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Olá Construtor de Talento!

Gostaria de fazer uma abordagem sobre a situação da construção civil no Brasil neste
artigo, com base em indicadores de desempenho econômicos, para sabermos de fato
quando a economia irá retomar o crescimento.

Foi na minha pós­graduação na UFSCar, no curso 'Gestão e Tecnologia de Sistemas
Construtivos em Edificações' , que eu aprendi a prestar mais atenção em indicadores de
desempenho e a trabalhar com eles.

O que são indicadores de desempenho?

Segue abaixo uma composição de fôrmas da tabela FDE:

 
Trata­se de uma composição de execução de carpintaria: aplicação de formas de madeira.
Vejam esse coeficiente, de 1,3. Esse é o indicador de produtividade do carpinteiro para
esta composição. Esse coeficiente indica que em média, se gasta 1,3 horas pra produzir
um metro quadrado (1 m²) de formas de madeira.
Eu aprendi na UFSCar com o professor Luiz Otávio da UFRJ, como calcular esses
indicadores e isso mudou minha maneira de gerenciar uma obra. Pra quem quiser
pesquisar, esse índice é calculado pelo RUP – Razão Unitária de Produção, no qual eu
comento um pouco neste artigo . Sugiro também a leitura do livro: "Como aumentar a
eficiência da mão­de­obra" do autor Ubiraci Espinelli de Souza.
Desde que eu aprendi isso, eu comecei a prestar mais atenção, em todo tipo de indicador
e coeficiente, tanto na construção civil quanto em outros setores, principalmente os
indicadores econômicos.
Mas o que tem uma coisa a ver com a outra?
Depois que eu aprendi a calcular a RUP dos serviços, eu comecei aplicar isso nas obras
da construtora que eu trabalhava. Nós fizemos um grande trabalho em relação à mão­de­
obra, que era 100% terceirizada. Nós contratávamos empresas especializadas pra
executar os serviços da obra inteira, como por exemplo, uma empresa de poceiros e de
máquinas de escavações pra executar as fundações, empresas de carpintaria pra fazer a
estrutura, empresas de mão­de­obra civil, pra executar alvenaria, revestimentos e etc.
Eu não acredito em empresas que dizem fazer de tudo. Geralmente não sabem fazer nada
muito bem feito. Eu prefiro contratar empresas especializadas em um único serviço, com
mão­de­obra e equipe formada já há algum tempo e entrosada.
Sabe aquele entrosamento que os times de futebol adquirem com o tempo? Quando um
time contrata muitos jogadores, pode ter certeza de que naquele ano não vai ganhar nada.
Nos próximos anos é que o trabalho começa a aparecer.
Com a mão­de­obra é a mesma coisa e eu tenho essa experiência na minha empresa.
O que eu pude perceber, quando eu comecei a controlar esses indicadores, é que muitas
vezes, os índices da FDE ou da TCPO estavam bem diferentes da minha realidade.
Alguns serviços apresentavam um coeficiente muito mais elevado do que de fato estava
na tabela FDE ou no TCPO. 
 
Eu até conversei com meu professor sobre isso e ele me deu uma grande dica: “Wyllian, o
índice mais correto para você usar é o que a SUA empresa pratica. Você tem que fazer
um controle dessa produtividade da mão­de­obra, pra saber se realmente tem algum
problema de produtividade ou se você está usando o índice errado pra aquele serviço.
Esses índices da FDE e do TCPO servem como guia para consulta, o correto é você ter os
da sua empresa."
Depois que ele me disse isso, eu mudei a forma de usar os coeficientes. Eu comecei
controlar os empreiteiros, fazendo uma comparação de desvio padrão, entre a
produtividade que eles estavam apresentando e a produtividade média que nós tínhamos
apontado em serviços semelhantes anteriores.
Na maioria dos casos, o que atrapalhava era a logística. Em dias que a produtividade tinha
sido ruim, era por algum motivo relacionado à descarga de materiais, transporte de um
local para o outro, material longe do local de trabalho, etc.
Mas muitas vezes, pude pegar empresas que não estavam aproveitando os funcionários,
equipes mal treinadas e mal informadas, empreiteiros que não sabiam comandar suas
equipes e tive que trocar a empresa.
A primeira obra que eu entreguei depois que comecei usar isso foi entregue com 10% do
orçamento de economia e 60 dias antes do prazo . Isso me gerou um grande PLR
(Participação nos lucros e resultados).
Agora, onde eu quero chegar com isso?
Da mesma forma que eu usei indicadores de desempenho para definir se uma empresa
era produtiva ou não para minha obra, os investidores e economistas do mundo todo usam
índices e indicadores para avaliar a produtividade e saúde das nossas empresas e da
nossa economia.
Algumas pessoas me perguntam: “Wyllian, quando nós vamos ver uma melhora na
economia? Quando as obras vão voltar?"
Todo mundo sabe que essa crise só vai passar quando osinvestidores  voltarem a sentir
confiança no mercado brasileiro, tanto os investidores daqui quanto investidores
estrangeiros.
Quando o investidor voltar a aplicar dinheiro, os empreendimentos voltarão acontecer.
Nisso, o consumidor comum, que compra terreno, casa e apartamento, volta a comprar e
financiar bens no longo prazo. É isso que faz a economia movimentar, é isso que precisa
acontecer para que aumente o volume de obras. 
 
