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Cabo Delgado,
Nampula, Niassa,
Zambézia e Sofala
Pemba, Caixa Postal, 260
Maputo, 27 de Setembro de 2013 • ANO XX • No 1029 • Preço: 30,00 Mt • Moçambique E-mail: emclpemba@teledata.mz
Barcos do SISE e ponte para a Katembe são algumas das megalomanias que minam as contas
Dívida de
Moçambique
em terreno
perigoso
A dívida pública de Moçambique entrou novamente em zona
arriscada e cifrava-se, em Março último, em USD5,7 biliões,
alertou o The Economist Intelligent Unit na sua análise sobre
a sustentabilidade da dívida moçambicana. Avisa que as
operações de dívida em que o país está envolvido acarretam
riscos de derrapagem no controlo dos compromissos
financeiros do país. Largamente criticados internamente
por alegada falta de transparência, o The Economist também
questiona as despesas faraónicas na ponte para Katembe e o
negócio de barcos da empresa do SISE. Sobre os barcos da
Ematum, Empresa Moçambicana de Atum, detida em 33%
pelo SISE, Manuel Chang, ministro das Finanças, diz que
o Estado entrou apenas como avalista junto das agências
financeiras internacionais (BNP Paribas e Credit Suisse) e
não há risco nenhum para o Orçamento do Estado (OE)
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2 Savana 27-09-2013
TEMA DA SEMANA
A
dívida pública de Mo- viabilizarmos a nossa estrada nacio-
çambique entrou nova- nal número zero, que é o mar. Isto é
mente em zona arriscada com vista a viabilizar a cabotagem
e cifrava-se, em Março e, dentro deste processo, buscar-
último, em USD5,7 biliões, alertou mos parcerias e financiamento para
o The Economist Intelligent Unit aquisição de navios e buscamos in-
na sua análise sobre a sustentabili- vestidores que estão interessados na
dade da dívida moçambicana. cabotagem ao longo da nossa costa”,
frisou Cuereneia. Esta operação
Na avaliação que faz do volume da está igualmente a ser questionada
dívida pública moçambicana, aque- em vários sectores de opinião em
la entidade, ligada à revista britâni- Moçambique.
ca The Economist, diz que o Fundo
Monetário Internacional (FMI) “O Governo é apenas um
avalizou Maputo a recorrer a alguns avalista”
empréstimos, mas avisa que as ope- Manuel Chang, ministro das Fi-
rações de dívida em que o país está nanças, disse que o Governo entrou
envolvido acarretam riscos de der- apenas como um avalista junto das
rapagem no controlo dos compro- agências financeiras e que toda a
missos financeiros de Moçambique. operação é da responsabilidade da
“A capacidade de pagamento da dí- Ematum.
vida pública de Moçambique está “Esta operação não tem nada a ver
sustentada pelas perspectivas de re- com o Orçamento de Estado. O
ceitas do carvão e gás natural. Mas Governo apadrinha por considerar
um rápido incremento dos emprés- que é importante. Não entramos
timos do Governo acarreta riscos, com nenhum valor, apenas avali-
especialmente tendo em conta o Projecto polémico da Construção da Ponte Maputo-Katembe analisado pelo The Economist
zamos junto de agências financei-
rápido crescimento da proporção ras internacionais”, frisou Chang,
de empréstimos em termos não mais curtos e taxas de juro mais O The Economist Intelligent Unit com uma maturidade de sete anos. momentos após a cerimónia central
concessionais e considerando que o elevados), bem como um serviço da adianta que nos próximos tempos Ao que apurámos, a emissão de alusiva ao dia das Forças Armadas
país demorará tempo a arrecadar as dívida mais elevado”, refere a análi- a dívida privada de Moçambique obrigações registou uma procura de Defesa de Moçambique oficial
receitas provenientes da riqueza dos se da sustentabilidade da dívida de vai posicionar-se como uma com- superior à oferta e pagará uma taxa das festividades alusivas.
recursos naturais”, indica a análise. Moçambique. ponente importante do volume da de juro de 8,5 por cento. Manuel Chang precisou que os bar-
O The Economist Intelligent Unit Segundo aquele organismo, em fi- dívida externa, uma vez que as com- As agências Standard and Poor’s cos são para a pesca, uma operação
lembra que um endividamento nais de 2012, a dívida interna repre- panhias do sector energético vão re- e Fitch Ratings atribuíram a Mo- que será levada a cabo pela Empresa
descontrolado deitaria por terra o sentava 5,9 por cento do PIB, uma correr a empréstimos, para financiar çambique uma notação de risco de Moçambicana de Atum (Ematum).
esforço de contenção da dívida que proporção ainda relativamente pe- a sua participação em projecto de “B+”, mas esta emissão de Obriga- “É para captura do atum, uma vez
Moçambique conseguiu, após ver quena, mas com um período de ma- produção energética, como no Gás ções de Tesouro para emissão de que há empresas que deixaram de
cancelada a maioria das suas obri- turação média de 2.3 anos e taxas de Natural Liquefeito. 500 milhões de dólares não recebeu o fazer e não podemos deixar que
gações financeiras com o estrangei- juro médias de 12,2 por cento. notação. esse bem nosso seja apenas retirado
ro, como resultado da iniciativa de Despesas faraónicas na por estrangeiros”, rematou Chang,
perdão da dívida a favor dos Países ponte e no negócio do SISE Guebuza na França acrescentando que os barcos são
China, Índia e Brasil, os uma mais-valia também para a pro-
Pobres Altamente Endividados novos senhores Apesar de reconhecer a necessida- A encomenda da Ematum prevê
(HIPC), impulsionada pelos prin- de de investimentos avultados em a construção de 24 traineiras, três tecção das zonas económicas.
Os períodos de maturação dos em-
cipais credores internacionais. infra-estruturas, nomeadamente barcos-patrulha de 32 metros e Recorde-se que em Julho passado,
préstimos externos não-concessio-
estradas e caminhos-de-ferro, bem outros três de 42 metros, precisou o então vice-ministro das Pescas,
“Moçambique reconstruiu rapida- nais são de 10.1 anos e as taxas de
como rede eléctrica e de telecomu- Iskandar Safa durante uma confe- Gabriel Muthisse, anunciou a exis-
mente o seu stock de recursos pú- juros são de 1,5 por cento, refere o
nicações, o The Economist mostra- rência de imprensa e na presença tência de um Plano Estratégico do
blicos, desde o alívio da dívida que documento.
-se preocupado com a falta de ren- de três ministros, incluindo Arnaud Desenvolvimento da Pescaria de
conseguiu no âmbito do HIPC e do “As características dos credores
tabilidade dos projectos receptores Montebourg, responsável pela re- Atum.
alívio multilateral da dívida”, indica também mudaram, uma vez que
do dinheiro da dívida. conversão industrial e defensor do Com o plano, segundo Muthisse,
o relatório. Moçambique se virou para credores
“Há a preocupação de que nem to- “Fabricado em França”. o Governo pretende aumentar os
Mais alarmante ainda, observa o The como China, Índia e Brasil, que es-
dos os projectos financiados pelo O Presidente da República, Ar- níveis de captura e de rendimento
Economist, é o facto de o dinheiro tão menos preocupados com a utili-
dinheiro da dívida contribuem para mando Guebuza, que participa na dos pescadores, por se ter constata-
que o Governo pede emprestado zação do dinheiro, mas que também
o crescimento e redução da pobre- 68ª sessão da Assembleia-Geral do que dos USD60 milhões prove-
não ser aparentemente canalizado oferecem condições de pagamento
za. Actualmente, os novos emprés- das Nações Unidas, vai, de segui- nientes da captura daquela espécie
para projectos economicamente pouco generosas”, lê-se no docu-
timos não são seleccionados através da, efectuar uma visita de Estado apenas um milhão de dólares é que
mais lucrativos, num contexto em mento.
de um processo definido envol- à França, entre os dias 27 e 28 de fica em Moçambique.
que o Governo depende de fontes A degradação do volume da dívi-
vendo a relação custo-benefício ou Actualmente, a pesca no Oceano
de receitas voláteis e incertas. da de Moçambique continuará em Setembro, onde visitará a região de
outros parâmetros do género. Essa Índico, que contribui com 24% das
Citando relatórios disponibiliza- espiral, citando as autoridades mo- Cherbourg.
capturas totais, é efectuada com
dos pelo Ministério das Finanças, çambicanas a referir que mais de 1,9 omissão resultou na aprovação de Os 300 milhões de euros envolvidos
base em acordos internacionais,
o organismo britânico assinala que biliões de dólares de dívida foram projectos polémicos, entre os quais na aquisição de barcos representam
onde Moçambique tem uma cota
o perfil da dívida de Moçambique aprovadas em 2012, dos quais 1,2 está o empréstimo de USD682 mi- mais do dobro do volume anual de
reservada, não sendo apenas desen-
tem vindo a deteriorar-se desde biliões de crédito não-concessional, lhões do EXIMBANK da China negócios das Construções Mecâni-
volvida em águas territoriais.
2012, tendo passado de cinco bi- incluindo um bilião da China. para a Construção da Ponte Mapu- cas da Normandia que, de acordo
liões, em finais de 2011, para 5,6 “No primeiro semestre de 2013, as to-Katembe”, anotou a entidade. com o proprietário dos estaleiros
biliões no ano seguinte e para 5,7 autoridades assinaram acordos de É também questionável a emissão navais, anualmente vende entre 50
biliões em Março do ano em curso. empréstimos externos orçados em de títulos para o financiamento da e 100 milhões de euros.
“Em termos relativos, a dívida pú- 326 milhões dólares. Recentemen- frota que será usada pela Ematum. Contrariamente ao governo fran-
blica total (interna e externa) subiu te, em Setembro de 2013, a no- Recentemente, a Ematum, a em- cês, em Moçambique há pouca
de 31 por cento do Produto Interno víssima Ematum lançou emissões presa de atum detida em 33 por abertura ao nível governamental
Bruto (PIB) em 2008 (logo após o de obrigações de tesouro de 500 cento pelos Serviços de Informa- para fornecer mais detalhes sobre a
corte da dívida) para 42 por cento milhões de dólares, para juros de ção e Segurança de Estado (SISE), controversa operação.
do PIB no ano passado. Ademais, o 8,5 por cento. Por outro lado, 1,5 contratou os bancos BNP Paribas e Sem entrar em pormenores, o mi-
Governo recorreu crescentemente biliões de dólares de empréstimos, Credit Suisse para montarem uma nistro da Planificação e Desenvol-
ao endividamento interno e a em- incluindo 600 milhões de dólares emissão obrigacionista de USD500 vimento, Aiuba Cuereneia, limitou-
préstimos externos não concessio- não-concessionais, serão contrac- milhões, que poderá ser incluída no -se apenas a confirmar a operação.
nais, que implicam um portfolio tualizados antes do final de 2013”, Índice de Obrigações dos Mercados “Há um trabalho que está sendo
da dívida (períodos de maturidade aponta o documento. Emergentes do banco J. P. Morgan, feito pelo Governo no sentido de Manuel Chang
Savana 27-09-2013 3
TEMA
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DA SEMANA
4 Savana 27-09-2013
TEMA DA SEMANA
Urgel Matula
oito réus em julgamento que disse Ministério Público, Ana Sheila
conhecer Nini Satar, pessoa a quém Dominique recordou-lhe que co-
Marengula, ele disse conhecer Nini nheceram-se na BO e, de seguida,
pediu ser um dos revendedores do Satar, a partir da BO. avançou com a proposta de ser re-
cimento que fornecia. Dominique Mendes, acompanhado por um agente do GOE (Grupo de Operações
Especiais) vendedor do cimento de que aquele
Sobre o negócio de cimento era fornecedor. A proposta foi re-
É pela segunda vez que Domini- de Maputo. A suspeição policial do raptos, conforme consta dos autos.
Já em gozo de liberdade condicio- jeitada por Nini, Segundo contou
que, um encarregado de obras com seu envolvimento nos sequestros Ao tribunal, justificou que a “con-
nal, Dominique disse ter feito di- ao tribunal o réu Dominique.
declaração de 8ª classe feita, senta- viria a ser corroborada pelo Minis- fissão” não era autêntica, porquan-
Ana Marengula questionou ao réu
-se no mesmo banco dos réus da tério Público que o acusou de práti- to fê-la a mando da Polícia que o ligências no sentido de contactar
como teve “coragem” de abordar
10ª secção criminal do TJCM para ca de quatro crimes, nomeadamen- ameaçava de torturas. Nini, para este fornecer-lhe cimen-
Nini sobre o negócio de cimento, se
responder em juízo. Na primeira te associação para delinquir, roubo to para revender. Disse que foi em
os dois não eram amigos na cadeia.
vaga, ele era acusado de envolvi- qualificado, cércere privado e roubo Despronunciado, Nini é ci- finais de 2011, altura em que havia
Dominique não foi decisivo na res-
mento num homicídio voluntário, concorrendo com cárcere privado. tado em julgamento escassez de cimento nas cidades de posta, situação que consubstanciou
tendo sido condenado a 20 anos O tribunal, na pessoa do juiz da 10ª A audição do réu Dominique Maputo e Matola, segundo o réu. as suspeitas do Ministério Público.
de pena de prisão maior. Depois de secção criminal do TJCM, Adérito Mendes teve a particularidade de A partir da BO, Nini Satar fornecia Aliás, este órgão não se conforma
passar a metade da pena nas celas Malhope, pronunciou-o nos qua- ter sido a única em que o nome cimento a revendedores e Domini- com a decisão do tribunal de não
da BO, a putativa cadeia de máxima tros crimes. de Nini Satar foi trazido à colação. que queria ser um dos beneficiários, pronunciar Nini Satar nos crimes
segurança, Dominique beneficiou Em sede da audiência do julga- Momade Assif Abdul Satar, de seu segundo se extrai das declarações de que o acusava, pelo que já recor-
de liberdade condicional em 2008. mento, Dominique negou qualquer nome de registo, foi despronuncia- do próprio réu em sede do tribunal. reu da decisão. Adérito Malhope,
Quatro anos mais tarde, é de novo envolvimento nos sequestros e nos do no processo ora em julgamento, O primeiro contacto foi com Sai- juiz de direito que preside a 10ª sec-
recolhido para as celas, primeiro no demais crimes de que vai sendo pois entendeu o juiz Malhope que mo, um familiar directo de Nini e, ção criminal do TJCM, deverá ser o
Comando da FIR (Força de Inter- acusado, contrastando com a sua os elementos indiciários vertidos na descrição de Dominique, muito mesmo a avaliar a solicitação de li-
venção Rápida) e posteriormente confissão, em sede de instrução do nos autos careciam de sustentação. parecidos. “Aproximei a ele e per- berdade condicional a favor de Nini
no Comando da Polícia da Cidade processo, de participação em dois O Ministério Público acusou Nini guntei se conhecia Nini, ao que ele Satar, interposto pelos advogados.
No IV festival de militares
O
Presidente da República, que têm ao seu dispor, para cumprir
Armando Guebuza, ape- suas missões”, disse Armando Gue-
lou à população, durante buza, defendendo o aumento da ca-
a abertura do IV festival pacidade do exército governamental,
desportivo e cultural das Forças Ar- em efectivo como em qualidade de
madas em Chimoio, província de intervenção, para a “defesa da sobe-
Manica, a condenar os discursos da rania” de Moçambique.
Renamo, que têm intenções de divi- As pesquisas desenvolvidas na bacia
dir o país e regredir os ganhos con- de Rovuma, em Cabo Delgado, norte
quistados com a paz.
de Moçambique, por várias empresas,
incluindo a norte-americana, Anada-
Num discurso de quase meia hora
rko, evidenciam a existência de valio-
feito para centenas de militares e 500
sas reservas de petróleo na região.
crianças convidadas para implemen-
tar uma coreografia que desenhava as “O anúncio de descobertas de signi-
palavras FADM e PAZ, o PR exor- ficativas reservas de hidrocarbonetos,
tou a população a condenar com vee- na bacia do Rovuma, impõe novos
Cerimónia da abertura do IV festival desportivo e cultural das Forças Armadas em Chimoio, província de Manica desafios para a agenda das nossas
mência os discursos da Renamo, cuja
“intenção é dividir Moçambique”. Forças Armadas de Defesa”, decla-
“Nós, os moçambicanos, não pode- enalteceu o apoio militar na assistên- tidamente foram “devolvidos” à sua
“As ameaças à paz devem ser a todos rou Armando Guebuza, anunciando
mos ser condicionados a interesses de cia a doentes nas unidades sanitárias sorte do portão principal, até que
os níveis condenadas com veemência que da “missão constitucional das
indivíduos ou grupos de indivíduos. de Chimoio e Vanduzi, além da sua houve uma intervenção superior.
por todos nós. A expectativa de di- pronta intervenção em tempo útil, FADM” vai constar a defesa dos hi-
A proposta de alteração de qualquer Em contacto com o SAVANA, uma
vidir o nosso povo, porque constitui para salvação de vidas humanas, nas drocarbonetos.
dispositivo de quadro geral vigente fonte da organização garantiu que o
uma ameaça à paz e à unidade nacio- últimas cheias registadas este ano. evento era público e não havia “or- “A nossa pátria é detentora de recur-
deve ser feita no contexto regido pela
nal, deve igualmente ser condenada”, O IV festival que decorreu sob lema dens específicas” para vedar qualquer sos naturais diversos, de infra-estru-
própria lei e ninguém tem o direito
sentenciou Armando Guebuza, em “consolidação da unidade nacional, pessoa, sem contudo colocar em cau- turas estratégicas, extensas fronteiras
de agir fora das normas que norteiam
alusão à “tensão” político-militar que do patriotismo e da paz”, contou com sa a segurança do recinto. terrestres e de águas jurisdicionais
um estado de direito e democrático
caracteriza a região centro de Mo- a participação de adidos de defesa que também abrigam muitas riquezas
como nosso”, rematou Guebuza, ar-
çambique. acreditados em Moçambique e ou- nossas e que precisam de ser preser-
rancando ruidosos aplausos da plateia Musculatura às FADM
Desde Outubro de 2012, período tros convidados de Tanzânia, Ango- vadas protegidas”, precisou Armando
maioritariamente preenchida por mi- O presidente moçambicano, Arman-
em que Afonso Dhlakama regres- la, Malawi e Zimbabwe, e englobou Guebuza, quando saudava as Forças
litares. do Guebuza, chamou as forças ar-
sou à Gorongosa, sua antiga base ginástica acrobática, massiva, para- Armadas pela celebração dos 49 anos
No seu discurso de abertura do IV madas a serem mais “pujantes”, para
central, num esforço para pressionar quedismo, gastronomia e exposição da luta de libertação de Moçambique.
Festival das Forças Armadas de De- proteger as descobertas de reservas
o Governo da Frelimo a negociar fotográfica e gráfica. Contudo, o Chefe do Estado,
fesa de Moçambique (FADM), que de hidrocarbonetos na bacia do Ro-
uma nova ordem, reina uma cer- também Comandante-Chefe das
decorreu entre os dias 21 e 25 de vuma, por “impor novos desafios” às
ta incerteza sobre o futuro do país Pente no FADM, reconheceu a qualidade
Setembro, no quartel de Chimoio, Forças de Defesa e Segurança.
que actualmente é caracterizado Várias pessoas, que pretendiam assis- técnico-militar das FADM, mas vin-
Manica, Armando Guebuza disse “A protecção dos nossos diversos re-
por uma tensão político-militar, so- tir a cerimónia de abertura do IV fes- cou a necessidade de se apostar numa
que os ganhos dos 21 anos de paz e cursos sublinha a necessidade de se
bretudo na região centro, palco de tival desportivo e cultura das FADM, contínua formação do exército, para
a “implementação da agenda de luta apostar nos homens e nas mulheres
confrontos entre as tropas governa- foram impedidas de aceder ao recinto responder com a velocidade às dinâ-
que devem à instituição militar, por-
mentais e guerrilheiros da Renamo. contra a pobreza”, estariam “tremi- do quartel, devido ao “pente fino” a que estes são os recursos estratégicos micas de desenvolvimento do país.
Analistas em Maputo são de opinião dos”, com as ameaças à paz. que estavam sujeitos na única entrada
que tal incerteza faz com que seja Os festivais, disse, foram lançados aberta para população.
cada vez mais ponderada a possibi- para “galvanizar as FADM para no- “Eu estive nos dois portões de aces-
lidade de não realização das eleições
autárquicas e gerais, como “plano”
vas batalhas”, como forma de celebrar
um Moçambique livre e independen-
so, mas estão a impedir a entrada ao
quartel para ver o presidente e o fes-
Merali deixa Moza Banco
para manter Armando Guebuza no te, além de desenvolver seu potencial tival. Não explicam a razão, só dizem
I
poder. artístico, cultural e económico. naete Merali acaba de deixar formalmente a Comissão Executiva
para ir noutro portão e já dei cinco
Depois do III festival, em 1983, a do Moza Banco, instituição bancária fundada em Junho de 2008.
O troço Save-Muxúnguè, centro de voltas e nada”, disse ao SAVANA,
situação geopolítica nacional e re- A saída de Merali foi confirmada através de um comunicado
Moçambique, é feito mediante escol- Estêvão Luís, um residente em Chi-
gional “ditou o realinhamento das distribuido pela administração do Moza Banco, que manifestou
ta militar, num percurso de 106 qui- moio.
prioridades das Forças Armadas, com o seu agradecimento pela colaboração do Presidente da Comissão
lómetros que chega a levar mais de “Não sei qual é o critério de entra-
impacto directo nos festivais culturais Executiva e reafirmou o seu compromisso em “conferir maior vigor
seis horas, o que está a acarretar pesa- da, mas vejo algumas pessoas que são
ao ciclo de crescimento virtuoso e sustentável que a instituição finan-
dos custos para a economia nacional. e desportivos, sendo que Chimoio admitidas e outras não. Estou identi-
ceira vem registando desde a sua fundação”.
O líder da Renamo, Afonso Dhlaka- acolhe deste modo a reactivação dos ficado, mas nem por isso me deixam
Ainda não foi avançado o nome do substituto de Merali, mas como o
ma, ameaçou dividir o país em pro- eventos, que deverão decorrer de dois passar, talvez por eu ter cabelo bran-
SAVANA anunciou, o cargo deverá ser exercido por Ibraimo Ibrahi-
víncias independentes, durante o em dois anos. co”, desabafou Carlos Samundimo,
mo, um conceituado quadro da área financeira, que dirigiu por cinco
Conselho Nacional do partido em O I e III festival decorreram em Ma- junto ao portão do quartel na N6.
anos a Comissão Executiva do Banco Comercial e de Investimentos
Satunjira, em Julho último, caso o go- puto, em Setembro de 1979 e 1983 Mesmo alguns jornalistas, que não
(BCI). Ao que o SAVANA apurou, o futuro de Inaete Merali deverá
verno continuasse “intransigente”, o respectivamente, e o II em Nampula conseguiram ser credenciados a tem-
passar por uma Seguradora.
que para o PR, uma “nação não pode em 1980 no mesmo mês. po, tiveram uma enorme ginástica
(Redacção)
ficar refém” à pressão, que considerou Entretanto, a governadora da pro- para aceder ao recinto do quartel no
de um grupo de indivíduos. víncia de Manica, Ana Comoane, dia 21 de Setembro, quando insis-
6 Savana 27-09-2013
SOCIEDADE
Polícia e membros
MDM envolvem-se
em pancadaria
Por André Catueira, em Chimoio
Polícia Municipal e na cidade de Chimoio.
A os membros do Mo-
vimento Democráti-
co de Moçambique
(MDM) envolveram-se, nes-
ta quarta-feira, em violentos
Exibindo o convite emitido
para o partido, aquela militante
do partido do Galo assegurou
que o MDM não respondeu
com a mesma força porque não
confrontos na cidade de Chi-
moio, província de Manica, estavam para “causar distúr-
durante as cerimónias do 49º bios, porque simplesmente vie-
aniversário do desencadea- mos participar da cerimónia”.
mento da luta pela indepen- Entretanto, o comandante da
dência do país. Polícia camarária de Chimoio,
Edgar Rodrigues, recusou-se a
Os membros do MDM foram tecer qualquer comentário em
“brutalmente atacados” pela torno do incidente.
Polícia Municipal, quando os Contudo, uma fonte próxima à
mesmos hasteavam bandeiras
polícia municipal disse “o ata-
do partido na multidão que
assistia as cerimónias de “25 que resulta da quebra da pos-
de Setembro”, na praça dos tura” municipal, ao “içar ban-
heróis, tendo sido destruído deira em cerimónia pública do
um dos símbolos. Ninguém governo”.
ficou ferido. Após a violência, os membros
“Nós não estamos a enten- do MDM foram obrigados
der, estávamos na cerimónia pela Polícia da República de
como um dia dos moçambi- Moçambique (PRM) a se reti-
canos e, de repente, a polícia rar da praça, para “evitar distúr-
municipal começa a arrancar
bios” nas cerimónias centrais, a
as bandeiras e a vandalizar
os membros do MDM. Não nível nacional, orientadas pelo
entendemos porque nos estão ministro da Defesa Nacional,
a impedir de participar do Filipe Nyusi, na presença de
evento”, disse Winie Madrige, quadros das FADM e da go-
delegada política do MDM vernadora de Manica.
Savana 27-09-2013 7
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8 Savana 27-09-2013
SOCIEDADE
O
s impostos são elevados em Moçambique, uma vez que os moçambicana reduz os níveis de postos que o empresariado moçam- mico e se os agentes económicos do
em Moçambique, mas operadores económicos devem pagar competitividade do empresariado bicano deve aguentar limitam a sua sector privado são parte fundamental
também é cara a burocra- a taxa de 32 por cento sobre os re- nacional e coloca-o atrás de outros capacidade de financiamento e a ex- do ambiente de negócios no país, re-
cia que deve ser suporta- sultados positivos obtidos, para além países, com taxas mais baixas e, con- pansão das suas actividades, refere- comenda-se que este e outros aspec-
da para o pagamento dos impostos, da primeira prestação do “pagamento sequentemente, mais amigas do in- -se no estudo. tos sejam objecto de estudos comple-
queixam-se empresas ouvidas no por conta”. vestimento. “Se, em Moçambique, se pretende mentares”, assinala o “Pagamento de
Estudo Pagamento de Impostos em A carga fiscal infligida à economia Os montantes exorbitantes de im- promover o desenvolvimento econó- Impostos em Moçambique”.
Moçambique, encomendado pela
Confederação das Associações Eco-
nómicas de Moçambique (CTA) e
financiado pela Agência dos Estados
Unidos da América para o Desen-
volvimento Internacional (USAID).
O terrível Março
O documento aponta Março como
o mês mais hostil em termos fiscais
Savana 27-09-2013 9
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10 Savana 27-09-2013
INTERNACIONAL
1
. Introdução mais sobre as razões por que os jo- considerado menos relevante ou me- Os heróis moçambicanos não são,
Se, por destino dos bons vens, os estudantes e os mais velhos nos decisivo, mas que têm os seus no- produção fora desse perímetro é um portanto, livres de descansarem nas
deuses e dos bons espíritos, - afinal muitos de nós - pouco sabem mes em ruas e em praças provinciais atentado à história, à verdade. Por suas tumbas quando em jogo está a
os que governam Moçam- dos heróis oficiais, pouco se preocu- do país. isso impugna violentamente a ousa- sua reprodução ou a sua reactivação
bique e os que esperam governá-lo, pam com eles, pouco os sentem na dia da Renamo. política.
decidissem conjugadamente, com a alma. 4. A luta política na produ- Por sua vez, a Renamo, que disputa Eles são duramente produzidos e re-
alma magnética e dialéctica dos ir- Mas não é assim que as coisas se ção de heróis a gestão do Estado e se reclama da produzidos.
mãos gémeos, fazer um inquérito na- passam e se fazem, o mencionado A produção de heróis é, sempre ou criação da democracia nacional, en- Por consequência, não há heróis em
cional para conhecerem as percepções inquérito nacional não será realizado. quase sempre, um laborioso processo tende que tem também o direito de si, à partida. O que em vida foram
populares sobre heróis, sobre quem Regra geral, coisa de herói oficial é histórico de luta, de catalogação, de disseminar, de moçambicanizar os certas pessoas é o que queremos que
são esses heróis, sobre quem merece coisa de poder. Melhor: produto de etiquetagem, de defesa de lugares ad- seus heróis, de lhes dar um estatuto sejam, no molde das nossas exigên-
história e estátuas, sobre quem tem relações incessantes de poder, eixo de quiridos, de valores primeiros. paritário, de legitimidade nacional.
cias de virtude, proeminência e legi-
legitimidade popular, talvez se sur- uma intensa luta pelo monopólio da A esse propósito, lembrei-me de um Muito provavelmente, um partido
timidade.
preendessem com o surgimento de sua produção. livro fascinante, escrito por Norbert mais jovem, filho rebelde da Renamo,
A politização da alteridade, a heroi-
heróis que, por hipótese, teriam, por Elias em parceria com John Scotson, o Movimento Democrático de Mo-
cização ou a diabolização, são partes
exemplo, as seguintes cinco dimen- 2. O que é um herói? que, na versão inglesa, tem o título çambique, abrirá também, no futuro,
constituivas da forma como constru-
sões hierarquicamente organizadas: Um herói é alguém a quem, colectiva, “Os estabelecidos e os intrusos” e, na uma frente de heróis, tentando triun-
ímos a visibilidade de quem amamos
Heróis familiares ou de parentela inter-subjectivamente (excluo a aná- versão francesa, o título “Lógicas da viratizar a legitimidade na produção
ou odiamos.
alargada lise dos heróis pessoais), atribuímos exclusão”. nacional desse tipo de recursos polí-
O poli-heroísmo está definitivamen-
Heróis locais extra-familiares qualidades e práticas extraordinárias, Nesse livro, Elias e Scotson mostra- ticos.
te instalado e será sempre, por hipó-
Heróis distritais fora do comum, alguém que perdeu ram como, no fim dos anos 50 do sé- Temos, então, uma nova “guerra”,
desta vez não com metralhadoras, tese, monitorado pela luta política.
Heróis provinciais, eventualmente digamos que as suas qualidades hu- culo passado, numa cidade inglesa de
mas com heróis, uma guerra pela pro- Se o homem é a medida de todas as
biprovinciais manas e se transformou numa espécie periferia, os aí chegados em primei-
dução e pelo controlo político desse coisas, a política é a medida de todos
Heróis oficiais de deus terreno, de deus profano. Para ro lugar produziam e reproduziam a
importante recurso de poder. os heróis.
Estatisticamente, os gestores e os enunciar um truísmo, um herói nunca exclusão social dos novos chegados,
candidatos a gestores da heroicidade existe a montante, mas a juzante das como os catalogavam, como os rejei- A atribuição em 2008 do nome de
[1] h t t p : / / z i m b a b w e e l e c t i o n .
oficial talvez viessem a descobrir e a nossas representações sociais. André Matsangaíssa à rotunda 2314,
tavam, como se esforçavam perma- com/2013/09/02/mugabe-being-
reconhecer que quanto mais saímos A morfologia da heroicidade é, na- situada no Bairro da Munhava, arre- -quarrelsome-mdc-t/; http://zim-
nentemente para assegurar os seus
dos círculos familiar, local e distrital, turalmente, vasta e variada. O herói dores da cidade da Beira – na altura babw eelection.com/2013/09/02/
privilégios, como segregavam o que,
mais difícil é conhecer e partilhar os não tem um centro temático ou uma municipalmente gerida pela Renamo mdc-members-will-never-be-buried-
no seu prefácio à obra, o sociólogo [4]
heróis oficiais, aqueles pan-heróis linha unívoca de pureza. -, é um exemplo claro de uma pri- -at-heroes-acre-says-mugabe/
francês Michel Wieviorka chamou
distantes e desconhecidos comemo- Os heróis são tantos quantas as nos- meira brecha aberta no monopólio [2] Elias, Norbert and Scotson, John
“racismo sem raça” [2]. L., Logiques de l’exclusion. Paris:
rados nos dias festivos, nos discursos, sas necessidades em guias, em re- frelimiano de gestão de heróis, é um
Tenho para mim que estamos peran- Fayard,1997.
na rádio, na televisão, nos comícios, ferenciais, em modelos de conduta, exemplo do prosseguimento da guer-
te uma excelente grelha teórica para [3] http://oficinadesociologia.blogspot.
etc. em juízes, em territórios de combate, Os heróis ocialmente conhecidos em Moçambique são aqueles que a Frelimo, através do Estado que gere desde 1975, decretou como tais. Na imagem destaca-se Samora Machel (primeiro em pé da esquerda para a
ra agora pelo controlo da toponímia.
analisarmos a produção política de com/2006/05/consequncias-da-guerra-
Se ao conhecimento dos heróis popu- em futuros. E, regra geral, consoante direita) e Eduardo Mondlane (segundo em pé da esquerda para a direita) A “Winston Parva”, a pequena cidade
heróis em Moçambique. -civil-em.html
larmente reconhecidos e legitimados a intensidade e a extensão das lutas do livro de Elias e Scotson, é, afinal, o [4] A gestão da cidade da Beira está a car-
entre grupos sociais ou nacionais. Os te. Um herói oficial dispõe, claro, de aos Zimbabweanos e não à ZANU- e unilateralmente produzidos e deci- Quem são os heróis oficialmente Com efeito, estamos hoje confron-
nosso pleno Moçambique. go de Deviz Simango desde 2003: nesse
impuros de uns são os puros de ou- um peso de irradiação formal bem -PF [1]. didos são os seus heróis e, portanto, conhecidos em Moçambique? Os tados com o fenómeno de termos a
ano eleito presidente do município con-
tros e vice-versa. maior do que aquele de que dispõe Quanto mais partidarizado for um menos possibilidades têm de ser po- heróis oficialmente conhecidos em gestão do panteão oficial de heróis 5. A política é a medida de to- correndo pela Renamo, repetiu a proeza
Heróis são seres que, com o tempo, um herói do bairro do Xiquelene em Estado, mais políticos e mais central pularmente aceites. Moçambique são aqueles que a Freli- - a cargo da Frelimo, ganhadora da dos os heróis em 2008 como independente, após ter
unificámos psicológica e socialmente Maputo, de um sindicato combativo, mo, através do Estado que gere desde independência nacional, gestora do Situadas na interface entre o indi- sidio expulso daquele partido. Em 2009
numa matriz comportamental única dos meandros do crime ou das matas 1975, decretou como tais. Estado -, disputada e posta em causa vidual e o colectivo, o racional e o fundou o Movimento Democrático de
e virtuosa, da qual eliminámos os de- de uma guerrilha. São heróis que operaram no interior por uma outra candidata à produção impulsional, o consciente e o incons- Moçambique.
feitos e, até, as qualidades humanas Mas isso não significa que o peso de um processo histórico: o da luta de
comezinhas. informal, não oficial, dos heróis, seja libertação nacional a partir de 1962.
Mais: em quem, muitas vezes, hiper- pequeno: um herói dos quarteirões Que operaram e que foram definidos
valorizámos um aspecto de conduta populares ou das sagas campesinas no interior de ideais, de virtudes e de
(que pode ser motivo de retrabalho de luta pode ser mais intensamente práticas produzidas pela liderança
permanente e de acréscimo) deixan- sentido e glorificado do que um herói hegemónica da Frelimo. Ideais, virtu-
do outros na penumbra. Estas as ra- seleccionado numa reunião fechada des e práticas que os produziram com
zões por que certos heróis podem ser do grupo dirigente de um partido e exclusão daqueles que foram conside-
iminentemente políticos ou comple- regularmente projectado nos órgãos rados traidores. São pessoas a quem
tamente políticos. de comunicação. o grupo dirigente da Frelimo atribuiu
Os heróis existem em todo o lado e virtudes extraordinárias em seu papel
desde sempre, não importa onde e 3. Heróis ociais de pais fundadores e de pais execu-
quando. Os heróis podem ser motivo de con- tores da gesta nacionalista e revolu-
Somos produtores “naturais” de he- flito agudo entre grupos e partidos cionária, são pessoas que foram con-
róis, de hiper-eus nas diversas socia- na competição pelo monopólio da sideradas excepcionais na concepção
lizações pelas quais atravessamos a sua produção. Melhor escrito: são e na implementação dos programas
vida e a história. Os mais pequenos quase sempre. Por exemplo, recen- que permitiram que a independência
agrupamentos dispõem de heróis, de temente o presidente do Zimbabwe, nacional fosse alcançada. São heróis
guias, de modelos de conduta. Os he- Robert Mugabe, afirmou que jamais definidos no interior de uma luta
róis tanto podem habitar um lar, um os membros da oposição seriam con- política e militar contra opositores
grupo de famílias, uma rua, quanto templados na praça dos heróis nacio- estrangeiros e nacionais à frente de
uma prisão ou as matas da guerrilha, nais do seu país, apenas reservada aos libertação.
A atribuição em 2008 do nome de André Matsangaíssa (na imagem e sem camisa)
tanto podem estar mortos quanto vi- heróis do seu partido, a ZANU-PF. Os restos mortais desses heróis estão
à rotunda 2314, situada no Bairro da Munhava, arredores da cidade da Beira – na vos e, estando mortos, estarem vivos Um porta-voz do MDC-T, partido Uria Simango, um dos fundadores da Frelimo, foi extra-judicialmente executado pelo na cripta da Praça dos Heróis, cidade
altura gerida pela Renamo -, é um exemplo claro de uma primeira brecha aberta no na memória e na invocação cultual. na oposição, reagiu declarando que governo pós-independência de Samora Machel. A história ocial relegou o antigo de Maputo. Aí estão, também, os res- O poeta José Craveirinha (na imagem) e o Maetro Justino Chemane são duas pessoas que não zeram directamente a caminha-
monopólio frelimiano de gestão de heróis. Temos heróis de magnitude diferen- a praça nacional dos heróis pertencia vice-presidente da Frelimo para a condição de reaccionário tos mortais de duas pessoas que não da da luta armada de libertação nacional, mas cuja grandeza e cuja luta levaram a Frelimo a dar-lhes o estatuto de heróis.
16 Savana 27-09-2013
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Savana 27-09-2013 17
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18 Savana 27-09-2013
OPINIÃO
EDITORIAL Cartoon
Fuga de capitais e o
benefício da dúvida
a semana passada, Moçambique recebeu uma delegação do
João Mosca
“Tou pidir”
ste texto pretende reflectir so- dia. Não viu o sinal vermelho, pergunta diga. Estamos juntos! vendo esforços junto da comunidade telefónica do parente de um dos não
A terapia do bem
esde que eu comecei a com a esposa e levava cinco caixas de quarto, noite adentro, não chora
343
A
tem ensinado é que os homens a noite toda. Tenho o meu modelo de perfei-
com o tempo tornam-se muito Isto cansa mas não há como nos sa- ção. Sei que não vou atingi-lo que o sinete de um das por causa do ritual) passam
repetitivos, repete-se gestos, fra- farmos. Em toda a parte e em todas mas a minha luta é sempre di- corpo modificado ao em revista a vida da família, da
ses, estórias, a maneira de olhar as circunstâncias as pessoas repetem- reccionada para essa meta. nível do couro cabelu- comunidade, do bairro, as suas
e o que se torna mais chato é que -se na forma como se riem como fa- Uma das estórias que gosto de do, do que uma janela para a
normalmente, quando se trata lam, como se olham, nas estórias que contar começa sempre assim: alegrias e as suas tristezas; vál-
alegria de um novo visual, do
de copos as estórias repetem-se contam e na imagem que constroem “quando Jesus Cristo nasceu eu vula de escape, porque a “me-
que o exercício de uma estética
de forma invariável e demons- sobre si próprios ou na imagem que estava a sair da tropa. Então al- chação” é um canal de afirma-
vibrante, do que um utensílio
tra-se claramente que de cada sobre si próprios querem transmitir guém pergunta quem é que esta- ção, de marcação identitária,
para a sedução.
vez que a pessoa conta a mesma ao próximo. va a sair da tropa”. frequentemente de protesto
estória tirando os nomes tudo O que mete pena é podermos reparar - Respondo “eu”. – Tu. São, também, por um lado, um
termómetro do social e uma contra a dominação masculina.
varia. que tudo isso não passa de simples - Eu sim. Duvidas?
Existe aquele homem que conta representação para não dizer hipo- - Não, não tenho nada que du- válvula de escape feminina. Em cada mecha anda uma his-
que em Setembro do ano passa- crisia. vidar, aliás, quem sou eu para Termómetro do social porque, tória, em cada história habita
do foi ao casamento do filho em Mas na verdade e cá entre nós, quem duvidar da tua palavra. nas longas horas que dura o uma alma, história e alma das
Nampula no seu caro próprio é que quando está na solidão no seu - E sinto-me bem arranjo do couro, as mulheres nossas raparigas.
20 Savana 27-09-2013
OPINIÃO
Contas a sua permanente preocupação dias. E temos que 45x57 600 dá a quan-
Estradas
N de defender e justificar todas as
acções e omissões de quem lhe
paga, o Director da AIM, Gus-
tavo Mavie, resolveu, de máquina calcu-
ladora na mão, enfrentar todos aqueles
tia de US$2 592 000. E estou a dar de
bonus a província/cidade de Maputo,
apesar de as deslocações à ilha da Inha-
ca também serem feitas de heli.
Portanto, temos resultados bem diferen-
É
bom ouvir falar de novo em estrada de
raiz entre a Beira e a Machipanda.
Mesmo que venha acompanhada de por-
tagem.
As estradas em Moçambique, porém, têm de
sobretudo itinerários principais, que passem ao
lado de centros urbanos?
É de bradar aos céus, que depois das cheias de
2000, onde foi preciso fazer construção de raiz,
ter a N1 a passar bem no centro da cidade do
que afirmam que as excursões, políticas tes entre as contas do Gustavo Mavie e estar acompanhadas com outros debates com- Xai-Xai. Ou a reabilitação de fundo que deixou
e de propaganda, de Armando Guebu- as minhas. Pelas minhas, o custo deste plementares. a mesma N1 no meio da Manhiça e da Palmeira.
za, pelo país, vulgarmente conhecidas peregrinar são cinco vezes maiores do Será que quer o corredor da Beira, quer a N4 para Serão os comerciantes tão poderosos a ponto de
como Presidências Abertas, são uma que pelas dele. São, na minha modesta Ressano Garcia devem ser substitutos das linhas travarem um desvio de progresso e modernidade
loucura de esbanjamento dos dinheiros opinião, uma barbaridade de dinheiro. de caminho de ferro que gestores ineptos e ser- a bem dos citadinos destas urbes? Será que as
públicos. E não estamos a incluir aqui os custos viços comerciais ainda mais incompetentes man- crianças que vão à escola diariamente têm que
Fez as contas, à sua maneira, e publicou- de combustível para os helis nem os têm a funcionar a meio gás, para não usar a ex- inevitavelmente negociar o seu percurso com
-as no Notícias de 18 de Setembro. custos de alojamento para os seus tri- pressão “às moscas”, pois só os escribas incautos e monstros de oito rodados que fazem o circuito
a soldo da manipulação das empresas de imagem Norte-Sul. Não será uma boa oportunidade para
Segundo ele, “tendo consultado peritos”, pulantes.
e comunicação podem achar que tudo vai bem, o INAV equacionar uma redução drástica nos
apurou que os helis custam US$400 por Se acrescentarmos o preço de deslocar,
incluindo as novas miríades de caminhos de ferro atropelamentos que são, dramaticamente, 50%
hora, correspondendo isso a US$1600 alimentar e alojar, vários ministros, di-
entre o Botswana e a Ponto do Ouro. das mortes nas estradas moçambicanas.
por dia, na medida em que não voam rectores nacionais, e outros que tais, a Será que a via Machipanda e a via de Tete de- Claro que vão dizer que a Bela Vista morreu
mais de quatro horas por dia. E conclui factura sobe galopantemente. vem ser as rodovias de opção para o transporte desde que a estrada para Salamanga e a Ponta
que, por ano, não se gastarão mais de Tudo a sair do nosso bolso, apesar de, de combustíveis líquidos, quando ao lado corre do Ouro começou a passar ao largo. A questão
US$500 000. O que ele acha perfeita- em todo o lado, o cidadão Armando um oleoduto que, vezes sem conta pára por falta de fundo é que as urbes moçambicanas têm
mente aceitável... Guebuza realizar encontros de trabalho de liquidez do governo de Robert Mugabe, para, de ter dinâmicas próprias e não decorrentes de
Mas, pergunto eu, será assim que a em- partidário com as organizações locais entre outras coisas, pagar as contas dos carbu- conjunturas que, em última análise, contribuem
presa dona dos aparelhos faz as contas? do partido de que é Presidente. Parti- rantes bombados a partir da Beira? Claro que para menor qualidade de vida. No paupérrimo
Não creio que seja. do esse que, é óbvio, não contribui, nem para o Malawi, Zâmbia e RDC, tudo é mais debate (há mesmo debate?) do movimento da
Obviamente, para essa empresa, os helis com um tostão, para as despesas acima complicado com a Linha de Sena atrapalhada autarcização nacional, nunca me apercebi de um
estão a pagar desde o momento em que descritas. com o carvão de Moatize, mesmo que as cargas tal ponto na agenda dos paus mandados que são
saem das suas instalações até ao mo- Por tudo isto, a minha conclusão é to- sejam em sentido ascendente e pudessem virar escolhidos como candidatos.
mento em que voltam para lá. Por dia talmente contrária à do Gustavo Mavie: em Mutarara, revivendo finalmente o desusado Por último, e apenas toquei no que me parece
não pagam apenas as tais quatro horas Os custos são muito superiores aos, hi- ramal de Vila Nova da Fronteira (se calhar já ser o óbvio, há também o importante “lobby”
há um novo nome, mas eu ainda não o decorei). policial. Se as estradas nacionais forem afasta-
de voo, pagam as 24 horas em que es- potéticos, ganhos.
Certamente que o poderosíssimo “lobby” camio- das das cidades, vilas e povoações perde-se uma
tão fora, não podendo ser utilizados por E não estou a incluir aqui as viagens da
neiro se oporá com unhas e dentes a tais opções, parte do manancial de caça à multa, despoleta-
outros clientes. E, portanto, à taxa de Primeira Dama, igualmente por todo
mesmo com uma política desastrosa de tarifas, do com a verdadeira praga de sinalização ver-
US$400 por hora, cada aparelho custa, o país, e com comitivas enormes. Re- praticada sobretudo pelas autoridades moçam- tical para redução de velocidades – entre os 80
por dia, US$9600. O que, multiplicado centemente, em Cabo Delgado, cruzei- bicanas, por se acharem em posição leonina, e os 60 km/hora – que está em vigor desde a
pelos seis aparelhos que são normal- -me com uma coluna de 19 viaturas, mesmo que nos fóruns internacionais, haja um última reabilitação de fundo da espinha dorsal
mente utilizados, dá US$57 600. Por acompanhando a Dra. Maria da Luz, e clamor de condenações e cargas a fugir para ou- Maputo-Pemba.
dia. perguntei-me a que propósito tem ela tros destinos, nomeadamente no “business” dos As estradas sugerem problemáticas bem mais
Atendendo a que o país tem 10 provín- direito a um tal séquito. volumes em trânsito. complexas que apenas as comissões salivantes
cias e as Presidências Abertas duram, Coisas desta nossa Pérola do Índico, em Para além do debate estradas versus ferrovias, há e debaixo da mesa entre empreiteiros, funcio-
habitualmente, quatro a cinco dias por que as pérolas vão sempre para os mes- outras questões importantes a considerar. nários governamentais e agências financiado-
província, temos que, por ano, os helis mos, a carne das ostras para alguns e as Não será tempo de se considerarem estradas, ras.
são utilizados, em média, durante 45 cascas vazias para a esmagadora maioria.
Crime de corrupção
nquanto em Moçambique a cúpu- se mexe, o corrupto faz um estudo minucioso tomou a direcção de Chongqing, uma imen-
E
lestras são parte importante do processo
la vai dizendo que a corrupção está para perceber se o animal tende a acordar ou sa metrópole chinesa, conseguiu transformá- que nos pode levar à acção no combate ao
longe de ser combatida, noutros se está, na melhor das hipóteses, simplesmen- -la num pólo económico de peso. Reprimiu crime de corrupção. Deveriam focalizar
cantos do mundo, como por exem- te a mudar de posição para novos ressonares. as máfias, culminando com cerca de cinco mil um universo cada vez maior e ser um acto
plo na China, as autoridades mostram Na China, pelo que internacionalmente nos prisões. Este passado, e nem mesmo o facto de relativamente permanente. Dizer que elas
claramente que estão comprometidas em é dado a conhecer, as autoridades não estão a ter sido estrela no seu “partidão”, não impres- não combatem o fenómeno é sedimentar
combater esse crime. Internacionalmen- ressonar. Os porquinhos não estão a mamar, sionou a justiça chinesa que até lhe confiscou o “código do silêncio” nas mentes dos que
te vai passando a notícia fresquinha do aliás, os proeminentes que abraçam a corrup- todos os seus bens. buscam liberdade e autonomia nesse mes-
ex-dirigente chinês condenado à prisão ção têm estado a ser desmamados. Deste lado do Índico, onde se diz que no pri- mo processo de combate.
perpétua. Quanto desperdício intelectual O ex-dirigente do Partido Comunista Chinês meiro semestre de 2013 foram tramitados cer- Cá entre nós: quantos Bo Xilai temos
nas malhas da justiça! É que o corrup- (PCP), Bo Xilai, proeminente político popular ca de 395 processos-crime de corrupção, “para em Moçambique? Nenhum. Os nossos
to pensa de forma bastante elaborada. de 64 anos, ganhou a perpétua pela sua nota- boi dormir” e para a porca continuar a resso- Bo Xilai têm nomes próprios e o cidadão
Avalia os riscos da operação pretendida bilidade no mundo da corrupção, no desvio de nar, descobriu-se e anunciou-se publicamente conhece-os. Mas este é vítima da escra-
e o grau de abertura dos olhos das auto- fundos e no abuso de poder. Segundo se sabe, que as palestras com funcionários públicos (e vidão do “código do silêncio”! Quanta
autoridade e quanto comprometimento
ridades. Envolve no seu esquema o maior foi acusado de ter embolsado, em subornos, outros cidadãos) não combatem a corrupção. saudáveis existem no combate ao crime de
número de pseudo-corruptos para desfo- mais de 2.6 milhões de Euros, o equivalente Quem de direito continua a falar em medi- corrupção? Quantos entre os avantajados
car, desvirtuar e baralhar as investigações. a cerca de 3.5 milhões de Dólares. Dos fundos das punitivas severas contra os prevaricadores não ganharam notoriedade no mundo da
Põe a ressonar essas mesmas autoridades públicos mamou que se fartou. Mas, o bom do que se profissionalizaram na delapidação do corrupção, no desvio de fundos e no abuso
valendo-se do poder do dinheiro e do Bo Xilai é que ele até era carismático e am- dinheiro do Estado e que conhecem de cor de poder? Quem desmama a quem? Ini-
“código do silêncio.” Quando a porca bicioso no “bom sentido”. Vejam só: quando e salteado os discursos anticorrupção. As pa- ciar a pesquisa…
Savana 27-09-2013 21
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22 Savana 27-09-2013
DESPORTO
S nacional de basquetebol do
nosso país para a segunda
fase do afrobasquete, com-
petição que vem sendo realizada
desde o passado dia 20 deste mês
quando comparado com os bilhetes
vendidos em competições de tama-
nha envergadura, tudo isto na pers-
pectiva de conferir mais segurança
aos presentes.
do histórico da Frelimo, o veterano
Marcelino dos Santos sempre dando
alento e crinho às jogadoras.
Outrossim, para além de ser uma
festa dos amantes da bola ao cesto,
na chamada catedral da nossa bola Nos aspectos organizativos tudo está o afrobasquete é uma ocasião rara
ao cesto, o pavilhão do Maxaquene, a correr normalmente: os bilhetes para se fazer amizades, ou então para
nunca foi posta em causa, manda a são vendidos nas bilheteiras do Pa- de se fazer negócio. Mamanas com
verdade reconhecer que as guerreiras vilhão do Desportivo, o que ajuda a colmans contendo no seu interior
de Nazir Salé estão a mostrar com descongestionar o público nos arre-
refrescos e cervejas , e velhos com
todo o tipo de argumentos possíveis dores do pavilhão do Maxaquene.
maços de cigarros nas mãos, crianças
que são verdadeiramente ases na O estacionamento de viaturas é que
com tigelas de amendoim, velhos e
modalidade. constitui uma verdadeira dor de
cabeça. É que no final das partidas jovens a guarnecerem viaturas, fa-
Jogam destemidas, descomplexadas, assiste-se a uma disputa entre as via- zem deste certame oportunidade
alegres, afoitas, transfiguradas, mas turas e o público, numa espécie de para ganharem dinheiro.
sobretudo com elevado sentido de salve-se quem puder. Mas fica registada para sempre
responsabilidade. Mas o afrobasquete é também um a iniciativa da Clarisse Machan-
Ilec Vilanculo
É de facto um regalo vê-las a evoluir. momento apropriado para os políti- guane de oferecer 500 bilhetes às
E estamos a falar de uma selecção cos fazerem as suas pré-campanhas. crianças para que possam assistir
que é um misto de atletas bastante Com efeito, é notória a presença de ao evento. Uma lição para os nos-
experientes e outras que tendo al- grupos ligados a partidos politicos sos dirigentes desportivos! Mas as
guns anos de basquete nas mãos ain- primeiras jornadas com números querer, ambição e sobretudo muita vestidos a rigor fazendo claque a fa- fotos do nosso colega da imagem
da têm muito a dar pela frente. estrondosos. A exemplo da vitória entrega. vor da selecção. Mas também há que são elucidativas
Na verdade, é bonito ver como elas frente ao Zimbabwe por 117 a 28 O público, o chamado sexto jogador,
enfrentam as adversidades, conti- ou mesmo diante do Egipto por esse tem marcado presença em peso
gências e dificuldades próprias de 105-53. No jogo da terceira jorna- no pavilhão do Maxaquene: são mu-
uma competição desta envergadura, da, nesta segunda-feira, Moçambi- lheres, jovens e crianças que não se
uma prova corporizada por um total que derrotou a Argélia, por 67-34 cansam de gritar, fazer ondas, can-
de 12 selecções ainda que, modéstia e na terça-feira foi a vez da Costa tar, assobiar, bater palmas, tudo em
à parte, algumas estejam a uns furos de Marfim perder por 56-41. Mas apoio à selecção.
abaixo quando comparadas com o na mágica noite desta quarta-feira, Mas convenhamos que a presença
potencial basquetebolístico moçam- Moçambique teve de suar para levar do público só se faz sentir mais nas
bicano. de vencida a poderosa selecção de partidas que envolvem a nossa se-
E nada vem do acaso, há trabalho no Senegal por 77-61. lecção, pois nas restantes tem sido
basquetebol feminino. muito fraca. Mas não restam dú-
Ilec Vilanculo
Mas que fique claro que não é tem- Sem vaidades vidas que na segunda fase as coisas
po de as nossas guerreiras emban- Contudo, as moçambicanas devem vão mudar para o melhor. E há que
deirarem em arco, não é altura de continuar a lutar, mas sem veleida- assinalar que a Federação Moçam-
relaxarem em função dos resultados des exageradas. Devem continuar bicana de Basquetebol tem posto
conseguidos, principalmente nas a lutar com garra, determinação, à disposição do público um núme-
A IREX é uma ONG internacional sem ns lucrativos que, através da SASOL PETROLEUM TEMANE
liderança e programas inovadores, promove uma duradoira mudança po- PROJECTO HABITACIONAL EM VILANCULO
sitiva a nível mundial. Nós criamos condições e possibilitamos indivíduos
e instituições locais a criar elementos-chave de uma sociedade vibrante: CONVITE
educação de qualidade, imprensa independente e comunidades fortes. Para PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA
reforçar estes sectores, o nosso programa de actividades também inclui a
resolução de conitos, tecnologias para o desenvolvimento, questões do
género e a juventude. A Sasol Petroleum Temane (SPT), uma subsidiária da empresa
Sasol Petroleum International (SPI), está a realizar o Processo de
FORMAÇÃO EM GESTÃO DA MÍDIA Avaliação de Impacto Ambiental, Social e na Saúde (AIASS) do
Segunda Edição Projecto Habitacional na Vila Municipal de Vilanculo.
Curso certicado pela Universidade de Rhodes No Âmbito do Processo de Participação Pública durante a fase
(África do Sul) de Avaliação de Impacto, a Consultec gostaria de convidar todas
SOLICITAÇÃO DE CANDIDATURAS as partes interessadas e afectadas a participarem nestas reuniões
públicas, com o objectivo de apresentar os resultados e recolher
O Programa Para Fortalecimento da Mídia em Moçam- os principais comentários e sugestões sobre o Relatório do Estu-
bique é nanciado pelo Governo dos Estados Unidos do Ambiental Simplicado (EAS) e o Projecto em si.
da América, através da sua Agência para o Desenvol- As reuniões propostas terão lugar nas seguintes datas:
vimento Internacional (USAID) e implementado pela
IREX. Em parceria com o Sol Plaatje Institute para Ges- Reunião Pública Reunião Comunitária
tão de Mídia, o programa vai realizar durante 5 dias, de Data: 01 de Outubro de 2013 Data: 02 de Outubro de 2013
6 à 10 de Novembro de 2013, das 8:30hrs às 17:00hrs, Hora: 09:00-12:00 Hora: 09:00-12: 00
uma formação para gestores emergentes no sector da Local: Centro de Conferências Local: Centro de
mídia em Moçambique. O Sol Plaatje Institute (http:// Conferências de Vilanculo
de Vilanculo
spi.ru.ac.za/) faz parte da Escola de Jornalismo e de Es-
tudos de Mídia da Universidade de Rhodes, na África Público-Alvo: Público-Alvo:
do Sul. Público em geral, institui- Residentes do Bairro 19 de
ções governamentais, sec- Outubro com interesses ou
O curso será realizado em Maputo para um total de 15
tor privado, ONGs, OBCs e potencialmente afectados
participantes e será ministrado e certicado pela Uni-
outros pelo projecto
versidade de Rhodes. A participação no curso é gratuita
e os custos de alimentação e de materiais de formação
estão cobertos. Os candidatos de fora de Maputo que
forem seleccionados poderão receber ajudas de custo O Relatório Preliminar do EAS estará disponível para consulta
para transporte e alimentação. pública a partir do dia 19 de Setembro, nos seguintes locais:
• Direcção Provincial para Coordenação da Acção Ambiental
O curso irá focar na aprendizagem activa e na aquisição (DPCA) de Inhambane;
de conhecimentos de gestão e técnicas essenciais que • Conselho Municipal de Vilanculo;
podem ser aplicadas imediatamente em empresas de • Administração do Distrito de Vilanculo;
mídia. • Escritório da Consultec em Maputo.
Para quaisquer questões e esclarecimentos, por favor contactar
Os interessados em concorrer deverão consultar os ter- a CONSULTEC, na pessoa da Sra. Cristina Almeida, através
mos de referência no website www.irex.org.mz e as can- do telefone 21491555, fax: 21491578 ou por e-mail, no endere-
didaturas deverão ser enviadas por email para mapu- ço CAlmeida@consultec.co.mz.
to@irex.org até o dia 30 de Setembro de 2013. Por favor
indicar no Assunto: Formação – Gestores emergentes
da mídia. Para mais informações, contacte a IREX pelo
mesmo endereço electrónico.
Savana 27-09-2013 23
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A IREX é uma ONG internacional sem ns lucrativos que, através da SASOL PETROLEUM TEMANE
liderança e programas inovadores, promove uma duradoira mudança po- PROJECTO HABITACIONAL EM VILANCULO
sitiva a nível mundial. Nós criamos condições e possibilitamos indivíduos
e instituições locais a criar elementos-chave de uma sociedade vibrante: CONVITE
educação de qualidade, imprensa independente e comunidades fortes. Para PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA
reforçar estes sectores, o nosso programa de actividades também inclui a
resolução de conitos, tecnologias para o desenvolvimento, questões do
género e a juventude. A Sasol Petroleum Temane (SPT), uma subsidiária da empresa
Sasol Petroleum International (SPI), está a realizar o Processo de
FORMAÇÃO EM GESTÃO DA MÍDIA Avaliação de Impacto Ambiental, Social e na Saúde (AIASS) do
Segunda Edição Projecto Habitacional na Vila Municipal de Vilanculo.
Curso certicado pela Universidade de Rhodes No Âmbito do Processo de Participação Pública durante a fase
(África do Sul) de Avaliação de Impacto, a Consultec gostaria de convidar todas
SOLICITAÇÃO DE CANDIDATURAS as partes interessadas e afectadas a participarem nestas reuniões
públicas, com o objectivo de apresentar os resultados e recolher
O Programa Para Fortalecimento da Mídia em Moçam- os principais comentários e sugestões sobre o Relatório do Estu-
bique é nanciado pelo Governo dos Estados Unidos do Ambiental Simplicado (EAS) e o Projecto em si.
da América, através da sua Agência para o Desenvol- As reuniões propostas terão lugar nas seguintes datas:
vimento Internacional (USAID) e implementado pela
IREX. Em parceria com o Sol Plaatje Institute para Ges- Reunião Pública Reunião Comunitária
tão de Mídia, o programa vai realizar durante 5 dias, de Data: 01 de Outubro de 2013 Data: 02 de Outubro de 2013
6 à 10 de Novembro de 2013, das 8:30hrs às 17:00hrs, Hora: 09:00-12:00 Hora: 09:00-12: 00
uma formação para gestores emergentes no sector da Local: Centro de Conferências Local: Centro de
mídia em Moçambique. O Sol Plaatje Institute (http:// Conferências de Vilanculo
de Vilanculo
spi.ru.ac.za/) faz parte da Escola de Jornalismo e de Es-
tudos de Mídia da Universidade de Rhodes, na África Público-Alvo: Público-Alvo:
do Sul. Público em geral, institui- Residentes do Bairro 19 de
ções governamentais, sec- Outubro com interesses ou
O curso será realizado em Maputo para um total de 15
tor privado, ONGs, OBCs e potencialmente afectados
participantes e será ministrado e certicado pela Uni-
outros pelo projecto
versidade de Rhodes. A participação no curso é gratuita
e os custos de alimentação e de materiais de formação
estão cobertos. Os candidatos de fora de Maputo que
forem seleccionados poderão receber ajudas de custo O Relatório Preliminar do EAS estará disponível para consulta
para transporte e alimentação. pública a partir do dia 19 de Setembro, nos seguintes locais:
• Direcção Provincial para Coordenação da Acção Ambiental
O curso irá focar na aprendizagem activa e na aquisição (DPCA) de Inhambane;
de conhecimentos de gestão e técnicas essenciais que • Conselho Municipal de Vilanculo;
podem ser aplicadas imediatamente em empresas de • Administração do Distrito de Vilanculo;
mídia. • Escritório da Consultec em Maputo.
Para quaisquer questões e esclarecimentos, por favor contactar
Os interessados em concorrer deverão consultar os ter- a CONSULTEC, na pessoa da Sra. Cristina Almeida, através
mos de referência no website www.irex.org.mz e as can- do telefone 21491555, fax: 21491578 ou por e-mail, no endere-
didaturas deverão ser enviadas por email para mapu- ço CAlmeida@consultec.co.mz.
to@irex.org até o dia 30 de Setembro de 2013. Por favor
indicar no Assunto: Formação – Gestores emergentes
da mídia. Para mais informações, contacte a IREX pelo
mesmo endereço electrónico.
24 Savana 27-09-2013
CULTURA
O
músico Stewart Sukuma
participa esta sexta-feira,
27 de Setembro, no Festi-
val de Jazz de Harare, no
O Cultural Franco Mo-
çambicano acolhe, no
dia 3 de Outubro, as
19h00 o concerto da banda su-
íça Potage du Jour. No centro da
Christoph Baumann, um dos
músicos e compositores suíços
mais omnipresentes, tem firmes
raízes no jazz contemporâneo,
embora, por outro lado, compre-
Zimbabwe, num tributo ao ícone Nova Música Suíça encontra- enda profundamente os estilos
da música zimbabweana, Oliver -se o trio de improvisação suíço como a salsa e a nova música
Mtukudzi. Potage du Jour com a vocalista clássica. O Trio apresentará dois
Franziska Baumann, saxofonista números A[we]-struc[k]-ture
Oliver Mtukudzi que completou Jürg Solothurnmann e o pianis- e Sing You! la-re-ti do com-
no passado dia 22, 61 anos de vida, ta Christoph Baumann. O trio, positor e músico sul-africano
inciou o sua carreira musical no cujos sons ecléticos resultam da Pierre-Henri Wicomb, com
fusão de música clássica, jazz, quem o trio travou conhecimen-
ano de 1977, onde a partir do ano
salsa e electrónica ao vivo, su- to em 2011 durante a residência
seguinte, lançou vários albuns, dos
birá ao palco em Stellenbosch, cultural de Wicomb na Suíça, a
quais destaca-se “África” de 1980,
Joanesburgo, Maputo e Cidade qual contou com o apoio da Pro
relançado também no ano 2000, no do Cabo. A banda, constituída Helvetia.
mesmo ano em que foi lançado o nos finais de 1999, resulta das A[we]-struc[k]-ture é uma
“Neria”. Em 2004, foram lançadas sessões informais ao vivo em peça para conjunto e fita (faixa
duas colectâneas nomeadamemte Banda Nkhuvu e o músico Costa Neto vão actuar na cidade de Quelimane que os sons se fundem, se enca- electrónica pré-gravada), escrita
“Mtukudzi Collection 1991-1997” deiam, justapõem ou se opõem para diferentes configurações
e “Mtukudzi Collection 1984- Para além desta deslocação à ca- sions que vai decorrer de 6 a 9 de de modo a alargar os limites da musicais. Para o conjunto suíço
1991”. pital zimbabweana, o músico des- Outubro, onde vão juntar-se músi- produção musical e da interac- Ums `n` Jip, outro duo suíço
Stewart Sukuma vai neste Festival locar-se-á com a Banda Nkhuvu e cos de vários países africanos. ção. Toda essa invenção respira com o qual Wicomb colaborou
interpretar com Oliver Mtukudzi o o músico Costa Neto à cidade de Ainda no mês de Outubro, o au- através de actos vocais, cânticos, durante a sua estada na Suíça,
tema “Hear me Lord”, num evento Quelimane no próximo dia 3 de tor de “Xitchuqueta Marrabenta” ritmos pulsantes, cascatas de esta peça musical foi concebida
para onde estão tambem convida- Outubro, para uma actuação alusi- irá, junto com a banda Nkhuvu, sons, reverberações, clipes meló- estritamente para contralto e te-
dos músicos como Hugh Masekela, va ao dia da PAZ que se celebra a 4 representar Moçambique em Ma- dicos e sons não ortodoxos. nor. A segunda versão, reescrita
Judith Sephuma, Dudu Manhenga, de Outubro, seguindo-se uma ida a cau no Festival da CPLP, que vai para obedecer à abordagem de
Steve Dyer, Albert Nyathi, Mary Cidade do Cabo, na África do Sul decorrer de 28 Outubro a 4 de Como vocalista Franziska Bau- livre improvisação do conjunto
Bell entre outros. para participar no City Hall Ses- Novembro. mann explora a voz humana Potage du Jour, é escrita mais
como um instrumento multifa- no estilo de ‘partitura aberta’,
cetado enquanto vai expandindo sem compassos ou notas espe-
as fronteiras tradicionais. Nas cíficas. Sing You! la-re-ti é uma
suas actuações, ela procura ex- peça musical para voz, saxofone,
de reuniões. Lareira Artes ganhou o único pré- bicano a vencer o prémio Festlip.
mio do festival com a obra “Cinzas Nesta edição, para além de Mo-
O grupo moçambicano de Teatro Sobre as Mãos” do Escritor Fran- çambique participaram no festival
Lareira Artes, vencedor do prémio cês Laurent Gaudé, com encenação artistas de Angola, Cabo-verde,
Revelação do Festlip-Festival In- feita por Eliot Alex e no papel de Brasil, Guiné-Bissau, São Tomé e
Príncipe e Galiza.
Lareira Artes é um grupo moçam-
artes em Maputo
Trio suíço pretende gravar o seu disco próximo ano
cionais. A.S
“Ora bolas”
e há uns tempos para cá perdi por completo a pista da Rosa Langa.
se
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IMAGEM DA SEMANA
...D
se
i z-
D
• Agora que a tv dos milagres, o canal de maior audiência em Mo-
çambique, também já caiu na esfera da estratégia do homem que
fala no lugar do chefe, discute-se acaloradamente nos meios in-
telectuais urbanos, os tais círculos que dão as dores de cabeça ao
chefão, qual será o próximo jornal a cair na “estratégia da aranha”
? No “facebook” já andam premonições …
• A vida não está fácil para a malta do puto Daviz. Na terra da go-
vernadora candidata a phd, continua a caça às bandeiras do galo,
como se a festa do início da luta de libertação seja propriedade de
um só partido. Está cada vez próximo o ditado que diz que quem
com ferro mata … com ferro morre.
O
Comando provincial da à morte”, disse um agente, que pediu de Suleimane Tajú), não terá encontra- oito “raptores” em julgamento cujo nome lembra o antigo boss do
PRM (Polícia da Repú- anonimato. do o produto furtado. “Lançou a culpa FMI disse que o “menino das quantias irrisórias” fornecia cimen-
blica de Moçambique) em para os dois jovens, nomeadamente o to a muitos revendedores na capital e seus arredores. Resta saber
Inhambane está no encalço
Combustível roubado na falecido e o Momad Abú. Este último se se tratava do cimento de construção ou de um produto mais
de Cândido Orlando Macanza, militar
retaguarda do crime quase que perdia a vida também devido pesado.
O incidente ocorreu na última sexta-
afecto ao Centro Oficinal da Maxixe ao espancamento”, precisou Massihun-
-feira e o corpo sem vida foi descoberto
suspeito de ter espancado, até à mor- de • Em sessões de audiência de julgamento é normal o juiz da causa
dias depois. No entanto, Massihunde
te, Suleimane Aly Tajú. O acto que indeferir, com ou sem mérito, um requerimento das partes, pelo
Tajú, irmão mais velho da vítima mor-
comoveu os munícipes da Maxixe e
tal, explicou ao SAVANA que Manito
Problemáticos militares! que causou estranheza a insinuação mediática segundo a qual a
desencadeou uma onda de contestação Esta não é a primeira vez que militares
como era carinhosamente tratado, per- representante do MP ficou humilhada com a objecção do seu pe-
popular contra a actuação de alguns afectos na cidade da Maxixe envolvem-
deu a vida na sequência dos espanca- dido ao tribunal para que este ordenasse a retirada da sala do ad-
membros das FADM (Forças Armadas -se em assassinatos. Num passado não
mentos a que foi submetido. vogado do, de novo, “menino das quantias irrisórias”. De irrisório,
de Defesa de Moçambique) ocorreu na muito distante, espancaram até à morte
No dia posterior ao espancamento, ex- o “menino” que sonha com uma liberdade condicional só pode ter
noite de sexta-feira da semana passada, um cidadão que em vida respondia pelo
plica Tajú, o militar agora foragido foi mesmo a alcunha.
no bairro Chambone 5, concretamente cognome de Chiquinho. A operação
deixar um refrigerante no quarto do
na residência do malogrado. Suleimane malogrado. decorreu no bairro Chambone 6.
Tajú foi a enterrar esta segunda-feira, “Mas o meu irmão já tinha perdido a O caso foi largamente mediatizado de- • E por falar da liberdade condicional, as más línguas dizem, com
no cemitério muçulmano do municí- vida. Mesmo os vizinhos podem teste- vido à crueldade com que foi tratada a alguma preocupação, que o juiz da décima secção que despro-
pio da Maxixe, a capital económica de munhar”, assinalou. A fonte lamentou vítima. “Temos colegas que são delin- nunciou o “menino das quantias irrisórias” é o mesmo que deverá
Inhambane. o sucedido pedindo que seja feita a quentes de difícil correção”, admitiu um decidir se dá ou não liberdade condicional. Parecem criadas as
justiça. oficial. balizas para a decisão que, a ser favorável, merecerá um contesta-
Neste momento, o membro das FADM Ao que o SAVANA apurou, o militar Ainda relacionado com a problemática mento dos homens que habitam o majestoso edifício da Vladimir
está em parte incerta, mas Delcir Mari- em causa teria furtado 40 litros de gaso- actuação dos militares, Júlio de Amaral,
Lenine. E com razão, diga-se…
quel, do Comando provincial da PRM lina pertencente a instituição ao Centro um docente de nível superior, também
disse que a corporação já está no encal- Ofinal da Maxixe. Naquele centro, lo- foi vítima de um espancamento que
ço do foragido. “Estamos à procura do o levou a perder sentidos. Na ocasião, • No seu discurso desta terça-feira, na Assembleia Geral das Na-
calizado no centro da cidade, as viaturas
militar envolvido. Ele deve responder ficou sem dinheiro, telefone e outros ções Unidas, o Presidente Guebuza disse que as 5ª eleições gerais
são abastecidas manualmente, pois as
pelos seus actos. A Polícia já canalizou bombas funcionam com grande defi- bens. Fernando Muzime, outro docen- em Moçambique serão em 2015. Como não se corrigiu, e quem
o expediente ao Ministério Público ciência. A situação facilita o desvio de te, teve a mesma sorte, mas os aconteci- também fala por ele não disse nada, ficámos a saber de algo que
para o devido procedimento criminal”, combustível por parte dos militares ali mentos deram-se em locais separados. está a ser cozinhado em segredo, e que só se tornou público inad-
precisou Delcir Mariquel, em breves afectos. Os militares envolvidos na agressão vertidamente, porque nem sempre se consegue reprimir o sub-
declarações ao SAVANA. Depois de subtrair ilicitamente os 40 física a Júlio Amaral foram julgados e -consciente.
Curiosamente, no processo número 77- litros de gasolina, Macanza foi escon- condenados pelo Tribunal Judicial da
013, Cândido Macanza é acusado de der o produto residência da vítima, que Cidade da Maxixe.
prática do crime de ofensas corporais vivia sozinha. Para além de agressões, são frequentes
Em voz baixa
voluntárias qualificadas. No entanto, “Isto aconteceu sem o consentimento relatos de violação sexual de mulhe- • O azar do Grupo Shoprite com a Inspecção das Actividades Eco-
algumas fontes próximas da corpora- do meu irmão”, descreve o mais velho res nos arredores do Centro Oficinal. nómicas com produtos fora do prazo parece da mesma dimensão
ção entendem que a melhor tipificação do perecido. Conta-se que durante a calada da noite, da sorte dos laboratórios de análises clínicas com reagentes fora
criminal seria homicídio voluntário Quando o militar retorna ao local onde alguns militares interpelam e abusam do prazo.
qualificado. “A vítima foi espancada até tinha deixado o combustível (residência mulheres que passam pelo local.
Savana 27-09-2013
EVENTOS EVENTOS
EVENTOS
Maputo, 27 de Setembro de 2013 • ANO XX • No 1029
Urgel Matula
bique e saber que, depois de tantos com uma técnica impecável”, e as-
anos de carreira, ainda cria curiosi- sim foi a sua presença única no seu
dade nos fãs, e que é bastante pro- primeiro concerto em Moçambique.
curado em países que nem o próprio A oportunidade foi também apro-
imagina que tenha presença. priada para o saxofonista moçam-
O seu concerto, patrocinado pela bicano Timóteo Cuhle, que abriu o mais o entretenimento moçambica- dacom, disse na ocasião que o con- Dezembro próximo teremos um le-
rede de telefonia móvel Vodacom, show de Earl Klugh, com parte de no, com oferta de concertos alterna- certo fazia parte das comemorações que de concertos patrocinados pela
foi bastante concorrido por boa par- suas composições. tivos para grupos restritos que não dos 10 anos da Vodacom, assinala- Vodacom, onde vamos procurar sa-
te dos maputenses de classe média- Para a Vodacom, grande patrocina- encontram no país casas de jazz para dos recentemente e que “esta é uma tisfazer a todos os clientes com di-
-alta, que não se fizeram de rogados dora do evento, trazer Earl Klugh a satisfazer os seus ouvidos. Cláudia oportunidade para agradecermos ferentes atracções internacionais e
em estar presentes naquele que foi Moçambique é enriquecer cada vez Chirindza, em representação da Vo- os nossos milhões de clientes. Até nacionais”. Edson Bernardo
MUNICÍPIO DE MAPUTO
CONSELHO MUNICIPAL
PELOURO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
DIRECÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
No intuito de desenvolver o gosto pela literatura e pela escrita, o tregues na sede da AEMO, em quatro exemplares, com trata-
Conselho Municipal de Maputo (CMM) e a Associação dos Escri- mento do texto em tamanho A4, a espaço simples e fonte 12, com
tores Moçambicanos (AEMO) instituem o “Prémio Literário 10 de um mínimo de 30 paginas e um máximo de 50, até ao dia 20 de
Novembro” homenageando deste modo o dia da Cidade de Maputo. Outubro do ano em curso.
O Prémio tem periodicidade anual, tendo sido a primeira edição em 2. No acto da entrega dos trabalhos, os autores receberão um com-
2005, de acordo com o memorando de entendimento celebrado en- provativo do depósito da obra.
tre o Conselho Municipal de Maputo e a Associação dos Escritores
Moçambicanos, que faz parte integrante do presente Regulamento, Artº8
que estabelece as normas reguladoras do Prémio Literário 10 de (Confidencialidade dos Concorrentes)
Novembro, conforme o articulado seguinte. Os concorrentes devem apresentarem-se ao concurso sob pseudó-
nimo, devendo juntar ao processo a sua identidade civil e morada,
Artº1 dentro de um envelope fechado e devidamente assinalado no exte-
(Definição) rior com a inscrição de “Prêmio Literário 10 de Novembro”, seguida
O Prémio Literário 10 de Novembro foi instituido em valor mone- do pseudónimo pessoal.
tário, atribuido a um escritor (a) vencedor (a), com o fito de incenti-
var e consolidar hábitos de leitura e de escrita, promover e valorizar Artº9
a literatura moçambicana. (Prazo)
O resultado do concurso será divulgado publicamente no dia 10 de
Artº2 Novembro, dia da Cidade de Maputo.
(Condições de Admissão)
Podem concorrer ao prémio, escritores nacionais com ou sem Artº10
livro(s) publicado(s), residentes na Cidade de Maputo. (Edição do título vencedor)
O CMM e a AEMO poderão editar a obra vencedora, por sua pró-
pria iniciativa, ou cedendo-a á alguma instituição interessada, me-
diante acordo, ou ao próprio autor, desde que salvaguardado o pres-
Artº3 tígio do prémio, pelo que não haverá lugar a vencedores ex-aequo.
(Publicidade do Concurso)
O anúncio do concurso de cada edição será feito através dos órgãos Artº11
de comunicação social. (Lançamento da Obra)
A obra a publicar, no âmbito deste prémio literário, será lançada no
Artº4 ano imediatamente posterior ao ano de concurso, em data coinci-
(Natureza dos trabalhos) dente com a celebração do Dia Mundial do Livro.
1. Os géneros literários elegíveis para efeitos do concurso são: a po-
esia e a prosa, em regime alternado anual. Artº12
2. A edição de 2013 é consagrada à prosa. (Constituição do Juri)
O Juri do “Prémio Literário 10 de Novembro” é composto por três
Artº5 personalidades de reconhecido mérito, dos quais dois indicados pela
(Qualidade) AEMO e um indicado pelo CMM.
1. São admitidos ao concurso, trabalhos e não publicados, escri-
tos em português e submetidos aos critérios técnico-literários de Art13
cada uma das edições. (Forma de Deliberação)
2. Serão liminarmente excluidos os que violarem no todo ou em O Juri delibera por maioria simples, e do resultado do concurso será
parte as normas do presente Regulamento. lavrada uma acta, mesmo que não seja apurado o vencedor por ma-
nifesta falta de qualidade literária dos trabalhos apreciados.
Artº6
(Valor Pecuniário) Artº14
(Recurso)
O Prémio Literário 10 de Novembro tem o valor monetário de Da decisão do juri não cabe recurso
100.000.00 MT (Cem mil meticais) e será entregue ao vencedor
em cerimónia pública, no dia 10 de Novembro de cada ano.
Artº7 Artº15
(Critérios da edição) (Entrada em Vigor)
1. Para a edição de 2011, os trabalhos concorrentes deverão ser en- O presente Regulamento entra imediatamente em vigor.
Savana 27-09-2013
EVENTOS EVENTOS 3
expandir,
recente-
mente que vai
continente africano, os
seus serviços, na indús-
no
tria de equipamentos
médicos, através do pro-
jecto “Samsung Health
& Medical Equipment”,
que incorpora a radio-
grafia digital, diagnóstico
“in vitro” e ultra-som.
A de Seguros (EMOSE)
lançou desde o último
dia 23 do corrente mês
uma Oferta Pública de Venda
(OPV) de 10 por cento das suas
A
agência de publi-
cidade GOLO foi
premiada recente-
mente na Cidade do
Cabo, África do Sul, no mais
importante festival interna-
de criação da Agência mo-
çambicana GOLO, disse na
ocasião que esta premiação é
importante para sua agência,
assim como também para o
acções. A OPV é direccionada a país dado o elevado critério
cional de publicidade do con- de julgamento e a enorme
pessoas individuais e colectivas
tinente africano, Os Loerie competitividade do festi-
de direito moçambicano, que es-
Awards. A mesma, que foi a val em causa. “Participaram
tejam interessados em fazer parte
única agência moçambicana agências da África do Sul,
da maior e mais antiga compa-
a ser premiada, conquistou de toda a África e do Mé-
nhia de seguros em Moçambique. 10 por cento das acções da EMOSE em hasta pública
duas medalhas de bronze nas dio Oriente e esta premiação
que tiverem pelo menos mil ac- ra social da EMOSE, reduzindo categorias de “Campanha In- prestigia o nome de Mo-
Em conferência de imprensa na ções averbadas ao seu nome, ou a participação deste para 39 por tegrada” e “Televisão”. çambique e da criatividade
semana finda, a EMOSE anun- um grupo de accionistas que se cento. Ainda assim, o estado mo- Thiago Fonseca, Director moçambicana”, disse.
ciou que até 14 de Outubro terá agrupem de forma a completar çambicano continua o accionista
disponível no mercado nacional esse número. maioritário da EMOSE, tendo
um total de 15.700.000 acções O objecto desta Oferta Públi- o Instituto de Gestão de Partici-
ordinárias, correspondente a 10
por cento das suas acções. As
mesmas, que estão a venda pelo
preço unitário de 20 Meticais,
ca de Venda é a alienação de
15.700.000 acções ordinárias,
nominativas e escriturais, perten-
pações de Estado (IGEPE) um
total de 31 por cento das acções,
e a Cooperativa de Gestores Téc-
Millennium bim - O
centes ao estado moçambicano, nicos e Trabalhadores daquela
darão a oportunidade de voto nas
assembleias gerais aos titulares
que são parte dos 49 por cento
detidos pelo Estado na estrutu-
instituição (GETCOOP) com
20 por cento das acções. Edson
Bernardo
Melhor banco de
Moçambique
mCel assina acordo com FMB publicação internacio- financeiro e económico, contri-