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Notícias da Manutenção

Baseada em Fiabilidade
Divulgação de notícias sobre Controlo de Condição,
Manutenção e o MIIT N.º 13 – Junho 2005

Editorial Foi concluído com sucesso o processo de Certificação da


Formação pelo IQF (antigo INOFOR). Esta acção insere-
Neste número voltamos a dar ênfase aos processos de se no processo de melhoria contínua seguido pelo MIIT.
obtenção de informação. A informação é essencial.

Em geral o processo de a obter é lento, implica processos e


Sobre a camada transaccional da aplicação Int’Graal foi
fluxos definidos, reporte verdadeiro e abrangente, e controlo
construído um Módulo de Análise que permite aceder a
efectivo, por isso é cara!
informação de forma rápida. A partir de critérios pré-
definidos de tratamento de dados, fornece a informação de
Todavia é impensável gerir sem informação, pois as opções
gestão necessária à tomada de decisões.
mal sustentadas podem tornar irreversíveis erros de
percurso.
O MIIT está a implementar o Módulo de Manutenção e
A questão está em conseguir obter informação fiável da Gestão de Activos do Int’Graal na nova unidade
forma mais económica. Isso é possível se todo o universo de industrial da Inapal em Palmela, para suportar a
acção de uma organização estiver orientado no sentido de manutenção dos seus equipamentos. A primeira fase do
gerar informação, ou seja se os processos das várias projecto, na linha LFT ficou concluída em 3 dias.
funções estiverem articulados e não haja necessidade de
duplicar informação.
Foi completado o projecto de implementação do Módulo
Parece simples, mas efectivamente não é, os fluxos das de Manutenção e Gestão de Activos do Int’Graal na
organizações são muitas vezes complexos e o facto de não Neopul.
se quererem repensar ou reformular, gera ineficiências ou
ausências de informação com custos enormes.

Atento a esta realidade o MIIT desenvolveu uma ferramenta O MIIT está a actualmente a auxiliar a José de Mello
informática, que actua sobre a camada transaccional de um Saúde na definição de um sistema de Gestão da
qualquer software de gestão de manutenção, devidamente Manutenção das suas unidades hospitalares.
configurado, e permite gerar de forma sintética e quase
imediata indicadores de gestão, que permitem quantificar
comportamentos e sustentar opções. Próximos Cursos
Esta capacidade de obter informação é essencial para uma
gestão sustentada e para poder reagir a mercados e Organização da Manutenção
economias em franco processo de mutação. - Optimização da Gestão Informatizada da
Manutenção
- Montagem e Seguimento de Contratos de
Índice Manutenção

- Notícias do Fiabilidade
- Introdução à Análise do Custo de Ciclo de Vida –
- Artigos Técnicos
RAMS
- Curso Avançado de Quantificação de Risco e do
ARTIGO 1 – Isolamento de Vibrações
Custo do Ciclo de Vida
ARTIGO 2 – Sensores de Vibração I
- Introdução às Técnicas de RCM
ARTIGO 3 – As abordagens RAMS e RCM - Casos
Históricos
Controlo de Condição
- Int’Graal - Informação Técnica e de Controlo de Gestão - Curso Básico de Medição de Vibrações
- 5 dicas para reduzir os seus custos de Manutenção - Curso de Introdução à Utilização de Proximitors
- A Manutenção na NET em Análise de Vibrações
- Equipamentos de Inspecção
Engenharia de Ruído, Vibração e Tribologia
- Soluções Práticas de Redução de Ruído e
Notícias do Vibrações
- Curso de Introdução à Análise Modal
O departamento de inspecção e controlo do MIIT procedeu Experimental
à equilibragem dinâmica, a 2 planos, de um ventilador - Vibrações no Corpo Humano
vertical instalado numa unidade industrial na Galiza,
Espanha. Detalhes sobre estas acções em www.miit.pt.

