I

E L IMAGINARIO, L A LITERATURA
Y I A L I T E R A R I E D A D

LAS D I S T I N T A S CONCJiPCIONES D E L A L I T E R A T U H A
.jí.ji-i':-f "It'-^-f:' ;r joi' :<-x;<>r. i w Í,:OÍ. >£>• ; . -i*;;? Ui«>i:(|t,í
V i v i m o i e n u n a sociedad e n l aq u e los textos literarios (novelas, rela-
. ,, ,(<;'(,• '.-;•(:• < f l ' •flll'ÍIK l : i iiKVi'lít/J^.V • ' "-y f > l < ^ ) f , 3 ' i i ' - i t ; * . : . -!.'••• ' t o s , p o e m a s , p r o s a s d e e x p e r i e n c i a , d e i n v e n c i ó n , d e persvtasión v a -
r i a ) e s t á n p r e s e n t e s d e forma g e n e r a l i z a d a . P o r u n a p a r t e , c o n t i n ú a n
g o z a n d o d e prestigio y se l o sr e l a c i o n a c o nfrecuencia, e ne l senti-
m i e n t o c o l e c t i v o d el a s clases cultas, c o nl a a c t i v i d a d más elevada y
... . ... . • / " . y . • ...a¡..;o , ,. n o b l e d e l h o m b r e . N o f a i i t a n , e m p e r o , l o s m o m e n t o s e n q u e a l a «lite-
ratura» s e l a c o n s i d e r a c o n r e c e l o y c o n u n a a c t i t u d l i g e r a m e n t e d e s -
loti' i - .•um»iCí»í.jo« M« tüOír- '•••-} r-íitu-j»»" preciativa; p u e d e pensarse, p o r e j e m p l o , e n lasveces e n q u e se o y e
d e c u , a propósito d e u n t e x t o e s c r i t o o d e u n d i s c u r s o , p o r p a i t e d e
I',i':>í¡) I V .11 O-'' ' i - < . - I Í / U - • • f ^ ' . . . " í i ( a /.'/> u ; !;'(••, . . I , - ' • <• Í Í Í ' I Í : ; Í . i :-fc. ili.' quienes n o l oreconocen c o m o testimonio d e i m c o m p r o m i s o m o r a l
y d e u n a b i i s q u e d a c o n c r e t a d e v e r d a d , «pero e s t o sólo e s literatura»,
. _ ' -irjf/}».) ' / -. ;• o b i e n « a q u í s e está h a c i e n d o p u r a l i t e r a t u r a » .
R a r a v e z n o s preguntBjnos «¿qué e s l a literatura?», y r a r a v e z , c u a n -
d o e s a p r e g u n t a t i e n e l u g a r , r e c i b e u n a r e s p u e s t a unívoca. A l g u i e n , c o n
.» («,:• OMS " rr. ••>rM.'» q v .« t«- ' ; " .••••jOí.f l ñl'l.f «!«••<.»•«• ?•' 'i'- m u c h a perspicacia, h a sostenido q u e u n a d e m a n d a t a les inadmisible.
E n e l s e n t i r c o m ú n , d e h e c h o , l o s s i g n i f i c a d o s d e l t é r m i n o «litera-
tura», l a s c o n c e p c i o n e s q u e s e h a n d a d o e n e l t i e m p o , p a r e c e n s e r
numerosas, diversas e irreconciMables.
E n l a m a y o r p a r t e d e l o s e s c r i t o r e s contemporáneos ( y a se l e s cla-
s i f i q u e ideológicamente c o m o c o n s e r v a d o r e s o p r o g r e s i s t a s , c o r n o p a r -
.«{f. v4 '¡Kjo XAMí' 0<'>-^ • . , . ! ( . • ¿Ktji.'I:.> t i d a r i o s , e n l i t e r a t u r a , d e l a rebelión v a n g u a r d i s t a o nostálgicos d e l
e s t i l o «grande» y s u b l i m e ) p r e v a l e c e d e u n m o d o m u y a r r a i g a d o u n a
concepción d e l a l i t e r a t u r a c l a s i c i s t a y m o r a l m e n t e c o m p i o m e t i d a ,
j f - a vjw '¡•'•-u/iKi-. - , j . . " i . ..tíju'jtfi* , ii,. ,i.>;;;!. u n a p r e o c u p a c i ó n c a s i a n g u s t i a d a por e l fin d e t o d o u n m u n d o d e
: 1') ríii! ' I ' ' ' (•! •::it.í)i '!v,a<|i.u' f?íii,¡ji.. . ';•»•><(:• v a l o r e s , u n a o b s t i n a d a cerrazón a n t e g r a n p a i t e d e l o s e x p e r i m e n t o s
•í .•);-••. • ' ' I' '• • •SjJi-tí.'V • '.;>. i.M> l i t e r a r i o s y d e l a s p o s i c i o n e s críticas c o n t e m p o r á n e a s .
, 'i; í.ir • • j • iiJiCíIt? v , .^- (
• ;<•„•„ • -IV . .;•.<• K i •••'ó.wr-. f!
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS
Dos tendencias contrapuestas
E n todos los discursos sobre literatura se representan c o n t i n u a m e n t e
d o s t e n d e n c i a s c o n t r a p u e s t a s : l ad e q u i e n e s d e f i e n d e n s u autonomía
y s u especificidad c o n respecto a cualquier otra f o r m a d e comunica-
ción h u m a n a , y l a d e q u i e n e s t i e n d e n , e n c a m b i o , a r e l a t i v i z a r t o d a
idea d e l i t e r a t u r a y a p o n e r l a e n contacto c o n lasdistintas f o r m a s d e
comunicación e x i s t e n t e s , q u e p u e d e n v a r i a r e n función d e l a época y
del contexto cultural.
D e s d e e l siglo x v i i i , y c o n fuerza creciente e n los dos siglos poste-
r i o r e s , l a ti-adición crítica h a d a d o n u m e r o s o s e j e m p l o s d e t e o r í a s
s o b r e l a fitcratura q u e l a c o n s i d e r a n u n c o n j u n t o d e j r a l o r e s i n d e p e j i -
d i e n t e , estéticamente autónomo, c a p a z d e i n v e s t i r d e i j r i u i d i g n i d a d a
• a ^ m g r e s a h u m a n a e n ^ e l n i u n d o . G r a n p a r t e d e l p e n . s a m i e n t o estéti-
co m o d e r n o h a intentado definir, partiendo d e principios diversos, l a
a u t o n o m í a d e l a o b r a d e a r t e y s u s v a l o r e s intrínsecos. E n l a h a U a d e
l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x x , B e n e d e t t o C r o c e elaboró u n a teoría r e -
finada s o b r e l a o b r a d e a r t e e i n t r o d u j o l a distinción e n t r e poesía y
l i t e r a t u r a ; l a p o e s í a sería e j e j n p l o d e o b r a a u t ó n o m a y d o t a d a d e v a l o r
estético a b s o l u t o , m i e n t r a s q u e l a l i t e r a t u r a s e r í a m u e s t r a d e d i s c u r s o
a m e n o , r e f i n a d o , q u e s e e x p r e s a s e g ú n l a s m e j o r e s r e g l a s d e l a retórica,
p e r o t e n d e n t e a o b j e t i v o s i n e v i t a b l e m e n t e p r t i c t i c o s (persuasión, e m o -
ción, c o m u n i c a c i ó n d e teorías y c o n c e p c i o n e s d e l m u n d o , e t c . ) .
C u a n d o l a t r a d i c i ó n crítica d e o r i e n t a c i ó n f o f m a U s t a (estilística,
e s t r u c t u r a l i s m o ) q u i s o sostener l a autonomía y l a especificidad d e l a
o b r a H t e r a r i a s o b r e l a b a s e d e e l e m e n t o s f o r m a l e s y lingüísticos, i d e ó e l
c o n c e p t o d e «literariedad» o «poeticidad» ( c o n s i d e r a d a s sinónimos),
rasgo p r o p i o e intrínseco d e l l e n g u a j e l i t e r a r i o o poético, abstrayén-
d o l o d e t o d a c i r c u n s t a n c i a biográfica, s o c i a l e ideológica, y e l e v á n d o l o
a l a e s f e r a d e l o s v a l o r e s estéticos p e r e n n e s . S e g ú n e s t a c o n c e p c i ó n ,
n o s e debería a t e n d e r a l o s t e x t o s poéticos p o r l o s m e n s a j e s m o r a l e s
o l a s a l u s i o n e s biográficas e históricas q u e p u d i e r a n c o n t e n e r , s i n o
p o r l a e s t r u c t u r a lingüística y estilística i n t e r n a q u e l o s t r a n s f o r m a e n
o b j e t o s d e v a l o r estético u n i v e r s a l .
L a f o r m u l a c i ó n clásica p e r t e n e c e a R e n e W e l l e k , u n c r í t i c o d e o r i -
g e n p r a g u e n s e q u e trabajó d u r a n t e m u c h o s ¡iños e n E s t a d o s U n i d o s .
E n «Naturaleza d e l a literatura», u n o d e l o s p r i m e r o s capítulos d e l
manual Teoría Uteraña, escrito c o n j u n t a m e n t e con Austin Warren,
c o m i e n z a p r e g u n t á n d o s e «¿Qué e s l i t e r a t u r a ? ¿ Q u é n o l o e s ? ¿Chjál e s
l a n a t u r a l e z a d e l a literatura?». T r a s h a b e r e s t a b l e c i d o u n a s e r i e d e c r i -
E L IMAGINARIO, LA LITERATURA Y LA LITERARIEDAD
teños p a r a d i s t i n g u i r l a d e o t r o s t i p o s d e d i s c u r s o ( u s o p a r t i c u l a r d e l a
l e n g u a , c a r á c t e r f a n t á s t i c o , f o r m a s d e r e p r e s e n t a c i ó n específicas y
a u s e n c i a d e fines p r á c t i c o s ) , s e p r e g u n t a s i l o s c o n c e p t o s s o b r e l a
e s e n c i a y l a función d e l a l i t e r a t u r a h a n c a m b i a d o a l o l a r g o d e l t i e m -
p o . Ésta e s l a r e s p u e s t a : -
L a l e c t u r a d e u n a h i s t o r i a d e la estética o d e L i poética d e j a l a impresión
d e q u e l a e s e n c i a y la función d e l a l i t e r a t u r a , e n c u a n t o c a b e e x p o n e r l a s
e n a m p l i o s términos c o n c e p t u a l e s g e n e r a l e s , p a r a c o m p a r a r l a s y c o n t r a s -
Culas c o n o t r o s q u e h a c e r e s y o t r o s v a l o r e s h u m a n o s , n o h a n c a j n b i a d o
ftindanientalmente.'
M á s a d e l a n t e , c u a n d o t r a t a p r o b l e m a s táti d e l i c a d o s c o m o l a v a l o -
ración ( q u e e s a n t e s q u e n : i d a valoración d e l o q u e e s o n o e s l i t e r a -
rio),afirma: .... ..,.,„ f , ^ , ..; • •
H a y q u e v a l o r a r , a p r e c i a r l a l i t e r a t u r a p o r s e r l o q u e es; h a y q v i c v a l o r a r l a ,
e v a l u a r l a e n función d e s u v a l o r l i t e r a r i o y s e g t i n e l g r a d o d e éste. [...] L o
q u e d e t e r m i n a q u e u n a o b r a d e a r t e sea o n o sea l i t e r a t u r a n o s o n los ele-
m e n t o s d e q u e c o n s t a , s i n o cómo s e c o m p o n e n éstos y c o n qué función,
[...] L a valoración d e l p o e m a e s l a e x p e r i e n c i a , l a t o m a d e c o n c i e n c i a d e
las c u a l i d a d e s y r e l a c i o n e s estéticamente v a l i o s a s q u e están e s t r u c t u r a l -
m e n t e presentes e n el p o e m a al alcance d e t o d o lector entendido.''
C o m p l e t a m e n t e distinta a la d e Wellek, e incluso contrapuesta, es l a
p o s i c i ó n d e T e r r y E a g l e t o n , crítico a n g l o i r l a i i d é s , p r o f e s o r e n O x f o r d
y a u t o r d t u n l i b r o q u e i n c l u y e e n s u título, a u n q u e n o s i n c i e r t a i r o -
n í a , l a e x p r e s i ó n « t e o r í a literaria»:
D e s d e m i p t m t o d e v i s t a r e s u l t a más útil c o n s i d e r a r l a «literatura» c o m o
u n n o m b r e que l agente d a d e vez e n vez y p o r diferentes r a z o n e i a cier-
tos e s o i t o s u b i c a d o s d e n t r o d e l c a m p o d e l o q u e M i c h c l F o u c a u l t d e n o -
minó «práctícas discursivas». S i a l g o v a a s e r o l ) j e t o d e e s t u d i o , e s m e j o r
q u e l o .sea t o d o e l c a m p o d e tas prácticas e n v e t d e únicamente e s a s q u e a
\s r e c i b e n e l n o m b r e o s c u r o d e «literatura». O p o n g o a l a s teorías
e x p u e s t a s e n e s t e l i b r o n o u n a teoría l i t e r a r i a s i n o u n a c l a s e d i f e r e n t e d e
d i s c u r s o —llámese «cultura», «prácticas significativas» o c u a l q u i e r o t r a
/ c o . s a — q u e incluiría l o s o b j e t o s («litcratuia») ele q u e u - a t a n e s a s oirás t e o -
,y rías, p e r o transformándolos a l c o l o c a r l o s e n u n c o n t e x t o más a m p l i o . '
M u c h o s o t r o s e s t u d i o s o s contemporáneos s e c u n d a n l a p o s t u r a
d e E a g l e t o n . Y s i n e m b a r g o , también están m u y d i f u n d i d a s las t o m a s
3
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS
d e posición e n ftivor d e l a l i t e r a t u r a c o m o m u n d o d e v a l o r e s e n sí m i s -
m o . D e m a n e r a q u e e n t i e ( o s teóricos d e l a l i t e r a t u r a a c t u a l e s p u e d e n
d e l i n e a r s e fácilmente d o s p u n t o s d e v i s t a c o n t r a p u e s t o s .
