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Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB

Teoria e Questões comentadas


Prof. Feliphe Araújo - Aula 02

Aula 02
Curso: Contabilidade p/ AFRFB
Professor: Feliphe Araújo

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Aula 02 – 6. Provisões Ativas e Passivas, tratamento das


Contingências Ativas e Passivas. 22. Despesas antecipadas, receitas
antecipadas. 23. Folha de pagamentos: cálculos, tratamento de
encargos e contabilização.

Sumário
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3
2 - Receitas e Despesas Antecipadas ................................................... 3
3 – Folha de Pagamentos ..................................................................... 7
3.1 – Salários brutos ....................................................................................................................... 7
3.2 – Descontos ............................................................................................................................ 10
3.3 – Salários líquidos ................................................................................................................... 12
3.4 – Férias e 13º Salário .............................................................................................................. 12
3.4.1 – Férias e adicional de férias ........................................................................................... 12
3.4.2 – Décimo Terceiro Salário ............................................................................................... 14
4 - Provisões Ativas e Passivas .......................................................... 16
4.1 – Provisão e Passivo Contingente........................................................................................... 18
4.1.1 – Cálculo e Constituição de uma Provisão ...................................................................... 20
4.2 – Ativo Contingente................................................................................................................ 25
4.3 - Provisões do Passivo ............................................................................................................ 25
4.4 – Provisões redutoras do Ativo .............................................................................................. 26
4.4.1 – Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) ................................................ 26
5 – Resumo da Aula ........................................................................... 30
6 – Questões Comentadas ................................................................. 35
7 – Lista de Exercícios ....................................................................... 58
8 – Gabarito ....................................................................................... 69
9 – Referencial Bibliográfico .............................................................. 69

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1 - INTRODUÇÃO

Olá queridos alunos e alunas, tudo bem?


Sejam bem-vindos a segunda aula do curso de Contabilidade Geral e
Avançada para os futuros Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil.
Hoje vamos tratar de assuntos de muita importância, pois sempre estão
presentes nas provas da ESAF: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação
Duvidosa (PCLD) e Folha de Pagamentos.
Conforme análise das três últimas provas de AFRFB, identificamos que
foram cobradas questões sobre folha de pagamentos em todas elas. Isso
demonstra a importância dessa aula para que você, meu aluno, tenha um bom
desempenho nessa prova.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários.
Treinar é preciso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Vamos começar a nossa aula!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.

2 - Receitas e Despesas Antecipadas

Em atendimento ao princípio da competência, as receitas e despesas


são registradas no momento em que ocorrem, independente do seu
recebimento ou pagamento.
Por causa desse princípio, a receita de venda de uma mercadoria é
contabilizada no momento da entrega da mercadoria, que é quando ocorre a
transferência de propriedade.
Porém, a empresa pode receber o valor da venda antes que efetue a
operação de comercialização de mercadoria. Assim, as receitas não são
reconhecidas no momento do recebimento dos recursos, mas apenas nos
períodos a que se referem.
Por exemplo: A empresa Aprovados Ltda. recebe o valor de R$ 10.000,00
do cliente X, em maio/14, referente ao adiantamento para aquisição de
mercadorias que serão entregues agosto/14. Quando o cliente efetua o
pagamento, gera uma obrigação para a empresa e um direito para o cliente
de receber o bem. Lançamento do recebimento do dinheiro é:

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D – Caixa (Ativo circulante)
C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 10.000,00

Explicação do lançamento:
Quando uma empresa recebe adiantamento de clientes ocorre um
aumento da conta Adiantamento de Clientes (obrigação) e um aumento de
caixa (entrada de bens numerários). O cliente passa a ser credor da empresa
Aprovados, por isso, creditamos a conta Adiantamento de Clientes.
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Bens (Dinheiro)  Debita
Passivo  Natureza Credora  Aumento de Obrigações  Credita

Em agosto de 2014, quando a mercadoria for entregue, devemos


reconhecer a receita, pelo lançamento abaixo:
D – Adiantamento de clientes (Passivo circulante)
C – Receita de vendas (Resultado) 10.000,00

Explicação do lançamento:
Quando uma empresa entrega as mercadorias que já tinham sido pagas
pelo cliente ocorre uma saída de obrigações (Adiantamento de Clientes) e um
aumento de receita (realização da receita por meio da entrega das
mercadorias).
Passivo  Natureza Credora  Saída de Obrigações  Debita
Receita  Natureza Credora  Aumento de receita (Venda)  Credita

Acabamos de ver uma hipótese de receita antecipada classificada no


passivo. Porém, devemos distinguir esta classificação com a de uma receita
antecipada à conta de receitas diferidas, no passivo não circulante.
O exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no
passivo não circulante – receitas diferidas - é o aluguel recebido
antecipadamente, quando não houver cláusula de restituição. A existência de
cláusula de não restituição é primordial para classificação dessa receita
antecipada em receitas diferidas.
Vamos agora abordar as despesas antecipadas. A Lei 6.404/76, em
seu art. 179, afirma que as contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso
do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas
do exercício seguinte;

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O texto destacado refere-se as despesas antecipadas. Geralmente, são
valores desembolsados pela empresa de forma antecipada, representando
saídas de caixa, sem haver a ocorrência imediata da despesa.
O exemplo mais comum, que a ESAF adora cobra em suas provas, é a
despesa com seguro. A conta para registrar o pagamento do seguro antecipado
é seguros a vencer ou seguros pagos antecipadamente.
Na aquisição do seguro, a empresa efetua o pagamento antecipado do
prêmio, referente a cobertura para a proteção do bem contra sinistro, em
relação a um período futuro. No momento do pagamento, não ocorre a despesa.
Assim, inicialmente, o pagamento antecipado é registrado como um direito
(despesa antecipada), no ativo. Dentro do período de cobertura do seguro,
de acordo com o regime de competência, a despesa é lançada mensalmente.
Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. efetuou, em 01/07/14, o
pagamento de R$ 1.200,00, referente ao seguro de veículo, com vigência de 12
meses a partir dessa data.
- Valor total do seguro: R$ 1.200,00;
- Vigência de 01/07/14 a 30/06/15 (12 meses);
- Despesa mensal de seguro: R$ 100,00 (1.200/12);
Na data do pagamento, em 01/07/14, o lançamento será:
D – Seguros a Vencer (Ativo)
C - Caixa (Ativo circulante) 1.200,00

Explicação do lançamento:
Quando uma empresa paga antecipadamente um seguro ocorre uma
entrada de direitos (Seguros a vencer) e um saída de bens numerários
(dinheiro).
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direitos  Debita
Caixa  Ativo  Natureza Devedora  Saída de bens (dinheiro)  Credita

Em 31/07/14, a parcela mensal do seguro será apropriada como despesa


no resultado:
D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado)
C - Seguros a Vencer (Ativo) 100,00
Explicação do lançamento:
Ativo  Natureza Devedora  Diminuição de Direitos  Credita
Despesa  Natureza Devedora  Aumento de despesa  Debita

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Em 31/08/14, bem como nos meses subsequentes, até terminar o
contrato (30/06/2015), devemos efetuar o mesmo lançamento acima.
Para consolidar o aprendizado, vamos as questões:

(ESAF / ATRFB / 2009) Determinada empresa, cujo


exercício social coincide com o ano-calendário, pagou a quantia de R$ 1.524,00
de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de setembro de 2007. A apólice
pertinente a essa transação cobre riscos durante o período de primeiro de
outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008.
Considerando o princípio da competência de exercícios, o Contador da empresa
registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer.
No balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2007, após as apropriações de
praxe, o saldo desta conta, "Seguros a Vencer", deverá ser de
a) R$ 1.260,00.
b) R$ 381,00.
c) R$ 1.055,00.
d) R$ 1.172,20.
e) R$ 1.143,00.
Resolução:
- Valor total do seguro: R$ 1.524,00;
- Vigência de 01/10/07 a 30/09/08 (12 meses);
- Despesa mensal de seguro: R$ 127,00 (1.524/12);
Até dezembro, devemos apropriar três meses como despesa de seguro,
totalizando R$ 381,00 (127,00 x 3).
Assim, em 31/12/07, o saldo da conta seguros a vencer será de R$
1.143,00 (1.524,00 - 381,00).
Expliquei acima o método mais rápido de responder à questão. Vou detalhar
abaixo outra maneira de resolução.
(1) Lançamento do pagamento:
D - Seguros a Vencer (Ativo)
C - Caixa (Ativo circulante) 1.524,00
(2) Apropriação da despesa no mês de outubro:
D - Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado)
C - Seguros a Vencer (Ativo) 127,00

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(3) Apropriação da despesa no mês de novembro:
D – Prêmio de seguros (resultado)
C - Seguros a Vencer (Ativo) 127,00
(4) Apropriação da despesa no mês de dezembro:
D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado)
C - Seguros a Vencer (Ativo) 127,00

Seguros a Vencer

(1) 1524 127 (2)

127 (3)

127 (4)

1524 381

1143

Gabarito: Letra E.

3 – Folha de Pagamentos

A folha de pagamentos é um documento obrigatório elaborado pelas


entidades, com ou sem fins lucrativos, que discrimina os nomes de seus
empregados e os respectivos salários brutos, descontos e salários líquidos
a serem pagos.

3.1 – Salários brutos

O salário bruto (ou a remuneração bruta) compreende:


 Salário básico (ou piso salarial da categoria);
 Horas extras;
 Gratificações (exemplo: chefia);
 Salário-família; e
 Salário-maternidade;

Segue os principais conceitos ligados a salários:

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É o valor recebido pelo empregado pela execução do seu


Salário básico
trabalho, em regra, mediante pagamento mensal

É um benefício pago aos trabalhadores de baixa renda;


O empregador paga o salário família e, depois,
Salário-família
compensa com o valor devido de INSS. É uma despesa
do governo

É um benefício pago as trabalhadoras que vão ter filhos.


O empregador paga o salário-maternidade e, depois,
Salário-maternidade
compensa com o valor devido de INSS. É uma despesa
do governo

O salário bruto deve ser contabilizado de acordo com o regime de


competência. Exemplo: A folha de pagamento do mês de setembro de 2014
da empresa Sortudos Ltda. apresentava os seguintes valores:
Salários brutos = 10.000,00
Descontos = 1.000,00
Salários líquidos = 9.000,00
A empresa só efetua o pagamento dos salários no dia 05 de outubro.
1) Reconhecimento da despesa de salários no mês de setembro:
D – Salários (despesa de salários)
C – Salários a pagar (Passivo) 10.000,00

Explicação do lançamento:
Despesa de salários  Natureza Devedora  Debita
Passivo  Natureza Credora  Entrada de obrigações  Credita

2) Contabilização do pagamento dos salários no dia 05 de outubro:


D – Salários a pagar (Passivo)
C – Caixa 9.000,00

Explicação do lançamento:
Passivo  Natureza Credora  Saída de obrigações  Debita
Ativo  Natureza Devedora  Saída de bens numerários (dinheiro)  Credita

A contabilização dos descontos será explicada no tópico 3.2.

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A empresa efetivamente paga o valor do salário-família e do salário-
maternidade aos seus funcionários. Porém, o salário-família e o salário-
maternidade são despesas do governo e não da empresa. Assim, esses
valores serão recuperados pela empresa no momento do recolhimento das
contribuições previdenciárias (INSS). A contabilização do salário-maternidade
no livro diário é a seguinte:
3) Lançamento do salário-maternidade a pagar da funcionária no
momento do reconhecimento da despesa de salários:
D - Salário-maternidade a recuperar (ativo)
C - Salários a pagar (passivo)

4) Lançamento da compensação do salário-maternidade com o INSS


devido pela empresa:
D - INSS a recolher (passivo)
C - Salário-maternidade a recuperar (ativo)

O lançamento do salário-família equipara-se ao lançamento do salário-


maternidade.
Nas relações de trabalho, além dos salários brutos, a empresa tem a
obrigação de recolher os encargos sociais, FGTS e contribuição previdenciária
sobre a folha de pagamento (INSS patronal). Estes são registrados como custo
ou despesas da empresa, de acordo com o regime de competência.

É um depósito mensal em uma conta na Caixa


Econômica Federal, em nome do empregado, de 8% do
FGTS
seu salário. Tem por objetivo protegê-lo em caso de
demissão por justa causa. É despesa da empresa.

Contribuição É um tributo devido pela empresa mediante o


recolhimento de um percentual sobre a folha salarial.
Previdenciária Geralmente, as bancas utilizam o percentual de 20%. É
(INSS) Patronal despesa da empresa.

5) Lançamentos das despesas com INSS e FGTS:


D - Encargos sociais (INSS + FGTS) - Despesa
C - INSS a recolher (passivo)
C - FGTS a recolher (passivo)

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3.2 – Descontos

Os descontos correspondem às retenções e compensações que são


descontadas pela entidade (empregador) do salário bruto dos funcionários.
As retenções são os valores que a empresa tem a responsabilidade legal
de descontar e recolher a terceiros ou ao Governo, por exemplo, o Imposto de
Renda Retido na Fonte (IRRF), o INSS dos segurados (empregados), a
contribuição sindical etc.

É o valor da contribuição do empregado ao INSS para


Contribuição
receber no futuro uma aposentadoria; É descontado do
Previdenciária
salário recebido pelo trabalhador. É uma despesa do
(INSS) Segurado
empregado.

