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I. INTRODUÇÃO
A filosofia, de uns tempos para cá, viu-se na necessidade de estudar o fato religioso.
Com o advento da filosofia imanentista, a transcendência ao absoluto que sempre foi
admitida como uma realidade natural no homem, começa a ser questionada. Surgem
diferentes posicionamentos a seu respeito: desde a sua ne-gação por completo, como à sua
absolutização, chegando-se a afirmar que é um fato evidente, inquestionável.
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Manifesta sua rejeição pela concepção mitológica da religião civil do Esta-do, como
meras fábulas, propugnando pela adoção de uma religião natural de união da alma com o
Transcendente (Sêneca e Varrão);
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Concepção de que a religião é o ópio do povo, a maior das alienações, uma vez que
aquilo que se atribui a Deus seria próprio da Humanidade como um todo (Feuerbach e
Marx);
Procura mostrar, através do estudo dos povos primitivos e das culturas ru-
dimentares, que a crença num Deus Supremo e Único foi, desde os começos, a forma
religiosa originária, sendo as religiões politeístas posteriores corruptelas da crença original
(Lang e Schmidt).
Como se vê, a partir deste breve esboço histórico, já se afirmou tudo a res-peito da
religião: que existe, que não existe, que é um sentimento, que é um ins-tinto, que é uma
alienação, que é uma criação humana, etc, etc. A avaliação do que realmente é a religião,
sua existência, seu fundamento, será visto no segundo capítulo.
Método Filológico – mediante o estudo comparado das línguas, busca en-contrar nas
línguas parentes o que pensavam e acreditavam os povos antes de se dividirem em línguas
distintas (quais as palavras utilizadas para descrever e ex-pressar o sagrado e suas raízes
comuns);
A filosofia da religião deve conjugá-los, para obter a melhor soma de ele-mentos para
chegar às suas conclusões sobre a essência das manifestações religi-osas e suas
características universais.
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Se, por um lado, tudo o que o homem faz pode ser considerado como “reli-gioso
secundário” (dada a total dependência do homem em relação a Deus: “quer comais, quer
bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei-o por amor a Deus”), por outro, o mais
especificamente “religioso secundário”, como manifestação ca-racterística do culto a Deus, é
constituído por:
4. Constantes religiosas
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Relativista - “Quem conhece apenas uma religião, não conhece nenhuma” (Max
Müller).
a) Constante Telúrica
A forma mais antiga de representação da divindade foi a da Deusa Mãe Terra (Tellus
= Terra): figuras femininas encontradas desde 30.000 a.C. (ídolo fe-minino da fecundidade,
com seios e útero exageradamente desenvolvidos ou com muitos seios).
O cristianismo veio a dar um outro sentido às festas pagãs (pagã = do cam-po), que
celebravam as estações do ano, comemorando, nesses dias, os mistérios cristãos (Ex: Em
vez de festejar o Deus-Sol no dia primeiro do ano, celebrar a Santa Maria, Mãe de Deus).
b) Constante Celeste
Os povos indo-europeus têm a crença num Deus Supremo Celeste, criador de todas
as coisas e transcendente ao mundo, originariamente concebido mono-teistamente (os
nomes dos demais deuses assírio-babilônicos são atribuídos como nomes diversos de
Marduk, deus principal).
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A suprema divindade das religiões celestes tem no seu nome algum ele-mento que
dê a idéia de luz, céu, claridade (Deus, lembrando dies = dia). Ade-mais, há, para o mesmo
deus, um nome “terreno” (usado pelos mortais) e um nome “celeste” (usado pelos deuses).
c) Constante Étnico-Política
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Endogamia familiar ou tribal – casamento, dentro da família real, entre ir-mãos, para
manter a pureza divina (nacionalismo de não permitir casamento com estrangeiros).
d) Constante Mistérica
Eram ritos de iniciação que afastavam a pessoa da relação com os demais mortais e
a colocavam num círculo de eleitos, visando à sua união individual com
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divindade. O sentido da palavra não era de algo oculto, mas, pelos rituais ado-tados,
incompreensíveis e chocantes para os não iniciados, passaram a ser ocul-tados, para evitar
perseguições.
Incubação – dormir em contato direto com a terra, para receber dela as vir-tudes
curativas e previsoras do futuro;
Aspiração a uma vida ultratumba – preparação para a vida após a morte, buscando a
purificação nesta vida (conteúdo ético e soteriológico).
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5. Principais religiões
alma não se desfizesse. Construíram grandes templos para o culto de seus deu-ses.
c) Religião da Mesopotâmia
d) Religião Greco-Romana
Os Celtas enterravam seus mortos com as armas, comida, roupas e jóias, na crença
de que necessitariam delas na outra vida. Adoravam, além de deuses e deusas, o javali, por
sua coragem e ferocidade (tereomorfismo) e as cabeças corta-das dos inimigos (fincadas
em postes, como sagradas). Os druidas eram os sacer-dotes e magos que dirigiam o culto e
ensinavam o povo, com poder curandeiro.
Os Incas eram politeístas, acreditando num Deus Supremo Criador (Vira-cocha), Pai
dos demais deuses, homens e criaturas. Inti (Deus-Sol) deu origem à família real inca.
Anualmente, celebrava-se a grande festa do Sol, em que o ani-mal a ser sacrificado (lhama)
era levado para as montanhas, com as mensagens ao Deus, que o rei lhe havia dito ao
ouvido. Havia os sacerdotes que cuidavam do culto ao longo do ano e as “Virgens do Sol”,
que os assistiam. Havia também Quil-la (Deusa-Lua). Os lugares sagrados (huacas) eram
tanto os templos, quanto as pedras de formato invulgar, túmulos, fontes, colinas e cavernas.
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g) Hinduísmo
Evolução histórica:
Panteísmo Védico (séc. XII-IX a. C.) – anterior à invasão dos povos indoeu-ropeus
(Civilização de Harappa), de religiosidade telúrica;
VEDA CONTEÚDO
Rig-Veda Veda dos louvores
Sama-Veda Veda dos cânticos litúrgicos
Yajur-Veda Veda das fórmulas sacrificiais
Atharva-Veda Veda das fórmulas mágicas
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Cada casta tem seu estatuto próprio (direitos e obrigações). O cumprimen-to fiel das
obrigações da própria casta (especialmente as profissionais) permite ao indivíduo, após a
morte, reencarnar-se numa casta superior, e assim progressiva- mente, até a purificação
total da alma, unindo-se definitivamente a Brahman (já o descumprimento desses deveres
leva à reencarnação em casta inferior e, inclusi- ve, em animal; daí o caráter sagrado das
vacas na Índia, que não devem ser mor- tas ou molestadas). Uma das proibições é da do
casamento fora da casta (deve ser endogâmico). As reencarnações seriam exigência da
justiça (daí a passividade in- diana diante das discriminações de castas).
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das
contínuas mudanças e reencarnações), até que se liberte definitivamente desses desejos,
através das boas ações.
Além de panteísta (confusão entre Deus e o Mundo, sendo o princípio das coisas
imanente ao próprio mundo), o hinduísmo é também politeísta (milhões de deuses,
masculinos e femininos) e enoteísta (3 divindades principais: Brahma, Criador do Universo,
representado com 4 cabeças; Siva, Transformador do Uni-verso, representado com 4
braços; e Visnú, Conservador do Universo, também re-presentado com 4 braços.
Ritual:
Os mantras são fórmulas magicamente eficazes (orações tiradas dos textos védicos),
que devem ser recitadas com escrupulosa exatidão (postura, ritmo, pro-núncia, melodia e
movimentos), para que tenha perfeito valor ritual.
h) Confucionismo
Confúcio ou Kung-Fu-Tse (551-479 a. C.) não foi o fundador de uma nova religião,
mas apenas um filósofo (sábio que mais profundamente influiu na cultu-ra chinesa) que
começou seus estudos aos 15 anos, se casou aos 19, teve muitos filhos e se dedicou, a
partir dos 22 anos, a ensinar e a fazer carreira política como conselheiro de reis chineses.
Sabia-se um homem sujeito a erros (como reconhece em seu livro “Analecta”). Passou, no
entanto, a ser cultuado e divinizado vários séculos após a sua morte.
Toda a ética confuciana parte das “cinco relações” ou deveres de cada ho-mem
(tradição chinesa antiquíssima):
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i) Taoísmo
O taoísmo não chega a ser uma religião, pois não visa ao relacionamento do homem
com Deus, mas apenas à adaptação do homem ao ritmo da Natureza (a própria arte chinesa
é uma demonstração disso, pois não retrata deuses, mas principalmente animais, plantas e
a Natureza; ao contrário dos ocidentais, que buscam o domínio técnico-científico sobre a
Natureza, os chineses pretendem apenas harmonizar sua vida com a Natureza, sem
violentá-la).
O Tao, como princípio absoluto, é mais passivo que ativo, e deve levar o ho-mem à
tranqüilidade e serenidade, à ausência de tensão interior e não ao ativis-mo (a ciência está
na diminuição da ação): “Os que de verdade sabem, não falam; os que falam, não sabem”;
“As palavras verazes não são floridas e as floridas não são verazes; o homem bom não
discute e os que discutem não são bons”.