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
Isolamento de Vibrações
Carlos Renato, MIIT

INTRODUÇÃO Espaço e localizações disponíveis

A forma mais eficaz de reduzir a vibração indesejada é A dimensão do isolador depende da carga a suportar
parar a máquina. No entanto, como este procedimento é assim como da amplitude da perturbação dinâmica.
impossível, deve-se recorrer a materiais de isolamento de
vibrações como a borracha, cortiça, CDM, etc. Peso e centro de gravidade
È neste ponto que surgem as maiores dúvidas em relação
à melhor escolha para o isolamento de vibrações de uma Deve-se determinar o peso e o
determinada máquina. centro de gravidade do sistema. A
Neste artigo tentaremos descrever os principais localização do centro de gravidade é
condicionalismos a considerar na escolha do apoio anti necessária para calcular a carga
vibratório assim como as diversas opções disponíveis. suportada por cada apoio.
Por outro lado, é importante manter
CONDICIONANTES o sistema equilibrado estaticamente,
ou seja, com deflexões iguais nos
A origem da vibração diferentes apoios.

Este aspecto é por vezes descurado por quem analisa o Tipo de ambiente
problema. No entanto, deve-se ter um conhecimento prévio
da origem das vibrações. Outro aspecto importante na escolha
Neste contexto, é necessário decidirmos se isolamos a do isolador é o meio ambiente em que este vai trabalhar.
fonte de vibração ou o sistema perturbado. Algumas condições ambientais podem alterar as
propriedades dinâmicas e a qualidade do isolador .
Se por exemplo, a origem da vibração for uma prensa e a
fonte perturbada um equipamento electrónico TIPOS DE ISOLANTES
provavelmente sairá mais barato o isolamento da fonte
perturbada. Cortiça

Tipo de excitação A cortiça tem a sua


grande aplicação para
A vibração que pretendemos isolar pode ser de três tipos: isolamento de sistemas
com frequências de
9 Periódica excitação elevadas.
9 Transiente ou choques
9 Aleatória É muito utilizada em
isolamento térmico, ruído
Quando a vibração é essencialmente periódica esperam- e vibrações.
se amplitudes relativamente pequenas quando
comparadas com a transiente. Borracha

Direcção da excitação É talvez o material isolador mais utilizado devido


essencialmente à sua excelente elasticidade.
Na escolha do melhor isolador é necessário conhecer a
direcção ou direcções da vibração. Efectivamente, se uma A sua boa condução térmica é uma desvantagem pois em
máquina vibra em apenas uma direcção a escolha do ambientes quentes pode danificar-se.
isolador torna-se mais simples do que máquinas com
vibrações elevadas em várias direcções. Molas de metal

Resposta máxima permitida Possuem excelente deflexão estática e têm grande


aplicação para ambientes de temperatura demasiado
A resposta máxima permitida pode ser expressa como: elevada.
Alguns exemplos de aplicação são compressores,
9 Máxima aceleração durante um choque equipamentos de ar condicionado, chilers, etc.
9 Máximo deslocamento durante um choque
9 Frequência natural específica e máxima Os grandes inconvenientes deste tipo de isolante é o seu
transmissibilidade a essa frequência coeficiente de amortecimento reduzido e excelente
9 Máxima aceleração, velocidade ou deslocamento condutibilidade de ruído sólido.
num intervalo de frequências
9 Nível de vibração permitido a determinadas
frequências

A máxima aceleração que um sistema pode suportar sem


avariar é muitas vezes chamada de fragilidade.

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
As molas são mais adequadas ao isolamento de baixas METODOLOGIA DE SELECÇÃO
frequências.
No procedimento de escolha dos melhores isoladores a
Cabos de aço inoxidável cada aplicação deve-se seguir os procedimentos
seguintes:
Apesar de não terem grande aplicação é o isolador mais
adequado para vibrações transientes (choques). 1 – Eficiência de isolamento mínima requerida, R

É necessário indicar qual a eficiência de isolamento


mínima ou redução da transmissibilidade. Em geral essa
eficiência rondará os 70 a 90%.

