Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
FACULDADE DE FARMÁCIA
NITERÓI
2016
MARCOS MARTINS GOUVÊA
NITERÓI
2016
MARCOS MARTINS GOUVÊA
Banca Examinadora:
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Samanta Cardozo Mourão (Orientadora)
Faculdade de Farmácia – UFF
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Flávia Ferreira de Carvalho Marques (Coorientadora)
Instituto de Química – UFF
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Kátia Gomes de Lima Araújo
Faculdade de Farmácia – UFF
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Gabriela Bittencourt Gonzales Mosegui
Faculdade de Farmácia – UFF
_______________________________________________________________
Ma. Catarina Amorim Oliveira
Instituto Federal do Rio de Janeiro – IFRJ
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos meus pais, Edineuza e Edilson, por sempre estarem ao
meu lado e por terem me apoiado em mais uma vitória.
Aos amigos que a vida me proporcionou, obrigado pela contribuição que cada um
teve para me ajudar a chegar até aqui.
Ao meu grande amigo Lucas Oliveira, por ser um companheiro dentro e fora da
vida profissional e ter me dado uma enorme contribuição para a realização desse trabalho.
Aos meus amigos do LURA, Larissa, Carol, Paula, Heloísa, Thalita, Ian, Vitor,
Lívia, Sarah, Thais e Mitrof, pelo companheirismo diário e pelo aprendizado que adquiri junto
a cada um de vocês.
The growing global scientific production brought the concern to create evaluative methods for
productivity and performance of scientific journals, researchers, universities and countries.
Then, bibliometric indicators were made to accurately translate the quantity and relevance of
the developed research. This instrument for measurement and qualification of science is the
main parameter used for the formulation of science and technology policies, which are aimed
at the distribution of public funds to finance its progress. In Brazil, the National Council for
Scientific and Technological Development (CNPq), one of the agencies responsible for
fostering scientific research, distributes productivity scholarships in research as a form of
encouragement and recognition to researchers with high outstanding productivity in their areas.
The Pharmacy area, one of the divisions of the Health Sciences Great Area, has 156 active
fellows who, given the extensive interdisciplinary activities, develop a wide range of research
lines. This study sought, through the profile of the Productivity Researches of CNPq Pharmacy
area, to better know about their productivity levels and the nature of the research that is
developed, presenting a critical view of the indicators and how they influence the current
scientific process. The results showed that these researchers are mostly female, with doctorate
completed in the Southeast region (mainly in USP) and with research activities developed in
the South and Southeast regions. Most of their work is published in journals classified as Qualis
B1 and B2 in the CAPES Pharmacy area, with high prevalence of publications in national
journals and / or specialized in the line of research on medicinal plants. Besides, they feature
much dependence on advising and productivity indexes related to the category and level of
research scholarship. The evolution of such data must be continually evaluated to determine the
influence of CNPq productivity scholarships on performance and stratification of researchers
at the Pharmacy area in Brazil.
Figura 1: Representação artística de uma botica na cidade do Rio de Janeiro (Debret, 1823).18
Figura 2: Capas dos dois primeiros periódicos científicos publicados: (a) Journal de Sçavans e
(b) Philosophical Transactions, publicados em Paris e Londres, respectivamente, no ano de
1665 ......................................................................................................................................... 23
Figura 4: Número de publicações científicas e posição mundial do Brasil entre os países com
maiores produções científicas entre 1978 e 2014, segundo Thomson ISI e o portal SJR ........ 27
Figura 7: Número de bolsistas PQ da área de Farmácia em função do PIB das regiões brasileiras
(n = 156) ................................................................................................................................. 39
Figura 10: Distribuição dos bolsistas PQ da área de Farmácia em cada categoria/nível de bolsa
de produtividade do CNPq relacionando o número de orientações de mestrado e doutorado
concluídas e o tempo como professor em anos (n = 156) ...................................................... 44
Figura 11: Número de publicações de artigos e patentes dos bolsistas PQ da área de Farmácia
em cada categoria/nível de bolsa de produtividade do CNPq ................................................ 45
Figura 12: Número de periódicos classificados nos níveis de hierarquização do Qualis-
periódicos da CAPES na área de Farmácia em 2014 (n = 1199) ............................................ 46
Figura 14: Fator de impacto médio das publicações de cada bolsista PQ da área de Farmácia
em função de cada categoria/nível de bolsa de produtividade do CNPq ................................ 51
Figura 15: Índice-h médio dos bolsistas PQ da área de Farmácia em cada categoria/nível de
bolsa de produtividade do CNPq (n = 156) ............................................................................ 53
Figura 16: Índice-m médio dos bolsistas PQ da área de Farmácia em cada categoria/nível de
bolsa de produtividade do CNPq (n = 156) ............................................................................ 54
Figura 17: Distribuição dos bolsistas PQ da área de Farmácia em cada categoria/nível de bolsa
de produtividade do CNPq relacionando os índice-h com as idades científicas (n = 156) .... 56
Figura 18: Comparação dos índices-h e índices-m em cada categoria/nível de bolsa PQ nas áreas
de Farmácia e Química, segundo o WoS ................................................................................. 58
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 2: Listagem dos periódicos científicos sem classificação Qualis na área de Farmácia,
com seus respectivos fatores de impacto (FI), em função do número de publicações dos bolsistas
PQ da área de Farmácia .......................................................................................................... 49
