Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Origem do Direito
O direito como ordem social emerge da sociedade e ganha propriedade como uma ciência
autônoma.
O direito é visto uma instituição social e, sendo assim, como “um fenômeno cultural constituído
pela linguagem. Por isso, é que Hart, desde a linguística, pretende privilegiar o uso da
linguagem normativa como o segredo para que se compreenda a normatividade do direito”
Para Kelsen o Direito é autônomo e a validade de suas normas nada têm a ver com as regras
morais. Argumenta Kelsen que, ao se estar diante de um determinado Direito Positivo, deve-se
dizer que este pode ser um direito moral ou imoral. Assim, um direito positivo sempre pode
contrariar algum mandamento de justiça e nem por isso deixa de ser válido. Assim, segundo o
autor, não cabe à ciência jurídica dizer se uma norma é ou não justa, ou se é ou não obedecida,
mas sim se é válida formalmente, se tem vigência.
Eu confio ao interprete, ele é que irá decidir de forma discricionária. Trabalham em uma
dimensão junto com a moral para fazer um controle da arbitrariedade da escolha discricionária
de forma a tornar menor possível a discricionariedade.
Segundo Alexy, "em um grande número de casos, a decisão jurídica que põe fim a uma disputa
judicial, expressa em um enunciado normativo singular, não se segue logicamente das
formulações das normas jurídicas vigentes." Isso significa dizer: a par das decisões que têm por
fundamento claro dispositivo legal, verifica-se, não raramente, decidendum cuja ratio se
encontra externa ao ordenamento jurídico.
Direito como argumentação: A partir da consciência de que “a lógica formal é insuficiente para
a justificação de enunciados jurídicos” nasce a Teoria da Argumentação Jurídica de Alexy que
intenta minimizar a subjetividade das interpretações a serem procedidas pelos aplicadores do
Direito.
Enfoque
Justificativa
Sistema jurídico (formal) – 90% dos casos
↓
Fontes
↓
Pretensão de correção - justiça (casos mais complexos)
Origem
(b) Todas as normas jurídicas tem sua origem numa fonte (fato ou ato jurídico);
(c) Todo o fato ou ato jurídico só é assim considerado em razão de uma norma jurídica;
(d) A origem das fontes permite distinguir entre normas jurídicas e normas não jurídicas.
II. As fontes na perspectiva do caso (âmbito material) → as fontes como normas jurídicas vistas
por sua origem
(a) Estudo do conjunto de fatores que interferem na formulação das regras que embasam uma
decisão;
(b) Atos e fatos jurídicos e a determinação de sua relevância ou necessidade para o caso;
Já na perspectiva do caso (âmbito material), as fontes são vistas como normas jurídicas vistas
por sua origem. Nessa perspectiva, estuda-se o conjunto de fatores que interferem na
formulação das regras que embasam uma decisão, atos e fatos jurídicos e a determinação de
sua relevância ou necessidade para o caso. Por esse enfoque o conjunto de normas não possui
determinação em abstrato.
As fontes na perspectiva do caso são razões que são relevantes para decidir um caso, testados,
inclusive, sob o ponto de vista da moral. Assim eu crio uma regra para o caso, que além de
fazer coisa julgada, tem uma perspectiva institucional, uma vez que cria jurisprudência.
Direito como prática e a doutrina das fontes
Origem das normas → doutrina das fontes desde o sistema apresenta uma resposta potente
ao problema da identificação do Direito.
Ausência de resposta pelo sistema e racionalidade: As fontes como razões relevantes que o
intérprete apresenta em favor da decisão considerada correta.
(I) Norma jurídica e fontes-ato → as normas jurídicas têm origem a partir de atos jurídicos de
procedimento. Regras de competência legitimam e confere autoridade à norma (somado a um
aspecto de eficácia geral)
(II) Costume e fontes-fato → regra constitutiva estabelece que se ocorre um certo estado de
coisas X então se produz um resultado institucional
Mesmo para os positivistas os costumes são fontes que surgem de uma realidade social. Um
certo estado de coisas produz um resultado institucional.