“Yin” (passivo, feminino, imanente, frio, escuro, brando, úmido, ter- ra);
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Alma “hun” – separava-se do corpo, para gozar do reino do céu (os ante-passados
eram venerados como residentes do Reino dos Céus, protegendo seus descendentes).
j) Budismo
Fundador:
Doutrina Básica:
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O budismo, em sua forma original, não é uma religião (pois não fala em Deus ou
salvação como união com a divindade), nem uma ética (pois não propõe regras de vida para
o convívio social e carece da referência a um legislador supe-rior), mas um “caminho” para a
superação dos sofrimentos desta vida, em busca do Nirvana (a outra margem), onde a
pessoa se perderia no Todo, aniquilando-se integralmente.
O budismo admite a reencarnação como meio de contínua purificação dos seres, até
seu total aperfeiçoamento (milhões de anos, até atingir o estado de bodhisattva, última
reencarnação sob forma humana, antes de libertar-se total-mente da matéria).
Ramos:
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k) Jinismo
O fundador do jinismo foi Vadhamana Mahavira (séc. VI a. C.), que seguiu uma
trajetória semelhante a Buda: pertencente a uma família real, abandona a mulher e a filha
aos 28 anos, quando morrem seus pais, rapa a cabeça, renuncia à vida principesca e se
dedica durante 12 anos ao ascetismo, após os quais re-cebe uma “iluminação”, sendo
chamado, a partir de então, por seus discípulos de Jina (ou Yina, “o vitorioso”), dedicando-
se, pelo resto de sua vida, a pregar essa doutrina.
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l) Zoroastrismo
A iniciação na religião zoroástrica se fazia aos 7 anos de idade, depois que a criança
houvesse aprendido as orações mais importantes, recebendo do sacer-dote uma faixa de
algodão, com fitas e trançados, que levará nas cerimônias.
m) Maniqueísmo
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te das mulheres”. Depois dessa inspiração, inicia a pregação de uma nova doutri-
na, de caráter dualista, considerando o espírito bom e a matéria má. Percorre a Índia e a
Pérsia pregando sua nova religião, sendo finalmente preso pelos magos persas, morrendo
na prisão.
Dualismo religioso – Na origem, havia uma separação total entre o Bem (“Pai
da Luz”) e o Mal (“Príncipe das Trevas”), que se mistura-ram na criação do
mundo; apenas pelo sofrimento e pela vinda de um libertador é que se
chegará à restauração universal, com a sepa-ração definitiva entre bons
(“Reino do Bem”) e maus (“Reino do Mal”).
O maniqueísmo virá a desaparecer, sendo sua última manifestação a dos cátaros (ou
albigenses) na França do século XI. O termo “maniqueu” ficará para designar a concepção
dualista do mundo, da divisão dos homens em bons e maus.
n) Islamismo
Fundador:
O fundador do islamismo foi Maomé (570-632), nascido num poderoso clã árabe,
perde cedo seus pais, sendo educado pelos avós e tios para o comércio iti-nerante. Em suas
viagens toma contato com o judaísmo e cristianismo. Casa-se com uma viúva rica, 15 anos
mais velha, que lhe dá todo o apoio e meios econô-micos quando, aos 40 anos, depois de
fortes experiências espirituais, nas quais diz ter recebido a revelação do arcanjo S. Gabriel,
começar a pregar sua nova doutrina monoteísta de submissão total a Alah dado à religião
(daí o nome de Islã [“Islam” = submissão]) e de muçulmano [“muslim” = submisso] para os
seus
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adeptos. A perseguição levada a cabo por seus conterrâneos (afeitos ao politeísmo reinante
entre as tribos árabes) fará com que tenha que fugir de Meca para Medi-
na no ano de 622 (é a hégira, que marca o início do calendário muçulmano). Após a morte
de sua primeira mulher, casa-se com várias outras, defendendo, a partir de então, a
poligamia. Reunindo muitos adeptos ao seu redor, volta para Meca, apodera-se da cidade e
inicia a guerra santa (“jihad”) para levar a religião “revela-da” a todas as tribos árabes,
começando pela Síria (o Islã passa a ser não apenas uma religião, mas o próprio Estado
muçulmano, onde o religioso e o temporal se confundem).
Livro Sagrado:
Doutrina Básica:
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Principais Seitas:
o) Judaísmo
Fundador:
O judaísmo tem sua origem na chamada que Abraão (séc. XIX-XVIII a.C.) recebe
para deixar sua parentela e sua terra natal de Ur, na Caldéia, pois Deus pretende fazer
dele um povo eleito, que lhe preste o culto devido, numa terra pro- metida em Canaã.
Completa-se com a revelação de Deus a Moisés (séc. XIII a. C.) no Monte Sinai, quando
lhe entrega as Tábuas da Lei (10 Mandamentos) e lhe mostra como deve ser o culto
sacrificial.
Livro Sagrado:
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ANTIGO TESTAMENTO
LIVROS HISTÓRICOS (21 livros)
LIVRO CONTEÚDO BÁSICO PERSONAGENS PRINCIPAIS
Gênesis Criação, Pecado Original, Dilúvio, Adão, Eva, Caim, Abel, Noé, Abraão,
Formação inicial do Povo Eleito Isaac, Ismael, Jacó, Esaú e José
Êxodo Saída do Egito, Peregrinação pelo Moisés
Deserto, Aliança no Sinai
Levítico Culto Sacrificial e Leis Religiosas Aarão
Números Censo e Revoltas no Deserto Caleb
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Macabeus I e Luta dos Judeus contra o domínio Antíoco, Matatias, Judas Macabeu
II seleucida na Palestina
LIVROS SAPIENCIAIS (7 livros)
Jó Sentido do sofrimento e comportamento do justo diante da dor
Salmos Cânticos de Davi (Livro de orações dos judeus)
Provérbios Ensinamentos de Salomão
Eclesiastes (Coelet) Meditações sobre a instabilidade da vida humana e suas vaidades
Cânticos dos Cânticos Poemas sobre o amor humano, aplicados ao amor divino
Sabedoria Louvor à Sabedoria Divina
Eclesiástico (Sirac) Aplicação dos mandamentos às mais variadas situações da vida
LIVROS PROFÉTICOS (18 livros)
LIVRO PERÍODO CONTEÚDO BÁSICO
Isaías Reino de Judá Messias sofredor (Servo de Javé), Virgem Mãe
Jeremias Reino de Judá Judá como o barro nas mãos do oleiro pelo pecado
Características:
Mandamentos:
A Lei Mosaica, revelada por Deus a Moisés no Monte Sinai, se resume nos Dez
Mandamentos:
1. Não ter outros deuses além de Javé (Amar a Deus sobre todas as coisas, não
fabricando ídolos e a eles devotando culto)
5. Não matar
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7. Não roubar
p) Cristianismo
Fundador:
A religião cristã se distingue de todas as demais por ter como fundador o Deus-
homem, Jesus Cristo (0-33). Personagem histórico referido por historiado-res como Tácito,
Flávio Josefo, Suetônio e Luciano, nasceu em Belém da Judéia, na pobreza total de um
presépio, de Maria Virgem, no tempo do Imperador Roma-no Otávio César. Viveu em
Nazaré, trabalhando como carpinteiro até os 30 anos,
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quando começou sua pregação, surpreendendo pela sabedoria profunda, quando carente
de estudos. Formou um grupo de discípulos mais próximos (apóstolos), corroborou a
autoridade de seus ensinamentos com milagres (curas e domínio so-bre as forças da
Natureza), e manteve-se celibatário durante toda a sua vida, vin-do a morrer flagelado e
crucificado no tempo do Imperador Tibério César, quando era procurador da Judéia Pôncio
Pilatos, abandonado de seus discípulos. Ressus-citado ao terceiro dia, passou 40 dias
confirmando em sua doutrina os apóstolos, até sua ascensão ao Céu.
Livro Sagrado:
A Bíblia, composta pelo Antigo Testamento (comum aos judeus) e pelo Novo
Testamento, integrado por:
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AUTOR CARACTERÍSTICAS
S. João Revelação feita ao apóstolo sobre o futuro da Igreja, com o fim de consolá-la
perante as tribulações que passará (escrita em 95 d.C. na ilha de Patmos): a)
Mensagens às 7 Igrejas da Ásia; b) Visão do Trono de Deus, com os 24 an-
ciãos, os 4 animais e o Cordeiro degolado; c) Livro dos 7 Selos; d) Visão das
7 Trombetas; e) Luta do Dragão contra a Mulher e S. Miguel; f) O Surgi-
mento da Besta; g) O Cordeiro e seus servidores; h) As 7 taças da Ira de
Deus; i) Os 4 Cavaleiros do Apocalipse; j) Castigo de Babilônia; k) Extermí-
nio da Besta; l) A Nova Jerusalém Celeste.
Desenvolvimento Histórico:
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Adventistas do Guilherme 1816 Dissidente dos Batistas, previu, com base nas
Sétimo Dia Miller Escrituras, a 2ª Vinda de Cristo para o ano de
1844 (Ellen White, sua discípula, explicou, de-
pois, que, nesse ano, Cristo teria começado o
julgamento dos já falecidos). Rigorismo ético
(proibição do fumo e do álcool).
Mormons José Smith 1820 Dissidente dos Metodistas, teria recebido a re-
velação do anjo Moroni, para restaurar a antiga
Igreja de Cristo (nos EUA), pregando um Deus
uno e defendendo a poligamia. O seu “Livro de
Mórmon” seria a 3ª Revelação (depois do An-
tigo e Novo Testamentos).