Quadro 3: Listagem dos periódicos científicos, com seus respectivos fatores de impacto (FI) e
classificação Qualis na área de Farmácia, com o maior número de publicações dos bolsistas PQ
da área de Farmácia ................................................................................................................. 50
Tabela 1: Valores de Fcal, Fcrit e valor-P da ANOVA para a comparação entre as médias dos
índices-h dos bolsistas PQ da área de Farmácia nas bases WoS e Scopus .............................. 54
Tabela 2: Valores de Fcal, Fcrit e valor-P da ANOVA para a comparação entre as médias dos
índices-m dos bolsistas PQ da área de Farmácia nas bases WoS e Scopus ............................. 55
FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
FI – Fator de Impacto
PQ – Produtividade em Pesquisa
RESUMO .................................................................................................................................. 6
ABSTRACT .............................................................................................................................. 7
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 8
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. 10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................. 11
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................... 17
2.1. HISTÓRICO DA PROFISSÃO E A PESQUISA EM FARMÁCIA NO BRASIL ....... 17
2.2. SOCIOLOGIA DA CIÊNCIA E CIENTOMETRIA ..................................................... 20
2.3. BREVE HISTÓRICO SOBRE OS PERIÓDICOS CIENTÍFICOS .............................. 22
2.4. PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA .................................................................. 26
2.5. INDICADORES BIBLIOMÉTRICOS ......................................................................... 28
3. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS ....................................................................................... 31
3.1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 31
3.2. OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 32
3.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 32
4. MÉTODOS .......................................................................................................................... 33
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 34
5.1. VISÃO GERAL DA PRESENÇA DE FARMACÊUTICOS ENTRE OS BOLSISTAS
DE PRODUTIVIDADE DO CNPq ...................................................................................... 34
5.2. DISTRIBUIÇÃO DOS BOLSISTAS ............................................................................ 35
5.3. GÊNERO DOS BOLSISTAS ........................................................................................ 41
5.4. ORIENTAÇÕES DE MESTRADO E DOUTORADO CONCLUÍDAS ...................... 43
5.5. ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE ............................................................................... 44
5.6. A ÁREA DE FARMÁCIA EM PERSPECTIVA DAS DEMAIS ÁREAS DO CNPq .. 56
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 61
ANEXOS ................................................................................................................................. 68
15
1. INTRODUÇÃO
marco nas políticas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Desde então, a agência é o
principal órgão brasileiro de fomento à ciência e tecnologia a nível nacional (BRASIL, 1951).
As divisões científicas da entidade são categorizadas em Grandes Áreas, Áreas e Subáreas de
Conhecimento. Algumas das Grandes Áreas incluem as Ciências Humanas, Ciências Sociais
Aplicadas, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da
Terra, Engenharias, Tecnologias e Linguística, Letras e Artes. A Farmácia é uma das 9 áreas
contempladas na Grande Área de Ciências da Saúde e se subdivide ainda em mais 9 subáreas
de especialização das linhas de pesquisa (CNPq, 2016).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura 1: Representação artística de uma botica na cidade do Rio de Janeiro (Debret, 1823).
Fonte: CRUZ, 2016.
A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, e com ápice nos anos de 1970, houve
grande impulso da Indústria Farmacêutica e do desenvolvimento da síntese química,
consolidando-se a industrialização do medicamento como a principal forma de produção e
apresentação dos medicamentos à população. A Indústria Farmacêutica se expandiu e dominou
a cadeia produtiva e comercial do medicamento, controlando a matéria-prima, a tecnologia dos
produtos sintéticos e o mercado nacional (SANTOS, 1993).
princípios morais que a fariam neutra, acima de conflitos sociais e a serviço da comunidade.
Nessa visão atual, a sociedade é considerada o sujeito do conhecimento científico, um
fenômeno de ocorrência natural, que passa por uma perspectiva antropológica do próprio
pesquisador, e no qual o consenso científico é resultado da negociação e do debate, ou seja, do
construtivismo social da ciência (SANTOS, 1978; HAYASHI, 2012). A cientometria,
denominada de “ciência das ciências” por Derek Price (1963), é um dos conceitos pautados e
tem como fonte os arquivos gerados pelo desenvolvimento da ciência para a realização de toda
análise quantitativa possível, sem observar diretamente a atividade científica desenvolvida
(PRICE, 1963 apud SANTOS, 2003; HAYASHI, 2012).
Essa analogia significa que pesquisadores mais experientes que já alcançaram certo
reconhecimento sempre serão favorecidos nesse sistema, ou seja, uma vez que os indicadores
bibliométricos são utilizados para medir o desempenho e selecionar aqueles que serão
contemplados com recursos financeiros, que não costumam estar disponíveis em abundância,
torna-se cada vez mais difícil para jovens pesquisadores se estabelecerem no início da carreira
e, assim, as diferenças tenderiam a se acentuar com o tempo. Isso quer dizer que a oportunidade
inicial concedida na carreira será determinante para o sucesso científico alcançado pelo
pesquisador (SANTOS, 1978).
longo dos últimos 350 anos, muitos cientistas que revolucionaram suas áreas de atuação
publicaram trabalhos nesse periódico, incluindo Isaac Newton, Benjamin Franklin, Charles
Darwin, James Maxwell, Alan Turing e Stephen Hawking. Ambas as revistas pioneiras
perduraram e ainda são regularmente publicadas atualmente (STUMPF, 1996).