É o valor retido do salário do empregado pela empresa


para posterior entrega aos cofres públicos. Acontece
Imposto de Renda
quando o salário bruto do empregado for superior às
Retido na Fonte
faixas de incidência do imposto de renda. É uma
despesa do empregado.

O IRRF e o INSS dos segurados são despesas dos empregados, que


são retidos pelo empregador. Esclarecer que essas despesas estão incluídas
dentro do valor do salário bruto do empregado.
Contabilização das retenções (IRRF e INSS dos segurados):
D - Salários a pagar (Passivo)
C - INSS a recolher (passivo) – parte previdência do empregado
C - IRRF a recolher (passivo) – imposto de renda – pessoa física

O valor dos salários a pagar (obrigação) diminui, porque a empresa é


obrigada a reter os valores de INSS dos segurados e de IRRF para recolhimento
aos cofres públicos. Assim, a empresa só efetua o pagamento do salário líquido
ao empregado.
Já as compensações são valores que devem ser descontados dos
salários brutos dos empregados e que não serão repassados a terceiros. Os
casos mais comuns de compensações são o adiantamento de salários e os
empréstimos aos empregados.
Exemplo: Lançamento no diário de um adiantamento concedido. Esse
adiantamento é um direito da empresa em relação aos empregados, porque
caracteriza uma despesa antecipada, logo, deve ser contabilizado em conta do
ativo. Registro do adiantamento:

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D - Adiantamento aos empregados (ativo)
C - Caixa (ativo)

Depois de reconhecida a despesa de salários, o empregado pode efetuar


o desconto do funcionário referente ao adiantamento, mediante o seguinte
lançamento:
D - Salários a pagar (passivo)
C - Adiantamento aos empregados (ativo)

Vamos fazer um exemplo englobando todos os conceitos estudados até


aqui.
Exemplo: A folha de pagamento do mês de setembro de 2014 da empresa
Sortudos Ltda. apresentava os seguintes valores:
Salários = 10.000,00
INSS patronal = 20% + 2% (contribuições ao sistema S, como o SENAC)
INSS segurado = 11%
Salário maternidade = R$ 1.000,00
FGTS = 8%
Qual o valor das despesas com pessoal dessa empresa no mês de
setembro?
Resolução:
A empresa só vai pagar de salário aos funcionários R$ 8.900,00 dos
R$ 10.000,00, porque R$ 1.100,00 refere-se ao INSS dos segurados.
1) Lançamento da despesa de salário e o desconto do INSS segurado:
D - Salários e ordenados (despesa) 10.000,00
C - INSS retido a recolher (passivo) 1.100,00 (11% X 10.000)
C - Salários a pagar (passivo) 8.900,00
2) Lançamentos das despesas com INSS e FGTS:
D - Encargos sociais (INSS + FGTS) 3.000,00
C - INSS a recolher (passivo) 2.200,00
C - FGTS a recolher (passivo) 800,00 (8% X 10.000)
3) Lançamento do salário-maternidade a pagar da funcionária:
D - Salário-maternidade a recuperar (ativo)
C - Salários a pagar (passivo) 1.000,00

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4) Lançamento da compensação do salário-maternidade com o INSS
devido pela empresa:
D - INSS a recolher (passivo)
C - Salário-maternidade a recuperar (ativo) 1.000,00
Resposta: De acordo com os lançamentos, o valor das despesas com
pessoal da empresa Sortudos Ltda. no mês de setembro foi de R$ 13.000,00,
sendo R$ 10.000,00 de salários, R$ 2.200,00 de INSS patronal e R$ 800,00
de FGTS. O INSS do segurado e o salário-maternidade não são despesas
da empresa.

3.3 – Salários líquidos

Os salários líquidos são os valores que os empregados efetivamente


receberão.
Salário líquido = salário bruto – descontos

3.4 – Férias e 13º Salário

As despesas com féria e com o 13º salário devem ser reconhecidas


mensalmente, como uma verdadeira obrigação.

3.4.1 – Férias e adicional de férias

É assegurado a todo empregado o direito às férias após um ano


trabalho. Se ele for demitido antes desse período, ele tem direito as férias
proporcionais, mediante pagamento em salário. Por exemplo, um funcionário
que é demitido após 5 meses de trabalho, vai receber 5/12 do salário, referente
às férias proporcionais.
Para a contabilidade, as despesas com férias devem ser reconhecidas
mensalmente de acordo com o princípio da competência. Serão
contabilizadas na proporção de 1/12 do salário mensal, considerando o
número de dias de férias que já tenha direito, acrescido do adicional de férias
de 1/3 (abono), do INSS patronal e do FGTS.
Após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito às férias na seguinte
proporção, a depender do número de faltas:

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Faltas Dias de Férias
Até 5 30
De 6 a 14 24
De 15 a 23 18
De 24 a 32 12
Acima de 32 Perde o direito às férias

As férias a pagar deverão ser constituídas com base em 1/12 avos do


salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias.
Exemplo: Uma empresa com folha de salários de R$ 10.000,00,
previdência patronal de 20% e FGTS de 8% deverá reconhecer férias a
pagar com valor de:
Item Salário 10.000,00
1 Base para provisão (10.000/12) 833,33
2 Abono de férias (1/3 de 833,33) 277,77
3 Subtotal (1 + 2) 1.111,00
4 INSS (20%) 222,20
5 FGTS (8%) 88,88
6 Total provisão de férias (3 + 4 + 5) 1.422,08

Assim, o lançamento pode ser realizado mediante a separação de cada


parcela das férias (férias, abono, INSS e FGTS) ou pode contabilizar um
valor total, conforme abaixo:
D - Despesas com férias (resultado)
C – Férias a pagar (passivo circulante) 1.422,08
Ou
D - Férias (Despesas - resultado) 1.111,00
D - Encargos sociais sobre férias (INSS + FGTS) 311,08
C – Férias a pagar (passivo circulante) 1.422,08

Esse lançamento refere-se a despesa com funcionários administrativos.


A contabilização, quando tratar-se de funcionários da produção, deve ser
provisionada como custo da mão de obra.

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3.4.2 – Décimo Terceiro Salário

O décimo terceiro salário, que só precisa ser pago em novembro e


dezembro de cada ano, deve ser contabilizado da mesma forma que as
férias, em atendimento ao regime de competência.
O cálculo é realizado por mês trabalhado. Considera-se mês integral o
período igual ou superior a 15 dias.
Exemplo: Uma empresa com folha de salários de R$ 10.000,00,
previdência patronal de 20% e FGTS de 8% deverá efetuar um registro de
13º salário com valor de:
Item Salário 10.000,00
1 Base para provisão (10.000/12) 833,33
2 INSS (20%) 166,67
3 FGTS (8%) 66,67
4 Provisão para 13º (1 + 2 + 3) 1.066,67

O lançamento mensal será:


D - Despesas com 13º salário (resultado)
C - 13º salário a pagar (passivo circulante) 1.066,67

É importante lembrar que, até poucos anos atrás, o reconhecimento da


obrigação mensal de 13º salário e férias se dava por meio do registro em
contas de “Provisão para 13º Salário” e “Provisão para férias”, no
passivo, uma vez que existe alguma incerteza em relação ao momento do
pagamento destes valores, mas não tanto em relação ao valor a ser
desembolsado (já que este é calculado com base no salário mensal).
Porém, o Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes -, que vamos estudar no tópico seguinte,
estabelece que a incerteza envolvida no pagamento destas obrigações (13º
salário e férias) é muito menor do que a constante das provisões, razão pela
qual eles devem ser apresentados separadamente das provisões,
frequentemente como parte das contas a pagar.
Assim, você, meu aluno e minha aluna, deve ter muito cuidado, porque
as bancas continuam a utilizar as nomenclaturas “Provisão para 13º Salário” e
“Provisão para férias”. Por isso, você precisa ter discernimento para saber se a
banca cobrou ou não os novos conceitos. Então, partindo dessa premissa, as
bancas poderão considerar provisão para 13º salários em substituição a 13º
salário a pagar. Isto também vale para a conta férias a pagar, quando utilizar
a conta provisão de férias.

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Como as bancas, em regra, perguntam qual o valor da despesa da
empresa com salários. Trago o quadro abaixo resume as despesas
relacionadas com a remuneração dos empregados:
Despesa da empresa Despesa do Despesa do Governo

Salários empregado Salário-família

Horas extras Contribuição do Salário maternidade

INSS patronal sindicato

FGTS INSS segurado

13 º salário Imposto de Renda


Férias Retido na Fonte

Vamos praticar futuros AFRFB!!!!!!

(ESAF / APO-SEFAZ-SP / 2009) A empresa de serviços


alvorada LTDA. Listou os seguintes dados contratuais para elaborar a folha de
pagamento referente ao mês de março:
Salários...............................................................................R$ 9.000,00
Previdência Social patronal (22%) ..........................................R$ 1.980,00
Previdência Social dos Empregados (9%) ................................R$ 810,00
FGTS (8%)...........................................................................R$ 720,00
Salário-Família .....................................................................R$ 150,00
Com os dados indicados, sem considerar eventuais parcelas de 13º salários ou
férias proporcionais, podemos afirmar que a despesa de pessoal, referente ao
mês de março, que a empresa deverá efetivamente desembolsar, será de:
a) R$ 10.890,00.
b) R$ 10.850,00.
c) R$ 11.700,00.
d) R$ 12.510,00.
e) R$ 12.660,00.
Resolução: Memorizando o quadro você responde à questão.
São despesas da empresa:
Salários R$ 9.000,00
Previdência Social Patronal R$ 1.980,00
FGTS R$ 720,00
Total R$ 11.700,00

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O salário família é pago pela empresa, porém, restituídos ao empregador pelo
Estado.
Previdência Social dos Empregados é despesa do próprio empregado, e, por
isso, não deve ser reconhecido como despesa da empresa.
Gabarito: Letra C.

4 - Provisões Ativas e Passivas

O tratamento das Provisões, Passivos e Ativos Contingentes é realizado,


de forma geral, pelo Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes.
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer que sejam
aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a
provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação
suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários entendam a sua
natureza, oportunidade e valor.
Contudo, caso exista outro Pronunciamento Técnico que trate de algum
tipo específico de provisão, o CPC 25 estabelece que deverá ser aplicado o
pronunciamento específico em vez da regra geral contida no CPC 25 (item 5
do CPC 25).
Já adianto para vocês a diferença básica entre provisões e ativos ou
passivos contingentes por meio de um esquema:

Provisão Ativos e Passivos


Contingentes

não devem ser


reconhecidos por
Deve, meio de lançamento,
necessariamente, ser mas apenas
reconhecida no evidenciados em
patrimônio por meio notas explicativas,
de um lançamento se os critérios para
divulgação do CPC 25
forem satisfeitos.

As principais bancas de concurso do país não têm obedecido os


pronunciamentos do CPC, no que se refere as provisões. De acordo com os
pronunciamentos, só existem provisões do passivo. Para as bancas, as
provisões podem ser retificadoras do ativo ou aumentativas do passivo.

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Provisões são estimativas realizadas em relação a valores que
provavelmente serão perdidos no futuro, porém, há incertezas em relação ao
montante ou a data em que a perda se efetivará. Logo, trata-se de um
passivo de prazo ou valor incerto.
O CPC 25 – Provisões, Ativos Contingentes e Passivos Contingentes - não
se aplica às provisões utilizadas para ajustes de valor contábil do ativo (item
7, CPC 25). Em alguns países, a depreciação, os créditos de liquidação duvidosa
(as perdas prováveis com direitos a receber) e as perdas estimadas com
estoques, entre outras, são tratadas como provisões, mas tais ajustes não
estão no âmbito do presente CPC 25.
Assim, em virtude da incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso
futuro necessário para a sua liquidação, as provisões podem ser distintas de
outros passivos tais como contas a pagar e passivos derivados de
apropriações por competência. Portanto:
(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços
fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente
acordados com o fornecedor; e
(b) os passivos derivados de apropriações por competência são passivos
a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não
tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o
fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exemplo,
valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas
vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a
incerteza é geralmente muito menor do que nas provisões.

Os passivos derivados de apropriação por competência são


frequentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as
provisões são divulgadas separadamente.
Por exemplo, as despesas de férias e 13º salário não deveriam ser
reconhecidas como provisionamento, pois registra uma obrigação de valor e
existência certos. Assim, devemos chamar as apropriações pelo regime de
competência de Férias a Pagar, por exemplo, e não de Provisão para
Férias.
Porém, vamos ver que as bancas continuam a utilizar as expressões
provisão para férias e provisão para 13º Salário, devido a sua ampla
aplicação na contabilidade, apesar de estarem incorretas, do ponto de vista
técnico.
Como exemplo de provisão do passivo, temos a provisão para
indenizações trabalhistas; e do ativo, a provisão para devedores duvidosos.
Esta conta está sempre presente nas questões de concurso.