Tinta

A tinta é usada essencialmente para aumentar o


amortecimento dos isoladores tipo aço, alumínio, cobre,
PVC, etc.

Fixes e maciços ou bases de inércia

Servem essencialmente para diminuir a frequência natural 2 – Transmissibilidade máxima, TR


do sistema devido à sua base de apoio mais rígida e,
portanto, aumentarem o isolamento. Com o valor da eficiência de isolamento calcula-se a
transmissibilidade pela expressão:

TR = 1 – R

3 – Frequência de excitação, f (Hz)

É a frequência mais pequena presente na vibração de


excitação. Esta frequência é usada porque é a pior
condição para o isolamento.

4 – Factor de amortecimento, ξ

Sabendo-se o material do isolador obtem-se da bibliografia


Compensadores de vibração o factor de amortecimento.
Os compensadores e condutas elásticas servem para
impedir a transmissão de vibrações excessivas ás
condutas. Os compensadores são escolhidos em função
da pressão, temperatura, caudal e fluído.

Por outro lado, é comum isolar as condutas o mais


possível e assim garantir transmissibilidade reduzida a
paredes, vigas, etc.

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
5 – Frequência natural máxima, fn (Hz) A frequência de excitação será:

Com o factor de amortecimento e a transmissibilidade


máxima permitida calcula-se a frequência natural máxima
do sistema isolado.

Calculamos a frequência natural máxima e a rigidez


máxima equivalente:

6 – Rigidez máxima equivalente, keq (N/m)

Com a massa (kg) do sistema a isolar e a frequência


natural máxima calcula-se a rigidez máxima equivalente do
isolador.

Como são 4 isoladores com carga igualmente distribuída


teremos:

7 – Rigidez máxima individual e a carga de cada isolador,


k (N/m), L (kg)

Determina-se agora a rigidez e caga suportada por cada


isolador:

Rigidez: k = Keq / nº isoladores


Carga: L = m / nº isoladores

8 – Deflexão estática de cada isolador, δ (m)


Com a rigidez e a carga selecciona-se o isolador de um
catálogo de fabricante.
Com a massa do sistema a isolar e a rigidez de cada
isolador calcula-se a deflexão estática dos isoladores.

Em que g é a aceleração da gravidade (9.8 m/s2).

Com a rigidez máxima de cada isolador, k, e com a carga


suportada, L, selecciona-se o isolador num catálogo de
fabricante.

CASO PRÁTICO

Um grupo motor-bomba, rigidamente montados numa base


comum, transmite vibrações a outros componentes do
sistema hidráulico. O peso total do conjunto é de 63 kg.
Pretende-se instalar 4 isoladores de modo a suportarem
igual carga. A frequência de excitação é a velocidade do
motor 1800 rpm. Calcular os isoladores para um
isolamento requerido de 80%.

Em primeiro lugar calculamos a transmissibilidade máxima,


TR:

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
Sensores de Vibração I
João Lourenço, MIIT

