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Assuntos:
Fluxo Transmembrana – Formas fundamentais da energia nos sistemas vivos – Canalopatias – Resumo
do livro Biofísica das membranas (Capítulos 01 ao 05) – Objetivos Impulso nervoso – Práticas de
Fisiologia - Biotermologia
Livro Fonte:
Biofísica das Membranas / Biofísica - Garcia
FLUXO TRANSMEMBRANA
Temos que ter ciência que tudo no nosso corpo se movimenta sistematicamente, consequentemente
é/possui barreiras. Os alvos do estudo da biofísica são Glicose / sais / CO2 e como as mesmas se
comportam nessas barreiras, tendo ciência que todas as moléculas e ions estão em constante
movimento dentro do nosso organismo. Tratando-se do corpo humano, o transporte / evacuação
dessas moléculas ocorre em meio aquoso e contínuo, onde se há alguma falha na fronteira, acarretará
uma taxa de transferência alterada, definindo uma condição de anormalidade (que chamamos de
doença).
A nossa membrana é uma barreira físico-química de caráter descontínuo, onde para que haja um fluxo
(transferência efetiva – que não impede o sentido o contrário) por difusão são necessários alguns
elementos. É imprescindível a presença de direcionalidade e prefencialidade, e o fator motivador.
Esse fator, é o que chamamos de Gradiente de concentração (por exemplo, temos outros que veremos
mais a frente), trata-se da taxa de variação (um degradê) gradual e contínuo.
Gradiente de difusão
Como falado anteriormente, esse gradiente é o fator motivador para a passagem das substâncias na
membrana, é uma relação com a concentração da partícula. Como sabemos, a célula tem aspecto 3D,
dessa forma essa passagem se acontece nas três dimensões, portanto essa característica é levada em
conta, tendo o ∆x, ∆y e o ∆z. Essas grandezas vão se relacionar com o ∆c (c2 – c1) – que é a
concentração do substrato - na fórmula geral do fluxo. Traduzindo, o gradiente de difusão vai ser a
relação da concentração da partícula pelo “espaço” considerado na difusão.
Entendendo a fórmula Geral do fluxo, e suas particularidades.
Primeiramente mantenha a calma que não é necessário atribuir valores a essa fórmula, apenas
entender do que se trata. Como dito anteriormente, sabemos que o fluxo se dará pela quantidade de
massa que ultrapassa a membrana num certo tempo.
Segundo Fick (o rapaz que descobriu a fórmula) essa relação pode ser escrita considerando:
Onde se leva em consideração o raio da partícula (r), o coeficiente de viscosidade (ŋ) que no
nosso caso é a água, outra constante k (constante de bolsen) e a temperatura (T);
d) O A trata-se da área disponível para passar;
e) O (c2 – c1) é a concentração, ou seja, o ∆c;
f) E o que está representado por “d” refere-se a dimensão, nesse local iremos colocar o ∆x, ∆y
e o ∆z, vai depender de qual dimensão iremos analisar, o cálculo com as três é feito através
de fórmulas matemáticas de nível superior (não necessário pro nosso curso).
O que inferimos dessa fórmula? O fluxo total é dependente de uma séries de fatores: Área,
viscosidade do meio, raio da partícula, temperatura, mas principalmente da concentração do
substrato.
Vale ressaltar que essa fórmula é característica de um meio contínuo, só que como a membrana se
caracteriza por um meio descontínuo temos alguns acréscimos na fórmula!
O que verificamos de novo nessa fórmula? Obviamente a presença do β! Esse termo é o que chamamos
de “afinidade”. Trata-se da relação entre os coeficientes de partição e de difusão.
O que temos que saber especificamente? Essa fórmula pode ser reescrita para obtermos o que
chamamos de “Coeficiente de Permeabilidade da membrana” representado pela letra P e que tem que
ser obviamente diferente de 0. Portanto, temos:
Desta forma, nossa fórmula geral pode ser reduzida em:
Esta última frase pode ser traduzida como o “dilema da farmacologia”, a batalha constante em inserir
fármacos nas nossas células.