Ex: Tomates Cica – caso em que houve a quebra de expectativa de um direito gerando fonte
própria do direito.
Qual é a ideia de costume? O artigo 187 do CC diz de forma inovadora em relação a outros
ordenamentos, que pode haver ilícito sem culpa e sem danos. O ilícito como fonte do direito
agora é
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes.
Habito ou Costume?
Institucionalização - costume - Como nós trabalhamos uma determinada situação fatia poderá
ter-se um ilícito civil. Não há m momento que crie uma norma jurídica institucional. Não damos
relevância para um costume a partir da ideia de boa fé e chegamos ao um ilícito civil.
Aqui eu não vejo o direito sobre essa perspectiva positivista, parte de uma visão mais ampla,
porque reconhecemos conexão entre direito e moral.
- Precedente (common law): (a) declarar e aplicar o precedente (declare); (b) distinguir o caso
no que é próprio (distinguish); (c) anular o precedente hierarquicamente mal aplicado
(overrule)
- Jurisprudência (civil law): (a) incorporação do Direito por reiteração de decisões (ideia de
standard jurídico); (b) relevância à hierarquia institucional (decisões colegiadas e duplo grau de
jurisdição); (c) repercussão geral e vinculação (casos destacados e princípio de igualdade e
segurança jurídica).
Jurisprudência.
- Conjunto de decisões no civil law
- Dimensão prospectiva
- Institucional
↓ ↓
Lei Costume
(VII) Princípios gerais do Direito → geralmente tratado como fonte autônoma (Lei de
Introdução). Ambiguidade.
EX: contratos de veículos importados após a alta do dólar (1,25 passu a 1,85)
Para que eu possa falar em autonomia e em boa-fé eu preciso descer ao caso concreto.
- Contratos princípios
Robert Alexi - partimos da ideia que se as fontes do direito partem de um método jurídico,
esse método tem a fundo um princípio que é a pretensão de correção. E tenho por finalidade
evitar a discricionariedade da decisão. Eu não quero uma decisão que está na cabeça do juiz.
Busca-se a segurança jurídica (as regras do jogo têm que ser iguais) e atender as peculiaridades
do caso (se eu vou ser tratado com coerência, e sem contradição).
Princípio da proporcionalidade art. 187 CC – o método jurídico é relevante para tentar chegar a
solução correta, a que nós vamos encontrar é a correta para o caso, mas antes eu tenho que
testar verificar as várias possibilidades testando a coerência e a proporcionalidade. Em uma
perspectiva de correção - evitar a discricionariedade.
Regras da argumentação
(Principio)
• Adequação
• Proporcionalidade (estrita) testa-se aqui a proporcionalidade.
• Necessidade
Analizar una sentencia, del año de 2008, del Tribunal Constitucional de Colombia sobre el
problema de la interpretación en materia jurídica. E más: en vista del art. del Código Penal
colombiano, para casos de prevaricato, establecer la responsabilidad penal para aquellos que
tienen, en la función publica, el deber de aplicar los precedentes judiciales.
(i) Se trata de un caso en que hay una preocupación de los jueces del Tribunal Constitucional
con la medida de integración de una laguna jurídica.
(ii) Se está frente a una hipótesis de una laguna axiológica, porque la dificultad de observarse
una adecuación do caso particular a una regla genérica está centrada en un desacuerdo
valorativo externo al derecho.
(iii) Esto implica considerar como presupuesto de análisis también la caracterización del
derecho penal, en regla, como un subsistema jurídico que contiene regla de clausura
permisiva, o sea, que permite expresamente todo lo que no prohíben otras reglas del sistema.
(iv) Se trata de una sentencia que, en un desafío de la posibilidad de ampliación de una regla
penal de forma desventajosa para el caso de prevaricato, establece un control fuerte, en el
ámbito penal, de la actuación vinculada del aplicador del derecho (juez, administrador
publico).
