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CANÇÃO DA VITÓRIA
O CÂNTICO DE MOISÉS

Êxodo 15.1

Há experiências que marcam profundamente a nossa vida. Algumas são tão


agradáveis e felizes que sempre gostamos de recordar; outras, são por demais
traumáticas, e seria bom se pudéssemos esquecê-las para sempre.

Há fatos que passam a integrar e, até mesmo, determinar a nossa trajetória. Para os
israelitas, a travessia do Mar Vermelho constituiu-se na mais forte experiência de
todos os tempos. Afinal, Deus abriu um caminho no meio do mar e o povo atravessou
a pé enxuto. E isto aconteceu justamente na saída do Egito, onde o povo permanecera
por 430 anos.

Após o insistente apelo de Moisés, Faraó libertou os escravos; mas, em seguida,


arrependeu-se e partiu ao encalço do povo. Cercado, de um lado, pelo bem armado
exército egípcio e, de outro, pelo Mar Vermelho, o povo clama a Moisés e este recorre
a Jeová, que ordena: "Dize aos filhos de Israel que marchem'.

Deus interveio e abriu o caminho do mar, libertando os israelitas e, em seguida,


eliminando definitivamente os soldados egípcios.

Tão logo chegaram à outra margem, uma alegria incontida, repleta de expressões de
júbilo e gratidão, toma conta do povo liberto. Dentre elas, destaca-se o cântico de
Moisés, celebrando a vitória do Senhor.

Êxodo 15 é o canto vivo e festivo que contagia Miriã, as dançarinas; enfim, todos nós
que vivemos em real liberdade. Cremos que Deus continua a efetuar as suas
maravilhas, concedendo vitória aos seus filhos. E, assim, à semelhança de Moisés,
podemos celebrar a vitória do Senhor.

Êxodo 15 é um dos mais belos poemas hebraicos. Ninguém dispunha de melhores


condições para compor este cântico do que Moisés. É uma composição bem feita,
repleta da influência da poesia egípcia, ambiente bem conhecido de Moisés. Há o
paralelismo usual com variações antitéticas, sintéticas e sinônimas. Mas a cadência é
regular e interrompida por estrofes tríplices.

Considere melhor a cena: de um lado do mar, os cadáveres dos inimigos e opressores


boiavam nas águas; de outro, o povo celebrava a sua libertação. Uma orquestra
simples, mas majestosa! Moisés cantava junto com os filhos de Israel; Miriã e as
mulheres com tamborins e danças repetiam, juntas, um coro que celebrava a vitória do
Senhor.

Este hino de louvor e exaltação ao Deus libertador será estudado em duas partes.
Hoje, consideraremos apenas as expressões de Moisés e dos filhos de Israel. No
próximo estudo, concentraremos a nossa atenção nas expressões de Miriã e das
dançarinas de Israel. Porém, salientamos que ambos nos ensinam a cantar sempre a
vitória do Senhor.

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1 - UM CÂNTICO QUE NASCE DA EXPERIÊNCIA COM O DEUS VIVO


Tão logo deixou o Egito, Israel dispôs-se a aprofundar a sua experiência com Deus. A
manifestação do poder de Deus enriquece a experiência do povo. Em meio ao
confronto, Deus permite o encontro. De repente, surge um milagre que aprofunda a
vida do povo com Deus: de um lado, a morte e a destruição; de outro, nasce a vida,
renasce a esperança, amadurece a fé.

Sem uma experiência profunda com Deus, a música será sempre vazia e sem sentido.
De nada adiantam o entusiasmo do público e o "carisma" do dirigente, se Deus não for
a motivação maior de quem adora. Estímulos humanos e carnais só produzem
orgulho, vaidade, presunção. Eis o motivo da dura mensagem profética que
condenava o culto hipócrita dos judeus que louvavam com palavras, mas o seu
coração andava longe de Deus (Is 1.10-20).

