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A CONVICÇÃO VOCACIONAL DE PAULO


EM SEU MINISTÉRIO MISSIONÁRIO
Introdução
Certamente Paulo é o principal escritor do NT. Ele escreveu 13 dos 27 livros que
compõe o Canon. Nesses escritos encontramos informações valiosas sobre Paulo,
sobre seu ministério e sobre as igrejas do primeiro século. Sem dúvida alguma, a
tarefa de falar da convicção vocacional de Paulo é um campo vasto.

Em suas epístolas podemos ler uma série de declarações que revelam os elementos
que nortearam seu ministério, bem como foram a mola propulsora de seu trabalho
missionário.

Evidentemente, por questões de tempo e propósito, não faremos uma abordagem


exaustiva sobre o assunto, mas nos deteremos em alguns princípios que conduziram
Paulo ao convencimento de que ele havia sido designado por Deus para o ministério
apostólico.

1 - TEM COMO PONTO DE PARTIDA, A GRAÇA DE DEUS


Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que
me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais
do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus
comigo. (1 Co 15.10).

Como está evidente, a palavra graça é repetida três vezes nesse versículo. Esse
termo deriva do verbo grego charizomai que, por usa vez, significa mostrar favor. Ele
assume por um lado, a bondade de quem doa e por outro, a indignidade de quem
recebe o favor. Tanto esse conceito, quanto o sentimento de indignidade presente em
Paulo ficam claros ao percebermos os assuntos dos versículos antecedentes.

Primeiro, Paulo fala do conteúdo de sua pregação – a morte e a ressurreição de Cristo


(v. 1-3a). Depois ele relata um breve histórico sobre a ressurreição de Cristo e sobre
as testemunhas oculares desse evento (v. 3b – 8).

Após isso, Paulo reconhece sua indignidade em ser apóstolo para proclamar o evento
da ressurreição de Cristo. O motivo disso? Ter sido perseguidor da igreja. Assim ele
diz: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser
chamado apóstolo.” (v.9). Nessa declaração pode ser aplicada ao conceito do termo
“graça” de bondade de quem doa e indignidade de quem recebe.

A primeira vez que aparece o termo graça, Paulo a introduz com a conjunção
adversativa “mas” (do grego dé) para expressar um contraste. Mesmo sendo indigno,
Deus, através de sua graça, tornou-o um instrumento para proclamação de seu Reino.
Observe que Paulo diz: pela graça sou o que sou e não sou quem sou.

Ao expressar-se dessa forma, o apóstolo mostra que não está olhando para si como
uma pessoa, mas como um instrumento nas mãos de Deus para a proclamação do
Evangelho.

Na segunda vez que se refere à graça, ele deixa claro que a graça não se tornou vã. A
palavra vã significa sem efeito, sem alcançar o alvo. Ele está dizendo que a graça de
Deus não falhou e produziu resultados extraordinários.

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Em menos de 10 anos, ele plantou igrejas em quatro províncias do Império Romano


(Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia). Depois de 10 anos, ele escreve para a igreja de
Roma dizendo que não tem mais campo para atuar naquela região. (Rm 15.23).

Finalmente, a terceira vez que a palavra graça ocorre no versículo, Paulo a usa mais
uma vez em referência ao seu trabalho, que por sua vez, foi maior do que dos
apóstolos. Ele foi grande missionário e fundador de igrejas, experimentou diversos
sofrimentos e foi o maior escritor do NT. Paulo credita o êxito de suas atividades não
aos seus méritos, mas à graça de Deus.

A graça, tem papel determinante não só na vida de Paulo como em seu ministério e
teologia. Pra ele, foi elemento responsável por fazer dele um apóstolo e para capacitá-
lo no exercício dessa função. Sua certeza a respeito disso era tal que afirmou que a
graça já operava nele antes de seu nascimento para torná-lo um servo de Cristo.

Assim ele escreveu: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me


chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse
entre os gentios. (Gl 1.15,16b).

Certamente, isso tem implicações práticas para todos nós.

1 – Nosso serviço tem como origem a graça soberana de Deus e não a nossa escolha.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós
outros.” (Jo 15.16).

2 – Nosso serviço é parte do cumprimento dos planos de Deus para nossa vida – “Pois
somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.10). Note que o assunto central
do capítulo 2 na epístola aos Efésios é a operação da graça de Deus na vida do
homem.