Testemunhas Carlos Russel 1874 Dissidente dos Adventistas, sustentou que o
de Jeová fim do mundo se daria em 1918: prega um
Deus Uno (nega a Ssma. Trindade), a recriação
das almas depois da batalha final de Harmage-
don e rejeita todas as religiões e instituições
políticas, como satânicas.
Pentecostais Carlos 1900 Dissidência da Igreja Metodista, dando maior
Parham ênfase às manifestações do Espírito Santo:
lado emocional, fenômenos milagrosos e fun-
damentalismo bíblico (Assembléias de Deus e
Igreja Universal do Reino de Deus).
tinham por ideal pregar a mensagem cristã a todos os povos de todas as raças.
º
Busca da Reunificação – esforços do Papa João Paulo II para iniciar o 3 Milênio
com a volta da unidade entre os cristãos.
Doutrina Básica:
Encarnação, Paixão e Morte de Cristo – Deus Filho assume a natureza hu- mana,
para libertar o homem do jugo do pecado, morrendo na Cruz e ressusci- tando depois;
Unidade da Igreja de Cristo – Instituição fundada por Cristo para dar conti- nuidade
à pregação de sua mensagem, até o final dos tempos (em que se dará a ressurreição da
carne e o juízo universal, com prêmio e castigo eternos), com to- dos os fiéis batizados
formando uma comunhão.
Culto:
Os meios que Cristo instituiu para dar ao homem a sua salvação denomi-nam-se
sacramentos (sinais sensíveis de uma realidade que permanece oculta, que é a graça
divina, isto é, uma participação na natureza divina, pela qual o ho- mem se torna filho
adotivo de Deus).
Doutrina Moral:
Jesus Cristo, no sermão da montanha (Mat 5-7), deixa claro que não vem para
revogar a Antiga Lei (10 Mandamentos), mas para aperfeiçoá-los. Assim, a moral cristã
contém exigências maiores do que a moral judaica: amor aos inimi-gos (frente à lei do
talião: “olho por olho e dente por dente”); indissolubilidade do matrimônio (frente à
admissão do divórcio pela lei mosaica); etc.
Animismo – crença em que todos os seres possuem alma (animais, plantas e até
os minerais) e, por isso, são, como o homem, dotados de uma inteligência e de uma
vontade, ainda que não perfeitamente discerníveis.
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Panteísmo – crença num Deus que se confunde com a Natureza: Deus ima-nente ao
Cosmos (religiosidade hindu, onde Brahma é a substância primogênita de todos os seres).
7. A secularização da sociedade
ça firme, mas agora fundada mais no sentimento do que na razão (falta o pão da
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Buscam-se, assim, sucedâneos para Deus: dedicar a vida à ecologia (defesa das
espécies em extinção, mas esquecimento da defesa da vida humana em ges-tação), culto
do corpo através do esporte (paraliturgia dos jogos olímpicos), a New Age moderna,
pregando uma imersão estática no processo cósmico (uma religiosi-dade sem religião e sem
Deus: o que existe seria uma energia espiritual que im-pregnaria todas as coisas), etc.
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1. Definição
a) “Relegere” (Cícero) – voltar a ler as orações previstas nos ritos religiosos, quando
não recitadas corretamente, dado o seu caráter sagrado;
Santo Tomás adotará esta terceira definição, dando perfis mais exatos ao sentido
desta religação, recordando o seu estatuto metafísico ou ontológico. Com imensa
simplicidade e clareza, descreverá a nossa dependência a Deus, desta for-ma:
o mundo inteiro, antes de existir em si, existia na mente de Deus (eis a nossa
primeira dependência com relação ao Criador)
pelo ato criador, o universo vem à existência (eis a separação; só que esta
separação não é total como a de uma pedra que se desprende do seu bloco
original; o universo continua “ligado”, mais ainda, “ten-dente” para Deus,
como um objeto que está preso por um elástico e se distancia do seu ponto
original)
Trata-se agora de provar no âmbito metafísico o que foi dito acima: que to-das as
criaturas não só estão ligadas a Deus, mas tendem a Ele de modo neces-sário.
2. Passo dois: Provar, além disso, que o “movimento da existência” deve vir
diretamente de Deus, não podendo vir de um anjo ou outro ser criado
(dependência direta).
3. Passo três: Provar a inclinação de toda criatura ao Criador.
Sendo a existência um movimento, temos que provar agora que Deus sus-tenta todo
movimento e, por conseqüência, o existir. Provar que Deus sustenta todo movimento é
percorrer a Primeira Via de S. Tomás.
Antes, provaremos algo prévio que está incluído na Primeira Via: “que tudo o que se
move é movido por outro”:
1. Sabemos que é verdadeiro o princípio da não-contradição metafí-sico
(algo não pode estar em ato e potência ao mesmo tempo, sob o mesmo
aspecto).
4. Seguindo o princípio da não contradição, vê-se que este ato só pode vir
de outro.
5. Conclui-se, portanto, que tudo o que se move, tudo que passa da
potência ao ato, é movido por outro, recebe o ato de outro.
Algumas conclusões que se pode tirar desta prova:
1. Não existe o automovimento. Se existisse, forçosamente algo teria que estar
em algum momento em ato e potência ao mesmo tempo sob o mesmo aspecto.
Ex: se algo se automoveu a falar, por exemplo, em al-gum momento esteve,
ele mesmo, ao mesmo tempo, simultaneamen-te, em “potência de falar” e “ato
de falar”; ora, isto é absurdo!
2. Toda “potência de algo” será sempre relegada a ser “potência deste algo”.
Caso contrário, feriria o princípio da não-contradição.
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3. Não é possível estender ao infinito a série dos motores que por sua vez são
movidos.
Pensemos, por exemplo, numa luz que chega aos nossos olhos.
Podemos dizer que provém de um espelho e por sua vez de outro
espelho, e assim sucessivamente. Porém isso não explica porque chega
até nós. Para explicar, precisamos dizer que há uma fonte de luz inicial
que provoca todas as outras.
Também podemos dizer que o conceito de infinito é um conceito
matemático, formal, que não explica o movimento real. Dado um
movimento real, é preciso encontrar uma causa real.
4. Assim, deve existir um motor imóvel que move a todos os outros, sem ser
movido. A este chamamos Deus.
Subsídio: prova de que o Motor Imóvel é Deus.
1. Se é um Motor imóvel, e todos os movimentos provém dele, e não
depende de nenhum outro para mover todo e qualquer movimen-to, então
não possui nenhum potência.
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3. Logo, tem o ser por si mesmo; e aquele a quem tem o ser por si mesmo,
chamamos Deus.
Uma vez provado que todo movimento se sustenta por Deus e que a exis-tência é
um movimento, chegamos à conclusão que a existência de qualquer cria-tura é sustentada
por Deus. Se Deus deixasse de sustentar este movimento, a criatura cairia ao nada
imediatamente.
2) Passo dois: a existência deve vir diretamente de Deus e não de um ser intermediá-rio
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É fácil notar que todas as nossas perfeições estão religadas a Deus recor-
dando que o ser é a perfeição das perfeições; ou seja: todas as perfeições têm sua origem
no ser. Como já vimos que o ser da criatura está sendo causado de um modo permanente
por Deus, conseqüentemente a perfeição, seja qual for, tam-
bém. Em outras palavras: todas as perfeições, como convertíveis que são com o ser, levam
ou incluem necessariamente a mesma ligação. São aspectos do ser que
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b) fundamentação dinâmica
S. Tomás tem uma questão completa dedicada a este tema na I, q. 105. Dela nos
interessa o a. 5, onde pergunta se Deus intervém na ação de todos os seres operativos em
quanto tais. A resposta é afirmativa.
Não se deve entender –diz S. Tomás– esta ação divina sobre as criaturas no sentido
de que estas nada ponham na realização do efeito, como defende o ocasi-onalismo,
afirmando que nenhuma ação corresponde às criaturas, mas a Deus que opera tudo em
todas as coisas, pondo estas de sua parte só a ocasião. O ex-tremo oposto é o de Molina,
que admite na criatura uma atividade sem necessida-de da causa primeira.
S. Tomás resolve a questão dizendo que nada pode sair da potência ao ato a não
ser pela ação de um ser em ato. E assim sucessivamente até chegar em Deus.
Vista assim, esta questão fica reduzida ao estudo das cinco vias, principal-mente das
vias dinâmicas. A conclusão da primeira via, por exemplo, é que deve existir um “primeiro
motor imóvel” com relação ao qual todos os demais motores são movidos; ou seja, motores
subordinados que recebem todo seu impulso da-quele primeiro motor. Dentro de nosso
tema, estamos ligados a Deus em todos nossos atos até tal ponto que não podemos mover-
nos, realizar a mais simples atividade, se não nos é dado do alto.
4. Conclusões
Todas estas questões nos levam a algumas conclusões que veremos a se-
guir:
Primeira: a religião, a ligação com Deus, não é algo que se pode ter ou não
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ter, a capricho da liberdade humana. Vem-nos dada. No mesmo momento que co-meçamos
a existir, já nos encontramos ligados, dependentes radicalmente de Deus. “O homem –como
diz Zubiri– não “tem” religião mas “consiste” na religação, na religião (Zubiri, Natureza,
Historia, Deus, Madri, 1944, pp. 437-438).