Q u i e n e s están e s p e c i a l m e n t e i n t e r e s a d o s e n d e f e n d e r l a a u t o n o -
mía d e l a e x p e r i e n c i a l i t e r a r i a y e n s e p a r a r l a d e o t r a s f o r m a s d e e x p r e -
sión y c o m u n i c a c i ó n h u m ; m a e s t á n c o n v e n c i d o s d e q u e :
1 ) L a l i t e r a t u r a p o s e e características específicas q u e l a d i s t i n g u e n
d e o t r a s f o r m a s d e d i s c u r s o y d e comunicación. A l g u n o s f o r m a l i s t a s
r u s o s , q u e s e c u e n t a n e n t r e l o s d e f e n s o r e s más c o h e r e n t e s y d e c i d i d o s
de l a especificidad d e llenguaje literario, i d e a r o n e l concepto d e li-
t e r a r i e d a d o p o e t i c i d a d p a r a s u b r a y a r e l carácter a u t ó n o m o y d i f e -
r e n c i a d o d e l d i s c u r s o l i t e r a r i o . U n o d e l o s rnás n o t a b l e s e n t i e e U o s ,
Román J a k o b s o n , e n u n b r e v e e n s a y o e s c r i t o d u r a n t e s u e s t a n c i a e n
P r a g a , n o s h a l e g a d o e s t a definición ( q u e r e p l a n t e ó después e n v a ^
rías o c a s i o n e s ) :
¿Cómo s e m a n i f i e s t a l a pocticidádP^La poetícidad está p r e s e n t e c u a n d o a
l a p a l a b r a se. l a s i e n t e c o m o t a l , y n o c o m o s i m p l e representación d e l o b -
j e t o n o m b r a d o , o c o m o liri d e s a h o g o d e las e m o c i o n e s , c u a n d o las pala-
b r a s y s u composición, s u jrigniíicado, s u f o r m a e x t e r i o r e i n t e r i o r a d q u i e -
r e n u n p e s o y u n v a l o r autónomo e n v e z d e r e f e r i r s e i n d i f e r e n t e m e n t e a
la realidad.'
2) L a l i t e r a t u r a s e d i s t i n g u e p o r c o m p l e t o d e l r e s t o d e f o r m a s d e
expresión. A s i m i s m o , e n e l i n t e r i o r m i s m o d e l a producción l i t e r a r i a
hay q u e mantener bien diferenciadas lasobras pertenecientes a l a
poesía, o l i t e r a t u r a v e r d a d e r a y p r o p i a ( a l t a l i t e r a t u r a ) , c a r a c t e r i z a d a
p o r u n a < : a l i d a d estética y u n o s v a l o r e s h u m a n o s y c o g n o s c i t i v o s e l e -
v a d o s , únicos e i n t r a d u c i b i e s , d e l a s f o r m a s i n f e r i o r e s d e expresión
literaria ( U t e r a t u r a d e masiis, d e c o n s u m o , p a r a l i t e r a t u r a ) , destinadas
a d a r respuesta a necesidades .superficiales y pasajeras, a lc o n s u m o d e
l o s e s t r a t o s d e público s i n preparación.
3) I A S o b r a s d e l a auténtica y g r a n l i t e r a t i i r a , a p e s a r d e h a b e r s i d o
c r e a d a s p o r a u t o r e s c o n c r e t o s y e n m o m e n t o s históricos d e U ; n n i n a -
dos, y hal>erse t r a n s m i t i d o o r i g i n a r i a m e n t e e n f o r m a s y m o d a l i d a d e s
p a r t i c u l a r e s (comunicación o r a l , códices m a n u s c r i t o s , i m p r e n t a ) , p o -
s e e n u n c a r á c t e r u n i v e r s a l ; s e a p a r t a n d e l a c o n t i n g e n c i a hisr.órica y
manifiestan valores e intereses h u m a n o s p e r m a n e n t e s y eternos. S o n
m o n u m e n t o s q u e p u e d e n hablar a todas lasgeneraciones futuras yser
a p r e c i a d o s p o r l a s s o c i e d a d e s más d i v e r s a s .
E L IMAGINARIO, l A LITERATURA Y LITERARIEDAD
Q u i e n e s tienden, p o re lcontrario, a p o n e r e n contacto la literatu-
r a c o n e l flujo g e n e r a l d e l a v i d a y d e l a h i s t o r i a y c o n o t r a s a c t i v i d a -
d e s h u m a n a s simbólicas y c o m u n i c a t i v a s , e s t á n c o n v e n c i d o s d e q u e :
1 ) L a l i t e r a t u r a t i e n e m u c h a s características e n c o m ú n c o n o t r a s
f o r m a s d e comunicación h u m a n a . E n p a r t i c v i l a r , e n c u a n t o a c t o d i s -
cursivo, comparte c o n otras formas d e disaarso (els i m p l e m e n t e co-
municativo, e le m o t i v o y expresivo, e l meditativo, e l persuasivo, etc.)
e l u s o d e u n a l e n g u a n a t u r a l y l a utilización d e a q u e l l o s a r t i f i c i o s y
figuras q u e y a e l m u n d o a n t i g u o h a d e s c r i t o y c l a s i f i c a d o e n Í:1 á m b i -
t o d e l arf« r e t ó r i c a .
2) L a l i t e r a t u r a e s u n a e n t r e m u c h a s m a n i f e s t a c i o n e s d e l i m a g i -
nario h u m a n o y posee afinidades c o notras formas y otros m o d o s d e
simbolización y t r a n s c r i p c i ó n c u l t u r a l d e l a r e a l i d a d . S e p r e s e n t a e n
m u c h a s y m u y d i v e r s a s a p a r i e n c i a s , altas y bajas, e l i t i s t a s y popúlales.
P u e d e s e r t r a d u c i d a y v e r t i d a e n códigos d i s t i n t o s a l d e l o r i g i n a l , u s a n -
d o o t r o s lenguajes, verbales o n o . L o s p r o d u c t o s literariosf o r m a n par-
te d e l ag r a n familia d e l o s productos culturales y d e l i m a g i n a r i o .
3) Líi a ü i b u c i ó n d e c a l i d a d h t e r a r i a y d e v a l o r p o é t i c o a u n a o b r a
es u n a c t o q u e d e p e n d e d e c o n c e p c i o n e s y a c t i t u d e s q u e c a m b i a n c o n
el transcurso d e lt i e m p o y e n lasdistintas situaciones sociales y c u l t u -
rales. L a historia ofrece abundantes ejemplos d e obras q u e diu-ante
l a r g o s p«;ríodos h a n s i d o c o n s i d e r a d a s c o m o p e r t e n e c i e n t e s a o t r o s
c a m p o s d e l a comunicación h u m a n a p a r a después, e n u n m o m e n t o
d e t e r m i n a d o y p o r razones históricas p r e c i s a s , p a s a r a f o r m a r p a r t e d e
l a l i t e r a t u r a . E l e j e m p l o más c l a m o r o s o n o s l o d a l a B i b l i a , { > e n s a d a
d u r a n t e t a n t o tiempo y p o r t a n t a s g e n e r a c i c m e s c o m o t e x t o «teológi-
co» y dejjósito d e v e r d a d l e ü g i o s a , p a r a d e s p u é s , e n e t a p a s d e crítica
h i s t ó r i c a y filológica, s e r c o n s i d e r a d o c o m o u n l i b r o h i s t ó r i c o q u e
contiene lasvicisitudes d e u n pueblo y l o s testimonios d e l avida d e
r e y e s , p r o f e t a s e i n c l u s o l a d e J e s u c r i s t o y s u s apóstoles; m á s r e c i e n t e -
m e n t e , s e l a h a c o n s i d e r a d o t m g r a n t e x t o l i t e r a r i o d e c r e a c i ó n {fic-
l i o n ) , c o n s u s características f o r m a l e s , s u s e s t r a t e g i a s r e p r e s e n t a t i v a s y
narrativas, sust r a m a s i n t e r n a s e intertextiiaies.
P o d r í a m o s ejeiüplificar l a s p o s i c i o n e s d e l o s q u e s o s t i e n e n l a r e l a -
tividad histórica d e l a e x p e r i e n c i a l i t e r a r i a y l a i m p o s i b i l i d a d d e s e p a -
r a r l a d e .sus v a l o r e s c o n d o s l i b r o s p u b l i c a d o s e n 1 9 9 2 : T h e M e a n i n g o f
lÁteratun ( ' E l s i g n i f i c a d o d e l a U t e r a t u r a ' ) , d e T i m o t h y J . R e i s s , y Las
r^as del arte. Génesis y estrv.ctura del campo üterario, d e PieiTe Bc>urdieu.
E l h e r m o s o libro d e Reiss, q u e es profesor d e literaturac o m p a r a d a e n
l a N e w Y o r k U n i v e r s i t y , tiene p o r o b j e t o d e m o s t r a r c ó m o l a c o n c c p -
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS
ción d e l a l i t e r a t u r a s o s t e n i d a p o r l o s teóricos d e i a época m o d e r n a ,
c o m o representación d e v a l o r e s y n e c e s i d a d e s p e r m a n e n t e s d e l h o m -
bre, n o existe hasta l a m o d e r n i d a d : es fruto d e u n arespuesta a l a
constiucción ( y fragmentación) i n d i v i d u a l d e l s u j e t o psicológico d e l
h o m b r e burgués y a l a construcción ( y fragmentación) i n d i v i d u a l
d e l s u j e t o c u l t u r a l y político d e l a nación m o d e r n a ; a s i m i s m o e s r e f l e -
j o d e l a aspiración nostálgica a l a t o t a l i d a d n u m i n o s a d e l a n a t u r a l e z a ,
a m e n a z a d a p o r d i c h a fragmentación. R e i s s n o h a d u d a d o e n s o s t e n e r
q u e a l o l a r g o d e ls i g l o x v i i t l a concepción d e l a l i t e r a t u r a c a m b i a
r a d i c a l m e n t e , a d q u i r i e n d o u n n u e v o s i g n i f i c a d o , u n a función s o c i a l
n u n c a a n t e s c o n c e b i d a , y organizándose c o m o insülución a p a r t e . H a -
b l a , refiriéndose a l s u r g i m i e n t o d e l c o n c e p t o d e l i t e r a t u r a e n e l s i -
g l o x v i i i , d e u n a legítima y p r o p i a «invención d e l a literatura». U n a
reconstrucción a t e n t a d e l a d i s p u t a homérica y d e l a s h a i c e s p e r i a n a e n
e l S e t e c i e n t o s y e l O c h o c i e n t o s ( p u e d e h a b l a r s e d e «invención» d e
d o s n u e v o s a u t o r e s ) l o l l e v a a m a n t e n e r u n a t e s i s q u e i n v i e r t e l a clá-
sica sobre e lv a l o r u n i v e r s a l d e l al i t e r a t u r a :
S i p e n s a m o s , como m u c h o s p i e n s a n , q u e l o s t e x t o s l i t e r a r i o s r e f l e j a n a l g u -
n a «verdad» fiindaracnud s o b r e l a condición h u m a n a , a l g u n o s principio»
e s e n c i a l e s d e u n a v i d a r e l e v a n t e ( c u y a p l e n i t u d p u e d e además r e c i b i r u n
i n c r e m e n t o u l t e r i o r y n o únicamente a l g u n o s s i g n i f i c a d o s s u b s i d i a r i o s ) ,
podríamos c o i L s i d e r a r a l a l i t e r a t u r a como sólo t o c a d a m a r g i n a l m e i i t e p o r
l a h i s t o r i a . P e r m a n e c e i n m u t a b l e e n e s e n c i a , a u n c u a n d o lo.^ g u s t o s , l o s
m o d o s d e p e n s a r y l a s c o s t i s m b r e s c o n l a s q u e l a s d i v e r s a s épocas históri-
cas a c o g e n c u a l q u i e r t e x t o p u e d a n r e c u b r i r l o con u n a e s p e c i e d e pátina
d e l p a s a d o , acumidación d e d e i f i m s d e l t i e m p o . Ésta e s l a opinión común
[ . . . ] . Según e l l a , e U e x t o l i t e r a r i o e s n u e s t r a conexión con l a h u m a n i d a d
d e t o d a época y l u g a r , y j a l i t e i a t u r a . desempeña s u s t a n c i a l i n c n i e eLaúsmo
cometí3o.T3 s e n t i d o común j u e g a a fa.vor cTe e s t a opinión. ¿Cómo s e p u e -
d e p e n s a r q u e c u a l q u i e r t e x t o s i n g u l a r — e l único p r o d u c t o artí.sti«x) más
o menoíi i n m u t a b l e , a p e s a r d e t o < i o — p u e d a e s t a r s u j e t o a u n c a m b i o
s e r i o ? Y a u n q u e s e a c e p t a . s e e s a modificación, ¿cómo ( y p o r qué) debería
p e r m a n e c e r d i s p o n i b l e p a r z i p e r s o n a s d e v a r i o s períodos y l u g a r e s ?
