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1.

INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda como tema uma bebida que se tornou comum no mundo
todo,principalmente em ocasiões de festas, reuniões, comemorações, dentre outros
eventos; essa bebida é o refrigerante.
Os refrigerantes é uma família de bebidas não-alcoólicas e não fermentadas, fabricadas
industrialmente à base de água mineral, açúcar ou edulcorante, extratos ou aroma
sintetizado de frutas ou outros vegetais e gás carbônico. Estão presentes em
confraternizações, festas, almoços e lanches por serem saborosos e refrescantes além de
serem fonte de energia.
Em 1676, em Paris, surgiram os primeiros refrigerantes a base de água, suco de limão e
açúcar. A mistura de água e gás foi inventada somente em 1772, mas a comercialização
se deu somente em 1830, exclusivamente para fins farmacêuticos, como por exemplo,no
auxílio da digestão.
O mais importante na fabricação de um refrigerante é a utilização de matérias-primas de
máxima qualidade. Contudo o saneamento também é importante para o processo de
industrialização, sendo fundamental a aplicação do regulamento técnico de
procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores.
1.1.OBJECTIVOS

1.1.1 Objectivo geral

Estudar o processo de produção de refrigerantes

1.1.2 Objectivos específicos


 Caracterizar o Refrigerante;
 Descrever a matéria-prima;
 Conhecer as etapas para a produção de Refrigerantes;
 Analisar as vantagens e desvantagens do consumo de Refrigerantes;
 Relatar a situação de consumo / produção de refrigerantes em Angola ou no mundo.
2. CLASSIFIÇÃO DOS REFRIGERANTES
Apesar da composição base ser o que distingue um refrigerante das restantes bebidas,
cabem nesta designação bebidas de composições diversas. Encontram-se estabelecidas
as seguintes denominações de refrigerantes:

 Refrigerante de sumo de frutos — o refrigerante, turvo ou límpido, resultante da


diluição em água de sumo ou polme de frutos, respetivos concentrados ou
desidratados, podendo conter aromatizantes naturais ou idênticos aos naturais.
Os teores de derivados de fruta adicionados (sumo ou polme) encontram-se
definidos nesta Portaria para diversos frutos.

 Refrigerante de polme — o refrigerante turvo resultante da diluição em água de


polme ou seus derivados, num teor mínimo de 2% (m/m) de partes comestíveis
dos frutos, podendo conter aromatizantes naturais ou idênticos aos naturais.
 Refrigerante de extratos vegetais — o refrigerante resultante da diluição em
água de extratos e aromatizantes, podendo eventualmente incluir sumo, polme
ou respetivos derivados e ainda outros ingredientes comestíveis de origem
vegetal.
 Refrigerante aromatizado — o refrigerante resultante da diluição em água de
aromatizantes. No caso de não conter açúcares nem edulcorantes, designar-se-á
por «água aromatizada».
 Água tónica — o refrigerante límpido, incolor e gaseificado contendo um teor de
quinino de 45 mg/L a 85 mg/L, expresso em hidrocloreto de quinino.
 Refrigerante de soda — o refrigerante límpido, incolor e gaseificado contendo
bicarbonato de sódio num teor mínimo de 0,3 g/L e dióxido de carbono num teor
mínimo de 6 g/L.
 Refrigerante adicionado de bebida alcoólica — o refrigerante resultante da
adição de uma bebida alcoólica a refrigerantes de extratos vegetais ou
aromatizados, com um teor máximo de etanol de 1% (v/v).
3.DESCRIÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA

A produção de refrigerante se modernizou muito com o passar do tempo, mas os


ingredientes principais ainda continuam os mesmos (água, CO2 (para a carbonatação),
açúcar cristal e sumo de fruta(s) (em caso de refrigerantes de fruta) ou extrato vegetal
(em caso de refrigerantes de cola)) e, além desses, hoje também se usa diversos aditivos
como conservantes (p.e., sorbato de potássio e benzoato de sódio), estabilizantes,
acidulantes, corantes, essências (guaraná, cola, limão, laranja, tutti-frutti), entre outros.

3.1. Água

A água destinada à produção de refrigerantes deve ser de excelente qualidade, pois no


refrigerante corresponde à cerca de 88% da bebida. A água de poço subterrâneo (do
lençol abaixo da camada rochosa) é a mais indicada para o uso no processamento de
refrigerantes porque a mesma deve apresentar as seguintes características:

• Baixa Alcalinidade: uma vez que carbonatos e bicarbonatos interagem com ácidos
orgânicos, como ascórbico e cítrico, presentes na formulação, alterando o sabor do
refrigerante, pois reduzem sua acidez e provocam perda de aroma;

• Sulfatos e cloretos: podem até auxiliar na definição do sabor do refrigerante, porém o


excesso é prejudicial, pois o gosto ficará demasiado acentuado;

• Cloro e fenóis: o cloro promove um sabor característico de remédio e provoca reações


de oxidação e despigmentação, alterando a cor original do refrigerante. Os fenóis
transferem seu sabor típico, principalmente quando combinado com o cloro
(clorofenóis);

• Metais: ferro, cobre e manganês aceleram reações de oxidação, degradando o


refrigerante;

• Padrões microbiológicos: a água deve ser límpida, inodora e livre de microrganismos.