Para que o processo aconteça de forma espontânea, é necessário que a variação de energia livre (∆G)
seja negativa (processo irreversível), desta forma, Born desenvolveu uma fórmula para
permeabilidade entre meios, e podemos deduzir algumas informações desta:
Não corram pras colinas! Vamos tentar entender o que essa fórmula quer dizer. Devemos saber que:
Mas o mais importante é sabermos que: εL e εA são as constantes dielétricas no interior da bicamada
lipídica e no meio aquoso. Só que a constante dielétrica da água (εA≈80) é quase 40 vezes maior que a
constante dielétrica dos lipídeos (εL≈2). Portanto, sem as vias que existirão para as partículas
hidrofílicas os ions teriam pouquíssimas chances de atravessarem a membrana.
Uma pergunta que pode surgir é: Porque a água e pequenas moléculas polares conseguem passar pela
membrana? Isso é devido a uma perturbação dinâmica dos ácidos graxos que compõe a membrana
(movimento chamado de dobras ou kink), fazendo com que ajam poros onde essas partículas
conseguem escoar. Há também o fator que a água não possui carga no seu estado primitivo e que na
membrana existem canais próprios pra água, chamados de aquaporinas.
Mecanismos de transporte
No caso da difusão simples, a taxa é determinada pela quantidade de substância disponível, pela
velocidade da cinética de movimento, e pelo número de “aberturas” (buracos) na membrana, através
das quais as moléculas ou íons podem passar: Diretamente através dos lipídeos ou através dos canais.
Já na Difusão facilitada requer a interação de uma proteína carreadora com as moléculas ou íons.
A difusão “trabalha” no sentido de equilibrar a concentração de substâncias e íons nos
compartimentos intra e extracelular, todavia existe desequilíbrio, então alguns fatores “trabalham”
contrapondo a difusão.
Há a opção de inserir proteínas para verificar a passagem de íons (as proteínas são separadas por
meio de centrifugação diferencial).
Se a partícula não tem carga elétrica residual e possui baixo peso molecular ela tem maior chance de
passar pela membrana. Porém mesmo sem C.E. existe a dependência quanto ao peso molecular, quanto
maior mais difícil. Possuindo C.E. é mais difícil, no caso de ions ainda existe a camada de solvatação
da água o que dificulta ainda mais a passagem por meio hidrofóbico.
Informações essenciais
Para analisarmos qualquer tipo de problema é necessário checar sempre quais gradientes estão
presentes e as características físico-químicas das partículas.
Energia elétrica
Onde “e” é a carga do elétron; z é a carga do íon em carga elementar e F é a constante de Faraday.
Essa diferença de potencial pode ser substituída na fórmula de fluxo geral no lugar do gradiente de
concentração. Essa energia se deve a um campo elétrico que os íons vão originar.
Energia Osmótica
Energia química
Como o meio intra e extracelular é o mesmo solvente, a energia química mal contribui para o
transporte.
Através dos cálculos e experimentos com medições podemos verificar que tipo de transporte é, tendo
ciência que quando seguem as fórmulas (presença de gradiente) trata-se de um transporte passivo, e
quando não corresponde a um transporte ativo (presença de força proveniente de outra fonte, como
no caso da bomba sódio-potássio).
Vale ressaltar a importância do estudo dos fluxos no tratamento de tumores. Há nas células tumorais
uma proteína chamada P-glicoproteína, onde esta recolhe as substâncias estranhas às células
tumorais e joga para fora. Portanto, num tratamento por quimioterapia devemos mensurar os fluxos
para escolher o melhor medicamento.
São geralmente bactérias de Gram Negativo, mais difíceis de responder à ação dos antibióticos.
CANALOPATIAS
Visão Geral
São um grupo de doenças que podem ser causadas por má decodificação gênica (hereditárias),
respostas autoimunes do organismo, drogas e toxinas. Essas enfermidades são caracterizadas por
defeitos nas proteínas de membrana, já que essa estrutura é responsável pela passagem de ions
necessários para a formação de potenciais de ação celular, o impedimento dos canais de íons altera a
excitabilidade celular. Dessa forma, podemos observar que as canalopatias vão agir tanto na
terminação de impulsos nervosos quanto nas junções neuromusculares.
Formas de Diagnóstico
Vale salientar os meios de identificar as canalopatias, como o registro de atividade elétrica nervosa e
do músculo, já que essas patologias vão agir na capacidade excitatória das células musculares
apresentando defeitos nos canais de sódio ou cloro. Por exemplo, as canalopatias cardíacas podem ser
identificadas pelo exame eletromiográfico, o qual faz o uso de eletrodos superficiais ou agulhas que
penetram o musculo para medir o comportamento de uma célula. Estes eletrodos são ligados a
amplificadores para a transformação de pequenos potenciais em estímulos que possam ser analisados
e comparados a potenciais normais. Podendo dessa maneira identificar as patologias pela alteração
nos potenciais, amplitudes e duração dos sinais celulares.