3 - O êxito em nosso trabalho é fruto da manifestação da graça de Deus e não de


nosso mérito. “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim
pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)

4 - A intensidade de nosso trabalho é resultado da operação da graça de Deus e não


da nossa força.

Diante de tais coisas devemos ter em mente aquilo que próprio Paulo viveu e ensinou:
a saber, a humildade. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de
cruz. (Fp 2.5,8).”

2 - ESTÁ FUNDAMENTADA NO PODER DE DEUS


“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim
poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo.” (2 Cor 10.4)

Paulo escreveu uma carta aos Coríntios para orientá-los sobre as diversas
desordens. Algumas pessoas não receberam bem essa carta e passaram a questionar
a sua autoridade como apóstolo. Eram eles os gnósticos, judaizantes e os “homens
divinos” e “pessoas espirituais.”

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Os “homens divinos” alegavam ser descendentes de Moisés de Cristo. Realizavam


supostos milagres e viajavam de um lugar para outro. As “pessoas espirituais” eram
influenciadas pela filosofia e ridicularizavam a oratória de Paulo. Esses problemas
deram origem à segunda epístola onde o principal assunto desenvolvido por Paulo era
a defesa de seu apostolado.

Para Paulo, os seus oponentes em Corinto eram servos de Satanás. A respeito


destes, Paulo faz a seguinte declaração: Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros
fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o
próprio Satanás se transforma em anjo de luz (2 Co 11.13,14).

Para combater essas pessoas, Paulo lança mão de ferramentas espirituais, uma vez
que trata-se de uma batalha espiritual.Que armas são essas? É a verdade, o justiça,
evangelho, fé, o amor, a palavra, a esperança decorrente da salvação, oração,
vigilância. Porque essas armas? As armas de Satanás são inversas as regras de
Deus. Trata-se da mentira no lugar da verdade, as trevas no lugar da luz, a morte no
lugar da vida, o engano ao invés da verdade e do evangelho, o ódio no lugar do amor,
o desespero no lugar de esperança.

Qual é a relação disso tudo com a convicção de Paulo sobre a sua vocação? Paulo
cria que ele foi chamado para que através de seu ministério, Deus manifestasse o seu
poder, fazendo com que o Evangelho se espalhasse e o poder territorial de Satanás
fosse reduzido.

As fortalezas de Satanás se manifestam através da mentira, do engano, do ódio, do


rancor, da perseguição. O Evangelho, contudo é poder de Deus para a salvação e de
destruição dessas obras.

Em várias outras passagens, Paulo deixa claro o poder de Deus expresso através da
sua pregação: Aos coríntios ele afirma: “A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito
e de poder.” (1 Co 2.4).

À igreja de Tessalonicenses ele escreveu: “Porque o nosso evangelho não chegou até
vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo.” (1 Ts 1:5).

Sendo assim, Paulo fincava sua convicção de que sua tarefa não estava atrelada na
divulgação de uma nova religião simplesmente, antes, estava ancorada, na certeza de
que o Senhor o havia chamado para manifestar através da pregação o Seu poder.

Esse mesmo poder através do qual Deus manifestou através do evangelho e


ressuscitou a Cristo, também será manifestado àqueles que crerem em sua
mensagem ressuscitando-os no último dia. “Deus ressuscitou o Senhor e também nos
ressuscitará a nós pelo seu poder. (1 Coríntios 6:14)

Podemos destacar algumas implicações disso para os dias atuais para


aqueles que se dispõe a servir a Deus e estão convictos desse chamado.

1. Aquele que foi vocacionado para servir a Deus deve estar convicto que sua vida
será canal para a manifestação do poder de Deus.

2. A manifestação desse poder está atrelada a vida:


- de santidade;
- de consagração;

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- de conhecimento das Escrituras. Não conforme os gnósticos que entendiam


que o conhecimento é possível mediante experiências transcendentais ou de
intermediários que traziam a revelação do divino.
- de serviço;

3. Aquele que foi vocacionado deverá estar ciente de que manifestação do poder de
Deus resultará em perseguição.

3 - RESIDE NA TAREFA DA SIMPLES DE PROCLAMAÇÃO DA


VERDADE

“E, embora seja falto no falar, não o sou no conhecimento;


mas, em tudo e por todos os modos, vos temos feito conhecer
isto.” (2 Coríntios 11:6).

