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SATC – ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DA INDÚSTRIA CARBONIFERA DE

SANTA CATARINA
LUCAS TRAMONTIN GUAREZI
ROGÉRIO SALVARO JUNIOR

ANÁLISE METALOGRÁFICA

2012
RESUMO

Este artigo é baseado nas estruturas constituinte dos ferros, para


isso é necessário um estudo específico para obter o conhecimento sobre as
estruturas e os constituintes de um ferro. Para obter as informações
necessárias é dado inicio a analise metalográfica, onde através de um
microscópio é feito uma analise das fases e grãos que compõe os ferros-
carbono. E com comparação de estruturas já estudadas pode ser feito um
exame para chegar a uma conclusão de quais as propriedades que a amostra
possui e qual tipo ferro que é a amostra.
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Metalográfia é a ciência que estuda a morfologia e a estrutura dos


materiais. A preparação das amostras para análise metalográfica deve seguir
alguns procedimentos: corte, lixamento, polimento e ataque químico, para
posterior análise microscópica. A revelação das fases existenciais na amostra
revela características importantes, como: composição, tipo de tratamento
térmico sofrido, processo de conformação, etc.

2 INTRODUÇÃO

Segundo Colpaert o ferro existe na natureza geralmente sob a forma


de óxidos, nos minérios de ferro, dos quais sempre por meio de um forte
aquecimento em presença de coque e ou carvão de madeira, em fornos
adequados, nos quais o oxido é reduzido e o ferro resultante ligado ao carbono.
Forma-se assim uma liga de ferro e carbono.
A quantidade de carbono adicionado ao ferro é proporcional a sua
necessidade de empregabilidade, necessitando de um material mais duro ou
com maior resistência. Os ferros que nele foram adicionados carbonos podem
ser ditos como ferro-carbono, podendo variar seu teor de carbono entre 0,008%
e 6,74%. Quando apresentam entre 0,008% e 2,14% de carbono, são
chamado de aços. E quando o teor desse elemento está entre 2,14% e 6,74%
são ferros fundidos.
A análise metalográfica ajuda a determinar as propriedades e o
comportamento de uma peça metálica, esta pratica permite obter o
conhecimento das estruturas do material e seus constituintes. Podendo se
conhecer quais tipos de liga que o material estudado apresenta.
Este artigo é desenvolvido afim de que haja o conhecimento das
estruturas dos materiais. A partir de uma amostra metálica dada, no caso uma
amostra de um parafuso escareado com corte na, pode ser definido qual tipo
de liga esta apresenta e a forma que apresenta sua estrutura. Para ter o
conhecimento sobre a estrutura analisada foi preciso fazer uma serie de
procedimentos para poder-se chegar enfim a analisar microscopicamente a
estrutura.
2.1 Objetivo

O artigo apresenta como objetivo, através da análise metalográfica


quantitativa e qualitativa da amostra nos dada, onde após os procedimentos de
corte, embutimento, lixamento, polimento, ataque, será possível determinar o
material da amostra, quantidade de inclusões e velocidade de resfriamento.

3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Para se poder dar inicio a analise de um material é preciso alguns


procedimentos indispensáveis para a análise. Estes procedimentos estão
descritos a seguir.

3.1 Extração da amostra

É preciso escolher o material desejável para a análise, com o


material escolhido é necessário fazer a extração da amostra. Esta extração é
feita através do corte do material com uma policorte. O processo de corte
precisa ser intensamente lubrificado, para não haver deformações ao material
devido ao aquecimento.

Figura 01 – Policorte.
3.2 Embutimento da amostra

Com a amostra com o corte feito é necessário o embutimento da


mesma, o embutimento da amostra é necessário para os ensaios
metalográficos, pois facilita no manuseio. A amostra é geralmente colocada
através de uma prensa de embutimento com uma resina, sendo que a mais
utilizada é o baquelite.

Figura 02 - embutidora

3.3 Lixamento metalográfico

O lixamento metalográfico é feito em uma bancada de lixamento


onde a lixa é fixada, este procedimento é necessário para eliminar riscos e
marcas mais profundas da superfície. As amostra são lixadas com diferentes
granulometrias, indo da mais grossa até a mais fina. As lixas utilizadas são:
#220,#320,#400,#600 e #1200. Deve ser lixado sempre em um único sentido,
mas ao fazer trocar de lixa deve-se alternar o sentido em 90.
Figura 03 – bancada de lixamento
3.4 Polimento

O polimento visa um acabamento superficial isento de marcas e com


alta refletividade. Para o polimento utiliza-se politrizes mecânicas com panos
metalográfico. Necessário o uso de abrasivos durante o polimento, o abrasivo
utilizado é a pasta de diamante ou alumina. Deve-se fazer o polimento em
todas as direções. O procedimento começa utilizando a baixa rotação e
colocado abundantemente a alumina. Depois dos riscos da lixa 1200 sumirem
a rotação pode ser aumentada, feito o polimento até a amostra ficar espelhada.
Figura 04 – Politriz.

Depois do processo de polimento recomenda-se a limpeza do corpo


de prova. A limpeza é feita com água corrente com um chumaço de algodão e
imediatamente é passado um chumaço de algodão umedecido com álcool
etílico e também imediatamente é aplicado ar quente, através de um secador,
para a secagem. Este procedimento visa um acabamento superficial isento de
marcas.