Segundo Casarini (2011) as vantagens para a utilização de águas subterrâneas é que os
mananciais subterrâneos são naturalmente mais bem protegidos dos agentes poluidores
e a água captada quase sempre dispensa longos tratamentos.Como o ideal é que a água
seja declorada, pois o cloro modifica o sabor e nem muito dura, para não precipitar os
carbonatos o uso de água de poço subterrâneo é muito vantajoso. O perfil resumido de
um poço está exposto na Figura 2.

Figura 1: Perfil resumido de um poço.

Cada uma das partes do poço pode ser descrita da seguinte maneira:

• Laje de proteção: construída para evitar a entrada de contaminantes por infiltração


superficial, feita de concreto possui cerca de 1 m2 e 10 cm de espessura;

• Tubo de boca: possui comprimento de 1 a 6 metros, feito de aço, evita


desmoronamento das camadas superficiais;

• Cimentação para proteção sanitária: utilizada para impedir a infiltração de


contaminantes, pode ter de 2 a 10 metros de profundidade;

• Tubo de revestimento: feito de PVC geomecânico para resistir à pressão das rochas;
• Pré-filtro: feito de areia grossa, injetada entre a parede da rocha e a parede do tubo de
revestimento, para a livre circulação das águas das diferentes camadas de rocha, até
penetrar no poço pelos filtros;

• Tubulação de recalque: em canos galvanizados, canalização que sai da bomba e vai até
a boca do poço;

• Bomba submersa: elétrica, mono ou trifásica. Responsável pela retirada da água do


fundo do poço transportando-a até o reservatório, na superfície.

A água é armazenada em reservatório de aço inoxidável (fácil limpeza).


Mesmo tomando-se o cuidado de captar a água de um poço profundo deve-se realizar o
seu tratamento. Primeiramente é feita a cloração, para tornar a água potável, e
posteriormente faz-se a decloração, para remover o cloro residual.

3.2. Açúcar

O segundo ingrediente em quantidade com cerca de 11% (m/m), é o açúcar. Este


ingrediente confere o sabor adocicado, encorpa o produto, juntamente com o acidulante,
fixa e realça o paladar e é fornece energia. A sacarose é o açúcar normalmente usado.

Quanto ao armazenamento os seguintes cuidados devem ser tomados:

• Deverá ser armazenado em depósito a menos de 65% de umidade relativa do ar


porque a partir de 80% o açúcar começa a se dissolver;

• Quando empilhados em sacos, sobre estrados, estes deverão estar afastados das
paredes e tetos e protegidos contra roedores e insetos;

• As pilhas de sacos deverão ser remarcadas para garantir a rotatividade segura e


permanente do estoque;
• As embalagens danificadas devem ser separadas e analisadas.

3.3. Concentrados

Depois, acrescenta-se um concentrado que dá as características de sabor, cor e aroma.


São compostos por extratos, óleos essenciais e destilados de frutas e vegetais. Bebidas
com sabor de frutas, nesta fase podem receber uma quantidade de suco natural.

3.4. Aditivos
Um aditivo alimentar, no senso comum, é qualquer substância adicionada ao alimento.
Legalmente, entretanto, o termo significa “qualquer substância adicionada
propositalmente a um alimento com o objetivo de 16
alterar características deste”. Esta definição abrange qualquer composto usado na
produção, processo, embalagem, transporte ou estoque do alimento (REVISTA, 2003).

3.5. Acidulantes
Regulam a doçura do açúcar, realçam o paladar e baixam o pH da bebida, inibindo a
proliferação de microrganismos. Todos os refrigerantes possuem pH ácido (2,7 a 3,5 de
acordo com a bebida). Na escolha do acidulante o fator mais importante é a capacidade
de realçar o sabor em questão. Os acidulantes empregados na manufatura de
refrigerantes são:

• Ácido Cítrico: é o ácido mais utilizado, exceto na fabricação dos refrigerantes tipo
cola. As características relevantes deste acidulante são: alta solubilidade em água,
agente neutralizante do paladar doce, efeito acidificante sobre o sabor, amplamente
utilizado na indústria de bebidas e alimentos em geral. Deve-se observar que o
refrigerante de limão não é acidulado diretamente com o ácido cítrico, pois o suco de
limão contém ácido cítrico suficiente para acidificar o refrigerante de limão;

• Ácido Fosfórico: utilizado principalmente nos refrigerantes tipo cola, apresenta a


maior acidez dentre todos aqueles utilizados em bebidas. Uma solução de ácido
fosfórico a 25% é aproximadamente equivalente a outra de ácido cítrico a 50% na
produção de refrigerantes;
• Ácido tartárico: é um ácido orgânico natural encontrado principalmente em uvas e
tamarindo, por isso é utilizado principalmente nos refrigerantes de sabor de uva.