E n r e a l i d a d u n a ocupación así n o c a r e c e d e c o m p l i c a c i o n e s . Debería-
m o s , a n t e s q u e n a d a , limitarao» a . s e g u i r e l p r o c e s o d e l c a m b i o . U n p e z n o
es U D ave, y s i n e m b a r g o u t i paleontólogo p u e d e r e c o n s t r u i r e l p r o c e s o
según e l c u a l l o i m o «ha devenido» l o o t r o . U n dólar n o e s u n j j e n i q u e , y
n o o b s t a n t e u n h i s t o r i a d o r d e l a economía p u e d e e s t a r e n disposición d e
e x p l i c a r cómo uno h a l l e g a d o a t e n e r e l v a l o r d e l o t r o . A l g u i e n podría
. o b j e t a r q u e tales r e c o n s t r u c c i o n e s p r e c i s a n , c a b a l m e n t e , d e u n a serie d e
«constantes» n o s u j e t a s a c a m b i o : l a s características comuncjt d e u n a
líL IMAGINARIO, LA LITERATURA Y l A LITERARIEDAD
estructuü-a ósea, l o s d e t e r m i n a n t e s u n i v e r s a l e s d e l v a l o r m o n e t a r i o . N a d i e
d u d a d e q u e s e a así, p e r o esas c o n s t a n t e s s o n i d e n o t i c a b l e a sólo p o r q u e
c o n o c e m o s , o s o m o s capaces d e descubrir, su* estadios i n t e r m e d i o s , es
d e c i r , p c > r q u c l a s c o n c e b i m o s c o m o p r o c e s o s sujetos a viutadón, d e a u t o ^
transformación. E n e l ca.so d e l o s clásicos d e l a l i t e r a t u r a , l o q u e c a m b i a ,
n a t u r a l m e n t e , n o es e l texto ( e n cuanto objeto concreto), sino t o d o e l
a m b i e n t e q u e l o r o d e a . A p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u e e l t e x t o se p r o d u c e ,
e x i s t e únicamente c o m o c o n j u n t o c o m p l e j o d e s i g n i f i c a n t e s p a r a l o s q u e
l o r e c i b e n y , e n t a n t o q u e r a l , está s u j e t o a c a m b i o . S e p u e d e d e c i r d e
h e c h o q u e e s clásico a q u e l t e x t o q u e , e n t a n t o c j u e agrupación d e s i g n i f i -
c a n t e s , está e n disposición d e c a m b i a r y a d a p t a r s e a u n n n e v o a m l i i e n t e
socienoütural y e n v i r t u d d e s u r i q u e z a semántica h a c e s u r g i r nuevo» e s t r a -
tos d e scnudo.''
E l sociólogo francés P i e r r e B o u r d i e u , c o n e l o b j e t i v o d e c l a r a d a -
m e n t e polémico d e d e f i m i t a r e l «campo» d e l a l i t e r a t u r a , h a i n t e n t a -
d o ( d e m o d o análogo a R e i s s , p e r o a p a r t i r d e f u n d a m e n t o s d i f e r e n -
t e s ) r e c o n s t r u i r l a génesis histórica d e l a estética p u r a y d e l a s teorías
e s e n c i a K s t a . s u ontológicas d e l a l i t e r a t u r a , e s d e c i r , l a s q u e d e f i n e n l a
l i t e r a t u r a a p a r t i r d e s u s características i n t e r n a s , a p a r t i r d e l a p r e s e n -
cia d e l aliterariedad;
L a m i r a d a d e l a f i c i o n a d o a l a r t e d e l s i g l o x x e s p r o d u c t o d e l a tiistoría: e n
c u a n t o a lá fdogénesis, l a m i r a d a p u r a , c a p a z d e a p r e h e n d e r l a o b r a d e
a r t e c o m o e x i g e s e r a p r e h e n d i d a , e n sí m i s m a y para'sí m i s m a , c o m o f o r -
m a y n o c o m o función, e.s i n s e p a r a b l e d e l a aparición d e p r o d u c t o r e s . J ;
a n i m a d o s - p o r u n p r o p 6 . s i t o artístico p u r o , a s u V ' ^ i n d i s o l u b l e d e l a e m e r - ' 1 "
g e n c i a d e u n c a m p o artístico autónomo, c a p a z d e p l a n t e a r y d e i m p o n e r f ' ^ t V ' . . f
s u s p r o p i o s fines e n c o n t r a d e l a s d e m a n d a s c x i e m a s , e i n d i s o l u b l e t a m - ^ j •¿^„„ ¡¡^,
b i e n d e l a aparición c o r r e l a t i v a d e u n a población d e «aficionados» o d e
«entendidos», c a p a c e s d e a p l i c a r a l a s o b r a s p r o d u c i d a s d e e s t e m o d o l a f 5 3^ "
m i r a d a «pura» q u e d e m a n d a n ; e n c u a n t o a l a ontogénesis, l a m i r a d a , p u r a
va asociada a unas condiciones d e aprendizaje a l w o l u t a m e n t e singulares,
c o m o l a frecuentación p r e c o z d e l o s m u s e o s y l a exposición p r o l o n g a d a a
l a enseñanza e s c o l a r y s o b r e t o d o a l a schoUcomo o c i o , c o n la d i s t a n c i a res-
p e c t o a los r e q u e r i m i e n t o s y a las u r g e n c i a s d e la n e c e s i d a d q u e la m i r a d a
s u p o n e . \ j o q u e s i g n i f i c a , d i c h o s e a d e p a s o , q u e e l análisis d e e s e n c i a q u e
s i l e n c i a e s t a s c o n d i c i o n e s i n s r i m y e tácitamente c o m o n o r m a u n i v e r s a l d e
c u a l q u i e r práctica q u e s e p r e t e n d a estética l a s p r o p i e d a d e s p a r t i c u l a r e s
d e u n a experiencia que es el p r o d u c t o del privilegio.*
7
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS
Conclusiones provisionales
¿Qué c o n c l u s i o n e s p o d e m o s e x t r a e r d e a f i r m a c i o n e s y p o s t u r a s t a n
d i f e r e n t e s s o b r e l a n a t u r a l e z a y l a función d e l a l i t e r a t u r a ? P o d r í a m o s
acaso, y p r o v i s i o n a l m e n t e , a f i r m a r l o siguiente: todos aquellos q u e
h a n i n t e n t a d o rcspondtT, c o m o J e a n - P a u ! S a r t r c , a l a p r e g u n t a «¿qué
e s l a literatura?» o , c o m o L u c i a n o A n c e s c h i e n u n o d e s u s ú l t i m o s c u r -
s o s m i i v e r s i t a r i o s , a l a p r e g u n t a «¿qué e s l a p o e s í a ? » ; ' t o d o s a q u e l l o s
q u e h a n b u s c a d o d e f i n i r l a c u a l i d a d intiínseca d e l a üteratuia, l a l i t e -
r a r i e d a d o l a p o e t i c i d a d , se h a nv i s t o e n v u e l t o s , p o rl o q u e parece,
e n u n aserie d e contradicciones y enredos q u e parecen imposibles d e
deshacer. Aquellas q u e , e n particular, resultan m e n o s aceptadas hoy,
o e n c u a l q u i e r c a s o difíciles d e a c e p t a r , s o n l a s t e o i í a s d e l a l i t e r a t u r a
q u e s t basarTcxcTüsivainente, p a r a s o s t e n e r s u e s p e c i f i c i d a d , e n T s S "
jraalidíades i n t r í n s e c a s d e l l e n g u a j e íj^teráiw^^
T o m o e l e j e m p l o d e u n a teoría d e l a l i t e r a t u r a q u e podríamos d e -
n o m i n a r «ontológica» y q u e e s c o n s e g u r i d a d e x c e l e n t e y o b r a d e u n a
m e n t e d e p r i m e r o r d e n . E l e j e m p l o v i e n e d e u n o d e l o s teóricos m á s
s u t i l e s y polémicos d e l N e w C r i t i c i s m a m e r i c a n o : W i l l i a m K . W i m s a t t J r .
D u r a n t e u n «ejercicio d e lectura» s o b r e u n p»oema d e B l a k e — s o b r e e l
q u e v o l v e r e m o s más a d e l a n t e — ^ s e encontró e n c i e r t o m o m e n t o c o n
l a n e c e s i d a d d e enfrentíu^se a l a a n t i g u a d i s p u t a s o b r e l a s i m i l i t u d y l a
d i v e r g e n c i a e n t r e a r t e retórica y a r t e p o é t i c a (cuestión q u e s e t r a n s p a -
r e n t a b a e n e l b i n o m i o i n t r o d u c i d o p o r B e n e d e t t o C r o c e e n t r e poesía y
l i t e r a t u r a ) . E s t a b a c o n v e n c i d o , c o m o o t r o s t a n t o s críticos d e t e n d e n c i a
f o r m a l i s t a , d e l a a n a l o g í a e n t r e l i t e r a t u r a y r e t ó r i c a y, d e n u e v o , c o m o
t a n t o s o t r o s críticos m o d e r n o s , sostenía q u e l a l i t e r a t u r a ( y l a poesía e n
particular) n o e r ae n absoluto e l lenguaje sunple y sublime d e los dio-
ses, l o s l o c o s o l o s niños, s i n o q u e e r a p r o d u c t o d e u n t r a b a j e ) c o n s i c i e n -
t e s o b r e l a c a p a c i d a d d e significación d e l l e n g u a j e , a l g o q u e l a m b i é n s e
r e a ü z a a través d e l a s c u a l i d a d e s m i s m a s d e l a l e n g u a y s u disposición
formal. S i n embargo, cuando tuvo q u e tomar partido sobre l a diferen-
c i a e n t r e a r t e p o é t i c a y a r t e retórica, llegó a l a s i g u i e n t e f o r m u l a c i ó n :
E q u i v a l e prácticamenu; a i m a definición d e l a poesía d e c i r q u e m i e n t r a s
q u e l a retórica—en e l s e n t i d o d e s i m p l e a r t e d e l a persuasión o sofística—
es u n a e s p e c i e d e d i s c u i s o c u y o p o d e r d i s m i n u y e p a u l a t i n a m e n i e según s u s
a r t e s se v u e l v e n c o m p r e n s i b l e s y r e c o n o c i b l e s , l a poesía, a l c o n t r a r i o , e s u n
tipo d e discurso cuyo poder — o el placer q u e nos p r o d u c e — a u m e n t a a m e -
d i d a q u e c r e c e n u e s t r a comprensión d e s u s a r t i f i c i o s . E n poesía e l a r t i f i c i o
es a r t e , ' *
E L IMAGINARIO, LA LIIERATURA Y LA LITERARIEDAD
E l r a z o n a m i e n t o y l a distinción p u e d e n también s e r c o m p r e n s i -
bles, i n c l u s o e n e l e v i d e n t e d e s l i z a m i e n t o d e l discurso d e u n p l a n o
pragmático ( l a e x p e r i e n c i a q u e r e c i b e u n l e c t o r d e l p o d e r d e l o s a r t i -
ficios r e t ó r i c o s , e l p l a c e r q u e e x p e r i m e n t a ) a u n p l a n o d e f i n i t o r i o y
ontológico. P o n g a m o s q u e m e e n c u e n t r o a n t e u n c a r t e l p u l i l i c i t a r i o
e n e l q u e u n automóvil a p a r e c e r e p r e s e n t a d o c o n u n a d e s u s p u e r t a s
a b i e r t a y a l l a d o u n a m u j e r s e d u c t o r a s o n riéndome e invitándome a
s u b i i " . E,s p r o b a b l e q u e s i c o t n i e n z o a a n a l i z a r e l c a r t e l y m e d o y c u e n -
t a d e q u e s e está u t i l i z a n d o l a v i e j a figura r e t ó r i c a d e l a m e t á f o r a p a r a
c o n v e n c e r m e d e c o m p r a r u n automóvil y o n o m e d e j e engañar t a n
fácilmente: s i s o y u n a p e r s o n a c o n s e n t i d o c o m ú n y c o n u n m í n i m o
de defensas c o n t r a l a sociedad d e c o n s u m o , antes d e c o m p r a r u n
automóvil t e n g o l a obligación d e t o m a r fríamente d i s t a n c i a d e l a m a -
raña d e m i s d e s e o s eróticos, i n t e n t a n d o u t i l i z a r l a c a b e z a , h a c e r b i e n
m i s c u e n t a s y anaüzar l a s p r e s t a c i o n e s , l a f u n c i o n a l i d a d , además d e
l a s c u a l i d a d e s estéticas d e l o b j e t o q u e p r e t e n d o a d q u i r i r , c o n f r o n t á n -
d o l o c o no b j e t o s s i m i l a r e s q u e o f e r t a l a c o m p e t e n c i a y n o c o n las
m u j e r e s q u e m e gustaría c o n q u i s t a r . S i , p o r e l c o n t r a r i o , m e p o n g o a
a n a l i z a r ( c o m o h a r e m o s más a d e l a n t e e n e s t e l i b r o c o n a l g u n o s e j e m -
p l o s ) u n p o e m a , u n a n o v e l a o u n r e l a t o , e s p r o b a b l e q u e e l análisis d e
s u s a r t i f i c i o s f o r m a l e s a u m e n t e e n mí e l p l a c e r y l a a p r e c i a c i t i n d e l a s
c u a l i d a d e s intrínsecas d e l o b j e t o y e s p o . s i b l e q u e : e l r e c o n o c i m i e n t o
d e l a s figuras y d e l a s d i v e r s a s técnicas q u e l o t ^ r a c t e r i z a n m e a y u d e n
a captar l a r i q u e z a d e l o s significados a c u y o servicio o p e r a n tales figu-
r a s y técnicas.