Por essa semelhança com as demais criaturas, o homem pode descobrir nelas a
mesma perspectiva de ligação ontológica que descobre em seu próprio ser, e chegar por
este caminho até Deus. Que outro caminho é este senão as cinco vias de S. Tomás?
A ligação não nos dá, no entanto, um conhecimento perfeito de Deus. Nós sabemos
que a perfeição do nosso conhecimento depende da perfeição com que a coisa, ou o objeto,
nos é manifestada. Deus não se manifesta a nós perfeitamente,
nem sequer diretamente. Conhecemos a Deus através das criaturas, pelas perfei-ções que
encontramos nelas, e por analogia chegamos até Deus (I, q. 13, a. 4).
O ateísmo (tanto teórico quanto prático, viver sem precisar de Deus) é, como agora
se torna patente, a coisa mais absurda que existe. Um homem des-li-gado seria o nada
subsistente.
Todo o vazio que cai a filosofia moderna nasce do esquecimento dessa liga-ção. Se
o ser, a permanência no ser, e todas as perfeições humanas e todas as nossas ações
supõem nossa fundamentação em Deus, o próprio nosso é a finitu-de, o nada, a limitação.
Esquecendo-se o homem da sua fundamentação em Deus e pondo sua fundamentação em
si mesmo, em breve se deparará com o nada subsistente, com o vazio, seu apoio se
desmoronará como um torrão de açúcar se desmorona.
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Por outro lado, Deus é o que de mais íntimo, imanente, se dá nas criatu-ras. Dando
sustentação a todo seu ser, sendo o Ato de todos os atos. Como dizia S. Agostinho, Deus
está mas íntimo a nós, a todos os seres, do que os seres a si mesmos.
Este enorme contraponto é o que explica grande parte dos erros das diver-sas
religiões que foram criadas por pessoas humanas.
Depender de Deus não basta para sermos religiosos. É necessário tomar de alguma
forma consciência desta dependência para que haja uma união efetiva com Deus.
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Por um lado, estão os que afirmam que nenhum entendimento criado pode chegar ao
conhecimento imediato da Essência Divina. Nem mesmo os anjos e os bem-aventurados,
que, mais do que ver a Essência Divina, vêem um resplendor que procede dEle.
Outra é a posição que afirma a possibilidade para o homem, ainda nesta vida,
contando com as suas próprias forças, da visão da Essência Divina. Neste grupo podemos
contar os ontologistas, racionalistas, imanentistas, etc.
A verdade não está em nenhum desses dois extremos: se examinamos o problema
desde um ponto de vista natural, podemos facilmente comprovar como a visão intuitiva de
Deus é totalmente impossível para nós no estado atual em que nos encontramos. Para que
possa existir conhecimento, é necessário que haja proporção entre o objeto conhecido e a
potência cognoscitiva, pois o modo da operação segue o modo de ser. O entendimento
humano tem por objeto e não co-
nhece mais do que aquelas coisas que estão realizadas na matéria, e as conhece
precisamente mediante as imagens –fantasmas– extraídas das coisas sensíveis. Conhece
as essências das coisas sensíveis, em seu aspecto universal, abstraído da forma concreta e
singular em que se dão na ordem da realidade.
Isto não quer dizer que em outras condições da natureza humana, ou de algum
modo fortalecida por uma potência superior, a visão facial de Deus não possa realizar-se.
Também aqui a conclusão é totalmente negativa. Uma imagem própria de Deus teria
que ser tão espiritual como Ele, em que sua Divina Essência se mani-festasse como é em si,
em sua Infinita Imaterialidade. Como, segundo o que aca-bamos de dizer, não conhecemos
nem podemos conhecer por nossas puras forças naturais mais que as essências das coisas
sensíveis, temos que tal imagem está por cima também de nossas possibilidades.
Conhecer “per speciem propriam”, como diz S. Tomás, a Deus seria conhe-cer como
os olhos, por exemplo, conhecem as cores próprias na imagem que ne-las se reproduz. Esta
visão ou conhecimento, diz o Angélico, só se dá no conheci-mento natural dos anjos, em
que a imagem de Deus está neles “impressa” (I, q. 56, a. 3).
Só nos resta um modo, do ponto de vista natural, de conhecer a Deus: pelo reflexo
de Deus nas criaturas. Realidade possível para o nosso conhecimento.
Estes vestígios de Deus nas criaturas estão fundamentados na causalida-de. Como,
necessariamente, o efeito tem que guardar uma proporção e semelhan-
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ça com a causa que o produz, as coisas são semelhantes a Deus e podem nos le-var –por
analogia– ao seu conhecimento.
Os agnósticos. Para os agnósticos este problema ou não existe, ou não deve existir.
Se não podemos demonstrar a existência de Deus, menos ainda po-deremos fazer-nos
conscientes de nossa ligação.
ca chegarão ao conceito verdadeiro de ligação entre a criatura e um ser bem dis-tinto dela,
que é o Criador.
Desde já, devemos partir daquele velho princípio filosófico que diz que “nada se
quer se não se conhece”.
Uma vez estabelecido este princípio, podemos dizer que tudo que se aplica ao
conhecimento, aplica-se à vontade. Ou seja: não podemos querer a Deus dire-tamente mas
unicamente por analogia. Os bens criados e finitos serão sempre uma alavanca para o Bem-
Infinito, por darem notícia deste Bem.
A última via que pode dar acesso a Deus, no plano natural, é a via da sen-sibilidade.
O problema aqui é muito semelhante ao dos itens anteriores. Trata-se de conhecer a
influência que tem esta parte sensitiva na consciência de nossa li-gação com Deus.
a) Esclarecimentos importantes
Como a sensibilidade humana é muito rica, é necessário fazer uma breve distinção
entre os diversos grupos que a compõem, isto é: as tendências, apetites,
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a.1) Tendências
A tendência é uma inclinação natural a. Santo Tomás a chama o “pondus naturae”,
uma espécie de peso que leva sobre si a própria natureza e que a incli-na sempre a
determinados fins. Estende-se não só ao seres animados mas tam-bém aos inanimados. A
pedra tende a cair, tem tendência a cair. A árvore busca a luz, tem tendência à luz. O animal
ama sua existência, tem tendência a conservar sua existência, etc.
a.2) Apetite
O apetite tem uma significação mais restrita, refere-se propriamente ao animal
(racional ou irracional) e sua atuação segue sempre a um conhecimento.
Pode ser um “apetite superior” (apetite racional ou vontade) e pode ser também um
“apetite inferior” (segue a um conhecimento puramente sensitivo ou tende a aperfeiçoar a
parte sensitiva ou animal do indivíduo).
a.3) Instintos
Estes dois apetites fundamentais vistos acima envolvem infinitas modali-dades, que
respondem às diversas maneiras em que podem se apresentar os infi-nitos objetos. Estas
modalidade, estas concretizações, chamamos instintos. São sempre inatos.
a.4) Paixões
É fácil distinguir, uma vez entendida assim a natureza dos instintos, dois aspectos
bem diferentes em quem os possui. O instinto enquanto força, tendência do sujeito; e o
instinto enquanto elemento passivo, sofrendo as conseqüências da apetecibilidade. A isto
chamamos paixões. É algo transitório. Costuma ocorrer com alguma mutação orgânica.
a.5) Sentimentos
É um conjunto de afetos, de excitações que surgem no sujeito causadas pela
presença do objeto apetecível sob uma infinidade de circunstâncias.
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De fato, a religião, por analogia, pode ser objeto das paixões e dos senti-mentos.
Basta pensar, por exemplo, o que ocorre quando ouvimos uma peça de música
extraordinária, quando contemplamos um quadro famoso, ou quando le-mos uma obra
prima: nosso espírito costuma elevar-se a regiões inauditas. Facil-mente passamos do belo
ao sublime, do grande ao grandioso, da harmonia à ma-ravilha.
Podemos dizer que da mesma maneira que a nossa inteligência é levada a ver nas
coisas contingentes uma dimensão transcendente, os sentimentos e as paixões podem
vislumbrar a divindade nas criaturas.
Muitas conversões surgem destes sentimentos. Não há dúvida que é preci-so
procurar posteriormente um fundamento para esta experiência sensível.
Freud, por exemplo, em seu clássico pansexualismo, diz ser a religião a “sublimação
da libido”, semelhante ao “élan vital” de Bergson e à ânsia de viver de Schopenhauer, mas
introduzindo nestes conceitos a idéia de sexualidade. Esta sublimação da libido é o fundo de
toda vida religiosa. Os místicos são uns eróti-cos refinados. Aduz como testemunho os
modos de expressar-se dos místicos em metáforas do amor humano.
Feuerbach, por outro lado, afirma ser a religião uma aspiração ilusória do homem
que diante da dominação da Natureza e da limitação de suas faculdades, sonha com a
liberdade, com a independência. Neste delírio, cria um mundo novo e põe nele a esperança
da sua liberação.
Boutroux põe a essência da religião no instinto de superação que caracteri-za a
sociedade e o indivíduo. O progresso é a prova deste instinto. A sociedade não se detém e
as gerações tratam de superar-se umas às outras.
