas de análise combinatória. São ferramentas
que permitem uma contagem mais rápida.
A mais importante delas é o princípio fundamental da contagem. Ele pode ser aplicado para
resolver qualquer problema de análise combinatória.
A partir do princípio fundamental da contagem, de aplicação geral, é possível chegar a
fórmulas que se destinam a problemas com certas particularidades. Neste contexto,
aprenderemos os casos de arranjo, permutação e combinação.
Em vez de irmos direto para os exercícios de concurso, veremos primeiro exercícios
propostos (sigla EP), de elaboração própria, separados por assunto.
Ocorre que muitos alunos têm dificuldade justamente na hora de identificar qual tipo de
ferramenta usar (se é um exercício de permutação, de arranjo, de combinação). Tentaremos,
com os exercícios propostos, eliminar estas dúvidas.
Depois, nos exercícios de concurso, veremos tudo “misturado”, que é para vocês mesmos
concluírem que ferramenta usar. Assim, se alguma dúvida restou, se algo não ficou bem
entendido, isso com certeza vai aparecer, vai ficar evidente.
1) Princípio fundamental da contagem

EP 1 Paulo quer conhecer a ilha Alfa. Para tanto, precisa chegar até o litoral. Tem duas
maneiras de fazer isso: de carro ou ônibus. Chegando ao litoral, ele precisa atingir a ilha. Pode
ir de barco, de lancha ou de balsa. De quantas formas Paulo pode chegar à ilha Alfa?
Resolução:
Vamos escrever todas as possibilidades à disposição de Paulo.
Paulo pode chegar à ilha usando:
1 – carro e barco
2 – carro e lancha
3 - carro e balsa
4 – ônibus e barco
5 – ônibus e lancha
6 – ônibus e balsa
São 6 as maneiras pelas quais Paulo pode chegar à ilha.

Vamos reescrever essas possibilidades da seguinte maneira:
formas de chegar ao litoral formas de ir do litoral à ilha
barco
carro lancha
balsa
barco
ônibus lancha
balsa
Podemos dividir o problema em duas etapas.

A primeira etapa consiste em ir até o litoral. Há 2 modos de fazer isso.
A segunda etapa consiste em ir do litoral até a ilha.
Para cada modo escolhido para completar a primeira etapa, há 3 maneiras de se realizar a
segunda etapa.
Portanto, o número total de possibilidades de se executar todo o percurso é:
2×3 = 6
O princípio fundamental da contagem nos diz que, quando uma tarefa puder se dividida em n
etapas, e cada etapa puder ser realizada de mi maneiras diferentes (com “i” variando de 1 até
n), o número de maneiras pelas quais podemos concluir a tarefa é igual ao produto:
m1 × m2 × m3 × ...mn
No nosso exemplo, tínhamos duas etapas. A primeira etapa podia ser realizada de duas
formas. A segunda, de três formas. O número de maneiras de se realizar a tarefa inteira foi
igual a 2 vezes 3.
ida do interior ao litoral: 2 maneiras ida do litoral à ilha: 3 maneiras
1ª etapa 2ª etapa
2 3
2×3 = 6
EP 2 João tem disponíveis em seu guarda roupa 4 camisas (de cores branca, azul, cinza e
verde) e 3 gravatas (de cores vermelha, laranja e azul). De quantas formas João pode se vestir,
sabendo-se que ele usará camisa e gravata?
Resolução:
Podemos dividir o processo de vestimento de João em duas etapas. A primeira consiste em

escolher a camisa. A segunda etapa consiste em escolher a gravata.
Para executar a primeira etapa, João tem 4 opções. São 4 camisas diferentes para escolher.
Na segunda etapa, João pode optar por 3 gravatas. São 3 formas de realizar a segunda etapa.
Logo, o número total de maneiras pelas quais João pode combinar camisa e gravata é:
4 × 3 = 12
EP 3 Maria possui oito livros, sendo cinco científicos e três romances. Ela vai fazer uma
viagem e pretende levar apenas dois livros, sendo 1 romance e 1 científico. De quantos modos
Maria pode escolher quais livros levar.
Resolução:
Podemos dividir o problema em duas etapas. Na primeira etapa, escolhermos o livro
científico. Na segunda etapa, escolhemos o romance.
Há 5 formas de realizar a primeira etapa. E há 3 formas de realizar a segunda etapa. O número
total de maneiras pelas quais Maria pode escolher os dois livros que serão levados para a
viagem é:
5 × 3 = 15
2) Condições para aplicação do princípio fundamental da contagem

Nos problemas anteriores, vimos situações mais simples, em que não foi necessário verificar
as condições para aplicação do princípio fundamental da contagem.
Contudo, de forma geral, antes de iniciarmos a resolução do problema, é necessário responder
a duas perguntas extremamente importantes:
· há reposição de elementos?
· uma troca na ordem dos elementos representa um novo caso?
Veremos qual o impacto destes itens nos problemas seguintes.
EP 4 Cinco amigos (Alberto, Bianca, Cláudia, Daniel e Eduardo) decidem fazer uma
pequena festa. Dois deles vão organizá-la. Para ver quem fica encarregado da organização,
eles fazem um sorteio. O primeiro a ser sorteado cuidará das bebidas. O segundo, da comida.
Quantos são os grupos possíveis?
Resolução.
Vamos dividir a escolha das duas pessoas em etapas. Na primeira etapa sorteamos a primeira
pessoa. Na segunda etapa sorteamos a segunda pessoa.
Nos problemas anteriores, a situações era bem diferente. Como exemplo, vamos voltar ao EP
1, em que Paulo queria visitar a ilha Alfa. Lá nós também fizemos a divisão em etapas.
Tínhamos um conjunto de maneiras de chegar ao litoral. Vamos chamar de conjunto ‘A’.
A = {carro, ônibus}
Tínhamos, também, um conjunto de maneiras de ir do litoral à ilha (conjunto B).
B = {barco, balsa, lancha}.
Na primeira etapa, tínhamos duas opções de ida até o litoral (pois o conjunto A tem dois
elementos). Para a segunda etapa, havia três formas de execução (pois o conjunto B tem três
elementos).
Note que as etapas estão relacionadas a conjuntos diferentes. Nesta situação, simplesmente
aplicamos o princípio fundamental da contagem, multiplicando o número de formas de
execução da primeira etapa (=2) pelo número de formas de execução da segunda etapa (=3).
Agora vem um grande detalhe. Aqui, no EP 4, a situação mudou. Nesta questão sobre os
cinco amigos que terão uma festa, as duas etapas estão relacionadas com o mesmo conjunto.
Seja C o conjunto de amigos.
C = {Alberto, Bianca, Cláudia, Daniel e Eduardo}
Há cinco formas de realizar a primeira etapa (ou seja, de escolher a primeira pessoa). Isto
porque, no conjunto C, temos 5 elementos.
E na segunda etapa? Quantas são as formas de executar a segunda etapa? É aqui que está a
diferença.
Quando duas ou mais etapas estão relacionadas a um mesmo conjunto de dados, temos que
nos fazer duas perguntas extremamente importantes:
Vejamos a primeira pergunta. O que significa reposição?

Haverá reposição quando um elemento é escolhido em uma das etapas e, na etapa seguinte,
ele pode ser escolhido novamente.
Assim, suponhamos que Alberto foi o primeiro escolhido. Ele ficará encarregado das bebidas.
Escolhido o Alberto, aí sortearemos a segunda pessoa, que ficará encarregada da comida.
Pergunta: o Alberto, que já foi escolhido para cuidar da bebida, pode ser novamente
escolhido? Ele pode ser novamente sorteado? Pode ele cuidar da bebida e da comida?
Não, não pode.
A idéia é que fique uma pessoa cuidando da bebida e outra pessoa cuidando da comida.
Ou seja: NÃO há reposição. A pessoa escolhida na primeira etapa não pode mais ser
escolhida para a segunda etapa.
Sabendo disso, vamos resolver o problema.

Na primeira etapa temos cinco opções. Queremos escolher um dos amigos para ficar
encarregado da bebida. São cinco amigos, então temos cinco possibilidades de execução da
primeira etapa. Ou ainda: nos dirigimos ao conjunto C, que tem cinco elementos. Logo, temos
5 possibilidades de execução da primeira etapa.
Agora vamos para a segunda etapa.
Para escolher a segunda pessoa, nos dirigimos novamente ao conjunto C. São cinco
elementos. Um deles já foi escolhido. Só restam 4. São 4 formas de realizar a segunda etapa.
grupo de 5 pessoas
1ª etapa 2ª etapa
5 4
5 × 4 = 20
Desta forma, temos 20 maneiras de escolher as duas pessoas que cuidarão da festa.
No início do problema, dissemos que eram duas perguntas muito importantes. São elas:
A primeira pergunta nós já estudamos. Vimos que, neste problema, não há reposição. Isso faz
com que, na segunda etapa, sejam apenas 4 opções, em vez de 5.
Ok, e a segunda pergunta? O que ela quer dizer?
Para a segunda pergunta, se a resposta for positiva, simplesmente utilizamos o princípio
fundamental da contagem. Se for negativa, precisamos fazer algumas adaptações.
Neste exercício, queríamos formar grupos de duas pessoas para organizarem a festa.
Vamos escrever todas essas possibilidades? Vamos representar cada pessoa pela sua inicial.
As possibilidades são:
a,b b,c c,d d,e
a,c b,d c,e e,a
a,d b,e d,a e,b
a,e c,a d,b e,c
b,a c,b d,c e,d
Observe os grupos destacados em vermelho. A diferença entre eles é simplesmente a ordem
dos elementos. Em um, temos primeiro Alberto e depois Bianca. No outro, temos primeiro
Bianca e depois Alberto.
Esta troca na ordem representa uma nova formação para a dupla que vai organizar a festa?
Sim, representa sim. Na primeira formação, Alberto é quem cuidará das bebidas. Na segunda
formação, Bianca cuidará das bebidas. Uma troca na ordem dos elementos representou uma
nova formação. Dizemos que a ordem é importante para a contagem. Uma simples alteração
na ordem dos elementos implica na obtenção de um novo caso.
Deste modo, a resposta para a segunda pergunta é: SIM, uma troca na ordem dos elementos
representa um novo caso (a ordem é importante!).
Sempre que isso acontecer, basta aplicarmos o Princípio Fundamental da Contagem (PFC).
Não precisa fazer nenhuma adaptação.
Então, resumindo o que fizemos. Neste exercício, vimos que não há reposição. Logo,
escolhido um elemento para a primeira etapa, ele não pode ser escolhido para a segunda etapa.
Vimos também que uma troca na ordem dos elementos representa sim uma nova contagem.
Quando isso acontece, não precisamos fazer adaptação nenhuma. É só usar o princípio
fundamental da contagem e pronto.
EP 5 Eduardo tem uma pequena loja. Junto ao caixa, ele deixa expostos alguns CD’s para
venda. Eles ficam um do lado do outro. O CD da esquerda fica mais próximo ao caixa. O CD
da direita fica mais distante do caixa. Sabendo que há espaço para exposição de 3 CD’s e que
Eduardo tem em estoque 10 CD’s (cada um de um cantor/banda diferente), de quantas
maneiras ele pode organizar os CD’s que ficarão ao lado do caixa.
Resolução.
Seja Z o conjunto dos CD’s de Eduardo.
Z = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j}
Onde “a, b, c, ..., j” representam cada um dos CD’s.
A primeira etapa vai ser escolher o CD da esquerda. É o CD que fica mais perto do Caixa. A
segunda etapa vai ser escolher o CD do meio. A terceira etapa vai ser escolher o CD da
direita, ou seja, aquele que fica mais distante do caixa.
As duas perguntas a que temos que responder são:
A resposta para a primeira pergunta é: NÃO. Não há reposição de elementos. Escolhido o CD
que ficará do lado esquerdo, ele não é reposto. Ele não pode ser novamente escolhido para as
demais etapas. Não tem como um CD ocupar, ao mesmo tempo, a posição da esquerda e da
direita.
A resposta para a segunda pergunta é: SIM. Uma troca na ordem dos elementos representa
sim um novo caso.
Vamos imaginar uma possível organização dos CD’s:
Lado esquerdo: Roberto Carlos
Centro: Calipso
Lado direito: Amado Batista
Agora, considere a forma de organização abaixo:
Lado esquerdo: Calipso