A análise de vibrações é uma das técnicas mais úteis na Este tipo de sensores, também conhecidos por proximitors,
manutenção preditiva e que tem numerosas aplicações, funcionam sem contacto, a partir de uma distância fixa,
também, na fase de projecto das máquinas, na sua chamada “gap”. Criam um campo magnético, cuja variação
monitorização e protecção. devido à vibração origina o sinal eléctrico que reproduz a
vibração.
Os sensores de vibração têm sofrido uma evolução notável
nos últimos anos, o que vem facilitar muito e tornar mais Vantagens:
acessível qualquer trabalho de medição de vibrações.
• Medem as vibrações directamente nos veios
O QUE QUEREMOS MEDIR? • Medem sinais desde 0 rpm
• Quando instalados em pares (fazendo um ângulo
Medir vibrações implica, desde logo, saber que unidades de 90º entre si, na mesma chumaceira), permitem
vamos utilizar. determinar a posição do veio.
Desvantagens:
Uma vibração mecânica poder ser representada em 3
grandezas, a cada qual corresponde uma unidade de • As medidas são influenciadas pelo acabamento
medida. dos veios. Irregularidades e ovalizações são
medidas como vibrações, induzindo um erro na
Grandeza Sistema Métrico Sistema Inglês medida, chamado “run-out”.
Deslocamento µm mils • Só medem vibrações até 1 kHz. A partir desta
Velocidade mm/s ips frequência, a amplitude dos deslocamentos é tão
Aceleração m/s2 G’s baixa que se confunde com as irregularidades do
veio.
Em termos matemáticos, a velocidade é a derivada do • São instalados em permanência.
deslocamento, e a aceleração é a derivada da velocidade.
SENSORES DE VELOCIDADE
Assim, dependendo da gama de frequência que queremos
medir e mesmo das frequências que queremos ver com FICHA
maior destaque, existe um parâmetro mais adequado à
medição.

Existem sensores de deslocamento, velocidade e


aceleração. Porém, tal não significa que fiquemos limitados MOLA

às unidades do sensor. Os equipamentos de medida


IMAN
permitem, em muitos casos, através de integração ou PERMANENTE
derivação, obter os resultados das medidas noutra BOBINE
unidade. É o que acontece, por exemplo, quando
utilizamos um acelerómetro para medir vibrações em
velocidade (mm/s).
FLUIDO
AMORTECEDOR
Porém, a dupla integração (converter aceleração em
deslocamento) não recomendável. Origina ruído e falseia
os dados.
Os sensores de velocidade são constituídos por uma
bobine e um íman, que funcionam imersos num fluido
SENSORES DE DESLOCAMENTO amortecedor. A tensão gerada na bobine é proporcional à
velocidade relativa dos dois.
M onitor
Fonte
Vantagens:
A lim ent. S inal
D inâm ico • São autogeradores, não necessitando de
alimentação externa
• Não necessitam de sistema de condicionamento
de sinal

Desvantagens:

• Frequência limite inferior elevada (10 Hz). A


frequência natural destes sensores, devido ao seu
tipo de construção, anda à volta deste valor. Isto
significa que as vibrações medidas em redor
desta frequência são amplificadas e não
V eio representam a vibração real.

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
• Frequência limite superior reduzida (1 kHz). O • Frequência limite superior elevada. Dependendo
fluido amortecedor existente no interior filtra as da frequência de ressonância do acelerómetro
vibrações acima de 1000 Hz. (influenciada pela sua massa e pela forma de
• Têm partes móveis e estão mais sujeitos a montagem na máquina), que deverá ficar acima
avarias e desgaste. da gama de medição, poderá elevar-se a algumas
• Têm uma sensibilidade lateral elevada. Isto dezenas de kHz.
significa que além do seu eixo principal, também • Gama dinâmica e sensibilidade elevadas.
medem as vibrações segundo as direcções Conseguem medir amplitudes muito pequenas e
laterais, o que pode introduzir erros. muito grandes.
• Peso e dimensão relativamente elevados. • São insensíveis a vibrações laterais.
• Elevada robustez.
SENSORES DE ACELERAÇÃO
Desvantagens:
CARCAÇA
• quase nenhumas.
MASSA FIXAÇÃO

CRISTAL
PIEZOELÉCTRICO

Este tipo de sensores são de construção muito compacta.


Têm no seu interior um cristal piezoeléctrico sob uma
massa. A oscilação da massa devido à vibração irá
provocar deformações no cristal que, por ser
piezoeléctrico, emite um sinal eléctrico proporcional à
aceleração a que está sujeito.

Vantagens:
No próximo número, iremos abordar as utilizações na
• Frequência limite inferior baixa. Dependendo da prática de cada tipo de sensor.
sensibilidade do acelerómetro e do sistema de
processamento do sinal, pode muitas vezes
descer bem abaixo de 1 Hz.