(v) Esto cierra el movimiento de construcción flexible y de corrección permanente del sistema
jurídico, por comprender que el control fuerte rechaza la actividad de interpretación compleja
del derecho.
(vi) Si es verdad que exista la posibilidad de una actuación estratégica del juez, se está frente al
riesgo de que el juez prefiera ver simplemente reformada una sentencia incorrecta - que
reproduzca un precedente de forma indebida para el caso - que responder, en la busca de la
respuesta correcta, por el delito de prevaricato en la medida en que se aparte del precedente
judicial constitucional en un caso difícil.
(vii) Cuanto a la pretensión del Tribunal Constitucional a lo equilibrio de los poderes del Estado
aquí, para o caso, se parte de la idea de que el Tribunal Constitucional se convierte en el
supremo tribunal del Estado, planteando la idea de que hay un control fuerte sobre la
construcción del orden jurídico, principalmente pela vinculación al precedente.
(viii) Esto, que se abre al debate, es, al fondo, la cuestión de la independencia judicial y del
princípio democrático en el derecho, que, de alguna forma, propongo también a una discusión.
FONTES DAS OBRIGAÇÕES E TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
Ação como produto de uma mudança de curso – troca de um estado x para um estado x+1 de
coisas. Essa mudança é que pode trazer uma vinculação entre indivíduos.
Ex: esbarro em alguém poder não significar nada, mas no de esbarrar em um desafeto esse
esbarrão pode ser interprestado de outra forma.
Do mesmo modo, se eu não atuo, deixando de fazer determinada ação isso pode produzir uma
determinada mudança no curso das coisas. Em razão de dessa ação (ou omissão), seja pelo
fato em si, seja pela interpretação desse fato pode haver uma mudança no estado das coisas.
Características subjetivas, mas que podem determinar uma consequência jurídica conforma a
interpretação
Ações que são imaginadas, podem ficar simplesmente no pensamento. São importantes para
os atos-fatos. Atitude com fim de sair de uma situação X para uma situação Y, pode ter
importância para o direito.
Atividades humanas muito rápidas que podem ser tidas como reflexo diante de uma
determinada situação sem ter o “intuito de”.
Quem não tem condições mentais pode não ter o controle motor, Ex: *Síndrome de Tourette.
*Síndrome de Tolere-te é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais.
Isso determina aquele caso especifico, para determinar por exemplo a atipicidade de um
contrato, o que obrigaria a aplicação de regras especificas para atender ao caso. Em razão da
ação concretas abrimos o ... alteração do curso
Ex: fechar a porta e impedir que os alunos entrem após o início da aula pode causar protestos.
(d) Ação com caráter positivo, capaz de produzir uma mudança de estado, de curso;
Pode ser inclusive uma omissão, falta de fiscalização, por exemplo, por parte do Estado
(e) Ação voluntária: conexão entre a intenção/ vontade de mudança de estado e o movimento
corporal produzido.
- Ação concreta, num dado momento e lugar – isso determina aquele caso especifico, para
determinar por exemplo a atipicidade de um contrato, o que obrigaria a aplicação de regras
especificas para atender ao caso. Em razão da ação concretas abrimos o ... alteração do curso
Ex: fechar a porta e impedir que os alunos entrem após o início da aula pode causar protestos.
- Ação com caráter positivo, capaz de produzir uma mudança de estado, de curso. Pode ser
inclusive uma omissão, falta de fiscalização, por exemplo, por parte do Estado
No Dir. Penal o dolo é importante, inclusive, para a tipificação, já no Dir. Civil, ele não tem
tanta importância, visto que pode haver responsabilidade, inclusive, sem culpa.
Classificação dos Fatos Jurídicos no CC/16 (Pontes de Miranda):
(I) Fatos stricto sensu → dispensa de ação humana e de uma vontade dirigida à consecução de
um fim. Mudança de estado independente de um movimento humano (ex. morte; risco
atividade).