Poderíamos destacar muitos outros instintos naturais ao homem. Porém, com estes,
já percebemos aquilo que havíamos mencionado anteriormente que Deus, através da causa
final, põe um direcionamento a Ele não só em todas as criaturas, mas em todas as suas
potências; daí que todas nos levem a Deus, in-clusive os nossos instintos.
tintos que nos levam a Deus. Erraram, por outro lado, ao afirmarem que estes instintos têm
uma realidade meramente imanente.
Podemos dizer que, sendo tantas as “forças” que nos levam a Deus (racio-nais,
volitivas, sensitivas) não é possível que um homem normal não tenha, pelo menos em algum
momento, uma consciência da sua ligação.
1. O ateísmo
Dizíamos antes que não é possível a existência do ateísmo. Nenhum ser, o mais
ínfimo de todos, enquanto possa receber com verdade o qualificativo de ser, pode deixar de
estar religado. O ser – dizíamos– é um efeito próprio ou privativo da primeira causa. Onde
quer que esteja o ser, ali está presente a primeira causa.
Também –como já vimos– é muito difícil que se dê o ateísmo no que toca à noética
da religião. É tão palpável o direcionamento das nossas potências em di-reção ao absoluto,
tão forte a nossa busca da verdade, do bem, da felicidade que é praticamente impossível
que alguém não se dê conta da sua ligação com Deus.
No entanto, como sabemos, o ateísmo existe. É um fato que presenciamos com
relativa freqüência. Como explicá-lo, então? Onde estão as suas raízes?
Penso que podemos entendê-lo à luz destas palavras de Aristóteles de um profundo
valor: “A verdade está sempre diante de nós, e nós estamos por ela cir-cundados e
iluminados: a nossa inteligência é que deve habituar-se a vê-la, assim como os nossos olhos
devem habituar-se a ver a luz que nos circunda e nos ilu-mina” (Aristóteles).
Aristóteles afirma uma verdade inequívoca: “a verdade está diante de nós”. Sua luz é
de tamanha força que nos ilumina, mais ainda, nos circunda. De fato, como vimos, a luz da
nossa ligação está por todos os lados, em todos os nossos
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Isso mostra como diante de qualquer verdade, por mais evidente que seja, podemos
negá-la.
Superar o ateísmo é render-se ao excesso de luz. É justamente isso que se-para
aqueles que “vêem” a Deus, daqueles que não o “vêem”.
De tudo o que vimos, a única atitude sensata diante da consciência da reli-gião é dar
a Deus o seu culto devido. O estudo desta matéria já não é propria-mente filosofia da
religião.
ANEXO 1
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1. O sentido da vida
que cai sob os sentidos ou o que se pode ver, tocar, medir, calcular, isto é, o mundo dos
fenômenos. Os objetos que estejam para além do sensível e dos fenô-menos fogem ao
setor próprio da ciência. Ora os problemas concernentes ao sen-tido do homem e da vida já
não são da área dos fenômenos sensíveis; não são problemas para os quais a ciência,
como ciência (como investigação empírica), possa dar resposta. - Tenhamos em vista, por
exemplo, a biologia: investiga tudo o que se possa observar empiricamente a respeito da
vida (transmissão, leis da genética, do crescimento, da restauração...). Mas, depois que
alguém estudou tudo o que a biologia lhe possa ensinar, ainda conserva as perguntas
fundamen-tais: vale a pena viver? Por que viver? Qual o sentido da vida?
que simplesmente não existiam - fantasia dos nossos sentidos - ponho-me a ima-ginar que,
na maioria dos casos, nós passamos a vida a substituir uma fantasia por outra, na
esperança de atingirmos, um dia, o pleno conhecimento da essência do universo...
“Vocês, cientistas, é que são felizes! Em ciência, o que é, é mesmo; o que não é, não
é. No setor das línguas e das literaturas, as divergências de opiniões são tantas que a tarefa
de um especialista se torna extraordinariamente pesada e difícil, uma vez que ali ele nunca
encontra a segurança e a certeza que as ciênci-as oferecem”.
...Para esse amigo, a ciência era uma fonte de verdades e, como os cientis-tas não
são suficientemente loucos a ponto de negar verdades, todo o edifício das ciências seria um
conjunto de proposições certas sobre as quais ninguém ousaria depositar a mais tênue das
dúvidas: a água ferve a 100º C; a gravidade tudo atrai para o centro da terra; a lua não cai
de sua órbita por causa da interação de for-ças gravitacionais com a inércia; a velocidade da
luz é de 300.000 km por segun-do; a molécula de água tem dois átomos de hidrogênio e um
de oxigênio; para for-mar um novo ser, é preciso que um espermatozóide fecunde um óvulo;
o coração
é o órgão central da circulação sangüínea; pensa-se com o cérebro e não com o fí-gado; as
plantas absorvem gás carbônico e liberam oxigênio (e isto se chama fo-tossíntese ou função
clorofiliana); a tuberculose é produzida pelo bacilo de Koch (a lepra, pelo de Hansen); os
antibióticos e a sulfamida matam micróbios; a asma
é uma doença alérgica. etc. Todas essas ‘verdades’ (nem sempre verdadeiras ou apenas
‘meias verdades’) seriam ‘científicas’, por isto, não poderiam ser postas em dúvida. Por este
motivo é que os anúncios de pasta dental usam, muitas vezes, como prova da eficácia de
uma marca, a fórmula mágica: ‘A ciência comprovou’.
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do século XX. Há quem diga que lá entramos - ao menos no Ocidente - na fase da pós-
modernidade e do pós-racionalismo.
Na realidade, o mistério do homem é tão profundo que só Deus, que criou o homem
e lhe deu a sua vocação, pode dar-lhe a conhecer o sentido da vida me-diante “uma divina
revelação”. Ora na revelação cristã Deus não revela apenas o mistério de sua vida, mas
manifesta o homem ao homem, oferecendo-lhe a res-posta para as suas indagações:
“Donde venho? Para onde vou? Qual o sentido da minha vida sobre a terra? Por que sofro?
Por que há tantas desgraças no mundo? Por que hei de morrer?” Mais: Deus não somente
ilumina a noite escura do ho-
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mem; Ele também realiza o que revela, tornando o homem participante da vida do próprio
Deus; não somente projeta luz sobre o mistério do sofrimento e da morte, mas livra o
homem do mal e da morte. Sim; a religião não é mera filosofia ou uma mensagem de ordem
puramente intelectual, mas é uma realidade de ordem vital, portadora de nova vida ou de
novo modo de ser. Assim é que a religião dá um sentido à vida humana.
Infinito e somente a Verdade Plena e o Bem Absoluto podem saciar adequada-mente esse
potencial; sabiamente dizia o filósofo francês Blaise Pascal que existe no homem “um
abismo infinito que não pode ser preenchido senão por um objeto infinito e imutável, isto é,
por Deus mesmo” (Pensées nº 300). É essa aspiração inata ao Infinito que suscita
constantemente o problema religioso, mesmo quando o homem o quer sufocar; é a própria
natureza do homem, e não algum fator ex-terno, de cultura contingente, que provoca esse
anseio. O homem é um ser es-pontaneamente inquieto e insatisfeito procura aquilo que não
tem e quando o consegue, experimenta o fastio e o dissabor porque nada o satisfaz. O
motivo pro-fundo desta constante sofreguidão é que ele não foi feito para as coisas
transitóri-as e limitadas mas para o Infinito ou para Deus: “Senhor, Tu nos fizeste para Ti e
inquieto é o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (S. Agostinho, Confis-sões I, 1, 1).
Nisto o homem se diferencia nitidamente do animal irracional. Com efeito; este, tendo
atendido às suas necessidades biológicas, se dá por saciado e nada mais pede. Não atinge
o transcendental, ao passo que o homem, mesmo satisfeito no plano biológico, não pára:
quer conhecer sempre mais, quer experimentar si-tuações novas, que dilatem seus
horizontes. É por isto, aliás, que muito sabia-mente se aponta a atitude religiosa como
característica do humano, isto é, da in-teligência e da dignidade do homem. Em
conseqüência, um dos sinais típicos da passagem do homem na pré-história são os
símbolos ou as manifestações religio-sas: especialmente o sepultamento dos mortos
(expressão da crença na vida do além e na existência de Deus) é tido como um dos mais
rudimentares sinais que caracterizam o ser humano.
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Em síntese, pode-se dizer que é a própria estrutura do homem que põe o problema
de Deus. Desde que reflita um pouco sobre si mesmo e suas aspirações, ele descobre em si
a sede de algo que está além de tudo o que ele experimenta com os seus sentidos. Muitas
vezes ele não sabe dar o nome a esse algo mais, nem pode explicar essa sede, que se volta
para o Transcendental. Se ele a quer acalmar com o gozo dos prazeres materiais,
intelectuais, culturais - que esta vida lhe oferece, sente em breve o vazio, pois tudo lhe
escapa de entre as mãos: “E coi-sa horrível sentir que nos escapa tudo o que possuímos”
(Pascal, Pensées nº 152). Auscultando um pouco mais a si mesmo, o homem verifica que a
sua sede é de Absoluto ou de Infinito ou de Deus; com todo o dinamismo do seu ser, o
homem tende para Deus. Por conseguinte, Deus nunca é estranho à criatura humana, mas
lhe está muito próximo; antes diríamos que Deus lhe é mais íntimo do que o que o homem
tem de mais íntimo. Bem dizia S. Agostinho: “Deus superior sum-
mo meo, intimior intimo meo”. - “Deus é mais elevado do que o que tenho de mais elevado
e mais íntimo do que o que tenho de mais íntimo”.