A Manutenção na NET
www.vibinst.org

Site do Vibration Institute, entidade norte-americana sem fins lucrativos, com largo
reconhecimento e actividade na formação e certificação na área da medição e análise de
vibrações.

Possui também um fórum de discussão muito bom, recentemente renovado, de grande utilidade
nesta área, pois permite a utilizadores de todo o mundo trocar experiências e esclarecer dúvidas
entre si.

www.mt-online.com

A Maintenance Technology é uma revista sobre manutenção, com muitos conteúdos online no seu site.
Entre estes, destacam-se artigos técnicos sobre quase todas as áreas da manutenção, muitos sobre
manutenção preditiva, e também sobre TPM e RCM.

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
As Abordagens RAMS e RCM
Casos Históricos
CASO HISTÓRICO 3 - Indústria de Laboração Continua
9 Objectivo: redução de horas de paragem por avaria.
9 Problema: o valor de tempos de paragem era considerado excessivo e as suas causas não estavam claras.
9 Necessidade: montagem de métrica e resolução de pontos fracos.
9 Como? Trabalhar com um parceiro de Manutenção Baseada em Fiabilidade, para rever e melhorar metodologias
estabelecidas.

Definida métrica
Objectivo: explicitar quantitativamente o comportamento da instalação. Definiu-se uma métrica para caracterizar
objectivamente o comportamento das linhas produtivas, onde se dizia ser a manutenção a principal causa de paragem.

TC – Tempo de Calendário

100%
TA – Tempo Afectado TNA TMP
63% Pausas

TU – Tempo de Utilização Tempo Tempo


38,41% Paragens Paragens
Funcionais Induzidas

TF – Tempo de Paragens
Funcionamento p/ Avaria
38,90% TNA TMP

1,51% 24,76% 36,61% 0,2%

Procedeu-se à valorização do rendimento e das linhas.

Após implementar a métrica e procedido à redefinição dos planos de manutenção e de logística


confirmaram-se os valores, obtendo-se:

Evolução da Taxa de Avarias Com e Sem Perda de Produção


0,024

0,022

0,020

0,018

0,016

0,014

0,012

0,010

0,008

0,006

0,004

0,002

0,000
J F Ma Ab Ma J Jul- Ag S O No De J F Ma Ab Ma J Jul- Ag S O No
an- ev- r- r- i- un- 98 o- et- ut- v- z- an- ev- r- r- i- un- 99 o- et- ut- v-
98 98 98 98 98 98 98 98 98 98 98 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99

Resultados?
Diminuição da indisponibilidade por Avaria em 2 anos de: 3,0% para 0,5%
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Manutenção Baseada em Fiabilidade
Int’Graal
Informação Técnica e de Controlo de Gestão

1. Sistema de Informação e Indicadores

A necessidade de obter informação que suporte a tomada de decisões ao nível da gestão é factor decisivo para a utilização de
um Sistema Informático de Gestão de Activos Produtivos.
O MIIT desenvolveu sobre a camada transaccional do seu sistema de informação de suporte de
manutenção e gestão de activos – Int’Graal, uma ferramenta que permite uma percepção rápida da
informação de gestão técnica.
A correcta utilização do Sistema permite perceber onde o tempo e o dinheiro estão a ser
utilizados e fazer juízos de valor, permitindo assim definir as áreas onde se deverão
concentrar os esforços de melhoria.
É importante ter meios para visualizar de forma rápida a informação disponibilizada. A representação
conjunta de indicadores, na forma de “Balanced Score Cards”, ou de rendimentos operacionais de acordo com a representação
TPM, são casos de sucesso pela rápida leitura que permitem e pela síntese que concretizam.