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4.1 – Provisão e Passivo Contingente

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos


Contingentes e Ativos Contingentes:

PROVISÃO É um passivo de prazo ou de valor incertos.

uma obrigação possível que resulta de eventos passados e


cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou
não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob controle da entidade;

PASSIVO ou
CONTIGENTE não é provável que uma saída
É de recursos que incorporam
benefícios econômicos seja
ou uma obrigação exigida para liquidar a
presente que resulta de obrigação;
eventos passados, mas
que não é reconhecida ou
porque:
o valor da obrigação não pode
ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são


incertas quanto ao seu prazo ou valor. Porém, neste Pronunciamento
Técnico o termo “contingente” é usado para passivos e ativos que não
sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob
o controle da entidade. Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado
para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento.
Este Pronunciamento Técnico distingue entre:
(a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se
que possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes
e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos
seja necessária para liquidar a obrigação; e
(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como
passivo porque são:
(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a
entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída
de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou
(ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de
reconhecimento deste Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja
necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para

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liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente
confiável do valor da obrigação).

a entidade tem uma obrigação presente


(legal ou não formalizada) como
resultado de evento passado;

Uma provisão deve seja provável que será necessária uma


ser reconhecida saída de recursos que incorporam
quando benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e

possa ser feita uma estimativa confiável


do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser


reconhecida.
Uma obrigação legal é aquela decorrente de contrato, legislação, ou
outra ação de lei.
Uma obrigação não formalizada, por sua vez, decorre de ações
passadas da entidade, seja via padrão estabelecido no passado, políticas
publicadas ou declaração atual suficientemente específica, que a comprometam
com outras partes, ainda que de forma não formalizada. Logo, se a entidade
cria a expectativa válida com outras partes de que cumprirá alguma
responsabilidade, ela assume uma obrigação não formalizada. Não se pode
considerar obrigações aquelas a surgirem em fatos geradores futuros, nem
aquelas que dependam de eventos futuros para se materializarem.
É hora de praticar futuros AFRFB!!!!

(ESAF / AFC - STN / 2013) São condições para o


reconhecimento de provisões:
a) a existência de uma obrigação presente, legal ou não formalizada,
consequente de um evento passado, ter uma provável necessidade de saída de
recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação e que
permita ser efetuada uma estimativa suficiente de segurança do valor da
obrigação.
b) identificação de uma obrigação passada como consequência de um evento
financeiro, representando uma provável exigência de saída de fluxo de caixa,
que poderá impactar em eventos futuros mesmo que a probabilidade para a
definição efetiva de valor não seja formada por uma base de cálculo
determinada por um critério definido e aceito de forma corrente.

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c) verificação da probabilidade ainda que remota da identificação de uma
obrigação futura consequente de um evento presente, que exista uma provável
necessidade de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para
liquidar a obrigação e que possa ser feita uma estimativa confiável do valor da
obrigação.
d) ocorrência de um evento presente com possibilidade remota de que a
entidade venha a incorrer em saídas de recursos financeiros no futuro, sem a
existência de uma obrigatoriedade legal mesmo que não seja efetuada em uma
base confiável para definição de valor.
e) perspectiva de um evento presente resultar em obrigação, mesmo que seja
baseado em eventos remotos, e ainda que a possibilidade de estimativa do valor
venha a ser efetuada em bases suficientemente seguras para atender à
competência de exercício.
Resolução:
A ESAF cobrou a literalidade do CPC 25. Assim, uma provisão deve ser
reconhecida quando:

a entidade tem uma obrigação presente


(legal ou não formalizada) como
resultado de evento passado;

Uma provisão deve seja provável que será necessária uma


ser reconhecida saída de recursos que incorporam
quando benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e

possa ser feita uma estimativa confiável


do valor da obrigação.

Gabarito: Letra A.

4.1.1 – Cálculo e Constituição de uma Provisão

Vamos ver a constituição de uma Provisão na prática.


Exemplo: Suponhamos que determinada entidade seja alvo de uma ação
judicial trabalhista, originada na reclamação de um antigo empregado que acusa
a empresa de não pagamento de gratificações por produtividade.
Inicialmente, os advogados da empresa avaliam ser provável que a
empresa não seja responsabilizada, pois, os recibos de pagamentos dos
empregados estão, todos, devidamente assinados. Por meio deles, pôde-se
verificar que a empresa efetuou os pagamentos correspondentes, conforme
demonstrado nos comprovantes de rendimentos fornecidos.

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Como os advogados da empresa avaliam ser provável que a empresa
não seja responsabilizada, devemos entender que não há uma "obrigação
presente" e, portanto, nenhuma provisão deverá ser reconhecida nas
demonstrações financeiras do exercício.
Voltando ao nosso exemplo, no curso do processo o empregado traz
provas que se contrapõem às da empresa. Testemunhas e outros documentos
evidenciam que, apesar das folhas de pontos demonstrarem o pagamento das
gratificações para períodos mensais, a empresa não efetuou o pagamento com
os valores corretos, baseado em relatório do setor de produção. A partir destas
novas evidências, os advogados da empresa entendem que a Justiça pode vir a
dar razão aos empregados e, portanto, no curso do processo judicial e na
ocasião de novo balanço, avaliam ser provável que a empresa venha a ser
responsabilizada, fato que implicará no pagamento de indenização ao
empregado.
Como o resultado da ação judicial, provavelmente, será em desfavor da
empresa, surge, a partir do momento em que é feita esta nova avaliação, uma
"obrigação presente, cuja saída de recursos no futuro seja provável". Além
disso, por se tratar de uma ação judicial, os advogados podem estimar, com
algum grau de confiança, os valores a que a entidade estará obrigada a
desembolsar no futuro, em caso de responsabilização.
Portanto, neste cenário, faz-se necessário o reconhecimento de uma
provisão à data do balanço, a fim de que seja apresentada nas demonstrações
financeiras esta obrigação presente.
Assim, para o nosso exemplo, os advogados indicam os seguintes
cenários para a empresa:
Cenários prováveis Desembolso (R$) Probabilidade
Hipótese 1 10.000,00 10%
Hipótese 2 25.000,00 60%
Hipótese 3 32.000,00 30%

Vejam que, dos cenários traçados, o mais provável de acontecer é a


hipótese 2, com 60% de chance. Neste cenário, a empresa estaria obrigada ao
pagamento de indenização no montante de R$ 25.000,00 ao empregado. Sendo
assim, frente à análise dos peritos na data do balanço, a empresa deve
contabilizar uma Provisão para Riscos Trabalhistas, no mesmo montante. O
lançamento seria o seguinte:
Lançamento no Diário
D - Despesa com Provisão para Riscos Trabalhistas
C - Provisão para Riscos Trabalhistas (Passivo) 25.000,00

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A contrapartida pela constituição de qualquer provisão será, sempre,
uma conta de despesa, conforme evidenciado acima.
A reversão das provisões, por sua vez, se dá em contrapartida de contas
de receita. Ou seja, se, por algum motivo, a empresa faz uma nova estimativa
e descobre o que o valor provável de indenização é, na verdade, de R$
15.000,00, ela deverá reverter parte da provisão anterior, pelo seguinte
lançamento na data do novo balanço:
Lançamento no Diário
Provisão para Riscos Trabalhistas (Passivo)
a Reversão de Provisão para Riscos Trabalhistas (Receita) 10.000,00

Percebam que as estimativas nos cenários não é algo estático, elas


devem ser realizadas frequentemente pela companhia, no mínimo a
cada data de balanço, a fim de que as estimativas correntes sejam as
melhores possíveis. Se a administração entender que não há mais obrigação
presente que implique na saída de recursos econômicos (por exemplo, os
advogados da empresa passam a acreditar, novamente, que a probabilidade de
a empresa vencer a causa trabalhista é maior que a de perdê-la), a provisão
deverá ser revertida.
É importante que se ressalte que, no reconhecimento de provisões, a
entidade não deve considerar como base o valor mais “pessimista” possível,
mas o mais provável de acontecer. Por isso que, no exemplo anterior relativo
ao tópico de cenários, a entidade provisionou o valor referente ao cenário
“hipótese”, pois este era o mais provável de ocorrer.
Assim, o valor a ser apurado para as provisões deverá ser a melhor
estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do
balanço (item 36, CPC 25).
Por fim, vamos supor que a empresa foi condenada ao pagamento da
indenização do valor inicialmente reconhecido, ou seja, R$ 25.000,00. O
lançamento, neste caso, seria apenas no sentido de registrar a saída dos
recursos (o desembolso) em contrapartida da provisão, reduzindo seu saldo:
Lançamento no Diário
Provisão para Riscos Trabalhistas
a Caixa 25.000,00

Contudo, como estamos falando de uma estimativa, pode ser que a


empresa seja condenada a indenizar seu funcionário com, apenas, R$
20.000,00. Nesta situação, a empresa precisaria fazer dois lançamentos:
1) um no sentido de registrar o desembolso:

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Provisão para Riscos Trabalhistas
a Caixa 20.000,00

2) e outro para reverter o excesso de valor provisionado:


Provisão para Riscos Trabalhistas (Passivo)
a Reversão de Provisão para Riscos Trabalhistas (Receita) 5.000,00

Explicado o assunto, vamos resumir como as bancas gostam de cobrar as


questões sobre esse tópico.
Assim, temos três possíveis situações:
1) Perda provável: Se há uma obrigação presente que
provavelmente requer uma saída de recursos, a Provisão deve ser
reconhecida e divulgada em nota explicativa.
2) Perda possível (não provável): Se há uma obrigação possível
ou uma obrigação presente que pode requerer, mas provavelmente não irá
requerer, uma saída de recursos, nenhuma Provisão deve ser reconhecida,
mas é exigida a divulgação em nota explicativa para o Passivo Contingente.
3) Perda remota: Se há uma obrigação possível ou uma obrigação
presente cuja probabilidade de uma saída de recursos é remota, nenhuma
Provisão é reconhecida e nem divulgada.
Esquematizando:

Tratamento contábil das


Provisões e do Passivos
Contingentes

Possível (não
Provável Remota
provável)

Não contabiliza a
Contabiliza e divulga Não contabiliza e não
Provisão, mas divulga
em notas explicativas a divulga em notas o
em notas o Passivo
Provisão Passivo Contingente
Contingente

Vamos praticar futuros AFRFB!!!!!

(FGV/SEFAZ–RJ/2011) Em resposta a uma circularização,


os advogados da entidade auditada assim classificaram as chances de perda nos
processos judiciais em que aquela (auditada) era ré:

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Natureza Valor Risco
Trabalhista R$ 3.700.000,00 Remota
Trabalhista R$ 6.000.000,00 Provável
Fiscal R$ 300.000,00 Possível

Considerando a situação acima e sabendo que o contador adotou os


procedimentos corretos, consoante a regulamentação do CFC para estimativas
e contingências, o auditor deverá certificar-se de que (sabendo que os saldos
são relevantes)
a) não foram mencionados quaisquer dos valores acima, uma vez que ainda não
houve decisão judicial definitiva.
b) apenas as contingências fiscais devem ser contabilizadas.
c) todas as contingências acima devem ser contabilizadas.
d) em relação à contingência trabalhista enquadrada como remota, não deve
ser feito registro no balanço patrimonial nem ser mencionada em notas
explicativas.
e) a contingência trabalhista classificada como provável não deve ser
contabilizada.
Resolução:
De acordo com a nossa esquematização, temos que:

Tratamento contábil das


Provisões e do Passivos
Contingentes

Possível (não
Provável Remota
provável)

Não contabiliza a
Contabiliza e divulga Não contabiliza e não
Provisão, mas divulga
em notas explicativas a divulga em notas o
em notas o Passivo
Provisão Passivo Contingente
Contingente

Assim, a contingência trabalhista remota no valor de R$ 3.700.000,00


não deve ser registrada no balanço patrimonial nem ser mencionada em notas
explicativas.
Gabarito: Letra D.

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4.2 – Ativo Contingente

Os ativos contingentes são caracterizados em situações nas quais,


como resultado de eventos passados, há um ativo possível cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros
incertos não totalmente sob controle da entidade.
As entidades não devem reconhecer os ativos contingentes,
exceto quando há realização do ganho é praticamente certa, então o ativo
relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é
adequado, bem como sua divulgação. Quando a probabilidade de entrada de
recursos for provável, o ativo contingente deve ser divulgado em notas
explicativas.
Esquematizando:

Tratamento contábil dos Ativos Contingentes

Possível (não
Praticamente certa Provável
provável)

O ativo não é
Não contabiliza, mas Não contabiliza e não
contigente;
divulga em notas o divulga em notas;
Deve ser considerado Ativo Contingente; Não é Ativo;
um Ativo;

4.3 - Provisões do Passivo

Segue um quadro sobre as despesas que geram obrigações (provisões do


passivo), de acordo com as bancas:
Resultado Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante
Despesa com IR Provisão para Imposto de Renda (IR)

Despesa com CSLL Provisão p/ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido


(CSLL)

Despesa de férias Provisão para férias

Despesa 13º salário Provisão para 13º salário

Lembramos que as despesas acima não deveriam ser reconhecidas como


provisionamento, pois registra uma obrigação de valor e existência certos.
Assim, devemos chamar as apropriações pelo regime de competência de Férias
a Pagar, por exemplo, e não de Provisão para Férias.

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Porém, vamos ver que as bancas continuam a utilizar as expressões
provisão para férias e provisão para 13º Salário, devido a sua ampla
aplicação na contabilidade, apesar de estarem incorretas, do ponto de vista
técnico.
A própria legislação do imposto de renda reforça, pois admite a
constituição, como custo ou despesa operacional, das seguintes provisões
(Lei no 9.249, de 1995, art. 13, I, e RIR/1999, art. 335):
 Provisões constituídas para o pagamento de férias de
empregados (RIR/1999, art. 337);
 Provisões para o pagamento de décimo terceiro salário
(RIR/1999, art. 338);
 Provisões técnicas das companhias de seguro e de
capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja
constituição é exigida em lei especial a elas aplicável (RIR/1999, art. 336);

4.4 – Provisões redutoras do Ativo

Segue um quadro sobre as despesas que geram reduções nos respectivos


ativos (contas retificadoras do ativo), de acordo com as bancas:
Resultado Retificadora do Ativo
Despesa com ajuste do valor do Provisão para ajuste ao valor de mercado
estoque

Despesa com devedores duvidosos Provisão para Crédito de Liquidação


Duvidosa (PCLD)

Despesa com perdas de investimentos Provisão para perdas em investimentos

Lembramos que as despesas acima não deveriam ser reconhecidas como


provisionamento, pois, de acordo com o CPC 25, provisão é um passivo de
prazo ou valor incertos.
A provisão para devedores duvidosos ou PCLD é uma conta que está
sempre presente nas questões de concurso.