A mais dolorosa experiência de limitação é a que a morte impõe: dir-se-ia que ela
não rouba algum pertence ao homem, mas rouba o próprio homem a si
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mesmo. Esta convicção é tão brutal que muitos fazem tudo para não pensar na morte;
entregam-se a atividades frenéticas, que não lhes deixam o tempo de se encontrarem
consigo mesmos.
A experiência da finitude leva o homem a querer superar os seus próprios limites.
Este desejo está impregnado no mais profundo do ser humano; ele aspira a ser plenamente
livre e feliz numa vida sem fim ou sem ameaças de morte. De todos os anseios do homem,
este é certamente o mais intenso e profundo; ele quer beber da fonte da vida imortal. Mas
onde a encontrará? - A resposta só pode ser uma: junto Àquele que é, por definição, a Vida
e, por isto, pode dar ao homem a vida sem fim. Voltando-se para Deus, e só assim, o
homem encontra a resposta para a sua demanda. Deste modo a experiência da finitude -
especialmente a da morte - põe para o homem o problema religioso como problema
fundamental. Com efeito, a religião, como re-ligação do homem com Deus, é o caminho para
a Vida..., e para a Vida no sentido pleno da palavra. Dir-se-ia mesmo que, sem di-mensão
religiosa, o homem é uma demanda clamorosa que não encontra eco ou ressonância no
universo.
erro.
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Mais trágica ainda é a experiência do pecado. Este não somente atrai o ho-mem,
mas escraviza-o, tornando a mente obcecada, a ponto de não reconhecer os males que
comete ou, se os reconhece, não conseguir evitá-los; o ser humano é arrastado a fazer o
que não quisera; já notava o Apóstolo São Paulo, fazendo eco aos filósofos romanos: “O
querer o bem está ao meu alcance, não, porém, o prati-cá-lo. Com efeito, não faço o bem
que eu quero, mas cometo o mal que não quero” (Rm 7,18s).
Eis, pois, o sentido da religião: é o caminho mediante o qual o homem, mo-vido pelas
mais profundas exigências do seu ser, se põe em contato com Aquele que é o Absoluto e
vem a ser a Resposta aos grandes anseios da pessoa humana; tira o homem de suas
servidões humilhantes e da própria morte, fazendo-o viver na verdade, na liberdade e na
alegria.
Temos assim os elementos para responder à pergunta: por que “ser religio-so”? -
Porque, mediante a religião - e só desta maneira - o homem se realiza ple-namente ou
encontra o cumprimento das suas aspirações mais profundas. Por conseguinte, ao homem
a-religioso falta algo de essencial para o total desdobra-mento das suas virtualidades e a
consecução dos objetivos. A religião não é uma dimensão secundária ou acidental da vida
humana, mas está arraigada no íntimo da pessoa; quem deseje prescindir dela, não pode
deixar de se prejudicar. Por isto o ateísmo e a irreligiosidade não são opções equivalentes a
outras no horizonte da filosofia, mas são atitudes extremamente graves, porque põem em
perigo a reali-zação e a consumação do ser humano.
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Apesar do papel capital do encontro com Deus na vida do homem, registra-se grande
faixa de indiferença religiosa na sociedade contemporânea. - Por quê?
As causas são múltiplas. Poremos em relevo algumas que parecem mais
importantes.
1) Muitas e muitas pessoas são tão absorvidas pelos problemas imediatos e
urgentes da vida que não têm as disposições de ânimo necessárias para refletir sobre o
sentido da própria vida: encontram-se sempre fora de si mesmas, emara-nhadas em
dificuldades que não lhes deixam tempo e gosto para a reflexão.
2) Outras pessoas há que são absorvidas não por problemas de subsistên-cia, mas
pelo afã de gozar a vida, ganhar dinheiro, conseguir êxito na sua carrei-ra, a ponto de não
conceberem nem o gosto nem o interesse pelos problemas do espírito. O materialismo e o
consumismo têm o triste poder de extinguir no ho-mem a aspiração para Deus e a têmpera
religiosa, que são constitutivas do psi-quismo humano. Quem é tomado pelo anseio de
possuir sempre mais bens mate-riais, fica embotado para os valores transcendentais; já não
experimenta necessi-dade religiosa nem vê utilidade na fé. Isto explica que a crise religiosa
seja hoje mais forte não nos países em que a fé é perseguida e sufocada, mas nos países ri-
cos do Ocidente materialista e consumista.
Dirá alguém: mas há pessoas que afirmam ser felizes sem religião. Pergun-tamos:
será realmente assim? Há momentos em que a vida mostra seu rosto dra-mático mediante
uma doença grave, uma desgraça, um revés financeiro, um luto, a dissolução do casamento,
um sério insucesso na carreira... Em tais momentos parece que os sonhos se dissipam
como um castelo de cartas, caem as certezas que pareciam inabaláveis, tudo dá a
impressão de ser vazio e sem sentido. É en-tão que surge a questão: que significado tem a
vida? Na verdade, o homem toma
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consciência de que é mesquinho e volúvel tudo o que lhe acarretava segurança e bem-estar;
é amarga a condição do homem. Faz-se então sentir a necessidade de algo que, em meio à
volubilidade geral, seja estável, ou entre as incertezas seja verdade firme. Em última análise,
esta é a necessidade de Deus, que por defini-ção é o Bem Absoluto e Imutável.
Por conseguinte não é plenamente verdade que alguém possa viver feliz sem
religião. Por algum tempo talvez isto possa acontecer mas o passar dos anos encarrega se
de fazer sentir a todo homem a necessidade de Deus. Verdade é que tal necessidade pode
ser interpretada erroneamente; o homem pode procurar em cisternas furadas aquilo de que
carece (cf. Jr 2,13); pode bater em portas falsas à procura da verdadeira resposta para seus
anseios. Isto não impede que cedo ou tarde o indivíduo seja, de algum modo posto diante do
problema religioso
3) O desinteresse de muitos também se pode explicar como efeito da luta que o
racionalismo vem movendo contra os valores da fé desde o século XVIII. Com efeito, a
religião tem sido acusada de ser desarrazoada, infantil ou um con-junto da fábulas e mitos...,
de ser alienante e, por isto, prejudicial à sociedade, ...
de alimentar o fanatismo e a intolerância..., de ser contrária à ciência ou obscu-rantista,
responsável pelo subdesenvolvimento de seus adeptos. A polêmica anti-religiosa suscitou
em torno da religião um clima de ceticismo, suspeitas e aver-são; em conseqüência, para
muitos, quem abraça a religião dá provas de pouca cultura, fraqueza de personalidade,
infantilismo, medo, falta de senso crítico...
Em tal contexto compreende-se que o número de pessoas “sem religião” tenda a aumentar.
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ANEXO 2
Apesar de tudo, a Nova Era faz sucesso, porque promete paz, fraternidade e
felicidade - valores que faltam ao mundo de hoje e que ninguém vê como instau-rar
mediante os meios convencionais. Na falta de solução racional e lógica, a mente humana se
abre facilmente para as propostas fantasiosas e mágicas, como são as da Nova Era. - Aos
cristãos, conscientes disto, compete responder à inter-pelação que Nova Era lhes dirige,
apresentando um testemunho mais lúcido e eloqüente da grande novidade, que é o
Evangelho vivido e transmitido na Igreja de Cristo confiada a Pedro.
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1. TRAÇOS GERAIS
A diferença de outras correntes modernas, Nova Era não tem data precisa de
fundação nem fundador definido; não apresenta um governo centralizado que assuma a
liderança do Movimento. Podemos dizer, sim, que este começou na dé-cada de 1960,
quando apareceram os beatles e os hippies, que exaltavam o amor à natureza, a liberdade
sexual, a paz e uma nova era, dita "de Aquário"; esta foi sendo enaltecida em prosa e verso
no musical Hair.
Sem dúvida, contribuíram para o surto de Nova Era a Sra. Helena Bla-vatsky,
fundadora da Teosofia (corrente panteísta ligada ao pensamento indiano) no século XIX, e
sua discípula, a Sra. Alice Bailey (+ 1948). A Sra. Blavatsky era profundamente infensa ao
Cristianismo, e transmitiu essa sua maneira de ver aos discípulos; assim se manifestava
Blavatsky:
2. PRINCIPAIS TEMAS
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A Nova Era professa o panteísmo: Deus seria uma energia universal, donde
procedem todas as coisas. Assim tudo que existe no mundo, é tido como emana-
ção e expressão da Divindade; cada partícula de matéria é divina, pois possui em si todas
as informações do universo. O pensador Roberto Crema, da Universidade Holística
Internacional de Brasília, assim se exprime:
"Deus dorme nos minerais, sente nos vegetais, sonha nos animais, e des-perta nos
humanos" (II Congresso Holístico Internacional. Belo Horizonte, julho de 1991).