(a) (b)
Figura 2: Capas dos dois primeiros periódicos científicos publicados: (a) Journal de Sçavans
e (b) Philosophical Transactions, publicados em Paris e Londres, respectivamente, no ano de
1665. Fonte: TUFFANI, 2015.
Uma questão problemática enfrentada pela ciência no Brasil, assim como em outros
países da América do Sul, foi a sobrevivência durante os longos anos de regime autoritário. A
ciência não era uma prioridade da política desses governos e muitos cientistas proeminentes da
região emigraram para os países desenvolvidos, onde poderiam praticar suas atividades de
pesquisa. Com o ressurgimento do processo democrático no final dos anos 1980, os cientistas
refugiados já estavam estabelecidos e não tiveram incentivos suficientes para retornar, o que
representou décadas de atraso científico devido à “fuga de cérebros” do país. O amadurecimento
da pós-graduação no Brasil (PHILIPPI JÚNIOR & SOBRAL, 2012) e o incentivo do CNPq a
políticas que estimulavam o intercâmbio de pesquisadores para o exterior, porém com a
contrapartida de voltarem após determinado período, alavancaram a formação de cientistas e a
produção científica no período seguinte. Estima-se que o número de doutorados concluídos
27
tenha praticamente dobrado a cada ano entre 2001 e 2011, sendo esse período marcado pela
grande evolução da produtividade científica brasileira (ANÔNIMO, 2014).
Em 1973, o Brasil ocupava a posição 31ª entre os países que mais publicavam
artigos científicos, com 812 no total. Em 1978, esse número subiu para 1.060 artigos (25º lugar)
e, em 1980, para 1.551 (SCHWARTZMAN & CASTRO, 1986). Segundo o portal SCImago
Journal & Country Rank (SJR), em 1996, o país figurava na 21ª colocação, com 8.741
publicações, 17ª em 2001 (14.643), e em 2010 e 2014, na 13ª colocação, com 49.642 e 59.736
publicações, respectivamente. Apesar do considerável aumento do número de publicações
registrado no portal (583% entre 1996 e 2014) e da escalada de 8 posições entre os países mais
produtivos, a qualidade do material científico produzido, baseada no número de citações, não
acompanhou a mesma evolução (Figura 4).
70000 1
Número de publicações
60000 6
Posição mundial
50000 13 11
40000 17
13 16
21
30000
25 21
25
20000
26
31
10000
31
0
1973 1978 1980 1996 2001 2010 2014
Ano
Figura 4: Número de publicações científicas e posição mundial do Brasil entre os países com
maiores produções científicas entre 1973 e 2014, segundo Thomson ISI e o portal SJR.
e o primeiro da América Latina. Essa posição é coerente com as projeções da SJR baseadas nas
citações por artigo para medir a qualidade das publicações.
qualidade dos trabalhos de um determinado pesquisador poderia ser inferida a partir da relação
entre o número de citações que o mesmo número de artigos científicos publicados obtinham,
ou seja, um pesquisador com o índice-h igual a X possuiria, pelo menos, X artigos com X
citações cada um. O próprio Hirsch reconhece que o índice-h não era um indicador perfeito
devido ao fato de, por exemplo, não apresentar redução do seu valor com o tempo. A princípio,
poderia ser utilizado apenas para julgar a carreira científica como um todo ou, mais facilmente,
cortes temporais poderiam ser feitos para analisar a relevância do trabalho produzido a partir
de determinado ano, a fim de verificar a produtividade somente durante aquele período
(HIRSCH, 2005).
Outra contribuição dada por este pesquisador no mesmo trabalho foi a introdução
do conceito do índice-m, que funcionaria como uma normalização do índice-h ao avaliar o
sucesso da carreira científica do pesquisador durante o tempo transcorrido desde a publicação
de seu primeiro artigo científico (idade científica), sendo calculado através da razão entre o
índice-h e a idade científica. Ele observou que pesquisadores com índice-m aproximadamente
igual a 1 poderiam ser considerados bem sucedidos na carreira, aqueles que alcançassem valor
próximo a 2 poderiam ser considerados excelentes profissionais, enquanto os que atingissem
valor próximo a 3 seriam considerados indivíduos realmente singulares (HIRSCH, 2005).
6. Para a verificação do índice-h, esse pesquisador apresentaria apenas 3 artigos com 3 ou mais
citações, portanto seu índice-h seria equivalente a 3. A limitação do índice proposto, entretanto,
reside na situação em que o somatório excedesse o número total de artigos, sendo assim, não
seria previsto que fosse aplicado nesse caso (WOEGINGER, 2008). Outro índice interessante
é o SNIP (Source Normalized Impact per Paper), que corresponde à normalização de uma
citação em relação ao número total em uma determinada área, e leva em consideração também
o tempo de impacto e a relevância maior em uma área em que fosse menos provável de ocorrer
(SANTOS et al., 2012).
3. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
3.1. Justificativa
A área de Farmácia, entretanto, ainda não foi avaliada com essa perspectiva. Dada
a importância que a área representa entre as ciências da saúde e a grande diversidade em
pesquisa que os farmacêuticos são capazes de atuar, é indispensável que se conheça mais
32
profundamente sobre os produtores de ciência com o maior reconhecimento da área e que tipo
de trabalho eles estão desenvolvendo. Além disso, do ponto de vista pessoal, vale destacar aqui
que, dos 6 anos decorridos para a conclusão da minha graduação em Farmácia, pelo menos 5
anos foram dedicados à pesquisa científica. Esse investimento gerou a publicação de 6 artigos
científicos (ANEXO 2) e despertou-me o interesse e a curiosidade de entender melhor como
ocorre o processo de desenvolvimento da ciência nessa área.
4. MÉTODOS
O índice-m foi calculado pela razão entre o índice-h do pesquisador nas bases Web
of Science e Scopus e a sua idade científica, ou seja, o tempo decorrido desde a publicação do
primeiro artigo científico. O fator de impacto médio foi calculado considerando-se a razão entre
o somatório do fator de impacto dos periódicos de cada publicação e o número de artigos
publicados. As classificações Qualis na área de Farmácia foram consultadas na Plataforma
Sucupira da CAPES (PLATAFORMA SUCUPIRA, 2015).
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
em farmácia. Dos 714 bolsistas PQ, 9,8% (67 ativos e 3 inativos) são farmacêuticos – destes,
74,3% são PQ-2; 7,1% são PQ-1D; 2,9% são PQ-1C; 10,0% são PQ-1B; e 4,3% são PQ-1A.
2%
38% Federal
Estadual
Privada
60%
50
45
40
Número de bolsistas
35
30
25
20
15
10
5
0
SP RS MG PR SC PE PB RJ CE GO AL SE RN AP AM BA PI MS DF
Unidades de Federação
Justificava semelhante pode ser aplicada ao Espírito Santo, que apresenta o menor
Produto Interno Bruto (PIB) da região Sudeste (IBGE, 2013). Além disso, a Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES), principal instituição de nível superior do estado, apresenta
um programa de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas muito novo. A primeira defesa de
Mestrado ocorreu em fevereiro de 2016, portanto se evidencia a incipiência no estado da
pesquisa científica na área (UFES, 2016).
39
Observou-se relação direta (porém, não linear) entre o PIB das regiões brasileiras e
a quantidade de bolsistas de produtividade em Farmácia. Segundo o IBGE, o Brasil apresentou
PIB de R$ 5.316,4 bilhões em 2013. A região Sudeste foi responsável por R$ 2.938,5 bilhões,
a região Sul por R$ 878,2 bilhões, a região Nordeste por R$ 722,8 bilhões, a região Centro-
Oeste por R$ 484,6 bilhões e a região Norte por R$ 292,3 bilhões (IBGE, 2013). Essas regiões
apresentam, respectivamente, 67 (42,4%), 53 (33,5%), 29 (19,0%), 5 (3,8%) e 2 (1,3%)
bolsistas de produtividade (Figura 7).
6000 180
160
5000
140
Número de bolsistas
PIB (R$ bilhões)
Regiões brasileiras
Constituição do estado à destinação de 1% das receitas fiscais para a fundação, sendo 37% para
pesquisa básica, 10% para infraestrutura e o restante para pesquisa aplicada. Isso representou
em 2013 um investimento equivalente a U$ 512 milhões para a região, enquanto o CNPq
dispunha no mesmo período de um orçamento de apenas U$ 650 milhões para todo o país. O
modelo da FAPESP representa um dos poucos no mundo que relaciona o PIB diretamente ao
investimento em ciência e serviu como exemplo para a criação de Fundações de Amparo em
quase todos os outros estados brasileiros (ANÔNIMO, 2014).
70 100,0
60
80,0
Número de bolsistas
50
Porcentagem
40 60,0
30 40,0
20
20,0
10
0 0,0
88
74
Homens
60 Mulheres
46
Número de bolsistas
32
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
PQ-SR PQ-1A PQ-1B PQ-1C PQ-1D PQ-2 Total
120
100 PQ-SR
PQ-1A
Orientações concluídas
PQ-1B
80 PQ-1C
PQ-1D
60 PQ-2
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Idade científica (anos)
Nota-se ainda que não existe uma relação muito forte entre o nível da bolsa e a
quantidade de orientações. Embora a categoria PQ-1A seja a maior na hierarquia (com exceção
da PQ-SR), alguns bolsistas desta categoria se encontram com a mesma média de orientações
que bolsistas PQ-2 – embora a maioria desta categoria tenha poucas orientações devido a sua
recente introdução no meio acadêmico como professor/pesquisador.
categoria PQ-1D (32 de 156) possui 3.282 artigos e 107 patentes, enquanto as categorias PQ-
1C (11 de 156) e PQ-1B (10 de 156) possuem, respectivamente, 1.166 e 1279 artigos e 48 e 49
patentes. A categoria PQ-1A (18 de 156) possui 3.219 artigos e 130 patentes, sendo a categoria
com a maior produção em termos de artigos por pesquisador.