Centro: Amado Batista
Lado direito: Roberto Carlos
São duas formas de organização distintas, obtidas a partir de uma mera troca na ordem dos
elementos. Logo, uma mera alteração na ordem representa uma nova contagem.
Vamos agora resolver o problema.
Temos 10 maneiras de executar a primeira etapa. São dez opções de CD. Isso porque o
conjunto Z tem 10 elementos.
Para executar a segunda etapa, nos dirigimos novamente ao conjunto Z. Ele tem 10 elementos.
Um já foi escolhido na etapa anterior. Logo, para a segunda etapa, sobram 9 opções.
Para a terceira etapa, nos dirigimos novamente ao conjunto Z. Ele tem 10 elementos. Dois já
foram usados nas etapas anteriores. Logo, para a terceira etapa, sobram 8 elementos.
O número total de maneiras que Eduardo pode dispor 3 dos seus 10 CD’s é:
10 × 9 × 8 = 720
EP 6 Maria (aquela mesma o EP 3) voltou de viagem. Ela continua tendo oito livros, sendo
cinco científicos e três romances. Ela quer guardar seus livros numa estante. A estante tem
espaço para apenas 4 livros. Do lado esquerdo da estante, Maria quer colocar dois livros
científicos. Do lado direito da estante, Maria quer colocar dois romances. De quantas formas
Maria pode organizar seus livros?
Resolução
O preenchimento de cada um dos espaços da estante será uma etapa.
As duas primeiras etapas correspondem ao preenchimento do lado esquerdo da estante. A

terceira e a quarta etapas correspondem ao preenchimento do lado direito da estante.
A 1ª etapa corresponde ao livro que ficará na extrema esquerda. A 4ª etapa corresponde ao
livro que ficará na extrema direita.
Vamos às nossas perguntas de sempre.
Novamente, não há reposição. Escolhido um livro para ocupar a posição mais à esquerda, ele
não pode ocupar nenhuma outra posição. Ele não pode estar, ao mesmo tempo, em dois
espaços diferentes.
E, mais uma vez, uma troca na ordem dos elementos representa sim um novo caso. A ordem
dos elementos é importante. Assim, colocar os livros A, B, C, D, nesta ordem, é diferente de
colocá-los, por exemplo, do seguinte modo: A, B, D, C.
Trocamos a ordem dos elementos. Invertemos as posições dos livros C e D. Isso representa
uma nova contagem.
As duas primeiras etapas correspondem ao lado esquerdo da estante. Elas serão preenchidas
com livros científicos.
Para a primeira etapa, temos 5 opções.
Para a segunda etapa, nos dirigimos novamente ao conjunto dos livros científicos. São 5
livros. Um já foi usado na primeira etapa. Sobram 4.
A 3ª etapa será executada com livros de romance. Temos 3 formas de realizar a terceira etapa.
A 4ª etapa será preenchida também com um livro de romance. São 3 livros de romance ao
todo. Um já foi usado na 3ª etapa. Sobram 2.
Pronto. Agora é só aplicar o princípio fundamental da contagem. Dividimos o problema em 4

etapas. Achamos de quantas formas cada uma delas pode ser executada. Agora basta
multiplicar.
5 × 4 × 3 × 2 = 120
EP 7 Paula possui doze filmes (4 documentários; 5 comédias; 3 suspenses). Na sua estante

só há espaço para 6 filmes. Ela deseja colocar na estante 2 documentários (do lado esquerdo),
3 comédias (do lado direito), e 1 suspense, entre os documentários e as comédias. De quantas
formas Paula pode organizar seus DVD’s?
Resolução:
Exercício bem parecido com os anteriores. Não há reposição de elementos. Além disso, uma
alteração de ordem implica em novo caso. A ordem é importante.
Cada etapa vai corresponder ao preenchimento de um espaço na estante.
As posições da esquerda serão preenchidas com 2 documentários (1ª e 2ª etapas). As posições

da direita serão preenchidas com 3 comédias (4ª, 5ª e 6ª etapas). A posição restante será
preenchida com 1 suspense (3ª etapa).
Para a primeira etapa, temos 4 opções de documentários.
A 2ª etapa também será executada a partir dos documentários. São 4 documentários ao todo.
Um já foi usado na etapa anterior. Sobram 3.
Vamos agora para a terceira etapa. Ela será executada a partir dos suspenses. São 3 opções de
execução da terceira etapa.
Para a quarta etapa temos 5 opções de comédia.
A quinta etapa também será executada a partir de comédias. Eram 5 comédias ao todo. Uma
já foi usada. Faltam 4.
Por fim, a sexta etapa será executada a partir das comédias. Tínhamos 5 ao todo. Duas já
foram usadas nas etapas anteriores. Sobraram 3.
E agora basta aplicar o princípio fundamental da contagem.

O número total de maneiras pelas quais Maria pode dispor 6 DVD’s na estante é:
4 × 3 × 3 × 5 × 4 × 3 = 2160
EP 8 Em um pequeno país, os carros têm placas com duas letras e dois números. Qual o
número máximo de placas diferentes que podem ser fabricadas neste país?
Resolução
A primeira etapa será escolher a primeira letra da placa. A segunda etapa será escolher a
segunda letra. A terceira etapa será escolher o primeiro número. A quarta etapa será escolher
o segundo número.
Perguntas:
Aqui temos um exercício diferente dos anteriores. É o primeiro exercício em que há
reposição. Então a resposta para a primeira pergunta é: SIM, há reposição.
Considere que “G” seja a letra escolhida para ser a primeira letra da placa.
Na hora de escolher a segunda letra, teremos, novamente, 26 opções. A letra “G” pode ser
escolhida duas vezes. Ela pode sim ocupar a primeira e a segunda posições. Por isso dizemos
que há reposição. Um mesmo elemento pode ser usado em duas etapas diferentes.
O mesmo vale para os algarismos. Considere que o primeiro algarismo da placa seja “7”. Esse
algarismo pode perfeitamente ser usado na etapa seguinte. Ele pode se repetir.
Dizer que há reposição significa que um elemento pode ser usado em mais de uma etapa. Ou
seja, seria perfeitamente possível ter a placa “GG77”. Ok?
Vamos preencher a primeira etapa. São 26 opções de letras.
Vamos agora para a segunda etapa. Queremos escolher a segunda letra da placa. São 26
opções de letra. Uma já foi usada na etapa anterior. Contudo, como há reposição, continuamos
com 26 opções de letra.
Na terceira etapa, nós precisamos escolher um algarismo. Temos dez formas de fazer isso.
Na quarta etapa, nós escolhermos outro algarismo. Tínhamos 10 opções. Já utilizamos 1

algarismo na terceira etapa. Só que, como há reposição, para a quarta etapa ainda temos 10
opções.
Já determinamos de quantas maneiras podemos executar cada uma das etapas.

Vamos responder à segunda pergunta. A ordem é importante? Uma alteração na ordem dos
elementos representa um novo caso?
Sim, representa sim.
A placa KF50 é diferente da placa FK05. De uma placa para outra apenas alteramos a ordem
dos elementos. E com isso obtemos um novo caso, uma nova placa.
Nesta situação, basta aplicar o princípio fundamental da contagem, sem qualquer adaptação.
O número total placas que podem existir neste país é:
26 × 26 × 10 × 10 = 67600
EP 9 Considerando o país descrito no EP 8, quantas as placas terminam com zero?
Resolução:
A primeira etapa será escolher a primeira letra da placa. A segunda etapa será escolher a
segunda letra. A terceira etapa será escolher o primeiro número. A quarta etapa será escolher
o segundo número.
Vamos preencher a primeira etapa. São 26 opções de letras.
Vamos agora para a segunda etapa. Queremos escolher a segunda letra da placa. São 26
opções de letra. Uma já foi usada na etapa anterior. Contudo, como há reposição, continuamos
com 26 opções de letra.
Na terceira etapa, nós precisamos escolher um algarismo. Temos dez formas de fazer isso.
Por fim, a quarta etapa. A quarta etapa só pode ser preenchida com o algarismo zero. Só
temos uma opção.
O número total placas que podem existir neste país, terminadas com zero, é:
26 × 26 × 10 × 1 = 6760
EP 10 Ainda sobre o país do EP 8, quantas são as placas que começam com ‘J” e terminam
com “3”?
Resolução:
Para a primeira etapa, temos 1 opção de letra (só nos serve a letra J). Para a segunda etapa
temos 26 opções de letra. Para a terceira etapa temos 10 opções de algarismo. Para a quarta
etapa temos 1 opção de algarismo (só nos serve o algarismo 3).
Aplicando o princípio fundamental da contagem:
1 × 26 × 10 × 1 = 260
260 placas começam com J e terminam com 3.
EP 11 Cinco amigos (Alberto, Bianca, Cláudia, Daniel e Eduardo) decidem fazer uma
pequena festa. Dois deles vão organizá-la. Para ver quem fica encarregado da organização,
eles fazem um sorteio. Quantos são os grupos possíveis de serem formados?
Exercício semelhante ao EP 4. Aqui, novamente, não há reposição. Uma mesma pessoa não
pode ser escolhida duas vezes. Uma pessoa não vai organizar sozinha a festa. A festa será
organizada por duas pessoas diferentes.
Ou seja, aqui, novamente, a resposta para a primeira pergunta é: NÃO, não há reposição.
Vamos agora à segunda pergunta: a ordem é importante? Uma troca na ordem dos elementos
representa uma nova contagem?
Lá no EP 4, a ordem do sorteio tinha bastante importância. Ela determinava quem cuidaria da

bebida e quem cuidaria da comida.
Neste exercício, de forma diferente, a ordem não mais interfere na organização da festa. Os
dois sorteados vão fazer tudo juntos. Não haverá mais separação entre quem vai organizar a
bebida e quem vai organizar a comida.
Vamos fazer como sempre. Vamos dividir a escolha das duas pessoas em etapas. Na primeira
etapa sorteamos a primeira pessoa. Na segunda etapa sorteamos a segunda pessoa.
Na primeira etapa temos cinco opções. Escolhida a primeira pessoa, para a segunda etapa
sobram 4 opções.
1ª etapa 2ª etapa
5 4
5 × 4 = 20
Desse modo, de acordo com o que estudamos, são 20 formas de se formarem os grupos.
Vamos escrever todas essas possibilidades? Vamos representar cada pessoa pela sua inicial.
As possibilidades são:
a,b b,c c,d d,e
a,c b,d c,e e,a
a,d b,e d,a e,b
a,e c,a d,b e,c
b,a c,b d,c e,d
Só que tem um probleminha na resolução acima. O grupo formado por Alberto e Bianca
(Alberto foi escolhido primeiro e Bianca segundo – ver primeira linha, destacado em
vermelho) é exatamente a mesma coisa que o grupo formado por Bianca e Alberto (Bianca foi
escolhida em primeiro e Alberto em segundo – ver quinta linha, destacado em vermelho).
Ou seja, estamos contando cada grupo duas vezes. O número de grupos que se formam, na
verdade, é:
20
= 10
2
Por que precisamos dividir por dois? Porque estávamos contando cada grupo duas vezes.
Trocar a ordem de escolha (Alberto e Bianca ou Bianca e Alberto) não faz a menor diferença.
A ordem dos elementos não tem qualquer importância.
Sempre que estivermos diante de um caso em que a troca na ordem dos elementos não altera o
grupo, não podemos simplesmente aplicar o princípio fundamental da contagem.
Se simplesmente aplicássemos o princípio fundamental da contagem, teríamos contagens
repetidas. Teríamos grupos contados mais de uma vez. Nestes casos, é necessário fazer uma
divisão, para excluir as contagens repetidas.
Pergunta: Professor, nas questões em que é necessária uma divisão para excluir as
contagens repetidas, sempre dividimos por 2?
Resposta: não, a divisão nem sempre é por 2. Veremos mais adiante como fazer essa divisão.
3) Tipos de problema de análise combinatória

Todos os exercícios de análise combinatória podem ser resolvidos com o princípio
fundamental da contagem. Para tanto, é só termos o cuidado de responder às perguntas:
A primeira pergunta interfere no cálculo das maneiras de execução de cada etapa.
A segunda pergunta é importante para sabermos se basta aplicar o princípio fundamental da
contagem ou não. Caso a ordem seja importante, isto é, caso uma alteração na ordem dos
elementos implique em nova contagem, basta aplicarmos o PFC.
Do contrário, aí é necessário fazer uma adaptação. Primeiro aplicamos o PFC. Em seguida, é
necessário fazer uma divisão para excluir as contagens repetidas.
Deste modo, seria possível resolver todos os exercícios de análise combinatória sem saber
quaisquer fórmulas. Contudo, às vezes as fórmulas podem ser úteis. Podem auxiliar a
resolução. Isso sem falar que há exercícios que cobram justamente o conhecimento da
fórmula.
Então vamos estudá-las. Para tanto, vamos entender a nomenclatura existente.
Quando há reposição, apenas aplicamos o PFC. Não há qualquer nome especial para este tipo
de problema. Não há nenhuma fórmula específica. São exercícios pouco cobrados.
Quando não há reposição, aí alguns nomes são usualmente empregados. Podemos ter o
seguinte:
· se a ordem importa (alteração na ordem dos elementos implica em nova contagem), aí
temos os arranjos e as permutações (as permutações são um caso particular de arranjo);
· se a ordem não importa, então temos as combinações
Há reposição? A ordem é importante? Forma de resolução

Sim Sim PFC
Não Sim arranjos, permutações,
PFC
Não Não combinações, PFC
Pergunta:
Professor, e nos problemas em que há reposição e a ordem não é importante? Como
resolver?
Aí a coisa fica um pouquinho mais complicada. Falamos mais a respeito no exercício EC 14.
Já dissemos isso várias vezes, mas não custa repetir: sempre é possível usar o PFC para
qualquer problema de análise combinatória. Além dele, temos fórmulas aplicáveis a tipos
específicos de problema (arranjos, permutações, combinações).
A idéia aqui será a seguinte: veremos cada tipo de problema usando exercícios propostos.
Depois que tivermos estudado todos eles, aí veremos os exercícios de concursos, sem nos
preocupar em separar quais são de arranjo, de permutação ou de combinação. Por que isso?
Porque o que muita gente confunde é justamente quando usar cada tipo de resolução. Muitas
vezes os alunos têm dificuldade em saber, por exemplo, se o problema é de combinação ou
não.
Assim, sem a separação de exercícios por assunto, creio que vocês terão que se esforçar mais
para tentar descobrir qual das ferramentas adotar. E aí, se houver alguma dúvida, ela
necessariamente vai aparecer.
4) Fatorial
Um símbolo que vai aparecer bastante daqui pra frente é o fatorial. Seu símbolo é: “!”. Nada
mais, nada menos, que o ponto de exclamação.
O fatorial possibilita uma escrita compacta.
Vejamos um exemplo. Considere que se deseje calcular:
4 × 3 × 2 ×1
Esta conta pode ser escrita de forma compacta. Ela pode ser escrita assim:
4 × 3 × 2 × 1 = 4!
Ou seja, escrever “ 4 × 3 × 2 × 1 ” é o mesmo que escrever “4!”.
Sempre que tivermos uma multiplicação de números naturais em seqüência, e sempre que esta
multiplicação se estender até o número 1, então podemos usar o fatorial.
De forma geral, se n for um número natural, temos:
n! = n × (n − 1) × (n − 2) × ... × 1
As únicas exceções são:
1! = 1
0! = 1
EP 12 Calcule:
a) 3!
b) 6!
c) 2! + 5!
d) 6! ÷ 4!
e) 8! ÷ 5!
Resolução:
a) 3! = 3 × 2 × 1 = 6
b) 6! = 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 720
c) 2!+5! = 2 × 1 + 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 2 + 120 = 122
d) Sempre que tivermos uma divisão de fatoriais, existe uma técnica interessante que nos
facilita bastante. É o seguinte.
Queremos calcular: 6! ÷ 4!
O maior fatorial é 6!
Vamos desenvolve-lo.
6! = 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1
6! = 6 × 5 × (4 × 3 × 2 × 1)
O que é que nós temos entre parêntesis? É justamente 4!. Ou seja, na hora de desenvolver 6!
nós podemos fazer assim:
6! = 6 × 5 × 4!
Desta forma, temos:
6! 6 × 5 × 4!
= = 6 × 5 = 30
4! 4!
e) Aqui vamos adotar a mesma idéia do item anterior.