D e s g r a c i a d a m e n t e , las cosas n o s o n t a n simples, n i p o rl o q u e se
r e f i e r e a l m e n s a j e p u b f i c i t a r i o , n i p o r l o q u e t o c a a l m e n s a j e poético:
e n a m b o s casos m e p a i e c e q u el o s efectos n o d e p e n d e n t a n t o d e las
c u a l i d a d e s i n t r í n s e c a s y lingüísticas d e l o s d o s m e n s a j e s , c o m o d e l a
totalidad m i s m a d e los contextos, d e lascondiciones ambientales e n
l a s q u e s e e m i t e e l m e n s a j e y d e l a disposición s u b j e t i v a d e q u i e n l o
recibe. H a ymuchas personas q u epueden experimentar tranquila-
m e n t e cierto placer a l ejercitar u n gusto selectivo Arente a los m e n -
sajes p u b l i c i t a r i o s , s i n s e n t i r c o n esto e l i m p u l s o d e c o m e n z a r a c o m -
p r a r intíicdiatamente l o s o b j e t o s q u e s e l e s p r e s e n t a n ( y l a s c o s a s s e
c o m p l i c a n más c u a n d o l o s m e n s a j e s p u b l i c i t a r i o s , c o m o l o s d e l a s
campañas d e B e n e t t o n , s e e n m a s c a r a n c o n m e n s a j e s ideológicos y
r e p r e s e n t a n p r o b l e m a s existendales o sociales, sinsabores d e l a vida,
i n j u s t i c i a s ) . E n e l c a s o d e j m e n s a j e poético, e s h a b i t u a l l a g r a n v a r i e -
dad d e preferencias y reacciones p o rparte d e quien recibe e mter-
9
 INTRODUCCIÓN A U)S ESTUDIOS LITERARIOS
p r e t a l o s t e x t o s : s e v a d e s d e l a predilección p o r l o s e l e m e n t o s c o g -
noscitivos, d e pensamiento o d e experiencias universales presentes e n
e l l o s , a l a m a y o r atención p o r l o s e l e m e n t o s c i r c u n s t a n c i a l e s d e l a
experiencia h u m a n a , incluso p o r losjuegos verbales q u e caracterizan
a c i e r t o s t e x t o s poéticos, l l e g a n d o a l a bústjueda d e e l e m e n t o s i n t e r -
n o s d e ttmsión s e n i á n t i c a { l o s u b l i m e , l a i r o n í a , l a p a r a d o j a ) , a l a a p r e -
ciación d e l a p e r f e c c i ó n f o r m a l , a l a c o m p l a c e n c i a p o r l a s c u a l i d a d e s
rítmicas, s o n o r a s , m u s i c a l e s d e l t e x t o .
L a definición q u e W i m s a t t o f i - e c e d e i a poesía, q u e p a r t e de u n a .si-
tuación práctica d e análisis, m e p a r e c e c l a r a m e n t e tautológica- ¿ C ó m o
p u e d o d i s t i n g u i r e n t r e a r t i f i c i o s retóricos y a r t i f i c i o s poéticos s i a m b o s
s o n , e n fin, «artificios»!' A l g u n o s h a n i n t e n t a d o r e s o l v e r e l d i l e m a r e f i -
riéndose a l p l a n o c u a n t i t a t i v o : l o s t e x t o s p o é t i c o s s o n a q u e l l o s e n l o s
q u e l a c a n t i d a d d e figuras ( o d e a r t i f i c i o s ) e s m a y o r q u e e n l o s t e x t o s
d e o t r o tipo; p e r o ¿ d ó n d e s e e n c u e n t r a e l límite e n t r e u n u s o m a y o r
o m e n o r d e figuras, y c ó m o j u z g a m o s a q u e l l o s t e x t o s ( p o r e j e m p l o ,
ciertos pioemas d e G o e t h e ) e n los q u el apresencia d e artificios pare-
c e , a l m e n o s e n a p a r i e n c i a , m u y r e d u c i d a ? O t r o s teóricos ( y , e n t r e
e l l o . s , t o < i a l a t r a d i c i ó n d e l f o r m a l i s m o y d e l a crítica e s t r u c t u r a l i s t a )
h a n s e ñ a l a d o l a p r e s e n c i a , e n l o s t e x t o s p o é t i c o s , d e u n «distíño» i m -
plícito, d e u n a p r o b a b l e r e l a c i ó n e s t r u c t u r a l e n t i e e l e m e n t o s f o r m a -
l e s ( s i g n i f i c a n t e ) y s e m á n t i c o s ( s i g n i f i c a d o ) , d e u n a p o s i b l e relación d e
e q u i v a l e n c i a y c o n t r a p o s i c i ó n e n t r e e s t o s e l e m e n t o s , de u n s e n t i d o
d e a r m o n í a s u p e r i o r o d e tensión i n t e r n a (ésta e r a l a t e s i s f u n d a -
mental de Wimsatt).
, E L QUIÉN, E L QUÉ, E L D Ó N D E , E L C U Á N D O , E L CÓMO
S, Y E L PORQUÉ D E L A L I T E R A T U R A
~ L a d i f i c u l t a d está, c r e o y o , e n e l h e c h o m i s m o d e i m p o n e r s e l a p r e -
g u n t a « ¿ q u é e s l a l i t e r a t u r a ? » . Así, B o r i s T o m a s h e v s k i , u n o d e l o s
e x p o n e n t e s más n o t a b l e s d e l f o r m a l i s m o r u s o , e s c r i b e e n 1925, r e s -
p o n d i e n d o a l a a c u s a c i ó n de q u e l o s f o r m a l i s t a s h a b í a n e v i t a d o l a
cuestión ontológica f u n d a m e n t a l d e l a l i t e r a t u r a , e s d e c i r , l a d e f i -
nición d e s u e s e n c i a : > j - , i < ,'<»,«, •.,,!<:«;iN:pi (.n <jf, ftjti'if
Responderé c o n lína comparación. E s p o s i b l e e s t u d i a r l a e l e c t r i c i d a d y, n o
o b s t a n t e , n o sat>er qué e s . V e n t o d o c a s o , qué . s e n t i d o t i e n e l a p r e g u n t a
«¿qué e s l a electricidad?». Y o responderé: «Es a q u e l l o q u e , c u a n d o s e
EL IMAGINARIO, LA LITERATURA V LA LITERARIEDAD
e n r o s c a u n a b o m b i l l a e n e l portalámparas, l a enciende». P a r a e s t u d i a r u n
fenómeno, n o t e n e m o s n e c e s i d a d d e u n a definición a p r i o r i d e l a e s e n c i a .
Únicamente e s i m p o r t a n t e r e c o n o c e r s u s m a n i f e s t a c i o n e s y s e r c o n s c i e n -
t e s d e s u s c o n e x i o n e s . E s ésto l a m a n e r a e n q u e l o s f o r m a l i s t a s e s t u d i a n l a
l i t e r a t u t a . C o n c i b e n l a poética p r e c i s a m e n t e c o m o u n a d i s c i p l i n a q u e
e s t u d i a i o s fenómencs d e l a m i s m a , y n o s u c s i e r i c i a . ' " '
T o d o s aquellos q u e h a n p r o p u e s t o sustituir l a p r e g u n t a s i n res-
p u e s t a «¿qué e s l a literatura?» p o r o t r a s d i s t i n t a s c o m o « ¿ d ó n d e s e
e n c u e n t r a l a l i t e r a t u r a ? » , « ¿ c ó m o s e h a c e l i t e r a t u r a ? » , «¿cuál e s e l
d o m i n i o literario?», «¿por q u é e x i s t e n t e x t o s q u e c o n s i d e r a m o s l i t e -
ratura?» y s i m i l a r e s , h a n t e n i d o e n c u e n t a e s t a d i f i c u l t a d .
L a ^poeticidad» de «El Infinitó» y del «Orlando furioso»
¿ D ó n d e s e h a l l a , p o r e j e m p l o , l a p e c u l i a r i d a d d e «El Infinito» d e
L e o p a r d i ? ¿En l a r e l a c i ó n d e e s t e t e x t o c o n l o s p e n s a m i e n t o s d e l
autor, o c o nlos hechos, f r e c u e n t e m e n t e dolorosos y frustrantes, d es u
v i d a ? ¿En e l e s p a c i o e n t r e e s t e t e x t o y e l r e s t o d e s u o b r a ( o t r o s d e s u s
p o e m a s , a l g u n o s f r a g m e n t o s f a m o s o s d e l '/ÁhaMone)7 ¿En e l e s p a c i o
e n t r e e s t e t e x t o y u n a a m p l i a p a r t e d e l a tradición poética i t a l i a n a y
n o i t a l i a n a ? ¿En l a s características i n t r í n s e c a s d e s u l e n g u a j e ? ¿En l a s
d i v e r s a s r e a c c i o n e s e i n t e r p r e t a c i o n e s y énfasis d e l e c t o r e s y críticos?
Más aún; ¿por qué l o c o n s i d e r a m o s u n a o b r a c u m b r e d e l a expresión
lírica? ¿En q u é c o n s i s t e s u p o e t i c i d a d : e n l a e s t r u c t u r a d e s u s i n t a x i s y
d e s u m e t r o , e n los sentimientos y e n lasideas q u e trae a escena, e n l a
d u l z u r a y p r o f u n d i d a d d e s u s s i g n i f i c a n t e s , e n l o s vínculos i n t e r n o s
e n t r e l a s p a l a b r a s , s u s s o n i d o s y s u s i g n i f i c a d o , e n l a estratificación d e
l a m e m o r i a histórica q u e c a d a p a l a b r a e m p l e a d a c o n t i e n e o e n l a s
a s o c i a c i o n e s contextúales q u e s e n o s s u g i e r e n ?
¿Y l a p o e t i c i d a d d e l O r l a n d o furioso, d e L u d o v i c o A r i o s t o , está a c a -
s o e n l a perfección f o r m a l , e n l a s u a v i d a d y p l e n i t u d y a r m o n í a d e s u s
c a n t o s y d e s u s o c t a v a s ( q u e a n t a ñ o l l a m a b a n «l'ottave d ' o r o » ) ? S i f u e -
s e así, l a s e n s i b i l i d a d d e l o s l e c t o r e s m o d e r n o . ^ s e e n c o n t r a r í a e n d i f i -
cultades, p o r nuestra renuencia a apasionarnos p o r su estilo siempre
«adecuado», p o r s u e s t r u c t u r a s i e m p r e «armoniosa», p o r s u p e r f e c -
c i ó n c a n ó n i c a y clásica, a e s t a s a l t u r a s e m b a l s a m a d a e i n a c c e s i b l e p a r a
n o s o t r o s . E l c a m i n o r e c o r r i d o p o r a l g u n o s de; s u s intérpretes, t a l e c -
t u r a q u e p o d e m o s t a l v e z d e f i n i r c o m o «platónica», b a s a d a e n l a i d e a
d e c o r r e s p o n d e n c i a s ( d el a armonía d e l a s i m p l e esb-ofa d e l p o e m a ,
•)•• • • ' i .... ... ,
i-. . - . 1 : . , • .... I) ' J - o ^ ••> ..
 INTKODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS UTERAKIOS
concebida c o m o u n verdadero microcosmos e n e l cual se refleja e l
m a c r o c o s m o s ) , n o parece llevarnos d e m a s i a d o lejos. P o r suerte para
A r i o s t o , y p a r a demostración d e l a m u l t i p l i c i d a d d e d i m e n s i o n e s d e
s u m u n d o l i t e r a r i o , p r e c i s a m e n t e l a i m a g e n d e s u perfección y a c a b a -
m i e n t o e s l a q u e h a s i d o c u e s t i o n a d a . L a crítica más r e c i e n t e , t r a s
h a b e r . s o m e t i d o s u o b r a a n u e v o s análisis, h a d e s c u b i e r t o l a v e r d a -
d e r a disarmonía y l a f u e r t e i n e s t a b i l i d a d d e f o n d o , recuperándola d e
e s t a m a n e r a p a r a e l g u s t o m o d e r n o ( t m h e c h o análogo h a s u c e d i d o
c o n M i l t o n y e l Poraüo perdido). U n a s e r i e d e características d e l a m i s -
m a , p u e s t a d e r e l i e v e p o r e l t r a b a j o d e filólogos, críticos e i n t é r p r e t e s
( e n t r e l o s q u e s e e n c u e n t r a n e s t u d i o s o s i t a l i a n o s , frarüceses, a l e m a n e s ,
n u m e r o s o s a m e r i c a n o s ) , h a c o n t r i b u i d o a d a r c u e r p o a esa disarmonía
e i n e s t a b i l i d a d d e l a o b r a : u n a constitución e n e l t i e m p o h e c h a d e
«:orrecciones, a ñ a d i d o s , r e v i s i o n e s ; u n a r e l a c i ó n b a s t a n t e e s t r e c h a , a
j j e s a r d e l a a p a r i e n c i a , c o n l o s a c o n t e c i m i e n t o s dramáticos d e ! p r i m e r
Ginquecento; l apresencia d e temas contradictorios, ambiguos, trans-
g r e s o r e s , b a j o u n a superfíicie a s i m p l e v i s t a p u l i d a ; u n a a g u d í s i m a
a u t o c o n c i e n c i a d e e s c r i t o r y l a c a p a c i d a d d e m e d i r s e c o n las t r a d i c i o
iies literarias: t o d o ello acerca a Ariosto a l a sensibilidad c o n t e m p o -
ránea, q u e podríamos l l a m a r p o s m o d e r n a .
Partiendo d e u n ejemplo c o m o e ld e Ariosto, y ante laextraordi-
n a r i a c a p a c i d a d q u e p o s e e s u o b r a m a e s t r a p a r a c o n t i n u a r hablándo-
u o s — t a m b i é n , a u n q u e d e m a n e r a d i s t i n t a , a l a s últimas g e n e r a c i o n e s
d e l e c t o r e s , e d u c a d o s e n e l g u s t o p o s r a o d e r n b — , podría a f i r m a r s e
q u e n o hay n i n g u n a , entre laspreguntas enumeradas, q u e posea e l
d e r e c h o d e c o n s i í l e r a r s e l a p r e g i r n t a «justa». A n t e s b i e n , u n a d e l a s
c : o n d i c i o n e s f u n d a m e n t a l e s p a r a a f r o n t a r d e m a n e r a n o dogmática e l
fenómeno m u l t i f o r m e d e l a l i t e r a t u r a y p a r a c o m p r e n d e r l a i m p o r -
t a n c i a q u e , r o d e a d a p o r t a n t a s c o n t r a d i c c i o n e s , tiene y c o n t i n ú a t e -
niendo e n nuestra vida y e n nuestra experiencia, es precisamente l a
- m u l t i p l i c i d a d y l a v a r i e d a d d e las p r e g u n t a s q u e p l a n t e a . . ,
M:, > GRANDEZAS Y MLSERIAS D E L A L I T E R A T U R A
T a l vez s e a c o n v e n i e n t e , llegados a este p u n t o , r e c o r d a r q u e e l a c o n -
tecer d e l a h t e r a m r a h a sido desde siempre contradictorio, h e c h o d e
g r a n d e z a s y m i s e r i a s , d e c o n o c i m i e n t o y mistificación. E n l o s m o m e n -
t o s más e l e v a d o s y t r i u n f a l e s , l a s o b r a s l i t e r a r i a s s e j i r e s e n t a n c o m o
u n a p r o f u n d a exploración c t ^ o s c i t i v á d e las t e n s i o n e s i n t e r n a s y d e
E L IMAGINA3UO, LA UTERATUR.\ LA LITEtlAlUEDAD
l a v a r i e d a d d e a s p e c t o s d e l a condición h u m a n a . Paradójicamente l a
b e l l e z a estética d e l o s t e x t o s s u e l e i r a c o m p a ñ a d a p o r e l d e s a g r a d o y
la c r u e l d a d anejos a l c o n o c i m i e n t o d e experiencias h t i m a n a s y d e
p e n s a m i e n t o t e n s a d o s h a s t a e l e x t r e m o , h a s t a l a alegría y e l d o l o r más
i n t e n s o s y t r a n s g r e s i v o s . E s t a combinación, c h o c a n t e e n o c a s i o n e s , d e
exaltación y moderación, tensión y armonía, a m a r g u r a y d u l z u r a , r i t -
m o fi-enético y s e r e n o , h a t e n i d o c o n f r e c u e n c i a e l d o b l e e f e c t o d e
e s t r e m e c e r y t u r b a r a l l e c t o r , p e r o t a m b i é n e l d e e x a l t a r e n él e l g u s t o
p o r l a v i d a o d u l c i f i c a r l a y r e c o n c i l i a r l o c o n sus d e r r o t a s y h e r i d a s .
lín l o s m o m e n t o s m e n o s e x u l t a n t e s , a m e n u d o d e s o m e t i m i e n t o a
las l a z o n a m i e n t o s m e n o s n o b l e s d e l h o m b r e , a s u n a r c i s i s m o y a u t o -
c o m p l a c e n c i a s e n t i m e n t a l , a s u s i n t e r v e n c i o n e s c o m o sostén d e d o c -
t r i n a s , i d e o l o g í a s (políticas, r e l i g i o s a s ) y d e l o s i n t e r e s e s m á s d i v e r s o s ,
l a l i t e r a t u r a p o n e a disposición s u s a r m a s ( b e l l e z a y seducción) p a r a
ejercitar s u capacidad persuasiva, suscitar e m o c i o n e s , i m p l a n t a r c o n -
v i c c i o n e s ideológicas y c a u s a r i n j e r e n c i a s d e p a r t i d o o ideológica-
m e n t e i n t e r e s a d a s . ¿Cuánta poesía d e l p a s a d o , cuántas n o v e l a s y p o e -
m a s m u y c e r c a n o s a n u e s t r a época h a ns i d o e s c r i t o s c o n e l s i m p l e
obje:to d e g l o r i f i c a r a los p o d e r o s o s , d e hacer p r o p a g a n d a d e este o
a q u e l r é g i m e n político, d e u n a u o t r a d o c t r i n a o ideología?
Puede suceder, naturalmente, que u n poeta c o m o Virgilio, reque-
r i d o p o r e n c a r g o d e l n u e v o r é g i m e n d e César A u g u s t o p a r a e s c r i b i r
u n a o b r a q u e c o n t r i b u y e s e a l a construcción d e t o d o u n i m a g i n a r i o
i m p e r i a l y a l a c r e a c i ó n d e u n a h i s t o r i a itálica e n c l a v e ú n i c a m e n t e
r o m a n a , s u p i e r a c o r r e s p o n d e r c o n u n a h i s t o r i a m u c h o más r i c a e n
tensiones i n t e r n a s y contradicciones d e l oq u e sussoKcitantes h u b i e -
r a n p o d i d o e s p e r a r , p r e s e n t a n d o a l a s víctimas y a l o s v e n c i d o s , a l o s
p u e b l o s itálicos y a l a s p o b l a c i o n e s c a m p e s i n a s d e l a s q u e él m i s m o
provenía, c o n l a s c u a f i d a d e s p o s i t i v a s d e l a d i g n i d a d o r g u l l o s a y d e l
respeto h u m a n o . Puede suceder q u eo t r o gran creador d e historias,
L u d o v i c o A r i o s t o , r e c l a m a d o p o r l o s señores d e l o s q u e dependía ( e n
p r i m e r l u g a r e l c a r d e n a l I p p o l i t o d'F.ste, después, t r a s u n v a n o i n t e n -
t o d e c o l o c a r s e e n l a c u r i a p a p a l , e l d u q u e A l f o n s o ) n o sólo p a r a s e r -
v i r l e s diplomáticamente e n u n a época b a s t a n t e t u r b u l e n t a d e l a h i s -
t o r i a d e I t a l i a , s i n o también p a r a e x a l t a r s u c a s a y genealogía c o n e l
g r a n p o e m a a ellos dedicado e incluso, e n u n epi.sodio, para sustentar
l a versión o f i c i a l y m a n i p u l a d a d e u n a c o n j u r a f a m i l i a r q u e d i v i d e
dramáticamente a t a f a m i l i a , l l e g a r a a t r a n s f o r m a r c o n u n a h a b i f i d a d
artística e x t r a o r d i n a r i a e s a l a b o r e n c o m i á s t i c a y . s e r v i l e n u n e s p l é n -
d i d o t a p i z ; y q u e después t o m a r a e n consideración t a n t a s e x p e r i e n -
 INTRODUCCIÓN A L O S líSTUDIOS L I T E R A R I O S
cías, aunque humillantes y desagradables, tanto ahondamiento en la
ijialdad humana y en los humanos apetitos, para dar cuerpo y sabidu-
ría a sus historias, todas proyectadas en mundos novelescos de crea-
ción, preñados todos de la realidad histórica de su é p o c a .
Puede también suceder, para dai" otro ejemplo, que ciertos relatos
iantásticos moderaos, que exploran los laberintos del horror y empu-
jan al lector a la experiencia del miedo y de la angustia, logren, pro-
bablemente porque esa experiencia se da en un espado de invención
rico y con muchos matices, tener gran potencialidad cognoscitiva, de
lixploración de los recovecos perturbadores del inconsciente. Pero
también existen otros relatos construidos con el ú n i c o objeto de ha-
cer experimentar un momento de terror, un escalofrío en la espalda,
un poco de piel de gallina, que pueden ser bastante más m e c á n i c o s e
inmediatos en sus efectos y resultar fácilmente desmontables.
f<Ij}ve Story» de Eñch Segal y u n a declaración de Umberto Eco
Es famosa, como ejemplo de denuncia de los mecanismos más bien
fáciles de la emotividad literaria, la declaración hecha en su momen-
to por Umberto E c o con respecto a la novela I j j v e Story ( 1 9 7 0 ) , de
Erich Segal, convertida en película ese mismo a ñ o pcn Arthur Hiller.
Haber l e í d o , o visto, una historia tan patética y conmovedora, dice
Eco, nos obliga a llorar, a nuestro pesar, mientras leemos el libro o
vemos la película: la exhortación a la q u í m i c a humana de los senti-
, miemos es irresistible. Acto seguido, sin embargo, en el momento de
la reflexión racional, nos avergonzamos de haber llorado. E n efecto,
el c ú m u l o de estereotipos culturales y narrativos en este texto es im-
presionante: está la chica joven y pobre, inteligente y simpática, de
origen extranjero, que conoce, en un coUegede lujo, a un chico rico,
de buena familia americana WASP (es decir, blanca, de ascendencia
anglosíyona y protestante). E l amor quiebra todas las barreras y lleva
a los dos j ó v e n e s , unidos por un anticonformismo casi exclusivamen-
te verbal y muy generacional, a unirse a pesar de la o p o s i c i ó n de la
familia de él; mas, de improviso, la e s p l é n d i d a y vitalista joven enfer-
ma de u n cáncer que la conduce r á p i d a m e n t e a una muerte dramáti-
ca y dolorosa, con lo que se resuelven, al mismo tiempo, los conflictos
entre la familia y la incompatibilidad de procedencia y cultura. E l uso
por parte del autor (un profesor de lenguas clásicas en una prestigio-
sa universidad americana) de un lenguaje aparentemente desenvuel-
to y transgresor, que reescribe delicadamente, domesticándola, la jerga
EL IMAGINARIO, LA LITERATURA YLA LITERARIEDAD
y los comportamientos de una generación estudiantil en revuelta, la
de los años sesenta, hace de este texto un ejemplo extraordinario de
las posibilidades que tiene la literatura de hacer aceptables, hasta el
empalago e incluso con derramamiento de alguna lágrima, las trage-
dias de la vida, los conflictos sociales y la lucha entre generaciones.
•' ' '-'^ Geofjrey H a r l m a n : l a p a . l a } ) r a como herida,,
l a p a l a b r a como bálsamo
P o d r í a m o s ahondar más en este discurso y, pasando del territorio de
nuestras experiencias al de la teoría literaria, mencionar que algunas
de las posiciones mantenidas por ciertos teóricos de la es<:uela crítica de
la d e c o n s t r u c c i ó n , que han centrado su discurso sobre el problema
de la doble naturaleza de la experiencia literaria, o incluso más sen-
cillamente, sobre la naturaleza del lenguaje, sostienen que la duplici-
dad es la característica intrínseca de toda escritura, pues la conside-
ran, a un mismo tiempo, cognoscitiva y mistificadora.