15000
14000
Número de publicações
13500
13000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
PQ-SR PQ-1A PQ-1B PQ-1C PQ-1D PQ-2 Total
Figura 11: Número de publicações de artigos e patentes dos bolsistas PQ da área de Farmácia
em cada categoria/nível de bolsa de produtividade do CNPq.
Uma das tentativas adotadas pela CAPES para avaliar a qualidade da produção
científica da pós-graduação no Brasil foi a classificação dos periódicos de acordo com a
relevância que apresentasse dentro de determinada área de conhecimento, o Qualis-periódicos.
Sendo assim, os periódicos são classificados, e revisados periodicamente, nas categorias A1,
A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C, que corresponderiam desde a maior relevância possível dentro da
área até ser considerado irrelevante.
300
250
Número de periódicos
200
150
100
50
0
A1 A2 B1 B2 B3 B4 B5 C
Classificação Qualis-periódicos da CAPES na área de Farmácia
3900
3650 Qualis A1
Qualis A2
3400
Qualis B1
3150
Qualis B2
2900 Qualis B3
2650 Qualis B4
Qualis B5
2400
Número de publicações
Qualis C
2150 Sem Qualis em Farmácia
1900
1500
1250
1000
750
500
250
0
PQ-SR PQ-1A PQ-1B PQ-1C PQ-1D PQ-2 Total
Bolsas de produtividade do CNPq
Quadro 2: Listagem dos periódicos científicos sem classificação Qualis na área de Farmácia,
com seus respectivos fatores de impacto (FI), em função do número de publicações dos
bolsistas PQ da área de Farmácia.
Quadro 3: Listagem dos periódicos científicos, com seus respectivos fatores de impacto (FI)
e classificação Qualis na área de Farmácia, com o maior número de publicações dos bolsistas
PQ da área de Farmácia.
Sendo assim, outra avaliação realizada neste trabalho foi o levantamento do FI dos
periódicos de cada publicação dos bolsistas de produtividade da área de Farmácia. Esse valor
foi dividido pelo número de publicações de cada pesquisador, obtendo-se um valor médio de
FI para todas as publicações de cada bolsista (Figura 14).
5,00
4,40 PQ-SR
PQ-1A
Fator de Impacto médio
3,80 PQ-1B
PQ-1C
3,20 PQ-1D
PQ-2
2,60
2,00
1,40
0,80
0,20
0 50 100 150 200 250 300
Número de publicações
Figura 14: Fator de impacto médio das publicações de cada bolsista PQ da área de Farmácia
em função de cada categoria/nível de bolsa de produtividade do CNPq.
52
Vale o destaque para o Professor Mario Hiroyuki Hirata da USP, que publicou 194
artigos e obteve FI médio de 2,81, apresentando o melhor índice médio da categoria PQ-1A.
Destaca-se novamente o Professor Eliezer Jesus de Lacerda Barreiro da UFRJ (PQ-1A), por ter
publicado 319 artigos e ter conseguido manter as publicações com FI médio de 2,27. Ele foi
responsável também pela publicação no periódico com o maior FI entre todos os bolsistas PQ
da área de Farmácia ao publicar, em 2011, um trabalho sobre o efeito da metila na Química
Medicinal, na Chemical Reviews (FI = 46,57). A Professora Teresa Cristina Tavares Dalla
Costa da UFRGS (PQ-1C) publicou em 1995, no periódico Lancet (FI = 45,22), um trabalho
sobre o efeito do suco de grapefruit na concentração sanguínea de ciclosporina. Seus 105 artigos
publicados mantiveram a média de FI de 2,34. O pesquisador com o maior valor de FI médio
pertence à categoria PQ-1B, a Professora Ana Campa da USP, com 84 publicações e FI médio
de 4,53. Na categoria PQ-2, o Professor Marcelo Dias Baruffi da USP, com 46 publicações,
apresenta o maior FI médio da categoria (3,99) e o segundo maior entre todos os bolsistas.
35
30 Índice-h (WoS)
Índice-h (Scopus)
Índice-h médio 25
20
15
10
0
PQ-1A PQ-1B PQ-1C PQ-1D PQ-2
Figura 15: Índice-h médio dos bolsistas PQ da área de Farmácia em cada categoria/nível de
bolsa de produtividade do CNPq (n = 156).
É interessante notar que a média dos índices, em todas as categorias, é maior com
os dados coletados através do Scopus, da Elsevier. Como as médias tratam dos mesmos
pesquisadores, é provavel que o Scopus possua um maior acervo de indexação de artigos.
Resultados semelhantes foram encontrados por Wainer e Vieira (2013), quando avaliaram a
contagem de citações de pesquisadores brasileiros usando as bases WoS, Scopus e Google
Acadêmico, sendo que a ordem do número de recuperação de citações aumentou da primeira
até a terceira base. Segundo os autores, isso pode ser resultado da política de indexação desses
órgãos, que seleciona os veículos de publicação segundo critérios para consideração das suas
qualidades. O Google Acadêmico, ao contrário das outras bases, indexa qualquer documento
on-line segundo solicitação das editoras acadêmicas, incluindo teses e dissertações, o que
aumenta consideravelmente a cobertura das citações.