8! 8 × 7 × 6 × 5!
= = 8 × 7 × 6 = 336
5! 5!
5) Arranjos
EP 13 Alberto, Bernardo, Caio e Décio vão apostar uma corrida. Desprezando-se os casos de
empate (ou seja, considerando que dois ou mais atletas não cruzam a linha de chegada
simultaneamente), de quantas maneiras pode ser formado o pódio?
Resolução
Cada etapa corresponderá à escolha de quem vai ocupar cada uma das posições do pódio.
Nossas perguntas são:
Vamos analisar a primeira pergunta.
Considere que Alberto chegou em primeiro. Ele foi escolhido na primeira etapa. É ele quem
vai ocupar o lugar mais alto do pódio.
Ele pode ocupar também o segundo lugar? Não, não pode. Não há reposição. A pessoa
escolhida em uma das etapas não pode ser novamente escolhida. Não tem como um corredor
ser primeiro e segundo ao mesmo tempo. Não há reposição.
Vamos para a segunda pergunta. A ordem é importante?
É claro que sim. A seqüência Alberto, Bernardo e Caio é diferente de Caio, Alberto e
Bernardo. Na primeira delas, Alberto foi o vencedor. Na segunda, Caio é que foi o campeão.
Ou seja, uma simples alteração na ordem dos elementos representa um novo possível pódio.
Logo, a ordem importa.
Quando a ordem importa e não há reposição, estamos diante de um caso de arranjo.
Vamos resolver a questão usando o PFC.
Para a primeira etapa (escolher o primeiro colocado), temos 4 opções.

Escolhido o primeiro colocado, para a segunda etapa sobram 3 opções de corredores (pois não
há reposição).
Para a terceira etapa, temos 2 opções de corredores.
Aplicando o PFC:
4 × 3 × 2 = 24
São 24 possíveis pódios.
E agora vem a fórmula. São n elementos. Queremos escolher p, sem reposição, de forma que
a ordem é importante. O número de maneiras de fazer isso é:
n!
An , p =
(n − p)!
Esta é a fórmula do arranjo.
Dado um conjunto de n elementos do qual queremos escolher p (sem reposição, onde a ordem
é importante), a fórmula nos dá quantos agrupamentos são possíveis.
No nosso exemplo, tínhamos um grupo de 4 corredores ( n = 4). Queríamos escolher 3
( p = 3 ). Aplicando a fórmula:
4! 4!
A4,3 = = = 24
(4 − 3)! 1!
EP 14 Sobre a corrida do problema anterior: de quantas formas pode ser formado o pódio
com Décio em segundo lugar?
Novamente, não há reposição e a ordem é importante.
Primeiro vamos resolver usando o princípio fundamental da contagem.

Para a primeira etapa, temos 4 opções de corredores.
Escolhido o primeiro colocado, sobram 3 opções para a segunda etapa. Só que nós temos uma
restrição na segunda etapa. Queremos os pódios em que Décio é o segundo lugar.
E agora? De quantas maneiras pode ser executada a segunda etapa?
Aí depende.
Se Décio já tiver sido escolhido na primeira etapa, então a segunda etapa sequer pode ser
executada.
Neste caso, como há uma restrição na segunda etapa, o melhor a fazer é começar a resolução
do problema justamente por ela.
Vamos começar tudo de novo.
Para a segunda etapa, nós temos 1 opção. Estamos interessados nos pódios em que Décio é o
segundo colocado.
Esta dica é importante.

Procure começar pelas etapas em que há restrições.
Escolhido o segundo colocado (que só pode ser Décio), vamos para o primeiro colocado.
Sobram 3 opções para a primeira etapa.
Escolhidos o primeiro e o segundo lugares, para a terceira etapa sobram duas opções.
Usando o PFC:
3 × 1× 2 = 6
Há seis possíveis pódios em que Décio é o segundo lugar.
Outra resolução seria usar a fórmula de arranjo. Podemos dividir o problema em apenas duas
etapas.
Na primeira etapa, escolhemos o segundo colocado. Ele só pode ser Décio. Há uma forma de
realizar esta etapa.
Na segunda etapa, queremos escolher o primeiro e o terceiro colocados. Sobraram 3 amigos e
queremos escolher 2. Não há reposição e a ordem é importante. O número de maneiras de
fazer isso é:
3! 6
A3,2 = = =6
(3 − 2)! 1
Logo, o número de pódios em que Décio é o segundo colocado é dado por:
1× 6 = 6
EP 15 Numa escola primária, a professora precisa levar seus alunos para buscar a merenda.
Para manter a organização, ela não leva todos os alunos de uma vez. Ela os separa em grupos,
que são conduzidos até a cantina em filas.
Para formar a primeira fila, ela tem que escolher 4 crianças (duas de cada sexo). Nas filas que
forma, a professora nunca alterna meninos e meninas.
Sabendo que hoje na sala de aula há 3 meninas e 5 meninos, de quantas maneiras a professora
pode montar a primeira fila?
Resolução.
Primeiro vamos usar o PFC.
A primeira etapa consistirá em escolher a primeira criança da fila. A segunda etapa consistirá
em escolher a segunda. E assim por diante.
Vamos primeiro ver quantas são as filas que iniciam por meninas.
Para a primeira etapa, temos 3 opções de meninas.
Escolhida a primeira menina, para a segunda etapa sobram duas opções de meninas.
Agora vamos para os meninos. A terceira posição da fila será ocupada por um menino. Temos
cinco opções.
Para a última etapa, sobram 4 opções de meninos.
Aplicando o PFC:
3 × 2 × 5 × 4 = 120
É possível formar 120 filas que iniciam por meninas.
Agora, vamos às filas que iniciam por meninos.
De forma análoga, temos:
Aplicando o PFC:
5 × 4 × 3 × 2 = 120
É possível formar 120 filas que iniciam por meninos.
Somando tudo, são 240 filas possíveis.
Outra resolução, agora aplicando a fórmula de arranjo.

Primeiro vamos ver quantas filas iniciam por meninas.
A primeira etapa consistirá em escolher as duas meninas que iniciam a fila. Temos 3 meninas
e queremos escolher 2, sem reposição, onde a ordem é importante.
O número de maneiras de fazer isso é:
3!
A3,2 = =6
(3 − 2)!
A segunda etapa consistirá em escolher os dois meninos que finalizam a fila. São 5 meninos.
Queremos escolher 2, sem reposição, onde a ordem importa. O número de maneiras de fazer
isso é:
5! 5! 5 × 4 × 3!
A5,2 = = = = 20
(5 − 2)! 3! 3!
A escolha das meninas pode se dar de 6 formas. A escolha dos meninos, de 20 formas.
Aplicando o PFC, o número total de filas que iniciam com meninas é:
6 × 20 = 120
De forma análoga, 120 filas iniciam com meninos. Somando tudo, são 240 filas possíveis,
com 2 crianças de cada sexo, sem alternar os sexos ao longo da fila.
Notem que mesmo quando aplicamos a fórmula de arranjo, ainda sim chegamos ao final da
resolução precisando aplicar o PFC. Ou seja, em muitas vezes a fórmula não é capaz de
substituir totalmente o PFC. Por isso, é extremante importante que vocês saibam que a
fórmula está aí só para facilitar. Nunca se limitem a decorá-la. Nunca deixem de lado o PFC.
6) Permutação
Permutação nada mais é que um caso particular de arranjo.
Quando temos n elementos e desejamos formar grupos de p elementos, escolhidos sem
reposição, onde a ordem de escolha é importante, o número de grupos é dado por:
n!
An , p =
(n − p )!
Pois bem. Um caso particular de arranjo ocorre quando n = p. Quando isso acontece, aí nós
temos uma permutação.
Assim, a permutação é um arranjo em que n = p.
E a fórmula fica reduzida a:
n! n!
An , p = = = n!
(n − p )! 0!
Assim, a permutação de n elementos é dada por:
Pn = n!
EP 16 Quatro amigos (Alberto, Bernardo, Cláudio e Diogo) estão disputando uma corrida de
kart. Descartando-se a hipótese de duas ou mais pessoas cruzarem a linha de chegada
simultaneamente, de quantas formas pode terminar a corrida?
Resolução.
Primeiro vamos resolver a questão usando o PFC. Cada etapa vai corresponder à escolha de
um dos lugares. A primeira etapa consiste em escolher o primeiro lugar. A segunda etapa
consiste em escolher o segundo lugar. E assim por diante.
grupo de 4 amigos
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa

4 3 2 1
O número de maneiras possíveis de término da corrida é dado por:

4 × 3 × 2 × 1 = 24
Notem que não há reposição, pois um corredor não pode ocupar duas posições ao mesmo
tempo. Além disso, a ordem é relevante. A ordem de escolha está relacionada com a
colocação final do corredor.
Em vez de usarmos o PFC, podemos aplicar a fórmula estudada.

Temos um conjunto de 4 corredores. A partir deste conjunto, queremos formar grupos de 4
corredores, sem reposição, de forma que a ordem de escolha é importante.
Estamos diante de um caso de arranjo. E mais que isso. É uma permutação (pois n = p = 4 ).
O número de formas diferentes pelas quais a corrida pode acabar é:
P4 = 4!= 24
Um detalhe interessante.
Seja ‘A’ o conjunto formado pelos amigos.
A = {Alberto, Bernardo, Cláudio, Diogo}
O conjunto ‘A’ tem 4 elementos.
Para resolver a questão, dividimos o processo em quatro etapas (referentes a cada uma das
colocações obtidas ao final da corrida).
Note que:
· Todas as etapas foram relacionadas ao mesmo conjunto A
· O número de etapas foi igual ao número de elementos do conjunto A.
· Não há reposição de elementos de uma etapa para a outra.
Sempre que isso acontece, estamos diante de um caso de permutação. Dizemos que foi feita
uma permutação entre os quatro amigos. Pegamos todos eles e simplesmente alteramos a
ordem de seus posicionamentos, para obter cada uma das possíveis maneiras de término da
corrida.
EP 17 Qual o número de anagramas da palavra RATO?
Resolução:
Como a palavra RATO é pequena, podemos listar todos os anagramas. São eles:
rato raot rtao rtoa rota roat
arto arot ator atro aort aotr
trao troa taro taor tora toar
orta orat otar outra oart oatr
São 24 anagramas.
Observem que cada anagrama é um conjunto formado pelas letras “a, o, r, t”. A partir deste
conjunto de 4 elementos, queremos formar grupos, de 4 elementos, sem reposição, onde a
ordem é importante. Ou seja, estamos permutando essas 4 letras. Assim, o número de
anagramas é igual a:
P4 = 4!= 24
A utilização da permutação para encontrar o número de anagramas de uma dada palavra é
comum nas provas do CESPE. O exercício em si não é difícil. O que talvez poderia dificultar
é a palavra “anagrama”. Nem todo mundo já ouviu falar. Então fica a dica: anagramas são
todas as “palavras” formadas com a mera alteração na ordem das letras da palavra original.
Vale destacar que, para formar um anagrama, não interessa se a palavra obtida existe no nosso
vocabulário ou não.
Assim, “ator” é um anagrama de “rato”. E sabemos que “ator” existe no vocabulário.
Do mesmo modo, “rtoa” é um anagrama de “rato”, muito embora não exista no nosso
vocabulário.
E mais um detalhe: na hora de contar quantos são os anagramas, a palavra original também é
contada. Assim, “rato” tem 24 anagramas, incluindo a própria palavra “rato”.
7) Combinação
Vamos retomar o EP 11. Relembrando seu enunciado:
Cinco amigos (Alberto, Bianca, Cláudia, Daniel e Eduardo) decidem fazer uma pequena festa.
Dois deles vão organizá-la. Para ver quem fica encarregado da organização, eles fazem um
sorteio. Quantos são os grupos possíveis de serem formados?
Lá na fl. 20 nós resolvemos este exercício por meio do PFC. Sugiro que vocês dêem uma
pausa na leitura e voltem lá naquele exercício, para relembrar a resolução.
Acontece que, neste problema, a ordem não é importante. Escolher primeiro o Alberto e
depois a Bianca é a mesma coisa que escolher primeiro a Bianca e depois Alberto.
A ordem de escolha não altera o grupo. Nas duas situações, temos a mesma equipe que vai
organizar a festa.
Quando isso acontece, depois de aplicarmos o PFC, precisamos fazer uma divisão. Esta
divisão tem o intuito de eliminar as contagens repetidas.
Vou retomar um trecho da resolução do EP 11.
Vamos dividir a escolha das duas pessoas em etapas. Na primeira etapa sorteamos a primeira
pessoa. Na segunda etapa sorteamos a segunda pessoa.
Na primeira etapa temos cinco opções. Escolhida a primeira pessoa, para a segunda etapa
sobram 4 opções.
1ª etapa 2ª etapa
5 4
5 × 4 = 20
Desse modo, de acordo com o que estudamos, são 20 formas de se formarem os grupos.
Escrevendo todas as possibilidades:
a,b b,c c,d d,e
a,c b,d c,e e,a
a,d b,e d,a e,b
a,e c,a d,b e,c
b,a c,b d,c e,d
E o quadro acima deixa bem claro que há contagens repetidas.
Como já dito, o grupo formado por Alberto e Bianca (Alberto foi escolhido primeiro e Bianca
segundo – ver primeira linha, destacado em vermelho) é exatamente a mesma coisa que o
grupo formado por Bianca e Alberto (Bianca foi escolhida em primeiro e Alberto em segundo
– ver quinta linha, destacado em vermelho).
Ou seja, estamos contando cada grupo duas vezes. O número de grupos que se formam, na
verdade, é:
20
= 10
2
Com essa divisão, eliminamos as contagens repetidas.
EP 18 Na penúltima rodada do campeonato estadual de futebol, cinco times terminaram com