Existe também outro exame que pode ser utilizado de forma a auxiliar a identificação das
canalopatias que afetam o encéfalo (são responsáveis por modificar os potenciais dos neurônios), esse
exame é chamado de eletroencefalograma. A sua técnica consiste em colocar eletrodos sobre o couro
cabeludo ou até mesmo no encéfalo, e seu funcionamento é similar à eletromiografia. No caso de
ataques epilépticos ocorrem descargas sincronizadas elevadas em todo o córtex ocorrendo uma
grande despolarização por uma posterior série de potenciais de ação. No EEG deve ser levado em
conta o estágio de sono, vigia ou consciência. Portanto, podemos concluir que cada canalopatia tem
suas particularidades e o EEG e o EMG são importantes exames auxiliares.
É feito inicialmente um banho de ar quente na micropipeta (para confeccionar a ponta e dar polidez) >
tocamos com a ponta da membrana > Leve sucção deixando a membrana em ômega (Desta forma a
resistência no ômega tende ao infinito fazendo que os íons migrem para outro local )> Mais sucção
(retirada de membrana para estudo).
Representação dos canais iônicos atualmente
Constituídos por 04 domínios em α hélice, fazendo com que fiquem mais eletricamente carregados, e
essa carga elétrica residual vai proporcionar a seletividade (sensor). Esses domínios possuem 6
segmentos.
Canalopatias Musculares
Analisando graficamente:
Vamos analisar como as doenças: miotonia agravada por potássio (PAM), paramiotonia congênita (PMC)
e paralisia periódica hipercalêmica (HyperPP) diferem de uma pessoa normal.
Na primeira linha podemos ver a oscilação na corrente que ocorre numa pessoa normal, analisando
principalmente o tempo de volta para o estado de repouso. NA PAM há um aumento no tempo de volta,
no PMC ele aumenta mais ainda, e o HyperPP demora bem mais a voltar ao estado basal. O que isso vai
acarretar?
Na segunda linha: No caso do PAM, há um aumento na quantidade de potenciais de ação que ocorrem,
já no PMC há um aumento extremo nessa atividade num curto intervalo de tempo, deteriorando as
respostas posteriores. No caso do HyperPP, pela corrente basal ter mudado ele entra no estado de
fadiga muscular causando a paralisia.
Canalopatias Nervosas
Na primeira linha, os picos de corrente de um neurônio normal para outro que apresentam a patologia,
no gráfico de comparação (terceiro) vemos que devido a frequência dos potenciais de ação serem
maiores na célula defeituosa a corrente que vinga na membrana é menor. Na segunda linha
verificamos a quantidade de potenciais de ação e o tamanho do estado de repouso.
Origem da vida
Teoria de Oparin > Coacervados > Vesículas lipídicas > Definiu a primeira célula como aquela que possui
todas as classes de biomoléculas e a capacidade de auto-replicação, tudo devido ao advento da
compartimentalização.
Membranas biológicas:
Hoje temos como principal modelo o “mosaico fluido” que é caracterizado pela possibilidade dos
componentes das membranas se movimentarem. Esses componentes são:
a) Lipídios polares anfipáticos: (tendo uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica) possuem
capacidade de formar bicamadas, monocamadas (espalhamento sobre a água, através de
estudos verificou-se que o transporte de Na+ e K+ é feito por mecanismos onde os lipídios
não participam, além dessa conformação ser muito útil na atividade enzimática), micelas
(dispersão de gorduras num meio aquoso) e lipossomos ( diferenciam das micelas por
formarem bicamadas delimitando uma vesícula, bastante importante na formação do modelo
de membrana e no transporte de fármacos pela corrente sanguínea).
Essa parte lipídica é composta principalmente por fosfolipídios (grupamento PO4-)
que são divididos em Fosfoglicerídeos e Esfingolipídios (principalmente na bainha de mielina);
e temos também os esteroides (colesterol) que é responsável principalmente pela fluidez da
membrana.