 
Indicadores de desempenho econômico
 
 
Quando nós vamos ver uma retomada de investimentos no país?
 
Quando o investidor sentir segurança de que a instabilidade política e econômica do país
já acabou!
Os principais indicadores que os investidores olham para avaliar a nossa economia, são: 
­ PIB (Produto Interno Bruto) 
­ Inflação (IPCA) 
­ Indexadores (INCC, IGP­M) 
­ Taxa de juros (SELIC) 
­ Confiança do consumidor (ICC) 
­ Rating (Moody's, S&P, Fitch) 
­ Taxa de Desemprego 
­ Bovespa (Bolsa de valores de São Paulo) 
 
Você pode estar se perguntando nesse momento: “Porque eu tenho que saber sobre
isso"?
Todo mundo que está procurando emprego, estágio ou que depende de uma retomada da
economia para voltar a faturar com sua empresa, está diretamente ligado aos resultados
que esses indicadores apresentam todo mês. Então, é óbvio que nós temos que nos
preocupar com eles.
Neste artigo eu vou falar especificamente de dois indicadores, que na minha opinião,
conseguem representar muito bem as perspectivas do mercado da construção civil para o
futuro:
 
1 ­ Confiança do consumidor (ICC) 
 
Como funciona o ICC?
O Índice de Confiança do Consumidor é um indicador econômico que expressa sensação
do consumidor em relação à sua situação econômica pessoal e do país no curto e médio
prazo, o que impacta diretamente no seu comportamento atual de consumo. O índice varia
de 0 a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos, mostra desconfiança do consumidor
e do investidor, na economia. Quanto mais acima de 100 pontos, maior a sensação de
confiança e estabilidade na economia, 
 
Resumindo, esse é o índice que melhor impacta nos investimentos, financiamentos
imobiliários e compra/venda de imóveis. Por quê? Porque demonstra a confiança que os
investidores e consumidores têm em relação a economia, para se endividar no
médio/longo prazo.
O que faz o ICC subir?
No último dia 28/3, saiu o índice de março com uma subida de 3,5 pontos. O que
contribuiu para essa condução positiva foi a melhora de algumas expectativas com relação
a algumas notícias favoráveis à retomada da economia, como:desaceleração da inflação
(IPCA), baixa da taxa básica de juros (SELIC) e a liberação do FGTS inativo.
 

ICC – Índice de confiança do consumidor. Mostrando alta pelo 3° mês consecutivo. 
 
 

IPCA – Índice de preços ao consumidor amplo. Este é o índice que representa a inflação,
mostrando queda pelo 6° mês consecutivo e menor patamar em 6 anos. 
 
 
 
Taxa básica de juros (SELIC), mostrando queda pelo 4° mês consecutivo.
 
 
 
 
Todos esses índices, que são importantíssimos para a retomada da construção civil,
tiveram desempenho favorável à retomada da economia, no ano de 2017. 
 
2 ­ Rating (Moody's, S&P, Fitch) 
 
 
Empresas internacionais de classificação de risco de crédito atribuem uma nota de acordo
com a capacidade de empresas e países pagarem suas dívidas. Serve para que
investidores saibam o grau de risco dos títulos de dívida que estão adquirindo e de
empresas que estão investindo.
Como está o rating do Brasil neste momento? 
 
Todas as agências de avaliação de risco apontam que o Brasil está na categoria de
especulação. 
 
As três agências (Fitch, Moody's e S&P) possuem classificações semelhantes.
Para efeito comparativo, veja a situação econômica de alguns países pela classificação do
rating. Para ver a lista completa,clique aqui.
 