chances de classificação para o triangular final (ou seja, apenas três times destes cinco
disputarão a fase final). Sabendo-se que na fase final os pontos são “zerados” (ou seja, o time
com melhor campanha na primeira fase não leva qualquer vantagem), de quantas formas pode
ser disputado o triangular final?
Resolução:
Sejam A, B, C, D e E os cinco times com chances de disputar o triangular final.
Vamos tentar resolver o problema usando o princípio fundamental da contagem. Precisamos

escolher 3 times destes 5. Para a primeira escolha, temos 5 opções. Escolhido o primeiro time,
para a segunda escolha sobram 4. Selecionados os dois primeiros, sobram 3 opções para a
última escolha. Assim, o número de maneiras pelas quais estes times podem ser escolhidos é:
5 × 4 × 3 = 60
Acontece que, na solução acima, estamos considerando que a ordem importa. Ou seja, o
triangular composto pelos times A, B e C é diferente do triangular composto pelos times C, B
e A.
Só que isso é falso. Uma simples alteração na ordem de escolha dos times não altera o
triangular final. Temos que eliminar a contagem repetida.
No exercício anterior resolvemos este problema da seguinte forma. Listamos todas as
ocorrências. Vimos quantas vezes cada combinação se repetia. Como cada combinação estava
em duplicidade, dividimos por 2 o resultado obtido por meio da aplicação do princípio
fundamental da contagem.
No presente caso, vai dar um trabalhão ficar listando todas as possibilidades. São sessenta
casos possíveis. Listar todos eles para contar as repetições daria muito trabalho. Vamos fazer
diferente.
Vamos focar em um único caso. Considere o conjunto formado por A, B, C. Quantas vezes
ele está sendo contado? Ele está sendo contado seis vezes, assim discriminadas:
· A, B, C
· A, C, B
· B, A, C
· B, C, A
· C, A, B
· C, B, A
Repare que o número de contagens para o conjunto A, B, C foi justamente igual a 6, que é
igual a 3! (fatorial de 3).
Isto não é coincidência. Temos três elementos (A, B, C). Queríamos saber de quantas formas
podemos listá-los, alternado apenas a ordem entre eles. É um caso de permutação. Estamos
permutando três elementos.
Assim, qualquer possível triangular final foi contado seis vezes. Temos que dividir o número
obtido por 6, para eliminar as contagens repetidas.
Novamente: por que dividimos por 6?

Porque 6 é igual ao número de permutação de três elementos (=3!).
Logo, o número de maneiras de se formar o triangular final é dado por:
5× 4×3
= 10
6
Quando temos um conjunto de n elementos e queremos formar grupos de p elementos,
tomados sem reposição, onde a ordem não importa, o número de grupamentos possíveis é
dado por:
n!
C n, p =
(n − p)!× p!
Que é a fórmula da combinação. Dizemos que estamos combinando n elementos, tomados p a
p.
No exercício EP 11, eram cinco amigos. Queríamos escolher dois deles para formar o grupo.
Como a ordem de escolha não é relevante, estamos diante de um caso de combinação. Então
tínhamos que combinar 5 pessoas, tomadas duas a duas.
Nesse caso, n = 5 e p = 2.
5! 5! 5 × 4 × 3 × 2 ×1
C 5,2 = = = = 10
(5 − 2)!×2! 3!×2! (3 × 2 × 1) × (2 × 1)
Outra opção é utilizar aquela dica para dividir fatoriais:
5! 5! 5 × 4 × 3!
C 5,2 = = =
(5 − 2)!×2! 3!×2! (3!) × 2!
5 × 4 × 3! 5 × 4
C 5,2 = = = 10
(3!) × (2!) 2
No caso do EP 18, queríamos escolher 3 times entre os 5 que ainda tinham chances de
classificação. Novamente, a ordem não importa. Queremos combinar 5 times, tomados 3 a 3.
Resolvendo por meio da fórmula, ficaríamos com:
5 × 4 × 3! 5 × 4
C5,3 = = = 10
(2!)× (3!) 2!
A fórmula da combinação já tem a divisão que elimina as contagens repetidas.
n!
C ( n, p ) =
( n − p )!× p!
elimina as contagens repetidas
Na resolução dos exercícios, o mais comum é simplificarmos esta fórmula.

Exemplo:
5!
C5,3 =
3!×2!
Daí desenvolvemos o numerador, até podermos cancelar com uma das parcelas do
denominador. Assim:
5 × 4 × 3! 5 × 4
C5,3 = =
3!×2! 2 ×1
Esta simplificação é tão comum que, nos exercícios, vou omitir este passo a passo e colocar
direto o resultado da simplificação. Ok?
EP 19 Marta vai fazer uma viagem e pretende levar cinco livros em sua mala. Ela quer levar
dois livros de auto-ajuda e três romances. Para fazer sua escolha ela possui, em sua casa,
quatro livros de auto-ajuda e seis romances. De quantas formas Marta pode escolher os cinco
livros?
Resolução:
Podemos dividir o problema em cinco etapas (uma para cada livro escolhido). Na primeira e
na segunda etapa, escolhemos os livros de auto-ajuda. Na terceira, quarta e quinta etapas,
escolhemos os livros de romance.
Para a primeira etapa, temos 4 opções de livros de auto-ajuda.
Escolhido o primeiro livro de auto-ajuda, para a segunda etapa sobram 3 opções.
Na terceira etapa, temos seis opções de livros de romances.
Para a quarta etapa, sobram cinco opções de livros de romances.
Escolhidos os romances da terceira e da quarta etapas, sobram 4 opções de romances para a
quinta etapa.
4 livros de auto-ajuda 6 romances
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa

4 3 6 5 4
Pelo princípio fundamental da contagem, o número de maneiras de se escolherem os cinco

livros é:
4 × 3 × 6 × 5 × 4 = 1440
Acontece que, nesta resolução acima, estamos considerando que a ordem importa. Estamos
considerando que o conjunto de livros {A, B, C, D, E} é diferente do conjunto {A, B, C, E,
D}. Isto é falso. Uma mera alteração na ordem de escolha dos livros não implica em formação
de um novo conjunto de livros.
Temos, na verdade, um problema de combinação. Precisamos excluir as contagens repetidas.
a ordem entre estes 3 elementos não importa
Fazemos a divisão por 3 fatorial, para eliminar
as contagens repetidas

4 3 6 5 4
a ordem entre estes 2 elementos não importa

Fazemos a divisão por 2 fatorial, para eliminar
as contagens repetidas
Aqui temos duas divisões a serem feitas. Uma por 2!. E a outra por 3!.
Fica assim:
4 × 3× 6 × 5× 4 4 × 3× 6 × 5× 4
= = 120
(2!) × (3!) (2 × 1) × (3 × 2 × 1)
São 120 maneiras de se escolherem os cinco livros.
Outra resolução possível seria usando a fórmula de combinação. Para tanto, dividimos o
problema em apenas duas etapas. Na primeira etapa, escolhemos os livros de auto-ajuda. Na
segunda etapa, escolhemos os livros de romance.
Para a primeira etapa, temos que escolher 2 livros de auto-ajuda dentre 4 disponíveis, sendo
que a ordem de escolha não é relevante. Estamos diante de um caso de combinação.
Queremos combinar 4 livros, tomados dois a dois. O número de maneiras de executar a
primeira etapa é:
4! 4 × 3 × 2! 4 × 3
C 4,2 = = = =6
2!×2! 2!×2! 2!
São seis formas de executar a primeira etapa.
Na segunda etapa, escolhemos os livros de romance. Queremos escolher 3 em 6 possíveis. A

ordem de escolha não é relevante. Temos, portanto, uma combinação de 6 livros, tomados 3 a
3. O número de maneiras de se executar a segunda etapa é:
6! 6 × 5 × 4 × 3! 6 × 5 × 4
C 6,3 = = = = 20
3!×3! 3!×3! 3!
São 20 formas de se executar a segunda etapa.
6 maneiras de escolher os livros 20 maneiras de escolher os

de auto-ajuda livros de romance
1ª etapa 2ª etapa
6 20
Usando o princípio fundamental da contagem, temos:

6 × 20 = 120
Novamente, encontramos 120 formas de se escolherem os cinco livros.
Interessante notar que, nesta segunda forma de resolução, não nos preocupamos com as
contagens repetidas. Não foi preciso fazer nenhuma divisão. Por quê? Porque os números
usados para preencher cada etapa foram obtidos por meio da fórmula de combinação, que já
se encarrega de excluir as contagens repetidas.
As seis maneiras de escolha dos livros de auto-ajuda, obtidas por meio da fórmula da
combinação, não contemplam qualquer contagem repetida. Idem para as 20 maneiras de
escolha dos livros de romance.
E destaco novamente: mesmo conhecendo a fórmula da combinação, ainda foi necessário
utilizar o PFC, o que demonstra a importância desta ferramenta.
EP 20 Uma sala de aula há 20 alunos. Sete deles serão escolhidos para ir a um evento.
Quantas são as maneiras de se escolherem esses alunos?
Resolução:
Estamos novamente diante de um caso de combinação. A ordem de sorteio não interfere no
grupo.
A sala de aula tem 20 alunos (n = 20). Queremos formar grupos de 7 alunos (p = 7).
O número de combinações fica:
n!
C (n, p) =
(n − p)!× p!
20! 20 × 19 × 18 × 17 × 16 × 15 × 14 × 13! 20 × 19 × 18 × 17 × 16 × 15 × 14
C ( n, p ) = = =
(20 − 7)!×7! (13!) × (7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1) 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 ×1
Simplificando, temos:
20 × 19 × 18 × 17 × 16 × 15 × 14
= 19 × 17 × 16 × 15 = 77.520
7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 ×1
São 77.520 formas de se escolherem grupos de sete alunos, entre os 20 estudantes da classe.
EP 21 Uma sala de aula tem 20 alunos. Cinco deles serão escolhidos para organizar uma
festa. O primeiro escolhido vai arrecadar o dinheiro. O segundo cuidará do local da festa. O
terceiro comprará as comidas. O quarto cuidará das bebidas. O quinto cuidará da música. De
quantas formas é possível montar esse grupo que organizará a festa?
Estamos diante de mais um caso de combinação, certo???
Errado!!!
Aqui a ordem importa sim. Coloquei este exercício no meio do tópico de combinação só para
chamar a atenção. Antes de sair aplicando a fórmula, preste atenção na natureza do exercício!
Escolher os alunos A, B, C, D e E, nesta ordem, é diferente de escolher os alunos A, B, C, E,
D.
No primeiro grupo, é o aluno D quem vai cuidar da bebida e o aluno E quem cuida da música.
O aluno D gosta muito de uma caipirinha e o aluno E gosta muito de pagode. Portanto, seria
uma festa com muita caipirinha e pagode.
No segundo grupo, muda tudo. O aluno E é quem cuidaria das bebidas. Ele já não gosta muito
de bebidas alcoólicas. Compraria mais refrigerante. E o aluno D é quem cuidaria da música.
Ele já gosta mais de forró. Seria uma festa completamente diferente da primeira.
Desse modo, não podemos usar a fórmula da combinação.
Podemos dividir a escolha em etapas. Na primeira etapa, temos 20 opções de escolha.
Escolhido o primeiro aluno, na segunda etapa temos 19 opções de escolha. Escolhidos o
primeiro e o segundo aluno, para a terceira etapa sobram 18 opções. E assim por diante.

20 19 18 17 16
20 × 19 × 18 × 17 × 16 = 1.860.480
Por ser um caso de arranjo, poderíamos ter resolvido aplicando a fórmula correspondente.
Contudo, optamos por usar o princípio fundamental da contagem. Como a ordem importa sim,
não precisamos nos preocupar em fazer qualquer divisão para eliminar as contagens repetidas.
Esta é a grande diferença para o caso da combinação, onde a fórmula já faz esse trabalho pra
gente.
EP 22 Qual o número de anagramas da palavra PORTO?
Resolução.
Este exercício não é de combinação e sim de permutação. Isto porque a mera alteração na
ordem das letras implica num novo anagrama. Por exemplo, os anagramas “PORTO” e
“ROPTO” são diferentes entre si. E, de um para o outro, só mudamos as posições das letras R
e P.
Assim, queremos permutar as cinco letras. Temos:
P5 = 5!
Só que tem um probleminha na resolução acima. Neste caso, temos letras repetidas. A letra
“o” aparece duas vezes. A ordem entre essas duas letras é irrelevante. Ou seja, escrever
“PORTO” e “PORTO”, apenas trocando a posição das duas letras “o”, dá no mesmo.
Precisamos dividir o resultado acima por 2 fatorial, para excluir as contagens repetidas:
5!
= 60
2!
Deste modo, quando na permutação tivermos elementos repetidos, precisamos eliminar as
contagens repetidas com uma divisão. O raciocínio é exatamente o mesmo que vimos quando
estudamos a combinação.
8) Exercícios de concursos
Agora que já estudamos diversas ferramentas para resolução dos problemas de análise
combinatória, vamos aos exercícios de concursos.
EC 1. Ministério da Saúde 2007 [CESPE]