3.5 Ataque da superfície preparada

A superfície da amostra polida reflete a luz de forma homogênea e


não ajuda na distinção dos micros constituintes de sua estrutura. Com isso
torna-se necessário atacar a superfície do metal com soluções reativas
apropriadas, permitindo então a identificação dos contornos de grão e as
diferentes fases na microestrutura. O produto para realizar o ataque é o Nital,
constituído de 100 ml de álcool etílico com 2 ml de acido nítrico. O produto é
despejado em um cuba de vidro onde a amostra é imersa na solução, ficando
por uma pequena quantidade de tempo.
3.6 Microscopia ótica

Para poder fazer a visualização da amostra através do microscópio é


necessário fixar a peça sobre uma lamina de vidro, a amostra é fixada com o
vidro através de uma massa e feita uma prensagem para uma melhor fixação.
A microscopia óptica é o momento onde será feita a determinação
das fases estruturais presentes e a constituição do material, através de um
microscópio óptico. Antes de fazer o ataque a peça já é necessário obter uma
visualização da peça para classificar as inclusões presentes na amostra.
Podendo usar as lentes de tamanho x, y, z, w. Depois do ataque é realizada
outra visualização com uma lente do tamanho B, para então ter o
conhecimento dos contornos de grão e das fases que compõe o metal.

Figura 05 – Microscópio óptico.

4 ANÁLISE E RESULTADOS

A partir de todos os procedimentos realizados pode-se começar a


retirar algumas conclusões sobre a amostra. Foram feitas dois tipos de analise
com o microscópio, uma antes do ataque químico e outra depois da amostra
passar pelo ataque químico. Após as observações feitas através do
microscópio foi realizada a comparação das estruturas com analises padrão
disponíveis em publicações de referencia para identificação metalográfica.
Abaixo segue os resultados obtidos e imagens retiradas da peça,
antes e depois do ataque químico. A amostra a seguir é retirada de um corte de
um parafuso fenda escareado.

Figura 06- estrutura de um parafuso escareado. Ataque: nítrico.

A peça antes do ataque químico revela as inclusões nela existente,


ou seja, as impurezas adicionadas ao ferro. A imagem abaixo mostra um aço,
nele sua inclusão é da classe D, que é do tipo oxido, globular, e do grupo 5
com a inclusão sendo da serie grossa, pois a amostra parece apresentar
grande quantidade de inclusões. A amostra apresenta alguns riscos deixados
devido a um mau processo de lixamento e polimento.
Figura 07 – Inclusão de classe D, grupo 5 (antes do ataque).

Figura 08 – Detalhe da rosca do parafuso (antes do ataque).

Depois do ataque químico com nital a imagem da amostra obtida ao


microscópio revelou novas informações, estas são os contornos de grãos.
Podendo assim identificar o tipo de estrutura que a amostra apresenta.
Figura 09 – Aço com grãos revelados. Ataque: nítrico.

Analisando a amostra, pode se supor que esta é um aço hipoeutetóide, ou seja,


apresenta menos de 0,76% de carbono no ferro.

Figura 10 – Aço hipoeutetóide.


Como visto a amostra pode se supor que é um aço hipoeutetóide, as
microestruturas consistem em grãos de ferrita e perlita. Onde a perlita é
representa pelas partes escuras e a ferrita a parte branca (clara). O teor de
carbono fica em torno de 0,3%, se a porcentagem de carbono existente for
abaixo de 0,3% caracteriza um aço de baixo carbono, onde possuem,
normalmente, baixa resistência mecânica e dureza e alta ductilidade e
tenacidade. Mas se apresentar acima de 0,3% este é considerado um aço de
médio carbono, onde possuem maior resistência e dureza e menor tenacidade
e ductilidade do que os aços de baixo carbono.
Esta amostra como já dita é de um parafuso escareado. Os filetes de
rosca feita nele apresentam ser produzidos por rolamento. Já a fenda presente
nele pode se supor que passou por um processo de fresagem.

Figura 11 – Detalhe da fenda do parafuso.

5 CONCLUSÕES

Com o fim de todos os processos da análise metálografica, conseguimos


através de pesquisa e em assuntos falados em sala de aula, a distinguir as
ligas de ferro-carbono, sendo eles aços e ferros fundidos e também à conhecer
o que compõe a estrutura deste ferro-carbono. Além de obter conhecimento em
todo o processo de analise de metais, que vai desde a extração da amostra
através do corte até a análise microscópica, passando pelo lixamento,
polimento e ataque químico.

Depois da analise em um microscópio eletrônico e retirado a imagens da


amostra podemos supor que se trata de um aço que apresenta um teor de
carbono em torno de 0,3%, podendo ser um aço de baixo carbono ou talvez de
médio carbono. Sendo ele um aço hipoeutetóide, que provavelmente foi
resfriado lentamente durante o processo de fabricação. Tendo sua estrutura
metalográfica composta por carbono na fase de perlita, sendo esta formada por
ferrita e cementita, e por apenas ferrita.

6 REFERÊNCIAS

ROHDE, Regis.Metalografia Preparação de amostras. Rio Grande do Sul,


outubro de 2010. Disponível em < >. Acesso em: 18 out. 2012
COLPAERT; Hubertus. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns, 3ª
Edição, Editora Edgarg Blücher Ltda, São Paulo – 1974.
Callister Jr., W.D. - Materials Science and Engineering, An Introduction, John
Wiley and Sons, New York, 1994.

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