E l crítico americano Geoffrey Hartman, por ejemplo, en u n beUo
ensayo titulado Savingthe Text ('Salvar el texto'),'' ha elaborado la tesis
del desfase intrínseco (o hrisure) que existe entre realidad y lenguaje,
aplicándola a la literatura. E n la versión de Hartman, esta distancia se
ve como u n a herida provocada en la carne de la criatura biológica,
consciente y hablante, el hombre, con forma de llaga incurable, simi-
lar a aquella del rey Amfortas en el Pñrsifal L a palabra, la escritura, la
poesía: ¿son instrumentos para profundizar en la herida (¿hiere la pa-
labra?) , son bálsamos que la curan, o venenos perniciosos que ate-
n ú a n ú n i c a m e n t e e! dolor pero infectan ia conciencia? L a respuesta a
esta pregunta se encuentra en el ensayo del filósofo francés Jacques
Derrida «La tarmada de Platón».''' Hartman pasa revista a textos y opi-
niones de poetas (Shakespeare, Keats, Donne) que oscilan entre el po-
der de la palabra como herida y su poder como bálsamo, entre la
retórica de la maldición y la de la b e n d i c i ó n (esta última, en particu-
lar, como estrategia de construcción de la belleza cerrada y absoluta
del objeto estético):
¡Oh, cómo la condición humana es por enteio una condición verball La
ftmción medicinal de la literatura es la de convertir en palabras una heri-
da que la.s palabras han causado. Pero ú algo hemos aprendido sobre los
límites del poeta como hombre dé m<.'dicina, algo hemos aprendido tam-
bién sobre los límites de todas las expresiones verbales. La objetividad en
la lengua tiene siempre la forma del coro en las Euvúnides de Esquilo:
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS
• l O h v o s o t r a s , g r a n d e s , a m a b l e s Furias!»: I a neutralización o n n u s i c a l i z a -
ción d e l v i t u p e r i o , l a producción m i s m a d e ! d i s c u r s o p u e d e d e p e n d e r d e
l a v o l u n t a d d e desenmarañar b e n d i c i o n e s y m a l d i c i o n e s , d e s u p e r a r e n
astucia esta e t e r n a c o m p l e j i d a d . T o d o a q u e l l o q u e d e c i m o s d e b e i n t e n t a r
a l a r a las F u r i a s c o n las cadenas d e l a i n d u l g e n c i a . L a s flores d e i discurso,
c o m o B a u d c l a i r e h a h e c h o explícito ( p r e p a i a n d o e l t e r r e n o p a r a G c n e t ) ,
s o n también l a s f l o r e s d t I m a l . E s t a s f l o r e s , o f i g u r a s equívocas, c a r a c t e r i -
z a n e l u s o l i t e r a r i o d e l lenguaje. [...]
Las palabras s o n juegos: traicionan s u p i o p i a naturaleza compuesta o
c o m p o n i b l e ; n o s o n así d e s d e l a e t e r n i d a d , s i n o más b i e n c r e a c k s y a d u l -
t e r a d a s , d e generación equívoca, bellísimas e n s u corrupción.'*
LA INSTITUCIONALIZACrÓN D E L O S É i T U D I O S L I T E R A R I O S :
MÉTODOS, E S C U E I ^ S E INSTRUMENTOS D E TRABAJO
D e s d e e! m o m e n t o e n q u e l a l i t e r a t u r a h a o c u p a d o u n p u e s t o c e n t r a l
e n los proyectos educativos d e los estados nacionales m o d e r n o s y e n
los p r o g r a m a s d e las universidades m o d e r n a s , se l a h a o r g a n i z a d o
c o m o auténtica d i s c i p l i n a d e e s t u d i o , s e a b a j o l a f o r m a d e h i s t o r i a d e
la l i t e r a t u r a d e las tradiciones n a c i o n a l e s particulares, s e abajo l a for-
m a d e u n av e r d a d e r a c i e n c i a d e l a l i t e r a t u r a (Literaturvñssmschaft,
c o m o l a d e n o m i n a n l o s a l e m a n e s ) o t e o r í a d e l a l i t e r a t u r a {o filosofía
de l a l U e t a t u r a , estética de la U t e r a t u r a , poética), c o n t o d o s u a p a r a t o d i s -
cipünar d e cátedras y c i u s o s u n i v e r s i t a r i o s , m a n u a l e s o guías p a r a l o s
e s t u d i o s l i t e r a r i o s , m a n u a l J e s d e t e o r í a d e l a l i t e r a t u r a c o n tO(ío d e r e -
cho y propiedad, c o m o e l citado d e Rene Wellek y Austin W a r r e n ,
escuelas diversas p o r f o r m u l a c i o n e s y métodos d e e s t u d i o , rc/istas es-
pecializadas, asociaciones profesionales d e estudiosos d e l aliteratura,
d i c c i o n a r i o s y e n c i c l o p e d i a s l i t e r a r i a s y r e p e r t o r i o s bibhográficos.
Filología y crítica
U n o d e los grandes dilemas q u e h a recorrido toda la historia de los
e s t u d i o s l i t e r a r i o s i n s t i t u c i o n a l i z a d o s e n l a época m o d e r n a , g e n e r a n -
d o c o n t r o v e r s i a s , d e s a v e n e n c i a s e i n t e n t o s d e reconciliación, s e h a
p r o d u c i d o e n t r e e l e s t u d i o histórico y e l e s t u d i o estético d e l a l i t e r a -
t t u - a , e n t r e filología y críti.:a. L a p r i m e r a s e h a e m p e ñ a d o e n p r e s e r -
v a r e l t e x t o e n e l tiempo, e n r e c o n s t r u i r s u f o r m a o r i g i n a r i a c o r r i -
g i e n d o l o s e r r o r e s y l a s d e f o r m a c i o n e s d e b i d a s a s u transmisión, e n
E L n U A G I N A R I O , LA LITERATURA Y LA LITERARIEDAD
u b i c a r l o e n e l c o n t e x t o h i s t ó r i c o d e s u p r o d u c c i ó n (filología, cnítíca
t e x t u a l ) y en r e c u p e r a r l o m á x i m o p o s i b l e l o s s i g n i f i c a d o s o r i g i u a i i o s
(«filología d e l a p a l a b r a » ) , l a s e g u n d a s e h a e m p e ñ a d o e n d a r l e u n a
i n t e r p r e t a c i ó n y u n a valoración o «juicio crítico». L a d i s t a n c i a m;1is a m -
p l i a e n t r e e s t o s d o s tipos d e e s t u d i o , q u e p o r s u n a t u r a l e z a n o t e n d r í a n
p o r q u é s e r i n c o m p a t i b l e s , se: d i o e n l a é p o c a p o s i t i v i s t a , e n l a s ú l t i m a s
d é c a d a s d e l s i g l o x i x y l a s p r i m e r a s d e l x x , c u j i n d o l o s e s t u d i o s filoló-
g i c o s d e o r i g e n romántico s e t r a d u c e n e n ( p e r o también s e r e d u c e n a )
simples recolecciones d e datos, clasificaciones d e d o c u m e n t o s y m e t o -
dologías d e t r a b a j o s o b r e l o s t e x t o s . E s t o s e s t u d i o s h a n p r t x l u c i d o u n a
e n o r m e cantidad d e c o n o c i m i e n t o y h a n contribuido a amplias recons-
trucciones d e los hechos d e l pasado c o n grandes colecciones d e tex-
t o s y r e p e r t o r i o s útilísimos. I s i r e a c c i ó n c o n t r a l a e s c u e l a p o s i t i v i s t a s e
desarrolló e n l a p r i m e r a década d e l s i g l o p a s a d o c o n l a d e f e n s a d e l a
s u b j e t i v i d a d d e l j u i c i o d e v a l o r , d e l a autonomía d e l a interpretación
crítica, y l a a c u s a c i ó n , a l o s filólogos d e c u ñ o p o s i t i v i s t a , d e s e r s e m e -
jantes a los m u l o s q u eacarrean sobre sus espaldas u n apwsada carga
s i n t e n e r l a c a p a c i d a d d e d i s t i n g u i r s i ésta c o n s i s t e e n o b j e t o s p r e c i o -
sos o p o re l c o n t r a r i o se trata d e m a t e r i a l e s bastos e insignificantes.
E s a separación polémica s e h a r e p e t i d o m u c h a s v e c e s e n l a h i s t o -
ria: p o r e j e m p l o , e n e l e n f r c n t a m i e n t o q u e t u v o l u g a r e n I t a l i a e n t r e
l a crítica d e l a e s c u e l a h i s t ó r i c a y l a crítica c r e ) c i a n a ; o b i e n l a p u g n a
q u e s e p r o d u j o e n E s t a d o s U n i d o s , allá p o r l o s a ñ o s t r e i n t a , e n t r e l a
crítica s h a k e s p e r i a n a d e tipo filológictvhistórico t r a d i c i o n a l y l a críti-
c a i n n o v a d o r a , p r o m o v i d a p o r e l N e w Critieásm; o b i e n e n e l c h o q u e ,
e n l aFran<;ia d e los c o m i e n z o s d e l e s t r u c t u i a l i s m o , e n t r e los profeso-
res d e corte ti-adicional d e k S o r b o n a y l a n u e v a crítica p e r s o n i f i c a d a
e n R o l a n d Barthes.
E x i s t e , c o n t o d o , l a p o s i b i l i d a d d e u n a colaboración e q u i l i b r a d a
e n t r e filología y crítica, p o s i b i U d a d q u e h a s i d o s o s t e n i d a p o r e x p o -
nentes prestigiosos d e losestudios literarios (sirvan c o m o e j e m p l o , e n
e l p a n o r a m a italiano, l o strabajos d e G i o r g i o Pasquali o L a n f r a n c o
Carettí).'"* L o s d o s t é r m i n o s a p a r e c e n c o n f r e c u e n c i a u n i d o s e n l o s
títulos d e l a s r e v i s t a s , e n l o s s e m i n a r i o s d e t r a b a j o y e n l o s p r o g r a m a s
de los congresos. L a tendencia a andar cada t i n o p o r s u senda reapa-
r e c e c o n t i n u a m e n t e , y s e h a c e m u y m a r c a d a ( m e d i a n t e u n cont)CÍdo
m e c a n i s m o d e autodefensa) cada vez q u e los estudios literarios
e n t r a n e n u n período d e crisis.
O t r o g r a n c o n f l i c t o q u e h ar e c o r r i d o l ah i s t o r i a d e l o sestudios lite-
r a r i o s s e p r o d u c e e n t r e u n a c o n c e p c i ó n científica d e t a l e s e s t u d i o s
17
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS
y u n a concepción más empírica, pragmática, c o m o s i m p l e e j e r c i c i o d e
l e c t i u a , interpretación y valoración d e g u s t o . E n e l p a s a d o , e s t a c o n -
traposición s u p u s o e l e n f r c n t a m i e n t o e n t r e , p o r u n a p a r t e , l o s e s t u -
d i o s o s y l o s c r í d c o s d e l a l i t e r a t u r a d o t a d o s d e u n a d o c t r i n a estética y
u n m é t o d o d e t r a b a j o , d e u n a p o y o d i s c i p l i n a r y d e u n a {x>sición a c a -
démica, y , p o r o t r a , l o s e s t u d i o s o s y críticos más u n i d o s a l o s m o v i -
m i e n t o s l i t e r a r i o s contemporáneos, q u e preferían l a intervención m i -
l i t a n t t - , y a f u e r a e n e n s a y o s o e n periódicos, y o p e r a b a n s i n u n m é t o d o
sistemático.
L a teoría de la Uteratura
E n años más r e c i e n t e s , s o b r e t o d o e n E l s t a d o s U n i d o s , s e h a p r o d u c i d o
u n a i m p o r t a n t e expansión d e l a teoría d e l a l i t e r a t u r a c o m o u n c a m -
p o r e a l d e e s t u d i o y c o n d e r e c h o s p r o p i o s , c o n s u c o n j u n t o d e cáte-
d r a s , c u r s o s y r e v i s t a s , y l a a m b i c i ó n d e m o s t r a r s e n o sólo c o m o l u g a r d e
definición d e l o l i t e r a r i o y d e legitimación d e u n m é t o d o d e e s t u d i o ,
s i n o q u e e n a l g u n o s c a s o s h a l l e g a d o a p r o p o n e r s e c o m o teoría g e n e -
r a l d e l c o n o c i m i e n t o , a través d e l a c u a l e l l e n g u a j e H t e r a i i o s e h a p r e -
s e n t a d o c o m o m o d e l o e j e m p l a r d e t o d a f o r m a d e relación e n t r e l e n -
g u a j e y reaüdad. U n a m b i c i o s o p r o y e c t o — t a n t o más s o r p r e n d e n t e
c u a n t o m e n o r , m á s resü i n g i d o y p r e c a r i o s e hacía e l e s p a c i o r e s e r v a -
d o a l o s e s t u d i o s literaríos e n l a s n u e v a s u n i v e r s i d a d e s — q u e h a s u s c i -
t a d o a s u v e z u n a t e n d e n c i a c o n t r a r i a y t i n a s e r i e d e t o m a s d e posición
c o n s t a n t e s y polémicas. H o y e n día, p a r e c e n p r e v a l e c e r c o n t o d o s u
p e s o l a s p o s i c i o n e s d e q u i e n e s están e n c o n t r a d e l a teoría d e l a l i t e '
ratura e n sentido estricto ( s i nc o m p r o m e t e r s e necesariamente c o n
i m a «antiteoría d e l a literatura», p e r o e n t o d o c a s o d e c a n t á n d o s e a
fevor d e u n a p r a g m á t i c a d e l a l i t e r a t u r a ) .