Com relação a probabilidade, combinações, arranjos e permutações, julgue os seguintes itens.
1. Se o diretor de uma secretaria do MS quiser premiar 3 de seus 6 servidores presenteando
um deles com um ingresso para cinema, outro com um ingresso para teatro e o terceiro com
um ingresso para show, ele terá mais de 100 maneiras diferentes para fazê-lo.
cada um deles com um ingresso para teatro, ele terá mais de 24 maneiras diferentes para fazê-
lo.
3. Sabe-se que, no Brasil, as placas de identificação dos veículos têm 3 letras do alfabeto e 4
algarismos, escolhidos de 0 a 9. Então, seguindo-se essa mesma lei de formação, mas
utilizando-se apenas as letras da palavra BRASIL, é possível construir mais de 600.000 placas
diferentes que não possuam letras nem algarismos repetidos.
Resolução.
Primeiro item.
Vamos dividir o processo em etapas. Na primeira etapa, escolhemos o ganhador do cinema;
na segunda, do teatro; na terceira, do show.
Sejam A, B, C, D, E, F os seis servidores.
Neste problema, a ordem é importante. Uma alteração na ordem de escolha muda tudo.
Sortear A, B, C é diferente de escolher C, B, A. Na primeira formação, A vai para o cinema e
C para o show. Na segunda formação, A vai para o show e C vai para o cinema.
Além disso, não há reposição. Um mesmo servidor não pode ser premiado duas vezes (pois o
exercício diz que o diretor quer premiar 3 servidores).
Aplicando o PFC, temos:
· 6 opções para a primeira etapa
· escolhido o primeiro sorteado, sobram 5 opções para a segunda etapa
· escolhidos os dois primeiros sorteados, sobram 4 opções para a terceira etapa.
O número de maneiras de escolher os 3 servidores é:
6 × 5 × 4 = 120
Outra resolução.
Temos um caso em que não há reposição e a ordem importa. Assim, temos um problema de
arranjo. De um total de 6 elementos, queremos escolher 3, sem reposição, onde a ordem
importa. O número de maneiras de fazer isso é:
6! 6! 6 × 5 × 4 × 3!
A6,3 = = = = 120
(6 − 3)! 3! 3!
Gabarito: certo.
Segundo item.
Problema bem semelhante ao anterior, com um pequeno detalhe que faz toda diferença: aqui a
ordem não importa! Se todos os premiados vão para o teatro, pouco importa a ordem em que
serão escolhidos. Ou seja, dos 120 casos que encontramos usando o PFC, precisamos excluir
as contagens repetidas.
A ordem na qual escolhemos os três servidores é irrelevante. Precisamos dividir por 3 fatorial
para eliminar as contagens repetidas. Ficamos com:
120 120
= = 20
3! 3 × 2 × 1
Outra resolução: temos um caso em que a ordem não importa e onde não há reposição. É um
problema de combinação. Temos 6 elementos e queremos combina-los 3 a 3. Aplicando a
fórmula:
6!
C 6,3 = = 20
(6 − 3)!×3!
Gabarito: errado.
Terceiro item.
Vamos dividir a formação da placa em etapas.
Para a primeira etapa, temos 6 opções de letras.
O exercício pede que não tenhamos letras nem números repetidos. Ou seja, não há reposição.
Logo, para a segunda etapa, temos 5 opções de letras.
Já usamos 2 das 6 letras. Para a terceira etapa, sobram 4 opções de letras.
Preenchidas as 3 letras, vamos aos algarismos. Para a primeira posição de algarismo, temos 10
opções. Escolhido o primeiro, sobram 9 opções para o segundo algarismo. Na escolha do
terceiro algarismo, temos 8 opções. E para o quarto, temos 7 opções de algarismos.
Aplicando o PFC:
6 × 5 × 4 × 10 × 9 × 8 × 7 = 604.800
Gabarito: certo.
EC 2. ANAC 2009 [CESPE]

Com relação a análise combinatória, julgue os itens que se seguem.
1. O número de rotas aéreas possíveis partindo de Porto Alegre, Florianópolis ou Curitiba

com destino a Fortaleza, Salvador, Natal, João Pessoa, Maceió, Recife ou Aracaju, fazendo
uma escala em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo é múltiplo de 12.
2. Considerando que: um anagrama de uma palavra é uma permutação das letras dessa
palavra, tendo ou não significado na linguagem comum, α seja a quantidade de anagramas
possíveis de se formar com a palavra AEROPORTO, β seja a quantidade de anagramas
começando por consoante e terminando por vogal possíveis de se formar com a palavra
TURBINA; e sabendo que 9! = 362.880 e 5! = 120, então α = 21β .
3. Considere a seguinte situação hipotética.
Há 6 estradas distintas ligando as cidades A e B, 3 ligando B e C; e 2 ligando A e C
diretamente. Cada estrada pode ser utilizada nos dois sentidos. Nessa situação, o número de
rotas possíveis com origem e destino em A e escala em C é igual a 400.
4. O número de comissões constituídas por 4 pessoas que é possível obter de um grupo de 5
pilotos e 6 co-pilotos, incluindo, pelo menos, 2 pilotos, é superior a 210.
5. Em um voo em que haja 8 lugares disponíveis e 12 pessoas que desejem embarcar, o
número de maneiras distintas de ocupação dos assentos para o voo sair lotado será superior a
500.
Resolução.
Primeiro item.
Para a escolha da cidade de partida, temos 3 opções (Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba).
Para a escolha do destino, temos 7 opções (Fortaleza, Salvador, Natal, João Pessoa, Maceió,
Recife e Aracaju). Para a escolha da escala, temos 4 opções (Belo Horizonte, Brasília, Rio e
São Paulo).
3 × 7 × 4 = 84
São 84 formas de se montar rotas aéreas. Este número, de fato, é múltiplo de 12 (pois é
múltiplo de 3 e de 4).
Gabarito: certo.
Segundo item.
Vamos ver quantos anagramas podemos formar com a palavra “aeroporto”.
São 9 letras a serem permutadas. Assim, o número de anagramas é dado por:
α = 9!
Só que tem um probleminha. A palavra “aeroporto” tem letras repetidas. A ordem entre as
duas letras “r” é irrelevante. Logo, precisamos dividir por 2 fatorial.
Além disso, a ordem entre as três letras “e” é irrelevante. Precisamos dividir por 3 fatorial.
9!
α=
3!×2!
Agora vamos calcular o valor de β . Queremos formar anagramas com a palavra “turbina”. Só
que temos duas restrições: os anagramas devem começar com consoante e terminar com
vogal.
Vamos dividir a formação do anagrama em etapas. Na primeira etapa, vamos escolher a
primeira letra do anagrama. Na segunda etapa escolhemos a segunda letra do anagrama. E
assim por diante.
Vamos começar pelas etapas em que temos restrições:
· primeira etapa: temos 4 opções (são 4 consoantes disponíveis para ocupar a primeira
posição)
· sétima etapa: temos 3 opções (são 3 vogais disponíveis para ocupar a última posição)
· segunda etapa: tínhamos 7 letras, já usamos duas nas etapas acima; sobram 5 opções
· terceira etapa: 4 opções
· quarta etapa: 3 opções
· quinta etapa: 2 opções
· sexta etapa: 1 opção.
Aplicando o PFC:
β = 4 × 3 × 5 × 4 × 3 × 2 ×1
β = 4 × 3 × 5!
O exercício afirma que:
α = 21β .
Vamos dividir os dois valores:
α 9!
= ÷ (21 × 4 × 3 × 5!)
21β 3!×2!
α 9! 362880
= = =1
21β 3!×2!×(21 × 4 × 3 × 5!) 362880
Portanto, α = 21β , pois, quando dividimos um pelo outro, o resultado foi igual a 1.
Gabarito: certo.
Terceiro item.
Podemos formar as seguintes rotas:
A–C–A
A–B–C–A
A–C–B–A
A–B–C–B–A
A–C–B–C–A
Na primeira situação, temos: A – C – A. Vamos analisar com calma os possíveis percursos.

Para percorrer o primeiro trecho da rota ( A – C), temos 2 opções (são duas estradas que ligam
A e C). Para percorrer o segundo trecho, temos novamente 2 opções. Assim, rotas passando
por A, depois C, depois A, são:
2× 2 = 4
Com um raciocínio análogo, podemos calcular as rotas das demais situações:

A – C – A: 2 × 2 = 4
A – B – C – A: 6 × 3 × 2 = 36
A – C – B – A: 2 × 3 × 6 = 36
A – B – C – B – A: 6 × 3 × 3 × 6 = 324
A – C – B – C – A: 2 × 3 × 3 × 2 = 36
Somando tudo, temos:
4 + 36 + 36 + 324 + 36 = 436
Assim, na minha opinião, o item está errado. Contudo, no gabarito oficial preliminar, ele foi
dado como certo. Posteriormente, no gabarito definitivo, a questão foi anulada, sob o
argumento de que a redação permite mais de uma interpretação.
Gabarito: anulado
Caso vocês achem algum erro na minha resolução, por favor me avisem.
Quarto item.
Vamos calcular o número total de comissões que é possível formar, independentemente de as
pessoas escolhidas serem pilotos ou co-pilotos.
Temos 11 pessoas. Queremos escolher 4, sem repetição, onde a ordem não importa. Temos
um caso de combinação.
11! 11 × 10 × 9 × 8
C11,4 = = = 330
4!×7! 4 × 3× 2
Agora vamos calcular quantas são as comissões com apenas 1 piloto e com 3 co-pilotos. Para
tanto, vamos dividir o problema em etapas.
Na primeira etapa, escolhemos o piloto. Para escolher o piloto, temos 5 opções.
Na segunda etapa, escolhemos os três co-pilotos. De quantos modos podemos executar esta
segunda etapa?
Basta aplicarmos a fórmula da combinação:
6× 5× 4
C 6,3 = = 20
3× 2
Aplicando o PFC:
5 × 20 = 100
É possível formarmos 100 comissões com exatamente 1 piloto e 3 co-pilotos.
Agora vamos calcular quantas são as comissões com 4 co-pilotos. Queremos escolher 4 co-
pilotos, de um conjunto de 6. Temos:
6×5
C 6,4 = = 15
2
É possível formar 15 comissões com 4 co-pilotos.
Deste modo, das 330 comissões, temos:
· 100 são formadas por 1 piloto e 3 co-pilotos
· 15 são formadas por 4 co-pilotos
· o restante é formado por, pelo menos, 2 pilotos.
Logo, o número de comissões com pelo menos 2 pilotos é dado por:
330 − 100 − 15 = 215
Outra resolução possível seria assim. Você poderia calcular quantas comissões é possível
formar com 2 pilotos e 2 co-pilotos. Depois, quantas comissões existem com 3 pilotos e 1 co-
piloto. Por fim, quantas comissões existem com 4 pilotos. Feito isso, basta somar todos os
valores que você encontrou. O resultado deve ser o mesmo que achamos acima.
Gabarito: certo.
Quinto item.
Segue a solução pretendida pela banca, quando forneceu o gabarito preliminar.
Temos 12 pessoas e queremos escolher 4, sem repetição, onde a ordem não importa. É um
caso de combinação:
12! 12 × 11 × 10 × 9
C12,8 = = = 495
8!×4! 4 × 3× 2
O gabarito preliminar era “errado”
Acontece que o enunciado deu margem a um entendimento de que a ordem importava. Se o
candidato pensasse na ocupação das 12 poltronas, considerando que o fato de um passageiro
ocupar a poltrona A1 é diferente de ocupar a poltrona B26, então a ordem importa! Não
custava nada a questão deixar mais claro que a ordem era irrelevante... Creio que seria melhor
se o enunciado fosse: “o número de maneiras de se escolher as 8 pessoas que embarcarão é
superior a 15”. Deste modo, ficaria mais claro que a ordem era irrelevante.
Felizmente, este aspecto foi reconhecido pela banca, que anulou a questão.
Gabarito: anulado

Considerando que, para ocupar os dois cargos que compõem a diretoria de uma empresa,
diretor e vice-diretor, existam 5 candidatos, julgue os itens subsequentes.
1. Se cada um dos candidatos for capaz de ocupar qualquer um dos dois cargos, o número
possível de escolhas para a diretoria da empresa será igual a 10.
2. Se, dos 5 candidatos, 2 concorrem apenas ao cargo de diretor e os demais, apenas ao cargo
de vice-diretor, o número possível de escolhas para a diretoria da empresa será igual 5.
Resolução.
Primeiro item.
Neste caso, a ordem é importante, pois escolher primeiro A e depois B (com A sendo diretor e
B vice) é diferente de escolher primeiro B e depois A (com B diretor e A vice).
Temos um caso de arranjo.
5!
A5,2 = = 20
3!
Gabarito: errado.
Segundo item.
Para a escolha do cargo de diretor, temos 2 opções. Para a escolha do cargo de vice, temos 3
opções. Aplicando o PFC, temos:
2×3 = 6
Gabarito: errado.
EC 4. ANATEL 2008 [CESPE]

Considerando-se que um anagrama da palavra ANATEL seja uma permutação das letras
dessa palavra, tendo ou não significado na linguagem comum, que n1 seja a quantidade de
anagramas distintos que é possível formar com essa palavra e n2 seja a quantidade de
n2 1
anagramas distintos dessa palavra que começam por vogal, então ≠ .
n1 2
Resolução.
Temos uma permutação. Observem que a letra “a” repete duas vezes. Para excluir as
contagens repetidas, precisamos dividir por 2 fatorial.
O número de anagramas da palavra ANATEL é dado por:
6!
n1 = = 360
2!
Vamos agora ver quantos anagramas começam por vogal (n2). Para tanto, vamos dividir o
problema em etapas. Cada etapa vai corresponder à escolha de uma letra para ocupar cada
posição do anagrama.
· Primeira etapa: 3 opções (há 3 opções de vogal)
· Segunda etapa: 5 opções (tínhamos 6 letras e uma já foi usada na etapa anterior)
· Terceira etapa: 4 opções (tínhamos 6 letras e já usamos duas)
· Quarta etapa: 3 opções

· Quinta etapa: 2 opções
· Sexta etapa: 1 opção
O número de anagramas que começam por vogal é dado por:
3 × 5 × 4 × 3 × 2 ×1
Só que tem um problema. Acima, nós ignoramos o fato de que, entre as vogais, temos duas
que são iguais entre si. A ordem entre as duas letras “a” é irrelevante. Precisamos dividir por 2
fatorial .
3 × 5 × 4 × 3 × 2 ×1
n2 = = 180
2
Logo:
n 2 180 1
= = .
n1 360 2
Gabarito: errado.
EC 5. IPEA 2008 [CESPE]