Tempos de Paragem em tempo afectado à exploração

Tempo em obra

Tempo creditado

Tempo paragem por avaria

Tempo paragem induzida

Tempo paragem própria

Tempo funcionamento

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

TEO TED TEC TPAV TPAA TPC TPTO TPD TPMO TPT TF TSR TMOE

Grupo parcela definição


Tempo em obra TEO Tempo em obra
Tempo debitado TED Tempo debitado
Tempo creditado TEC Tempo creditado
TPAV Tempo paragem por avaria (equipamento principal)
Tempo paragem por avaria
TPAA Tempo paragem por avaria (equipamento auxiliar)
TPC Tempo paragem devido a Cliente
Tempo paragem induzida TPTO Tempo de paragem por diversos trabalhos em obra.
TPD Tempo de paragem por motivos diversos
Tempo paragem própria TPMO Tempo de paragem por manutenção em obra
(Responsabilidade da TPT Tempo de transporte, montagem e desmontagem
manutenção) TMOE Tempo extra de manutenção em obra
TF Tempo de funcionamento reportado pela exploração
Tempo funcionamento
TSR Tempo sem reporte.
Figura 1 – Representação da ocupação operacional no software Int’Graal

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
Figura 2 – “Quadro de Bordo” – visualização rápida da informação no software Int’Graal

É evidente que esta informação é conseguida pelos dados reportados. Esta informação e posterior tratamento tem custos
associados. As mais valias retiradas dessa informação deverão cobrir esses custos. É factor essencial para a optimização dos
activos geridos que exista capacidade técnica de converter dados em informação e esta em acções que melhorem
significativamente o desempenho da Manutenção e contribuam para o melhor desempenho operacional.
Assim é importante existir capacidade de criar indicadores, eventualmente compostos, que traduzam numa óptica múltipla as
capacidades existentes e com base neles permitam construir uma visão.
Seguidamente apresenta-se um exemplo desses indicadores, que podem ser sintetizados num indicador por área de gestão e
ainda sintetizados num indicador por instalação.

Áreas Indicadores Áreas Indicadores


Planeamento e Programação de
Capacidades Operacionais
intervenções
Qualidade das Competências Operacionais Gestão de Controlo do Plano de manutenção
Equipas Manutenção
Enquadramento Previsão de Cargas
Supervisão e apoio Cálculo de necessidades
Preparação de trabalho Controlo de Disponibilidade
Controlo de Gestão
Apoio à Execução de trabalho Técnica Controlo de Fiabilidade
Gestão Trabalhos
Gestão de Trabalho Controlo de manutibilidade
Reporte no Suporte Informático Controlo do Custo do Ciclo de vida
Formação Análise de Avarias
Gestão Meios
Qualificação Engenharia Revisão da manutenção preventiva
Humanos
Medida de performance Revisão da inspecção
Codificação Plano logístico Integrado
Histórico Gestão da Configuração
Características Liderança
Gestão dos
Equipamentos Planos de manutenção e Preparações Capacidade de Definição de
de trabalho Objectivos
Planos de exploração em, base tempo Gestão Interna Capacidade de Controlo de Gestão
Controlo do Plano de exploração Capacidade de Gestão das melhorias
Estruturação de materiais Gestão de Segurança
Gestão de Armazéns
Fluxos de saídas e entradas Gestão de Qualidade
e Materiais
Gestão de Armazéns e Procurement Gestão de Ambiental
Tabela 1
2. Síntese de Dados

Uma estrutura de informação deste género permite suportar informação de suporte à decisão, a diversos níveis, seja
operacional, seja de gestão, seja estratégico.
A eficácia desta informação está associada à capacidade dea percepcionar de forma rápida, aliás este é um dos factores
determinantes do seu sucesso, pois é sempre difícil disponibilizar tempo para a análise de dados.
Em seguida apresentam-se dois exemplos de informação de suporte à decisão.
9
Manutenção Baseada em Fiabilidade
No quadro 3 obtem-se uma visão rápida sobre a situação global de uma organização, na forma de uma representação gráfica e
materializada por um factor de mérito, determinado a partir dos indicadores do quadro 1, devidamente ponderados com
factores apropriados, ajustados à organização.