Os ácidos devem ser armazenados em recipientes de vidro, local seco e fresco, deve-se
tomar muito cuidado, pois os mesmos podem causar queimaduras.

3.6. Antioxidantes

Previnem a influência negativa do oxigênio na bebida. Aldeídos, ésteres e outros


componentes do sabor são susceptíveis a oxidações pelo oxigênio do ar durante a
estocagem. Luz solar e calor aceleram as oxidações. Por isso, os refrigerantes nunca
devem ser expostos ao sol. Os ácidos ascórbico e isoascórbico são muito usados para
essa finalidade .

Devem ser armazenados em local seco e fresco.

3.7. Corantes

O uso de corantes é comum para tornar a bebida visualmente mais atraente. Busca-se a
aproximação da cor da fruta que dá o sabor ao refrigerante. É permito o uso de certos
corantes naturais e alguns sintéticos idênticos aos naturais. Os corantes artificiais
(amarelo crepúsculo, vermelho bordeaux e azul brilhante) juntamente com o corante
caramelo são os mais utilizados em refrigerantes por causa da estabilidade e baixo custo
dos mesmos.

É permitido no máximo uma mistura de três corantes, onde a dosagem não pode ser
superior a 0,01% ou 10g de corante em 100 litros de refrigerante. Deve-se ficar atento,
pois a somatória da mistura dos corantes não pode ser superior a 0,01% .

3.8. Conservantes

Os refrigerantes estão sujeitos à deterioração causada por leveduras, mofos e bactérias


(microorganismos acidófilos ou ácido-tolerantes), provocando turvações e alterações no
sabor e odor. Para a escolha do conservante a ser usado, deve-se levar em conta as
características físico-químicas do mesmo, para ver se é compatível com a bebida. A
Legislação Brasileira estabelece como conservantes permitidos em refrigerantes os
seguintes :

• Benzoato de Sódio: comercializado na forma de pó ou de flocos. Considerado como


tendo maior atividade contra leveduras e bactérias. Os maiores efeitos inibidores são
alcançados em pH ácido. É mais barato quando comparado com outros conservantes;

• Sorbato de Potássio: bastante solúvel em água. Apresentam atividade contra bolores e


leveduras, mas é menos eficiente contra bactérias. Tem uma maior eficiência abaixo do
pH 6. Deve ser dissolvido na hora, pois se for dissolvido com muita antecedência pode
degradar-se. Para dissolver deve-se usar água morna e ácido tartárico;

• Anidro Sulfuroso: Só é permitida a adição do anidro sulfuroso em bebidas que


contenham o suco da fruta.

Os conservantes, de modo geral, devem ser armazenados sob refrigeração (até 10ºC)
porque são voláteis.

3.9. Edulcorantes

São usados nas bebidas de baixa caloria para conferir sabor doce em substituição à
sacarose. Estas bebidas seguem os padrões de identidade e qualidade das bebidas
correspondentes, com exceção do teor calórico

3.10. Aromatizantes

Nos refrigerantes o aroma tem papel decisivo na aceitação pelo consumidor. A


utilização dos aromas tem como objetivo melhorar, mascarar, reforçar e padronizar. O
aroma pode ser:

• Natural: quando extraído de frutas, ervas, especiarias, etc. por processos físicos
adequados;
• Natural reforçado: quando é adicionado ao aroma natural, aromatizantes encontrados
no aroma em questão para reforçá-lo em determinada nota;

• Natural reconstituído: trata-se de uma mistura de substâncias idênticas as naturais,


proporcionais aquelas encontradas na natureza;

• Natural composto: obtido através da mistura de vários produtos aromatizantes


naturais, sendo que esta nomenclatura é usada sempre que o produto não possuir sabor
e/ou odor definidos. Exemplo: aroma natural composto de guaraná, aroma natural
composto de cola;

• Artificial: trata-se da utilização de substância aromatizante sintética, inclusive aquelas


que não existem na natureza;

O consumidor tem buscado produtos industrializados que contenham aroma natural,


pois é comum o consumidor pensar que quando na embalagem está escrito
“aromatizado artificialmente” todo o alimento seja artificial.
Para cada consumidor existe uma dosagem perfeita de aromatizante, mas existe uma
média, na qual está a grande aceitação do consumidor. A dosagem ideal pode variar de
região para região.
O armazenamento dos aromas deve ser sob refrigeração (até 10ºC), porque tratam-se de
compostos voláteis.

