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MANAUS
2015
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA
Trabalho de Conclusão de
Curso II apresentado ao Curso
de Graduação em Engenharia
Civil do Centro Universitário
Luterano de Manaus – CEULM-
ULBRA, como parte dos
requisitos para obtenção do
grau de Bacharel em
Engenharia Civil.
MANAUS
2015
AGRADECIMENTOS
Este trabalho não estaria concluído sem nele expressar meus mais sinceros
agradecimentos aqueles que tanto contribuíram no decorrer desta caminhada.
À Deus, por me permitir o dom da vida. Obrigado pela sabedoria que me
deste, paciência, discernimento e principalmente perseverança para enfrentar os
caminhos tortuosos da vida.
À minha família, em especial meus Pais, que tanto contribuíram com meus
estudos, a minha Mãe Vera Lúcia por sempre me incentivar e sempre dizer “que
tudo daria certo”. Ao meu Pai Francisco das Chagas, por não deixar de acreditar em
mim quando eu mesma estava desacreditada.
À meu namorado José Picanço, obrigado pelo apoio, paciência e ajuda nos
momentos difíceis da elaboração desta pesquisa e obrigado pela companhia ao
longo da caminhada acadêmica.
O plástico é um dos materiais que mais causam impactos ao meio ambiente, demora
cerca de 100 anos para se decompor, gerando um grande volume deste resíduo nos
lixões, aterros sanitários, igarapés entre outros. O setor da construção civil é um dos
maiores geradores de resíduos sólidos podendo chegar a cerca de 3.000
kg/hab.ano, sendo também o que mais consome recursos naturais, portanto é
necessário que a construção civil, procure minimizar os impactos gerados ao meio
ambiente. Partindo desta perspectiva, muitos estudos vêm sendo realizados para
reaproveitar os resíduos descartados por este setor, associando materiais
convencionais com resíduos industriais e urbanos. Um dos materiais utilizado nestas
pesquisas são as embalagens pós-consumo de Polietileno (PP) e Polipropileno de
Baixa Densidade (PEBD), que estão presentes na composição do lixo urbano. Esse
trabalho visa apontar uma nova perspectiva de utilização desse material, propondo a
substituição total da areia natural, por material granulado oriundo principalmente de
sacolas plásticas, objetivando a produção de placas cimentícias a base de polímero.
No presente estudo, foram realizados ensaios laboratoriais com substituição total do
agregado natural areia por PP e PEBD afim de suportar as resistências mínimas
exigidas pela Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 15.498 (ABNT, 2007), onde
foram realizados ensaios de compressão axial em CP’s cilíndricos para determinar a
eficiência dos traços proposto e resistência a tração na flexão para as placas
cimentícias, exigência da NBR 15.498 (ABNT, 2007). Foi possível concluir que a
aplicabilidade da placa a base de polímero é viável e atende as exigências da NBR
15.498 (ABNT, 2007). Outra opção de aplicabilidade, está na argamassa, na
confecção de bloco de vedação que de acordo com a NBR 15270-3 (ABNT, 2005) a
resistência mínima deve ser 1,5 MPa para bloco de vedação com furo na horizontal
e 3 MPa com furo na vertical, resistência essa atingida nos ensaios laboratoriais.