Essa parte lipídica compõe uma barreira físico-química, caso as membranas fossem
constituídas apenas de lipídios seriam de caráter inviável para a vida, sobretudo porque a
troca entre os compartimentos seria insignificante para manter os processos vitais. Essa
parte na verdade trata-se o “esqueleto” membranal, para que as verdadeiras protagonistas
(proteínas) desempenhem seu papel.
b) Proteínas: Componente bioativo da membrana, tendo suas principais funções na célula: Canal
iônico, carregadoras, receptores e bombas, além disso o papel de catálise enzimática,
proteção imunológica (anticorpos) e nutricional. Trata-se de um conjunto de aminoácidos
ligados peptidicamente que podem ter suas conformações classificadas em: Primária /
secundária (α hélice e Folhas β) / terciárias e quaternárias. De acordo com a facilidade de
extração podem ser divididas em:
Integrais ou intrínsecas: Fortemente ligadas aos lipídios (interações hidrofóbicas
com as caudas hidrocarbonadas), sua remoção é realizada por detergentes.
Periféricas ou extrínsecas: Mais facilmente removidas, geralmente se usa pequenas
mudanças no pH ou extração por força iônica. Ligadas à membrana por interações
hidrofóbicas, interações eletrostáticas, ponte de hidrogênio.
a) Canais iônicos: Dado momento a proteína forma um poro aquoso para passagem dos
substratos.
b) Carregadoras e bombas: Não é necessária formação de um lumen aquoso para transporte. Há
o acoplamento a uma dessas estruturas (por parte do substrato) e acontece o arraste para o
outro lado da membrana por meio de mudanças conformacionais que ocorrem na proteína. O
que difere carregadoras e bombas é a forma de obtenção de energia.
CAPÍTULO 02 (O TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS EM SISTEMAS CONTÍNUOS)
Objetivo geral:
Vale ressaltar que ∆S = ∆Se + ∆Si, onde ∆Se é a troca de calor com o ambiente e ∆Si é a
geração ou produção interna de entropia. Como nos processo irreversíveis existe ∆Si, isso
justifica ∆S> ∆Q / T.
Resumindo essa loucura, se a entropia for positiva, trata-se de um processo espontâneo, se
for igual a 0 são reversíveis, se for negativa a transformação não é possível.
Se ∆G for negativo= trata-se de uma reação irreversível (espontânea), pois a produção de entropia
interna é maior do que o trabalho útil, se positivo é reversível (não espontânea – necessitando
receber energia para acontecer).
A energia livre de Gibbs pode ser reapresentada para se definir o potencial químico de um líquido real
(µ).
Quando um mol de um componente iônico se desloca entre dois pontos de diferentes concentrações
em uma solução ou entre duas fases(meios) diferentes, cujo trabalho útil (energia livre de gibbs)
envolvidos não é só o químico, mas também elétrico, podemos definir um outro tipo de potencial
chamado de potencial eletroquímico.
Objetivo geral:
b) Coeficiente de difusão (D) = Entra nas avaliações dos fluxos nos sistemas contínuos e
descontínuos.
c) Coeficiente de permeabilidade = Arranjo dos coeficientes de partição e difusão, fornece a
velocidade com que tal componente do coeficiente de partição βi e coeficiente de difusão D,
atravessa uma membrana de certa espessura.
Fluxos resultantes
Somatórios de fluxos unidirecionais, ou seja, os fluxos orientados contra o gradiente menos aqueles
orientados no sentido a favor do gradiente, sendo portanto um vetor orientado na direção dos
mesmos potenciais. Os fluxos unidirecionais podem ser verificados experimentalmente por
intermédio de marcadores radioativos, marca-se com um isótopo radioativo o componente de um dos
lados da membrana e mede-se o ritmo com que a substância aparece do outro lado. Esse processo vai
decidir o tipo de transporte que ocorre através das membranas biológicas (ração dos fluxos de
Ussing).
a) Para membranas permeantes a um únicio ion: Essa avaliação é feita através da equação de
Nernst, e posteriormente é realizada a comparação com um experimento para medir.
b) Para membranas permeantes a vários íons: Usamos a equação de Goldman . Se Vm (φ2- φ1)=0
– apenas substratos permeantes. Se Vm (φ2- φ1) diferente de 0 > Existência de ion não
permeante.
Repouso celular
Consiste na manutenção dos canais iônicos, tendo ciência que as concentrações iônicas nos meios intra
e extracelulares divergem. Para manter esse estado, são requeridos fluxos de ions através da
membrana bem como a presença de bombas eletrogênicas.