Através de encarnações sucessivas, cada ser vivo pode alcançar níveis mais
elevados de consciência, a tal ponto que não precise mais de se reencarnar, mas se tome o
que se chama "um espírito cósmico". É o que lembra Pierre Weil, citan-do Mayse Choisy:
"Na teoria da ida e volta, o espírito decide encarnar-se, e passa dos níveis mais sutis
aos planos grosseiros. Em conseqüência, a matéria não se aquieta en-quanto não volta à
sua fonte divina primitiva. É a involução evolução, simboliza-da pelos dois triângulos que
compõem a estrela de Davi. Não era isso que ensina-va Platão, ao afirmar que conhecer é
lembrar-se? Ou então quando Lamartine es-crevia: 'O homem é um deus decaído que se
lembra dos céus? Coitado, o homem tem memória tão curta... Volta e meia é preciso
lembrar-lhe o que já sabe' " (Pier-re Weil, Sementes para uma Vida Nova. Ed. Vozes,
Petrópolis, p. 47).
Como se vê, o panteísmo da Nova Era está associado, como em outros sis-temas
panteístas, à tese da reencarnação. Já que em tais sistemas não existe Deus distinto do
homem, é o homem mesmo que se salva..., e se salva mediante sucessivos retornos ao
corpo a fim de se aperfeiçoar cada vez mais.
2.2. O Homem
- Por favor, diga Deus, e não um deus. A nosso ver, o homem é o único Deus que
podemos conhecer. E como poderia ser de outra forma? Nosso postula-do aceita como
verdadeiro que Deus é um principio universalmente difuso, infini-to e, sendo assim, como
poderia o homem sozinho escapar de ser embebido por e na Deidade? Chamamos pai do
'céu' a essa essência deífica que reconhecemos dentro de nós, em nosso coração e em
nossa consciência espiritual" (A Sabedoria Tradicional, p. 62).
Mas não somente as forças do bem e do mal estão dentro do homem. Aí se acham
também outros elementos contrastantes, como o masculino e o feminino, o amor e o ódio,
Cristo e o demônio... O cérebro consta de dois hemisférios: o es-querdo é a sede das
nossas características masculinas (analisar, contar, plane-jar...); o direito corresponde aos
elementos femininos (a intuição, os sonhos, as metáforas...). O homem perfeito tem que
saber equilibrar e harmonizar esses seus dois lados: o masculino e o feminino. Por isto, os
mestres da Nova Era reconhe-cem as práticas heterossexuais e homossexuais como
igualmente legítimas; desde que haja "relacionamento saudável", os seres mais evoluídos
devem gozar de ple-na liberdade sexual.
Assim Nova Era prevê novo estilo de vida para a humanidade; extinguir-se-á a
família e instaurar-se-á absoluta igualdade entre os seres humanos. A família é tida como
fonte de egoísmo, inveja e possessividade, pois incita o homem a tra-balhar para os seus
descendentes e não para a comunidade como tal; desse egoísmo brotam competições e
conflitos. A solução estaria, portanto, em pôr ter-mo à instituição familiar e instituir
comunidades abertas, cooperativistas e soli-dárias.
"Em certas comunidades existe uma liberdade total de relações amorosas entre os
sexos. Existe, por exemplo, na Alemanha um movimento comunitário chamado Action
Analysis Comune, que exigiu, em filosofia de vida, a eliminação total do núcleo familiar.
Consideram a relação de duas pessoas no núcleo famili-ar, à luz da experiência coletiva,
como uma verdadeira doença. Muito influencia-
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2.3. A Ufologia
A Sra. Eve Carney e suas duas filhas narram uma visita que fizeram a uma
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nave espacial:
"Há muitos anos, em minha casa situada nos profundos bosques da Pen-silvânia,
minhas filhas e eu estávamos juntas em meditação, quando três Irmãos Espaciais
apareceram no jardim em frente à casa. Preferiram permanecer lá fora quando os convidei
para entrar, devido à sua diferença de altura em relação às portas e ao teto normais.
Convidaram-nos a conhecer sua nave, o que aceitamos com satisfação. Fixaram a hora da
visita para 8.00 horas do dia seguinte, dando-nos instruções para relaxarmos em posição
horizontal no piso, para que pudesse vir a escolta.
Agradecidas, regressamos à casa. Minhas filhas puderam ver a nave sobre nós, já
que ambas têm o dom perceptivo visual.
Não raro o contato com naves espaciais é realizado, segundo dizem, por pessoas
postas em estado hipnótico, pois os extraterrestres praticam a hipnose sobre as pessoas
que eles contactam. Daí o seguinte caso:
"Um dos casos mais famosos é o de Bety e Barney Hill, casal norte-americano.
Somente sob hipnose narrava um encontro imediato de terceiro grau, quando teriam sido
levados a bordo de uma espaço-nave e submetidos a detalha-do exame médico por
humanóides extraterrestres...
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tes controlados - por exemplo, em telepatia, visão á' distância (clarividência) e precognição.
Certos indivíduos que viveram uma experiência ufológica marcante, passa-ram e ter
o que nós chamamos efeito residual'. após o incidente, entram em esta-do de transe
sonambúlico, de maneira espontânea ou induzida, dando informa-ções de teor variado,
dados técnicos, planetas' de origem, nomes dos comandan-tes de naves e mensagens
místicas" (Artigo “Hipnose na pesquisa Ufológica”; na revista Planeta Ufologia. Editora Três,
São Paulo, abril de 1982, p. 19).
A Era de Touro seria a da antiga civilização egípcia; tinha a vaca como ani-mal
sagrado, deusa da fecundidade, e a pecuária como principal cultura.
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(seja recordada a típica figura do pastor). O momento de transição da Era do Tou- ro para o
do Cordeiro terá sido a saída, de Israel, do Egito; os hebreus tentaram ainda preservar o
poder do Touro confeccionando o bezerro de ouro no deserto; mas Moisés os censurou e
inaugurou a Era do Cordeiro. Seguiu-se a Era de Pei- xes, inaugurada por Jesus Cristo, que
chamou seus apóstolos para serem pesca- dores de homens; donde se conclui que os
homens são dominados pelo signo de Peixes. O próprio nome Jesus Cristo foi associado ao
símbolo do Peixe, visto que ICHTHYS (em grego, peixe) compõe-se das iniciais de uma
fórmula de fé cristã: Ie- sous Christós Theou Yiós Soter, Jesus Cristo, Filho de Deus
Salvador. Assim o povo dominante da Era de Peixes veio a ser o povo dos discípulos de
Cristo ou o povo cristão.
Jaap Huibers julga que, sendo o peixe um animal que vive no fundo do mar escuro, a
Era de Peixes está sendo uma era marcada pelas trevas; claro es-pécimen disto seriam as
catedrais católicas, sempre sombrias (Aqui não se pode deixar de observar que a
associação de idéias é extremamente frágil, se não ridí-cula. A civilização e a tecnologia
estão num ápice nunca dantes atingido. Quanto à penumbra das catedrais, ela se deve ao
sadio desejo de facilitar o recolhimento e a oração dos seus freqüentadores).
Os aquarianos dizem que São João, ao falar de céus novos e terra nova em Ap 21,1,
se referiu à Nova Era, que Urano, o Ancião dos Dias, proporcionaria à humanidade; a Nova
Jerusalém, que desce dos céus, seria precisamente a nova Era de Urano (note-se que a
palavra Urano corresponde ao grego ouranós, céu).
Para a Nova Era, Jesus Cristo foi apenas um dos muitos mestres que con-tribuíram
para a evolução da humanidade. O seu nome consta de Jesus - apelati-vo judaico masculino
- e Cristo, adjetivo que designa um nível de evolução eleva-do; Jesus, portanto, foi um
homem altamente crístico; daí ser chamado "Jesus Cristo".
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Jesus Cristo não é chamado Senhor pelos mentores da Nova Era, porque o seu
senhorio termina com a Era de Peixes. O autor de um artigo na revista "Des-tino", ano II, sg
21, abril de 1991, p. 51, descreve o papel de Jesus frente aos no-vos tempos aquarianos:
Com a mudança de Peixes para Aquário, dizem os astrólogos, sai de cena também
Jesus Cristo, o grande avatar da Era que termina, dando lugar ao patro-no máximo de
Aquário, o mestre Saint Germain”.
2.6. O Avatar
Os mestres da Nova Era esperam um Messias, que eles também chamam Avatar
(Avatar vem do sânscrito avatara, descida (do Céu sobre a Terra)). Deverá instaurar a
unidade, a ordem e a paz no mundo. Cada Era tem seu Avatar ou Messias. Esse
personagem aguardado tem nomes diversos, entre os quais Saint Germain e Lord Maitreya;
Jesus terá sido discípulo de Maitreya. Eis o que Worls Goodwill, conceituado adepto de
Nova Era, diz a respeito do Avatar:
"Este é um tipo de preparação não apenas para uma nova civilização e cul-tura
numa Nova Ordem Mundial, mas também para a vinda de uma nova dispen-sação espiritual.
A humanidade não está seguindo um curso não planejado. Há um plano divino no cosmos,
do qual somos parte. No fim de uma Era os recursos humanos e instituições estabelecidas
parecem inadequados para suprir as neces-sidades e resolver os problemas do mundo. Em
tal tempo, a vinda de um Mestre, um líder ou avatar espiritual, é antecipada e invocada pelas
massas da humani-dade em todas as partes do mundo. Hoje o reaparecimento do Instrutor
do mun-do - o Ungido - é esperado por milhões, não só por aqueles da fé cristã, mas por
aqueles de todas as crenças que esperam o Avatar, debaixo dos nomes: Senhor Maitreya,
Krishna, Messias, Iman Mahdí e o Bodhísattva... A preparação por ho-mens e mulheres de
boa vontade é necessária para introduzir novos valores, no-vos padrões de comportamento,
novas atitudes de não separação e cooperação, guiando as retas relações humanas a uma
paz mundial. O Instrutor mundial vin-
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Como quer que seja, a vinda do novo Avatar unificará não somente os inte-resses
políticos e administrativos da humanidade, mas também o senso religioso: o Cristianismo
será extinto em favor de uma nova e única religião, dizem os aqua-rianos.