No quadro 4 apresenta-se uma visão mais técnica, que integra a informação referente a uma área operacional de uma
estrutura e a representa nas ópticas de fiabilidade, manutibilidade e disponibilidade; assim como a evolução de avarias numa
área num determinado período de tempo.

Esta ferramenta permite de facto uma grande poupança de tempo no acesso à informação, e pode ser configurada sobre a
generalidade dos sistemas de informação de suporte da manutenção. A sua parametrização é rápida e a sua utilização é
intuitiva, factos que a tornam bastante atraente.

Mérito por Área


Áreas Mérito
Qualidade das Equipas
Qualidade das Equipas 3,29 5,00
Gestão Trabalhos 2,58 Gestão Interna 4,00 GestãoTrabalhos
Gestão Meios Humanos 3,00 3,00
Gestão dos 2,00
Equipamentos 1,61 Engenharia 1,00 Gestão Meios Humano
Gestão de Armazéns e 0,00
Materiais 2,83
Gestão de manutenção 2,29
Controlo de Gestão Controlo de Gestão Técnica Gestão dos Equipamento
Técnica 1,63
Engenharia 1,00 Gestão de manutenção
Gestão de Armazéns e
Materiais
Gestão Interna 1,93
Mérito Global 2,24 Mérito

Figura 3 – Visão de uma organização - Balanced Score Card

Figura 4 – Análise da Informação Técnica – software Int’Graal

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Manutenção Baseada em Fiabilidade
5 Dicas para reduzir os seus custos de
Manutenção
CORREIAS melhorias obtidas e justificar à administração os
investimentos eventualmente feitos.
Temperaturas elevadas
PARTILHA DE INFORMAÇÃO
As correias são vulcanizadas de acordo com um controlo
de temperatura e pressão cientificamente calculadas. Mantenha os seus colaboradores que trabalham
Geralmente a sua temperatura admissível é 70 ºC. consigo na manutenção informados sobre os resultados
Correias a funcionar acima desta temperatura têm a sua conseguidos pela manutenção, sejam bons ou maus. É
vida útil reduzida. uma maneira de os manter motivados e, em certos
casos, fazer com que sejam melhor aceites decisões
Correias gastas difíceis. No fundo, é uma questão de envolver as
pessoas e tornar mais coeso o grupo de trabalho.
Paredes gastas indicam
constantes MOTORES ELÉCTRICOS SUPLENTES
derrapagens, devido a:
Certifique-se de que os motores
- Sujidade que tem no seu armazém estão
excessiva acondicionados de forma
- Polias com canais irregulares adequada. Sobretudo os de
- Falta de tensão nas correias maior dimensão deverão ser
- Materiais estranhos entre a polia e a correia rodados regularmente, para
evitar o desgaste dos
Correias “rachadas” rolamentos.

Correias rachadas reduzem a tensão e a eficiência de O mesmo cuidado deve ser tido
operação da correia. quando o motor se encontra montado numa máquina
Altas temperaturas, polias de pequeno diâmetro, deslizes parada muito tempo. Se estiver ao lado de uma
na transmissão provocam o aquecimento da correia máquina que transmita vibrações, isso irá acelerar
aumentando a probabilidade da correia “rachar”. muito mais o desgaste dos rolamentos, pois facilmente
ficarão marcados no local de contacto com as esferas.
Alinhamento Neste caso, os intervalos de paragem deverão ser
muito mais reduzidos.
O correcto alinhamento das correias de transmissão
aumentará a sua vida útil e melhorará a eficácia da SOBRECARGA EM MOTORES ELÉCTRICOS
transmissão. Com um fio de prumo ou uma régua em
contacto com as polias não é difícil alinhar uma Um regime de sobrecarga provoca o aumento da
transmissão por correias. temperatura de funcionamento do motor eléctrico.