A canção que agrada a Deus é resultado do envolvimento com o Deus Todo-


Poderoso. Como diz uma bela canção: "o meu louvor é fruto do meu amor por ti,
Jesus; de lábios que confessam o seu nome ..."

Quando o adorador conhece a Deus, canta-se não apenas com lábios ou palavras,
mas com a alma, com o coração, com intensa convicção.

O Salmo 40 narra esta rica experiência, ao dizer que o Senhor "tirou-me de um poço
de perdição, dum tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou
os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus"
(SI 40.2,3).

• E aí, devemos indagar: "o que é que tem motivado a nossa adoração?"

2 - UM CÂNTICO QUE EXALTA SOMENTE A DEUS

As várias expressões do texto enfatizam que o Senhor Deus é o autor da vitória e o


motivo da canção. Ele se alia ao povo, enfrenta os inimigos como "homem de guerra"
(v. 3), e lança no mar os carros de Faraó e o seu exército (v. 4). O poema não exalta a
pessoa do líder, nem mesmo a fé do povo. Deus (e somente Deus!) é o objeto de
nossa adoração. Aliás, a Bíblia mostra que o Senhor nem aceita a possibilidade de
outros deuses: "Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3).

Cresce sobremaneira, em nosso tempo, a adoração centrada na liderança de


determinadas pessoas tidas como possuidoras de algum "poder" ou "carisma"
especiais; ou em grupos dotados de talentos e habilidades incomuns. Estes passam a
exercer o fascínio dos espectadores, chamando a atenção sobre si, e terminam por
monopolizar o ministério de louvor da igreja.

De repente, passa-se a adorar a criatura, e não o Criador. Valoriza-se mais os meios,


os recursos, as pessoas, e não o único merecedor de toda a adoração.

Então, devemos valorizar e enfatizar a palavra de Jesus: "Sem mim nada podeis fazei"
(Jo 15.5). Não somos nós que conquistamos ou realizamos, mas Ele é quem faz tudo
em todos. Ele exerce o poder sobre todas as coisas e diz: "toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra" (Mt 28.18. Compare com Fp 2.5-11).

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3 - UM CÂNTICO QUE CELEBRA A VITÓRIA E GARANTE


NOVAS CONQUISTAS

O poema de Moisés é dividido em duas partes: a primeira é retrospectiva, recordando


o passado vitorioso; a segunda é prospectiva, isto é, aponta para o futuro, indicando
que Deus haveria de conferir novas vitórias aos seus.

A idéia do texto é de uma roda vida que entrelaça o passado, o presente e o futuro.
Israel celebra a vitória sobre os egípcios e, através deste ato, sente-se revigorado a
prosseguir em busca da Terra Prometida. Eles vencem um obstáculo, mas
reconhecem que a vitória alcançada é tão importante, que traz encorajamento para
novas conquistas.

Como é bom celebrar e recordar os feitos do Senhor! É assim que trazemos à


memória o que pode nos dar esperança (Lm 3.21). Quantas vezes nos esquecemos
das lições do passado! Quantas boas lembranças ficam esquecidas no passado! Um
povo sem memória não será capaz de vislumbrar o futuro. É através do estímulo
decorrente do exercício de recordação que nos renovamos e nos fortalecemos para
prosseguir.

Há igrejas que não valorizam as muitas celebrações do calendário. Há datas do


calendário cristão (Natal, Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Reforma etc.) ou da
denominação (Dia da Juventude, das Sociedades, Aniversário da igreja etc), ou
cívicas (Aniversário da Pátria, Independência do país, Dia da Bandeira etc.) e outras
(Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia da Criança, Aniversários de natalício ou de
casamento etc.) que deveriam ser lembradas por nós. Além de outros motivos, a
celebração de acontecimentos históricos injeta entusiasmo e esperança para a
conquista de novas vitórias.

• Em sua opinião, quais as datas que deveriam ser comemoradas pela igreja?

AUTOR: REV. WILSON EMERICK DE SOUZA

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