Plastic is one of the materials that cause most environmental impacts, it takes about
100 years to decompose, generating a large volume of waste in dumps, landfills,
streams among others. The construction sector is one of the largest waste
generators may reach about 3,000 kg / hab.ano also being uses the most natural
resources, therefore it is necessary for the construction, try to minimize the impacts
to the environment . From this perspective, many studies have been conducted to
reuse waste discarded by this sector, both conventional materials for industrial and
municipal waste. One of the materials used in these studies are polyethylene post-
consumer packaging (PP) Polypropylene and low density (LDPE), which are present
in the composition of municipal waste. This work seeks to appoint a new perspective
to use such material, proposing the complete replacement of natural sand, granular
material derived mainly plastic bags, aiming the production of cement slabs the
polymer base. In the present study, we conducted laboratory tests with complete
replacement of natural aggregate sand for PP and LDPE in order to support the
minimum resistance required by the Brazilian Regulatory Standard (NBR) 15 498
(ABNT, 2007) where axial compression tests were performed on CP's cylindrical to
determine the effectiveness of the proposed features and tensile strength in bending
for cement slabs, requirement of NBR 15498 (ABNT, 2007). It was concluded that
the applicability of the plate the polymer base is feasible and meets the requirements
of ISO 15498 (ABNT, 2007). Another option applicability is in mortar, in the
manufacture of sealing block according to NBR 15270-3 (ABNT, 2005) the minimum
strength should be 1.5 MPa for sealing block with the horizontal hole and 3 MPa with
vertical hole, this resistance achieved in laboratory tests
cm Centímetro
GPa Gigapascal
g Grama
g/cm³ Grama por centímetro cúbico
h Hora
l Litro
> Maior
MPa Megapascal
MPa/s Megapascal por segundo
< Menor
m Metro
m³ Metro cúbico
mm Milímetro
mm/min Milímetro/minuto
% Porcentagem
Kg Quilograma
kg/dm³ Quilograma por decímetro cúbico
kN Quilonewton
∑ Somatória
t Tonelada
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 13
2.1 PLACA CIMENTÍCIA .......................................................................................... 13
2.1.1 Característica das Placas Cimentícias ......................................................... 17
2.1.2 Características mecânicas e físicas.............................................................. 20
2.1.3 Características de qualificação ..................................................................... 21
2.1.4 Ensaios de Aceitação ................................................................................... 22
2.2 POLÍMEROS .................................................................................................... 23
2.2.1 Classificação quanto ao comportamento aquecimento ................................ 23
2.2.2 Classificação quanto ao comportamento Mecânico...................................... 24
2.2.3 Classificação de reciclagem do polímero ..................................................... 24
2.2.4 Classe de resíduo ......................................................................................... 24
2.2.5 Os principais tipos de plásticos .................................................................... 25
2.2.6 Vantagens do uso de Plásticos .................................................................... 26
2.2.7 Reciclagem dos resíduos sólidos ................................................................. 26
2.3 MINERAÇÃO DA AREIA E OS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE ................................. 29
2.3.1 Consumo e produção da areia ..................................................................... 29
2.3.2 Impacto ambiental causado pela mineração da areia................................... 31
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 33
3.1 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 33
3.1.1 Ensaios Preliminares .................................................................................... 33
3.1.1.1 Materiais para ensaios preliminares ............................................................. 34
3.1.1.2 Equipamentos ............................................................................................... 35
3.1.1.3 Aquisições do Polímero ................................................................................ 36
3.1.1.4 Lavagem do polímero ................................................................................... 37
3.1.1.5 Granulação do polímero ............................................................................... 37
3.1.1.6 Caracterização da granulometria do polímero .............................................. 38
3.1.2 Moldagem dos corpos de prova (CP’s) ......................................................... 39
3.1.3 Processo de cura dos CP’s cilíndricos .......................................................... 41
3.1.4 Capeamento dos CP’s .................................................................................. 41
3.1.5 Ensaio de à compressão axial nos CP’s cilíndricos ...................................... 43
3.2 ENSAIOS NA PLACA CIMENTÍCIA A BASE DE POLÍMEROS ...................................... 43
3.2.1 Materiais para ensaios nas placas cimentícias ............................................. 43
3.2.2 Equipamentos para ensaios nas placas cimentícias .................................... 44
3.2.3 Moldagem das placas cimentícias a base de polímero ................................ 45
3.2.4 Mistura da argamassa a base de polímero ................................................... 46
3.2.5 Compactação da argamassa ........................................................................ 46
3.2.6 Desforma e cura úmida da placa cimentícia a base de PP e PEBD ............. 47
3.2.7 Ensaio de resistência à tração na flexão ...................................................... 47
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 50
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO POLÍMERO....................................... 50
4.2 MASSA UNITÁRIA ............................................................................................ 52
4.3 CONSUMO DE MATERIAL UTILIZADO PARA CADA TRAÇO ...................................... 52
4.4 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (CP’S)...................................................... 54
4.5 PROCESSO DE CURA DOS CP’S CILÍNDRICOS ..................................................... 54
4.6 ENSAIO DE À COMPRESSÃO AXIAL NOS CP’S CILÍNDRICOS ................................. 55
4.7 ENSAIO DE TRAÇÃO NA FLEXÃO....................................................................... 57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 59
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS CONSULTADAS ............................................................................ 67
11
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Ainda, segundo Pontes (2010), são produtos não inflamáveis, com boa
resistência à flexão, intempéries, imunes a fungos, insetos e roedores, não oxidam,
não apodrecem e são resistentes a impactos, além de permitirem vários tipos de
acabamentos ou receberem revestimentos.