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO ­ LISTA DE PAÍSES
País S&P Perspectiva Moody's Perspectiva Fitch Perspectiva TRADING
ECONOMICS
Argentina B Estável B3 Positiva B Estável 15
Austrália AAA Negativa Aaa Estável AAA Estável 97
Áustria AA+ Estável Aa1 Negative AA+ Estável 96
Bolívia BB Estável Ba3 Negative BB­ Estável 38
Brasil BB Negativa Ba2 Estável BB Negativa 34
Canadá AAA Estável Aaa Estável AAA Estável 99
Chile AA­ Negativa Aa3 Estável A+ Negativa 78
China AA­ Negative Aa3 Negativa A+ Estável 80
Colômbia BBB Negative Baa2 Estável BBB Estável 52
Costa­ BB­ Negativa Ba2 Negativa BB Estável 50
Rica
Croácia BB Estável Ba2 Estável BB Estável 45
Cuba Caa2 Positiva 20
Dinamarca AAA Estável Aaa Estável AAA Estável 100
Equador B Estável B3 Estável B Negativa 29
União AA Estável Estável 99
Europeia
França AA Estável Aa2 Estável AA Estável 90
Gabão B Estável B1 Negativa B+ Negativa 40
Alemanha AAA Estável Aaa Estável AAA Estável 100
Grécia B­ Estável Caa3 Estável CCC N/A 10
Índia BBB­ Estável Baa3 Positiva BBB­ Estável 48
Indonésia BB+ Positiva Baa3 Positiva BBB­ Positiva 46
Iraque B­ Estável Estável B­ Estável 25
Itália BBB­ Estável Baa2 Negativa BBB+ Negativa 60
Japão A+ Estável A1 Estável A Negativa 78
México BBB+ Negativa A3 Negative BBB+ Estável 60
Holanda AAA Estável Aaa Estável AAA Estável 100
Nova AA Estável Aaa Estável AA Estável 90
Zelândia
Nigéria B Estável B1 Estável B+ Negativa 28
Paraguai BB Estável Ba1 Estável BB Estável 41
Peru BBB+ Positiva A3 Estável BBB+ Estável 60
Portugal BB+ Estável Ba1 Estável BB+ Estável 44
Porto Rico D Negativa Negativa Negativa 0
Rússia BB+ Positiva Ba1 Estável BBB­ Estável 43
Arábia A­ Estável A1 Estável A+ Estável 86
Saudita
África Do BB+ Negativa Baa2 Negativa BBB­ Negative 49
Sul
Coréia Do AA Estável Aa2 Estável AA­ Estável 84
Sul
Espanha BBB+ Positiva Baa2 Estável BBB+ Estável 62
Suécia AAA Estável Aaa Estável AAA Estável 99
Suíça AAA Estável Aaa Estável AAA Estável 100
Taiwan AA­ Estável Aa3 Estável AA­ Estável 82
Tailândia BBB+ Estável Baa1 Estável BBB+ Estável 63
Turquia BB Negativa Ba1 Negativa BB+ Estável 44
Ucrânia B­ Estável Caa3 Estável B­ Estável 15
Reino AA Negativa Aa1 Negativa AA Negative 95
Unido
Estados AA+ Estável Aaa Estável AAA Estável 97
Unidos
Uruguai BBB Negativa Baa2 Negativa BBB­ Estável 56
Venezuela CCC Negativa Caa3 Negativa CCC Negativa 5
 
Estamos na mesma situação de risco de países como: Bolívia, Costa Rica, Croácia,
Paraguai e Turquia.
Qual o problema de ser mal classificado no rating de avaliação de risco?
Algumas empresas e investidores têm regras nas quais não são autorizadas a investir em
empresas de países com classificação especulativa. 
 
O investidor prefere uma rentabilidade menor, com um risco mais baixo, do que aplicar seu
dinheiro em títulos e empresas de países com situação econômica instável. 
 
Concluindo, quando veremos uma melhora no cenário econômico atual e no mercado da
construção civil?
Na minha opinião, o ICC precisa estar acima de 100 pontos, o que deve acontecer ainda
esse ano, se o governo for bem sucedido em aprovar as reformas necessárias, e, quando
rating do Brasil estiver pelo menos em classificação de grau de investimento. 
 
Podemos tirar proveito da crise nas nossas obras, aumentando
produtividade e diminuindo custos. Quando começarmos a ter uma retomada
de obras, devemos estar preparados. Por esse motivo, eu convido você a
Participar do Primeiro Workshop de Gerenciamento de obras em tempos
de CRISE .Será  transmitido ao vivo na próxima quarta­feira (dia 12/4) às
19h30. 

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