4.4.1 – Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD)

Em atendimento a Lei das Sociedades Anônimas e ao Princípio da


Prudência, deve ser constituída Provisão para Devedores duvidosos
(PDD). Esta registra possíveis perdas de contas a receber. Ela, em regra, é
calculada mediante a aplicação de um percentual médio dos créditos não
recebidos nos últimos três anos.

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O nome mais apropriado para essa conta, de acordo com as normas
internacionais de contabilidade, é Perdas Estimadas com Devedores
Duvidosos (PEDD), embora o nome usualmente utilizado na contabilidade seja
Provisão para Devedores duvidosos (PDD), sendo este amplamente
utilizados pelas bancas nas questões de concurso.
O pronunciamento técnico CPC 25 ratifica o explicado acima, quando
define provisão como passivo de prazo ou valor incertos. Em alguns países o
termo “provisão” é também usado no contexto de itens tais como depreciação,
redução ao valor recuperável de ativos e créditos de liquidação
duvidosa: estes são ajustes dos valores contábeis de ativos e não são tratados
neste Pronunciamento Técnico.
A PDD não é mais dedutível para fins de imposto de renda. Ao contrário,
as perdas efetivas são dedutíveis, conforme Lei nº 9.430/1996:
Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades
da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação
do lucro real, observado o disposto neste artigo.
§ 1º Poderão ser registrados como perda os créditos:
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do
devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário;
II - sem garantia, de valor:
a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há
mais de seis meses, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta
mil reais), por operação, vencidos há mais de um ano,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o
seu recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa;
c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de
um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais
para o seu recebimento;
III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto
das garantias;
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada
concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta
tenha se comprometido a pagar.

Continuando, para os créditos decorrentes de operações com


garantia, como a alienação fiduciária ou hipoteca, não é adequado
constituir PDD. No caso de clientes em recuperação judicial, o credor deve

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reconhecer como PDD apenas o valor que o devedor se compromete a
pagar.
Lembrando que, embora não seja mais dedutível do imposto de renda,
as entidades devem continuar reconhecendo as perdas na
contabilidade, para que os balanços sejam um reflexo da verdadeira situação
da empresa. Para o cálculo do imposto de renda, os valores das perdas devem
ser ajustados no LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real.
Exemplo: a empresa Sortudos possui valores a receber de clientes de R$
20.000,00, em 31.12.13. A taxa de inadimplência é de 3%. Vamos supor que a
conta de PDD ainda não possuía valores.
1) Ao final do período, deve ser constituída uma provisão de:
D – Despesa com devedores duvidosos (resultado)
C – Provisão para Devedores Duvidosos (Ret. Ativo) 600,00 (3% X 20.000)
No balanço patrimonial, a conta PDD aparece após valores a receber:
Ativo 19.400,00
Duplicatas a Receber ou clientes 20.000,00
(-) Provisão para Devedores Duvidosos (600,00)

No caso de os créditos serem considerados incobráveis, por exemplo,


a baixa de uma duplicata no valor de R$ 100,00 seria contabilizada assim:
D – PDD (Retificadora do ativo)
C – Duplicatas a Receber (ativo) 100,00

Se as perdas com inadimplência superarem o valor da provisão, o


excesso deverá ser contabilizado em resultado. Considerando o valor da conta
Provisão para Devedores Duvidosos de R$ 600,00 e as perdas no ano de 2014
no valor de 800,00, logo o lançamento será:
D – PDD (ret. do ativo) 600,00
D – Perdas com clientes (resultado) 200,00
C – Duplicatas a receber (ativo) 800,00

A parcela de R$ 100,00 não utilizada na provisão deve ser revertida como


receita, para o resultado, mediante o seguinte lançamento:
D – PDD (retificadora do Ativo)
C – Reversão de provisão (receita – resultado) 100,00

Para finalizar, meus alunos, preste bem atenção, porque o método


abaixo é muito utilizado pela ESAF nas suas questões sobre esse assunto.

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Exemplo: A empresa Sortudos apresentou no balanço patrimonial de
2013 a conta Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) com saldo de R$
500,00.
Ao final do exercício de 2014 a empresa possuía duplicatas a receber
no valor de R$ 100.000,00, com experiência de perdas no recebimento de
créditos, ocorrida nos últimos três anos, em média de 2%.
Assim, ao contabilizar uma nova provisão no exercício de 2014:
a) Qual valor deve constar no balanço da conta PDD?
O saldo da PDD no balanço é de R$ 2.000,00 (2% X 100.000,00).
b) qual o valor da despesa que deverá compor o resultado do exercício:
Neste caso, aproveitamos o saldo da conta PDD do ano de 2013 e só
contabilizamos o complemento no resultado. Assim, o valor da despesa de 2014
com PDD é R$ 1.500,00 (2.000,00 - 500,00).
D – Despesa com devedores duvidosos (resultado)
C – PDD (retificadora do Ativo) 1.500,00

Entendido? Estude esse assunto, pois ele provavelmente cairá na


sua prova.

(ESAF / Analista - CVM/ 2010) A empresa Modistas da


Moda S/A, tem um histórico de perdas no recebimento de seus créditos, por
isto, não costuma negligenciar a utilização de provisão para riscos de crédito.
Sob esse aspecto, verificamos que do balanço patrimonial de 2008 constou a
conta Provisão para Devedores Duvidosos com saldo de R$ 2.300,00.
Ao longo do exercício de 2009 foram comprovadas perdas efetivas no
recebimento de créditos, no valor de R$ 1.100,00, e a estimativa de perdas que
se faz para 2010, monta a R$ 1.800,00.
Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa deverá
lançar na Demonstração do Resultado do Exercício, relativa a 2009, uma
despesa provisionada para risco de crédito no montante de
a) R$ 3.000,00
b) R$ 2.900,00
c) R$ 1.800,00
d) R$ 1.100,00
e) R$ 600,00
Resolução: A ESAF adora esse tipo de questão. Vamos lá:
Saldo da PDD 2009: R$ 2.300,00 – R$ 1.100,00 = R$ 1.200,00.

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Complementação da Provisão: R$ 1.800,00 – R$ 1.200,00 = R$ 600,00.
Gabarito: Letra E.

Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na


nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!!

5 – Resumo da Aula

Receita antecipada é o dinheiro que uma empresa recebe antes de


entregar bens ou executar serviços. Quando o cliente efetua o pagamento, gera
uma obrigação (passivo) para a empresa. Ex.: adiantamento de clientes.
Lançamento Contábil:
D – Caixa (Ativo circulante)
C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 10.000,00

Despesas antecipadas são valores desembolsados pela empresa de


forma antecipada, representando saídas de caixa, sem haver a ocorrência
imediata da despesa. Quando a entidade efetua o pagamento, gera um direito
(ativo) para a empresa.
Exemplo: pagamento de seguro antecipado. A conta para registrar o
pagamento do seguro antecipado é seguros a vencer ou seguros pagos
antecipadamente.
(1) Lançamento do pagamento:
D - Seguros a Vencer (Ativo)
C - Caixa (Ativo circulante)
(2) Apropriação da despesa mensal:
D - Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado)
C - Seguros a Vencer (Ativo)

5.1 – Folha de pagamentos


O salário bruto (ou a remuneração bruta) compreende:
 Salário básico (ou piso salarial da categoria);

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 Horas extras;
 Gratificações (exemplo: chefia);
 Salário-família; e
 Salário-maternidade;

Descontos: correspondem às retenções e compensações que são


descontadas pela entidade (empregador) do salário bruto dos funcionários.
As retenções são os valores que a empresa tem a responsabilidade legal
de descontar e recolher a terceiros ou ao Governo, por exemplo, o Imposto de
Renda Retido na Fonte (IRRF), o INSS dos segurados (empregados), a
contribuição sindical etc.
As compensações são valores que devem ser descontados dos
salários brutos dos empregados e que não serão repassados a terceiros. Os
casos mais comuns de compensações são o adiantamento de salários e os
empréstimos aos empregados.
Os salários líquidos são os valores que os empregados efetivamente
receberão. Salário líquido = salário bruto – descontos

O empregado ainda tem direito a receber férias e décimo terceiro salário.


Resumo das despesas relacionadas com a remuneração dos empregados:
Despesa da empresa Despesa do Despesa do Governo

Salários empregado Salário-família

Horas extras Contribuição do Salário maternidade

INSS patronal sindicato

FGTS INSS segurado

13 º salário Imposto de Renda


Férias Retido na Fonte

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5.2 – Provisões Ativas e Passivas

Provisão Ativos e Passivos


Contingentes

não devem ser


reconhecidos por
Deve, meio de lançamento,
necessariamente, ser mas apenas
reconhecida no evidenciados em
patrimônio por meio notas explicativas,
de um lançamento se os critérios para
divulgação do CPC 25
forem satisfeitos.

PROVISÃO É um passivo de prazo ou de valor incertos.

uma obrigação possível que resulta de eventos passados e


cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou
não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob controle da entidade;

PASSIVO
CONTIGENTE não é provável que uma saída
É de recursos que incorporam
benefícios econômicos seja
ou uma obrigação exigida para liquidar a
presente que resulta de obrigação;
eventos passados, mas
que não é reconhecida
porque:
o valor da obrigação não pode
ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

a entidade tem uma obrigação presente


(legal ou não formalizada) como
resultado de evento passado;

Uma provisão deve seja provável que será necessária uma


ser reconhecida saída de recursos que incorporam
quando benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e

possa ser feita uma estimativa confiável


do valor da obrigação.

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Tratamento contábil das


Provisões e do Passivos
Contingentes

Possível (não
Provável Remota
provável)

Não contabiliza a
Contabiliza e divulga Não contabiliza e não
Provisão, mas divulga
em notas explicativas a divulga em notas o
em notas o Passivo
Provisão Passivo Contingente
Contingente

Tratamento contábil dos Ativos Contingentes

Possível (não
Praticamente certa Provável
provável)

O ativo não é
Não contabiliza, mas Não contabiliza e não
contigente;
divulga em notas o divulga em notas;
Deve ser considerado Ativo Contingente; Não é Ativo;
um Ativo;

Cálculo da Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa:


Exemplo: A empresa Sortudos apresentou no balanço patrimonial de
2013 a conta Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) com saldo de R$
500,00.
Ao final do exercício de 2014 a empresa possuía duplicatas a receber
no valor de R$ 100.000,00, com experiência de perdas no recebimento de
créditos, ocorrida nos últimos três anos, em média de 2%.
Assim, ao contabilizar uma nova provisão no exercício de 2014:
a) Qual valor deve constar no balanço da conta PDD?
O saldo da PDD no balanço é de R$ 2.000,00 (2% X 100.000,00).
b) qual o valor da despesa que deverá compor o resultado do exercício:
Neste caso, aproveitamos o saldo da conta PDD do ano de 2013 e só
contabilizamos o complemento no resultado. Assim, o valor da despesa de 2014
com PDD é R$ 1.500,00 (2.000,00 - 500,00).
D – Despesa com devedores duvidosos (resultado)
C – PDD (retificadora do Ativo) 1.500,00

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Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de exercícios de


concursos anteriores da ESAF. Em seguida temos as questões comentadas. Se
você preferir responder antes de olhar os comentários, vá direto para a página
57 e depois retorne para verificar os comentários das questões.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Feliphe Araújo

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6 – Questões Comentadas

01. (ESAF / ATRFB / 2009) No encerramento do exercício social, quando


ainda resta saldo não utilizado na conta Provisão para Devedores Duvidosos,
necessário se faz contabilizar a reversão desse saldo. Nesse caso, o lançamento
de ajuste a ser feito deverá ser:
a) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Lucros
Acumulados.
b) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Resultado do
Exercício.
c) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Lucros
Acumulados.
d) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Resultado do
Exercício.
e) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Despesa.
Resolução:
Já estudamos que quando há reversão, devemos debitar a conta de provisão
e creditar uma conta de reversão de provisão, que é uma receita,
contabilizada no resultado.
O lançamento será:
D - Provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD)
C - Reversão de provisão (receita - resultado do exercício)
Devemos esclarecer que essa questão parece que foi copiada literal do Imposto
de Renda – perguntas e resposta:
Quando a provisão constituída não chegar a ser utilizada ou for utilizada só
parcialmente, o seu saldo, por ocasião da apuração dos resultados do período
de apuração seguinte, deverá ser revertido a crédito de resultado desse
período de apuração e, se for o caso, constituída nova provisão para vigorar
durante o período de apuração subsequente.
Gabarito: Letra D.