O sistema estaria em equilíbrio quando a força elétrica é igual em módulo à força difusional (K+
parando de migrar) e o potencial que se instala é o potencial de Nernst. Caso a membrana fosse
permeável apenas ao potássio, o potencial de respouso seria o de Nerns, porém como existem mais de
um íon agindo, o potencial de repouso seria expresso pela equação de Goldman.
Porém o sistema jamais evoluirá para o equilíbrio, isso se deve pois no estado de repouso os íons
permanecem em desequilíbrio , dado a presença de bombas eletrogênicas que compensam os fluxo
resultantes passivos com fluxos ativos no sentindo contrário (as custas de energia) quanto ao efeito
Donnan.
Tecidos excitáveis
São os tecidos muscular e nervoso, estes respondem a estímulos que atingem seu limiar através de
alteração do potencial da membrana, provocando o surgimento de um potencial de ação,
consequentemente do processo cinético de abertura e fechamento de canais iônicos, formados por
sua vez por proteínas integrais da membrana, ou seja, perturbações no campo elétrico promovem
alteração da permeabilidade da membrana, principalmente aos ions de sódio e potássio. Lembrando
que Na é responsável pela despolarização (fluindo de forma rápida), enquanto K flue mais lentamente
e é responsável pela repolarização e hiperpolarização.
Trata-se da cinética propriamente dita dos canais iônicos, realizado pelo “gate” também chamado de
comporta que consiste no conjunto de resíduos de aminoácidos da proteína que forma o canal. As
evidências mostrando que a permeabilidade da membrana dependem da movimentação de partículas
carregadas no seu interior (corrente de gating) propõe que os parâmetros matemáticos internos n, m
e h (do modelo H-H) controlariam a permeabilidade da membrana ao sódio e ao potássio.
Comprovaram a dependência do sódio externo para a formação dos potenciais de ação. Verificaram
experimentalmente que na hiperpolarização não existe produção de corrente, já na despolarização
aparece uma corrente bifásica que, inicialmente, se direciona para dentro da célula e pouco depois ,
flui para o meio extracelular.
Esse experimento é uma contribuição a favor da hipótese do potencial de equilíbrio do sódio como
força eletromotriz para desencadear o potencial de ação em células excitáveis. Posteriormente, os
autores identificaram essas correntes como sendo devidas aos fluxos do ion sódio para o interior da
célula (corrente negativa) e do potássio para o exterior (corrente positiva).
O uso de drogas demonstrou não só a existência dessas duas correntes, mas também o fato de elas
serem independentes. Drogas como a TTX(Tetrodotoxina) bloqueiam a corrente de sódio mas não a
de potássio. Contrariamente a TTX, uma outra droga, chamada TEA (Tetraetilamônio) bloqueia a
corrente de potássio, deixando fluir apenas a de sódio.
a) Ajustar equações matemáticas para que pudessem representar, com a maior exatidão
possível, o comportamento da condutância da membrana aos íons sódio e potássio.
b) Desenvolver uma equação que permitisse representar teoricamente um potencial de ação
numa célula viva.
Depois da análise realiza, H-H conseguiram desenvolver a equação matemática para ambos os canais,
sendo:
O que antes era definido como n, m e h, hoje corresponde, provavelmente, a resíduos de aminoácidos
carregados, existentes nas proteínas que forma os canais de sódio e potássio.
Conceito Geral:
Praticamente, todo o transporte iônico ou de substâncias não solúveis em lipídios, dá-se através da
mediação proteica (Principais exceções: Endo e exocitose). Os canais e carregadores são vias
essencialmente passivas, ou seja, não requerem gasto de energia metabólica oriunda do ATP ou
qualquer outro metabólito.
Então quer dizer que a difusão facilitada não gasta energia? Não, a energia requerida por essas
estruturas advém dos gradientes elétrico e/ou químico (concentração) das substâncias
transportadas.
Enquanto os canais iônicos formam “poros aquosos” que atravessam toda a membrana, os
carregadores simplesmente acoplam substâncias específicas (iônicas ou não) e transportam-nas
passivamente através da membrana. Desde que a termodinâmica do processo seja viável, um único
carregador pode realizar o transporte de uma substância contra o gradiente de potencial
eletroquímico ao mesmo tempo em que transporta outra rumo às menores concentrações. Como dito, o
advento do acoplamento estabelece que haja certa especificidade entre o carregador e a substância
transportada. Tal ligação confere uma taxa de transporte menor aos carregadores quando
comparados aos canais.