A figura 15 complementa o que foi observado nas figuras 11, 13 e 14. Além da
maior produção científica, a categoria PQ-1A também apresenta o maior número de citações,
que são traduzidas em um índice-h médio superior. A comparação entre as médias de cada
grupo foi realizada através da Análise de Variâncias de um fator (one-way ANOVA) e, em um
intervalo de confiança de 95%, constatou-se que há diferenças significativas entre os índices-h
dos pesquisadores de cada categoria e nível de bolsa de produtividade do CNPq, considerando
o índice-h da base WoS e o índice-h da base Scopus (Fcal > Fcrit) (Tabela 1). A diferença entre
54
as médias de cada grupo foi verificada por meio do teste post-hoc Tukey e mostrou que não há
diferenças significativas entre as categorias PQ-1A, PQ-1B e PQ-1C. A categoria PQ-1C, por
sua vez, também foi semelhante à categoria PQ-1D, enquanto a categoria 2 foi estatisticamente
diferente de todas as outras modalidades de bolsa.
Tabela 1: Valores de Fcal, Fcrit e valor-P da ANOVA para a comparação entre as médias dos
índices-h dos bolsistas PQ da área de Farmácia nas bases WoS e Scopus.
Para verificar se o índice-h maior das categorias e níveis de bolsa PQ mais altas era
devido apenas ao maior tempo de atuação dos pesquisadores, levando-se em consideração
também que um dos critérios para a ascensão na área de Farmácia é o tempo de conclusão do
doutorado, calculou-se o índice-m para normalizar os resultados observados. Como também
mencionado, o índice-m é uma variação do índice-h que leva em consideração a idade científica
do pesquisador e é um dos métodos de avaliação do sucesso de uma carreira científica. A figura
16 apresenta a média do índice-m por categoria de bolsa, conforme dados coletados a partir das
bases WoS e Scopus.
1,2
Índice m (WoS) Índice m (Scopus)
1,0
Índice-m médio
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
PQ-1A PQ-1B PQ-1C PQ-1D PQ-2
Bolsa de Produtividade do CNPq
Figura 16: Índice-m médio dos bolsistas PQ da área de Farmácia em cada categoria/nível de
bolsa de produtividade do CNPq (n = 156).
55
Nesse caso, a comparação das médias dos grupos por ANOVA (α = 0,05) mostrou
que não há diferença significativa nas médias dos índices-m entre os bolsistas de diferentes
categorias e níveis de bolsa de produtividade (Tabela 2). Portanto, pode-se concluir que o
desempenho dos pesquisadores contemplados com bolsas PQ na área de Farmácia, no que tange
ao reconhecimento do trabalho pela comunidade científica, mantém-se constante com o tempo
de atuação. A elevação do índice-h estaria relacionada ao aumento do volume de trabalhos e do
tempo disponível para o acesso e citação por parte de outros pesquisadores, mas a relevância
da obra não estaria sendo afetada pela ascensão nas categorias do CNPq.
Tabela 2: Valores de Fcal, Fcrit e valor-P da ANOVA para a comparação entre as médias dos
índices-m dos bolsistas PQ da área de Farmácia nas bases WoS e Scopus.
Mais uma vez, pôde-se observar que a base Scopus manifestou um índice superior
ao índice da base WoS. Isso corrobora o fato desta base ser capaz de recuperar um número
superior de citações devido à maior abrangência de indexação de periódicos que apresenta.
Como ressaltado por Hirsch (2005) no trabalho em que ele propôs a adoção do índice-h e do
índice-m, uma carreira científica poderia ser considerada bem sucedida se o pesquisador
apresentasse índice-m igual a 1, seria considerada excepcional com índice-m igual a 2 e o
pesquisador representaria um indivíduo único se alcançasse índice-m igual a 3.
Nesse sentido, o destaque deve ser dado à Professora Adriana Raffin Pohlmann
(PQ-1A) da UFRGS que, em 18 anos desde a publicação do seu primeiro artigo científico, já
alcançou os índices-h de 28 e 29 nas bases WoS e Scopus, respectivamente, o que representa
índices-m equivalentes a 1,56 e 1,61, sendo os maiores entre todos os bolsistas PQ da área de
Farmácia. Cerca de apenas 11% dos bolsistas (17) apresentam índice-m igual ou superior a 1,
a partir dos índices-h extraídos da base WoS, enquanto aproximadamente 15% (23) atingem
esse valor considerando os índices-h da base Scopus.
Nas figuras 15 e 16, um grande desvio padrão foi observado em relação à média de
cada grupo. A representação da distribuição dos índices-h em função das idades científicas de
cada bolsista PQ da área de Farmácia pode ser visualizada na figura 17.