02. (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2002) Em primeiro de outubro


de 2001, a Imobiliária Casa & Terra S/A recebeu, antecipadamente, seis meses
de aluguel com valor mensal de R$ 300,00 e pagou o aluguel dos próximos doze
meses no valor anual de R$ 2.400,00.
Nesse caso, as regras do regime contábil da competência nos leva a afirmar que
no balanço de encerramento do exercício, elaborado em 31.12.01, em
decorrência desses fatos haverá

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a) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 600,00.
b) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 900,00.
c) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 1.200,00.
d) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 1.800,00.
e) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 2.400,00.
Resolução:
A questão aborda o tema receitas e despesas antecipadas (ou do exercício
seguinte).
Em 01/10/2001, pelo pagamento antecipado do aluguel, a empresa
classificará as despesas antecipadas no ativo, pois representam direitos,
conforme lançamento seguinte:
D – Aluguéis pagos antecipadamente (Ativo)
C – Caixa 2.400,00
Para resolução da questão, em 31/12/2001, faremos apenas um lançamento
referente a despesa do aluguel de outubro a dezembro:
D – Despesa de aluguel (resultado)
C – Aluguéis pagos antecipadamente (Ativo) 600,00

Cálculo das despesas de aluguel de 2001 = (2.400/12) X 3 = R$ 600,00.


Assim, o saldo da conta aluguéis pagos antecipadamente (despesas do
exercício seguinte) é = R$ 1.800,00 (2.400,00 - 600,00 OU 9 (meses) X
200,00).
Em 01/10/2001, pelo recebimento antecipado do aluguel, a empresa
classificará as receitas antecipadas no passivo, pois representam
obrigações, conforme lançamento seguinte:
D – Caixa
C – Aluguéis recebidos antecipadamente (passivo) 1.800,00 (300 x 6)
Para resolução da questão, em 31/12/2001, faremos apenas um lançamento
referente a receita de aluguel de outubro a dezembro:
D – Aluguéis recebidos antecipadamente (passivo)
C – Receitas de Aluguéis (resultado) 900,00 (300 X 3)

Logo, o saldo da conta aluguéis recebidos antecipadamente (receitas do


exercício seguinte) é = R$ 900,00 (1.800,00 - 900,00 OU 3 (meses) X
300,00). Gabarito: Letra B.

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03. (ESAF / AFC - STN / 2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A tinha
créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$ 110.000,00 em
31.12.07. Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor de R$
3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$ 1.100,00,
referente a créditos de 2007. A conta provisão para créditos de liquidação
duvidosa foi a balanço em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e deverá ir a balanço
em 2007 com saldo equivalente a 3% dos créditos cabíveis. Após a
contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-se dizer que essa
empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas com créditos de liquidação
duvidosa no valor de
A) R$ 2.800,00.
B) R$ 3.300,00.
C) R$ 3.900,00.
D) R$ 7.100,00.
E) R$ 7.600,00.
Resolução:
A conta Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) foi para o balanço
de 2006 com saldo de R$ 4.800,00. Desse valor, deve ser subtraído os valores
perdidos durante o ano de 2007 (perdas no valor de R$ 3.200,00, referente a
créditos já existentes em 2006 e de R$ 1.100,00, referente a créditos de 2007).
Saldo inicial PCLD 4.800,00
(-) Perdas de 2006 (3.200,00)
(-) Perdas de 2007 (1.100,00)
Saldo PCLD após baixas 500,00
Novo valor da conta PCLD para classificação no balanço patrimonial de 2007:
R$ 110.000,00 x 3% = R$ 3.300,00.
Como ainda havia um saldo de R$ 500,00 na conta PCLD, devemos contabilizar
como PCLD de 2007 o valor de R$ 2.800,00 = R$ 3.300,00 – R$ 500,00.
Gabarito: Letra A.

04. (ESAF / Contador – Mtur / 2014) Uma das despesas mais usuais em
qualquer entidade é a despesa com pessoal. Tomemos como exemplo uma
atividade realizada por apenas um empregado contratado, o qual tenha
demandado gastos mensais com a seguinte composição:
Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Adiantamento salarial R$ 250,00
Previdência social, parte patronal 21%

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Previdência social, parte do segurado 11%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8%
Considerando que tenha sido este o fato ocorrido, podemos dizer que essa
empresa deverá contabilizar uma despesa no valor de:
a) R$1.400,00
b) R$1.320,00
c) R$1.290,00
d) R$1.210,00
e) R$1.150,00
Resolução:
Para responder à questão, basta lembrar do quadro já visto nessa aula:
Despesa da empresa Despesa do Despesa do Governo

Salários empregado Salário-família

Horas extras Contribuição do Salário maternidade

INSS patronal sindicato

FGTS INSS segurado

13 º salário Imposto de Renda


Férias Retido na Fonte

Assim, são despesas da empresa:


Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Previdência social, parte patronal 21% R$ 210,00 – (21% x 1.000)
FGTS 8% R$ 80,00 – (8% x 1.000)
Total R$ 1.290,00

Adiantamento salarial não é despesa da empresa.


A previdência social, parte do segurado é despesa efetiva do próprio empregado,
e, por isso, não deve ser reconhecido como despesa da empresa. Gabarito:
Letra C.

05. (FGV/SEFAZ–RJ/2011) Assinale o tratamento contábil que deve ser


aplicado de acordo com as normas contábeis brasileiras.
a) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada possível e reconhece uma
Reserva para Contingência.

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b) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada remota e reconhece uma
Reserva para Contingência.
c) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada provável e constitui uma
Reserva para Contingência.
d) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada provável e constitui uma
Provisão para Contingências.
e) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada remota e reconhece uma
Provisão para Contingências.
Resolução:
Vamos ver em aula futura que a Reserva para Contingência é constituída para
fazer frente à eventos cíclicos de redução de Lucro (sazonalidade na venda de
bens, por exemplo) e não para antecipar o reconhecimento perdas prováveis as
serem incorridas no futuro (que é o caso da provisão). Reserva para
Contingência é uma conta do PL.
Vocês sabem que as causas que possam ser julgadas prováveis, possíveis ou
remotas estão ligadas ao assunto de Provisão para Contingência. Assim, já
descartamos as assertivas A, B e C.
Letra D: Correta. Uma causa julgada provável deve ser construída como
Provisão para Contingência.
Letra E: Incorreta. Quando a causa trabalhista é julgada remota não há
qualquer registro a ser efetuado, nem deve haver divulgação em Notas
Explicativas.
Gabarito: Letra D.

06. (FCC / Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí / 2015) O


departamento jurídico da Empresa Arriscada S.A. apresentou as informações,
constantes no quadro abaixo, relativas a diversos processos movidos contra a
empresa. Estas informações serão utilizadas para a elaboração do Balanço
Patrimonial em 31/12/2013:
Processo Valor Estimado (R$) Probabilidade Perda
Ação Fiscal - ICMS 800.000,00 Possível
Ação Fiscal - IPI 1.500.000,00 Provável
Ação Fiscal - CSSL 3.200.000,00 Possível
Ações Trabalhistas 2.800.000,00 Provável
Processo Ambiental 1.000.000,00 Remota

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Sabendo-se que todos os valores estimados são confiáveis e com base nas
informações apresentadas, o valor a ser evidenciado como provisão no passivo,
no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 é, em reais,
a) 4.300.000,00.
b) 9.300.000,00.
c) 8.300.000,00.
d) 4.000.000,00.
e) 1.000.000,00.
Resolução:
De acordo com o CPC 25, uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como
resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
A esquematização abaixo resume esse assunto:

Tratamento contábil das


Provisões e do Passivos
Contingentes

Possível (não
Provável Remota
provável)

Não contabiliza a
Contabiliza e divulga Não contabiliza e não
Provisão, mas divulga
em notas explicativas a divulga em notas o
em notas o Passivo
Provisão Passivo Contingente
Contingente

Assim, deverá ser constituída provisão no passivo referente aos processos


com probabilidade de perda provável no valor de R$ 4.300.000,00, conforme
cálculo abaixo:
Ação Fiscal – IPI R$ 1.500.000,00
+ Ações Trabalhistas R$ 2.800.000,00
= PROVISÕES R$ 4.300.000,00
Gabarito: Letra A.

07. (ESAF / AFC – STN / 2013) A Companhia FlyAir, detentora de 10 aviões,


tem previsto em seus contratos, por determinação de legislação federal,
vistoriar suas aeronaves em intervalos de dois em dois anos. Os gastos por

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aeronave, nesse intervalo de tempo, são estimados em R$ 3.000.000,00. Dessa
forma deve a empresa:
a) reconhecer uma provisão no valor de R$ 30.000.000,00, uma vez que a
companhia já tem estimativa do custo das revisões.
b) contabilizar a obrigação de longo prazo, gerando um Contas a Pagar de R$
30.000.000,00.
c) ativar o valor de R$ 30.000.000,00 como custo das aeronaves para que já
seja feito o reconhecimento do valor do custo de manutenção das aeronaves
durante o seu desgaste.
d) desconsiderar os valores não reconhecendo qualquer provisão, uma vez que
não há obrigação presente.
e) evidenciar em nota explicativa a obrigatoriedade de constituição da provisão
e os valores que afetarão no futuro os resultados da companhia.
Resolução:
As demonstrações financeiras tratam da posição patrimonial e financeira da
entidade no fim do seu período de divulgação, e não da sua possível posição no
futuro. De acordo com o CPC 25, podemos considerar como provisão as
obrigações que surgem de eventos passados que existem independentemente
de ações futuras da entidade (da conduta de seus negócios). (Item 19, CPC 25).
Em relação à presente questão, o enunciado deixa claro que existe uma
obrigação legal no que diz respeito à revisão de aeronaves de dois em dois anos.
Apesar da obrigação imposta pela legislação, a qualquer momento a companhia
pode mudar o rumo dos acontecimentos e se esquivar da obrigação a depender
da conduta de seus negócios. Se a Companhia FlyAir, por exemplo, resolver
alienar as aeronaves para terceiros, ela deixa de se ver submetida à imposição
da legislação, já que não será mais proprietária das aeronaves. Por este motivo,
no presente caso, não há qualquer valor a ser provisionado, em razão do item
19 do CPC 25. Gabarito: Letra D.

08. (ESAF / AFRFB / 2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao


mês de abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos
e valores:
Salários e ordenados R$ 63.000,00
Horas-extras R$ 3.500,00
Salário-família R$ 80,00
Salário-maternidade R$ 1.500,00
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
FGTS R$ 5.320,00

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Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.
Resolução:
Para responder à questão, basta lembrar do quadro já visto nessa aula:
Despesa da empresa Despesa do Despesa do Governo

Salários empregado Salário-família

Horas extras Contribuição do Salário maternidade

INSS patronal sindicato

FGTS INSS segurado

13 º salário Imposto de Renda


Férias Retido na Fonte

Assim, são despesas da empresa:


Salários e ordenados R$ 63.000,00
Horas-extras R$ 3.500,00
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
FGTS R$ 5.320,00
Total R$ 80.850,00
O salário família e salário maternidade são pagos pela empresa, porém,
restituídos ao empregador pelo Estado.
O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio empregado, e, por isso, não
deve ser reconhecido como despesa da empresa. Gabarito: Letra E.

09. (ESAF / Contador - Ministério da Fazenda / 2013) A firma Pipiripaco


S/A, prevendo prováveis perdas no recebimento de seus créditos que, no
balanço de 2011, eram de R$ 85.000,00, mandou fazer provisão de 3% desse
valor, mas, durante o exercício seguinte, contabilizou perdas de apenas R$
1.300,00. Em dezembro de 2012, pretendendo fazer provisão nos mesmos
moldes anteriores, para proteger o valor de R$ 100.000,00 que tem a receber,
vai contabilizar uma despesa com devedores duvidosos no valor de

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a) R$ 3.000,00.
b) R$ 2.550,00.
c) R$ 1.750,00.
d) R$ 1.300,00.
e) R$ 1.250,00.
Resolução:
É a famosa questão de complementar a provisão anterior.
PDD constituída em 2011 = 85.000,00 x 3% = R$ 2.550,00
Como houve perdas de créditos em 2012 no valor de R$ 1.300,00, o novo saldo
da PDD será de R$ 1.250,00 = 2.550 - 1.300.
Saldo da conta PDD ao fim de 2012 = R$ 1.250,00
Cálculo da provisão de 2012 = 100.000,00 x 3% = R$ 3.000,00
Como a conta PDD já possui saldo de R$ 1.250,00 remanescente do período
anterior, só é necessário o lançamento complementar de R$ 1.750,00 (3.000,00
- 1.250,00). Gabarito: Letra C.

10. (ESAF / Contador - Mtur / 2014) Estamos no exercício social de 2013 e


compulsamos, entre diversas contas e saldos, os seguintes títulos:
Despesas do exercício seguinte R$ 250,00
Despesas do exercício R$ 400,00
Despesas a pagar R$ 520,00
Despesas do exercício anterior R$ 180,00
Despesas a vencer R$ 210,00
Receitas a receber R$ 270,00
Receitas a vencer R$ 145,00
Receitas de exercícios futuros R$ 230,00
Receitas de exercícios anteriores R$ 370,00
Receitas do exercício R$ 720,00
Após as apurações e classificações levadas a efeito para montagem das
demonstrações contábeis do exercício de 2013, podemos dizer que os
elementos acima indicados vão colaborar na equação contábil com a diferença
a) devedora de R$ 15,00.
b) credora de R$ 175,00.
c) credora de R$ 320,00.