Canais Iônicos
Responsáveis por diversas funções dentro do nosso corpo, como: Propagação do impulso nervoso,
controlam a entrada e saída de cálcio do retículo sarcoplasmático, mantem continuamente (junto com
carregadores e bombas) o estado de repouso, agem como antibióticos e etc.
Para que a abertura desse canal ocorra é necessário que o agente regulador atue sobre um dispositivo
chamado “gate” ou comporta, que por sua vez vai se deslocar causando mudanças conformacionais na
estrutura da proteína. Na verdade entre o agente regulador e o gate vai existir um “sensor”, esse
sensor vai mudar de acordo com a especificidade para o estímulo, podendo ser um conjunto de cargas
ou um dipolo, um sítio de ligação para algum mensageiro químico e etc.
Quando é controlado por um agente químico, basta que este se ligue ao seu sítio receptivo (que vai
ser o próprio sensor) para que haja a mudança conformacional. Já nos canais voltagem-dependentes, o
sensor é um conjunto de cargas elétricas que pode ser o próprio gate. Toda vez que a célula sofre
perturbações de caráter elétrico o “gate” se movimente, isso no interior da membrana vai produzir as
correntes de gating que vão ser responsáveis pela abertura e fechamento do canal.
Vale ressaltar que os íons em soluções aquosas encontram-se solvatados e, deste modo não podem
penetrar em canais cujo diâmetro seja muito pequeno. É necessário portanto, que alguma força atue
sobre os íons para retirar-lhes as moléculas de água e pô-los em interação com o canais (não tendo
necessidade no caso de canais grandes). A energia envolvida no processo é a energia de Born:
Quando ∆G for positivo: Isto significa que a passagem de um íon do meio extracelular ou
intracelular para o interior da membrana, é um processo não espontâneo. E que, portanto,
precisa receber energia para se realizar.
Portanto, a bicamada lipídica é praticamente impermeável a íons, funcionando como uma barreira
física contra a entrada deles na célula. Contudo, as vias hidrofílicas através da membrana, ou seja, os
canais iônicos têm constantes dielétricas bem próximas à da água, no seu interior, o que torna
menores os requisitos energéticos para o transporte. Assim, a energia livre armazenada nos
gradientes eletroquímicos é suficiente para mover os íons através dos canais, quando eles estão
abertos.
Carregadores (transportadores)
a) Carregadores simples (ou uniportes): São aqueles que transportam numa só direção, uma
única substância por vez. Utilizam a energia contida no gradiente da própria substância.
Comumente chamado de difusão facilitada.
b) Trocadores ou antiportes: Realizam o tipo de transporte comumente chamado contra-
transporte, isto porque, duas substâncias são transportadas, uma em sentido contrário à
outra. A energia para o processo é sempre fornecida pelo gradiente da substância que se
desloca em direção às suas menores concentrações (a outra pega carona).
c) Cotransportadores ou Simportes: Transportam duas substâncias no mesmo sentido. Envolve o
acoplamente dos fluxos de ambas as substâncias transportadas.
No caso de b) e c) são comumente referidos como transporte ativo secundário, devido ao acoplamento
entre fluxos de solutos.
O transporte realizado pelas bombas é do tipo ativo primário, pois os fluxos das substâncias estão
acoplados ao fluxo de uma reação química (principalmente a reação da clivagem do ATP)
OBEJTIVOS DE BIOFÍSICA
As equações de fluxo existentes são descritas pela equação de Nerst, em caso em que a membrana
biológica é permeável a apenas uma substância, e pela equação de Goldman-Hodgkin-Katz, quando a
membrana é permeável a mais de uma substância.
A origem de fluxos resultantes está relacionada à existência de um gradiente químico e/ou elétrico
para uma dada substância “i”. Esses gradientes são responsáveis pelo aparecimento de forças
moventes que induzem fluxos de partículas, os quais buscam levar o sistema a um “estado de
equilíbrio” (salve exceção no caso do transporte eletrodifusional no qual não se alcança o equilíbrio),
tendo seus vetores contrários aos vetores do gradiente (por isso o negativo da fórmula). Esse fluxo
de substâncias são importantes na área médica, pois esses transportes devem ocorrer de maneira
correta para garantir a homeostasia da célula. Eles atuam no nosso metabolismo de diversas formas,
seja na transmissão de impulsos nervosos, pela contração muscular, geração de energia dentre várias
outras funções.