3.11. Dióxido de Carbono (gás carbônico)

A carbonatação dá “vida” ao produto, realça o paladar e a aparência da bebida. Sua ação


refrescante está associada à solubilidade dos gases em líquidos, que diminui com o
aumento da temperatura. Quando dissolvido em água, o gás carbônico sofre hidrólise
formando ácido carbônico (ácido fraco) responsável por auxiliar na redução do pH e na
estabilidade microbiológica.

O armazenamento do CO2 a baixa pressão (25kgf/cm2) deve ser feito em grandes


recipientes controlados pelo frio (anticongelamento) para liquefazer o gás e armazenar
bastante CO2. A vantagem é um grande armazenamento de CO2 em espaço reduzido. A
23kgf/cm2 o CO2 deve estar armazenado a -18ºC.

3.12. Carvão Ativo

Carvão vegetal que tem área superficial incrivelmente grande (1g = 900 a 1200m2).
Pela sua alta capacidade de adsorção iônica (em virtude das cargas residuais) consegue
reagir com compostos tóxicos (partículas de cargas livres ficam no carvão ativado).
Deve ser armazenado longe de umidade, pois a mesma diminui o seu poder de adsorção.

O carvão ativo purifica o xarope adsorvendo impurezas responsáveis pela existência de


cor, sabor e turvação, nos seus poros microscópicos. Para uma filtração adequada é
preciso utilizar um carvão com uniformidade granulométrica e sem a presença de finos
ou poeira. A quantidade de carvão oscila entre 0,15% a 0,5% em função da qualidade do
açúcar.

3.13. Terra Diatomácea

Trata-se de um material fóssil, extraído do mar. É utilizado como agente filtrante de


partículas em suspensão. Por formar pó deve ser armazenada em sala separada. É muito
fina e se espalha facilmente.

A utilização de modernas práticas de produção permite a obtenção de partículas de


diatomita fragmentadas irregularmente e que se entrelaçam para formar uma torta de
filtração praticamente incompressível que é composta de 85 a 90% de espaços vazios
que permitem a passagem do líquido, mas que podem reter partículas menores que 0,5
mícron.
4.ETAPAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE REFRIGERANTES
A produção desse tipo de bebida passa por muitas fases. O cuidado com a qualidade é
essencial e, por isso, qualquer produto fora do especificado é jogado fora. Tudo começa
já com a água e o gás carbônico que serão utilizados. Ingredientes básicos, eles passam
por diversos tratamentos para garantir suas purezas. Com o mesmo objetivo, toda a
produção passa por diversas inspeções até o momento dos refrigerantes saírem da
fábrica para a distribuição. Conheça todos os passos desse processo abaixo.

O processo de produção do refrigerante pode ser dividido em três partes:

 O preparo do xarope simples;

 Obtenção do xarope composto;

 O processo de diluição, carbonatação e envasamento.

4.1 Produção do Xarope Simples

O xarope simples, também conhecido como calda base, é obtido através da diluição do
açúcar cristal em água quente (reduz o risco de contaminação microbiana), seguido de
cozimento a temperatura de 85-100ºC, de modo a retirar impurezas que possam gerar
problemas de odor e sabor no produto final. Esta calda é então filtrada usando-se como
elementosde clarificação e purificação o carvão ativado em pó e a terra diatomácea. Os
refrigerantes dietéticos recebem edulcorantes, em substituição do açúcar, no preparo do
xarope simples. O xarope simples é a base para a produção do xarope final.

4.1.1 Resfriamento

Após a separação da fração sólida do filtrado, o xarope simples é resfriado em trocador


de calor até uma temperatura aproximada de 20ºC .

O xarope deve ser resfriado porquemuitos aditivos utilizados não suportam altas
temperaturas. Além disso, elevadas temperaturas do xarope provocam certos problemas:
formação de espuma durante o envase; dificuldade de absorção de gás carbônico pela
bebida; inversão da sacarose e alteração no sabor do refrigerante.
4.1.3 Produção do Xarope Final

O xarope composto é o produto obtido da mistura de xarope simples com ingredientes


supracitados. É armazenado em tanques de ácido inoxidável, apropriado de forma a
fazer a perfeita homogeneização dos componentes e evitar a presença de ar .

