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SÃO PAULO
2017
TATIANA QUELY LARRAGUIBEL RODRÍGUEZ
Orientadores:
SÃO PAULO
2017
TATIANA QUELY LARRAGUIBEL RODRÍGUEZ
Orientadores:
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
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Às minhas filhas Giulia e Fernanda que sem vocês nada disso teria tanto
sentido, na luta diária e na busca incansável de ser uma pessoa, mãe, filha e
profissional melhor.
E em especial aos meus pais Adolfo e Gloria pelo apoio, pela educação e
incentivo aos estudos durante toda minha vida. Sem vocês nada disso seria
possível. Gratidão!
“No trânsito o motorista expressa suas
características pessoais”
(Porker)
RESUMO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
2. OBJETIVO ........................................................................................................ 12
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 13
4. RESULTADO .................................................................................................... 14
5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 37
10
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado a partir de ampla busca nas bases de dados
eletrônicos: Lilacs, maior base de dado latino americana, no Google Acadêmico,
Scielo nos sites do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, leis,
decretos, resoluções sendo selecionados artigos científicos no idioma da língua
portuguesa. Como descritores foram aplicados os termos: “comportamento”,
“trânsito”; “psicologia e trânsito”; “comportamento no trânsito”; “psicologia do trânsito;
“avaliações psicológicas para condutores”. Bem como foram analisados dados
qualitativos e quantitativos de Agências Nacionais relacionadas ao trânsito.
Pautando também publicações do Conselho Federal de Psicologia sobre o tema do
trânsito.
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4. RESULTADO
O vocábulo latino urbis significa cidade e tem como gênese a cidade por
excelência: Roma (FERREIRA, 1995, p.16). Dele são derivados o vocábulo urbano e
urbanidade.
Para entender como ocorrem os acidentes é necessário definir o que seja um,
assim como quais sejam as variáveis concorrentes para o referido desfecho. Beux
(1986, p.22) define:
“[...] um somatório de falhas que um ou mais dos três
elementos que o integram – pista, veículo e homem – não foram capazes de
superar; [...] é a resultante final da interação de eventos que têm sua origem
em condições ou circunstâncias psicológicas, físicas, fisiológicas etc., do
agressor ou da própria vítima; [...] é um fato técnico-humano que tem como
protagonistas o elemento humano, o veículo, a via pública e o ambiente, o
qual é antecedido e provocado ou relacionado, sobretudo, a conotações
humanas – físicas, fisiológicas, orgânicas, psíquicas, psicofisiológicas,
mentais, socioeconômicas ou morais. Trata-se de um evento onde, via de
regra, há interação do condutor (com os componentes e fatores da sua
personalidade), do veículo, da via e do ambiente”.
Ferraz et al. (2012, p.45) salientam que “também deveria ser considerado um
acidente de trânsito a queda de um pedestre, pois a definição de trânsito engloba a
movimentação de veículos e pessoas”. Os autores destacam que, via de regra,
episódios dessa natureza são considerados acidentes comuns e não
necessariamente acidentes de trânsito.
que o ato de dirigir um veículo. Requer espírito de equipe e respeito pelas leis de
trânsito”.
É importante ressaltar que antes da publicação do Novo Código de Trânsito
Brasileiro (1998), a Avaliação Psicológica para o Trânsito era denominada Exame
Psicotécnico. Mas, em virtude das novas exigências da Resolução 80/98 do CON-
TRAN, o termo foi substituído por “Avaliação Psicológica Pericial”. Conforme La-
mounier e Rueda (2005b), tal alteração baseou-se no fato de que a Avaliação para o
trânsito deveria ser realizada por peritos de trânsito que tivessem o respectivo curso,
sendo que o objetivo do exame era investigar condições psicológicas mínimas no
indivíduo para conduzir veículos de forma correta e segura. Assim, a razão maior
desse processo voltar-se-ia à necessidade de tentar garantir a segurança do
condutor e dos demais envolvidos no trânsito.
E essa avaliação é segundo Amendola (2004, p.26):
“uma função privativa do psicólogo, assegurada pela Lei N.º 4.119
de 27/08/62, que pretende investigar aspectos da personalidade de
determinado sujeito no seu respectivo contexto de vida, segundo a queixa
apresentada e suas específicas características. Entendida como um
processo no qual o psicólogo utiliza procedimento científico
necessariamente com testes psicológicos. Esta técnica visa abarcar os
aspectos passados, presentes (psicodiagnóstico) e futuros (prognóstico) da
personalidade avaliada, por meio de métodos e técnicas psicológicas
reconhecidas.”
Para Silva (2010, p.47), o psicólogo deve enfocar nas análises da avaliação
psicológica em geral, os aspectos relevantes ao cargo ou função que o avaliando
está se submetendo. Já na Avaliação Psicológica para candidatos a CNH e
motoristas habilitados que deseja renovar a carteira, mudar ou adicionar uma
categoria, o psicólogo deve levar em consideração os aspectos pertinentes ao
trânsito, como memória, tempo de reação, capacidade de aprendizagem,
capacidade de atenção, previsão e de decisão.