A difusão simples é um tipo de transporte passivo (não há gasto de energia celular) de um soluto
através da membrana, movimento é a favor de um gradiente de concentração, sem a ajuda de
proteínas transportadoras. Transporte de pequenas moléculas através de poros.
A difusão facilitada é uma modalidade de difusão-transporte passivo: do meio mais concentrado para
o meio menos concentrado, em que as moléculas atravessam a membrana celular com a assistência de
uma proteína transportadora específica localizada em alguma membrana biológica. Assim, este tipo de
difusão se diferencia dos demais uma que sua velocidade de difusão tende a uma velocidade máxima
constante a medida que se aumenta a concentração da substância a ser difundida. Isso se dá porque o
mecanismo é responsável por limitar a velocidade da difusão facilitada, pois o substrato se liga a um
determinado sítio e é transportado.
Os canais e carregadores são vias essencial passivas, ou seja, não requerem gasto de energia
metabólica oriunda do ATP ou qualquer outro metabólito, a energia adquirida por essas estruturas
advêm dos gradientes elétrico e / ou químico das substâncias transportadas. No caso dos canais
iônicos eles formam poros aquosos que atravessam toda a membrana, em consequência de mudanças
conformacionais na estrutura da proteína. São responsáveis pelo impulso nervoso e contração
muscular por exemplo. Já os carregadores não formam poros, eles acoplam substâncias específicas e
transportam-nas através da membrana.
As bombas acoplam o fluxo da substância a ser transportada ao fluxo de uma reação química,
principalmente a clivagem de ATP, esse transporte se dá no mesmo sentido do vetor do gradiente
(contra o fluxo).
A importância dos fluxos unidirecionais é que eles podem decidir a cerca do tipo de transporte que
ocorrerá através das membranas biológicas, por meio da equação dos fluxos de Ussing (cálculo do
fluxo resultante). Quando a razão do fluxo da substância do meio A para o B e do meio B para o A
coincidir com os dados experimentais, o transporte é do tipo passivo. Não havendo concordância
entre os valores teóricos e os empíricos, certamente está ocorrendo também algum outro tipo de
transporte, por exemplo, o transporte ativo através de bombas.
PRÁTICAS DE FISIOLOGIA
Após ser adicionada a droga assim que aplicamos o estímulo 6n o potencial de ação acontece, mas de
uma maneira diferente, o tempo da repolarização é bem maior e não há período refratário. Isso
acontece pois a droga inibe a abertura dos canais de K+, retardando dessa forma o processo de
repolarização e impedindo a hiperpolarização característica de um período refratário.
BIOTERMOLOGIA
Objetivo geral
Definir como ocorrem as trocas de calor e como isso afeta as células do nosso corpo.
Hipertermia
Fontes caloríficas
São 04 que acometem nosso corpo: Química, mecânica, elétrica e a magnética. Sendo classificadas
em:
Temos a presença de Queimaduras, Intermação (parecida com a insolação só que mais grave podendo
levar à óbito) e insolação, Câimbras musculares, tetania (tremores, paralisias), náusea, vômitos,
Anóxia (agravante da Hipóxia, ausência total de oxigênio) e tromboses.
Microondas
Para geração de calor, age rotacionando as moléculas de água, causando dessa forma o aquecimento.
No caso das moléculas apolares há a deformação da matéria.
Isso quer dizer que quanto maior a frequência da onda, mais energia a mesma conterá, segue a escala
de frequências das ondas:
Lei de Lambert-Beer
Para compor essa lei, foi necessário o estudo de dois cientistas (os que dão nome a lei), onde:
A) Lei de Beer: Quando a distância não muda, a quantidade transmitida vai depender da
densidade do material.
B) Lei de Lambert: Se incidir um feixe de radiação num material de densidade fixa, a
quantidade que ultrapassa vai depender da distância (no caso espessura)
Onde µ é o coeficiente linear de absorção que vai depender do estado físico e do material, x é a
espessura do material absorvedor, Io a radiação incidente e I(x) a radiação transmitida.
a) Quantidade de água: Quanto maior o conteúdo, maior a absorção (ex: músculos). Nos tecidos
com escasso conteúdo de água, ocorre deformação das moléculas apolares (gordura
subcutânea)
Nos casos de: Tumores malignos, Marcapassos, Gestantes, Coração, lesões hemorrágicas, isquêmicas,
Transtornos mentais ou coma e em crianças.