E s l o q u e s u c e d e también e n o t r o s c a m p o s d e l s a b e r : b a s t a p e n s a r e n
l a s p o s i c i o n e s d e P a u l K . F e y e r a b e n d y s u C w i t r a el método,"^ e n relación
a l a filosofía d e l a c i e n c i a , o l a s d e E . P . T h o m p s o n e n t o r n o a l a c i e n c i a
m a r x i s c a , e x p u e s t a s e n M u e t i a de l a teoría. -Se h a d i f u n d i d o e n e x t r e m o
e l e s c e p t i c i s m o s o b r e c u a l q u i e r i n t e n t o d e «fiindamentalismo» t e ó r i c o
y se h a g e n e r a l i z a d o i n s i s t e n t e m e n t e e l r e t o r n o h a d a u n p r a g m a t i s m o
más o m e n o s c o n v e n c i d o . E s t e p r a g m a t i s m o s e h a c o n s i d e r a d o , a s u
vez, u n a f o r m a d e d i s c u r s o , c o n s u f u e r z a más o m e n o s d e c i d i d a m e n -
t e p e r s u a s i v a , c o n c a p a c i d a d d e c o n v e r t i r . s e e n interpretación d e l o s
t e x t o s l i t e r a r i o s , c o n d i s p o n i b i l i d a d p a r a e n t r a r e n c o n t a c t o dialógico
c o n o t r o s d i s c u r s o s teóricos s o b r e l a l i t e r a t u r a y l a i n t e r p r e t a c i ó n .
18
ELlMACINARtO, LITERATORA Y L \D
LA CRÍTICA, EX ANÁLISIS, L A INTERPRETACIÓN:
M U L T I P L I C A C I O N E S Y T E N D E N C I A A L A B S O L U T O D E L O S MÉTODOS
H i l t o r i a de l a crítica . ,
A m e d i d a q u e l a l i t e r a t u r a s e o r g a n i z a b a c o m o institución y c o m o
c u r s o y p r o g r a m a d e e s t u d i o s e n e s c u e l a s y u n i v e r s i d a d e s , también l a
crítica s e t r a n s f o r m a b a a s u v e z e n u n a a c t i v i d a d a u t ó n o m a , p r o f e -
s i o n a l , c o n s u s s e d e s p r i v Q e g i a d a s y s u s f o r m a s d e intervención ( d e l a
m o n o g r a f í a a l e n s a y o a n a l í t i c o , d e l e l o g i o crítico a l a crítica d e . s p i a -
d a d a ) . Y , e n e f e c t o , s e p u e d e h a c e r , y así s e h a h e c h o , .su h i s t o r i a p r e -
c i s a m e n t e b a j o l a f o r m a d e h i s t o r i a d e l a crítica l i t e r a r i a .
M i e n t r a s q u e d u r a n t e l o s s i g l o s x v i n y x i x l a a c t i v i d a d crítica s e
caracterizó p o r l a p r e s e n d a d e g r a n d e s personaüdades i n d i v i d u a l e s o
d e g r u p o s y m o v i m i e n t o s sujetos a principios generales y a concep-
c i o n e s d e l m u n d o y d e l a U t e r a t u r a ( l o s críticos r o m á n t i c o s , l o s d e l a
e s c u e l a p o s i t i v i s t a , l o sd e g u s t o s i m b o l i s t a y demás), a l o l a r g o d e l
s i g l o X X se h i z o c a d a v e z más e v i d e n t e l a t e n d e n c i a a a g r u p a r l a s e s -
c u e l a s y l o s m o v i m i e n t o s críticos a l r e d e d o r d e u n a m e t o d o l o g í a , a
i d e n t i f i c a r l o s , d i c h o d e o t r o m o d o , c o nu n méuxlo d e trabajo, q u e e r a
p r e . s e n t a d o , a d e m á s , come» i n s t r u m e n t o p r i v i l e g i a d o y a b s o l u t o p a r a
l a interpietación d e l o s t e x t o s .
' '"' Métodos y movimientos '
A l olargo d e lsiglo x x se h a asistido d e m a n e r a vertiginosa e n todos
l o s países a l f e n ó m e n o d e c o n s t i t u c i ó n y difiisión d e « m o v i m i e n t o s »
críticos q u e s e a s o m a n a n u e s t r o c a m p o d e t r a b a j o e n o l e a d a s s u c e s i -
vas, c a d a u n o c o n s u metodología, c o n u n a concepción p r o p i a d e l a
l i t e r a t u r a y c o n u n c a n o n p a r t i c u l a r . E n l a s p r i m e r a s décadas d e l a se-
g u n d a m i t a d d e ! siglo, p o r e j e m p l o , se h a n s u c e d i d o ( y e n t r e l a z a d o )
m o v i m i e n t o s a m e n u d o consistentes y c o m b a t i v o s , t a nb i e n caracteri-
z a d o s c o m o e l c r o c i a n o , e l sociqlógico-marxista, e l psicoanalítícp, e l
estilístico, e l d e l a e s c u e l a d e G i n e b r a , c o n e s t u d i o s o s d e l tiempo y d e
l a c o n c i e n c i a , e l e s t r u c t u r a l i s m o y l a s e m i ó t i c a , l a estética d e l a r e c e p -
ción, e l m o v i m i e n t o deconsüuccionista, e l p o s t e s t r t i c t u r a l i s m o , e t c .
A p a r t i r d e l o s años s e t e n t a , a l o s g r a n d e s c a m b i o s s u f r i d o s e n l a s o c i e -
dad d e lcapitalismo avanzado lesh a n correspondido a s uvez notables
m u t a c i o n e s e n l o s m o d o s d e h a c e r y p e n s a r l a crítica l i t e r a r i a . S e h a
t -. . . . . . ,,- ...
 INTRODUCCIÓN A LOS E S T U D I O S LITERARIOS
a s i s t i d o a u n a reconversión ideológica g e n e r a l d e m u c h a s e s c u e l a s e
i n d i v i d u o s , a l a r e c o n f i g u r a c i ó n d e g r a n c a n t i d a d d e a c t i v i d a d e s crí-
t i c a s y d e s u s p r i n c i p a l e s i n s p i r a d o r e s y a l a sustitución d e a l g u n o s d e
l o s c e n t r o s g e n e r a d o r e s d e m o d e l o s y d e b a t e s d e o r d e n crítico p o r
o t r o s c e n t r o s ( a g r a n d e s i - a s g o s , u n a fiierte oscilación d e l p é n d u l o d e
l a atención g e n e r a l d e s d e F r a n c i a a E s t a d o s U n i d o s y a A l e m a n i a ,
c o m o países e n l o s q u e s e p r o d u c e n h o y l o s m o d e l o s d e crítica H t e r a -
r i a más p r e s t i g i o s o s e i n f l u y e n t e s ) .
Se sabe q u e los textos q u eestuchamos f o r m a n parte d e u n tipo d e
comunicación p a r a l a q u e s o n i m p r e s c i n d i b l e s , según l a formulación
clásica d e R o m á n J a k o b s o n , a l m e n o s c h i c o e l e m e n t o s ; i ) e l «contex-
to» ( e l a m b i e n t e s o c i a l y l i t e r a r i o , e l c o n d i c i o n a m i e n t o d e l a s i d e o -
logías y d e l a s e x p e r i e n c i a s i n d i v i d u a l e s o c o l e c t i v a s , e l d e l a s «escue-
las» lití:rarias); 2 ) l a p r o d u c c i ó n d e l «texto» ( e l a u t o r , s u p o é t i c a , s u
«taller»); 3 ) l a c o n s t i t u c i ó n lingüística d e l t e x t o ( e l c ó d i g o , l a d i s p o s i -
ción i n i i e r n a d e l t e x t o y s u organización f o r m a l , s e a e n e l s e n t i d o más
e s t r i c t a m e n t e e s t r u c t u r a l i s t a d e s u estratificación fingüística, s e a e n e l
m á s d i f u s o , p r o p i o d e l a estilística histórica, d e l a a d h e r e n c i a o e l dese-
c a r t e a l a tradición y a l a v i d a d e l a s f o r m a s ) ; 4 ) l a recepción d e l t e x t o
( e l l e c t o r , e l público); 5) e l r e f e r e n t e d e l t e x t o ( t e m a s , c o n t e n i d o s p s i -
cológicos o s o c i a l e s , e l m u n d o r e p r e s e n t a d o , q u e e n o c a s i o n e s a p a -
r e c e d i f u m i n a d o y o t r a s v i v i d o y c o n c r e t o ) . Podríamos d e c i r q u e g r a n
p a r t e d<í l o s m é t o d o s a p a r e c i d o s e n e l s i g l o p a s a d o ( d e c a d a u n o d e e l l o s
h a b l a r e m o s m á s a d e l a n t e y e n s u l u g a r o p o r t u n o ) tiende a p r i v i l e g i a r
u n o o sólo a l g u n o s d e e s t o s e l e m e n t o s , a c o n c e n t r a r s e s o b r e éstos y
a f i n a r s u metodología s o b r e aquéllos. E n e l g r a n c a m b i o d e l o s años
sesenta y setenta, p o r e j e m p l o , se h a pasado d e privilegiar e l t e x t o a
p r i v i l e g i a r l a recepción, a d e s p l a z a r e l a c e n t o h a c i a e l m u n d o d e l l e c -
t o r y a s u a c t i v i d a d d e i n t e r p r e t a c i ó n y crítica d e ! t e x t o .
A l g t m o s d e l o s m é t o d o s m á s útiles y fructíferos t r a t a n d e «triangu-
lar», e s d e c i r , d e m u l t i p l i c a r l a s p e r s p e c t i v a s , t o m a r e n c u e n t a m á s
p u n t o s d e v i s t a y e n p a r t i c u l a r a q u e l l o s q u e , combinándose c o n o t r o s ,
l o g r e n adecuarse a l a c o m p l e j i d a d d e lo b j e t o d e estudio. N i n g u n o
l l e g a , c r e o , a s i t u a r s e e n u n a posición t a l q u e l e p e r m i t a h a c e r j u s t i c i a
a l a c o m p l e j i d a d e n t e r a d e l a c t o d e comunicación l i t e r a r i a . A l g u n o s
d i c e n q u e e l m é t o d o m á s útil e s e l q u e c o n e c t a a l t e x t o y a l p ú b U c o
q u e l o r e c i b e . O t i o s p r o p o n e n c o m o útil y p r o d u c t i v o e l m é t o d o q u e
t o m a e n consideración e l c o n t e x t o c u l t u r a l y l a s c u a l i d a d e s f o r m a l e s
d e l t e x t o . H a y u n p u n t o d e l i c a d o e n e s t o s d i s c u r s o s , q u e tiene m u c h o
q u e v e r c o n l o s p r o b l e m a s d e l a pragmática l i t e r a r i a y c o n l a c o n f r o n -
EL IMAGINARIO, L / i LITERATURA Y LA LITERARIEDAD
tación c u l t u r a l , l a divulgación y l a e n s e ñ a n z a . ¿Qité s e e n t i e n d e p o r
p r o d u c t i v o ? ¿ P r o d u c t i v o c o n r e s p e c t o a q u é ? ¿A n u e s t r a c a p a c i d a d d e
c o m p r e n d e r e l t e x t o ? ¿A u n p r o y e c t o c u l t u i a l y e d u c a t i v o d e i n t e r -
p r e t a c i ó n , familiarización y actualización d e l o s t e x t o s ?