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d) credora de R$ 485,00.
e) credora de R$ 675,00.
Resolução:
CONTA Débito Crédito
Despesas do exercício seguinte 250,00
Despesas do exercício 400,00
Despesas a pagar 520,00
Despesas a vencer 210,00
Receitas a receber 270,00
Receitas a vencer 145,00
Receitas de exercícios futuros 230,00
Receitas do exercício 720,00
Total 1.130,00 1.615,00

O saldo credor é maior que o devedor no valor de R$ 485,00 (1.615,00 -


1.130,00).
A ESAF aprontou com os candidatos nessa questão, porque há falha. A banca
não considerou erroneamente os valores das contas de "Despesas do
exercício anterior" e "Receitas de exercício anterior"
Quando essas despesas e receitas não foram contabilizadas no tempo certo,
quando de sua ocorrência, ficam classificadas como Ajuste de Exercícios
Anteriores, no Patrimônio Líquido. Assim, não influenciam o resultado do
exercício atual, mas alteram a equação contábil.
Devemos observar como a banca vai tratar esse tipo de questão em prova futura
(não considerar as receitas e despesas de exercícios anteriores).
Gabarito: Letra D.

11. (FCC / ICMS – SP / 2009) Determinada empresa comercial possuía em


seu Balanço Patrimonial, em 31/12/2011, R$ 350.000,00 em duplicatas a
receber e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa
(EPCLD) no valor de R$ 10.500,00. Em janeiro de 2012, um cliente que devia
R$ 5.000,00 foi considerado incobrável. Ao reconhecer este evento, a empresa
debitou
a) Perdas com Clientes e creditou Duplicatas a Receber.
b) EPCLD e creditou Duplicatas a Receber.
c) EPCLD e creditou Provisão no passivo.

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d) Despesa com EPCLD e creditou Disponível.
e) Perdas com Clientes e creditou EPCLD.
Resolução:
No caso de os créditos serem considerados incobráveis, ou seja, o
reconhecimento da perda efetiva do crédito, deverá ser no sentido de baixar o
direito a receber (Duplicatas a receber) e de baixar o valor de PECLD (EPCLD,
no caso do enunciado). Assim, o lançamento será:
D – EPCLD (Retificadora do ativo)
C – Duplicatas a Receber (ativo)
Gabarito: Letra B.

12. (ESAF / ATRFB / 2012) A empresa Confiante Ltda. apresenta a seguinte


movimentação com créditos a receber e clientes:
No balanço de 2010, em 31/12: tinha créditos a receber de R$ 2.800,00 e
provisão para perdas prováveis de R$84,00.
Durante o exercício de 2011, contabilizou o recebimento de créditos R$ 980,00;
a baixa por não recebimento R$120,00; a incorporação de novos créditos a
receber R$1.700,00; o desconto de duplicatas no banco R$ 500,00.
Em 31/12/2011, para fins de balanço, deverá fazer uma nova provisão para
perdas prováveis, no montante de
a) R$ 51,00.
b) R$ 84,00.
c) R$ 87,00.
d) R$ 102,00.
e) R$ 171,00.
Resolução:
A empresa possui no balanço de 31/12/2010 os seguintes valores:
Créditos a receber = R$ 2.800,00
Provisão para perdas prováveis = (R$ 84,00).
O índice de inadimplência é de 3% = 84/2800.
Em 31/12/2011, em virtude das operações durante o exercício de 2011, a
empresa possui créditos a receber de:
Créditos a receber em 2010 R$ 2.800,00
(-) Recebimento de créditos (R$ 980,00);
(-) Baixa por não recebimento (R$120,00);

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+ Incorporação de novos créditos a receber R$1.700,00;
(-) Desconto de duplicatas no banco (R$ 500,00).
Total de Créditos a receber em 2011 R$ 2.900,00
Como a empresa não fixou o percentual de inadimplência de 2011, presume-se
a utilização do percentual de 3%.
A provisão para perda prováveis em 2011 é R$ 87,00 (3% X 2900).
A ESAF adotou o procedimento de não incluir as Duplicatas Descontadas
na base de cálculo. Já foi falado que se a duplicata não for quitada pelo cliente,
a empresa paga ao banco o título e posteriormente cobraria a duplicata do seu
cliente.
Assim, as duplicatas descontadas seriam consideradas no cálculo do ajuste para
perdas prováveis. As outras bancas não reduzem dos créditos a receber o valor
de duplicatas descontadas, quando do cálculo de PDD.
Porém, a ESAF deduziu nessa prova as duplicatas descontadas da base
de cálculo, como explicado acima. Gabarito: Letra C.

Enunciado para resolução das questões 13 e 14


Dos registros do Departamento de Pessoal da Cia. Bom Patrão, foram
selecionados os seguintes dados:
ITENS VALORES (R$)
Auxílio Maternidade 2.000,00
FGTS 16.000,00
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRFPF) 6.000,00
INSS (empregado) 9.500,00
INSS (empregador) 40.000,00
Salário Família 500,00
Salários Brutos 200.000,00

Tomando-se como base apenas os dados anteriores, pode-se afirmar que:


13) (ESAF / AFC – STN / 2013) O total das despesas de pessoal somam:
a) R$ 258.500,00.
b) R$ 258.000,00.
c) R$ 256.500,00.
d) R$ 256.000,00.
e) R$ 250.500,00.

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Resolução:
Para responder à questão, basta lembrar do quadro:
Despesa da empresa Despesa do Despesa do Governo

Salários empregado Salário-família

Horas extras Contribuição do Salário-maternidade

INSS patronal sindicato

FGTS INSS segurado

13 º salário Imposto de Renda


Férias Retido na Fonte

Assim, são despesas da empresa:


Salários brutos R$ 200.000,00
INSS empregador R$ 40.000,00
FGTS R$ 16.000,00
Total R$ 256.000,00
O salário família e auxílio maternidade são pagos pela empresa, porém,
restituídos ao empregador pelo Estado. Assim, são despesas do governo.
O INSS (empregado) e o Imposto de Renda Retido na Fonte é despesa efetiva
do próprio empregado, e, por isso, não deve ser reconhecido como despesa da
empresa. Gabarito: Letra D.

14) (ESAF / AFC – STN / 2013) O valor total inscrito em salários a pagar é
a) R$ 250.000,00.
b) R$ 240.000,00.
c) R$ 206.000,00.
d) R$ 189.000,00.
e) R$ 187.000,00.
Resolução:
O valor total de salários a pagar (obrigação) é igual aos desembolsos do
empregador (salários brutos, auxílio maternidade e salário família) menos as
retenções (INSS do empregado e Imposto de Renda Retido na Fonte).
Salários brutos 200.000
Auxílio-maternidade 2.000
Salário-família 500

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(-) Imposto de Renda Retido na Fonte (6.000)
(-) INSS do empregado (9.500)
= Total dos salários a pagar 187.000
Gabarito: Letra E.

15. (ESAF / ICMS - PI / 2001) Uma empresa apura os resultados anualmente


em 31 de dezembro.
Em 30 de abril de 2001 verifica que um cliente tem uma dívida em duplicatas
no valor de R$ 7.000,00, considerada incobrável. Como no dia 31 de dezembro
de 2000 não foi constituída a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, o
lançamento adequado no dia 30 de abril de 2001 será:
a) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
a Duplicatas a Receber R$ 7.000,00
b) Duplicatas a Receber
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 7.000,00
c) Despesa com Créditos Incobráveis
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 7.000,00
d) Despesas com Créditos Incobráveis
a Duplicatas a Receber R$ 7.000,00
e) Duplicatas a Receber
a Despesas com Créditos Incobráveis R$ 7.000,00
Resolução:
Cuidado!!! Essa questão é típica de pegadinha em provas de concursos.
O enunciado nos informa que a empresa descobre que tem R$ 7.000,00 em
duplicatas consideradas incobráveis. No entanto, a entidade não havia
constituído qualquer Provisão ao término do exercício de 2000. Assim, você não
pode debitar a conta PCLD, porque não houve o reconhecimento da provisão.
Como resultado, estes títulos incobráveis deverão ser apropriados diretamente
como despesa no dia 30 de abril de 2001.
O lançamento é o seguinte:
Perda com títulos incobráveis (despesa)
a Duplicatas a Receber 7.000,00
Gabarito: letra D.

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16. (ESAF / Analista de Comércio Exterior - MDIC / 2012) A empresa “X”,
em 31 de dezembro, tem créditos normais, sem garantias específicas de
recebimento, no montante de R$ 60.000,00. Deve, portanto, constituir uma
provisão para risco de crédito. No seu livro Razão há um saldo remanescente
da Provisão para Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00. A nova provisão
deverá ser contabilizada à razão de 3% dos créditos sob risco, o que, neste
balanço, fará a empresa suportar uma despesa no valor de
a) R$ 770,00.
b) R$ 800,00.
c) R$ 1.770,00.
d) R$ 1.800,00.
e) R$ 2.800,00.
Resolução:
A empresa possui um saldo de PDD de R$ 1.000,00.
Cálculo da nova provisão:
Nova PDD = 60.000,00 x 3% = R$ 1.800,00
Como a conta PDD já possui saldo de R$ 1.000,00 remanescente do período
anterior, só é necessário o lançamento complementar de R$ 800,00 (1.800,00
- 1000,00). Gabarito: Letra B.

17. (ESAF / AFC – STN / 2013) O departamento de análise de crédito da


empresa Comércio Geral S.A. apresenta ao comitê de políticas contábeis, da
empresa, o relatório a seguir, relativo ao comportamento dos recebíveis nos
últimos quatro anos.

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Na apuração do resultado de 2011, a empresa registrou:
a) um crédito na conta de Perdas com clientes de R$ 6.000.
b) um débito na conta Perdas com Incobráveis de R$ 8.000.
c) um crédito na conta de PECLD R$ 22.000.
d) um débito em conta de provisão no valor de R$ 15.750.
e) um crédito na conta Recuperação de Perdas R$ 14.000.
Resolução:
Nosso foco, para a resolução desta questão, está no ano de 2011. Vamos
analisar as alternativas.
a) Incorreta. Nós só debitamos a conta de “Perdas com Clientes” (de despesa)
caso as provisões efetuadas sejam insuficientes para fazer frente à
inadimplência dos clientes ao longo do ano. Em 2011 não houve perdas
adicionais (se houvesse, estaria representado na linha Valor considerados como
Perdas por Incobráveis).
b) Incorreta. Apesar do nome da conta ser diferente, a ideia é a mesma que a
da letra A. Não houve perdas com crédito incobráveis em 2011.
c) Incorreta. No início de 2011, o saldo em PECLD era de R$ 8.000,00 (valor de
fechamento de 2010). Ao longo de 2011 foi efetuada a reversão desta provisão
e, ao mesmo tempo, foi reconhecida recuperação de perdas ocorridas em
períodos anteriores (esta é uma conta de Receita).
Além disso, ao final de 2011 foram estimados novos valores (e provisionados)
para devedores duvidosos no montante de R$ 15.750,00.
Portanto, podemos imaginar que foram efetuados os seguintes lançamentos:
1 - Pela reversão da provisão:
D – PECLD
C – Reversão de PECLD (receita) 8.000
2 - Pelo reconhecimento da recuperação de perdas anteriores:
D – Caixa (se em dinheiro)
C – Recuperação de Perdas (receita) 14.000
3 - E, finalmente, pela constituição das novas perdas estimadas ao final do ano:
D – Despesa com PECLD
C – PECLD 15.750
Assim, o crédito na conta de PECLD foi de R$ 15.750,00 e não de R$ 22.000.
d) Incorreta. A conta de provisão foi creditada neste valor, em vez de debitada,
como diz a afirmativa.

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e) Correta. De fato, a conta de Recuperação de Perdas (de resultado) foi
creditada em R$ 14.000,00, em contrapartida do recebimento dos recursos,
pelo caixa.
Gabarito: Letra E.

18. (FCC / TCE – AP / 2012) Tabela de expectativas processuais:


Processo trabalhista (horas extras) - R$ 500.000,00 - Probabilidade de perda 58%
Processo trabalhista (assédio moral) - R$ 300.000,00 - Probabilidade de perda 45%
Processo civil (danos corporais) - R$ 250.000,00 - Probabilidade de perda 30%

Processo tributário constitucionalidade COFINS - R$ 800.000,00 - Probabilidade de


perda 85%

Com base nos dados da tabela, fornecidos pelo advogado da empresa Avante
S.A. e considerando as condições estabelecidas nas normas contábeis vigentes
para constituição das provisões contingenciais, a empresa deve provisionar:
a) R$ 1.300.000,00.
b) R$ 1.850.000,00.
c) R$ 800.000,00.
d) R$ 1.050.000,00.
e) R$ 300.000,00.
Resolução: Meus alunos, vejam que, em vez de informar a probabilidade por
meio dos termos "provável", "possível", ou "remota", a questão optou por trazer
percentuais.
O CPC 25 elenca como provável tudo aquilo cuja probabilidade de ocorrer é
maior do que a de não ocorrer. Logo, se algo tem 51% de chance de ocorrer,
deveremos tratá-lo como "provável", uma vez que a sua probabilidade de não
ocorrer, de 49%, é menor que a de ocorrer.
Então, deveremos considerar como "provável" as causas que têm 51% ou mais
probabilidade de perda, portanto, tais causa no enunciado são:
• Processo trabalhista (horas extras) - R$ 500.000,00 – Probabilidade de perda 58%

• Processo tributário constitucionalidade COFINS - R$ 800.000,00 - Probabilidade de


perda 85%

Assim, deverá ser constituída provisão no passivo referente aos processos


com probabilidade de perda provável no valor de R$ 1.300.000,00, conforme
cálculo abaixo:
Processo trabalhista (horas extras) R$ 500.000,00
+ Processo tributário constitucionalidade COFINS R$ 800.000,00
= PROVISÕES R$ 1.300.000,00

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Gabarito: Letra A.