56
35
32
PQ-SR
29 PQ-1A
26 PQ-1B
PQ-1C
23
PQ-1D
Índice-h
20 PQ-2
17
14
11
8
5
2
2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50
Nota-se que existem bolsistas PQ-2 com até 40 anos de idade científica, embora a
maioria se encontre entre 10 e 30 anos. Existem poucos bolsistas PQ-1A com idade científica
baixa (entre 18 e 30 anos), mostrando a maioria – como havia sido mencionado – com maior
tempo de experiência em seus respectivos campos. Isto pode acontecer porque, de acordo com
os critérios de seleção do CNPq, as categorias são hierarquizadas, o que gera um processo de
ascensão da categoria PQ-2 até a categoria PQ-1A e, posteriormente, à PQ-SR. Na figura 17,
pode-se observar que os maiores valores de índice-h são relativos aos bolsistas PQ-1A e os
menores aos bolsistas PQ-2, embora exista grande variação dentro de cada grupo.
por pesquisador, com média de 101,8, enquanto Saúde Coletiva apresentou o menor, com 40
publicações por pesquisador. O montante de publicações da área de Medicina é bastante
considerável, uma vez que essa média é relativa a mais de 400 pesquisadores, totalizando
números superiores a 40 mil artigos científicos. A área de Farmácia aparece logo em seguida,
com 94,8 publicações por pesquisador, e a área de Odontologia, com 83,7 publicações.
O levantamento do FI dos periódicos foi realizado somente para a área de Química,
que abrangeu apenas o quinquênio anterior, e o Qualis dos periódicos foi avaliado em trabalhos
quando ainda não havia sido implementado a nova classificação pela CAPES, portanto esses
parâmetros não podem ser comparados com os bolsistas PQ da área de Farmácia nesse trabalho.
Os outros dados apresentados encontram-se resumidos no quadro 4.
Em relação ao índice-h e ao índice-m, Santos e colaboradores (2010) também
avaliaram esses índices para os bolsistas da área de Química (WoS). Os resultados encontrados
são compatíveis com o observado para a área de Farmácia, onde houve diminuição progressiva
do índice-h conforme o nível da bolsa decaía, apresentando valores médios iguais a 24,0 ± 7,1
para a categoria 1A; 17,4 ± 4,1 para a 1B; 13,5 ± 2,5 para a 1C e 12,3 ± 2,5 para a 1D. Em
relação ao índice-m, também houve tendência de aproximação entre as categorias PQ-1A (0,80
± 0,31); PQ-1B (0,70 ± 0,31); PQ-1C (0,55 ± 0,18) e PQ-1D (0,65 ± 0,30). Esses valores são
muito próximos àqueles encontrados neste trabalho para avaliação da área de Farmácia, com
índice-h igual a 21,4 ± 5,6 para a categoria 1A; 19,3 ± 6,2 para a 1B; 17,4 ± 2,4 para a 1C e
14,5 ± 3,1 para a 1D. E também para os índices-m das categorias PQ-1A (0,71 ± 0,35); PQ-1B
(0,67 ± 0,20); PQ-1C (0,71 ± 0,19) e PQ-1D (0,67 ± 0,24) (Figura 18).
40 1,0
Índice-h (Farmácia) Índice-h (Química)
35
Índice-m (Farmácia) Índice-m (Química)
0,8
30
Índicce-h médio
Índice-m médio
25 0,6
20
15 0,4
10
0,2
5
0 0,0
1A 1B 1C 1D
Categoria/nível de bolsa PQ
Figura 18: Comparação dos índices-h e índices-m em cada categoria/nível de bolsa PQ nas
áreas de Farmácia e Química, segundo o WoS.
59
Quadro 4: Comparação entre o perfil e a produtividade dos bolsistas PQ em áreas selecionadas do CNPq.
Características Farmácia Saúde Coletiva Odontologia Medicina Educação Física Química Veterinária Psicologia
Universidade de
USP - - USP - - USP -
Doutoramento
Instituição de
USP - USP USP USP USP - USP
associação
Categoria da
Federal Federal Estadual Federal Estadual Federal Federal Federal
Instituição
Unidade de
São Paulo - São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo -
Federação
Orientações
28,6 11,8 17,6 - 10,2 - 18,4 24,4
concluídas (média)
Número de artigos
94,8 40,0 83,7 101,8 - - - -
publicados (média)
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, A. D.; YANASSE, H. H. Perfil dos bolsistas PQ das áreas de Engenharia de Produção
e de Transportes do CNPq: enfoque na subárea de pesquisa operacional. XLIII Simpósio
Brasileiro de PESQUISA OPERACIONAL. Ubatuba, Agosto, 2011.
ALVES, A. D.; YANASSE, H. H.; SOMA, N. Y. Perfil dos bolsistas PQ da área de Química
baseado na Plataforma Lattes. Química Nova, v. 37, n. 2, p. 377-383, 2014.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: Ortiz, R. (Org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São
Paulo: Ática, 1983. Em: HAYASHI, M. C. P. I. Sociologia da Ciência, Bibliometria e
Cientometria: contribuições para a análise da produção científica. Anais Eletrônicos – IV
EPISTED – Seminário de Epistemologia e Teorias da Educação, 2012.
BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São
Paulo: Edunesp, 2004. Em: HAYASHI, M. C. P. I. Sociologia da Ciência, Bibliometria e
Cientometria: contribuições para a análise da produção científica. Anais Eletrônicos – IV
EPISTED – Seminário de Epistemologia e Teorias da Educação, 2012.