A Nova Era conhece agentes seus chamados "bruxos, magos, iluminados..." Seriam
seres mais evoluídos do que o comum dos homens; dotados de poderes especiais,
paranormais, realizarão façanhas portentosas em dois planos:
- no plano ritual: os bruxos da Nova Era têm seus ritos semelhantes aos dos xamãs
(exorcistas de povos primitivos), aos dos sabbat e da Missa Negra dos bruxos medievais,
aos do tranta, que adota a prática sexual ritualista. Há tam-bém o uso da pirâmide, tida
como fonte de grande energia. Seja também mencio-nada a projeção astral ou o exercício
segundo o qual o bruxo julga abandonar seu corpo durante o sono a fim de viajar pelos
espaços. A revista Planeta descreve tal exercício nos seguintes termos:
"Até uns poucos anos atrás chamava-se a peculiar experiência de estar fora do
corpo 'projeção astral' mas ultimamente ela tem sido denominada ‘experi-ência
extracorpórea’. A viagem astral consiste, essencialmente, na projeção do corpo interior ou
personalidade do corpo físico, geralmente durante o sono, mas
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Nesse fenômeno a pessoa viaja cobrindo distâncias diversas, desde o teto de seu
quarto até o outro lado do continente, e permanece ligada ao corpo físico por um fio
prateado, que nem sempre lhe é visível...
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1) O arco-iris significa a luz divina, que se vai irradiando e faz a ponte en-tre o céu e
a Terra ou entre os seres terrestres e os extraterrestres.
Símbolo proposto por Marilyn Ferguson em seu livro "A Conspiração Aqua-riana"
(1980).
3) Yin-Yang é antiga figura oriental que lembra o equilíbrio das forças cós-micas
positivas e negativas; os opostos se compensarão mutuamente na Nova Era.
4) Urano é o planeta que rege o mundo na Era de Aquário, como dito atrás.
Simboliza a harmonia dos homens com o cosmos.
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derado como anjo de luz). Esse pentagrama é irradiante de bons fluidos, se colo-cado de
cabeça para cima; em posição inversa, emite maus fluidos.
10) Borboleta significa o homem que deixa as trevas do casulo de Peixes para
entrar na dimensão celestial do Aquário.
11) Unicórnio (animal de quatro patas, com um chifre só): símbolo de liber-dade
sexual e moda unisex, com todas as suas manifestações mais ousadas.
12) Cruz suástica é o símbolo da boa sorte que toca aos iniciados.
Além destes e de outros símbolos típicos, Nova Era usa um vocabulário próprio, do
qual vão abaixo apresentados alguns espécimens.
1) O Movimento tem os seguintes apelativos: Nova Era (New Age), Era de Aquário
ou Aquarius, Conspiração Aquariana, Nova Ordem Mundial, Nova Cons-ciência.
3) O planeta Terra é: Mãe Terra, Mãe Gaia (do grego gé, terra), Mãe de Água,
Nave Terra.
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Dizem muitos observadores que os adeptos de Nova Era são, em grande parte,
responsáveis pelas mudanças de ordem cultural e comportamental pelas quais vai passando
o mundo contemporâneo. - A própria Sra. Marilyn Ferguson, em seu livro "A Conspiração
Aquariana", o verifica:
5.1. Educação
Um dos princípios da educação "Nova Era" afirma que o aluno não precisa de
aprender coisa alguma de fora para dentro, mas deve aprender de dentro para fora, suposto
que todo o saber já está contido dentro dele; essa nova forma de educação põe o discípulo
em estado de "superconsciência", levando-o à vivência de uma consciência cósmica ou
transpessoal, estado este que se opõe ao estado de consciência normal e de vigília.
5.2. Música
Nova Era se propaga também pela música. Há dois tipos de música aquari-ana: a
música New Age propriamente dita e a música rock convencional.
A Música New Age tem o estilo mantra. Mantra quer dizer, em sânscrito, li-bertação
da mente (man = mente; tra = libertação). O estilo mantra utiliza sons que alteram e
influenciam o estado de consciência; na verdade, os mantra são sí-labas, palavras ou frases
que, repetidos com freqüência, marcam o consciente e o inconsciente da pessoa, servindo-
lhe para o relax e a meditação.
A Música Rock Convencional é outro veículo de Nova Era, tanto por sua le-tra como
por seu ritmo. Com efeito; a letra rock pesada refere-se muitas vezes ao sexo livre, ao
homossexualismo, ao adultério e à prostituição como formas válidas
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Além disto, a Medicina da Nova Era julga que, como a energia divina é luz e a luz
compreende as sete cores do espectro, assim também nosso corpo energé-tico, que é
divino, é formado pelas cores contidas na luz branca, cores que são chamadas chakas.
Cada cor ou cada chakra corresponde a uma região do corpo humano. Conseqüentemente,
o tratamento de moléstias se faz mediante a "ener-gização" do chakra (ou da parte do
corpo) afetado; o chakra causa a doença, por-que está afetado. Tal energização ocorre
mediante o recurso a cores, pirâmides, cristais, Florais de Bach (terapia pelas flores), frases
de conteúdo positivo, musi-coterapia, massagens orientais e muitos outros procedimentos.
Pode-se mencionar aqui também a psicoterapia utilizada pela Nova Era: re-corre à
chamada "psicologia transpessoal". Esta leva o indivíduo a vários estados de consciência,
para que finalmente transcenda os limites do tempo, do espaço e da individualidade,
atingindo o grau de consciência cósmica. Essa terapia servia-se, a princípio, do ácido
lisérgico (LSD), provocador de sucessivos estados de consciência; tal método já foi
abandonado em favor do recurso à meditação trans-cendental, que propicia os mesmos
efeitos. A hipnose e a regressão em idade são também instrumentos caros á psicoterapia
aquariana.
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6. QUE DIZER?
O contato com o programa da Nova Era sugere várias considerações, das quais três
serão, a seguir, propostas. Os demais pontos da mensagem de Nova Era são elucidados no
Curso sobre Ocultismo da Escola "Mater Ecclesiae", Caixa postal 1362, 20001-970- Rio
(RJ).
6.1. Fusão-confusão
Como quer que seja, distinguem-se na Nova Era três teses, que parecem ser as
pilastras da respectiva mensagem.
relativo (o mundo volúvel e o homem), o Eterno (Deus) com o temporal (mundo e homem), o
Necessário (Deus) com o contingente (mundo e homem), o Imutável (Deus) com o mutável e
volúvel (o mundo e o homem). Assim o Sim é identificado com o Não - o que fere as normas
fundamentais do pensar.
carnação anterior; os próprios "relatos de vida pregressa" são explicados pela pa-
rapsicologia como manifestações do inconsciente da pessoa hipnotizada, que traz à tona
episódios vividos na existência presente e livremente associados entre si para formar um
enredo aparentemente novo.
romance, da lenda..., pois o irreal é mais belo do que o real; o irreal é construído por cada
um como ele o quer, e cada um tende a fazer do irreal sonhado a sua re-alidade ou a própria
realidade. Esta tendência é mais acentuada em nossos dias, quando prevalece um certo
antiintelectualismo em matéria de religião e Moral; a metafísica é desprezada por certas
escolas; parece a muitos que os sentimentos e as emoções é que devem inspirar as crenças
religiosas, pois estas careceriam de parâmetros objetivos firmes e válidos para todos os
homens.
Não obstante, pode-se dizer que o Movimento da Nova Era tem o valor de
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despertar a consciência dos cristãos. Lembra-lhes que o mundo está ávido de algo maior e
melhor do que a situação aflitiva de muitos povos contemporâneos. Ora o cristão sabe que a
grande novidade que responde cabalmente a tal anseio, é a do Cristo Jesus ou é a do
Evangelho pregado por Cristo e entregue a Pedro e seus sucessores na Igreja. É o Senhor
quem afirma: "Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo... Não se acende uma
lâmpada para coloca-la debaixo do alquei-re, mas no candelabro, e assim ela brilhe para
todos os que estão na casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que, vendo
as vossas boas obras, glo-rifiquem vosso Pai que está nos céus" (Mt 5,13-16).
Possam os cristãos, interpelados pelos seus irmãos aquarianos, tomar sempre mais
viva consciência da seriedade e do valor de tais palavras!
MARCO ANDRÉ, Nova Era - O que é? De onde vem? O que pretende? Ed. Betânia,
Caixa postal 5010, Venda Nova (MG).
NEW AGE. A Nova Era à luz do Evangelho. Editor Gehard Sautter, Caixa postal
21486, 04698-970 - São Paulo (SP).
SCHLINK, BASILÉA M., Nova Era à luz da Bíblia, Caixa postal 3440,80001-970
Curitiba (PR).
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"Sua necessidade de conhecimento, é a nossa razão de existir"
Deus é Fiel!
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