No preparo, a adição dos componentes deve ocorrer de forma lenta, e a sequência


obedecida: xarope simples, conservante, acidulante, antioxidante, suco de fruta,
aromatizante, corante. Para a produção de refrigerantes diets devem ser tomados alguns
cuidados, como por exemplo, os tanques devem ser próprios, e os edulcorantes devem
ser guardados em locais exclusivos .

Ao ser preparado, uma amostra dever ser retirada, para verificar a relação ºBrix/acidez,
que deve ser constante para garantir o equilíbrio do sabor. Deve ser evitada a sobra de
xarope composto. Caso seja necessário preparar o xarope para o dia seguinte, deve-se
fazer a “pré-dosagem”, que é o xarope composto sem ácido ascórbico.

4.2. Diluição e Carbonatação

A diluição ocorre em um equipamento denominado Proporcionador, onde o xarope


composto é misturado com água declorada e desaerada gelada. Para refrigerantes com
açúcar, a diluição é controlada de acordo com o teor de sólidos solúveis na bebida final;
para os refrigerantes sem açúcar, o controle da diluição é feito de acordo com a acidez
da bebida final.

O gás carbônico é injetado na bebida pelo equipamento denominado Carbo-cooler até a


concentração desejada de gás, controlada por meio da pressão de gás e temperatura da
bebida final. A carbonatação ocorre com a bebida a baixa temperatura (3 a 10ºC), o que
facilita a dissolução do gás carbônico na mesma.

As capacidades destes dois equipamentos devem ser iguais à capacidade da enchedora,


tendo em vista que esses três equipamentos são acoplados em um sistema contínuo e
integrado, denominado linha de envase.

4.3,Envase

O envase do refrigerante deve ser realizado logo após a carbonatação, de modo a evitar
perdas de CO2.
O refrigerante é envasado em baixa temperatura (3 a 12ºC) e sob pressão para assegurar
uma elevada concentração de CO2 no produto.

Fluxograma Tecnológico da Produção de Refrigerantes

Na figura acima está exemplificado como pode ser um processo de produção de


refrigerantes. O desenho mostra um panorama geral da fábrica, especificando todo o
funcionamento interno da produção (figura.2).

Descrições da figura acima:

1 – Captação de água: geralmente faz-se a captação da água de poços, devido a este


tipo de água ser considerada de boa qualidade, o desenho ilustra um poço com uma
profundidade de 300 m;

2 – Filtração: para garantir a qualidade da água que será utilizada na produção, após a
mesma ser coletada passa por um processo de filtragem em super filtradores
constituídos por micróporos (com medida de 5 micras, sendo que 1 micra é equivalente
a 1 milímetro dividido em mil partes) que farão a retenção de sujidades;

3 – Xaroparia: local onde se prepara o xarope, e também pode ser chamado de


laboratório. Comumente é onde ocorre a mistura do açúcar com a formulação dos outros
aditivos (aroma, extracto e ácido cítrico por exemplo) e a água. A ilustração exemplifica
uma produção que mistura uma parte de xarope para cinco partes de água;

4 – Laboratório de controlo de qualidade: é o local onde as amostras dos produtos,


recolhidas diariamente, são analisadas para que se possa verificar os padrões de
qualidade e exigências cobradas por órgãos fiscalizadores;

5 – Sopradora: a matéria-prima das embalagens, chamada Politereftalato de Etileno


(PET), chega até a indústria em um tamanho padronizado que não é o formato desejável
para acondicionamento do refrigerante. Para transformá-lo em uma garrafa a mesma
passa pela sopradora que aquece o material, amolecendo-o, após isto o mesmo passa por
uma forma que irá moldá-lo no formato adequado. Por fim, o material moldado será
resfriado para que possa enrijecer e se tornar a embalagem final;

6 – Linha de envase: com os moldes das garrafas já soprados, as garrafas são


encaminhadas para lavagem, interna e externamente, com um jacto de água pressurizada
adicionada de cloro;

7 – Enchedora: esta etapa condiciona o enchimento das garrafas com a bebida


isobaricamente, ou seja, a uma pressão constante;

8 – Recravadora (rosqueadora): após a garrafa ser completamente preenchida com a


quantidade previamente determinada, este equipamento enrosca a tampa e aperta
fechando-a corretamente;

9 – Rotuladora: este é processo em que a garrafa recebe a identificação com a colagem


do rótulo, geralmente com uma cola a base de cera de abelha para que não ocorra
nenhuma interferência no sabor do refrigerante. A garrafa chega até o equipamento, a
mesma é girada para que o rótulo seja colado;

10 – Codificadora Ink Jet: o processo de produção está praticamente acabado,


passando por esse equipamento o conjunto (garrafa e tampa) recebe uma gravação
(impressora industrial), que especifica o lote (indicando o tanque de onde, exactamente,
saiu aquela bebida) e a data de validade na tampa da garrafa;

11 – Embaladora: finalizando o processo esta etapa agrupa as embalagens PET em seis


ou doze unidades. Inicialmente o conjunto de garrafas passa pela máquina e recebe um
plástico que as envolve previamente. Após isto, esse pré-pacote passa por um espaço
aquecido a 180ºC, em que o plástico irá encrespar e tornar-se rígido com o resfriamento
já no formato das embalagens, dessa forma lacrando adequadamente o conjunto de
PETs.

12 – Paleitilização: esta etapa final garante um transporte seguro ao produto final, pois
os pacotes formados são colocados em grades, e depois recebem outra camada de um
filme plástico para garantir que as embalagens não caiam durante o transporte.
5.PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS
REFRIGERANTES

O primeiro refrigerante era gelo. Ice tem sido usado desde que o homem descobriu o
fato de que a refrigeração mantém os alimentos preservados. A primeira aplicação de
um reservatório de refrigerante, foi quando William Cullen éter utilizado no século 18.
No entanto, grandes blocos de gelo feitos em fábricas ainda eram a principal fonte de
resfriamento até o início do século 19 viu o lançamento do advento dos frigoríficos
pessoais e aparelhos de ar condicionado.

Propriedades Físicas

As propriedades físicas do que faz um bom refrigerante são os seguintes: um


refrigerante deve ter um ponto de ebulição baixo, mas, se o ponto de ebulição está muito
baixo faz com que seja difícil de voltar a condensar. Um refrigerante a ferver em uma
ligeira diminuição na pressão, mas continua a ser fácil de condensar. Azoto seria um
refrigerante ideal excepto que ferve a -196 graus Celsius, o que é demasiado baixo para
aplicações domésticas. Quanto mais a temperatura de ebulição de um líquido à
temperatura desejada, o que é mais fácil de condensar. Isto é verdade, porque não há
uma relação direta entre a energia necessária para condensar e da diferença de
temperatura.

Dependendo da aplicação, um refrigerante bolhas entre 10 e 10 graus Celsius. Um


refrigerante ideal é não-tóxico, não-reativo e estável, como tudo isso é desejável em
aplicações domésticas. Deve ser estável, porque não pode cair sobre a vida normal de
um frigorífico e deve ser não-reactivo, para evitar explosões.

Hidrofluorcarbonos

Estes compostos são actualmente preferido para fins de refrigeração. Eles contêm
apenas hidrogénio, flúor e átomos de carbono. Na base de pressão, que tem um ponto de
ebulição baixo, que varia de acordo com a disposição particular dos átomos. O
problema atual é que, enquanto eles não contribuem para o esgotamento de ozônio,
HFCs são gases de efeito estufa e contribuem para o aquecimento global.
Propriedades Químicas

Quimicamente, pode-se definir um refrigerante como uma bebida fabricada


industrialmente, não alcoólica (não pode apresentar o etanol em sua formulação) e não
fermentada (não pode utilizar organismos vivos em seu preparo). Sua base de
composição deve ser água e açúcar, sendo que nessa mistura homogênea demais
componentes são adicionados, como aromas e gás carbônico.
6. VANTAGENS E DESVANTAGEM DO CONSUMO DE
REFRIGERANTES

Um refrigerante, uma vez ou outra, não faz mal. Mas beber refrigerante regularmente
aumenta a ingestão de calorias inúteis que pode causar excesso de peso. Essas bebidas
são prejudiciais para os dentes. O açúcar estimula o crescimento das bactérias
causadoras das cáries, e pode conter ácidos que danificam o esmalte dos dentes.

Os consumidores devem ler os rótulos cuidadosamente, para conhecer o real conteúdo


dos refrigerantes e das águas minerais. Refrigerantes de cola, por exemplo, contêm
grandes quantidades de fosfato, que atrapalham a absorção de cálcio. Crianças e
adolescentes que tomam refrigerante em vez de leite estão deixando de ingerir cálcio,
que é essencial para o desenvolvimento dos ossos. Alguns refrigerantes e águas
minerais também podem conter alto níveis de sódio. Quando uma criança toma uma lata
de refrigerante contendo 50 mg de cafeína, ela está ingerindo o equivalente ao que um
homem adulto consome em duas xícaras de café. Nos adultos, o excesso de cafeína pode
elevar a pressão arterial e provocar arritmia.

Além do impulso energético rápido da cafeína e do açúcar, a maioria dos refrigerantes


tem pouco ou nenhum valor nutricional. Uma garrafa pequena de refrigerante de cola
contém aproximadamente 100 calorias, já um refrigerante diet, adoçado artificialmente,
tem menos de 10 calorias, embora possa conter cafeína.