15
mas estão estritamente ligadas e são fundamentais para o setor da construção civil,
pois este novo sistema possibilita um tempo reduzido na construção de edificações.
Na Europa e Estados Unidos já são utilizados desde a década de 70 em substituição
à alvenaria convencional na construção de habitações populares ou até mesmo
como em prédios comerciais (CAMPOS, 2010).
prático e ágil, possibilitando alternativas cada vez maiores, aliados com a visão de
sustentabilidade, pois proporciona uma obra seca, além do custo versus benefícios
que em comparação com outros sistemas convencionais são inconvenientes, as
características das placas cimentícias são basicamente as que seguem:
2.2 POLÍMEROS
Empregados em embalagem de
massas alimentícias e biscoitos,
Polipropileno – PP potes de margarina, seringas
descartáveis, equipamentos
médico-cirúrgicos, fibras e fios
têxteis, utilidades domésticas,
autopeças, etc.
Utilizadas em CDs, em
Outros eletrodomésticos, em corpo de
computadores e em outras
utilidades especiais.
Fonte: Adaptado ABNT (2008)
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo foi uma continuação dos estudos de Ferreira (2014) para
verificar a possibilidade de aplicação da argamassa a base de polímero em placas
cimentícias, verificando seus comportamentos mecânicos.
Este trabalho foi dividido em nove etapas, sendo as quatro primeiras
realizadas por Ferreira (2014). As outras cinco etapas foram realizadas pela autora,
para determinar a aplicabilidade da argamassa com polímero em placas cimentícias.
A presente pesquisa caracteriza-se como experimental, que segundo
Bandeira (2005), visa identificar relações causais entre duas variáveis, através do
método experimental.
Os experimentos foram executados no Laboratório de Ensaios de Materiais
(LEM) da Universidade do Estado do Amazonas (UFAM), localizado na cidade de
Manaus no período de 29 de janeiro de 2015 ao dia 13 de março de 2015.
Rompimento dos
Ensaio de Moldagem dos
CP’s à
Aquisição, compressão axial CP’s
compressão axial
lavagem e Caracterização
granulacão do granulométrica
polímero Ensaio de Rompimento das
Moldagem das
resitência à tração placas à tração
placas
na flexão na flexão
Fonte: A autora
C – Enxofre D – Polímero
Fonte: A autora
Foi utilizado o cimento Portland (CP-I) sem aditivo utilizado para fins
experimentais (Figura 7-a), o polímero foi utilizado como agregado artificial na
substituição total do agregado natural areia na argamassa (Figura 7-d), a água foi
utilizada do próprio laboratório para auxiliar na homogeneidade da argamassa
(Figura 7-b) e o enxofre utilizado no capeamento das superfícies dos corpos de
prova (Figura 7-c).