(II) Atos jurídicos stricto sensu → atos de coincidência entre o movimento e a intencionalidade
de produção de um fim. Em sua maioria negócios jurídicos (contratos) e declarações
unilaterais de vontade (renúncia, testamento).
1º) São as ações decorrentes de fatos do mundo natural ou produto da nossa visão sobre o
mundo? (Problema da linguagem, dos conceitos indeterminados)
3º) É possível se extrair mais de uma ação de um mesmo movimento corporal? (Problema da
causalidade e da cadeia de causas e efeitos decorrentes de um mesmo movimento)
Essas situações ficam, mas atenuadas, pois, há um vínculo que serve de freio, mas na Resp.
extracontratual, como por exemplo puxar um gatilho, poder ter consequências jurídicas
diferentes (graças a intencionalidade e interpretação).
4º) Quais são os limites das ações? (Problema da configuração e da restrição a direitos)
Contato social – são resolvidos no campo da responsabilidade extracontratual
Ex: indivíduo que cai andando em uma loja pelo fato do piso estar molhado, noivados –
construção de projetos comuns para uma vinculação futura que eu encaminho, inclusive com
consequências econômicas.
Aproxima-se da ideia de ato-fato, mas se caracteriza por simples contato entre as partes capaz
de gerar obrigação específica.
Ex.: fase pré-negocial de contratos, gerando expectativas; responsabilidade pré-contratual,
decorrente da caracterização de uma ilicitude.
*Negócios jurídicos - Forma, Capacidade, Objeto licito.
Criança em ônibus ≠ serviço de tele sexo por telefone
No segundo posso alegar incapacidade, não tem autonomia para fazer uma escolha raciona.
Capacidade decisória – autodeterminação para conseguir o que eu quero - pode fazer valer
aquele tipo de pretensão
(II) Contato social: aproxima-se da ideia de ato-fato, mas se caracteriza por simples
contato entre as partes capaz de gerar obrigação específica → Ex.: fase pré-negocial de
contratos, gerando expectativas; responsabilidade pré-contratual, decorrente da
caracterização de uma ilicitude.
Ex: indivíduo que cai andando em uma loja pelo fato do piso estar molhado, noivados –
construção de projetos comuns para uma vinculação futura que eu encaminho, inclusive com
consequências econômicas.
Fontes das obrigações
(I) Atos negociais → relevância ao conceito de negócio jurídico: contratos, atos unilaterais
(promessa de recompensa) e títulos de crédito (causa em grau máximo de abstração).
Quando vamos analisar um ilícito contratual, a discussão gira em tono do vínculo (formação,
continuidade e termino). Por exemplo nós já sabemos o que o contrato prevê em relação a
mora (extinção, multa, tec.). Nós já sabemos que há um vínculo e vamos discutir sobra a
invalidade (se as cláusulas são abusivas, por exemplo). Podemos ver se tem eficácia
Tem um vínculo fraco ou, então não se conhece como se deu esse vínculo (ilícito
extracontratual).
Ex: tenho um contrato com a empresa de telefonia, mas agregaram um pedido que eu nunca
contratei. Logo o valor por esse serviço nunca deveria ter sito cobrado, assim, houve um
deslocamento injustificado do meu patrimônio. Estou questionando um vínculo, mesmo que eu
ache que ei tinha esse vínculo.
Ex: A deve a B e paga a C imaginando que com isso esteja quitando a dívida que tem com B.
continua vinculado a B. mas se pagar a b extingue a relação com esse, mas pode reaver o que
pagou a C. pagamento indevido autoriza, por ausência de causa, faz com que eu retorne o
pagamento feito erroneamente.
Ex: Telefonia - $$$ - 1 mês, 2 meses, 3 meses ... não paga mais → SPC
- Indenização $ ...
Mas pode que a inscrição indevida acarrete a perda de uma chance (deixei de contratar com o
poder público, por exemplo) – art. 944 CC princípio da reintegração – necessita de prova
Ex: fui cobrado indevidamente, mas nunca paguei o valor indevido e fui inscrito no SPC – recebo
só a indenização pré-fixada a restitutiva não, porque não houve deslocamento indevido do
patrimônio.