Vantagens no consumo de refrigerantes:

 Bebidas gaseificadas são refrescantes e podem ser uma rápida fonte de energia

 Beber ginger ale (bebida feita com gengibre) ou refrigerantes de cola pode
aliviar e fornecer energia para pessoas que não conseguem ingerir alimentos
sólidos

Desvantagens no consumo de refrigerantes:

 Contêm grandes quantidades de açúcar e de ácidos que engordam e provocam


cáries
 O alto teor de fósforo pode interferir com a absorvição de cálcio
 A cafeína pode causar problemas de saúde em adultos ou problemas de
comportamento e desenvolvimento em crianças.

Quando os pacientes não podem ingerir outros alimentos ou bebidas, pode-se recorrer
aos refrigerantes para obter energia durante o período em que estão doentes. Algumas
pessoas acreditam que beber ginger ale ou refrigerante de cola alivia a náusea associada
à enxaqueca e ao enjôo das mulheres grávidas.

Não se deixe enganar por bebidas com sabor de fruta. Ao ler os rótulos, descobre-se que
bebidas com sabor de fruta sem gás contém menos de 10% do suco de fruta e altas
quantidades de adoçantes e de corantes.

Consumidos com moderação, os refrigerantes podem não ser prejudiciais. O perigo está
em tomar em grandes quantidades com frequência, pois os refrigerantes matam a fome e
substituem os nutrientes essenciais da alimentação. Crianças que abusam de bebidas
açucaradas um pouco antes ou durante as refeições podem perder o apetite e deixar de
comer alimentos saudáveis e nutritivos.

Bebidas saudáveis

Pode-se preparar bebidas saudáveis e econômicas em casa, misturando água gasosa com
frutas frescas picadas, ou com polpas e xaropes de frutas vendidos em lojas naturais ou
supermercados.

Evidências médicas da relação entre refrigerantes e obesidade

Um estudo norte-americano publicado no periódico médico The Lancet sugere que


beber um refrigerante por dia aumenta em 60% as chances de uma criança se tornar
obesa. O estudo, do Children’s Hospital em Boston, Massachussets, acompanhou 548
crianças de 11 e 12 anos durante dois anos. Os pesquisadores descobriram que para cada
lata ou copo de refrigerante que as crianças beberam neste período, seu índice de massa
corporal aumentou e houve um aumento de 60% em suas chances de se tornarem
obesas. Isso foi comprovado, independentemente da massa corporal inicial, da
alimentação, dos hábitos de assistir tv e das atividades físicas. Uma possível explicação
para essa relação pode ser o fato de que embora as pessoas tendam a comer menos
durante uma refeição se tiverem consumido calorias em excesso na refeição anterior,
isso não acontece se o excesso for proveniente de refrigerantes. É improvável que uma
criança coma menos para compensar calorias extras do refrigerante. O resultado geral
seria que a ingestão de calorias consumidas é maior que as calorias queimadas.

A relação entre refrigerantes e alimentos

Uma das razões para a relação entre refrigerantes e obesidade pode ser o fato de que
muitas vezes são consumidos em fast-food gordurosos. O açúcar presente nos
refrigerantes ativa o pâncreas a produzir insulina, mas a insulina também manda o
organismo armazenar gordura. Portanto, quando o pâncreas recebe os efeitos do
refrigerante, chegam o hambúrguer e a batata frita, e como o corpo tem mais insulina do
que precisa para a refeição, armazena gordura em vez de queimá-la.
7. IMPACTO AMBIENTAL ASSOCIADO A PRODUÇÃO DE
REFRIGERANTES

Os efluentes da produção de refrigerantes são geralmente oriundos de etapas de


lavagem, seja dos vasilhames, equipamentos ou da própria instalação. Soma-se ainda
contribuições de carga provenientes de lotes defeituosos e desperdícios, como por
exemplo, derramamentos de produto.

Estes efluentes têm como principais características: o pH alcalino, devido às soluções


de limpeza utilizadas, e a elevada carga orgânica,devida ao açúcar do xarope e alguns
extratos vegetais empregados na formulação.

O aumento da pressão pela conservação ambiental, a maior rigidez da legislação e o


engajamento dos consumidores a práticas sustentáveis têm levado as empresas a
reverem suas estratégias de produção industrial. À medida que essas preocupações
aumentam, as organizações voltam suas atenções para os potenciais impactos que suas
atividades, produtos e serviços causam ao meio ambiente. Assim como em outros
setores, a indústria de bebidas não é exceção.

Principalmente por conta da necessidade de freqüentes operações de limpeza, seja de


equipamentos, pisos ou garrafas, a indústria de bebidas gera quantidades significativas
de efluentes.