Porém, existem equipamentos laser, económicos e de Este problema pode originar a queima do isolamento
utilização bastante simples, que tornam esta operação em todas as fases do enrolamento trifásico e pode ter
muito mais rápida e precisa. origem em subtensões ou sobretensões.

INFORMAÇÃO ÚTIL É por isso conveniente acompanhar a tensão de


alimentação do motor e a carga a que este está sujeito.
Oriente toda a estrutura da manutenção num sentido: gerar
informação. Só assim será possível quantificar as

Visite o novo site do MIIT, agora mais funcional e com novos conteúdos, em:

www.miit.pt
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Manutenção Baseada em Fiabilidade
Equipamentos de Inspecção
DETECTOR II
INTERNORDIC – VIBER A
O Detector II é um equipamento portátil de medição de
vibrações. É um instrumento
- Equipamento portátil de
ideal para medições periódicas
registo de valor global
permitindo a detecção de
de vibração RMS
avarias em fase inicial. Esta
abordagem permite ao utilizador - Simples de utilizar
programar paragens e evitar - Avaliação da condição
avarias graves em máquinas. dos rolamentos
- Custo reduzido
Principais vantagens:
- Utilização bastante
simples Características Principais:
- Análise FFT e Envelope
- Custo de aquisição
- Instrumento portátil a baterias alcalinas para a
reduzido
medida de vibrações e análise da condição de
- Software de análise
rolamentos
simples e intuitivo
- Ecrã LCD de 3 dígitos
- Teclado de membrana com 3 teclas
- Medição em velocidade: gama 0-100 mm/s
O equipamento adquire vibração de acordo com a norma
RMS numa banda de frequência 10-2000 Hz
ISO 10816-3 para detecção de desequilíbrios,
- Condição de rolamentos em g´s RMS numa
desalinhamentos, folgas, etc, e Envelope para avaliação
banda de frequência 2 a 20 KHz
do estado de rolamentos e engrenagens.
- Acelerómetro piezoeléctrico 100mV/g com
cabo integral de 1 metro de longitude e base
Permite ainda, a configuração de bandas de frequência e a
magnética (IMI mod. 608A11)
definição de frequências de falha com associação de
- Estojo de Armazenamento
níveis de alerta e falha.

O Software Trendline
Ultra-Sons VPE-1000
Os valores de vibração registados pelo equipamento são
posteriormente transferidos para o Software Trendline e
gravados numa base de dados. O software gera - Equipamento de ultra-
automaticamente os níveis de alerta e falha. sons ideal para
detecção de fugas de
ar e avarias mecânicas
Características Principais: (válvulas, rolamentos,
lubrificação, etc)
- Gama de severidade de vibração 0-100 mm/s RMS - Custo de aquisição
- Banda de frequência de severidade 10-1000 Hz reduzido
- Gama de impactos nos rolamentos 0-25 g´s RMS
- Gama de frequência: 2 – 20 KHz Características Principais:
- Definição até 4 bandas de frequência por ponto de
medida definidas pelo utilizador - Fugas de ar e detecção de avarias mecânicas
- Medida e armazenamento de temperatura através (rolamentos, lubrificação, etc)
de sensor de infra-vermelhos externo (opcional) - Visor Digital
- Armazenamento de forma de onda em aceleração, - Sensor de Contacto e sem Contacto
velocidade e envelope - Headphones para os ouvidos
- Espectro FFT para diagnóstico de avarias - Gama de funcionamento: Sensor sem contacto:
- Espectro de Envelope para diagnóstico de 36 KHz a 42 KHz
envelope - Gama de funcionamento: Sensor com contacto:
- Exportação / importação de dados 18 KHz a 22 KHz
- Comunicação a PC via RS-232 - Mala de transporte
- Ecrã LCD iluminado
- Teclado de membrana com 6 teclas
- Baterias recarregáveis NiMH com autonomia de 6
horas
- Bolsa de protecção em Nylon com correia
- Acelerómetro ICP 100 mV/g com base magnética e
cabo
- Carregador de baterias

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