19. (ESAF / Controlador de recursos públicos / TCE-ES - / 2001) Ao


encerrar o exercício social, a empresa Personal Ltda. constituiu a provisão para
férias, segundo os critérios da legislação pertinente, com base na remuneração
mensal dos empregados e no número de dias de férias a que já tinham direito
na época do balanço, incluindo os encargos à base de 30%, sendo 10% dos
segurados e 20% patronal. Apenas o acréscimo de um terço do valor das férias
não foi incluído na provisão.
A situação descrita na época do balanço era a seguinte:
10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.500,00;
10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.200,00;
10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.000,00.
Todos os empregados tinham mais de um ano de casa e não faltaram ao serviço
durante o período aquisitivo das férias.
Com estas informações o contador da empresa promoveu o lançamento para
contabilizar a provisão para férias no valor de:
A) R$ 21.150,00
B) R$ 23.500,00
C) R$ 25.850,00
D) R$ 28.200,00
E) R$ 30.550,00
Resolução:
Não vamos calcular o FGTS, apesar de ser obrigatório, porque a questão
menciona somente encargos da empresa de 20%. Os 10% referentes à
contribuição dos segurados será descontado do salário dos funcionários,
portanto não é encargo da empresa.
O correto seria o lançamento mensal da provisão, mas nesta questão, foi
calculado o valor total no final do período. Não foi acrescido o valor de um terço
das férias, conforme enunciado da questão.
Assim, temos:
1) 10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$1.500,00.
O valor provisionado é R$ 15.000,00 (10 x 1500).
2) 10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$1.200,00.
Com seis meses de trabalho, devemos provisionar R$ 6.000,00:
Valor dos salários = 10 x 1200 = 12.000,00.

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Valor provisionado = 6 x 12.000/12 = 6.000,00.
3) 10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$1.000,00.
Com três meses de trabalho, devemos provisionar R$ 2.500,00:
Provisão de férias: 15.000 + 6000 + 2500 = 23.500,00 + 20% patronal =
23.500 x 1,2 = R$ 28.200
Provisão de férias no valor de R$ 28.200,00. Gabarito: Letra D.

20. (ESAF / AFRFB / 2014) Da folha de pagamento da Cia. Pagadora foram


extraídos os dados abaixo:
Salários Brutos 400.000
Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física 3.400
INSS Retido 6.000
Salário Família 1.500
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Auxílio Maternidade 2.500
Tomando como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a
ser apropriado como Despesas de Período é:
a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.
d) R$400.000.
e) R$394.600.
Resolução:
Para responder à questão, basta lembrar do quadro já visto nessa aula:
Despesa da empresa Despesa do Despesa do Governo

Salários empregado Salário-família

Horas extras Contribuição do Salário maternidade

INSS patronal sindicato

FGTS INSS segurado

13 º salário Imposto de Renda


Férias Retido na Fonte

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Assim, são despesas da empresa:
Salários brutos R$ 400.000,00
Contribuição Patronal INSS R$ 40.000,00
FGTS R$ 32.000,00
Total R$ 472.000,00
O salário família e auxílio maternidade são pagos pela empresa, porém,
restituídos ao empregador pelo Estado.
O INSS retido e o Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física são despesas
efetiva do próprio empregado, e, por isso, não deve ser reconhecido como
despesas da empresa. Gabarito: Letra B.

21. (ESAF / SEFAZ-CE / 2007) A empresa Mercearia Merck S/A, baseada em


experiência de perdas no recebimento de clientes, no exercício de 2005,
constituiu uma provisão para perdas no valor de R$ 1.350,00. No exercício de
2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$ 930,00 e chegou ao fim
do exercício com valores a receber no montante de R$ 60.000,00.
Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de 3%
dos créditos que vão a balanço, pode-se dizer que, com a adoção dessa medida,
o lucro da empresa será reduzido em
a) R$ 2.310,00.
b) R$ 1.800,00.
c) R$ 1.380,00.
d) R$ 870,00.
e) R$ 450,00.
Resolução:
É a famosa questão de complementar a provisão anterior.
A empresa possui um saldo de PDD em 2005 de R$ 1.350,00.
Como houve baixa de créditos em 2006 no valor de R$ 930,00, o novo saldo da
PDD era de R$ 420,00 = 1.350 - 930.
Cálculo da nova provisão:
Nova PDD = 60.000,00 x 3% = R$ 1.800,00
Como a conta PDD já possui saldo de R$ 420,00 remanescente do período
anterior, só é necessário o lançamento complementar de R$ 1.380,00 (1.800,00
- 420,00).
Gabarito: Letra C.

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22. (ESAF / SEFAZ-CE / 2007) Com base na experiência de perdas efetivas
no recebimento de seus créditos, a Microempresa Satélite S/A, constituiu no
exercício de 2005 uma provisão no valor de R$ 2.700,00.
No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$ 1.860,00
e chegou ao fim do exercício com valores a receber no montante de R$
120.000,00.
Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de 3%
dos créditos existentes, mesmo levando em conta o saldo não utilizado da
provisão anterior, pode-se dizer que os referidos créditos devem ir a balanço,
deduzidos de provisão no valor de
a) R$ 4.440,00.
b) R$ 2.760,00.
c) R$ 3.600,00.
d) R$ 900,00.
e) R$ 1.740,00.
Resolução:
Nessa questão, pede-se o valor que irá ao balanço da provisão. PEGADINHA!
CUIDADO! Não é o valor da complementação ou o quanto reduziu o lucro que
devemos calcular.
Nesse caso, basta calcular o valor total da provisão, conforme abaixo:
120.000 x 3% = R$ 3.600,00. Este é o valor da PDD que irá ao balanço.
Gabarito: Letra C.

23. (ESAF / Analista - SUSEP / 2006) A empresa Comércio Limitado, tendo


créditos a receber no valor de R$ 32.000,00, em 31.12.05, e com experiência
de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie, comprovada em 4%
nos últimos três exercícios sociais, precisa mandar constituir uma provisão para
devedores duvidosos, antes de elaborar o seu balanço anual. Considerando que,
no livro Razão, já existe uma conta de provisão com essa finalidade, com saldo
anterior de R$ 520,00, não utilizado, e que a empresa quer contabilizar o evento
com um único lançamento no livro Diário, o Contador deverá mandar fazer na
conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa um registro de
a) R$ 1.280,00, a crédito.
b) R$ 960,00, a crédito.
c) R$ 760,00, a crédito.
d) R$ 520,00, a débito.
e) R$ 440,00, a débito.

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Resolução:
A empresa possui um saldo de PDD em 2004 de R$ 520,00.
Cálculo da nova provisão:
Nova PDD = 32.000,00 x 4% = R$ 1.280,00
Lançamento complementar = R$ 1.280 – R$ 520 = R$ 760,00 a crédito,
conforme abaixo:
D – Despesa com PDD
C – PDD (retificadora do ativo) 760,00
Está ficando fácil com a prática? É sempre o mesmo cálculo de complementação.
Gabarito: Letra C.

24. (ESAF / Auditor Fiscal - RN / 2005) A firma Linhas de Comércio Ltda.


tem no livro razão uma conta intitulada "Provisão para Créditos de Liquidação
Duvidosa" com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço patrimonial de
2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício de 2003. No balanço
patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a empresa deverá
demonstrar as contas "Duplicatas a Receber" e "Clientes", com saldo devedor
de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Considerando-se que está
comprovada a expectativa de perda provável de 3% dos créditos a receber, a
empresa deverá contabilizar uma provisão. Este fato, aliado às outras
informações constantes do enunciado, fará com que o lucro da empresa,
referente ao exercício de 2003, seja reduzido no valor de:
a) R$ 7.500,00.
b) R$ 9.000,00.
c) R$ 16.290,00.
d) R$ 16.500,00.
e) R$ 25.500,00.
Resolução:
A empresa possui um saldo de PDD em 2004 de R$ 9.000,00.
Valores a receber: 350.000 + 200.000 = R$ 550.000
Cálculo da nova provisão:
Nova PDD = 550.000,00 x 3% = R$ 16.500,00
Lançamento complementar = R$ 16.500 – R$ 9.000 = R$ 7.500,00.
Gabarito: Letra A.

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25. (ESAF / Auditor-Natal / 2008) A empresa Fastfood Ltda., com contas a
receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha também uma conta
de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo remanescente de
R$ 13.000,00. No encerramento do exercício de 2007, mandou fazer nova
provisão baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual às perdas efetivas
ocorridas no recebimento de créditos nos últimos três exercícios. Feitos os
lançamentos cabíveis, a empresa levará ao resultado do exercício uma despesa
provisionada de:
a) R$ 15.000,00.
b) R$ 13.000,00.
c) R$ 11.000,00.
d) R$ 24.000,00.
e) R$ 28.000,00.
Resolução:
A empresa possui um saldo remanescente de PDD = R$ 13.000,00.
Cálculo da nova provisão:
Nova PDD = 800.000,00 x 3,5% = R$ 28.000,00
Lançamento complementar = R$ 28.000 – R$ 13.000 = R$ 15.000,00.
Gabarito: Letra A.

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7 – Lista de Exercícios

01. (ESAF / Receita Federal - ATRFB / 2009) No encerramento do exercício


social, quando ainda resta saldo não utilizado na conta Provisão para Devedores
Duvidosos, necessário se faz contabilizar a reversão desse saldo. Nesse caso, o
lançamento de ajuste a ser feito deverá ser:
a) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Lucros
Acumulados.
b) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Resultado do
Exercício.
c) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Lucros
Acumulados.
d) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Resultado do
Exercício.
e) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Despesa.

02. (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2002) Em primeiro de outubro


de 2001, a Imobiliária Casa & Terra S/A recebeu, antecipadamente, seis meses
de aluguel com valor mensal de R$ 300,00 e pagou o aluguel dos próximos doze
meses no valor anual de R$ 2.400,00.
Nesse caso, as regras do regime contábil da competência nos leva a afirmar que
no balanço de encerramento do exercício, elaborado em 31.12.01, em
decorrência desses fatos haverá
a) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 600,00.
b) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 900,00.
c) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 1.200,00.
d) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 1.800,00.
e) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 2.400,00.

03. (ESAF / AFC - STN / 2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A tinha
créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$ 110.000,00 em
31.12.07. Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor de R$
3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$ 1.100,00,
referente a créditos de 2007. A conta provisão para créditos de liquidação
duvidosa foi a balanço em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e deverá ir a balanço
em 2007 com saldo equivalente a 3% dos créditos cabíveis. Após a
contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-se dizer que essa
empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas com créditos de liquidação
duvidosa no valor de

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A) R$ 2.800,00.
B) R$ 3.300,00.
C) R$ 3.900,00.
D) R$ 7.100,00.
E) R$ 7.600,00.

04. (ESAF / Contador – Mtur / 2014) Uma das despesas mais usuais em
qualquer entidade é a despesa com pessoal. Tomemos como exemplo uma
atividade realizada por apenas um empregado contratado, o qual tenha
demandado gastos mensais com a seguinte composição:
Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Adiantamento salarial R$ 250,00
Previdência social, parte patronal 21%
Previdência social, parte do segurado 11%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8%
Considerando que tenha sido este o fato ocorrido, podemos dizer que essa
empresa deverá contabilizar uma despesa no valor de:
a) R$1.400,00
b) R$1.320,00
c) R$1.290,00
d) R$1.210,00
e) R$1.150,00

05. (FGV/SEFAZ–RJ/2011) Assinale o tratamento contábil que deve ser


aplicado de acordo com as normas contábeis brasileiras.
a) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada possível e reconhece uma
Reserva para Contingência.
b) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada remota e reconhece uma
Reserva para Contingência.
c) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada provável e constitui uma
Reserva para Contingência.
d) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada provável e constitui uma
Provisão para Contingências.
e) Uma empresa tem uma causa trabalhista julgada remota e reconhece uma
Provisão para Contingências.

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06. (FCC / Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí / 2015) O


departamento jurídico da Empresa Arriscada S.A. apresentou as informações,
constantes no quadro abaixo, relativas a diversos processos movidos contra a
empresa. Estas informações serão utilizadas para a elaboração do Balanço
Patrimonial em 31/12/2013:
Processo Valor Estimado (R$) Probabilidade Perda
Ação Fiscal - ICMS 800.000,00 Possível
Ação Fiscal - IPI 1.500.000,00 Provável
Ação Fiscal - CSSL 3.200.000,00 Possível
Ações Trabalhistas 2.800.000,00 Provável
Processo Ambiental 1.000.000,00 Remota
Sabendo-se que todos os valores estimados são confiáveis e com base nas
informações apresentadas, o valor a ser evidenciado como provisão no passivo,
no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 é, em reais,
(A) 4.300.000,00.
(B) 9.300.000,00.
(C) 8.300.000,00.
(D) 4.000.000,00.
(E) 1.000.000,00.