(III) Ato ilícito → assume relevância o problema da ilicitude civil independentemente da
solução reparatória.
- Situação de restrição capaz de gerar obrigações de fazer e não-fazer, ainda que não
necessariamente de reparação civil.
Extracontratual – não há vínculo prévio entre os sujeitos ou uma vinculação tão fraca (contato
social) derivada de uma pratica reiterada
Ilicitude que surge do encontro de indivíduos relacionado com a liberdade ou com a igualdade.
Fundada, em relação à ilícitos extracontratuais, numa teoria externa das restrições a direitos
fundamentais → as restrições são externas aos elementos dos enunciados normativos. O que
vem de fora são as restrições à liberdade. Mas esta (liberdade) é internamente ilimitada para a
configuração do Direito.
Os elementos da boa-fé, dos bons costumes e do fim econômico ou social (art. 187 do CC) não
são parâmetro à finalidade a ser atingida em concreto, mas elementos que orientam a conduta
universal exigida ao indivíduo na construção da razão prática.
Pressupostos:
(II) Existência de conceitos jurídicos fundamentais que orbitam ao redor de ideias centrais
como de direito (imunidade, liberdade, privilégio, faculdade, prerrogativa, poder, pretensão) e
dever (obrigação, responsabilidade, proibição, restrição, sujeição);
(III) Não reduzir o estudo a conceitos estanques, mas buscar uma “pretensão moderada” de
trabalho com tais conceitos, para a compreensão do alcance normativo à caracterização de
relações jurídicas, a partir de oito categorias/gêneros de conceitos jurídicos compreendidos
como fundamentais.
(IV) Direito e Poder como conceitos originários, de onde a ideia de Liberdade e Imunidade
aparecem como negações (modalidades passivas em caráter geral pela ideia de uma ausência
geral de proibição jurídica);
Direito Dever
Liberdade/ Privilégio Não-direito
Poder (competência) Sujeição
Imunidade (Não-poder) Incompetência
Direito Não-direito
Liberdade/ Privilégio Dever
Poder (competência) Incompetência (Não-poder)
Imunidade Sujeição
Restrição e configuração:
Mesma distinção quanto ao caráter duplo da norma jurídica: uma diferença de grau
(generalidade e especificidade) e de qualificação (posição jurídica assumida em caráter
definitivo/ a priori quanto ao cumprimento do dever-se).
Teorias restritivas a direitos
Teoria Externa - Nesta hipótese, admite-se que nos ordenamentos jurídicos os direitos se
apresentam, primordialmente, como direitos passíveis de restrição, muito embora possam ser
admitidos direitos sem restrição. Segundo a teoria externa, não há relação necessária entre o
conceito de direito e o de restrição.
Teoria Interna - Nesta hipótese não existem duas coisas - o direito e a restrição -, mas uma
única, ou seja, um direito com determinado conteúdo. O conceito de restrição é substituído
pelo de limite.
INTERPRETAÇÃO E CONTRATOS
Ex.: Em relação à autonomia privada: “Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física,
ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma
estabelecida em lei especial. ”
Ex.: Art. 226 da CF, caput: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”
§ 3º: “É reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar,
devendo a lei facilitar a conversão em casamento. ”
- E a situação de casamento entre pessoas de mesmo sexo ou entre mais de duas pessoas?
À dogmática correspondem “(1) una serie de enunciados que (2) se refieren a las normas
establecidas y la aplicación del Derecho, pero no pueden identificarse con su descripción, (3)
están entre sí en una relación de coherencia mutua, (4) se forman y discuten en el marco de
una ciencia jurídica que funciona institucionalmente, y (5) tienen contenido normativo” (Alexy.