Além disso, é importante observar se o avaliando demonstra capacidade de
aprender as normas regulamentadoras e tem condições emocionais de segui-las; se
capacidade de distinguir entre os símbolos; se tem destreza para frear rapidamente
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Quais são as possíveis causas envolvidas num acidente. O que são fatores
humanos e qual sua repercussão para um acidente de trânsito. Qual fator está mais
presente nos acidentes de trânsito.
Todo acidente de trânsito tem uma causa ou um combinado de causas e,
dessa forma, um desfecho de acidente não pode ser atribuído ao mero acaso. As
causas de um acidente podem estar relacionadas às condições da via, do veículo ou
a características e comportamentos do condutor e dos usuários da via. Essas
causas podem manifestar-se de forma isolada ou concomitantemente a outras. As
contribuições da Psicologia do Trânsito vêm no sentido de identificar quais são os
fatores que concorrem ou definem um desfecho de acidente no que diz respeito às
variáveis subjetivas, ou seja, aquelas pertinentes ao homem.
Na ocorrência de um acidente de trânsito, o fator humano está presente na
grande maioria dos casos. No contexto do trânsito, o condutor pode cometer erros –
alguns podem passar imperceptíveis mesmo para o próprio condutor, sem causar
maiores prejuízos à fluidez e segurança viária, outros podem ser potencialmente
perigosos, corroborando a ocorrência de um acidente.
Alguns condutores podem assumir condutas transgressoras desrespeitando a
legislação de trânsito de forma deliberada, colocando em risco a sua segurança e a
segurança dos demais usuários da via. A Psicologia do Trânsito tem como um dos
seus objetivos investigar e entender o que faz com que o condutor e demais
partícipes do trânsito assumam esse tipo de comportamento.
Rozestraten (1988, p.29) destaca que um acidente pode ser considerado
como:
“[...] uma disfunção do sistema homem-via-veículo que, em
circunstâncias normais, funciona muito bem. Porém, uma vez que o sistema
consiste em uma enorme quantidade de fatores, é possível que um fator o
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disposição à distração e a não ver direito. O mesmo autor ainda destaca outros
fatores: a ausência ou precariedade da educação para o trânsito, a precariedade da
formação do motorista, exames teóricos e práticos fracos para a obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação (CNH); CNHs compradas ou obtidas por influência
política etc. (ROZESTRATEN, 1988, p.29).
5. CONCLUSÃO
outras áreas do conhecimento. Para uma interpretação mais apurada acerca das
dinâmicas do trânsito, por vezes é necessário recorrer a outras teorias que
transcendem o universo da Psicologia do Trânsito, ou seja, uma abordagem
sistêmica. As estatísticas de acidentes de trânsito ainda são um grande desafio para
as autoridades.
Nas últimas décadas a Psicologia do Trânsito tem-se consolidado como área
de pesquisa na compreensão dos comportamentos, propiciando a oferta de estudos
e trabalhos com vias a subsidiar estratégias que tenham como meta a redução dos
acidentes de trânsito.
Conforme destaca Silva (2012, p.176), a Psicologia do Trânsito e a atuação
do psicólogo nessa área têm sido orientadas por decretos-lei, leis e resoluções. No
âmbito dos DETRANs e clínicas, a Psicologia tem consolidado espaço de atuação
para o psicólogo, tentando superar o foco de sua atuação para além do motorista –
postulando contribuições à construção e ao aprimoramento de políticas públicas.
No desenvolvimento da Psicologia do Trânsito no Brasil, tem-se como um de
seus precursores o autor Rozestraten. Suas pesquisas e contribuições lançaram as
bases para a estruturação da Psicologia do Trânsito no Brasil.
As perspectivas de atuação do psicólogo e contribuições da Psicologia do
Trânsito vão desde as avaliações psicológicas utilizadas nos processos de
habilitação à investigação de comportamentos no contexto do trânsito, perscrutando
quais são os fatores internos e externos que os acionam, pesquisas e intervenções
junto a acidentados voltadas à reabilitação e caráter clínico, e até as contribuições
na elaboração e aprimoramento de políticas públicas.
A literatura revela que as pesquisas voltadas para a Psicologia do Trânsito
ainda são incipientes, estão no seu início no contexto brasileiro. Sampaio e Nakano
(2011) destacam a predominância de estudos que avaliam determinadas
características como inteligência, personalidade e atenção, havendo um número
reduzido de estudos interessados na investigação de como dirigem os condutores
ou a capacidade de aferição dos exames psicológicos.
No que tange à legislação brasileira, destaca-se que o Código de Trânsito
Brasileiro (1997) e as resoluções do CONTRAN, números 51 e 80 de 1998, e 267 de
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, F. O fator humano e os acidentes de trânsito. Arq. Bras. Psi. Apl., v. 30,
n. 3, p. 3-24, 1978.
CF
FERRAZ, C. et al. Segurança Viária. São Carlos – SP: Suprema Gráfica e Editora,
2012, p.45.
FERRAZ, A. C. P. C.; Raia Júnior, A. A.; Bezerra, B.S. Segurança no Trânsito. São
Carlos: NEST, 2008.
SHINAR, D. Psychology on the road, the human fator in traffic safety. Nova
York: J. Wiley&Songs, 1978, p.166.