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O DEUS DE JÓ
Para Decorar: "Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus
durante a minha vida. Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me alegrarei no
Senhor" (SI 104.33,34).
Introdução
Jó expressou seu sentimento de insignificância e sua gloriosa esperança em palavras
emocionantes, quando respondeu às acusações sem discernimento de um amigo que
dizia ser ele um hipócrita. Esse amigo era Bildade, o mais filosófico e argumentador
dentre os três amigos de Jó. Jó responde ao dogmatismo de Bildade com profunda
convicção pessoal.
1 - O PODEROSO CRIADOR
(Jó 9.1-10; 10.8-17)
Jó não tinha um conhecimento perfeito de Deus. Ele possuía, porém, um
conhecimento pessoal do seu Deus. Isto foi suficiente para a tarefa de responder aos
vários argumentos e acusações de seus três amigos.
Bildade apresentou o Deus da criação como o Todo-Poderoso. Esta verdade não tinha
para Jó o mesmo significado que para Bildade. Jó demonstra que o grande poder do
Criador o fazia pensar no seu próprio pecado e insignificância.
A pergunta que se apresenta a Jó é esta: "Como pode o homem ser justo para com
Deus?" (v. 2). A exigência de Deus é que o homem seja reto e santo diante dele. Jó
naturalmente reconhece ser isto uma impossibilidade. O homem é pecador. O pecado
é contra Deus. Sua perfeição e poder exigem que reaja a tudo que é contra Ele, por
isso reage com justa indignação e ira.
O poder de Deus não está limitado à criação e ao juízo, mas também se manifesta na
Sua obra de justificação. A resposta à pergunta de Jó é dada por Paulo: "É Deus
quem nos justifica" (Rm 8.33).
O ímpios não podem apresentar-se diante do Criador por causa da Sua perfeita
sabedoria e poder (Jó 9.4). Deus empregará o Seu poder para destruir todos os que
não permitirem que o conhecimento do Criador transforme a sua vida.
A obra soberana de Deus tinha produzido e preservado a vida de Jó. Este tinha plena
percepção da obra do Criador na sua concepção e nascimento (vv. 10-12). (Jr 1.4-6.)
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Qualquer retidão que Jó possuísse teria sua origem no Criador. A mesma verdade é
enfatizada pelo salmista, quando escreve sobre o poder de conversão da Palavra de
Deus, a oração do pecador arrependido pedindo purificação, e a meditação do santo
sobre o testemunho da criação para a glória de Deus. (Is 64.6; Jó 1.1; Tt 3.4-7; SI 19.)
2 - O REDENTOR PROMETIDO
(Jó 19.23-27)
O mesmo salmista que escreveu que os céus declaram a glória de Deus, também
mencionou o seu Redentor pessoal. Jó observa da mesma forma ambos os ministérios
de Deus em suas respostas às argumentações de Bildade. Jó 19.25 é uma das partes
mais conhecidas das Escrituras, que menciona o Redentor. (SI 19.14.)
A compreensão de Jó não era tão clara como a dos escritores do Novo Testamento,
mas sua fé era consistente com os fatos do sofrimento vicário do Messias pelos
nossos pecados e Sua subseqüente glorificação, mediante a ressurreição corporal.
Que o Redentor citado por Jó é o Filho de Deus fica evidente através do contexto da
sua declaração. A conclusão inevitável é que o Redentor de Jó é a segunda Pessoa
da Trindade, o Filho de Deus.
Jó afirmou que seu Redentor "vive" (Jó 19.25). O Redentor de Jó já existia. Esta
ênfase é encontrada também em Jó 16.19, onde é dito que o testemunho e registro de
Jó estavam no céu.
A Palavra viva de Deus, o Filho de Deus, foi visto por Jó, através da sua fé, como se
levantando "por fim... sobre a terra". Trata-se evidentemente de uma referência ao fim
dos tempos, numa época ainda futura.
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"Os meus olhos o verão" (v.27) é provavelmente uma afirmativa paralela a "Vê-lo-ei
por mim mesmo". Isto esclareceria o v. 26 e indicaria que Jó realmente estava
prevendo a sua ressurreição.
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