Teoría de la argumentación jurídica)
Funções:
(I) estabilização - torna estáveis algumas conclusões, exigindo argumentos novos e sérios para
afastar o que é da tradição;
(II) progresso - corrige o estável na medida em que ínsita é a ideia prospectiva de futuro do
enunciado jurídico (que é infinito, ilimitado);
(III) descarga - marca o consenso; sem razão especial, dispensa nova comprovação ao que é de
consenso;
(V) controle - é a própria ideia de fato da razão ao ordenamento jurídico, entre o particular e o
geral. Como se relaciona ao imperativo categórico (e ao teste de máximas de ação) é ainda a
função que impede uma contradição em termos argumentativos;
Ex.: Art. 421, CC: A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social
do contrato.
Ex.: Art. 21, CC: A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a
esta norma.
Ex.: Art. 21, CC: A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a
esta norma.
(II) interpretação decisória → realiza e justifica a escolha por um dos significados incluídos no
marco;
(III) interpretação criadora → atribui ao texto um significado que não está incluído no marco.
(I) interpretação cognitiva → a questão da não prestação de uma jurisdição efetiva para o
caso: omissão; sentença infra petita; ausência de argumentação; processo de mediação.
Interpretação autêntica
Interpretação do enunciado normativo pelo próprio legislador (criador da lei) → lei posterior
cujo conteúdo determina o significado de uma lei precedente.
Ex.: os enunciados descritivos em matéria contratual; listagens descritivas (contratos de saúde,
de previdência)
Alcance → (i) limitação a determinar o significado de uma lei preexistente; (ii) caráter
vinculante erga omnes; (iii) autêntica é a interpretação que é oferecida pelo mesmo sujeito
que é autor do texto interpretado.
(I) Interpretação (extra) textual/ aspecto subjetivo a questão da configuração para o caso e o
problema da linguagem e da equivocidade em matéria contratual. Alcance jurisprudencial.
- Art. 112 do CC: “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem”
- Contrato de seguro e carência suicídio (STJ, AgRg no AREsp 724540 / SC, j. em 04.08.2015)
2. Tendo o Tribunal de origem entendido que o acordo celebrado entre locador e locatário não
configurou novação, não poderá essa questão ser revista no âmbito do recurso especial, haja
vista o óbice das Súmulas n°s 5 e 7/STJ.
(II) Conformidade à boa-fé / aspecto objetivo → o estabelecimento de elação de confiança.
Dimensão interna (configuração) e externa (restrição).
- Art. 113 do CC: “Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos
do lugar de sua celebração.”
- Art. 187 do CC: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes.”
- Art. 422 do CC: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.”
(b) objetiva: cada pessoa deve ajustar a sua conduta a uma pretensão de tornar a sua ação
algo universal - ideia de arquétipo jurídico, standard. Parte-se do particular, analisando-o, para
chegar ao universal.
Funções da boa-fé
Trata-se de emprestar às obrigações uma dimensão de confiança à realidade dos fatos que
levaram os contratantes a se aproximarem e a estabelecerem algum tipo de vínculo - seja para
negociarem, seja para transferirem patrimônios, seja em razão de algum conflito de liberdades
que tenham enfrentado.
- Deveres:
- Art. 187 do CC: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes.”
- Art. 421 do CC: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função
social do contrato.”
- Art. 425 do CC: “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais
fixadas neste Código.”
- Art. 187 do CC: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes.”
Art. 423 do CC: “Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias,
dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.”
Art. 424 do CC: “Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.”
Ilicitude e invalidade
"[...]Desatende a função social do contrato de seguro, que, por anos e anos é renovado, a boa-
fé objetiva e o dever de cooperação, a estipulação, especialmente em contrato de adesão, de
cláusula que permita à seguradora, em qualquer hipótese, proceder à não renovação
imotivada do seguro, reiteradamente renovado, omitindo-se, ainda, em estabelecer
alternativas legítimas em casos especiais como o presente".
2. A prática abusiva descrita na petição inicial e que deu ensejo à presente Ação Civil Pública
ocorre exatamente quando o consumidor busca fazer a atualização do cadastro ou religar
eletricidade previamente cortada. Não se cuida, pois, de recusa ou de omissão em atualizar as
informações cadastrais.