Como já tem sido dito, havia na igreja de Corinto opositores de Paulo. Por serem
admiradores da filosofia grega e da retórica, ridicularizaram Paulo por causa de sua
oratória. Segundo os gregos, qualquer pessoa que titubeasse no discurso era
considerada uma amadora. Por isso, para muitas pessoas daquela igreja, Paulo não
era apóstolo por causa de sua falta de eloqüência e de seu amadorismo.

No v. 6 Paulo reconhece que ele não era um grande orador. No entanto, se, por um
lado ele não era tão brilhante na oratória, por outro, era versado no conhecimento das
Escrituras. As Escrituras, a saber o AT, exerciam forte influência na pregação de
Paulo.

As histórias do Antigo Testamento com suas profecias encontravam, na visão de


Paulo, o cumprimento final em Cristo. É exatamente nesse sentido, que a convicção
do ministério de Paulo se consolidava. Estava convicto que ele foi chamado por Deus
para mostrar que Cristo era o cumprimento das Escrituras.

A sua pregação foi desenvolvida sobre a perspectiva de promessa e cumprimento.


Assim ele declara: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.” Ele demonstra essa convicção
dizendo: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos
homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (2 Co 5.19).

Portanto, estava convencido, de que sua missão era tão somente pregar a verdade, de
proclamar a Cristo a partir daquilo que as Escrituras diziam. Isso fica evidente em sua
declaração à igreja de Colossos.

Da (igreja) me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me


foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus. (Cl 1.25).

Sendo assim, a retórica polida nunca foi para Paulo o pilar de sua missão, mas sim, a
pregação do evangelho, puro e simples, uma vez que ele é poder de Deus para a
salvação dos que crêem. (Rm 1.16).

A habilidade no falar nunca foi o critério de aprovação de Deus, nem na vida de


Paulo, tão pouco na vida de outros servos do passado. Dois exemplos disso são: 1º.
Moisés que era pesado de boca e pesado de língua (Ex 4.10). 2º. Timóteo era
naturalmente tímido (1 Co 16.10; 2 Tm 1.7).

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Quais são as implicações disto nos dias atuais?John MacArthur em seu artigo
Por que sou comprometido em ensinar a Bíblia tece algumas considerações
pertinentes sobre a realidade da igreja evangélica nos dias de hoje, onde os pastores
têm sido estimulados a fazerem muita coisa no tocante ao discurso, menos, ensinar a
Bíblia. Assim ele diz:

“São encorajados a se tornarem contadores de histórias,


comediantes, psicólogos e preletores que motivam. São
aconselhados a evitarem assuntos que os ouvintes acham
desagradáveis. Muitos já abandonaram a pregação bíblica em
favor de mensagens devocionais que têm o objetivo de fazer as
pessoas sentirem-se bem.”

A partir das considerações de MacArthur e a partir da compromisso que Paulo


tinha com a verdade, podemos pontuar alguns princípios que devem nortear aqueles
desejam servir a Deus.

1 – Aprovação de missão começa


- Pelo nosso exame minucioso da Escritura (1 Tm 4.17)
- Pelo ato de pregar a Escritura com fidelidade, repreensão e paciência.

2 – Aquele que serve não lhe é permitido embelezar a mensagem apenas para
agradar aos ouvidos.

3 – Aquele que prega não deve esperar elogio pela eloqüência, mas retaliação
por causa da fidelidade. Paulo diz que no final dos tempos as pessoas sentiriam
coceiras nos ouvidos por não suportarem a sã doutrina (2 Tm 4.13).

4 – Aquele que serve deve estar ciente de que o juízo sobre aqueles que
ocupam o cargo de ensino será mais severo.

CONCLUSÃO
O ministério de Paulo certamente foi profícuo. O exercício de seu trabalho se
deu debaixo de uma profunda convicção de seu chamado. Abordamos aqui, alguns
desses princípios. Ele era ciente de que seu chamado teve como origem a Graça de
Deus. Estava convicto que seu ministério estava fundamentado no poder de Deus.
Tinha a certeza de que o fundamento de seu ministério era o seu compromisso com a
verdade.
Que esses princípios que deram a Paulo a certeza de seu chamado, possam
nutrir da mesma forma a nossa convicção acerca de nosso trabalho. E em assim
acontecendo, o nome de Cristo seja glorificado e sua igreja edificada através de nossa
vida.

AUTOR: REV. CARLOS EDUARDO PEREIRA DE SOUZA –


Carlos_edib@hotmail.com

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