35
3.1.1.2 Equipamentos
C – Prensa hidráulica
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Como afirma Ferreira (2014), a lavagem desse material, foi realizada por
imersão simples. Onde foram colocados os polímeros dentro de uma caixa
específica para este fim com um agitador na tampa. Foi deixado o polímero decantar
num período de 24 horas. Passadas as horas estipuladas o material foi agitado e
trocado a água da primeira lavagem para remover as impurezas agregadas ao
polímero. Não foi usado nem um tipo composto químico para limpeza. Aguardado
um período de duas horas para decantação do material, foi recolhido da superfície o
polímero que estava flutuando com auxílio de uma peneira específica, este polímero
é classificado segundo Ferreira (2014) como polímero de baixa densidade, pois
possuem densidade ≤ 1, ou seja, são mais leves que a água, conforme Tabela 4.
Fonte: A autora
Fonte: A autora
Fonte: A autora
41
Fonte: A autora
Fonte: A autora
43
Fonte: A autora
(vide Figura 7a– página 34), água (vide Figura 7b, página 34), polímero (vide Figura
7d, página 34).
Fonte: A autora
Fonte: A autora
Fonte: A autora
Fonte: A autora
47
Fonte: A autora
Fonte: A autora
.
Fonte: A autora
Fonte: A autora
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: A autora
Analisando-se o material retido nas peneiras, nos quadros acima, calcula-se o
valor do módulo de finura.
O módulo de finura é a Soma das porcentagens retidas acumuladas em
massa de um agregado, nas peneiras série normal, dividida por 100. O módulo de
finura é uma grandeza adimensional e deverá ser apresentado com aproximação de
0,01.
Fonte: A autora
Material T1 T2 T3 T4 T5
Cimento (g) 509,55 325,77 239,41 133,36 693,4
Polímero (g) 509,55 651,53 718,24 800,18 367,51
Água (g) 229,29 146,59 107,73 60,01 312,03
Fonte: A autora
53
Material T1 T2 T3 T4 T5
Cimento (g) 1 1 1 1 1
Polímero (l) 4,45 8,90 13,25 2,36 26,71
Água (l) 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63
Fonte: A autora
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Traço 1 Traço 2 Traço 3 Traço 4 Traço 5
Fonte: A autora
54
Fonte: A autora
700
600
500
400
300
200
100
0
TRAÇO 1 TRAÇO 2 TRAÇO 3 TRAÇO 4
Fonte: A autora
Para realização deste ensaio foram seguidos os padrões exigidos pela NBR
15498 (ABNT, 2007).
O CP não é o mesmo utilizado no ensaio de resistência à compressão, foram
cortadas as placas já moldadas nas dimensões de 40 centímetros de comprimento,
10 centímetros de largura e 1 centímetro de altura, entretanto a dosagem dos traços
foram as mesmas para os ensaios de compressão axial.
A substituição do agregado natural por polímero dificultou a moldagem da
argamassa, fator esse ocasionado pela propriedade do polímero em manter sua
forma de origem, o que causou na desforma da placa, algumas deformações nas
bordas.
A Tabela 12 mostra os valores obtidos de resistência à tração na flexão que
foram de 4,2 para o traço 1 e 5,8 Mpa para o traço 4.
1.600,00
1.400,00
1.200,00
1.000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
0,00
TRAÇO 1 TRAÇO 4
Fonte: A autora
58
No gráfico da Figura 27, observa-se entre os dois traços que com o aumento
do consumo de cimento a resistência aumenta proporcionalmente.
Segundo a NBR 15498 (ABNT, 2007), a resistência mínima de usabilidade da
placa cimentícia é de 4 Mpa (vide Tabela 1 – página 10), tanto o traço 1 quanto o
traço 4 atendem a especificação exigida pela norma para placa cimentícia a base de
PP e PEBD.
59
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CICHINELL, G. Paredes ou vedação. Revista téchne, São Paulo: Pini, ano 15, n.
128, p. 52-57, nov. 2007.
PIVA, A. M.; MIGUEL NETO, B.; HÉLIO, W. A reciclagem do PVC no Brasil, São
Paulo, 2004. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
14281999000400032&script=sci_arttext>. Acesso em 10 de março de 2015.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS