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ELETRÔNICA DE POTÊNCIA II

AULA 8 – CONVERSORES
ISOLADOS - CONVERSOR FORWARD

Prof. Marcio Kimpara

UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul


FAENG – Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia
Conversores CC – CC Isolados
Até o momentos estudamos conversores contendo apenas indutor, capacitor
chave e diodo...  Conversores CC-CC não isolados
A classe dos conversores CC-CC isolados incluem o uso de um transformador

Porque usar transformador?


• Separação de circuito por isolamento
possibilitando referências distintas;
• Segurança*;
• Adequação de tensão/corrente;
• Possibilitar múltiplas saídas isoladas

* Quando a entrada do conversor é conectada à rede, a isolação poderia ser obtida


utilizando um transformador de baixa frequência (60Hz), contudo o volume e peso destes
transformadores seriam elevados, o que significa que pode-se obter melhorias se o
transformador for incorporado ao conversor.

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Conversor Buck  Conversor Forward

O conversor forward é derivado do conversor buck, com a adição do


transformador e de outro diodo no circuito de saída.

• É quase sempre usado no modo de condução contínua, já que nesta


condição os picos de corrente no primário e no secundário são menores,
assim como a variação da tensão de saída do conversor.

• Existe uma pequena energia magnetizante que circula pelo núcleo, que deve
ser retirada a cada ciclo. Isto faz com que haja necessidade de um
enrolamento auxiliar no transformador para garantir a desmagnetização.

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Conversor Forward – Circuito básico
Circuito Buck
NP:NS D1 L

Vcc

LOAD
D2 C

Sinal gate Chave

No conversor Forward o primário do transformador é conectado em série com a chave S.


O secundário é conectado ao filtro LC de saída, onde o diodo D2 opera como roda-livre
(free-wheeling) como no conversor buck. Um diodo secundário D1 é inserido para evitar
uma corrente negativa no secundário do transformador.

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Simplificações para análise

Na análise que se segue, assume-se:

• Semicondutores ideais (durante a condução a queda de tensão na


chave e no diodo são desprezadas, assim como os tempos de subida e
descida)
• As tensões de entrada e saída são consideradas constantes (livres de
ondulações)
• O transformador é considerado ideal (sem perdas, sem corrente de
magnetização e sem fluxo disperso)
• Os filtros L e C são considerados sem perdas

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Etapas de Operação – 1ª Etapa
Esta etapa tem inicio quando a chave S é ligada (entra em condução). A tensão
de entrada é conectada ao enrolamento primário. Ambos, primário e
secundário começam a conduzir simultaneamente. A relação entre as correntes
e tensão dos enrolamentos primário e secundário é dada pela relação de
espiras (NP / NS), como num transformador ideal. Com a chave fechada o diodo
D1, no lado secundário, fica diretamente polarizado e a tensão de entrada,
proporcional à relação de transformação, é aplicada no secundário. O diodo D2
está reversamente polarizado e não conduz nesta etapa.

NP:NS D1 L

Vcc

LOAD
D2 C Circuito
equivalente
IS(t) L
Chave
Fechada NS
VCC 

LOAD
NP
C

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Etapas de Operação – 2ª Etapa
Quando a chave S é desligada (deixa de conduzir), as correntes nos
enrolamentos primário e secundário do transformador decaem a zero. O
indutor (L) no secundário mantém uma corrente contínua através do diodo
de roda livre D2. O diodo D1 permanece desligado durante este modo e isola a
sessão de saída do circuito com o transformador e a entrada.

NP:NS L
D1

Vcc

LOAD
D2 C
Circuito
equivalente
Chave
Aberta
L

LOAD
C

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Relação entre tensão de saída e entrada

Tensão no indutor Balanço volts.segundos ( VL _ méd  0 )


NS
Modo 1  VL  .VCC  Vo  NS 
NP  .VCC  Vo .D.TS   Vo 
. 1  D .TS   0
 NP 
Modo 2  VL  Vo
NS
Vo  .VCC .D
NP

• A relação acima é válida somente assumindo uma corrente não descontínua


do indutor (modo de condução contínuo).
• Para um circuito projetado de forma errada (cálculo do indutor) ou sob carga
muito baixa, a corrente do indutor decresce à zero resultando numa corrente
descontínua (modo de condução descontínuo)
• No modo de condução descontínuo a relação entre a tensão de saída e o duty
cicle se torna não linear e dependente da carga.
• Para melhor controle da tensão de saída, o modo de descontínuo é
geralmente evitado.

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CONVERSOR FORWARD REAL
Na prática…
Na prática sabemos que as não idealidades dos componentes filtros e
semicondutores (assumidos ideais até este instante) resultarão em maiores
perdas.

Contudo, a não idealidade do transformador NÃO pode ser negligenciada... É


preciso desmagnetizar o transformador

NT:NP:NS D1 L

Vcc

LOAD
D2 C

D3 Chave Existem outras formas


de desmagnetizar o
transformador. Esta é a
Enrolamento de desmagnetização (terciário) maneira mais clássica.

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Operação do conversor
A corrente de magnetização do transformador deve ser zerada durante o tempo
em que a chave está desligada. Considere o circuito abaixo, onde o transformador
foi substituído por um circuito equivalente contendo a indutância de
magnetização. N1:N3:N2 L D1

Vin C
D2 Vo

S
D3

N1:N3:N2 D1 L

A indutância de magnetização
(LM)  deve operar no modo Vin C
LM D2 Vo
descontínuo.

Indutor de saída (L)  pode


operar tanto em modo de S
condução contínuo quanto D3
descontínuo

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Corrente de magnetização
I M (t )

Com Desmagnetização

t
D.T S D2 .TS D3.TS
TS

I M (t )

Sem desmagnetização
adequada  saturação

2TS t
D.T S D2 .TS

TS
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Operação do conversor – reg. permanente
Durante cada período de chaveamento ocorrem 3 subintervalos:

1º Subintervalo: o interruptor controlado encontra-se em condução. A tensão de


entrada é aplicada ao enrolamento primário do transformador, a corrente de
magnetização cresce com taxa dada por Vin/LM . Os diodos D2 e D3 se encontram
reversamente polarizados. Uma tensão proporcional à de entrada aparece no
secundário, D1 fica diretamente polarizado e ocorre a carga linear do indutor L e
transferência de energia para a carga.
N1:N3:N2 D1_on L

Vin C
LM D2_off Vo

S_on D3_off

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Operação do conversor – reg. permanente
I L  Io
1º Subintervalo Iin L
N1:N3:N2 D1_on
Equações
IM I2 IL Io
Vin I1 C
LM D2_off Vo
I in  I1  I M
 N2 
I in   .I o   I M
 N1  D3_off
S_on VS  VD1  0
N2
VD 2  Vin 
Corrente do secundário fluindo “para fora do ponto”  N1
corrente do primário fluindo “para dentro do ponto”  N 
VD 3  Vin  Vin  3 
N1.I1  N 3 .I 3  N 2 .I 2  0  N1 

ZERO V1 ( primário)  Vin
N I2  Io Corrente de carga
I1  2 .I 2 Positivo em relação
N1 refletida ao primário ao ponto
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Operação do conversor – reg. permanente
2º Subintervalo: tem início quando a chave S é desligada. A corrente de
magnetização do transformador é positiva neste instante e deve continuar
fluindo. Com a chave interrompida esta corrente deve fluir por um dos outros
enrolamentos.

A corrente IM flui no sentido mostrado


N1 : N3 : N2
na figura ao lado, ou seja “saí pelo
ponto” do enrolamento 1. Com isso,
esta corrente deve “entrar pelo ponto”
LM IM de um dos outros dois enrolamentos.

A corrente não pode entrar pelo ponto


do enrolamento 2, pois o diodo D1 não
permite a passagem da corrente. Desta
forma, o único caminho é pelo
enrolamento 3.

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Operação do conversor – reg. permanente
2º Subintervalo: Ainda neste subintervalo, D2 entra em condução permitindo que
a corrente do indutor de saída L flua pelo circuito.

N1:N3:N2 D1_off L

Vin IL
C
LM D2_on Vo

I3
S_off
D3_on  N1 
I 3  I M  
 N3 

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Operação do conversor – reg. permanente
3º subintervalo: o diodo D3 bloqueia ao anular a corrente de desmagnetização.
Se o conversor estiver operando em condução contínua, a energia acumulada
no indutor de saída L continua circulando pelo diodo D2 até o novo
acionamento do interruptor “S”

N1:N3:N2 D1_off L

Vin IL
C
LM D2_on Vo

S_off D3_off

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Formas de Onda Conversor
ID2 (t)
Forward - Correntes

I L (t )
I L _ máx t
I L I D3 (t )
I L _ mín

t
IM (t) t
IM_máx I S (t )

t
I D1 (t )
D.TS t
D2.TS

TS D3.TS
t
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Formas de Onda V1 (t )
Vin
Conversor Forward - Tensões
0
VD3 (t) t
0 N 
  1 Vin
Vin  N3 
t
 N
VS (t) Vin1 1 
 N  N3 
Vin1 3  Vin
 N1 
0

 N2 
t
VD2 (t)  Vin
 N1 

0 0

D.TS t
D2.TS
TS D3.TS
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Balanço Volts-Segundos na indutância de magnetização
V1 (t )   N1  
V1_ m éd  D.Vin   D2 .  Vin     D3 .0  0

Vin  N 
 3 
N3
0 Resolvendo para D2 D2  D
N1
t
 N1  D3 não pode ser negativo (para
  Vin
 N3  garantir a desmagnetização).

IM (t) Tem-se ainda: D3  1  D  D2


V in  N V
  1  in
LM  N3  LM Assim: D3  1  D  D2  0
 N3 
0 D3  1  D1    0
 N1 
D.TS t 1
Resolvendo para D D
D2.TS  N3 
TS D3.TS 1   
 N1 
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Projeto
Dimensionar semicondutores e elementos passivos
para tolerar a pior situação de trabalho, especificações
de projeto com menor custo.

Interruptor: Máxima tensão de bloqueio, corrente máxima e


perdas térmicas;
Diodos: Máxima tensão reversa, corrente direta máxima e
perdas térmicas;
Capacitor: capacitância, tensão máxima, corrente;
Indutor: Indutância, corrente máxima;
Transformador: relação de transformação, tamanho núcleo,
correntes no primário e secundário

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Projeto do Transformador
A seleção das relações entre os enrolamentos um fator de projeto crucial.

 A relação entre os enrolamentos primário e secundário é definida através da


relação entrada e saída, obtida no slide 8.

A partir da tensão de saída requerida, a relação Ns/Np


N2
Vo  .Vin .Dmáx (ou N2/N1) é encontrada considerando o valor mínimo
N1 da tensão de entrada e o valor máximo permitido para
o duty cicle D.

 A relação entre os enrolamentos primário e terciário é definida através da


relação encontrada no slide anterior.

O máximo valor para o duty cicle D é definido de acordo


1
D com a relação entre os enrolamentos primário e terciário. A
 N3  escolha desta relação é governada pelo esforço de tensão
1    sobre a chave. Se N3 for elevado, a tensão sobre a chave
 N1  reduz, porém o máximo duty cicle diminui, ao passo que a
tensão sobre o diodo D3 aumenta.

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EXEMPLO
a) Se a relação entre os enrolamentos primário e terciário do
transformador de um conversor forward for de 1:2, qual é o
máximo duty cicle que o conversor pode ser operado?
Resp: 1/3

b) Com o duty cicle do item (a), qual deve ser a relação entre os
enrolamentos secundário e primário se a tensão de entrada CC
vale 400V e a tensão de saída requerida é de 15V?
Resp: 9/80

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Projeto do Transformador
Núcleo tipo EE Tensão induzida
d 
v(t )  N N
dt t

No primário:

Vin  N P
t
  B. Ae

B. Ae Ae 
Vin .Dm áx
Vin  N P .
t N P . f S .Bm áx
t  ton  D.T

Curva de
magnetização

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Projeto do Transformador
Densidade de corrente (J):

N .I eficaz kW  fator de ocupação


J m áx 
AP da janela. Geralmente
adota-se 70%
AP  kW . AW

N P .I Peficaz Vin .Dm áx


AW  Ae 
J máx.kW N P . f S .Bm áx

Vin .Dmáx.I Peficaz


Ae . AW 
f S .Bmáx.J máx.kW

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Projeto do Transformador
Condutores:

Seção (S) para condução da I


corrente do enrolamento: S fio 
J m áx

7. 5
Efeito pelicular (ou efeito skin): 
fS

Scond fio litz


Condutores em paralelo (fio litz): ncondutores 
S skin
Sskin  área do condutor cujo
diâmetro é limitado pelo valor 2∆

Possibilidade de execução:
Caso contrário,
AWmín 
N .ncondutores.S fio AWmín  AWnúcleo aumenta-se o
kW núcleo

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Dimensionamento L A corrente no indutor durante um ciclo
de chaveamento é mostrada ao lado.
Como dito anteriormente, o valor
I L (t )
médio (dc) da corrente do indutor é
I L _ máx igual ao valor da corrente de carga,
I L enquanto que o capacitor supre o ripple
I L _ mín de corrente (ac). Para uma relação
linear entre a tensão de saída e o duty
t cicle, a corrente no indutor precisa ser
contínua. Caso a corrente no indutor se
Durante a primeira etapa: torne discontinua, a linearidade entre o
I L duty cicle e a tensão de saída, será
VL  L perdida.
t  
N2 

Vin . 
  Vo 
VL  N1   .DT
I L  .ton  I L  S
L L
 N2  
N2 Vin . .1  D .D
Vo  Vin . .D   N1  
N1 L
f S .I L

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Dimensionamento C

I L
Cmin 
2 . f S .VC

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Esforços de corrente nos semicondutores

 N2 
I S _ m éd  I o . .D  I M _ m éd
 N1 

I D1_ méd  I o .D

I D 2 _ méd  I o .1  D

* Observar estas grandezas no datasheet do componente que se


pretende adotar.

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Características

• Derivado do conversor Buck

• Conversor isolado por transformador

• O valor máximo do duty cicle é limitado

• A corrente de magnetização do transformador é zerada


durante o tempo em que a chave está desligada

• Versões utilizando uma única chave (semicondutor


controlado) ou versões com 2 chaves

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