BOURNE, C. P. The World’s Journal Literature: an estimate of volume, origin, language, field,
indexing and abstracting. American documentation, p. 159-168, 1962.
CARPENTER, M. P.; NARIN, F. The adequacy of the Science Citation Index (SCI) as an
indicator of international scientific activity. Journal of the American Society for Information
Science, v. 32, p. 430-439, 1982.
DIAS, R. B. O que é a política científica e tecnológica? Sociologias, ano 13, n. 28, p. 316-344,
2011.
EGGHE, L. Theory and practice of the g-index. Scientometrics, v. 69, n. 1, p. 131-152, 2006.
FERREIRA, F. C.; ANTONELI, F.; BRIONES, M. R. S. The hidden factors in impact factors:
a perspective from Brazilian science. Frontiers in genetics, v. 4, 2013.
HIRSCH, J.E. An index to quantify an individual's scientific research output. Proc. Natl. Acad.
Sci. USA, v. 102, n. 46, p. 16569-16572, 2005.
LARSEN, P. O.; VON INS, M. The rate of growth in scientific publication and the decline in
coverage provided by Science Citation Index. Scientometrics, v. 84, p. 575–603, 2010.
LASWELL, H. D. Politics: who gets what, when, how. Cleveland, EUA: Meridian Books,
1958.
LEITE, B. D.; OLIVEIRA, E. A.; QUEIROZ, I. N.; MARTELLI, D. R.; OLIVEIRA, M. C.;
MARTELLI JÚNIOR, H. Profile of the Researchers with Productivity Grants in the Brazilian
National Research Council (CNPq) of the Physical Education Area. Motricidade, v. 8, n. 3, p.
90-98, 2012.
64
MABE, M.; AMIN, M. Growth dynamics of scholarly and scientific journals. Scientometrics
v. 51, n. 1, p. 147–162, 2001.
MERTON, R. K. The Matthew effect in science. Science, v. 159, n. 3810, p. 56-63, 1968. Em:
HAYASHI, M. C. P. I. Sociologia da Ciência, Bibliometria e Cientometria: contribuições para
a análise da produção científica. Anais Eletrônicos – IV EPISTED – Seminário de
Epistemologia e Teorias da Educação, 2012.
MOREIRA JÚNIOR, A. A política científica e tecnológica brasileira: uma análise crítica sob a
ótica do desenvolvimento sustentável. Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política, v. 18, n.
1, p. 239-245, 2009.
NARIN, F. Evaluative bibliometrics: the use of publication and citation analysis in the
evaluation of scientific activity. New Jersey: Computer Horizons, inc, 1978. 338 p.
65
PELLIZZON, R. F.; CHIARI, B. M.; GOULART, B. N. G. Perfil dos pesquisadores com bolsa
de produtividade em pesquisa do CNPq da área de fonoaudiologia. CEFAC, v. 16, n. 5, p. 1532,
2014.
PRICE, D. J. S. Little Science, Big Science. New York: Columbia University Press, 1963. 119
p. Em: HAYASHI, M. C. P. I. Sociologia da Ciência, Bibliometria e Cientometria:
contribuições para a análise da produção científica. Anais Eletrônicos – IV EPISTED –
Seminário de Epistemologia e Teorias da Educação, 2012.
PRICE, D. J. S. Nations can publish or perish. Science and Technology, v. 70, p. 84-90, 1967.
PRICE, D. J. S. Science since Babylon. Enlarged edition. New Haven: Yale University Press,
1975. 232 p. Em: SANTOS, B. S. Da Sociologia da Ciência à Política Científica. Revista Crítica
de Ciências Sociais, n. 1, 1978.
SANTOS, R. N. M. Produção Científica: por que medir? o que medir? Revista Digital de
Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 1, n.1, p. 22-38, 2003.
66
SILVA, L. L.; ALMEIDA, M. J. P. M. Estudo do perfil científico dos pesquisadores com bolsa
de produtividade e pesquisa do CNPq que atuam no ensino de ciências e matemática. VII
ENPEC – Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2009.
TIMES HIGHER EDUCATION, 2015. World University Rankings 2014-15. Disponível em:
<https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2015/world-
ranking#!/page/0/length/25>. Acesso em: 30 de dezembro de 2015.
67
TUFFANI, M. Há 350 anos nasciam as primeiras revistas científicas. Folha de São Paulo, São
Paulo, 13 mar. 2015. Ciência, cultura, ensino superior e ambiente. Disponível em: <
http://mauriciotuffani.blogfolha.uol.com.br/2015/03/13/ha-350-anos-nasciam-as-primeiras-
revistas-cientificas/>. Acesso em: 30 de dezembro de 2015.
WENDT, G. W.; LISBOA, C. S. M.; SOUSA, D. A.; KOLLER, S. H. Perfil dos Bolsistas de
Produtividade em Pesquisa do CNPq em Psicologia. PSICOLOGIA: CIÊNCIA E
PROFISSÃO, v. 33, n. 3, 536-554, 2013.
ANEXO 1
ANEXO 2
71
72
73
74
75
76