Com relação a contagem e combinatória, julgue os itens que se seguem.
1. Considere que as senhas dos correntistas de um banco sejam formadas por 7 caracteres em
que os 3 primeiros são letras, escolhidas entre as 26 do alfabeto, e os 4 últimos, algarismos,
escolhidos entre 0 e 9. Nesse caso, a quantidade de senhas distintas que podem ser formadas
de modo que todas elas tenham a letra A na primeira posição das letras e o algarismo 9 na
primeira posição dos algarismos é superior a 600.000.
2. Considere que, para a final de determinada maratona, tenham sido classificados 25 atletas
que disputarão uma medalha de ouro, para o primeiro colocado, uma de prata, para o segundo
colocado, e uma de bronze, para o terceiro colocado. Dessa forma, não havendo empate em
nenhuma dessas colocações, a quantidade de maneiras diferentes de premiação com essas
medalhas será inferior a 10.000.
Resolução.
Primeiro item.
Vamos dividir o processo de formação da senha em etapas. Cada etapa vai corresponder a um
caracter escolhido.
· primeira etapa: 1 opção (só temos a letra A)
· segunda etapa: 26 opções (pois há reposição)
· terceira etapa: 26 opções
· quarta etapa: 1 opção (só pode ser o algarismo 9)
· quinta etapa: 10 opções (são 10 algarismos possíveis)
· sexta etapa: 10 opções
· sétima etapa: 10 opções
Aplicando o PFC:
1 × 26 × 26 × 1 × 10 × 10 × 10 = 676.000
Gabarito: certo
Segundo item.
Temos que escolher 3 atletas, entre os 25 possíveis, onde a ordem não importa. Além disso,
não há reposição, pois um atleta não pode ocupar duas posições ao mesmo tempo. Ou seja,
temos um caso de arranjo.
25!
A25,3 = = 25 × 24 × 23 = 13.800
22!
Gabarito: errado
EC 6. TCE ES 2004 [CESPE]

Suponha que o tribunal disponha de uma equipe de 12 controladores de recursos públicos para
compor uma equipe de 5 auditores para realizar a tarefa citada e que José e Carlos só aceitem
compor essa equipe se atuarem juntos. Nessas condições, o tribunal poderá formar a sua
equipe de auditores de, exatamente, 120 maneiras distintas.
Resolução.
José e Carlos só aceitam participar se atuarem juntos. Assim, ou eles atuam juntos, ou
nenhum dos dois atuam.
Vamos ver quantas equipes podemos formar com a participação de José e Carlos.
Se a equipe vai contar com José e Carlos, sobram mais 3 vagas, para serem preenchidas pelos
demais 10 controladores. Logo, temos que escolher 3 pessoas num conjunto de 10, sem
reposição, onde a ordem não importa. Temos uma combinação:
10!
C10,3 = = 120
3!×7!
São 120 equipes possíveis, em que José e Carlos atuam.
Além dessas, temos as equipes em que nem José e nem Carlos atuam. Logo, temos mais de
120 maneiras de compor as equipes.
Gabarito: errado.
EC 7. TRT 1 2008 [CESPE]

Caso 5 servidores em atividade e 3 aposentados se ofereçam como voluntários para a
realização de um projeto que requeira a constituição de uma comissão formada por 5 dessas
pessoas, das quais 3 sejam servidores em atividade e os outros dois, aposentados, então a
quantidade de comissões distintas que se poderá formar será igual a
A) 60.
B) 30.
C) 25.
D) 13.
E) 10.
Resolução.
Vamos dividir o problema em etapas. Cada etapa consistirá em escolher uma pessoa para
formar a comissão.
Nas três primeiras etapas, escolhemos os servidores em atividade. Na quarta e quinta etapas
escolhemos os aposentados.
Ainda temos que retirar as contagens repetidas.

5× 4 × 3× 3× 2 5× 4 × 3× 3× 2
= = 30
3!×2! 3× 2 × 2
Gabarito: B
EC 8. TRT 1ª Região 2008 [CESPE]

Considerando que as matrículas funcionais dos servidores de um tribunal sejam formadas por
5 algarismos e que o primeiro algarismo de todas a matrículas seja o 1 ou o 2, então a
quantidade máxima de matrículas funcionais que poderão ser formadas é igual a
A) 4 × 103.
B) 1 × 104.
C) 2 × 104.
D) 2 × 105.
E) 3 × 105.
Resolução.
Vamos dividir o problema em etapas. Cada etapa vai corresponder à escolha de um algarismo.
- para a primeira etapa temos 2 opções (1 ou 2)
- para as demais etapas, temos 10 opções (algarismos de 0 a 9).
2 × 10 × 10 × 10 × 10 = 2 × 10 4
Gabarito: C
Texto para as questões EC 9 a EC 11
No TRT da 1.ª Região, o andamento de processo pode ser consultado no sítio

www.trtrio.gov.br/Sistemas, seguindo as orientações abaixo:
Consulta processual pelo sistema de numeração única – processos autuados a partir de 2002:
nesse tipo de consulta, a parte interessada, advogado ou reclamante/reclamada, poderá
pesquisar, todo trâmite processual. Para efetuar a consulta, é necessário preencher todos os
campos, de acordo com os seguintes procedimentos (os dígitos são sempre algarismos
arábicos):
campo 1: digite o número do processo – com 5 dígitos;
campo 2: digite o ano do processo – com 4 dígitos;
campo 3: digite o número da Vara do Trabalho onde a ação se originou – com 3 dígitos. Os
números das Varas do Trabalho são codificados conforme tabela anexa do sítio e, nas ações
de competência dos TRTs, esse campo receberá três zeros;
campo 4: digite o número do TRT onde a ação se originou – com 2 dígitos. No caso do TRT
da 1.ª Região, “01”, que virá digitado;
campo 5: digite o número seqüencial do processo – com 2 dígitos. Na 1.ª autuação do
processo, independentemente da instância em que for ajuizada, este campo deverá ser
preenchido com “00”.
Após o preenchimento de todos os campos, clique o botão “consultar” e será apresentada a
tela relacionada aos tipos de processos. Clique o tipo de processo desejado, por exemplo: RT,
RO, AP, e será apresentada a tela de Consulta Processual, com todo o trâmite do processo.
Exemplo de Número Novo: RT: 01100-2002-010-01-00

Se for estabelecida a restrição de que no campo 1, referente ao número do processo, até 4 dos
5 dígitos poderão ser iguais, então a quantidade de possibilidades para esse número é igual a
A) 32.805.
B) 59.049.
C) 65.610.
D) 69.760.
E) 99.990.
Resolução.
Vamos dividir a escolha dos dígitos em etapas (uma etapa para cada dígito).
Primeiro, vamos ver de quantas formas podem ser formado o campo 1, independente de
qualquer restrição.
Em cada uma das etapas, temos 10 opções (são 10 algarismos possíveis). Aplicando o PFC:
10 5 = 100.000
Esse é o número total de maneiras de se formar o campo 1.
Acontece que, deste número acima, temos que excluir os casos indesejados. Temos que
excluir os casos em que todos os números são iguais.
Vamos ver de quantos modos é possível formar o campo 1 de maneira que todos os dígitos
sejam iguais.
Para a primeira etapa, temos 10 opções.
Escolhido o primeiro dígito, para as demais etapas temos uma única opção, pois estamos
querendo que os demais dígitos sejam iguais ao primeiro.
Aplicando o PFC:
10 × 1 × 1 × 1 × 1 = 10
São 10 casos em que todos os dígitos são iguais entre si.
Deste modo, das 100.000 maneiras diferentes de formar o campo 1, temos que, em 10 delas,
todos os cinco dígitos são iguais. No restante das vezes, há, no máximo, 4 dígitos iguais entre
si.
Fazendo a diferença:
100.000 − 10 = 99.990
Gabarito: E

Considere que no campo 3, correspondente ao número da Vara do Trabalho onde o processo
se originou, a numeração possa variar de 001 até 100. Nesse caso, a quantidade dessas Varas
que podem ser numeradas somente com números divisíveis por 5 é igual a
A) 15.
B) 20.
C) 22.
D) 25.
E) 28.
Resolução.
Para a primeira etapa temos duas opções (0 ou 1)
Para a segunda etapa temos dez opções (algarismos de 0 a 9)
Para a terceira etapa temos duas opções (0 ou 5, de modo que o número seja divisível por 5).
Aplicando o PFC:
2 × 10 × 2 = 40
Certo???
Errado!!!
O problema é que as possibilidades de uma etapa dependem da escolha da etapa anterior. Se,
na primeira etapa, tiver sido escolhido o dígito “1”, as demais etapas devem ser preenchidas
com “0”, pois a numeração vai até 100.
Então vamos refazer o problema.
Primeiro vamos analisar apenas os números de 000 a 099.
Primeira etapa: 1 opção (só o “0”)
Segunda etapa: 10 opções (algarismos de 0 a 9)
Terceira etapa: 2 opções (algarismos 0 e 5)
Aplicando o PFC:
1 × 10 × 2 = 20
São 20 números múltiplos de 5 entre “000” e “099”. Deste valor acima, temos que excluir o
número “000”, pois a numeração inicia em “001”.
Além disso, temos que incluir o número “100”.
20 − 1 + 1 = 20
Concluindo, são 20 números múltiplos de 5.
Gabarito: B

Considere um lote de processos especificados no Sistema de Numeração Única, em que os 2
dígitos do campo 5 formam um número par ou um número divisível por 3 e varia de 01 a 12.
Nesse caso, a quantidade de possíveis números para esse campo 5 é igual a
A) 11.
B) 10.
C) 8.
D) 6.
E) 4.
Resolução.
Neste exercício, até dá para listar todos os casos. Nem precisamos de ferramentas de análise
combinatória.
Os casos possíveis são: 02, 03, 04, 06, 08, 09, 10, 12.
São oito números possíveis.
Gabarito: C
EC 12. MCT 2008 [CESPE]

Entre os 7 servidores do setor de administração de um órgão público, 3 serão escolhidos para
cargos de chefia. Considerando que todos os 7 servidores são igualmente competentes para
ocupar qualquer das chefias, julgue os itens seguintes.
1. Se forem 3 cargos de chefia diferentes, e apenas um servidor ocupar cada um desses cargos,
a quantidade de possibilidades de escolha será inferior a 40.
2. Considere que os servidores sejam divididos em dois grupos A e B e que os 3 cargos sejam
também divididos em 2 grupos em que o primeiro grupo tenha 2 desses cargos. Se cada
servidor do grupo A puder ocupar apenas um dos cargos do primeiro grupo e o cargo do
segundo grupo for ocupado por um único servidor do grupo B, então o maior número de
possibilidades de escolha dessas chefias ocorrerá quando o conjunto A tiver 5 servidores e o
conjunto B, 2 servidores.
Resolução.
Primeiro item.
Notem que os cargos são diferentes entre si. Neste caso, a ordem de escolha é relevante.
Queremos escolher 3 servidores, de um grupo de 7, onde a ordem importa. Temos um caso e
arranjo.
7! 7 × 6 × 5 × 4!
C 7 ,3 = = = 210
(7 − 3)! 4!
Gabarito: errado.
Segundo item
Sejam “n” o número de servidores do grupo A. Sabemos que “n” deve ser no mínimo igual a
2 (para podermos preencher os dois cargos de A).
Além disso, “n” é, no máximo, igual a 6 (para que sobre 1 pessoa para ir para o grupo B).
Das “n” pessoas de A, precisamos escolher 2. De quantas formas podemos fazer isso?
Basta aplicarmos a fórmula da combinação:
n × (n − 1)
C n, 2 =
2
Em B nós temos 7 − n pessoas. Precisamos escolher 1 para ocupar o cargo destinado ao
grupo B. Temos ( 7 − n ) formas de fazer isso.
Vamos dividir o processo de escolha dos três ocupantes de cargos em etapas. Na primeira
etapa, escolhemos os ocupantes do grupo A. Na segunda etapa, escolhermos o ocupante de B.
Aplicando o PFC, temos que o processo pode ser executado com o seguinte número de
maneiras:
n × (n − 1)
× (7 − n)
2
Agora vamos ver quais os valores que da expressão acima para cada valor de n.
Quando n vale 2, a expressão vale 5. Quando n vale, 3, a expressão vale 12. Quando n vale 4,
a expressão vale 18. Quando n vale 5, a expressão vale 20. Quando n vale 6, a expressão vale
18.
Logo, o maior número ocorre quando n vale 5. Ou seja, temos 5 pessoas em A e 2 em B.
Gabarito: certo
EC 13. POLICIA FEDERAL 2009 [CESPE]

Considerando que, em um torneio de basquete, as 11 equipes inscritas serão divididas nos
grupos A e B, e que, para formar o grupo A, serão sorteadas 5 equipes, julgue os itens que se
seguem.
1 - A quantidade de maneiras distintas de se escolher as 5 equipes que formarão o grupo A
será inferior a 400.
Resolução.
Temos 11 equipes e queremos escolher 5, sem reposição, onde a ordem não é importante.
Temos um caso de combinação.
11 × 10 × 9 × 8 × 7
C11,5 = = 462
5 × 4 × 3 × 2 ×1
Gabarito: Errado
EC 14. PETROBRAS 2008 [CESGRANRIO]

Em um supermercado são vendidas 5 marcas diferentes de refrigerante. Uma pessoa que
deseje comprar 3 latas de refrigerante, sem que haja preferência por uma determinada marca,
pode escolhê-las de N formas. O valor de N é
(A) 3
(B) 10
(C) 15
(D) 35
(E) 125
Resolução.
Este é o exercício de que falei durante a teoria (com reposição, onde a ordem não é
importante).
Sejam A, B, C, D, E as marcas de refrigerante. Observem que há reposição, pois podemos,
por exemplo, escolher 3 latas da mesma marca (ex: D, D, D).
Além disso, a ordem não importa. Isto porque escolher (A, A, D) é o mesmo que escolher (D,
A, A). Isso complica um pouco as coisas.
Se simplesmente aplicarmos o PFC, teremos contagens repetidas. Precisaríamos fazer uma
divisão para eliminar os casos repetidos.
Ocorre que, pelo fato de haver reposição, nem todos os casos são repetidos com a mesma
freqüência. Ou seja, não é possível, com uma única divisão, excluir todos os casos repetidos.
Para ilustrar o problema, considere a escolha de duas latas da marca “A” e de uma lata da
marca “B”. Vamos ver de quantas formas repetidas este caso pode ser computado:
(A,A,B); (A,B,A); (B,A,A)
Com a aplicação do PFC, este caso seria computado 3 vezes. Uma divisão por 3 se
encarregaria de excluir os casos repetidos.
Agora vamos focar em outro caso. Considere a escolha de uma lata de cada uma das marcas
A, B, C:
(A,B,C); (A,C,B); (B,A,C); (B,C,A); (C,A,B); (C,B,A)
Com a aplicação do PFC, este caso seria computado 6 vezes. Precisaríamos dividir por 6.
Por fim, o caso (B,B,B) é computado uma única vez.
Ou seja, cada caso tem uma freqüência diferente. Só uma divisão não é capaz de excluir todos
os casos repetidos.
Vamos separar o problema em tipos de escolha.