07. (ESAF / AFC – STN / 2013) A Companhia FlyAir, detentora de 10 aviões,


tem previsto em seus contratos, por determinação de legislação federal,
vistoriar suas aeronaves em intervalos de dois em dois anos. Os gastos por
aeronave, nesse intervalo de tempo, são estimados em R$ 3.000.000,00. Dessa
forma deve a empresa:
a) reconhecer uma provisão no valor de R$ 30.000.000,00, uma vez que a
companhia já tem estimativa do custo das revisões.
b) contabilizar a obrigação de longo prazo, gerando um Contas a Pagar de R$
30.000.000,00.
c) ativar o valor de R$ 30.000.000,00 como custo das aeronaves para que já
seja feito o reconhecimento do valor do custo de manutenção das aeronaves
durante o seu desgaste.
d) desconsiderar os valores não reconhecendo qualquer provisão, uma vez que
não há obrigação presente.
e) evidenciar em nota explicativa a obrigatoriedade de constituição da provisão
e os valores que afetarão no futuro os resultados da companhia.

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08. (ESAF / AFRFB / 2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao
mês de abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos
e valores:
Salários e ordenados R$ 63.000,00
Horas-extras R$ 3.500,00
Salário-família R$ 80,00
Salário-maternidade R$ 1.500,00
INSS contribuição segurados R$ 4.800,00
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
FGTS R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.

09. (ESAF / Contador - Ministério da Fazenda / 2013) A firma Pipiripaco


S/A, prevendo prováveis perdas no recebimento de seus créditos que, no
balanço de 2011, eram de R$ 85.000,00, mandou fazer provisão de 3% desse
valor, mas, durante o exercício seguinte, contabilizou perdas de apenas R$
1.300,00. Em dezembro de 2012, pretendendo fazer provisão nos mesmos
moldes anteriores, para proteger o valor de R$ 100.000,00 que tem a receber,
vai contabilizar uma despesa com devedores duvidosos no valor de
a) R$ 3.000,00.
b) R$ 2.550,00.
c) R$ 1.750,00.
d) R$ 1.300,00.
e) R$ 1.250,00.

10. (ESAF / Contador - Mtur / 2014) Estamos no exercício social de 2013 e


compulsamos, entre diversas contas e saldos, os seguintes títulos:
Despesas do exercício seguinte R$ 250,00
Despesas do exercício R$ 400,00

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Despesas a pagar R$ 520,00
Despesas do exercício anterior R$ 180,00
Despesas a vencer R$ 210,00
Receitas a receber R$ 270,00
Receitas a vencer R$ 145,00
Receitas de exercícios futuros R$ 230,00
Receitas de exercícios anteriores R$ 370,00
Receitas do exercício R$ 720,00
Após as apurações e classificações levadas a efeito para montagem das
demonstrações contábeis do exercício de 2013, podemos dizer que os
elementos acima indicados vão colaborar na equação contábil com a diferença
a) devedora de R$ 15,00.
b) credora de R$ 175,00.
c) credora de R$ 320,00.
d) credora de R$ 485,00.
e) credora de R$ 675,00.

11. (FCC / ICMS – SP / 2009) Determinada empresa comercial possuía em


seu Balanço Patrimonial, em 31/12/2011, R$ 350.000,00 em duplicatas a
receber e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa
(EPCLD) no valor de R$ 10.500,00. Em janeiro de 2012, um cliente que devia
R$ 5.000,00 foi considerado incobrável. Ao reconhecer este evento, a empresa
debitou
a) Perdas com Clientes e creditou Duplicatas a Receber.
b) EPCLD e creditou Duplicatas a Receber.
c) EPCLD e creditou Provisão no passivo.
d) Despesa com EPCLD e creditou Disponível.
e) Perdas com Clientes e creditou EPCLD.

12. (ESAF / ATRFB / 2012) A empresa Confiante Ltda. apresenta a seguinte


movimentação com créditos a receber e clientes:
No balanço de 2010, em 31/12: tinha créditos a receber de R$ 2.800,00 e
provisão para perdas prováveis de R$84,00.
Durante o exercício de 2011, contabilizou o recebimento de créditos R$ 980,00;
a baixa por não recebimento R$120,00; a incorporação de novos créditos a
receber R$1.700,00; o desconto de duplicatas no banco R$ 500,00.

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Em 31/12/2011, para fins de balanço, deverá fazer uma nova provisão para
perdas prováveis, no montante de
a) R$ 51,00.
b) R$ 84,00.
c) R$ 87,00.
d) R$ 102,00.
e) R$ 171,00.

Enunciado para resolução das questões 13 e 14


Dos registros do Departamento de Pessoal da Cia. Bom Patrão, foram
selecionados os seguintes dados:
ITENS VALORES (R$)
Auxílio Maternidade 2.000,00
FGTS 16.000,00
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRFPF) 6.000,00
INSS (empregado) 9.500,00
INSS (empregador) 40.000,00
Salário Família 500,00
Salários Brutos 200.000,00

Tomando-se como base apenas os dados anteriores, pode-se afirmar que:


13) (ESAF / AFC – STN / 2013) O total das despesas de pessoal somam:
a) R$ 258.500,00.
b) R$ 258.000,00.
c) R$ 256.500,00.
d) R$ 256.000,00.
e) R$ 250.500,00.

14) (ESAF / AFC – STN / 2013) O valor total inscrito em salários a pagar é
a) R$ 250.000,00.
b) R$ 240.000,00.
c) R$ 206.000,00.
d) R$ 189.000,00.

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e) R$ 187.000,00.

15. (ESAF / ICMS - PI / 2001) Uma empresa apura os resultados anualmente


em 31 de dezembro.
Em 30 de abril de 2001 verifica que um cliente tem uma dívida em duplicatas
no valor de R$ 7.000,00, considerada incobrável. Como no dia 31 de dezembro
de 2000 não foi constituída a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, o
lançamento adequado no dia 30 de abril de 2001 será:
a) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
a Duplicatas a Receber R$ 7.000,00
b) Duplicatas a Receber
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 7.000,00
c) Despesa com Créditos Incobráveis
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 7.000,00
d) Despesas com Créditos Incobráveis
a Duplicatas a Receber R$ 7.000,00
e) Duplicatas a Receber
a Despesas com Créditos Incobráveis R$ 7.000,00

16. (ESAF / Analista de Comércio Exterior - MDIC / 2012) A empresa “X”,


em 31 de dezembro, tem créditos normais, sem garantias específicas de
recebimento, no montante de R$ 60.000,00. Deve, portanto, constituir uma
provisão para risco de crédito. No seu livro Razão há um saldo remanescente
da Provisão para Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00. A nova provisão
deverá ser contabilizada à razão de 3% dos créditos sob risco, o que, neste
balanço, fará a empresa suportar uma despesa no valor de
a) R$ 770,00.
b) R$ 800,00.
c) R$ 1.770,00.
d) R$ 1.800,00.
e) R$ 2.800,00.

17. (ESAF / AFC – STN / 2013) O departamento de análise de crédito da


empresa Comércio Geral S.A. apresenta ao comitê de políticas contábeis, da
empresa, o relatório a seguir, relativo ao comportamento dos recebíveis nos
últimos quatro anos.

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Na apuração do resultado de 2011, a empresa registrou:


a) um crédito na conta de Perdas com clientes de R$ 6.000.
b) um débito na conta Perdas com Incobráveis de R$ 8.000.
c) um crédito na conta de PECLD R$ 22.000.
d) um débito em conta de provisão no valor de R$ 15.750.
e) um crédito na conta Recuperação de Perdas R$ 14.000.

18. (FCC / TCE – AP / 2012) Tabela de expectativas processuais:


Processo trabalhista (horas extras) - R$ 500.000,00 - Probabilidade de perda 58%

Processo trabalhista (assédio moral) - R$ 300.000,00 - Probabilidade de perda 45%

Processo civil (danos corporais) - R$ 250.000,00 - Probabilidade de perda 30%

Processo tributário constitucionalidade COFINS - R$ 800.000,00 - Probabilidade de


perda 85%

Com base nos dados da tabela, fornecidos pelo advogado da empresa Avante
S.A. e considerando as condições estabelecidas nas normas contábeis vigentes
para constituição das provisões contingenciais, a empresa deve provisionar:
a) R$ 1.300.000,00.
b) R$ 1.850.000,00.
c) R$ 800.000,00.
d) R$ 1.050.000,00.
e) R$ 300.000,00.

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19. (ESAF / Controlador de recursos públicos / TCE-ES - / 2001) Ao
encerrar o exercício social, a empresa Personal Ltda. constituiu a provisão para
férias, segundo os critérios da legislação pertinente, com base na remuneração
mensal dos empregados e no número de dias de férias a que já tinham direito
na época do balanço, incluindo os encargos à base de 30%, sendo 10% dos
segurados e 20% patronal. Apenas o acréscimo de um terço do valor das férias
não foi incluído na provisão.
A situação descrita na época do balanço era a seguinte:
10 empregados com 12 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.500,00;
10 empregados com 6 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.200,00;
10 empregados com 3 meses de trabalho e salário mensal de R$ 1.000,00.
Todos os empregados tinham mais de um ano de casa e não faltaram ao serviço
durante o período aquisitivo das férias.
Com estas informações o contador da empresa promoveu o lançamento para
contabilizar a provisão para férias no valor de:
A) R$ 21.150,00
B) R$ 23.500,00
C) R$ 25.850,00
D) R$ 28.200,00
E) R$ 30.550,00

20. (ESAF / AFRFB / 2014) Da folha de pagamento da Cia. Pagadora foram


extraídos os dados abaixo:
Salários Brutos 400.000
Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física 3.400
INSS Retido 6.000
Salário Família 1.500
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Auxílio Maternidade 2.500
Tomando como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a
ser apropriado como Despesas de Período é:
a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.

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d) R$400.000.
e) R$394.600.

21. (ESAF / SEFAZ-CE / 2007) A empresa Mercearia Merck S/A, baseada em


experiência de perdas no recebimento de clientes, no exercício de 2005,
constituiu uma provisão para perdas no valor de R$ 1.350,00. No exercício de
2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$ 930,00 e chegou ao fim
do exercício com valores a receber no montante de R$ 60.000,00.
Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de 3%
dos créditos que vão a balanço, pode-se dizer que, com a adoção dessa medida,
o lucro da empresa será reduzido em
a) R$ 2.310,00.
b) R$ 1.800,00.
c) R$ 1.380,00.
d) R$ 870,00.
e) R$ 450,00.

22. (ESAF / SEFAZ-CE / 2007) Com base na experiência de perdas efetivas


no recebimento de seus créditos, a Microempresa Satélite S/A, constituiu no
exercício de 2005 uma provisão no valor de R$ 2.700,00.
No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$ 1.860,00
e chegou ao fim do exercício com valores a receber no montante de R$
120.000,00.
Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de 3%
dos créditos existentes, mesmo levando em conta o saldo não utilizado da
provisão anterior, pode-se dizer que os referidos créditos devem ir a balanço,
deduzidos de provisão no valor de
a) R$ 4.440,00.
b) R$ 2.760,00.
c) R$ 3.600,00.
d) R$ 900,00.
e) R$ 1.740,00.

23. (ESAF / Analista - SUSEP / 2006) A empresa Comércio Limitado, tendo


créditos a receber no valor de R$ 32.000,00, em 31.12.05, e com experiência
de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie, comprovada em 4%
nos últimos três exercícios sociais, precisa mandar constituir uma provisão para
devedores duvidosos, antes de elaborar o seu balanço anual. Considerando que,

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no livro Razão, já existe uma conta de provisão com essa finalidade, com saldo
anterior de R$ 520,00, não utilizado, e que a empresa quer contabilizar o evento
com um único lançamento no livro Diário, o Contador deverá mandar fazer na
conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa um registro de
a) R$ 1.280,00, a crédito.
b) R$ 960,00, a crédito.
c) R$ 760,00, a crédito.
d) R$ 520,00, a débito.
e) R$ 440,00, a débito.

24. (ESAF / Auditor Fiscal - RN / 2005) A firma Linhas de Comércio Ltda.


tem no livro razão uma conta intitulada "Provisão para Créditos de Liquidação
Duvidosa" com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço patrimonial de
2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício de 2003. No balanço
patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a empresa deverá
demonstrar as contas "Duplicatas a Receber" e "Clientes", com saldo devedor
de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Considerando-se que está
comprovada a expectativa de perda provável de 3% dos créditos a receber, a
empresa deverá contabilizar uma provisão. Este fato, aliado às outras
informações constantes do enunciado, fará com que o lucro da empresa,
referente ao exercício de 2003, seja reduzido no valor de:
a) R$ 7.500,00. b) R$ 9.000,00. c) R$ 16.290,00. d) R$ 16.500,00. e) R$
25.500,00.

25. (ESAF / Auditor-Natal / 2008) A empresa Fastfood Ltda., com contas a


receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha também uma conta
de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo remanescente de
R$ 13.000,00. No encerramento do exercício de 2007, mandou fazer nova
provisão baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual às perdas efetivas
ocorridas no recebimento de créditos nos últimos três exercícios. Feitos os
lançamentos cabíveis, a empresa levará ao resultado do exercício uma despesa
provisionada de:
a) R$ 15.000,00.
b) R$ 13.000,00.
c) R$ 11.000,00.
d) R$ 24.000,00.
e) R$ 28.000,00.

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8 – Gabarito

1 2 3 4 5 6 7 8
D B A C D A D E
9 10 11 12 13 14 15 16

D D B C D E D B
17 18 19 20 21 22 23 24
E A D B C C C A

25

9 – Referencial Bibliográfico

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilidade.


Resolução CFC 1.330/11.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as
Sociedades por Ações.
Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - NBC TG 25 - Resolução CFC nº
1.374/2011.
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes - NBC TG 25 - Resolução
CFC nº 1.180/2009.

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