E x i s t e n e s c u e l a s y m é t o d o s críticos q u e s e p r e s e n t a n c o m o r í g i d o s
y c e r r a d o s , q u e p r o c l a m a n l a o r t o d o x i a y d e n u n c i a n « e r r o r e s » y «des-
viaciones». U n g r a n crítico c o m o e l y a c i t a d o W i l l i a m K . W i m s a t t J r . ,
p o r e j e m p l o , denunció e n m u c h a s o c a s i o n e s e l d e f e c t o d e la inten-
l i o n a l faUacy ( f a l a c i a i n t e n c i o n a l ) e n l a crítica t r a d i c i o n a l , e s d e c i r , l a
t e n d e n c i a a e x t r a e r l a inter¡>retación d e u n t e x t o l i t e r a r i o d e l a s i n t e n -
ciones expresadas p o r e lautor e n d o c u m e n t o s externos a l aobra. S u
tesis c o n s i s t e e n a f i r m a r q u es i h u b i e r a h a b i d o c u a l q u i e r cosa d e i m -
p o r t a n c i a y o r i g i n a l e n l a s i n t e n c i o n e s d e l a u t o r y ésta s e d i e r a e n e l
t e x t o , s e p o d r í a h a l l a r e n él, e n s i i l e c t u r a , s i n t e n e r q u e d i r i g i r s e a l o s
a p u n t e s , a l a s c a r t a s y a o t r o s d o c u m e n t o s a<;erca d e l a génesis d e l a
o b r a ( l o s t e r r i t o r i o s d e l a crítica g e n é r i c a ) . Y s m e m b a r g o l a s o b j e -
ciones expresadas c o n respecto a lasideas d e W i m s a t t h a n resultado
r a z o n a b l e s . E n t r e l a s m á s lógicas e s t á l a q u e s e d e d u c e d e r a z o n e s
p r a g m á t i c a s : s i l a l e c t u r a d e l o s d o c u m e n t o s biográficos y d e l o s a p u n -
tes o p r i m e r a s versiones d e u n a o b r a m e a y u d a n a descartar, p o r e j e m -
p l o , i n t e r p r e t a c i o n e s q u e r a e h a ns i d o erróiieamente s u g e r i d a s p o r
elemento.s d e l t e x t o , n o se e n t i e n d e p o r qué n op u e d o v a l e r m e d e esta
ayuda; a u n q u e pudiera llegar a lm i s m o lugar p o r m i cuenta, releyen-
d o a t e n t a m e n t e e l t e x t o , e l o t r o c a m i n o e s c i e r t a m e n t e más b r e v e y
económico.
E x i s t e n a l g u n a s e s c u e l a s críticas q u e a p e s a r d e p r i v i l e g i a r u n a
posición p a r t e n d e e l l a e i n t e n t a n r e c o i i c i U a r s e c o n o t r a s p o s t u r a s .
M i e n t r a s q u e c i e r t a s o c i o l o g í a b a n a l , p o r e j e m p l o , está c o m p l e t a -
m e n t e c e n t r a d a e n e l público y s e l i m i t a a h a c e r estadísticas s o b r e
l o s s i s t e m a s d e difusión y d e l e c t u r a d e t e x t o s , e x i s t e n o t r o s m o d e l o s
sociológicos m á s r e f i n a d o s e i n t e l i g e n t e s , a t e n t o s t a m b i é n a l o s m e c a -
n i s m o s i n t e r n o s d e l a lectura, q u ese dicen: n o n o s interesa l a canti-
d a d , s i n o l a c a l i d a d d e l a l e c t i u a , i n t e n t e m o s «triangular» s o b r e e l t e x -
to y sobre sus mecanismos d e f u n c i o n a m i e n t o interno; p r o b e m o s a
i n t r o d u c h a u n a p e r s o n a r e a l , o a u n a clase l e t r a d a , tras e l m u e s t r a r i o
d e l e c t o r e s anónimos e i n t e n t e m o s e s t u d i a r l o s m e c a n i s m o s d e c o n -
t r a s t e e n t r e i n t e r p r e t a c i o n e s d i v e r s a s (crítica h e r m e n é u t i c a ) . H a y
t a m b i é n m é t o d o s c o m p l e t a m e n t e e n c e r r a d o s e n e l análisis lingüísti-
co d e l texto, e n sus funciones internas, e n losmecanismos formales y
e n el j u e g o infinito d e combinaciones verbales. A u n q u e llegados a u n
 INTRODUCCIÓN A LOS ESTUDIOS LITERARIOS E L IMAGINARIO, LA LITERATURA Y LA LITERARIEDAD

c i e r t o p u n t o p u e d e n c o m e n z a r a s a l i r d e s u m i s m a práctica a u t ó n o m a t u d i o s l i t e r a r i o s . P r e f i e r o e n t e n d e r l a invitación d e S e g r e c o m o u n a
y l i m i t a r e l j u e g o d e l a s c o m b i n a c i o n e s c o n e c t á n d o l a s c o n l o s ¡Droble- llamada a reflexionar a f o n d o sobre nuestro trabajo, a recuperar l a
mas h i s t ó r i c o s y c u l t u r a l e s d e l m o m e n t o d e l a p r o d u c c i ó n d e l t e x t o y e o n f r o n a c i ó n d e i d e a s y l a discusión crítica, a d e j a r p a s a r l a s m o d a s y
con s u c o n t e x t o c o n c r e t o . L a crisis d e l o s métodos p u e d e t r a n s f o r - r e v i v i r l o s g r a n d e s p r o b l e m a s y l o s g r a n d e s p r o y e c t o s , c o m o sucedía
m a r s e c o n p r o v e c h o e n u n a r e f l e x i ó n s o b r e e s o s mismos m é t o d o s . e n l o s m o m e n t o s más e x c e l s o s d e l a m o d e r n i d a d ; a c e p t a d o e l a m b i e n -
t e c u l t i i i a l e n q u e v i v i m o s a h o r a , q u i z á e x i s l a todavía e s p a c i o p a r a l o s
grandes proyectos.
i , : , , . ! . . 1 1 , - . Las modas críticas: hada el pluralismo
M e parece evidente, por ejemplo, que existe u n a necesidad impe-
E n c u a n t o a l a t e n d e n c i a a v o l v e r rígidos l o s m é t o d o s , a c o n v e r t i r l o s r i o s a d e m e d i r s e c o n l a m a r a ñ a d e l a s a c t u a l e s t e o r í a s lingüísticas, q u e
en a u t é n t i c a s i d e o l o g í a s , y a s u r á p i d a s u c e s i ó n e n e l t u m u l t u o s o a m - v a n m u c h o m á s allá d e l a fingüística e s t r u c t u r a l i s t a . C o m o i g u a l m e n -
b i e n t e d e l a s « m o d a s » críticas, c u a l q u i e r o b s e r v a d o r p u e d e p o n e r e n t e o p i n o q u e e s n e c e s a r i a u n a ampliación d e n u e s t r o s h o r i z o n t e s d e
r e l a c i ó n c a d a u n a d e l a s c o r r i e n t e s m e t o d o l ó g i c a s con u n m o m e n t o e s t u d i o , u n a confirontación m á s i n t e n s a e n t r e l o s e s t u d i o s d e p l a n t e a -
c o n c r e t o d e l a v i d a s o c i a l y d e l a forraación o d e l a disolución d e l a s m i e n t o nacional ( o regional) c o n los q u eresponden a planteamien-
ideologías. A a l g u n o s l e s h a p a i e c i d o p l a u s i b l e i n t e n t a r e s t a b l e c e r , t o s s u p r a n a c i o n a l e s , m u l t i c u l t x i r a l e s y multímediales e i n c l u s o u n a
p o r e j e m p l o , u n ac i e r t a conexión c a u s a l e n t r e e l s u r g i m i e n t o d e l a discusión s o b r e l o s c á n o n e s , s o b r e l o s p r o g r a m a s d e l o s c u r s o s e n l a s
i d e o l o g í a e s t r u c t u r a l i s t a y e l tipo de s < x : i c d a d i n d u s t r i a l a v a n z a d a q u é i m i v e r s i d a d e s y e n l a enseñanza m e d i a , s o b r e l o s m a n u a l e s , l a s a n t o -
s e e s t a b a a f i r m a n d o y e x t e n d i e n d o d u r a n t e ese m i s m o p e r í o d o e n logías y i a p r e p a r a c i ó n d e l o s p r o f e s o r e s y d e q u i e n e s h a c e n d e l a crí-
g r a n p a r t e de l o s países o c c i d e n t a l e s . A o t r o s l e s h a p a r e c i d o p o s i b l e tica s u c o m e t i d o .
v i n c u l a r l a difusión d e l m o v i m i e n t o d e c o n s t r u c c i o n i s t a c o n e l n o t a - Además d e l a a m p h a experimentación c o n l o s métodos, s e n e c e s i -
ble debilitamiento del prestigio d e l a literatura e n e lsistema educa- t a d e u n a v a l e r o s a ampliación d e las e x p e r i e n c i a s s o b r e e l p l a n o i n t e r -
tivo a m e r i c a n o y el encastillamiento d e sus partidarios e n sus cin- Imgüístico e i n t e r c u l t u r a l . E l p e r s p e c t i v i s m o y e l p l u r a l i s m o q u e p u e -
d a d e l a s académicas, a s e d i a d o s p o r l a s n u e v a s tecnologías y p o r l o s d a n r e s u l t a r d e e s t o n o e q u i v a l e n a l a confusión d e l o s l e n g u a j e s , l a
l e n g u a j e s informáticos y d e l a comunicación. ¿Pero p o d e m o s d a r c a s u a l i d a d d e los e n c u e n t r o s y l a s c o n e x i o n e s y l a s u m a d e métodos
e x p l i c a c i o n e s s i m i l a r e s p a r a l a s s u c e s i v a s c o r r i e n t e s teóricas i n s p i r a - críticos, . s i n o a l a c o n c i e n c i a d e l a estratificación y d e l a c o m p l e j i d a d
d a s p o r B a j t i n , p a r a l a estética de l a r e c e p c i ó n , e l n e o h i s t o r i c i s m o y d e l o b j e t o c u l t u r a l y H t e r a r i o , y a l a convicción d e q u e u n o s e p u e d e
d e m á s ? ¿ N o h a s u c e d i d o m á s b i e n q u e e l m u n d o de l o s m é t o d o s crí- a c e r c a r a él p a r t i e n d o d e p u n t o s d e v i s t a m u y d i v e r s o s , s i g u i e n d o u n
ticos s e h a üransforrnado e n u n g r a n s u p e r m e r c a d o , c o n s u s m o s t r a - p r o g r a m a que confronte ideas e interpretaciones.
d o r e s l l e n o s de p r o i j r a m a s b i e n c o n f e c c i o n a d o s y l i s t o s p a r a s u u s o :
• •.-lililí.'.f . .••>• 1 1 i ' •: .'J,i-• •><,'... .1 -..ii- •! .-"nía ijV , »
u n a p i z c a de B a j t i n p a r a e m p l e a r e n l a i n t e r p r e t a c i ó n d e u n t e x t o , u n
» . , ! ,. :¡:-;Í í.j «u . . . \Ci-ff.',;'' . < ' • • • tc-i" ••• <*'•'•• ><>*
p o c o d e F o u c a u l t o d e antropología c u l t u r a l a l a L o t i n a n p a r a e s t e
. . « * . f . ¡ > , >... •., / < • . ' . H - . ' U J I ' í • • • » 'Ai Cf
o t r o t e x t o , u n p o c o d e Riffatérre c o n G e n e t t e e s p o l v o r e a d o p o r e n c i -
>í '.i.n,.- :t' ..'••'!•, J M . d ü - iJ^y-'. i )ja¡>ifi<> 'j'í;'í?ift,i . f r
ma paia aquel otro?
1.1'(,-.;.'t ^ • nin.iHi-j 'i^.,my^•'píi\n.:'.^,^l•.
Cesare S e g r e sel a m e n t a d e q u e sean t a nescasos l o sestudios d e 1)1?. •, '^.ii ' III.f,ii . .'4i:,',:ru. ! í /; - !i . : . r.? H ; ' • ¡••»'|i.'.':
teoría d e l a l i t e r a t i i r a e n l a u n i v e r s i d a d i t a h a n a y p i d e u n e s f i i e r z o • • • i. i:!uri-< • rj, ''..••^u-f i ; • •..•n,y:] '-x
p a r a q u e s e e l a b o r e u n a m e j o r teoría d e l a comunicación, además d e ••1.1. i , l t . i : , 1.,'Mi.-'I.,, t i l •>•<•' 4.. :(<->•. js^yi. . . ir (íi
u n a a u t é n t i c a y l e g í t i m a estética ( r e t o m a n d o q u i z á e l t r a b a j o q u e h a - . i S / f , í i " . l í,.¿ "'-.y .' í.li-'- 'J', .; • " «-iC'i.jO ¡¡I**' .'"'l-'^ll ¡'
bía d e j a d o ,sin c o n c l u i r l a E s c u e l a d e P r a g a e n l o s años t r e i n t a ) . A u n - A 1 1,; ¡.:Í(1' ; • . 1 •• j • . Ti,;!;; - -.Í.,-. , .,^J:;iICl'?»J rr^i.^.í- í • , ! W

q u e t e n g o n o p o c a s d u d a s s o b r e l a p o s i b i l i d a d d e r e c u r r i r a teorías y
estéticas f u e r t e s , n o r m a t i v a s , p r e s c r i p d v a s y , m á s a ú n , a m e t o d o l o g í a s
': ' .'í •• p"' <'¡..!i .^•^i , . • :•• 'í'.. ••• j C ' • • - ' . ; ' < ' . ,
rígidas y a b s o l u t a s , l a p r o p u e s t a e s i n t e r e s a n t e p a r a r e r í t a h z a r l o s e s -
.-..vi' • !,.'•.!• / -.i . . . . .¡v;. í. ' i r j . . « » f | . > • ] ' •

• • •< i, • .• .•• í í • • • > • >• • • . i-j .- V •• . t f • '•• • '•>*>:»••.• <'•' \