A característica principal do impacto ambiental gerado na produção do refrigerante é a


elevada carga orgânica (devido à uti lização de açúcar e extrato de frutas ou vegetais na
formulação), a presença de sólidos em suspensão nos efluentes e a geração de resíduos
das embalagens.O residual pós-consumo é o que desperta maior atenção, mais
especificamente as garrafas PET (Poli Tereftalato d e Etileno) que, apesar de serem
totalmente recicláveis, encontram-se problemas em sua destinação e coleta.
8. Refrigerantes no Mundo e em Angola

O mercado global de refrigerantes cresceu 3,3% em volume em 2014, segundo estudo


da consultoria Euromonitor International. A receita com vendas avançou mais de 6% na
comparação com o ano anterior e totalizou US$ 867,4 bilhões, apoiada na melhora de
perspectiva em mercados importantes, como o Brasil.

Os americanos são os maiores consumidores de refrigerantes do mundo — tanto em


valor quanto em volumes — mas chineses, brasileiros e mexicanos estão diminuindo a
diferença com o primeiro colodado,
Em termos geográficos, as regiões da Ásia-Pacífico e da África e Oriente Médio
registraram a maior expansão de volume consumido da bebida em 2014, com altas de
6,9% e 8,7%, respectivamente. Os dois mercados tendem a continuar conduzindo o
aumento de volumes, mas são necessários investimentos significativos em países como
Índia, Nigéria e Indonésia,
Os maiores fabricantes de refrigerante enfrentam dois importantes desafios globais —
trazer expansão significativa de valor nos maiores mercados desenvolvidos e investir na
capacidade de distribuição em países com potencial futu ro”, disse Michael Schaefer,
diretor de pesquisa sobre bebidas da Euromonitor.

O levantamento mostra também a mudança no paladar do consumidor. Energéticos e


água engarrafada lideraram a expansão de consumo em 2014, com altas de 9,8% e
6,1%, nesta ordem. Há mais preocupação com o conteúdo de açúcar, o preço e os
sabores artificiais e, portanto, cresce a demanda por opções mais saudáveis
A produção de refrigerantes no Brasil cresceu 0,99% em 2014, para 15,74 bilhões de
litros, segundo levantamento preliminar feito pelo Sistema de Controle de Produção de
Bebidas (Sicobe) da Receita Federal.

Se existe um país no mundo que tem problemas com refrigerantes é os Estados Unidos.
A sede dos EUA por refrigerantes é tão grande que representantes da saúde pública
querem criar taxas para o produto e o Estado de Nova York quer limitar a quantidade
servida.

Os EUA são de longe os maiores fanáticos por refrigerantes de cola no mundo. Ao


longo de um ano, os americanos compram em média o número impressionante de 170
litros de refrigerante. Isto é 16% a mais do que consomem o segundo maior consumidor
de refrigerante do mundo: o México.

Claro que, onde o refrigerante não é uma bebida popular, as pessoas saciam a sede com
outras bebidas, como chá, suco e cerveja
9. Conclusão

O refrigerante é um exemplo de como a química está inserida em nosso cotidiano, não


apenas no que diz respeito à preparação desse produto, mas também no controle.

O processo de fabricação de refrigerante é dividido basicamente em três etapas. Na


primeira é produzido o xarope simples e na segunda o xarope composto, por fim a
bebida é carbonatada, formando o refrigerante propriamente dito.

O refrigerante, como visto neste trabalho, pode ser feito por meio de vários processos e
é responsabilidade do engenheiro químico escolher o processo que maximiza o lucro e
com melhores taxas de qualidade. Esse engenheiro também é responsável pela
manutenção dos equipamentos utilizados na produção desse produto.

Verificou-se, também, neste trabalho, que o controle da qualidade da bebida é


importante, para que essa possua todas as características organolépticas desejadas.
10. Bibliografia

Read more: http://www.engquimicasantossp.com.br/2013/07/producao-de-


refrigerantes.html#ixzz4lToJ9q8E
Read more: http://www.engquimicasantossp.com.br/2013/07/producao-de-
refrigerantes.html#ixzz4lTqZiVn6

https://pt.wikipedia.org/wiki/Refrigerante

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXNUAJ/aspectos-gerais-sobre-
a-fabricacao-refrigerante

http://cafe-matutino.info/ciencia-e-natureza/as-propriedades-fisicas-dos-
fluidos-refrigerantes.php

http://www.valor.com.br/empresas/3858050/mercado-global-de-refrigerantes-cresce-33-
em-2014-diz-euromonitor

https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/881624/mod_resource/content/1/Ante
projeto_Ind__Refrigerantes.pdf
11. Anexos

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