1) Escolhendo latas de refrigerante de 3 marcas diferentes.
Neste caso, precisamos escolher 3 marcas, entre as 5 disponíveis, sem repetição, onde a
ordem não importa. Temos um caso de combinação:
5× 4
C 5,3 = = 10
2 ×1
Há 10 formas de escolher 3 latas de marcas diferentes. Até daria para listar todas elas. Sendo
A, B, C, D, E as marcas, as escolhas seriam: ABC, ABD, ABE, ACD, ACE, ADE, BCD,
BCE, BDE, CDE.
2) Escolhendo 2 latas de uma marca e 1 de outra marca.

Agora, precisamos escolher 2 marcas, entre as 5 disponíveis, sem repetição. A primeira marca
escolhida será aquela correspondente às 2 latas. A segunda marca escolhida será aquela
correspondente a 1 lata. Temos um caso de aplicação do princípio fundamental da contagem
(pois a ordem importa).
Número de maneiras de executar a primeira etapa: 5 (há 5 marcas disponíveis)
Números de maneiras de executar a segunda etapa: 4 (escolhida a primeira marca, sobram 4
para a segunda etapa).
Aplicando o PFC:
5 × 4 = 20
Se fôssemos listar as 20 maneiras, elas seriam: AAB, AAC, AAD, AAE, ABB, ACC, ADD,
AEE, BBC, BBD, BBE, BCC, BDD, BEE, CCD, CCE, CDD, CEE, DDE, DEE.
3) Escolhendo 3 latas da mesma marca.
Neste caso, precisamos escolher uma única marca, entre as 5 disponíveis. Há 5 modos de
fazer isso.
Listando todas as possibilidades: AAA, BBB, CCC, DDD, EEE.
Somando tudo, temos:
10 + 20 + 5 = 35
Gabarito: D
Observem que, quando dividimos o problema em diversos casos, cada um desses casos pôde
ser tratado de forma diferente (ou caímos num caso de combinação, ou de arranjo, ou de
permutação, ou de aplicação do PFC).

Uma comissão de 6 pessoas deve ser formada com igual número de pessoas dos grupos A
composto por 7 pessoas e B composto por 4 pessoas. Com base nas informações, julgue os
itens que se seguem.
1. O número de comissões que podem ser formadas é 140.
2. Se um dos elementos do grupo A não aceita participar da comissão se nela estiver
determinada pessoa do grupo B o número de comissões que podem ser formadas é 95.
Resolução:
Primeiro item
A comissão deve ser composta por 3 pessoas do grupo A e 3 pessoas do grupo B.
Em “A”, temos que escolher 3 pessoas num total de 7. O número de maneiras de fazer isso é:
7× 6×5
C7 ,3 = = 35.
3 × 2 ×1
Em “B”, temos que escolher 3 pessoas num total de 4. Há quatro maneiras de fazer isso.
C 4,3 = 4
Vamos dividir a escolha da comissão em etapas.

- primeira etapa: escolha dos membros de “A”: há 35 maneiras de fazer.
- segunda etapa: escolha dos membros de “B”: há 4 maneiras de fazer.
Aplicando o PFC:
4 × 35 = 140
Segundo item.
Seja Fulano o membro do grupo A que possui esta restrição. Seja Ciclano o membro do grupo
B que gerou a restrição de Fulano.
Vejamos quantas são as comissões formadas por estes dois indivíduos.
Muito bem, queremos formar comissões com Fulano e Ciclano.

Para a escolha dos membros do grupo A, restam 2 vagas (pois uma já é de fulano). E temos 6
pessoas ainda disponíveis. O número de formas de ocupar estas duas vagas restantes é:
6×5
C6,2 = = 15
2
Para a escolha dos membros de B, restam 2 vagas (uma é de ciclano), e temos 3 pessoas
disponíveis. O número de formas de ocupar estas duas vagas é igual a 3:
C 3, 2 = 3
Assim, o número de comissões com Fulano e Ciclano fica:

15 × 3 = 45
A partir do momento em que Fulano se recusa a participar junto com Ciclano, estas 45
comissões não podem mais ser formadas. Elas devem ser subtraídas do total.
Com isso, levando em conta esta restrição, a quantidade de comissões possível é de:
140 – 45 = 95
Gabarito: certo, certo

Considerando um grupo formado por 5 pessoas, julgue os itens a seguir.
1. Há 24 modos de essas 5 pessoas se posicionarem em torno de uma mesa redonda.
2. Se, nesse grupo, existirem 2 crianças e 3 adultos e essas pessoas se sentarem em 5 cadeiras
postadas em fila, com cada uma das crianças sentada entre 2 adultos, então, haverá 12 modos
distintos de essas pessoas se posicionarem.
3. Caso essas 5 pessoas queiram assistir a um concerto musical, mas só existam 3 ingressos
disponíveis e não haja prioridade na escolha das pessoas que irão assistir ao espetáculo, essa
escolha poderá ser feita de 20 maneiras distintas.
Resolução.
Primeiro item.
Exercícios de preencher lugares ao longo de uma mesa redonda são bem comuns em provas
de vestibular.
Neste caso, o que o exercício quer dizer é o seguinte: não há referência física fora da mesa.
Você tem que pensar que todos os lugares são equivalentes.
Ou seja, quando formos alocar a primeira pessoa, tanto faz onde ela será colocada, pois todas
as vagas são iguais entre si.
Só depois de alocada a primeira pessoa é que passamos a ter uma referência. As demais
pessoas poderão se sentar à sua direita, à sua esquerda, à sua frente, etc.
Assim, as etapas só começam depois de alocada a primeira pessoa.
- Início: alocamos a primeira pessoa, que servirá de referência para as demais.
- Primeira etapa: para a segunda pessoa temos 4 lugares restantes

- segunda etapa: para a terceira pessoa temos 3 lugares restantes
- terceira etapa: para a quarta pessoa temos 2 lugares restantes
- quarta etapa: para a quinta pessoa temos 1 lugares restantes.
Aplicando o PFC:
4 × 3 × 2 × 1 = 24
Segundo item.
Para a primeira cadeira, temos 3 opções de adulto.
Para a segunda cadeira temos 2 opções de criança
Para a terceira cadeira temos 2 opções de adulto (pois um já se sentou na primeira cadeira)
Para a quarta cadeira temos 1 opção de criança (pois a outra já se sentou na segunda cadeira)
Para a quinta cadeira temos 1 opção de adulto.
Aplicando o PFC:
3 × 2 × 2 × 1× 1 = 12
Terceiro item.
Temos um caso de combinação:
C5,3 = 10
Gabarito: certo, certo, errado.
EC 17. TRE MG 2009 [CESPE]

Se, no departamento de recursos humanos de uma empresa em que trabalhem 5 homens e 4
mulheres, for preciso formar, com essa equipe, comissões de 4 pessoas com pelo menos 2
homens, a quantidade de comissões diferentes que poderão ser formadas será
A) superior ou igual a 200.
B) superior ou igual a 170 e inferior a 200.
C) superior ou igual a 140 e inferior a 170.
D) superior ou igual a 110 e inferior a 140.
E) inferior a 110.
Resolução.
Primeiro caso: comissões com exatamente 2 homens e 2 mulheres.
Na primeira etapa, temos que escolher 2 homens entre 5 possíveis ( C5, 2 = 10 )
Na segunda etapa, temos que escolher 2 mulheres entre 4 possíveis ( C 4, 2 = 6 )
Multiplicando:
6 × 10 = 60
Há 60 comissões com exatamente 2 homens.
Segundo caso: comissões com exatamente 3 homens.

Na primeira etapa, temos que escolher 3 homens entre 5 possíveis ( C5,3 = 10 )
Na segunda etapa, temos que escolher 1 mulhere entre 4 possíveis ( C 4,1 = 4 )

Multiplicando:
10 × 4 = 40
Há 40 comissões com exatamente 2 homens.
Terceiro caso: comissões com exatamente 4 homens.

Temos que escolher 4 homens entre 5 possíveis ( C5, 4 = 5 )
Há 5 comissões com 4 homens.
Somando tudo:
60 + 40 + 5 = 105
Gabarito: E
EC 18. TRE MA 2009 [CESPE]

Uma cerimônia será realizada em um auditório e as dez cadeiras da primeira fila serão
ocupadas por dez autoridades convidadas que confirmaram suas presenças. Por ordem de
chegada, o primeiro convidado poderá ocupar qualquer uma das dez cadeiras e cada um dos
outros, ao sentar-se, deverá ocupar uma cadeira ao lado de algum convidado já sentado. Nessa
situação, o número de modos possíveis de esses convidados ocuparem os dez lugares na
primeira fila é igual a
A) 512.
B) 1.024.
C) 2.400.
D) 4.800.
E) 5.120.
Resolução.
Vamos chamar de A, B, C, D, E, F, G, H, I, J os convidados, que entrarão nessa ordem.
Vamos numerar as cadeiras da esquerda para a direita (a cadeira 1 é a da extrema esquerda; a
10 é a da extrema direita).
Primeiro caso: o convidado A senta na poltrona 1.

Nesta situação, não tem jeito. Todos os demais candidatos só podem ir sentando à direita do
último convidado que sentou.
B sentará na poltrona 2, ao lado de A.
C sentará na poltrona 3, ao lado de B.
E assim por diante.
Neste primeiro caso, portanto, temos uma única forma de disposição dos convidados.
Segundo caso: o convidado A senta na poltrona 2.

O convidado B terá duas opções para se sentar (na 1 ou na 3).
E o convidado C? Quantas opções ele terá?
Depende.
Se B se sentar na poltrona 1, C só poderá se sentar na 3.
Se B se sentar na poltrona 3, C poderá se sentar na 1 ou na 4.
Vamos parar um pouco. Observe bem a linha em negrito. No momento em que a poltrona 1 é
ocupada, para o convidado seguinte só resta uma opção.
Assim, só temos que calcular de quantos modos podemos preencher a cadeira 1.
Temos 9 convidados restantes (pois A já se sentou na poltrona 2). Logo, há 9 formas de
preenchermos a cadeira 1.
Assim, neste segundo caso, temos 9 formas de disposição dos convidados.
Terceiro caso: o convidado A se senta na poltrona 3.

No momento em que as poltronas 1 e 2 forem ocupadas, para os demais convidados só
sobrará uma opção.
Temos que escolher 2 pessoas entre as 9 restantes para ocupar tais poltronas.
O número de maneiras de ocupar as poltronas 1 e 2 é:
9!
C9 , 2 = = 36
7!×2!
Quarto caso: o convidado A ocupa a poltrona 4.

No momento em que as poltronas 1, 2 e 3 forem ocupadas, os demais convidados só terão
uma opção. O número de maneiras de escolhermos 3 pessoas para ocupar tais poltronas é
9!
C9,3 = = 84
6!×3!
Quinto caso: o convidado A ocupa a poltrona 5.
Temos que escolher 4 pessoas para ocuparem as poltronas 1, 2, 3 e 4.

9!
C9, 4 = = 126
5!×4!
Vamos somar todos os casos encontrados até agora.

Somando tudo, temos: 126 + 84 + 36 + 9 + 1 = 256
Ou seja, se o convidado A se sentar nas poltronas de 1 a 5, teremos 256 formas de os demais

convidados se sentarem.
Mas o convidado A também pode se sentar nas poltronas de 6 a 10. Seria um caso análogo ao
de cima (apenas trocaríamos esquerda por direita). Teríamos mais 256 formas de os demais
convidados se sentarem.
256 × 2 = 512
Logo, temos 512 formas de os convidados ocuparem as 10 poltronas.
Gabarito: A
EC 19. TRT 1ª REGIÃO 2008 [CESPE]

De acordo com informações apresentadas no endereço eletrônico
www.trtrio.gov.br/Administrativo, em fevereiro de 2008, havia 16 empresas contratadas para
atender à demanda de diversos serviços do TRT/1.ª Região, e a quantidade de empregados
terceirizados era igual a 681.
Com base nos dados do texto, a quantidade de maneiras distintas para se formar uma
comissão de representantes dos empregados terceirizados, composta por um presidente, um
vice-presidente e um secretário, de modo que nenhum deles possa acumular cargos, é
A) inferior a 682.
B) superior a 682 e inferior a 104.
C) superior a 104 e inferior a 681×103.
D) superior a 681×103 e inferior a 341×106.
E) superior a 341×106.
Resolução.
Temos que escolher 3 pessoas, sem repetição, de um conjunto de 681 elementos disponíveis.
A ordem da escolha é importante. Isto porque escolher para os cargos de presidente, vice e
secretário, respectivamente, os funcionários A, B e C, é diferente de escolher C, B e A. No
primeiro caso, A é presidente e C é secretário. No segundo caso, A é secretário e C é
presidente.
Vamos aplicar o PFC.
1ª etapa: Para a escolha do presidente temos 681 opções.
2ª etapa: para a escolha do vice, sobram 680 opções
3ª etapa: para a escolha do secretário, sobram 679 opções.
Aplicando o PFC:
681 × 680 × 679 = 314.431.320 ≅ 314 × 10 6
Para facilitar as contas, você poderia aproximar para 6803.
Gabarito: D
Encerramos aqui nossa aula e nosso curso.

Bons estudos!
Vítor
II) LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSO

EC 1. Ministério da Saúde 2007 [CESPE]
Com relação a probabilidade, combinações, arranjos e permutações, julgue os seguintes itens.
um deles com um ingresso para cinema, outro com um ingresso para teatro e o terceiro com
um ingresso para show, ele terá mais de 100 maneiras diferentes para fazê-lo.
cada um deles com um ingresso para teatro, ele terá mais de 24 maneiras diferentes para fazê-
lo.
3. Sabe-se que, no Brasil, as placas de identificação dos veículos têm 3 letras do alfabeto e 4
algarismos, escolhidos de 0 a 9. Então, seguindo-se essa mesma lei de formação, mas
utilizando-se apenas as letras da palavra BRASIL, é possível construir mais de 600.000 placas
diferentes que não possuam letras nem algarismos repetidos.

Com relação a análise combinatória, julgue os itens que se seguem.
1. O número de rotas aéreas possíveis partindo de Porto Alegre, Florianópolis ou Curitiba
com destino a Fortaleza, Salvador, Natal, João Pessoa, Maceió, Recife ou Aracaju, fazendo
uma escala em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo é múltiplo de 12.
2. Considerando que: um anagrama de uma palavra é uma permutação das letras dessa
palavra, tendo ou não significado na linguagem comum, α seja a quantidade de anagramas
possíveis de se formar com a palavra AEROPORTO, β seja a quantidade de anagramas
começando por consoante e terminando por vogal possíveis de se formar com a palavra
TURBINA; e sabendo que 9! = 362.880 e 5! = 120, então α = 21β .
3. Considere a seguinte situação hipotética.
Há 6 estradas distintas ligando as cidades A e B, 3 ligando B e C; e 2 ligando A e C
diretamente. Cada estrada pode ser utilizada nos dois sentidos. Nessa situação, o número de
rotas possíveis com origem e destino em A e escala em C é igual a 400.
4. O número de comissões constituídas por 4 pessoas que é possível obter de um grupo de 5

pilotos e 6 co-pilotos, incluindo, pelo menos, 2 pilotos, é superior a 210.
5. Em um voo em que haja 8 lugares disponíveis e 12 pessoas que desejem embarcar, o
número de maneiras distintas de ocupação dos assentos para o voo sair lotado será superior a
500.

Considerando que, para ocupar os dois cargos que compõem a diretoria de uma empresa,
diretor e vice-diretor, existam 5 candidatos, julgue os itens subsequentes.
1. Se cada um dos candidatos for capaz de ocupar qualquer um dos dois cargos, o número
possível de escolhas para a diretoria da empresa será igual a 10.
2. Se, dos 5 candidatos, 2 concorrem apenas ao cargo de diretor e os demais, apenas ao cargo
de vice-diretor, o número possível de escolhas para a diretoria da empresa será igual 5.
EC 4. ANATEL 2008 [CESPE]

Considerando-se que um anagrama da palavra ANATEL seja uma permutação das letras
dessa palavra, tendo ou não significado na linguagem comum, que n1 seja a quantidade de
anagramas distintos que é possível formar com essa palavra e n2 seja a quantidade de
n2 1
anagramas distintos dessa palavra que começam por vogal, então ≠ .
n1 2
EC 5. IPEA 2008 [CESPE]
Com relação a contagem e combinatória, julgue os itens que se seguem.
1. Considere que as senhas dos correntistas de um banco sejam formadas por 7 caracteres em
que os 3 primeiros são letras, escolhidas entre as 26 do alfabeto, e os 4 últimos, algarismos,
escolhidos entre 0 e 9. Nesse caso, a quantidade de senhas distintas que podem ser formadas
de modo que todas elas tenham a letra A na primeira posição das letras e o algarismo 9 na
primeira posição dos algarismos é superior a 600.000.
2. Considere que, para a final de determinada maratona, tenham sido classificados 25 atletas
que disputarão uma medalha de ouro, para o primeiro colocado, uma de prata, para o segundo
colocado, e uma de bronze, para o terceiro colocado. Dessa forma, não havendo empate em
nenhuma dessas colocações, a quantidade de maneiras diferentes de premiação com essas
medalhas será inferior a 10.000.
EC 6. TCE ES 2004 [CESPE]

Suponha que o tribunal disponha de uma equipe de 12 controladores de recursos públicos para
compor uma equipe de 5 auditores para realizar a tarefa citada e que José e Carlos só aceitem
compor essa equipe se atuarem juntos. Nessas condições, o tribunal poderá formar a sua
equipe de auditores de, exatamente, 120 maneiras distintas.
EC 7. TRT 1 2008 [CESPE]

Caso 5 servidores em atividade e 3 aposentados se ofereçam como voluntários para a
realização de um projeto que requeira a constituição de uma comissão formada por 5 dessas
pessoas, das quais 3 sejam servidores em atividade e os outros dois, aposentados, então a
quantidade de comissões distintas que se poderá formar será igual a
A) 60.
B) 30.
C) 25.
D) 13.
E) 10.

Considerando que as matrículas funcionais dos servidores de um tribunal sejam formadas por
5 algarismos e que o primeiro algarismo de todas a matrículas seja o 1 ou o 2, então a
quantidade máxima de matrículas funcionais que poderão ser formadas é igual a
A) 4 × 103.
B) 1 × 104.
C) 2 × 104.
D) 2 × 105.
E) 3 × 105.

Se for estabelecida a restrição de que no campo 1, referente ao número do processo, até 4 dos
5 dígitos poderão ser iguais, então a quantidade de possibilidades para esse número é igual a
A) 32.805.
B) 59.049.
C) 65.610.
D) 69.760.
E) 99.990.

Considere que no campo 3, correspondente ao número da Vara do Trabalho onde o processo
se originou, a numeração possa variar de 001 até 100. Nesse caso, a quantidade dessas Varas
que podem ser numeradas somente com números divisíveis por 5 é igual a
A) 15.
B) 20.
C) 22.
D) 25.
E) 28.

Considere um lote de processos especificados no Sistema de Numeração Única, em que os 2
dígitos do campo 5 formam um número par ou um número divisível por 3 e varia de 01 a 12.
Nesse caso, a quantidade de possíveis números para esse campo 5 é igual a
A) 11.
B) 10.
C) 8.
D) 6.
E) 4.

Entre os 7 servidores do setor de administração de um órgão público, 3 serão escolhidos para
cargos de chefia. Considerando que todos os 7 servidores são igualmente competentes para
ocupar qualquer das chefias, julgue os itens seguintes.
1. Se forem 3 cargos de chefia diferentes, e apenas um servidor ocupar cada um desses cargos,
a quantidade de possibilidades de escolha será inferior a 40.
2. Considere que os servidores sejam divididos em dois grupos A e B e que os 3 cargos sejam
também divididos em 2 grupos em que o primeiro grupo tenha 2 desses cargos. Se cada
servidor do grupo A puder ocupar apenas um dos cargos do primeiro grupo e o cargo do
segundo grupo for ocupado por um único servidor do grupo B, então o maior número de
possibilidades de escolha dessas chefias ocorrerá quando o conjunto A tiver 5 servidores e o
conjunto B, 2 servidores.
EC 13. POLICIA FEDERAL 2009 [CESPE]

Considerando que, em um torneio de basquete, as 11 equipes inscritas serão divididas nos
grupos A e B, e que, para formar o grupo A, serão sorteadas 5 equipes, julgue os itens que se
seguem.
1 - A quantidade de maneiras distintas de se escolher as 5 equipes que formarão o grupo A
será inferior a 400.
EC 14. PETROBRAS 2008 [CESGRANRIO]

Em um supermercado são vendidas 5 marcas diferentes de refrigerante. Uma pessoa que
deseje comprar 3 latas de refrigerante, sem que haja preferência por uma determinada marca,
pode escolhê-las de N formas. O valor de N é
(A) 3
(B) 10
(C) 15
(D) 35
(E) 125

Uma comissão de 6 pessoas deve ser formada com igual número de pessoas dos grupos A
composto por 7 pessoas e B composto por 4 pessoas. Com base nas informações, julgue os
itens que se seguem.
1. O número de comissões que podem ser formadas é 140.
2. Se um dos elementos do grupo A não aceita participar da comissão se nela estiver
determinada pessoa do grupo B o número de comissões que podem ser formadas é 95.

Considerando um grupo formado por 5 pessoas, julgue os itens a seguir.
1. Há 24 modos de essas 5 pessoas se posicionarem em torno de uma mesa redonda.
2. Se, nesse grupo, existirem 2 crianças e 3 adultos e essas pessoas se sentarem em 5 cadeiras
postadas em fila, com cada uma das crianças sentada entre 2 adultos, então, haverá 12 modos
distintos de essas pessoas se posicionarem.
3. Caso essas 5 pessoas queiram assistir a um concerto musical, mas só existam 3 ingressos
disponíveis e não haja prioridade na escolha das pessoas que irão assistir ao espetáculo, essa
escolha poderá ser feita de 20 maneiras distintas.
EC 17. TRE MG 2009 [CESPE]

Se, no departamento de recursos humanos de uma empresa em que trabalhem 5 homens e 4
mulheres, for preciso formar, com essa equipe, comissões de 4 pessoas com pelo menos 2
homens, a quantidade de comissões diferentes que poderão ser formadas será
A) superior ou igual a 200.
B) superior ou igual a 170 e inferior a 200.
C) superior ou igual a 140 e inferior a 170.
D) superior ou igual a 110 e inferior a 140.
E) inferior a 110.
EC 18. TRE MA 2009 [CESPE]

Uma cerimônia será realizada em um auditório e as dez cadeiras da primeira fila serão
ocupadas por dez autoridades convidadas que confirmaram suas presenças. Por ordem de
chegada, o primeiro convidado poderá ocupar qualquer uma das dez cadeiras e cada um dos
outros, ao sentar-se, deverá ocupar uma cadeira ao lado de algum convidado já sentado. Nessa
situação, o número de modos possíveis de esses convidados ocuparem os dez lugares na
primeira fila é igual a
A) 512.
B) 1.024.
C) 2.400.
D) 4.800.
E) 5.120.
EC 19. TRT 1ª REGIÃO 2008 [CESPE]

De acordo com informações apresentadas no endereço eletrônico
www.trtrio.gov.br/Administrativo, em fevereiro de 2008, havia 16 empresas contratadas para
atender à demanda de diversos serviços do TRT/1.ª Região, e a quantidade de empregados
terceirizados era igual a 681.
Com base nos dados do texto, a quantidade de maneiras distintas para se formar uma
comissão de representantes dos empregados terceirizados, composta por um presidente, um
vice-presidente e um secretário, de modo que nenhum deles possa acumular cargos, é
A) inferior a 682.
B) superior a 682 e inferior a 104.
C) superior a 104 e inferior a 681×103.
D) superior a 681×103 e inferior a 341×106.
E) superior a 341×106.
III) GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO

1 certo errado certo
2 certo certo anulado certo anulado
3 errado errado
4 errado
5 certo errado
6 errado
7 b
8 c
9 e
10 b
11 c
12 errado certo
13 errado
14 d
15 certo certo
16 certo certo errado
17 e
18 a
19 d

ABIN - AULA 04 - Análise Combinatória - Prof.º Vitor Menezes PDF

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CURSO ON-LINE - RACIOCÍNIO LÓGICO P/ ABIN 1

PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

AULA 4 – Análise Combinatória

I) ANÁLISE COMBINATÓRIA . ................................................................................................................... 5

1) Princípio fundamental da contagem . ......................................................................................................... 6

2) Condições para aplicação do princípio fundamental da contagem . ....................................................... 8

3) Tipos de problema de análise combinatória . ........................................................................................... 22

8) Exercícios de concursos . ............................................................................................................................ 39

II) LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSO . ........................................................................................... 63

III) GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO . ........................................................................... 68

No exercício EC12 da aula passada, eu escrevi:

Mas isto está errado. Temos que tirar a negação.

Temos as seguintes premissas:

Vamos desenhar os diagramas.

A premissa seguinte nos diz que:

Temos três opções:

Agora a segunda parcela do “ou” é verdadeira.

Vamos à aula de hoje!

1) Princípio fundamental da contagem

São 6 as maneiras pelas quais Paulo pode chegar à ilha.

formas de chegar ao litoral formas de ir do litoral à ilha

Podemos dividir o problema em duas etapas.

ida do interior ao litoral: 2 maneiras ida do litoral à ilha: 3 maneiras

Podemos dividir o processo de vestimento de João em duas etapas. A primeira consiste em

2) Condições para aplicação do princípio fundamental da contagem

Vejamos a primeira pergunta. O que significa reposição?

Sabendo disso, vamos resolver o problema.

Lado esquerdo: Calipso

As duas primeiras etapas correspondem ao preenchimento do lado esquerdo da estante. A

Pronto. Agora é só aplicar o princípio fundamental da contagem. Dividimos o problema em 4

EP 7 Paula possui doze filmes (4 documentários; 5 comédias; 3 suspenses). Na sua estante

As posições da esquerda serão preenchidas com 2 documentários (1ª e 2ª etapas). As posições

Para a quarta etapa temos 5 opções de comédia.

E agora basta aplicar o princípio fundamental da contagem.

Vamos preencher a primeira etapa. São 26 opções de letras.

Na quarta etapa, nós escolhermos outro algarismo. Tínhamos 10 opções. Já utilizamos 1

Já determinamos de quantas maneiras podemos executar cada uma das etapas.

EP 9 Considerando o país descrito no EP 8, quantas as placas terminam com zero?

Vamos preencher a primeira etapa. São 26 opções de letras.

Lá no EP 4, a ordem do sorteio tinha bastante importância. Ela determinava quem cuidaria da

3) Tipos de problema de análise combinatória

Há reposição? A ordem é importante? Forma de resolução

c) 2!+5! = 2 × 1 + 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 2 + 120 = 122

e) Aqui vamos adotar a mesma idéia do item anterior.

Para a primeira etapa (escolher o primeiro colocado), temos 4 opções.

Novamente, não há reposição e a ordem é importante.

Primeiro vamos resolver usando o princípio fundamental da contagem.

Esta dica é importante.

Para a primeira etapa, temos 3 opções de meninas.

Para a última etapa, sobram 4 opções de meninos.

Somando tudo, são 240 filas possíveis.

Outra resolução, agora aplicando a fórmula de arranjo.

1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa

O número de maneiras possíveis de término da corrida é dado por:

Em vez de usarmos o PFC, podemos aplicar a fórmula estudada.

EP 17 Qual o número de anagramas da palavra RATO?

EP 18 Na penúltima rodada do campeonato estadual de futebol, cinco times terminaram com

Vamos tentar resolver o problema usando o princípio fundamental da contagem. Precisamos

Novamente: por que dividimos por 6?

elimina as contagens repetidas

Na resolução dos exercícios, o mais comum é simplificarmos esta fórmula.

4 livros de auto-ajuda 6 romances

1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa