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EEEFM DO OUTEIRO TEXTO 1

ALUNO: __________________________________________________________ TURMA: _______


PROFESSOR: Dayan Leite

Atividade de Leitura
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
A velha contrabandista
1) Este texto é uma:
( ) narrativa ( ) poesia ( ) fábula

2) É um texto que transmite:


( ) momentos de tensão.
( ) uma situação de humor.
( ) comentários policiais.
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta.
( ) uma situação triste.
Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com
um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo 3) Que adjetivos (qualidades) você daria à velhinha?
( ) ingênua ( ) cansada ( ) boba
malandro velho – começou a desconfiar da velhinha. ( ) esperta ( ) otimista ( ) inteligente
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, ( ) caduca ( ) pessimista
o fiscal da Alfândega mandou-a parar. A velhinha parou e então 4) Que adjetivos (qualidades) você daria ao policial?
o fiscal perguntou assim: ( ) teimoso ( ) compreensivo
( ) desconfiado ( ) honesto
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo ( ) educado ( ) observador
dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse ( ) ingênuo ( ) tolo
saco? 5) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe enganar o fiscal.

restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e 6) Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda: Quando
respondeu: o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, a
que tipo de dentes ele se referia?
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia 7) Quando a velhinha decidiu contar a verdade?
nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar
8) Qual é a grande surpresa da história?
o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só
9) Na primeira vez que o fiscal examinou o saco que a velhinha
tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em
levava e viu que era areia, ele ficou sem graça
frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de (A) Porque ficou sem graça de desconfiar de uma velhinha;
areia atrás. (B) Porque encontrou contrabando dentro do saco de areia que
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha a velhinha carregava.
(C) Porque a velhinha ficou brava por ele Ter desconfiado dela;
passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro
(D) Ele ficou sem graça, pois pensou que certamente iria
daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na encontrar algum contrabando dentro do saco.
lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez.
10) Os funcionários da alfândega eram profundos conhecedores
Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que de contrabando. Que frase do texto contém essa informação?
era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês
11) O que o narrador quis dizer com “tudo malandro velho”?
seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que
ela levava no saco era areia. 12) O texto diz que as personagens fazem um acordo.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou: a) Qual foi o acordo proposto pelo fiscal?
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40
b) Qual foi a condição que a velhinha impôs para contar ao fiscal
anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. o que ela contrabandeava?
Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
13) Numere corretamente as frases abaixo, observando a ordem
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia dos acontecimentos.
tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: ( ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. ( ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era
Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a
contrabando de lambretas.
senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está ( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa
passando por aqui todos os dias? lambreta, com um saco no bagageiro.
( ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos
- O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a
os dias.
velhinha. ( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as
- Juro – respondeu o fiscal. vezes, o que ela levava no saco era areia.
- É lambreta. ( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas
pediu à velhinha que lhe dissesse qual era o contrabando que
fazia.
(Stanislaw Ponte Preta)
7.
a) R= 3; b) R= 2; c) R= 7; d) R= 1; e) R= 4; f) R= 5; g) R= 6.
EEEFM DO OUTEIRO TEXTO 2
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PROFESSOR: Dayan Leite

Vó caiu na piscina Interpretação do texto

De noite na casa da serra, a luz acabou. Entra o garoto: 1. Relacione os vários sentidos do verbo CAIR.
− Pai, vó caiu na piscina.
(a) Ela quis correr e CAIU. ( ) Diminuir.
− Tudo bem, filho.
(b) O prédio CAIU. ( ) Escorregar, tombar..
O garoto insiste:
(c) Ela CAIU nos braços do ( ) Desmoronar.
− Escutou o que eu falei pai? namorado. ( ) Atirar-se.
− Escutei, e daí? Tudo bem. (d) CAIU o preço do café. ( ) Entrar na água para
− Cê não vai lá? (e) Não aguentou o calor e tomar banho.
− Não estou com vontade de cair na piscina. CAIU na água.
− Mas ela tá lá... 2. Leia o trecho:
Eu sei você já contou. Agora deixe seu pai fumar um − Pai, vó caiu na piscina.
cigarrinho descansado. − Tudo bem filho.
− Tá escuro, pai.
− Assim até é melhor. Eu gosto de fumar no escuro. a. O que Nelsinho quis dizer?
Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no mesmo. Pede a b. O que Eduardo entendeu?
sua mãe pra acender a vela na sala. Eu fico aqui mesmo,
sossegado. c. O que causou a confusão?
− Pai... 3. No texto, predomina o diálogo, ou seja, as personagens
Meu filho vá dormir. conversam.
− Vó tá com uma vela. Observe os sinais de pontuação e responda.
− Pois então? Tudo bem. Quando ela sair da piscina,
pega a vela e volta direitinho pra casa. Não vai errar o caminho, a. Para que serve os dois- pontos?
você sabe muito bem que sua avó não precisa de guia.
− Por que cê não acredita no que eu digo? b. Para que serve o travessão?
− Como não acredito? Acredito sim. 4. Qual é o clímax da história?
− Cê não ta acreditando.
− Você falou que a sua avó caiu na piscina, eu acreditei, 5. Você concorda com a fala de dona Marieta quando ela diz que
tudo bem. Que é que você queria que eu dissesse? o filho teve “acesso de burrice”? Explique o que você entendeu.
− Não pai, cê não acreditou ni mim.
6. Em relação ao texto, é CORRETO afirmar que:
− Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com isso.
(A) É uma crônica, pois é um relato curto de um fato do
Eu acreditei quantas vezes você quer que eu diga isso? Ou você
cotidiano.
acha que estou mentindo?
(B) É um poema, uma vez que se apresenta em forma de versos.
− Não te chamei de mentiroso.
(C) É uma notícia, uma vez que nos apresenta um acontecimento
− Não chamou, mas está duvidando de mim. Bem, não
novo e recente.
vamos discutir. Sua avó caiu na piscina e daí? É um direito dela.
(D) É um relato histórico, pois se baseia em documentos, para
Não tem nada de mais cair na piscina. Eu só não caio porque
mostrar ao leitor um fato acontecido no passado.
estou meio resfriado.
− Ô, pai!!! 7. Complete a tabela abaixo.
O garoto saiu desolado. Daí a pouco chega a mãe:
− Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na piscina?
Frase com Frase
− Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa
linguagem reescrita em Personagem
ladainha, coloquial linguagem
− Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, culta
escorregou e foi parar dentro da piscina, ouviu? Está com uma
vela acesa na mão, pedindo que tirem ela de lá, ela está com a 1.
roupa encharcada, e se você não for depressa ela morre, 2.
Eduardo! 3.
− Como? Por que aquele moleque não me disse isto logo?
8. Como Fátima consegue convencer o marido a tirar dona
Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não explicou que
Marieta da piscina?
ela tinha tropeçado, escorregado e caído!
Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase ia 9. Que argumentos o pai usou para se desculpar com dona
parar também dentro Marieta?
d’água :
− Mamãe, me desculpe! O menino não me disse nada 10. Que modo de dar a notícia garantiria a compreensão do pai e
direito. Falou só que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a evitaria o mal-entendido?
senhora estava se banhando.
11. Escreva qual foi a reação da avó ao ser retirada da piscina?
− Está bem Eduardo − disse dona Marieta, saindo da
água pela mão do filho, e sempre empunhando vela que 12. Que fator contribui para dona Marieta caísse na piscina?
conseguira manter acesa. − Mas de outra vez você vai prestar
mais atenção no sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou
direito, você é que teve um acesso de burrice, meu filho!!!

(Carlos Drummond de Andrade)


EEEFM DO OUTEIRO TEXTO 3
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PROFESSOR: Dayan Leite

O CONTRÁRIO DO AMOR ( ) ...nosso corpo ignora sua presença...” – o termo destacado


Martha Medeiros pode ser substituído por “conhece” sem alterar o sentido da
frase.
( ) “...dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca
sabedoria para entendê-lo...” – os termos destacados são
sentimentos positivos, ambos sinônimos de “raiva” ou “ódio”.
( ) “...ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua,...” – alguém
que porventura seja condenado à prisão perpétua, fica preso até
o dia de sua morte.

2. O que, segundo a autora, é necessário para odiar alguém?

3. E para sermos indiferentes, do que necessitamos?

4. Por que, para a autora, o contrário de ódio é indiferença?


O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é Explique.
branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer
uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário Ódio?
do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre
adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o
ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama Ódio por Ele? Não... Se o amei tanto,
passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente?
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar
mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de
se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou Se à vida assim roubei todo o encanto,
reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse
alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que
sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos
energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, Turva o meu triste olhar, marmorizado,
rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do
objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe Olhar de monja, trágico, gelado
nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e
pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria Com um soturno e enorme Campo Santo!
vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do
quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de 5. Quem é o eu lírico, aquele que fala no poema?
Nunca mais o amar já é bastante!
bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma
prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não 6. Segundo o texto, que sentimento seria de esperar que o eu
Quero
lírico tivesse pela senti-lo
pessoa doutra, bem distante,
que mentiu?
observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela
não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora
Como
7. De acordo com se estrofe,
a 1ª fora meu, calma
o eu e serena!
lírico está disposto a sentir
sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não ódio pelo amado? Por quê?
temos o número do telefone das pessoas para quem não
ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor 8. Que solução, portanto, o eu lírico resolve dar à desilusão
do ar, cor de nada. amorosa vivida?
Ódio seria em mim saudade infinda,
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela
é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está 9. Por que, segundo o eu lírico, odiar “não vale a pena”?
Mágoa de o ter perdido, amor ainda!
sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas,
10. Ambos os textos têm a mesma visão do que seja ódio?
mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de Explique. Ódio por Ele? Não... não vale a pena...
uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá
que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a
indiferença é um exílio no deserto.
(Florbela Espanca)
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

1. Assinale (V) verdadeiro ou (F) Falso.


( ) “Se você fizer uma enquete entre as crianças,...” – o termo
destacado por ser substituído por “pesquisa” sem alterar o
sentido da frase.
( ) “...enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.” – o
termo destacado é sinônimo de “retiro”.
EEEFM DO OUTEIRO TEXTO 4
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PROFESSOR: Dayan Leite

1. Que situação cotidiana é retratada charge acima?


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2. Que elementos da linguagem não-verbal o fizeram chegar a essa


conclusão?
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3. Na sala há dois meios de comunicação. Observe-os bem. A posição em que estão na sala e o tamanho em que foram retratados
pelo cartunista ajudam a construir o sentido da charge? Explique.
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4. Que membros da família estão presentes na ilustração? Como você pôde identificá-los?
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5. Todos, inclusive o cachorro, estão com a mesma expressão facial. Que emoção ou sentimento está expresso em seus rostos?
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6. Por que a família está tão espantada? O que provocou essa reação?
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7. Observe os balões de fala presentes na tirinha. Quem é o locutor de cada um deles?


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8. Os balões de fala indicam duas situações: uma fictícia e uma real. Identifique cada uma delas e responda: para qual das duas a
família dá atenção e para qual dá, literalmente, as costas?
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9. Que críticas o autor faz através dessa charge? Explique.


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EEEFM DO OUTEIRO TEXTO 5
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1. Que tipo de linguagem - verbal, não-verbal ou sincrética (mista) - é utilizada


na tirinha? Justifique.
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2. Observe a linguagem não-verbal nos dois primeiros quadrinhos. Que contraste


há entre a expressão corporal do filho e a do pai?
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3. Observe a tela do computador do pai no segundo quadrinho e responda: por


que o pai não esboça nenhuma reação à trágica notícia trazida pelo filho?
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4. Que emoções estão expressas no rosto do filho no primeiro e no terceiro quadrinho?
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5. O pai demonstra alguma emoção ou sentimento no quarto e quinto quadrinho?


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6. O filho usa a forma verbal "está" numa conversa informal com seu pai. Esse uso está coerente com a situação comunicativa?
Justifique.
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7. O que provoca o humor na tirinha?


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8. Baseado na fala do pai no último quadrinho, responda: o que é mais importante para ele? Explique.
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9. Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações,
que partilham valores e objetivos comuns. As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes
de relacionamentos (facebook, orkut, myspace, twitter). Baseado nisso, responda:
a) Que rede social está presente na tirinha?
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b) Antes que o pai citasse esse nome, de que outra forma você foi capaz de identificá-la?
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c) Se o leitor não conhecesse essa rede social, seria capaz de compreender o humor presente no texto?
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EEEFM TEODORA BENTES TEXTO 6
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O CALO – Quinze dias, doutor?!


– Dona Eusébia, foi o destino! Os ossos demoram um pouco para
– O senhor vai precisar extrair esse calo, seu Antônio. se consolidar. Tenha paciência. Ele está sendo muito bem
– Mas, doutor!? tratado. Os ortopedistas só usaram dezoito quilos de gesso.
– Coisa simples! Amanhã, lá pelas oito, o senhor passa pelo – Só!? (E chorou.)
hospital e num instante nós retiramos esse incômodo. Anestesia – O importante é que ele fique imóvel. Completamente imóvel.
local. Não vai doer nada. – Dona Eusébia, venho lhe comunicar que seu marido pegou uma
O pacato Antônio, funcionário público há trinta anos, saiu do pneumonia.
consultório cabisbaixo e meio nervoso. “Que ideia! – Depois de – Doutor!? Como isso aconteceu?
vinte e dois anos, vivendo com esse calo. Meu calo de estimação! – É porque ele está imóvel há muito tempo.
A Eusébia resolveu implicar com ele! Coisa de mulher… Logo – Mas não foi o senhor mesmo que disse que ele não devia se
agora que eu faria bodas de prata com o calo!?”, praguejou mexer, doutor?
Antônio entre dentes. – Mas essas coisas acontecem, Dona Eusébia. Fique calma, por
Eusébia, em casa, recebeu a notícia com satisfação. Aliás já favor. Nós vamos chamar um pneumologista.
esperava por isso. Afinal, há vinte e dois anos Antônio – Um, o quê? (E chorou.)
reclamava, dizia que o calo era o centro de seus problemas. Mas – Um médico de pulmão!
tirar o calo, tomar alguma providência, que é bom, nada. Nada E foi o médico de pulmão entrar para começar a desgraça.
mesmo. Primeiro ele meteu um tubo goela abaixo de Antônio, depois
– Graças a Deus, Antônio. Deus ouviu minhas preces. colocou-o no soro, deu uma série de injeções e comunicou à
– Tô arrependido, Eusébia! chorosa Eusébia:
– Arrependido!? Por quê? – Dona Eusébia, infelizmente apareceu um novo problema.
– (…) O calo sempre me avisou sobre o tempo. É melhor que o – Outro!? Qual, doutor?
Serviço de Meteorologia! Se vier chuva ele dói, uma dorzinha – Examinando o pulmão, notei que o coração de seu marido não
fina; se for calor, ele lateja e se for nublado, ele estufa. Até anda nada bem. Tá trotando mais que cavalo no grande prêmio.
pensei levar o calo no programa do Sílvio Santos, você se – E agora?
lembra? – Vamos chamar um cardiologista!
– Quer saber de uma coisa? Sempre detestei esse calo. Eu – Eu não quero ficar viúva não! (E Eusébia chorou.)
gostaria de ter um marido com pé perfeito. Perfeito, entendeu? – Calmo, Dona Eusébia. Tudo vai dar certo!
Assim foi. Antônio se arrumou, tomou café, não deu uma O cardiologista entrou como um tufão. Era eficientíssimo.
palavra com Eusébia e foi para o hospital. Algo chateado, Colocou o estetoscópio no peito, pescoço e barriga do Antônio.
ansioso, pois afinal de contas, havia vinte e dois anos de Ouviu tudo a que tinha direito. Depois tirou a pressão, um
convivência diária com aquele calo feio, macerado, duro, mas no eletrocardiograma e disse:
fundo adorável. – Dona Eusébia, o seu marido não tem nada de coração.
Antônio subia as escadas principais do hospital quando, maldito Eusébia já vestida de preto, pois esperava pelo pior, sorriu toda
calo, a-dor-fininha-sinal-de-chuva começou. Foi a conta, Antônio alegra.
tropeçou e caiu. Quebrou o calcanhar. – É mesmo, doutor? Que bom! Então não vai acontecer o pior?
Uivando de dor foi levado por dois atentos enfermeiros até a – Pelo coração não! Mas pelo cérebro eu não dou certeza
sala de raio-X. Colocado numa maca, lá ficou esperando meia alguma. Chame um neurologista imediatamente! A propósito, os
hora, quarenta minutos e, insuportável calcanhar, como não rins não estão funcionando bem. Aproveite e chame um
aparecia ninguém, ele resolveu, de mansinho, se levantar e ir nefrologista também.
chamar alguém. E então aconteceu o pior – Antônio caiu da Antônio estava agonizante. A equipe médica confabulava em
maca e se arrebentou todo. Diagnóstico: fratura da bacia com torno do leito. Enfermeiras engomadíssimas andavam e zuniam
estiramento parcial da coluna. Sua família foi comunicada; seu por toda parte. Máquinas, termômetros e aparelhos dançavam
médico, simples dermatologista, chamou uma equipe de em torno de Antônio que dava os últimos suspiros. Eusébia,
ortopedistas, para tratar do caso, e nosso herói todo esticado (e acabada, isolada, assistia a tudo com desespero e dor. Se sentia
tracionado) foi internado no quarto 315. culpada e pressentia sua existência sem Antônio, sem amor ou
– Doutor, a culpa foi minha! Fui eu que obriguei o Antônio a vir carinho.
aqui. Nesse instante, um dos médicos se aproximou e Eusébia,
– Calma, Dona Eusébia. Não chore, por favor. Seu marido vai num estalo, falou:
para casa dentro de 15 dias. – Doutor, eu queria dar um último beijo nele. Um afago, um
9. sentir com antecipação, pressagiar, suspeitar
último adeus!
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Todos os médicos concordaram de imediato e Eusébia se
postou junto ao leito. Mas onde beijar? Se Antônio era uma 10. pôr-se, permanecer em um lugar

massa de gazes, tubos, gessos e fios. Eusébia olhou bem e achou _______________________________________________

um pé descoberto, a única parte possível de ser acariciada. 11. não tocado, inteiro

Eusébia se curvou e viu, imaginem, o calo. Altivo, intacto e vivo. _______________________________________________

E, sem raiva ou vergonha, Eusébia beijou o calo do amado. E


C. Na frase: “Dona Eusébia, venho lhe comunicar que seu
para surpresa de todos o moribundo se mexeu.
marido pegou uma pneumonia.” O verbo em destaque tem o
Acreditem, no quarto beijo Antônio espirrou. E, de afago em sentido de adquirir uma enfermidade. O verbo pegar pode ter
afago no calo, Eusébia conseguiu o impossível – curar Antônio. vários significados. Crie frases usando o verbo pegar com os
seguintes sentidos:
Enfim, Antônio voltou ao lar com o calo e eles viveram felizes
para sempre. 1. pegar = agarrar, prender, segurar
________________________________________________
Moral da história – O amor tem razões que até os médicos 2. pegar = subir ou instalar-se em um veículo para nele viajar
desconhecem. _______________________________________________
3. pegar = chegar a tempo, alcançar
(DOC COMPARATO. O melhor da crônica brasileira. Livraria José Olympio _______________________________________________
Editora, Rio de Janeiro, 1981) 4. pegar = aceitar fazer, comprometer-se a realizar um
trabalho

ESTUDO DAS PALAVRAS DO TEXTO. _______________________________________________


5. pegar = seguir por determinada direção
A. Complete a frase com a palavra que indica a
_______________________________________________
especialidade médica.
6. pegar = ser condenado
1. O especialista em doenças do coração chama-se
_______________________________________________
______________________________________________
2. O especialista em doenças renais ou dos rins chama-se D. Responda.
______________________________________________
1. Quais os principais personagens do texto?
3. O especialista que corrige as deformidades dos ossos
__________________________________________________
chama-se
2. Que tipo de homem era Antônio e qual a sua profissão?
______________________________________________
__________________________________________________
4. O especialista em doenças do pulmão chama-se
3. Por que Antônio procurou um médico?
______________________________________________
__________________________________________________
5. O especialista em doenças da pele chama-se
4. Por que, apesar de reclamar do calo há vinte e dois anos,
______________________________________________
Antônio não tomava nenhuma providência?
6. O especialista em doenças do cérebro chama-se __________________________________________________
______________________________________________
5. Para Antônio, o calo desempenhava importante função. Qual
era essa função?
B. Localize e transcreva as palavras do texto que possuem __________________________________________________
os significados abaixo:
6. Que fato originou a primeira desgraça de Antônio já no
1. arrancar, tirar de dentro hospital?
_______________________________________________ __________________________________________________
2. desagradável, enfadonho 7. Qual foi a causa do segundo infortúnio de Antônio?
_______________________________________________ __________________________________________________
3. amigo da paz, pacífico, sossegado 8. Como se sentiu Eusébia após o duplo acidente?
_______________________________________________ __________________________________________________
4. abatido, humilhado 9. Que frase do texto nos revela claramente que Eusébia era
_______________________________________________ pessimista?
___________________________________________________
5. moído, torturado
_______________________________________________ 10. Quando o paciente parecia não ter mais salvação, Eusébia
resolveu despedir-se, dando-lhe um beijo. Como se deu esse
6. determinação de uma doença pelos sintomas
fato?
_______________________________________________ __________________________________________________
7. tornar sólido, resistente
11. Qual foi, na sua opinião, a razão principal para que Antônio
_______________________________________________ se curasse?
8. trocar ideias, conversar __________________________________________________
_______________________________________________
Não despertemos os Leitores

Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.


Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases
feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse
Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete,
como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco.
Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua
política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor
semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu
destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.

(QUINTANA, Mário. Prosa & Verso. 6. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 87)

1. Defina, com suas palavras, um leitor dorminhoco.


O leitor dorminhoco é aquele que lê, mas não faz uma reflexão da leitura para saber se o que ele leu
está certo ou errado, tem preguiça de raciocinar.O Texto "Não depertemos o leitor", é um texto
dissertativo, pois segundo consulta ao livro de Othon Moacir Garcia Comunicação e Prosa Moderna
26 ed.

2. Como você se classificaria: um leitor dorminhoco, um leitor semidesperto ou um leitor atento?


Justifique.
O leitor dorminhoco lê, mas não interpreta o que leu.

O leitor semidesperto lê desconfia que tem algo errado mas não se importa.
O leitor atento lê e pesquisa para ver se o que leu é verdade.

3. Plutarco poderia se considerar um grego comum? Por quê?


Não. Porque Plutarco achava que os sete sábios eram chatos.

4. Por que os sete sábios da Grécia deviam ser a tábua de salvação das conversas?

Eles tinham grande prestígio e influência entre os seus contemporâneos, e eram dotados de tamanha
sabedoria que alguns de seus ensinamentos foram inscritos nas paredes do templo de Apolo, em
Delfos.

5. Uma das técnicas da dissertação consiste na citação de um "argumento de autoridade", ou seja, o


testemunho ou a citação de uma pessoa de competência reconhecida sobre determinado assunto.
Como Mário Quintana ironiza essa técnica?
Que conhecimento não faz mal a ninguém, e que o Brasil é historicamente feito por pessoas que são
dispersas a leitura e que nada significa para ele.

6. Caetano Veloso, na letra Sampa, afirma o seguinte: "Á mente apavora o que ainda não é mesmo
velho". Que trecho do texto apresenta opinião semelhante?
"Autor que os queira conservar não deve ministra-lhes o mínimo susto."

7. Qual a diferença de postura entre o leitor dorminhoco, o leitor semidesperto e o leitor atento em
relação à frase: " O Brasil não fugirá ao seu destino histórico"?
O leitor dorminhoco lê, sem prestar atenção e não interpreta o que leu.
O leitor semidesperto lê desconfia que tem algo errado mas não tem curiosidade de aprofundar o seu
conhecimento, se acomoda;
O leitor atento lê, pesquisa, relacionar os fatos para ver se o que leu é verdade.

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 4:


ANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS
Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranqüila. Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez
maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da cidade; grossos tubos, situados nas laterais
externas dos carros, desprendiam, em violentas explosões, gases e fumaça escura. Estridentes fonfons de
buzinas, assustando os distraídos, abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em suas
desabaladas carreiras, infringiam as regras de trânsito, muitas vezes chegando ao abuso de alcançar mais de
20 quilômetros à hora, velocidade permitida somente nas estradas. Fora esse detalhe, o do trânsito, a cidade
crescia mansamente. Não havia surgido ainda a febre dos edifícios altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli” –
arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não me engano do Brasil – fora ainda construído. Não existia rádio, e
televisão, nem em sonhos. Não se curtia som em aparelhos de alta fidelidade. Ouvia-se música em
gramofones de tromba e manivela. Havia tempo para tudo, ninguém se afobava, ninguém andava depressa.
Não se abreviavam com siglas os nomes completos das pessoas e das coisas em geral. Para que isso? Por que
o uso de siglas? Podia-se dizer e ler tranqüilamente tudo, por mais longo que fosse o nome por extenso –
sem criar equívocos – e ainda sobrava tempo para ênfase, se necessário fosse.
Os divertimentos, existentes então, acessíveis a uma família de poucos recursos como a nossa, eram poucos.
Os valores daqueles idos, comparados aos de hoje, no entanto, eram outros; as mais mínimas coisas, os
menores acontecimentos, tomavam corpo, adquiriam enorme importância. Nossa vida simples era rica,
alegre e sadia. A imaginação voando solta, transformando tudo em festa, nenhuma barreira a impedir meus
sonhos, o riso aberto e franco. Os divertimentos, como já disse, eram poucos, porém suficientes para encher o
nosso mundo.
GATTAI, Zélia. Anarquistas graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 1986. p. 23.
1. No relato de memória extraído do livro Anarquista graças a Deus, a autora faz algumas comparações
entre o passado e o presente. Dos trechos transcritos a seguir, assinale o que não está fazendo uma comparação
entre passado e presente:
a) ( ) “Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados”.
b) ( ) “Não se curtia som em aparelhos de alta fidelidade. Ouvia-se música em gramofones de tromba e
manivela.”
c) ( ) “Os valores daqueles idos, comparados aos de hoje, no entanto, eram outros”.
d) ( ) “Havia tempo para tudo, ninguém se afobava, ninguém andava com pressa.”
2. Para que o leitor construa uma imagem do passado rememorado pela autora, ela usa termos que
qualificam e caracterizam algumas passagens de suas memórias. Assinale a alternativa em que os termos
destacados não são caracterizadores:
a) ( ) “Nossa vida simples era rica, alegre e sadia.”
b) ( ) “o riso aberto e franco”
c) ( ) “abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em suas desabaladas carreiras”
d) ( ) “Havia tempo para tudo, ninguém se afobava”
3. Assinale o trecho no qual a presença da voz do narrador, interrompendo o relato, expressa um recurso de
interação entre autor e leitor:
a) ( ) “Não havia surgido a febre dos edifícios altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli”.
b) ( ) “Para que isso? Para que o uso de siglas?”
c) ( ) “Os divertimentos, existentes então, acessíveis a uma família de poucos recursos como a nossa,
eram poucos.”
d) ( ) “Nossa vida simples era rica, alegre e sadia.”
4. Assinale a alternativa que expressa as marcas temporais que identificam um passado distante:
a) ( ) “Havia tempo para tudo” e “Não havia surgido ainda”;
b) ( ) “ninguém se afobava” e “sobrava tempo para ênfase”;
c) ( ) “Fora esse detalhe” e “ainda sobrava tempo para ênfase”;
d) ( ) “Naqueles tempos” e “daqueles idos”.
LER, ESCREVER E FAZER CONTA DE CABEÇA
“A professora gostava de vestido branco, como os anjos de maio. Carregava sempre um lenço dobrado
dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro.
Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício e, de mesa em mesa, ia
corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada,
amarradinha uma na outra!.
(...)
Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de aprender primeiro,
para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia não saber e aprendia outra vez. Na hora da
chamada, o silêncio ficava mais vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”.
Cada um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava sua presença e recebia
uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço
do pai. Queria ter mais nome, pra ela me chamar por mais tempo.
O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios. E, se
economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós também aproveitávamos bem as margens do caderno,
escrevendo nas beiradinhas das folhas. Não acertando os deveres, Dona Maria elogiava a letra, o raciocínio,
o capricho, o aproveitamento do caderno. A gente era educado para saber ser com orgulho. Assim, a nota
baixa não trazia tanta tristeza.
(...)
Nas aulas de poesia, Dona Maria caprichava. Abria o caderno, e não só lia os poemas, mas escrevia fundo
em nossos pensamentos as idéias mais eternas. Ninguém suspirava, com medo da poesia ir embora: Olavo
Bilac, Gabriela Mistral, Alvarenga Peixoto e “Toc, toc, tamanquinhos”. Outras vezes declamava poemas de
um poeta chamado Anônimo. Ele escrevia sobre tudo, mas a professora não falava de onde vinha nem onde
tinha nascido. E a poesia ficava mais indecifrável.” QUEIRÓS,
Bartolomeu Campos de. Ler, escrever e fazer conta de cabeça. São Paulo: Global, 2004. pp. 34-35.
5. Pelo texto é possível inferir que o narrador:
a) ( ) Se interessava mais pela professora, seu modo de se vestir e escrever no quadro, do que pela aula
em si.
b) ( ) Tinha uma profunda admiração pela professora e se esforçava em aprender, também, para agradá-la.
c) ( ) Não se interessava pelas aulas que não fossem de poesia.
d) ( ) Era o melhor aluno da classe.
6. Assinale o trecho em que o autor usa o recurso da comparação para descrever poeticamente a forma como
ele via o gosto da professora se vestir:
a) ( ) Carregava sempre um lenço dobrado dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as
mãos, depois de escrever no quadro-negro.
b) ( ) Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas.
c) ( ) A professora gostava de vestido branco, como os anjos de maio.
d) ( ) O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios.
7. Assinale o trecho em que está expressa uma relação de finalidade:
a) ( ) E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz.
b) ( ) Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto.
c) ( ) O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios.
d) ( ) Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai.
8. A conjunção adversativa mas comumente indica idéias opostas. No trecho a seguir, no entanto, seu uso,
associado à expressão “não só” sugere outra idéia, que não é a de oposição. Assinale a alternativa que expressa a
idéia sugerida no seguinte trecho:
“Abria o caderno, e não só lia os poemas, mas escrevia fundo em nossos pensamentos as idéias mais eternas.”
a) ( ) Concessão. b)( ) Adição. c) ( ) Oposição. d) ( ) Comparação.
9. Por meio do trecho “E a poesia ficava mais indecifrável.”, é possível inferir:
a) ( ) Para o narrador, o nome do autor dos poemas é fundamental para compreendê-las.
b) ( ) A professora lia poesias muito difíceis para seus alunos.
c) ( ) O fato de ser indecifrável, para o narrador, é inerente à poesia e, como o “autor chamado
Anônimo” tratava de temas diversos e não era possível saber sua origem, essas poesias eram ainda mais
indecifráveis.
d) ( ) Ele não gostava das poesias do “Anônimo”, porque não as conseguia compreender.
10. No trecho “A gente era educado para saber ser com orgulho. Assim, a nota baixa não trazia tanta
tristeza.”, o termo em destaque pode ser substituído, sem alterar o sentido, por:
a) ( ) Entretanto. b)( )Desse modo. c) ( ) Mas. d) ( ) Ainda que.
11. A idéia de proporção sugerida pelo trecho “E, se economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós
também aproveitávamos bem as margens do caderno, escrevendo nas beiradinhas das folhas.” significa que:
a) ( ) À medida que a professora economizava espaço para escrever no quadro, os alunos
economizavam espaço em seus cadernos.
b) ( ) A condição para que os alunos escrevessem menos era a de que a professora diminuísse o tamanho
de sua letra no quadro.
c) ( ) Os alunos escreviam fora das margens para economizar o caderno porque a professora pedia,
escrevendo sem deixar espaços no quadro.
d) ( ) Os alunos não deviam escrever nas “beiradinhas das folhas”, mas como a professora não fazia
margens no quadro, eles não respeitavam as do caderno.

GABARITO
1-A , 2-D,3-B,4-D, 5- B,6-C,7-A,8-B,9-B,10-C, 11-A

Leitura compartilhada

Os quatro ladrões
Diz que era uma vez quatro ladrões muito sabidos e finos. Num domingo de manhã estavam
deitados, gozando a sombra de uma árvore, quando viram passar na estrada um homem levando um
carneiro grande e gordo. Palpitaram furtar o carneiro e comê-lo assado. Acertaram um plano e se
espalharam por dentro do mato.
O primeiro ladrão foi para o caminho, encontrando o homem do carneiro e salvou-o:
— Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
— Para sempre seja louvado!
— O senhor, que mal pergunto, para onde leva este cachorrinho?
— Que cachorrinho?
— Esse aí que está amarrado numa corda! Bem bonitinho!
— Isso não é cachorro. É carneiro. Repare direito.
— Estou reparando, mas é cachorro inteiro. Vigie o focinho, as patas, o pelo. É cachorro e dos
bons.
Separaram-se e o dono do carneiro ficou olhando o animal meio desconfiado. Adiante saiu o
segundo ladrão, deu as horas, e foi logo entrando na conversa:
— Cachorro bonito! Esse dá para tatu e cutia. Focinho fino, bom para farejar. Perna fina
corredeira. É capaz de correr veado. Onde comprou o bicho?
— O senhor repare que não é cachorro. É um carneiro. Já outro cidadão ali atrás veio com
essa palúxia para meu lado. Bote os olhos direito no bicho.
— Homem, desde que nasci que conheço cachorro e carneiro. Se esse aí não é o cachorro eu
ando espritado. Deixar de conhecer cachorro?
O homem seguiu sozinho, mas não tirava os olhos do carneiro, quase convencido de que
comprara o bicho errado. O outro ladrão apareceu e fez a mesma conversa, misturando os dois
animais, e ficando espantado quando o dono dizia que era um carneiro. Discutiram um bom pedaço e
o terceiro ladrão espirrou para dentro do marmeleiro.
O quarto camarada veio e puxou conversa, oferecendo preço para o cachorro que dizia ser
bom caçador de preás. Deu os sinais de cachorro de faro e todos encontravam no bicho que o
homem ia levando.
Assim que despediu, o dono do carneiro, que ia comendo o animal com os olhos, parou,
desatou o laço da corda e soltou o carneiro, certo e mais que certo que o carneiro era cachorro.
Os quatro ladrões que vinham acompanhando por dentro da capoeira agarraram o carneiro e
fizeram dele um almoço especial.
CASCUDO, Luís da C. Contos tradicionais do Brasil. 13. ed., 6ª reimp. São Paulo: Global, 2009.

2. Analisando o texto
a) Discuta com seus colegas:
● Os ladrões agem como na maioria dos furtos? Explique.
Resposta pessoal.
b) Que argumentos cada ladrão usou para convencer o homem de que ele tinha um cachorro?
1º ladrão: Afirma que o animal é um cachorro e ainda aponta o focinho, as patas, o pelo como provas de que é um
cachorro.
2º ladrão: Afirma que o animal é um cachorro farejador, bom para caçar tatu e cutia.
3º ladrão: Repetiu os argumentos do primeiro e do segundo ladrão.
4º ladrão: Afirmou que o animal era um cachorro bom para caçar preás.
c) Qual foi a consequência da estratégia usada pelos ladrões para conseguir o carneiro?
O homem desistiu do carneiro, convencido de que era um cachorro.
d) O que você acha da estratégia usada pelos homens para conseguir o carneiro? Você considera
que houve realmente um furto? Resposta pessoal.

3. Analisando as palavras e expressões do texto


a) No segundo parágrafo do texto, que palavra ou expressão é usada para introduzir a fala do
primeiro ladrão? Sublinhe-a no texto. Salvou-o.
b) Que expressões são usadas para introduzir a fala do segundo ladrão? Sublinhe-as no texto.
c) Que outras expressões poderiam ser usadas para isso? Foi logo entrando na conversa.
● Na fala do primeiro ladrão: Cumprimentou-o, saudou-o.
● Na fala do segundo ladrão: Puxando conversa, conversando.

d) Releia os trechos a seguir e diga qual é o sentido das expressões sublinhadas:


● “— O senhor repare que não é cachorro. É um carneiro. Já outro cidadão ali atrás veio com essa
palúxia para meu lado.” Veio com essa conversa para o meu lado. Veio com esse papo pra cima de mim.
● “Discutiram um bom pedaço e o terceiro ladrão espirrou para dentro do marmeleiro.”
Correu para dentro do mato. Voltou rapidamente para dentro do mato.
● “Assim que despediu, o dono do carneiro, que ia comendo o animal com os olhos, [...]”
Olhando fixamente o animal; olhando o animal com atenção.
e) Por que você imagina que o texto usa essas expressões?
Para tornar a fala das personagens mais verossímil, isto é, mais próxima de como seria em uma conversa cotidiana.
4. Analisando o começo do conto.
a) Releia:
Diz que era uma vez quatro ladrões muito sabidos e finos. Num domingo de manhã estavam deitados,
gozando a sombra de uma árvore, quando viram passar na estrada um homem levando um carneiro
grande e gordo. Palpitaram furtar o carneiro e comê-lo assado. Acertaram um plano e se espalharam
por dentro do mato.

b) De acordo com esse trecho, o cenário (local onde se passa o fato narrado)
( X ) é apresentado primeiro e depois se sabe o que aconteceu nele.
( ) não é apresentado de início. Vai-se tomando conhecimento dele no desenrolar da narrativa.
( ) não é importante para o conto, por isso não há menção ao lugar onde se passa o fato.

c) E a expressão temporal “Diz que era uma vez” o que sugere: um tempo exato em que é possível
situar a história ou o tempo do faz de conta?
O tempo do faz de conta.
5. Analisando a passagem do tempo nos contos
a) Agora, releia o conto “Os quatro ladrões” e identifique as palavras e as expressões que indicam a
passagem do tempo. Sublinhe-as no texto.
“Num domingo de manhã”; “adiante”; Assim que despediu”.
b) Em sua opinião, o uso dessas expressões é importante na organização do texto? Por quê?
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno reconheça sua importância na organização da ordem dos acontecimentos no texto.
6. Analisando o desenvolvimento do conto
a) Ao verem o homem passar com o carneiro, que ideia os ladrões tiveram?
A ideia de furtar o carneiro.
b) Qual é o plano para colocar a ideia em prática?
Espera-se que o aluno seja capaz de inferir o plano latente nas ações narradas: convencer o dono do carneiro de que o animal era um
cachorro.
NO DIA EM QUE O GATO FALOU

(Millôr Fernandes)

Era uma vez uma dama gentil e senil que tinha um gato siamês. Gato de raça, de bom-tom, de filiação, de
ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses
egípcios. Este gato só faltava falar. Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar não falava. E sua
dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas, repetindo sílabas e palavras para ele na esperança de que um dia
aquela inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensivos e claros. Mas, nada!

A dama gentil e senil era, naturalmente, incapaz de compreender o fenômeno. Tanto mais que ali
mesmo à sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois
era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo, muito mais do que devia. Um papagaio, que falava
pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um
papagaio cretino mas parlapatão. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando
métodos, repetindo silabas, redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala.

Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a ideia genial. Quando a ideia iluminou seu cérebro,
veio acompanhada da critica, auto-crítica: “Mas, como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu no brilho do
olhar da dona o seu (dele) terrível destino e tentou escapar, mas estava preso.Foi morto, depenado e cozinhado
em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se 25. desse ao gato o papagaio
como alimentação, não era evidente que o gato começaria a falar? Era? Não era? Veria. O gato, a princípio,
não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu experimento científico, a dama gentil e senil
procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateu-lhe mesmo – horror! – pela primeira
vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o
papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia do estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava
de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-miau-miau, mas perfeitamente
compreensível):

– Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair!

A mulher, tremendo de emoção e alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez.

– Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Fala o meu gatinho!

Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo: – Foge, madame, que o prédio vai cair!
Madame, foge! – e pulou para a rua.

Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo, sepultando a dama gentil e senil em
meio aos seus escombros.

O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou
apenas, com um gato mais pobre que passava: – Veja só que cretina. Passou a vida inteira para fazer eu falar e no
momento em que falei, não me prestou a mínima atenção.

MORAL: O mal do artista é não acreditar na própria criação.

_____________________________________________________________

Marque com um X o sinônimo das palavras ou expressões em destaque:

1. Em: ”… gato de raça, de bom-tom…”, a expressão em destaque refere-se à pessoa que é:


a.( ) rica b.( ) bondosa c.( ) fina d.( ) natural

2. A frase: “Este gato só faltava falar” tem o mesmo significado que:

a.( ) Este gato, quando fica só, tenta falar.

b.( ) Falar é só o que falta a este gato.

c.( ) Só este gato é que falta falar.

d.( ) Só este gato é que tenta falar.

3. Em: “Manso e inteligente, seu olhar era humano”, a palavra em destaque significa:

a.( ) próprio do homem b.( ) bondoso

c.( ) submisso d.( ) que ama os seus semelhantes

4. Em: “Curiosa natureza, pensava a mulher…” a palavra em destaque tem o mesmo significado que em:

a.( ) Vive arranjando confusões de toda a natureza.

b.( ) Ele contemplava a natureza com olhos de artista.

c.( ) Aquele rapaz tem péssima natureza.

d.( ) Conservava, aos quarenta anos, todas as boas qualidades de sua natureza.

5. Em: “…e um papagaio cretino mas parlapatão…” a expressão em destaque indica que o papagaio era:

a.( ) pouco inteligente mas muito falante

b.( ) meio amalucado mas bonachão

c.( ) pouco instruído mas muito observador

6. Em: “E quanto mais meditava mais tempo gastava…” a palavra em destaque significa:

a.( ) planejava b.( ) pensava c.( ) examinava d.( ) estudava

7. Relacione as colunas de modo a fazer a correspondência entre as palavras que se seguem, formadas por auto e
sua significação.

1. ( ) autocrítica a. vida de um indivíduo escrita por ele mesmo

2. ( ) autopunição b. crítica feita por alguém a si mesmo

3. ( ) autobiografia c. avaliação feita por um indivíduo para provar a ele próprio que sabe determinados
conhecimentos

4. ( ) automóvel d. Veículo que se locomove por seus próprios meios

5. ( ) auto-retrato e. castigo imposto por um indivíduo a si mesmo

6. ( ) autoa-valiação f. retrato de um indivíduo feito por ele mesmo


8. Em: “Temendo ver fracassado o seu experimento científico…” a palavra em destaque significa:

a.( ) quebrado b.( ) reduzido a pedaços

c.( ) mal-acabado d.( ) malsucedido

9. Em: “…sepultando a dama gentil…” a palavra em destaque significa:

a.( ) escondendo b.( ) isolando c.( ) soterrando d.( ) abrigando

10. Em: “…em meio aos escombros…” a palavra em destaque significa:

a.( ) restos de construção desmoronados

b.( ) cinzas resultantes de um incêndio

c.( ) ruídos provocados por um desmoronamento

d.( ) substâncias venenosas

11. Em: “O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio…” a palavra em destaque significa:

a.( ) assustadoramente b.( ) tristemente

c.( ) nervosamente d.( ) timidamente

Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto.

12. São características da dama:

a.( ) bondade, simpatia e inteligência

b.( ) coragem, simpatia e desenvoltura

c.( ) persistência, teimosia e velhice

13. O gato da dama é apresentado como sendo um animal:

a.( ) bonito, terno, amigo, de boa raça e inteligente

b.( ) bonito, inteligente, pacífico e preguiçoso

c.( ) terno, amigo, raro e preguiçoso

d.( ) bonito, terno, corajoso e inteligente

14. O fenômeno que a dama não conseguia compreender era:

a.( ) a burrice do gato b.( ) a mudez do papagaio

c.( ) a inteligência do papagaio d.( ) a mudez do gato

15. O papagaio percebeu o que estava para acontecer-lhe quando:

a.( ) olhou para a sua dona b.( ) escutou o que sua dona dizia
c.( ) aproximou-se do gato d.( ) já estava para ser morto

16. Ao ter a ideia genial, a dama sentiu-se:

a.( ) arrependida por ter que sacrificar a ave

b.( ) satisfeita e recompensada

c.( ) pesarosa pelo fato de a ideia não lhe ter ocorrido antes

d.( ) temerosa de não estar certa

17. A operação que envolve a morte do papagaio até a ingestão do alimento por parte do gato durou
aproximadamente:

a.( ) 1 hora b.( ) 2 horas c.( ) 3 horas d.( ) 24 horas

Responda com sua palavras:

18. Quanto tempo era gasto diariamente pela dama com os métodos de ensino ao gato?

19. Quando foi que ocorreu à dama a fórmula que lhe pareceu adequada para fazer com que o gato falasse?

________________________________________________________

GABARITO

1. c 2. B 3. A 4. B 5. A 6. B 7. A seqüência é: b, e, a, d, f, c 8. D 9. C

10. a 11. B 12. C 13. A 14. D 15. A 16. C 17. C

18. Todo dia a dama gastava uma a duas horas tentando ensinar o gato a falar.

19. Exatamente no dia 16 de maio de 1958.


Como castigo pela sua monstruosa malvadeza, os meninos
foram condenados a olhar, todas as noites, fixamente para
a terra, para ver o que acontecera a suas mães. Seus
olhos são as estrelas.

In: SANTOS, Theobaldo Miranda – Lendas e mitos do


Brasil. São Paulo : Companhia Editora Nacional, 2004.

1) Revendo o primeiro parágrafo é possível determinar em


que tribo e em que época aconteceram os fatos narrados?
Por quê?
2) Ainda no primeiro parágrafo, o que é possível descobrir
sobre a organização social em uma tribo?
3) Observe que, a partir do segundo parágrafo, surge um
A ORIGEM DAS ESTRELAS elemento desestabilizador, ou seja, algo que determinará
um novo rumo para a narrativa. O que acontece?
Os índios bororós de Mato Grosso explicam a origem das 4) A possibilidade de receber um castigo leva os meninos a
estrelas da seguinte maneira: há muito tempo, as mulheres cometer erros ainda mais graves do que o primeiro. Qual
de uma tribo saíram à procura de milho e levaram, em sua sua opinião sobre os atos praticados pelas crianças?
companhia, um menino. Acharam grande quantidade de 5) A história explica o surgimento das estrelas como
espigas maduras. Debulharam, então, as espigas e resultado de um castigo. A que os meninos foram
socaram o milho, com o fim de fazer pão e bolo para os condenados?
homens que tinham ido à caça. 6) É adequado afirmar que a única intenção dessa história
O menino conseguiu subtrair uma porção de milho em é explicar a origem das estrelas? Explique sua resposta.
grãos e, para esconder o furto,
encheu umas taquaras que havia preparado para isso.
Voltando à sua cabana, entregou o milho à avó, dizendo: GABARITO:
- Nossas mães estão na mata fazendo pão de milho. Faz
um para mim, pois desejo comê-lo com meus amigos. 1) Não é possível determinar porque os dados são
A avó satisfez o neto. Quando o pão ficou pronto, ele e imprecisos, pois dizem que tudo aconteceu “há muito
seus amigos o comeram. Depois, para não serem tempo” e em “uma tribo”.
denunciados, amarraram os braços e prenderam a língua 2) As mulheres eram responsáveis pela preparação da
da velha. Em seguida, cortaram a língua do papagaio da comida, enquanto os homens se encarregavam da caça.
casa e puseram em liberdade todos os pássaros criados na Às crianças não cabia uma tarefa especial.
aldeia. 3) O menino que acompanhou as mulheres pega, se
Temendo a ira de seus pais, os meninos resolveram fugir permissão, uma porção de milho.
para o céu. Dirigiram-se para a floresta e chamaram o 4) Resposta pessoal.
colibri. Colocaram no bico do passarinho uma corda muito 5) Os meninos foram condenados a olhar fixamente para a
comprida, dizendo-lhe: terra, todas as noites, para ver o que tinha acontecido as
- Pega esta corda e amarra a ponta neste cipó. A outra suas mães.
extremidade prenderás lá em cima, no céu. 6) Não, porque o texto leva a uma reflexão sobre os atos
O colibri fez o que foi pedido. Então, os meninos, um após dos meninos, seus reflexos para toda a comunidade,
o outro, foram subindo, primeiro pelo cipó e, depois, pela tirando desse episódio um ensinamento para a vida.
corda que o pássaro tinha amarrado na ponta do cipó.
Nesse momento, as mães voltaram e, não achando os
filhos, perguntaram por eles à velha e ao papagaio. Não
obtiveram, porém, nenhuma resposta. Nisso, uma das
mães viu uma corda que chegava até as nuvens e nela
pendurada uma longa fila de meninos, que subia para o
céu.
Ela avisou logo às outras mulheres, e todas correram para
a mata. Imploraram, chorando, aos filhos para que
voltassem para casa, mas não foram atendidas. Os
meninos continuaram a subir. Então, as mulheres, vendo
que seus rogos eram inúteis, começaram também a subir
pelo cipó e, em seguida pela corda.
O menino que tinha roubado o milho era o último da fila e
foi, portanto, o último a chegar ao céu. Quando viu todas as
mães agarradas à corda, cortou-a. As mulheres caíram
umas sobre as outras e, ao atingirem a terra,
transformaram-se em animais selvagens.

EEEFM TEODORA BENTES TEXTO 6


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PROFESSOR: Dayan Leite
Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou
mais. Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava
caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo
mundo se abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem
me chamar de Caloca!

"O dono da bola", Ruth Rocha # Exercícios:


1) Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal
O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não da história?
tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é
a mesma coisa. 2) Quem narra a história participa dela ou não?
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia 3) Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor
a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do condições para emprestar sua bola de couro. Comprove a
Caloca que ele gritava logo: afirmação com uma frase retirada do texto.
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo 4) Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o
é jogo... secretário do time, resolveu fazer?
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me
chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto! 5) Qual era o nome do time?
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos 6) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse
entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos continuado com o mesmo comportamento de antes, tu
treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do achas que o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta.
jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto 7) Relacione as ações às reações dos personagens:
estava sempre procurando encrenca: (1) O juiz marca falta.
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo! (2) Catapimba fez uma reunião para resolver o problema.
– Se eu não for o capitão do time, vou embora! (3) Caloca se arrepende e pede para voltar ao time.
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola! (4) O time conquista a vitória no campeonato.
E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a
bola embora e adeus, treino. ( ) Caloca retira-se do time, isolando-se dos colegas.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer ( ) Todos se abraçam e gritam “viva”.
uma reunião: ( ) Caloca grita: “Assim eu não jogo mais! Dá aqui a
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. minha bola!”
Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o ( ) Os colegas recebem Caloca de volta ao time.
treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva: 8) Carlos Alberto apresenta características diferentes no
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser! decorrer dos três momentos da narrativa. Faça a devida
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso associação:
que nós não vamos ganhar campeonato nenhum! (1) 1° momento (2) 2° momento (3) 3° momento
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de
time, que nem bola tem. ( ) solitário ( ) briguento ( ) cooperativo
E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço. ( ) egoísta ( ) zangado ( ) arrependido
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós ( ) chantagista ( ) amigável ( )
passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a encrenqueiro
parede. Acho que a parede era o único amigo que ele
tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser
muito divertido.

EEEFM TEODORA BENTES TEXTO 6


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PROFESSOR: Dayan Leite
Leia o texto abaixo, de Marina Colasanti: B. apesar de todas as investidas do homem em modificar a
mulher, ele continuou a seduzir os homens.
Para que ninguém a quisesse C. a mulher reagiu às atitudes do homem e tornou-se dona
de seu próprio destino.
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, D. as ações do homem demonstram a insegurança dele em
mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de relação à mulher.
se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e
ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse 5. Imagine que você é a/o autora/autor desse texto e crie
fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as outro final para ele.
roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo
que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à 6. A pontuação é importante para o que se quer afirmar em
passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos uma informação. Pontue a frase abaixo de duas formas,
cabelos. em uma, torne-a feminista, em outra, machista.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas · Se os homens soubessem o valor que têm as
vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva mulheres andariam de quatro.
como um gato, não mais atravessava praças. E evitava
sair. 7. Na frase: “pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, cabelos.” a palavra em negrito tem como referente:
permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, A. mulher B. tesoura
mimetizada com os móveis e as sombras. C.roupas D.passagem.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em
seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo 8. Na frase: “...Esquiva como um gato”, temos uma relação
inflamado que tivera por ela. de:
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. A. causa B. explicação
À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o C. comparação D. conformidade
que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem 9. O título do texto “ Para que ninguém a quisesse traz
pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma uma ideia de:
gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa
de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a A. finalidade B. causa
cômoda. COLASANTI, Marina. "Para que ninguém a C. condição D. Adição
quisesse".
In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. 10. O texto é narrado em:
P. 111-2. A. 1ª pessoa do singular B. 3ª pessoa do singular
C. 1ª pessoa do plural D. 3ª pessoa do plural.
1. Em relação às tipologias textuais, podemos classificar o
texto: Para que ningém a quisesse, como:
A. Narração B. descrição
C. dissertação D. receita.

2. De acordo com o texto acima, responda:


A. O que levou o homem a tomar algumas atitudes em
relação à mulher?
B. Que atitudes ele tomou em relação à mulher?
C. Como a mulher reagiu às atitudes do homem?
D. Por que os personagens do texto são tratados por
mulher e homem?
E. Você considera as atitudes do marido “uma forma de
violência”? Como agir diante de um fato dessa natureza?

3. O sentido de MIMETIZAR no texto, é:


A. adaptar-se aos móveis, objetos e coisas da casa.
B. expressar-se através de mímicas.
C. exprimir-se através de gestos.
D. empenhar-se em dissimular doenças.

4.De acordo com o texto, podemos inferir que:


A. todas as atitudes do homem em relação à mulher foram
de respeito e carinho.

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COMUNICAÇÃO Luís Fernando Veríssimo - É de, sei lá. De metal.
- Muito bem. De metal. Ela se move?
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo - Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos.
menos, saber comunicar o que você quer. Imagine- É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.
se entrando numa loja para comprar um... um... - Tem mais de uma peça? Já vem montado?
como é mesmo o nome? - É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.
- Posso ajudá-lo, cavalheiro? - Francamente...
- Pode. Eu quero um daqueles, daqueles... - Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta
- Pois não? aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.
- Um... como é mesmo o nome?- Sim? - Ah, tem clique. É elétrico.
- Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A - Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.
palavra me escapou por completo. É uma coisa - Já sei!
simples, conhecidíssima. - Ótimo!
- Sim senhor. - O senhor quer uma antena externa de televisão.
- O senhor vai dar risada quando souber. - Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...
- Sim senhor. - Tentemos por outro lado. Para o que serve?
- Olha, é pontuda, certo? - Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que
- O quê, cavalheiro? prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no
- Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, sulco e prende as duas partes de uma coisa.
entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, - Certo. Esse instrumentos que o senhor procura funciona mais ou
aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma menos como um gigantesco alfinete de segurança e...
espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra - Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!
volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... - Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme,
Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um cavalheiro!
sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de - É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo
sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É o nome?
isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?
- Infelizmente, cavalheiro... INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
- Ora, você sabe do que eu estou falando. 1) Esse texto mostra o diálogo entre duas personagens:
- Estou me esforçando, mas... a) Quem são as personagens?
- Escuta. Acho que não podia ser mais claro. b) Onde as personagens estão?
Pontudo numa ponta, certo? _______________________________________________________
- Se o senhor diz, cavalheiro.
- Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei 2) O narrador da história também é personagem?
que é pontudo numa ponta. Posso não saber o
nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei 3) O homem enfrenta dificuldades para comprar o que quer.
exatamente o que eu quero. a) Por que ele não consegue comprar o que deseja?
- Sim senhor. Pontudo numa ponta. b) Podemos afirmar que o vendedor não está se esforçando em
- Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem? entender o homem? Por quê?
- Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa c) Como é o objeto que o homem quer comprar?
coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o d) Finalmente, qual é o objeto a ser comprado?
senhor desenha para nós?
- Não. Eu não sei desenhar nem casinha com
fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em
desenho.
- Sinto muito.
- Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade,
estou muito bem de vida. Não sou um débil mental.
Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me
esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo
bem. O desenho não me faz falta. Lido com
números. Tenho algum problema com os números
mais complicados, claro. O oito, por exemplo.
Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou
um débil mental, como você está pensando.
- Eu não estou pensando nada, cavalheiro.
- Chame o gerente.
- Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de
que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o
senhor quer, é feito do quê?

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PROFESSOR: Dayan Leite
fica ligado, gravando. Pouco depois a fita acaba.
Na manhã seguinte, certa do seu triunfo, a velha roda a
fita. Ouvem-se alguns minutos de silêncio. Depois, alguém
roncando.
- Rarrá! - diz a velha, feliz.
Pouco depois ouve-se o ronco de outra pessoa, a velha
também ronca!
- Rarrá! - diz o velho, vingativo.
E em seguida, por cima do contraponto de roncos, ouve-se
um sussurro. Uma voz sussurrando, leitor. Uma voz
indefinida. Pode ser de homem, de mulher ou de criança. A
princípio - por causa dos roncos - não se distingue o que
ela diz. Mas aos poucos as palavras vão ficando claras.
São duas vozes.
É um diálogo sussurrado.
SOZINHOS - Luís Fernando Veríssimo "Estão prontos?"
"Não, acho que ainda não..."
Esta idéia para um conto de terror é tão terrível que, logo "Então vamos voltar amanhã..."
depois de tê-la, me arrependi. Mas já estava tida, não
adiantava mais. Você, leitor, no entanto, tem uma escolha. VOCABULÁRIO
Pode parar aqui, e se poupar, ou ler até o fim e 1) ENCONTRE, NO TEXTO, PALAVRAS QUE
provavelmente nunca mais dormir. Vejo que decidiu SIGNIFIQUEM:
continuar. Muito bem, vamos em frente. Talvez, posta no a) diferencia: ________________ f) moderação:
papel, a idéia perca um pouco do seu poder de susto. Mas _______________
não posso garantir nada. É assim: b) loucura: __________________ g) confusão:
Um casal de velhos mora sozinho numa casa. Já criaram ________________
os filhos, os netos já estão grandes, só lhes resta implicar c) firmar:________________ h)
um com o outro. Retomam com novo fervor uma discussão briga:__________________
antiga. Ela diz que ele ronca quando dorme, ele diz que é d) agitado:________________ i) ardor:
mentira. _________________
- Ronca. e) esbanjadas: _____________ j) sucesso:
- Não ronco. __________________
- Ele diz que não ronca - comenta ela, impaciente, como se
falasse com uma terceira pessoa. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Mas não existe outra pessoa na casa. Os filhos raramente 1) Segundo o narrador, uma das maneiras de controlar a
visitam. Os netos, nunca. A empregada vem de manhã, faz demência solta no mundo é
o almoço, deixa o jantar e sai cedo. a) deixar os escritores falando sozinhos. d) não ler o que os
Ficam os dois sozinhos. escritores escrevem.
- Eu devia gravar os seus roncos, pra você se convencer - b) escrever histórias de terror. e) Ler o que os escritores
diz ela. E em seguida tem a idéia infeliz. - É o que eu vou escrevem.
fazer! Esta noite, quando você dormir, vou ligar o gravador c) escolher o que ler.
e gravar os seus roncos. 2) De acordo com o texto “exercer este ofício, esta
- Humrfm - diz o velho. danação” refere-se:
Você, leitor, já deve estar sentindo o que vai acontecer. a) se comparar a Shakespeare. d) ligar o gravador.
Pare de ler, leitor. Eu não posso parar de escrever. Às b) assustar os outros. e) gravar o casal dormindo.
idéias não podem ser desperdiçadas, mesmo que nos c) escrever histórias.
custem amigos, a vida ou o sono. Imagine se Shakespeare 3) No final do texto o narrador destaca um diálogo que
tivesse se horrorizado com suas próprias idéias e deixado apareceu na gravação. Quem, supostamente estava
de escrevê-las, por puro comedimento. Não que eu queira conversando?
me comparar a Shakespeare. Shakespeare era bem mais
magro. Tenho que exercer este ofício, esta danação. Você, 4) Qual era o motivo da discussão do casal de velhos?
no entanto, não é obrigado a me acompanhar, leitor. Vá
passear, vá tomar um sol. Uma das maneiras de controlar
a demência solta no mundo e deixar os escritores falando
sozinhos, exercendo sozinhos a sua profissão malsã, o seu
vício solitário. Você ainda está lendo. Você é pior do que
eu, leitor. Você tinha escolha.
Sozinhos. Os velhos sozinhos na casa. Os dois vão para a
cama. Quando o velho dorme, a velha liga o gravador. Mas
em poucos minutos a velha também dorme. O gravador

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( ) a sermos independentes dos bens materiais.
6.Leia o trecho para um colega.

O dinheiro em si não é bom nem mau. O que a Bíblia


ensina é que: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os
males” (I Timóteo 6.10). A Bíblia nos ensina que devemos
usar coisas e amar pessoas. Deus nos diz que pessoas
são mais importantes do que bens.
7. De acordo com o texto acima:
As coisas foram feitas para serem
__________________________________ e as
________________________ para serem amadas.
8. Pergunte à pessoa para quem você leu o trecho acima o
que ela entendeu do versículo que aparece no texto.
9. E você, o que pensa: o dinheiro é bom ou mau?
Justifique.
10. Escreva uma frase usando as palavras dinheiro e
pessoas. Seja criativo(a)!
11. Quando falamos sobre dinheiro, aparecem alguns
termos ou expressões curiosas, como:

“fulano é de meia pataca”


1.Relacione a linguagem não-verbal utilizada no cartaz aos “isso não vale um vintém”
seus significados: Preste atenção nas expressões destacadas abaixo:
a) fundo escuro Ricardo é tão pão-duro!
b) vela de dinheiro João é mão-aberta.
Que homem avarento!
c) mãos postas Neste açougue não vendemos fiado.
d) cintilar do ouro e das moedas - O que essas expressões significam? Anote.
( ) prece, súplica Obs. Ver texto que acompanha o cartaz em postagem
anterior
( ) penumbra, sombra
( ) ambição e desamor
( ) drama, angústia
2. Abrir os olhos sobre as necessidades do próximo
significa viver:
( ) na solidão.
( ) em fraternidade.
( ) com ganância.
3. Encontre no texto o sinônimo das palavras:
a) ambição
b) escuridão
c) sem necessidade
d) brilho
4.São ideias contidas no texto:
( ) O dinheiro é mau.
( ) Vivemos num mundo domindo pelo mercado.
( ) Quem deposita sua felicidade no dinheiro, é escravo
dele.
( ) Sentimentos de fraternidade não devem fazer parte de
nosso dia-a-dia.
5.O cartaz nos convida:
( ) a abandonar tudo que temos e conquistamos.

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( ) narrativo.
( ) instrucional.
2. Qual é o tema da CF 2011?
3. O lema "A criação geme em dores de parto" refere-se:
( ) à vitória da vida sobre a morte.
( ) ao sofrimento causado pela degradação do ambiente.
( ) à presença da borboleta.
4. O cartaz possui dois planos. No segundo plano,
percebemos:
( ) a borboleta e a hera sobre o muro.
( ) a poluição causada por atividades humanas.
( ) o broto incrustado no muro.
5. A presença da borboleta em primeiro plano representa:
( ) a esperança.
( ) a poluição.
( ) a dor.
6. Relacione as palavras aos sinônimos:
a) degradando
b) plúmbeo
c) contraste
d) incrustadas
e) áspero
f) rompe
( ) cor de chumbo.
O cartaz possui dois planos. Ao fundo observa-se uma ( ) move.
fábrica que solta fumaça, poluindo e degradando o ( ) oposição.
ambiente, deixando o céu plúmbeo, intoxicado e
( ) duro.
acinzentado.
A figura do rio, com a água escurecida e suja, representa ( ) destruindo.
também a parte natural sendo devastada, influenciando no ( ) agarradas.
aparecimento das enchentes e no aumento do nível do
mar, ações estas provocadas pelo ato errado do homem.
Em contraste a isso, vemos em primeiro plano uma mureta,
onde, em meio à devastação, ainda existe vida. Nela, um
pequeno broto e um cipreste (hera), com suas raízes
incrustadas, criando um microecossistema, ainda insistem
em viver mesmo diante de um cenário áspero. A imagem é,
portanto, referência ao lema: "A criação geme em dores de
parto" (Rm 8,22).
Apesar de todo o sofrimento que a criação enfrenta ao
longo dos tempos, de todos os seus 'gritos de dor' - a vida
rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança,
representada pela borboleta, que mesmo com uma vida
curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do
planeta.

ESTUDO DO TEXTO
1. O cartaz é um tipo de texto:
( ) informativo.
( ) publicitário.
Dinâmica "Jogo do Abecedário"

Aula: “Jogo do Abecedário”

Tema: “No cinema”

Ele: “Aí, vai um Halls?”


Ela: “Brigada!”
Ele: “Cibele, cê é mó gata!”
Ela: “Desculpa, não te escutei bem.”
Ele: “Eu disse que cê é muito maneira.”
Ela: “Faz o favor de tirar a sua mão da minha coxa!”
(...)

Em duplas, os alunos vão escrever uma cena teatral em que cada um terá que iniciar a fala com a próxima letra do
alfabeto, de “A” a “A”. Tal como o exemplo abaixo:
Sugestões de tema:
“No alto de uma roda gigante”
“No estádio de futebol lotado”
“Turbulência no voo”
“No zoológico”
“Preso no elevador”

Atividade sobre Regência verbal e nominal – Sintaxe de colocação -


9º ano
1. Leia estes anúncios da revista "Casa":

Nos dois anúncios, observa-se a presença do verbo chegar.


a) Em qual deles a regência desse verbo está de acordo com as prescrições da norma-padrão formal?
b) Na sua opinião, qual dos anúncios apresenta uma linguagem mais próxima do leitor? Por quê?
c) Justifique o emprego da crase na frase do primeiro anúncio.
1. O anúncio foi publicado num momento em que o país passava por um racionamento de energia. Sobre o espelho (peça
de plástico que cobre a caixa de tomadas), há várias mensagens.
a) Que relação há entre essas mensagens e o momento em que o anúncio foi publicado?
b) Que outras duas redações poderiam ser dadas à frase “Entrada proibida”, sem fugir ao que recomenda a norma-padrão
da língua?
2. Observe o enunciado principal, abaixo da figura. Imagine que o anunciante, em vez da expressão outro jeito,
empregasse a expressão outras formas. Nesse caso:
a) Como ficaria todo o enunciado?
b) O que justificaria a alteração ocorrida com o verbo existir? .
c) Como ficaria o enunciado se, além de substituirmos outro jeito por outras formas, substituíssemos o verbo existir por
haver?

# Proposta:
Entregue aos alunos uma pequena folha que conterá um item a partir do qual o aluno deverá criar 6 palavras. Os itens
devem ser os que seguem abaixo, de forma que cada item fique com um aluno e itens repetidos fiquem com alunos que
sentem distantes.

1- Nomes de atores preferidos


2- Nomes de lugares que conheço
3- Nomes de animais
4- Nomes dos sentimentos que me fazem chorar
5- Nomes de emoções que gosto de sentir
6- Nomes de ações que gosto de praticar
7- Nomes de profissões
8- Nomes de palavras que posso formar a partir da palavra “flor” (ex. floreira)
9- Nomes de palavras formadas por duas outras palavras (ex.: guarda-chuva)
10- Nomes de frutas favoritas
11- Nomes de esportes que pratico
12- Nomes de objetos que tenho em casa

"Charada de Einstein"

Dizem que o próprio Einstein bolou o enigma abaixo, em 1918, e que pouca gente, além dele, conseguiria resolvê-lo.
Então, esta é a sua chance de se comparar à genialidade do mestre. Queime a mufa!
Numa rua há cinco casas de cinco cores diferentes e em cada uma mora uma pessoa de uma nacionalidade. Cada
morador tem sua bebida, seu tipo de fruta e seu animal de estimação.
A questão é: quem é que tem um peixe? Siga as dicas abaixo:
1) Sabe-se que o inglês vive na casa vermelha; o suíço tem cachorros; o dinamarquês bebe chá.
2) A casa verde fica à esquerda da casa branca; quem come goiaba cria pássaros; o dono da casa amarela prefere
laranja.
3) O dono da casa verde bebe café; o da casa do centro bebe leite; e o norueguês vive na primeira casa.
4) O homem que gosta de abacate vive ao lado do que tem gatos; o que cria cavalos vive ao lado do que come laranja; e
o que adora abacaxi bebe cerveja.
5) O francês só compra maçã; o norueguês vive do lado da casa azul; e quem traz abacate da feira é vizinho do que bebe
água.
Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:

APRENDE A ESCREVER NA AREIA


Malba Tahan

(Lenda oriental)

Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas extensas estradas que circulam as tristes e sombrias

montanhas da Pérsia. Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.

Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte

espreitava os mais afoitos e temerários.

Era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi

infeliz. Falseando-lhe o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante das águas em revolta. Teria ali

perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.

Este, sem um instante de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer

a salvo o companheiro de jornada.

- Que fez Mussa?

Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis servos e ordenou-lhes gravassem na face mais lisa de

uma grande pedra, que perto se erguia, esta legenda admirável:

"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib salvou, heroicamente, seu amigo Mussa".

Isto feito, prosseguiram com suas caravanas pelos intérminos caminhos de Allah.

Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio,

naquele mesmo lugar perigoso e trágico.

E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora do lajedo

que ostentava bem no alto a honrosa inscrição.

Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.

Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros.

Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que

fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o

seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:


"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou, gravemente, o seu

amigo Mussa".

Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:

- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na

pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever

na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.

Todos os que transitarem por este sítio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de

areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido, como um traço de espumas entre as ondas buliçosas do

mar. Respondeu Mussa:

É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. .

. Essa negra injúria... Escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e

desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!

- Assim é, meu amigo! Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes, os benefícios que te

fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estimulo que ouvires.

Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem

pela estrada agreste da vida.

Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz !

Disponível em: <http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto025.shtml>. Acesso em: 09/05/2011.

1. Que elementos do texto nos permitem deduzir que os amigos Mussa e Nagib têm uma condição social elevada?

2. Com que expressão personificada (com características humanas) o narrador acentua os perigos do grande rio

barrento e impetuoso?

3. Segundo o narrador, a queda de Mussa foi causada por nervosismo, temor ou arrojamento? Justifique.

4. O que fez Mussa para que a lembrança da gratidão a Nagib não fosse efêmera (passageira)?
5. Por que Mussa gravou a injuria de Nagib na areia?

6. Qual a situação final da narrativa? Ele encerra a lição?


A Festa do Folclore
1- leia o texto com atenção:

A FESTA DO FOLCLORE

Maria Hilda de J. Alão.

No mundo das lendas e dos mitos do Brasil havia um grande alvoroço. Estava chegando o dia de festejar o Folclore brasileiro.

A Mula-sem-cabeça, agitada, preparava as bandeirinhas coloridas, o Saci-pererê, que havia prometido ajudar, fazia suas

peraltices trançando as crinas dos cavalos das fazendas, quando se lembrou da promessa correu para ajudar a Mula a enfeitar

o terreiro. Ele dizia:

- Comadre Mula-sem-cabeça, eu não sei se vai vir muita gente. Hoji está tudo tão isquisito!

A Mula-sem-cabeça, cortando as bandeirinhas, perguntou:

- Por causa de quê, compadre ?

- Minina, tu num sabe não? O pessoal desse país anda inventando umas festanças que eu não sabia que inxistia. Um tal de

Dia das Bruxas. Você conhece, aqui nu Brasil, essa tal de Bruxa?

- Nunca ouvi falar dessa tal senhora. – respondeu a Mula-sem-cabeça.

Foi neste momento que chegou o Boitatá e ouviu boa parte da conversa. Ele disse:

- Meu amigo lobisomem me disse que ela é dama da terra de uns gringos. Ele também não entende porque ensinam as

crianças a festejar um costume que não é do povo brasileiro.

Estavam nesta conversa animada quando chegou o Curupira. Ele trazia a carne para o churrasco que não deve faltar em

qualquer festa. O Lobisomem chegou avisando que antes do sol nascer ele teria de voltar para casa. O Negrinho do Pastoreio

veio lá do Rio Grande do Sul montado num cavalo baio.

O terreiro estava lindo. O trabalho dos personagens folclóricos ficou perfeito. Faltava a luz para iluminar tudo, pois chegariam

muitas crianças. O Saci deu a ordem:

- Dona Mula-sem-cabeça, acenda as tochas com o seu fogo!

Ela obedeceu. O terreiro ficou claro como o dia. A meninada começou a chegar. As crianças foram sentando e, curiosas,

perguntavam, umas às outras, como seria o saci, o boitatá, o lobisomem. Elas nunca viram nenhum deles. Todas sentaram-se

e abriu-se a cortina do palco. O Saci apareceu. As crianças bateram palmas e diziam:

- Ele é igualzinho que aparece nos livrinhos de histórias. É tudo igualzinho.

O Saci se curvou para agradecer e disse em voz alta:

- Meninada, vai cumeçá a festa do folclore!

E surgiu o Boitatá, grande cobra de fogo. O Curupira, com seus pés para trás, sentou no chão do palco e narrou as suas

aventuras em defesa das matas e dos animais. O mesmo fez o Lobisomem e o Negrinho do Pastoreio. A história dele é muito

bonita, pois Nossa Senhora o salvou dos maus tratos que ele sofria na fazenda. Os olhos da garotada ficaram cheios de

lágrimas de tanta emoção. – Ainda bem que Nossa Senhora cuida das criancinhas! – disse uma delas enxugando os olhos com

a manga da blusa.

Conhecida a lenda de todos, o Saci anunciou a segunda parte da festa. Era o momento das cantigas e das danças. E como foi

bonito ver as crianças, vestidas com roupas alusivas à data, cantando e dançando, mostrando a riqueza do folclore do Brasil.

2- Responda :
a- Quais foram os personagens do Folclore que participaram da festa ?

b- Quem organizou a festa ?

c- O Saci teve medo de que não fosse muita gente á festa porque ele acha que as coisas estão muito esquisitas hoje em dia. O

que ele acha esquisito ?

d- A festa aconteceu de dia ou à noite ? Como você sabe ?

3- Marque a alternativa correta:

a- Segundo o texto a dama da terra de uns gringos é a:

( ) Iara ( ) Mula-sem-cabeça ( ) Bruxa ( ) Meninada

b- A carne para o churrasco foi trazida pelo :

( ) Boto ( ) Saci ( ) Curupira ( ) Lobisomem

c- No texto, o adjetivo agitada foi usado para dizer como estava:

( ) o Saci ( ) a Mula-sem-cabeça ( ) a meninada ( ) o Lobisomem

4- Numere os parágrafos do texto, localize as frases abaixo, destaque os pronomes pessoais e escreva a quem se referem:

a- Ele dizia. ( primeiro parágrafo ) ____________________

b-Comadre Mula-sem-cabeça eu não sei se vai vir muita gente. ( 2º parágrafo ) ____________

c- Menina, tu não sabe não ? ( 5º parágrafo ) ___________________

d- Meu amigo Lobisomem disse que ela é a dama da terra de uns gringos. (8º parágrafo) ______________ e- Ela obedeceu. (

11º parágrafo ) ___________________

f- Ele é igualzinho que aprece nos livros de história. ( 13º parágrafo ) _________________

5- No texto aparecem cinco palavras escritas erradas. Circule essas palavras e reescreva-as corretamente:

6- Reescreva as frases fazendo a concordância necessária:

a- A meninada começou a chegar.

* Nós _____________________________________________________________

* Eles _____________________________________________________________

* A gente ___________________________________________________________

* Ela _______________________________________________________________

b-O Saci foi à festa.

*Eu ______________________________

*Nós _____________________________

*Eles _____________________________
*A gente __________________________

*Ela ______________________________

7- Reescreva as frases substituindo as palavras destacadas por pronomes pessoais:

Mula-sem-cabeça preparava as bandeirinhas coloridas.

b- O saci estava aprontando peraltices.

c- A história dele é muito bonita.

d- Eu e meus amigos fomos à festa.

Rara, imensa e malcheirosa


Rara, imensa e malcheirosa

A notícia de seu desabrochar no dia 21 de março, atraiu multidões para um jardim botânico na ilha de Java, no sudeste

asiático. Isso porque a Amorphophallus titanum é a maior flor do mundo. Também é uma das mais raras: floresce apenas de

quatro em quatro anos e sobrevive por alguns poucos dias. Mas ela não é peculiar somente por causa da raridade: carnívora

que vive de insetos caídos em suas pétalas pegajosas, a titanum exala um odor definido por alguns como “uma mistura de

peixe estragado com açúcar queimado”. Ou, de forma mais direta, por outros como “um insuportável fedor de rato podre”.

Revista Superinteressante, 7 julho 1994.

Analisando o texto

1) Qual o assunto da notícia que você leu?

________________________________________________________________

2) Qual o nome da flor?

________________________________________________________________

Jardim botânico é o lugar onde se cultivam plantas ornamentais, úteis ou para estudo.

3) Por que a A. titanum está num jardim botânico?

________________________________________________________________

4) Usando as informações do texto e a referência bibliográfica, escreva o dia, o mês e o ano que a A. titanum floresceu.

Dia: _________ mês: ___________________ Ano: ________________

5) Como você descobriu o ano em que isso aconteceu?


________________________________________________________________

6) Em que anos ela vai florescer novamente? Que informação do texto lhe permite afirmar isso?

_____________________________________________

________________________________________________________________

7)Você já viu jornal, canal de televisão ou alguma revista noticiar que uma rosa floresceu no jardim de uma casa? Por quê?

____________________________________________________________________________________________________

____________________________

a Então, por que a A. titanum foi notícia? Por que ela atraiu multidões para vê-

la?__________________________________________________________________________________________________

___________________________

8) De acordo com a notícia, de que essa flor vive?

____________________________________________________________________________________________________

____________________________

9) Como as pessoas definem o cheiro dessa flor?

____________________________________________________________________________________________________

____________________________

10) Qual a palavra usada no título do texto para dizer que essa flor:

· é incomum, diferente, especial? _______________________________

· é muito grande, enorme? ____________________________________

· exala um cheiro desagradável? _______________________________

11) Agora, escreva sobre o título do texto.

a) Por que foi escrito com letras grandes e escuras?

________________________________________________________________

b) Ele consegue atrair a atenção de quem vai ler a notícia?

________________________________________________________________

12) Que outro título você daria a esse texto para chamar ainda mais a atenção de quem fosse ler? Escreva-o.

________________________________________________________________

Rara, imensa e malcheirosa


Rara, imensa e malcheirosa

A notícia de seu desabrochar no dia 21 de março, atraiu multidões para um jardim botânico na ilha de Java, no sudeste

asiático. Isso porque a Amorphophallus titanum é a maior flor do mundo. Também é uma das mais raras: floresce apenas de

quatro em quatro anos e sobrevive por alguns poucos dias. Mas ela não é peculiar somente por causa da raridade: carnívora

que vive de insetos caídos em suas pétalas pegajosas, a titanum exala um odor definido por alguns como “uma mistura de

peixe estragado com açúcar queimado”. Ou, de forma mais direta, por outros como “um insuportável fedor de rato podre”.

Revista Superinteressante, 7 julho 1994.

Analisando o texto

1) Qual o assunto da notícia que você leu?

________________________________________________________________

2) Qual o nome da flor?

________________________________________________________________

Jardim botânico é o lugar onde se cultivam plantas ornamentais, úteis ou para estudo.

3) Por que a A. titanum está num jardim botânico?

________________________________________________________________

4) Usando as informações do texto e a referência bibliográfica, escreva o dia, o mês e o ano que a A. titanum floresceu.

Dia: _________ mês: ___________________ Ano: ________________

5) Como você descobriu o ano em que isso aconteceu?

________________________________________________________________

6) Em que anos ela vai florescer novamente? Que informação do texto lhe permite afirmar isso?

_____________________________________________

________________________________________________________________

7)Você já viu jornal, canal de televisão ou alguma revista noticiar que uma rosa floresceu no jardim de uma casa? Por quê?

____________________________________________________________________________________________________

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a Então, por que a A. titanum foi notícia? Por que ela atraiu multidões para vê-

la?__________________________________________________________________________________________________

___________________________

8) De acordo com a notícia, de que essa flor vive?

____________________________________________________________________________________________________
____________________________

9) Como as pessoas definem o cheiro dessa flor?

____________________________________________________________________________________________________

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10) Qual a palavra usada no título do texto para dizer que essa flor:

· é incomum, diferente, especial? _______________________________

· é muito grande, enorme? ____________________________________

· exala um cheiro desagradável? _______________________________

11) Agora, escreva sobre o título do texto.

a) Por que foi escrito com letras grandes e escuras?

________________________________________________________________

b) Ele consegue atrair a atenção de quem vai ler a notícia?

________________________________________________________________

12) Que outro título você daria a esse texto para chamar ainda mais a atenção de quem fosse ler? Escreva-o.

________________________________________________________________

Enigma das casas

Enigma das casas

Meu nome é Lídia. Tenho 7 anos. Minha casa fica na esquina.

Na minha rua há muitas crianças.

Minha melhor amiga é Cristiana, que mora na 2ª casa depois da minha.

Daniela, que também é muito amiga, mora numa casa azul.

Eu também gosto do André, mas ele não é meu vizinho.

Fábio tem um gato, que está sempre querendo pegar o passarinho da casa do vizinho.

Meu cachorro implica muito com o gato do Fábio.

Eu só fico imaginando a alegria desse gato se ele descobrisse os peixes que tem na casa da esquina.

Ia ser um belo almoço!

Ainda bem que o outro bicho que mora lá na minha rua é uma pacata tartaruga.

casa - casa - casa - casa - casa

laranja - vermelha - branca - amarela - azul


......................................................................................................................

1- Leia o texto, observe as palavras destacadas e responda:

a- Quem mora na casa laranja? Que bicho tem?

.....................................................................................................................

b- Quem mora na casa vermelha? Que bicho tem?

......................................................................................................................

c- Quem mora na casa branca? Que bicho tem?

......................................................................................................................

d-- Quem mora na casa amarela? Que bicho tem?

...................................................................................................................

e- Quem mora na casa azul? Que bicho tem?

Como surgem os bichos das frutas


Leia com atenção o texto abaixo.

COMO SURGEM OS BICHOS DAS FRUTAS?

Os bichos de goiaba, pêssego, manga, laranja e outras nascem dentro das frutas.

As fêmeas adultas de um tipo de mosca — a mosca-das-frutas — perfuram as cascas das frutas maduras e depositam os ovos

que se transformam em larvas. Estas se alimentam ali dentro, até deixarem o interior das frutas para cair no chão.

“Se ingeridas, as larvas não produzem nenhum efeito patológico para o ser humano”, afirma o médico veterinário e

entomologista, José Guimarães, da Universidade de São Paulo.

No entanto, elas são as responsáveis pela má qualidade das frutas, que ficam impróprias para o consumo.

(SUPERINTERESSANTE, Maio/ 1992)

1) A idéia do primeiro parágrafo é:

Os bichos das frutas nascem dentro das próprias frutas.

E a idéia básica do último parágrafo, qual é?

2) Lendo novamente o texto, observe que o autor se utilizou de certas palavras para não repetir outras ou para fazer a ligação

entre as partes do texto. Escreva a quem estão se referindo as palavras seguintes.

a) OUTRAS ( 1º parágrafo) ______________________

b) ESTAS ( 2º parágrafo) _______________________


c) ELAS ( 4º parágrafo) ________________________

3) No segundo parágrafo, também para evitar a repetição, foi utilizada a expressão ALI DENTRO. Nesse parágrafo, aparece

outra palavra com a mesma significação. Qual é?

4) Por que o período abaixo aparece entre aspas (“...”) no texto?

“Se ingeridas, as larvas não produzem nenhum efeito patológico para o ser humano.”

5) Procure no dicionário o significado de ENTOMOLOGISTA e reescreva ( no caderno) o terceiro parágrafo utilizando, no lugar

dessa palavra, outra ou outras com o mesmo significado.

TEXTO: MEU IDEAL SERIA ESCREVER... – Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está naquela casa cinzenta quando lesse
minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais
engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos
a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse
como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa (que não sai de
casa), enlutada (profundamente triste), doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois
repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante
irritada como o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir,
o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da
história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um,
ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de
estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão
irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que
ocomissário ((autoridade policial) do distrito (divisão territorial em que se exerce autoridade administrativa, judicial,
fiscal ou policial), depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres
colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que
assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea
homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a
um persa(habitante da antiga Pérsia, atual Irã), na Nigéria (país da África), a um australiano, em Dublin (capital da
Irlanda), a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu
encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho
dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até
hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela
que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história
do céu que se filtrou (introduziu-se lentamente em) por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é
minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal
começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando
pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela
pequena casa cinzenta de meu bairro.

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

01) Por que o autor deseja escrever uma história engraçada?


02) Por que ele diz que a moça tem uma casa cinzenta, e não verde, azul ou amarela?
03) Ao descrever um raio de sol, o autor lhe atribui características que, de certa forma, se opõem às da moça. Cite
algumas dessas características opostas.
04) Como você interpretaria a oração “que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria”?
05) O autor sonha em tornar mais felizes e sensíveis apenas as pessoas de seu país? Justifique.
06) Relacione as colunas conforme as reações das pessoas diante da história:
(a) moça triste ( ) libertaria os detentos, dizendo-lhes para se comportarem, pois não gostava de
prender ninguém
(b) amigas da moça triste ( ) sentir-se-ia tão feliz que se lembraria do alegre tempo de namoro
(c) casal mal-humorado ( ) ficariam espantadas com a alegria repentina da moça
(d) comissário do distrito ( ) concluiria que teria valido a pena viver tanto, só para ouvir uma história tão
engraçada
(e) sábio chinês ( ) ficaria feliz e contaria a história para a cozinheira e as amigas
07) Por que o autor não contaria aos outros que havia inventado a história engraçada para alegrar a moça triste e
doente? Copie a alternativa correta:
(a) porque, na verdade, a moça triste não existia
(b) por que ele mesmo não achava a história engraçada
(c) por modéstia e humildade
(d) porque não acreditariam que ele fosse capaz de inventar aquela história

08) Afinal, que história Rubem Braga inventou para alegrar e comover tantas pessoas?
09) Na sua opinião, o que mais sensibiliza as pessoas: histórias engraçadas ou dramáticas? Justifique.
Gabarito

Fonte: Luciliane

1) Faça a leitura do texto com bastante atenção.


2) De acordo com o entrevistado, o que contribui mais para o desenvolvimento da

imaginação: a leitura ou a TV? Explique.

3) O que você prefere: ler ou assistir à TV? Por quê?

4) Você concorda com a idéia de que quem assiste muito à TV fica pobre de imaginação?

Justifique sua resposta.

5) De acordo com Carlos Eduardo Novaes, um estudo da UNESCO mostrou que o

brasileiro passa em média 4 horas por dia assistindo à TV. Qual é sua opinião sobre

esse fato? Esse tempo gasto na frente da TV é muito ou pouco?

6) Escolha a frase que se refere à opinião do entrevistado sobre Literatura e TV.

( ) o ideal seria ler mais e assistir menos à TV.

( ) o ideal seria assistir mais à TV e ler menos.

( ) o ideal seria dedicar-se às duas coisas sem conflito.

Drama

Eu sei que ela é como eu.


Afinal, a gente se conhece
desde o dia em que nasceu.
Pai vizinho, mãe comadre,
mesma rua, mesma infância,
mesma turma, mesma escola.

Eu sei que ela é como eu.


Brinquedos e jogos iguais,
passeios de bicicleta,
aventuras de quarteirão.
Repartidas descobertas,
segredos a quatro mãos.

Eu sei que ela é como eu.


E sei também, por saber
de idéia e de coração,
que por mais que ela disfarce
gosta de mim pra valer,
não como amiga ou irmã.

Então por que (eu pergunto)


faz de conta não querer
ser a minha namorada?

Sendo assim tão como eu


não é justo me trocar
por um idiota grandão,
só porque eu não sou mais velho
do que a nossa emoção.
Carlos Queiroz Telles

a) Sobre o que fala o poema?


b) Quantos anos você acha que tem o eu-lírico (a voz que fala no poema)? Justifique.
c) Que frase é repetida em várias estrofes? Por que você acha que isso acontece?
d) Os personagens do poema são namorados? Como você percebeu?
e) Você já gostou de alguém que não gostava de você? Como se sentiu?
f) A pessoa sabia de seu sentimento?
g) Que conselho você daria para o menino do poema?
h) Coloque-se no lugar deste menino e escreva uma carta de amor tentando conquistar o coração da garota amada.
Ilustre-a com capricho.

Ler mais: http://edinanarede.webnode.com.br/atividades/produ%C3%A7%C3%A3o%20textual/

O CALO
– O senhor vai precisar extrair esse calo, seu Antônio.
– Mas, doutor!?
– Coisa simples! Amanhã, lá pelas oito, o senhor passa pelo hospital e num instante nós retiramos esse incômodo. Anestesia
local. Não vai doer nada.
O pacato Antônio, funcionário público há trinta anos, saiu do consultório cabisbaixo e meio nervoso. “Que ideia! – Depois de
vinte e dois anos, vivendo com esse calo. Meu calo de estimação! A Eusébia resolveu implicar com ele! Coisa de mulher… Logo
agora que eu faria bodas de prata com o calo!?”, praguejou Antônio entre dentes.
Eusébia, em casa, recebeu a notícia com satisfação. Aliás já esperava por isso. Afinal, há vinte e dois anos Antônio reclamava,
dizia que o calo era o centro de seus problemas. Mas tirar o calo, tomar alguma providência, que é bom, nada. Nada mesmo.
– Graças a Deus, Antônio. Deus ouviu minhas preces.
– Tô arrependido, Eusébia!
– Arrependido!? Por quê?
– (…) O calo sempre me avisou sobre o tempo. É melhor que o Serviço de Meteorologia! Se vier chuva ele dói, uma dorzinha
fina; se for calor, ele lateja e se for nublado, ele estufa. Até pensei levar o calo no programa do Sílvio Santos, você se lembra?
.....................
– Quer saber de uma coisa? Sempre detestei esse calo. Eu gostaria de ter um marido com pé perfeito. Perfeito, entendeu?
Assim foi. Antônio se arrumou, tomou café, não deu uma palavra com Eusébia e foi para o hospital. Algo chateado, ansioso, pois
afinal de contas, havia vinte e dois anos de convivência diária com aquele calo feio, macerado, duro, mas no fundo adorável.
Antônio subia as escadas principais do hospital quando, maldito calo, a-dor-fininha-sinal-de-chuva começou. Foi a conta,
Antônio tropeçou e caiu. Quebrou o calcanhar.
Uivando de dor foi levado por dois atentos enfermeiros até a sala de raio-X. Colocado numa maca, lá ficou esperando meia hora,
quarenta minutos e, insuportável calcanhar, como não aparecia ninguém, ele resolveu, de mansinho, se levantar e ir chamar
alguém. E então aconteceu o pior – Antônio caiu da maca e se arrebentou todo. Diagnóstico: fratura da bacia com estiramento
parcial da coluna. Sua família foi comunicada; seu médico, simples dermatologista, chamou uma equipe de ortopedistas, para
tratar do caso, e nosso herói todo esticado (e tracionado) foi internado no quarto 315.
– Doutor, a culpa foi minha! Fui eu que obriguei o Antônio a vir aqui.
– Calma, Dona Eusébia. Não chore, por favor. Seu marido vai para casa dentro de 15 dias.
– Quinze dias, doutor?!
– Dona Eusébia, foi o destino! Os ossos demoram um pouco para se consolidar. Tenha paciência. Ele está sendo muito bem
tratado. Os ortopedistas só usaram dezoito quilos de gesso.
– Só!? (E chorou.)
– O importante é que ele fique imóvel. Completamente imóvel.
......................
– Dona Eusébia, venho lhe comunicar que seu marido pegou uma pneumonia.
– Doutor!? Como isso aconteceu?
– É porque ele está imóvel há muito tempo.
– Mas não foi o senhor mesmo que disse que ele não devia se mexer, doutor?
– Mas essas coisas acontecem, Dona Eusébia. Fique calma, por favor. Nós vamos chamar um pneumologista.
– Um, o quê? (E chorou.)
– Um médico de pulmão!
E foi o médico de pulmão entrar para começar a desgraça. Primeiro ele meteu um tubo goela abaixo de Antônio, depois colocou-
o no soro, deu uma série de injeções e comunicou à chorosa Eusébia:
– Dona Eusébia, infelizmente apareceu um novo problema.
– Outro!? Qual, doutor?
– Examinando o pulmão, notei que o coração de seu marido não anda nada bem. Tá trotando mais que cavalo no grande prêmio.
– E agora?
– Vamos chamar um cardiologista!
– Eu não quero ficar viúva não! (E Eusébia chorou.)
– Calmo, Dona Eusébia. Tudo vai dar certo!
O cardiologista entrou como um tufão. Era eficientíssimo. Colocou o estetoscópio no peito, pescoço e barriga do Antônio. Ouviu
tudo a que tinha direito. Depois tirou a pressão, um eletrocardiograma e disse:
– Dona Eusébia, o seu marido não tem nada de coração.
Eusébia já vestida de preto, pois esperava pelo pior, sorriu toda alegra.
– É mesmo, doutor? Que bom! Então não vai acontecer o pior?
– Pelo coração não! Mas pelo cérebro eu não dou certeza alguma. Chame um neurologista imediatamente! A propósito, os rins
não estão funcionando bem. Aproveite e chame um nefrologista também.
....................
Antônio estava agonizante. A equipe médica confabulava em torno do leito. Enfermeiras engomadíssimas andavam e zuniam por
toda parte. Máquinas, termômetros e aparelhos dançavam em torno de Antônio que dava os últimos suspiros. Eusébia, acabada,
isolada, assistia a tudo com desespero e dor. Se sentia culpada e pressentia sua existência sem Antônio, sem amor ou carinho.
Nesse instante, um dos médicos se aproximou e Eusébia, num estalo, falou:
– Doutor, eu queria dar um último beijo nele. Um afago, um último adeus!
Todos os médicos concordaram de imediato e Eusébia se postou junto ao leito. Mas onde beijar? Se Antônio era uma massa de
gazes, tubos, gessos e fios. Eusébia olhou bem e achou um pé descoberto, a única parte possível de ser acariciada. Eusébia se
curvou e viu, imaginem, o calo. Altivo, intacto e vivo. E, sem raiva ou vergonha, Eusébia beijou o calo do amado. E para
surpresa de todos o moribundo se mexeu.
Acreditem, no quarto beijo Antônio espirrou. E, de afago em afago no calo, Eusébia conseguiu o impossível – curar Antônio.
Enfim, Antônio voltou ao lar com o calo e eles viveram felizes para sempre.
Moral da história – O amor tem razões que até os médicos desconhecem.
(DOC COMPARATO. O melhor da crônica brasileira. Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1981)
_________________________________________________________________________________
Estudo das palavras do texto.
A. Complete a frase com a palavra que indica a especialidade médica.
2.
1. O especialista em doenças do coração chama-se ________________________
2. O especialista em doenças renais ou dos rins chama-se ______________________
3. O especialista que corrige as deformidades dos ossos chama-se ______________________
4. O especialista em doenças do pulmão chama-se ________________________
5. O especialista em doenças da pele chama-se _____________________________
6. O especialista em doenças do cérebro chama-se _______________________________
2. B. Localize e transcreva as palavras do texto que possuem os significados abaixo:
1. arrancar, tirar de dentro ________________
2. desagradável, enfadonho __________________
3. que é amigo da paz, pacífico, sossegado __________________
4. abatido, humilhado ___________________
5. moído, torturado ______________________
6. determinação de uma doença pelos sintomas _______________________
7. tornar sólido, resistente _____________________________
8. trocar ideias, conversar ___________________________
9. sentir com antecipação, pressagiar, suspeitar ______________________________
10. pôr-se, permanecer em um lugar ________________________
11. não tocado, inteiro __________________________

2. C. Na frase: “Dona Eusébia, venho lhe comunicar que seu marido pegou uma pneumonia.” O verbo em destaque tem o
sentido de adquirir uma enfermidade. O verbo pegar pode ter vários significados. Crie frases usando o verbo pegar com os
seguintes sentidos:
1. pegar = agarrar, prender, segurar
2. pegar = subir ou instalar-se em um veículo para nele viajar
3. pegar = chegar a tempo, alcançar
4. pegar = aceitar fazer, comprometer-se a realizar um trabalho
5. pegar = seguir por determinada direção
6. pegar = ser condenado

D. Quais os principais personagens do texto?


E. Que tipo de homem era Antônio e qual a sua profissão?
F. Por que Antônio procurou um médico?
G. Por que, apesar de reclamar do calo há vinte e dois anos, Antônio não tomava nenhuma providência?
H. Para Antônio, o calo desempenhava importante função. Qual era essa função?
I. Que fato originou a primeira desgraça de Antônio já no hospital?
J. Qual foi a causa do segundo infortúnio de Antônio?
K. Como se sentiu Eusébia após o duplo acidente?
L. Que frase do texto nos revela claramente que Eusébia era pessimista?
M. Quando o paciente parecia não ter mais salvação, Eusébia resolveu despedir-se, dando-lhe um beijo. Como se deu esse fato?
N. Qual foi, na sua opinião, a razão principal para que Antônio se curasse?
________________________________________________________________________

Gabarito:

Questão A.

1) cardiologista

2) nefrologista

3) ortopedista

4) pneumologista

5) dermatologista

6) neurologista

Questão B.

1) Extrair

2) Incômodo
3) Pacato

4) Cabisbaixo

5) Macerado

6) Diagnóstico

7) Consolidar

8) Confabulava

9) Pressentia

10) Postou

11) intacto

Questão C. Respostas pessoais

Questão D. Antônio e Eusébia.

Questão E. Era um homem pacato e funcionário público há trinta anos.

Questão F. Por insistência de sua esposa, que julgava o calo do marido como um gerador de problemas.

Questão G. Porque o considerava como “calo de estimação”.

Questão H. O calo funcionava como indicador meteorológico.

Questão I. Seu calo começou a doer e ele caiu, quebrando o calcanhar.

Questão J. A longa espera em uma das salas de atendimento. Como ninguém aparecia para atendê-lo, tentou levantar-se, caiu e
fraturou a bacia,

sofrendo estiramento parcial da coluna.

Questão K. Sentiu-se culpada.

Questão L. “Eusébia já vestida de preto, pois esperava o pior…”

Questão M. Por não achar outro lugar, Eusébia beijou o calo do marido e a partir daí começou a cura.

Questão N. Resposta pessoal.


AMARREM OS CINTOS E NÃO FUMEM

“Atenção, senhores passageiros para o Leblon, queiram apresentar-se ao poste de embarque”. Me despedi rapidamente das duas
tias, três primos, uma cunhada, ouvi as apressadas recomendações de minha mãe para que ficasse sempre atento olhando pela
janelinha e antes de entrar ainda acenei dos degraus do ônibus. Instalei-me, obedecendo ao painel luminoso que dizia “aperte os
cintos e não fume”. Logo depois o motorista acionou os motores, (…) e só não levantou voo pela Rua do Catete porque os
engarrafamentos não deram espaço para a decolagem.
Não tínhamos ainda nem fechado dez carros e o trocador veio à frente do ônibus explicando que como iríamos passar pela orla
marítima teríamos que aprender – para qualquer emergência – a colocar o colete salva-vidas. O senhor ao meu lado ouvia atento
o trocador. Pensei que talvez estivesse fazendo sua primeira viagem de ônibus.
– É verdade, para o Leblon é a primeira. – E interrompido por uma brusca freada, aproveitou para perguntar se a viagem era toda
assim.
– Só nos sinais – respondi.
– E tem muitos sinais até o Leblon?
– Uns 500. Deve ter mais sinal do que rua.
À minha frente, uma senhora quis saber do trocador se estávamos no horário. “Estamos atrasados uns quinze minutos”- disse ele.
“E se não pegarmos mais do que seis congestionamentos poderemos chagar ao Leblon por volta das oito horas”. Para quebrar um
pouco a tensão da viagem, aproveitei e perguntei à senhora o que iria fazer no Leblon.
– Vou visitar uma tia. E o senhor?
– Eu vou a negócios (se for bem sucedido – pensei, mas não disse – volto de táxi).
Era evidente que o meu vizinho não estava preparado para a viagem. Quando abalroamos o terceiro carro, ameaçou saltar.
Levantou-se, mas ao olhar para fora percebeu que estávamos em cima do viaduto. Ficou lívido. Querendo distraí-lo, ainda
comentei: “É bonita a vista daqui, não?” – Ele não me ouviu. Estava preocupado com os roncos e os mais estranhos ruídos que
saíam do ônibus: “Que barulho é esse?” indagou.
– É do ônibus mesmo – disse um cidadão sentado atrás.
– Mas esse ônibus está em péssimo estado – comentou meu vizinho.
– É verdade – voltou o cidadão que gostava de frases feitas – mas não se esqueça que cada coletividade tem um coletivo que
merece.
A viagem prosseguiu normal, ou seja: cheia de solavancos, batidas, freadas súbitas e imprudências – a curva que fizemos ao
entrar na Barata Ribeiro foi de deixar envergonhada a Esquadrilha da Fumaça. Às 11 horas, então, desembarcamos no Leblon.
Antes do ônibus parar, observei pela janelinha que todos os meus parentes que moram no bairro estavam me aguardando. Me
despedi do motorista, do trocador e desci à procura de um telefone.
– Um telefone para quê? perguntou meu primo que pratica surf.
– Pra avisar lá em casa que cheguei vivo.

(CARLOS EDUARDO NOVAES. Travessia da Via Crucis. Rio de Janeiro, Editorial Nórdica, 1975)

1. Damos algumas definições através das quais você deve localizar, no texto, as palavras que se enquadram nelas.
a) pôr em movimento – ____________________________
b) beira, margem – _________________________________
c) algo acontecido, ocorrido – _________________________
d) ir de encontro, chocar-se violentamente – ________________________
e) pálido – _____________________________
f) que surgem sem ser previstas – _____________________________

2. Ao dizer: “Atenção, senhores passageiros para o Leblon, queiram apresentar-se ao poste de embarque”, o Autor está
ironizando, utilizando a forma de convocar os passageiros de outro veículo de transporte. Que veículo é esse?

3. Em que outros momentos do texto o Autor compara, ironicamente, o ônibus ao avião? Transcreva os trechos.

4. O que são frases feitas? Retire um exemplo do texto.

5. O que o Autor entende por viagem normal, no texto?

6. Que tipo de crítica faz o Autor no texto?


7. Qual a sua opinião e o que deve ser feito a respeito de um motorista de ônibus que exagera na velocidade ao dirigir o veículo?
______________________________________________________________________________________

GABARITO
1. a) acionar b) orla c) sucedido d) abalroar e) lívido f) súbitas
2. o avião
3. “Aperte o cinto e não fume”; “… e só não levantou voo pela Rua do Catete porque os engarrafamentos não deram espaço para
a decolagem”; “…colocar o colete salva-vidas.”
4. São frases organizadas com determinadas palavras que encerram uma ideia. São também conhecidas como “ditos populares”
tais como: “Cada macaco no seu galho”, “Quem ama o feio, bonito lhe parece”. No texto encontramos: “Cada coletividade tem o
coletivo que merece”.
5. Viagem “cheia de solavancos, batidas, freadas súbitas e imprudência…”
6. Critica a velocidade exagerada dos ônibus, na cidade do Rio de Janeiro.
7. Resposta pessoal.

CONTO GRAFOLÓGICO1

É anunciada, a um grande industrial, a visita de uma pobre parenta, a irmã de sua mãe. Recebe-a friamente:

– Depressa, tia Delfina, tenho muito que fazer. Que deseja?

Tia Delfina põe-se a chorar. Entrara cheia de temor no suntuoso edifício de seu riquíssimo sobrinho, e as duas horas de espera acabaram por aviltá-la.

– Vamos, não percamos tempo, diz o industrial. Com lágrimas nada se resolve. Se veio pedir dinheiro, previno-a que não lhe darei.

– Não se trata de dinheiro. Trata-se do meu filho.

– Não há lugar para novos empregados.

– Ora, Pedro! Eu soube que na semana passada houve uma vaga na seção de correspondência. Pelo amor de Deus, empregue o meu filho!

– Aqui o grau de parentesco não interessa. Acima de tudo está o interesse da indústria.

– Mas é justamente no interesse da casa que eu lhe peço que empregue o rapaz. Ele é formado em ciências comerciais, fala francês, inglês e alemão, é
muito ativo e não tem vícios.

– Está bem. Diga-lhe que me escreva uma carta.

– Já a escreveu. Aqui está.

– Deixe-a comigo. Até logo.

Tia Delfina entrega-lhe a carta e sai quase chorando. O grande industrial é tomado de repentina cólera. Que maçada, que aborrecimento esses
parentes, que estão sempre a pedir! E, num ímpeto, pega a carta e, rasgando-a, atira-a para dentro do cesto. Com esse gesto, sua cólera desaparece e
considera o fato com mais calma. Se o rapaz possui mesmo tantas qualidades boas, talvez pudesse dar-lhe o emprego almejado. Afinal de contas, tia
Delfina é irmã de sua mãe…

Arrependido, torna a pegar a carta rasgada do cesto, recompõe-a e, quase como penitência, escreve-a novamente de seu próprio punho. Depois
chama o secretário:

– Envie esta carta para a seção de empregos. O candidato é meu parente, mas não quero preferências. O lugar deve ser dado a quem o merecer.

Duas semanas depois o lugar é ocupado, mas não pelo filho de tia Delfina. Esta pede nova audiência.

– Por que não empregou o meu filho? O lugar foi dado e um jovem rico que não precisa dele. Como farei, agora? A quem devo dirigir-me se você não
me quer ajudar?

– Esta bem, tia Delfina. Vá para casa. Examinarei o caso.

Tia Delfina retira-se e o industrial manda chamar o chefe da seção de empregos.


– Que houve no concurso para o emprego? – diz severamente. – Entre os candidatos havia um certo Eugênio Tavares, bom jovem, formado,
muito competente. Por que não lhe deram o lugar?

– Verdadeiramente, senhor – diz humildemente o chefe da seção – esse Eugênio Tavares teria sido o melhor de todos. Mas o senhor ordenou que
a caligrafia dos candidatos fosse examinada pelo grafólogo para conhecer o caráter, o que foi feito. Porém, esse exame grafológico revelou que quem a
escreveu é um sujeito antipático, desonesto, despótico, malvado e vulgar.
FOLCO MASUCCI. O livro que diverte. Editora Leia, São Paulo, 1953.

__________________________________________________________________

Notas explicativas:

Grafológico – palavra relativa à Grafologia, que é a ciência que estuda a maneira como as pessoas escrevem, a fim de desvendar-lhea a personalidade.
____________________________________________________________________

1. Substitua as palavras ou expressões em negrito por sinônimos:

a) A tia entrou cheia de temor no suntuoso prédio.

b) Previno-a de que não lhe darei dinheiro.

c) O industrial é tomado de repentina cólera.

d) As duas horas de espera acabaram por aviltá-la.

2. Que fato desencadeia a narrativa?

3. Tia Delfina inicia a entrevista chorando. Três fatos deram origem a esse pranto. Quais são eles?

4. Que palavras provam que o industrial era um homem insensível?

5. A tia demonstrou ser uma mulher prática e prevenida. Como se nota isto no texto?

6. Por que o industrial rasgou a carta?

7. O industrial arrependeu-se e tomou uma decisão muito importante que culminou em uma informação importante. Qual foi esta decisão e qual a
informação importante?

8. Apesar de reescrever a carta, o industrial não estava decidido a empregar o parente. Como se comprova isso?

9. Quais os personagens que atuam no texto?

10. Que frase do texto nos revela a importância social do visitado e a insignificância social da visitante?

11. Qual é a primeira referência à má vontade do industrial?

12. Que frase do texto melhor demonstra que o industrial era impetuoso e colérico?

13. Se tudo estivesse em plena paz entre os personagens, não haveria história. Qual o conflito que encontramos no texto?

Para pensar e analisar com seus colegas:

14. Você acha que a situação relatada pelo autor é uma história real ou foi apenas um pretexto para o escritor falar das características humanas. Que
outras histórias você conhece que caracterizam as pessoas em boas ou más?

______________________________________________________________________________________

Gabarito:

Sugestão de resposta. O importante é que a palavra usada transmita a ideia contida na frase.

a) A tia entrou amedrontada no pomposo prédio.

b) Advirto-a de que não lhe fornecerei dinheiro.

c) O industrial é acometido de súbita raiva.

d) As duas horas de espera acabaram por humilhá-la.

2. A visita de uma senhora pobre a um sobrinho rico.


3. a) entrara cheia de temor no edifício;

b) esperara durante duas horas;

c) sentiu-se humilhada com a forma como foi recebida pelo sobrinho.

4. “Vamos, não percamos tempo (…) Com lágrimas nada se resolve.”

5. Quando o sobrinho pediu uma carta de solicitação de emprego, ela já a tinha em mãos.

6. Porque foi tomado de repentina cólera.

7. O industrial reescreveu a carta. Com tal gesto, submeteu sua letra à análise grafológica que revelou o seu próprio caráter: antipático, desonesto,
despótico, malvado e vulgar.

8. Pediu ao secretário que levasse a carta ao setor de empregos, mas recomendou que não queria preferências.

9. O industrial, sua tia Delfina e o chefe da seção de empregos.

10. “É anunciada, a um grande industrial, a visita de uma pobre parenta, a irmã de sua mãe.”

11. “Recebe-a friamente.”

12. “E, num ímpeto, pega a carta e, rasgando-a, atira-a para dentro do cesto.”

13. Uma senhora pobre deseja conseguir um emprego para o filho e o parente, que pode fazê-lo, não deseja empregá-lo.

14. Resposta pessoal.

E AGORA, JOSÉ? (Nível Médio)

E AGORA, JOSÉ?

( Carlos Drummond de Andrade)

E agora, José?

A festa acabou,

A luz apagou,

O povo sumiu

A noite esfriou,

E agora, José?

E agora, você?

Você que é sem nome,

Que zomba dos outros

Você que faz versos

Que ama, protesta?

II

E agora, José?

Está sem mulher


Está sem discurso,

está sem carinho,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o dia não veio,

o bonde não veio,

o riso não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo mofou,

e agora, José?

III

E agora, José?

Sua doce palavra,

Seu instante de febre,

Sua gula e jejum,

Sua biblioteca,

Sua lavra de ouro,

Seu terno de vidro,

Sua incoerência,

Seu ódio – e agora?

Com a chave na mão

Quer abrir a porta,

Não existe porta;

Quer morrer no mar,

Mas o mar secou;

Quer ir para Minas,


Minas não há mais.

IV

José, e agora?

Se você gritasse,

Se você gemesse,

Se você tocasse

A valsa vienense,

Se você dormisse

Se você morresse…

Mas você não morre,

Você é duro, José!

Sozinho no escuro

Qual bicho-do-mato

Sem teogonia,

Sem parede nua

Para se encostar

Sem cavalo preto

Que fuja a galope,

Você marcha, José!

José, para onde?

1. Das possibilidades sugeridas pelo poeta para que José mudasse seu destino, a mais extremada está contida no verso:

a. ( ) “se você tocasse a valsa vienense”

b. ( ) “se você morresse”

c. ( ) “José, para onde?”

d. ( ) “quer ir para Minas”

2. Para o poeta, José só não é:

a. ( ) alguém realizado e atuante

b. ( ) um solitário

c. ( ) um joão-ninguém frustrado

d. ( ) alguém sem objetivo e desesperançado


3. José, de acordo com o texto, é um abandonado. Essa ideia está traduzida em que estrofe?

4. “A noite esfriou” é um verso que é repetido. Com isso, o poeta deseja:

a. ( ) deixar bem claro que José foi abandonado porque fazia frio.

b. ( ) traduzir a ideia de que José sentiu muito frio porque anoiteceu.

c. ( ) exprimir que, após o término da festa, a temperatura caíra.

d. ( ) intensificar o sentimento de abandono, tornando-se um sofrimento quase físico.

5. Qual o verso que exprime concisamente que José é ninguém?

6. Qual é o verso que expressa essencialmente a ideia de um José sem rumo?

7. Assinale a afirmativa falsa a respeito do texto:

a. ( ) José é alguém bem individualizado e a ele o poeta se dirige com afetividade.

b. ( ) O ritmo dos sete primeiros versos da 5a. estrofe é dançante.

c. ( ) “Sem teogonia” significa: sem deuses, sem credo, sem religião.

8. Neste poema, o autor retrata uma situação social. Qual é?

______________________________________________________________

Gabarito

1. B 2. A 3. Na 2a. estrofe 4. D 5. “Você que é sem nome” (1a. estrofe) 6. “José, para onde?” (4a. estrofe) 7.
A

8. Resposta pessoal. Mas deve reportar-se à situação de miséria e abandono em que vive grande parte das pessoas de baixa renda
no Brasil.

AMARREM OS CINTOS E NÃO FUMEM (Nível Fundamental)

AMARREM OS CINTOS E NÃO FUMEM

“Atenção, senhores passageiros para o Leblon, queiram apresentar-se ao poste de embarque”. Me despedi rapidamente das duas
tias, três primos, uma cunhada, ouvi as apressadas recomendações de minha mãe para que ficasse sempre atento olhando pela
janelinha e antes de entrar ainda acenei dos degraus do ônibus. Instalei-me, obedecendo ao painel luminoso que dizia “aperte os
cintos e não fume”. Logo depois o motorista acionou os motores, (…) e só não levantou voo pela Rua do Catete porque os
engarrafamentos não deram espaço para a decolagem.
Não tínhamos ainda nem fechado dez carros e o trocador veio à frente do ônibus explicando que como iríamos passar pela orla
marítima teríamos que aprender – para qualquer emergência – a colocar o colete salva-vidas. O senhor ao meu lado ouvia atento
o trocador. Pensei que talvez estivesse fazendo sua primeira viagem de ônibus.
– É verdade, para o Leblon é a primeira. – E interrompido por uma brusca freada, aproveitou para perguntar se a viagem era toda
assim.
– Só nos sinais – respondi.
– E tem muitos sinais até o Leblon?
– Uns 500. Deve ter mais sinal do que rua.
À minha frente, uma senhora quis saber do trocador se estávamos no horário. “Estamos atrasados uns quinze minutos”- disse ele.
“E se não pegarmos mais do que seis congestionamentos poderemos chagar ao Leblon por volta das oito horas”. Para quebrar um
pouco a tensão da viagem, aproveitei e perguntei à senhora o que iria fazer no Leblon.
– Vou visitar uma tia. E o senhor?
– Eu vou a negócios (se for bem sucedido – pensei, mas não disse – volto de táxi).
Era evidente que o meu vizinho não estava preparado para a viagem. Quando abalroamos o terceiro carro, ameaçou saltar.
Levantou-se, mas ao olhar para fora percebeu que estávamos em cima do viaduto. Ficou lívido. Querendo distraí-lo, ainda
comentei: “É bonita a vista daqui, não?” – Ele não me ouviu. Estava preocupado com os roncos e os mais estranhos ruídos que
saíam do ônibus: “Que barulho é esse?” indagou.
– É do ônibus mesmo – disse um cidadão sentado atrás.
– Mas esse ônibus está em péssimo estado – comentou meu vizinho.
– É verdade – voltou o cidadão que gostava de frases feitas – mas não se esqueça que cada coletividade tem um coletivo que
merece.
A viagem prosseguiu normal, ou seja: cheia de solavancos, batidas, freadas súbitas e imprudências – a curva que fizemos ao
entrar na Barata Ribeiro foi de deixar envergonhada a Esquadrilha da Fumaça. Às 11 horas, então, desembarcamos no Leblon.
Antes do ônibus parar, observei pela janelinha que todos os meus parentes que moram no bairro estavam me aguardando. Me
despedi do motorista, do trocador e desci à procura de um telefone.
– Um telefone para quê? perguntou meu primo que pratica surf.
– Pra avisar lá em casa que cheguei vivo.

(CARLOS EDUARDO NOVAES. Travessia da Via Crucis. Rio de Janeiro, Editorial Nórdica, 1975)

1. Damos algumas definições através das quais você deve localizar, no texto, as palavras que se enquadram nelas.
a) pôr em movimento – ____________________________
b) beira, margem – _________________________________
c) algo acontecido, ocorrido – _________________________
d) ir de encontro, chocar-se violentamente – ________________________
e) pálido – _____________________________
f) que surgem sem ser previstas – _____________________________

2. Ao dizer: “Atenção, senhores passageiros para o Leblon, queiram apresentar-se ao poste de embarque”, o Autor está
ironizando, utilizando a forma de convocar os passageiros de outro veículo de transporte. Que veículo é esse?

3. Em que outros momentos do texto o Autor compara, ironicamente, o ônibus ao avião? Transcreva os trechos.

4. O que são frases feitas? Retire um exemplo do texto.

5. O que o Autor entende por viagem normal, no texto?

6. Que tipo de crítica faz o Autor no texto?

7. Qual a sua opinião e o que deve ser feito a respeito de um motorista de ônibus que exagera na velocidade ao dirigir o veículo?
______________________________________________________________________________________

GABARITO
1. a) acionar b) orla c) sucedido d) abalroar e) lívido f) súbitas
2. o avião
3. “Aperte o cinto e não fume”; “… e só não levantou voo pela Rua do Catete porque os engarrafamentos não deram espaço para
a decolagem”; “…colocar o colete salva-vidas.”
4. São frases organizadas com determinadas palavras que encerram uma ideia. São também conhecidas como “ditos populares”
tais como: “Cada macaco no seu galho”, “Quem ama o feio, bonito lhe parece”. No texto encontramos: “Cada coletividade tem o
coletivo que merece”.
5. Viagem “cheia de solavancos, batidas, freadas súbitas e imprudência…”
6. Critica a velocidade exagerada dos ônibus, na cidade do Rio de Janeiro.
7. Resposta pessoal.

OS MESES DO ANO (Nível Fundamental)


Hoje você fará uma leitura diferente. Trata-se de um conjunto de textos curtos retirados de um calendário de 1978 da Caixa
Econômica Federal. Cada parte se refere a um mês. O calendário é antigo, mas como não mudaram os meses do ano, os textos
permanecem atuais.

JANEIRO (Clarice Lispector)

Eu vos afianço que 1978 é o verdadeiro ano cabalístico, pois asoma final de suas unidades é sete. Portanto, mandei lustrar
os Instantes do Tempo, rebrilhar as Estrelas, lavar a Lua com leite e o Sol com oiro líquido. Cada ano que se inicia, começo eu a
viver.

FEVEREIRO (Luis Fernando Veríssimo)

O mês mais curto é o que mais vocês curtem. Vocês, estilizados. Eu, no ar-condicionado. Vocês, na terça-feira gorda. Eu,
um quarta-feirento. Cinzento. Eu, veríssimo. Vocês, verão.

MARÇO (Pedro Nava)

Março é o mês de prodígios infinitos – já que mar cabe em seu nome. Março abre aulas. Março enche a rua de garotos. Ah!
marçomar! Faz o milagre de acordar em mim o menino que já fui…

ABRIL (Elsie Lessa)

Abril, floral. O começo da primavera, bom como todos os começos. A promessa de um inverno, que é o resto da
primavera. E já esperar pelas doçuras de maio, o mês que é primavera no mundo inteiro.

MAIO (Mário Quintana)

Ao claro som dos sinos de Maria, o Outono aporta no País de Maio em sua barca toda azul e ouro!

JUNHO (Carlos Drummond de Andrade)

Os amantes se aquecem mais em junho. A carícia, entre lãs, avança cálida. O toque, o beijo, a inquietação daninha
fagulham, puro ardor, sob o céu pálido.

JULHO (Lygia Fagundes Telles)

É tempo de frio, mas é tempo de férias. Este é também o tempo de se lavrar a terra para as sementeiras. Tempo de amar e
rezar para melhor crescer árvore e filho. Juuuulho! O vento chama. Juuuulho!…

AGOSTO (Otto Lara Resende)

Ao contrário do que se supõe (rifão é rima só, não é verdade) agosto exala um perfume de suavidade, como está no
Eclesiastes, formosa oliveira dos campos. Na metade de agosto, exatamente a 15, Nossa Senhora desce à terra, porque subiu ao
céu. Mês augusto, mês do amor, mês da Glória; tudo a gosto.

SETEMBRO (Rubem Braga)

Tem a Independência do Brasil, a Natividade de Nossa Senhora e o mais simpático de todos os dias santos, porque é o dia
dos meninos pobres, o de São Cosme s São Damião. E também tem, se os senhores não se incomodam, a Primavera.

OUTUBRO (Fernando Sabino)

Quando eu era menino, o dia 12 de outubro era uma festa para mim. – Que é que você quer ser quando crescer? – os mais
velhos perguntavam. Hoje não perguntam mais. Se perguntassem eu diria, como Fellini, que quero ser menino.

NOVEMBRO (José Américo de Almeida)


No seu penúltimo mês, o ano marca um encontro emocionante. O Dia dos Finados é a visita que a vida faz à morte. Nada
mais existe e o invisível está presente para recolher uma saudade sem esperança, a saudade que desconhece qualquer promessa de
tempo.

DEZEMBRO (Paulo Mendes Campos)

Coitado do homem tropical se ele for incapaz de ver, ouvir e viver o verão. Coitado de quem passa o verão a bufar (que
calor! que calor!), sem abrir os sentidos para o escândalo vital que é a natureza em dezembro.

GLOSSÁRIO

Afiançar – garantir

Aporta – chega

Ardor – calor

Augusto – majestoso

Cabalístico – mágico, misterioso

Cálida – morna

Curtir – aproveitar, viver intensamente

Daninha – endiabrada

Eclesiastes – livro da Bíblia que faz parte do Velho Testamento

Emocional – comovedor

Escândalo vital – abundância de vida, de energia

Estilizados – fantasiados

Exala – desprende, emana

Fagulham – brilham

Fellini – cineasta italiano de renome internacional

Homem tropical – home que habita os países situados na zona tropical (quente) da terra

Inquietação – desassossego

Lavrar – preparar a terra para o plantio

Oiro – ouro

Oliveira – árvore que produz a azeitona

Prodígios – milagres

Rifão – provérbio

Sementeira – plantio de sementes


____________________________________________________________________
Se você leu e compreendeu bem os textos, responda às questões que apresentamos a seguir.

1. A mensagem do texto JANEIRO é muito significativa, porque é uma mensagem de otimismo. Retire do texto a frase que
traduz a esperança no ano que começa.

2. Em um texto, as palavras podem ser empregadas com sentido real (denotativo) ou sentido figurado (conotativo).
Assinale com:

1 - as frases que contenham expressões empregadas com sentido real ou denotativo;

2 – as frases que contenham expressões empregadas com sentido figurado ou conotativo.

a. ( ) Eu vos afianço que 1978 é o verdadeiro ano cabalístico.

b. ( ) Pois a soma final de suas unidades é sete.

c. ( ) Portanto, mandei lustrar os Instantes do Tempo.

d. ( ) Rebrilhar as Estrelas.

e. ( ) Lavar a Lua com Leite.

f. ( ) E o Sol com oiro líquido.

g. ( ) Cada ano que se inicia.

h. ( ) Começo eu a viver.

3. No texto FEVEREIRO, aparecem interessantes jogos de palavras. Exemplo: “O mês mais curto é o que vocês
mais curtem.”

Dê o significado das palavras grifadas, na frase.

Curto: __________________________ curtem: ________________________________

4. Neologismo são palavras novas, geralmente formadas a partir de outras palavras existentes no vocabulário da língua.
Retire do texto FEVEREIRO um neologismo.

5. O texto FEVEREIRO foi escrito por Luís Fernando Veríssimo. Ao dizer “Eu veríssimo”, ele tanto pode se referir ao seu
nome, como pode estar empregando o superlativo do adjetivo vero, que significa verdadeiro. O sentido da
palavraveríssimo, no texto, é ambígua, isto é, possui mais de um sentido. Na frase seguinte “Vocês verão”, ocorre a
mesma situação. Explique os dois sentidos da palavra verão, na frase.

6. Ainda no texto FEVEREIRO aparecem referências a dois aspectos que caracterizam esse mês. Identifique-os analisando
as expressões em negrito:

A) Vocês estilizados. Vocês na terça-feira gorda. Eu, um quarta-feirento.

B) Eu, no ar-condicionado. Vocês verão.

7. Transcreva do texto MARÇO a frase em que aparece um neologismo.

8. ABRIL “é bom como todos os começos”. Nesta frase, entende-se que:

a. ( ) o mês de abril é bom porque fica no começo do ano

b. ( ) todo começo é bom porque vem acompanhado de promessas e esperanças


c. ( ) esse mês é bom porque vai começar o inverno

d. ( ) todo começo é bom quando nós somos jovens

9. No texto ABRIL lemos: “E já esperar pelas doçuras de maio…”. Identifique nesta frase a palavra empregada no sentido
conotativo (ou sentido figurado).

10. Releia com atenção o texto MAIO e faça o que se pede:

a) Diga se predomina nele a denotação (sentido real) ou a conotação (sentido figurado) no uso das palavras.

b) Escreva com palavras comuns o que você entendeu ao ler esse texto.

11. Do pequeno poema sobre o mês de JUNHO, retire as palavras que, em oposição ao frio desse mês, relacionam-se
com calor.

12. Chamamos de onomatopeias as palavras que procuram imitar ruídos de animais ou de coisas. No texto do mês JULHO a
autora empregou onomatopeias. Identifique-as e explique seu emprego.

13. No texto AGOSTO, o autor se refere a um rifão (provérbio popular): “Ao contrário do que se supõe (rifão é rima só,
não é verdade) agosto exala um perfume de suavidade.” A que provérbio popular o autor referiu-se?

14. De acordo com o texto SETEMBRO, além da primavera, o mês de setembro é importante porque nele se comemoram
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15. No texto OUTUBRO, o autor escreveu: “Quando eu era menino, o dia 12 de outubro era uma festa para mim”. Ele
refere-se dessa forma a esta data porque:

a. ( ) era a data do aniversário dele

b. ( ) este dia era feriado

c. ( ) se comemora o Dia da Criança

d. ( ) nesse dia, o menino viu um filme de Fellini

16. Conforme o texto NOVEMBRO, o que é Dia de Finados?

17. No texto NOVEMBRO, há predominância do uso da conotação (sentido figurado das palavras). Identifique dois
exemplos que comprovam isto.

18. Segundo o texto DEZEMBRO, o homem tropical deve:

a. ( ) evitar o calor do verão

b. ( ) usar roupas mais leves no verão

c. ( ) viver e sentir intensamente a natureza de seu país

d. ( ) procurar regiões de clima amenos, para passar o verão

19. Escreva, nos parênteses, D para os casos de emprego de denotação e C para os casos de conotação, nas frases extraídas
do texto DEZEMBRO:

a. ( ) “Coitado do homem tropical…”

b. ( ) “… se ele for incapaz de ver, ouvir e viver o verão.”


c. ( ) “Coitado de quem passa o verão a bufar…”

d. ( ) “… sem abrir os sentidos para o escândalo vital que é a natureza em dezembro.”

20. No texto DEZEMBRO, a palavra escândalo significa:

a. ( ) espetáculo

b. ( ) mau procedimento

c. ( ) luxo

d. ( ) indignação
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GABARITO

1. “Cada ano que se inicia, começo eu a viver.”

2. a. 1 b. 1 c. 2 d. 2 e. 2 f. 2 g. 1 h. 2

3. curto = breve, de pouca duração curtem = aproveitam, vivem intensamente

4. quarta-feirento, neologismo criado a partir da palavra quarta-feira

5. verão = estação do ano verão = verbo ver, 3a. pessoa do plural, futuro do presente do indicativo

6. a) o carnaval, que em geral, se realiza neste mês

b) o calor, pois fevereiro é mês do verão, no Brasil.

7. “Ah! marçomar!” – neologismo criado pela combinação das palavras março e mar.

8. alternativa B

9. doçuras

10. a) predomina o uso da conotação.

b) O texto informa: O Outono começa no mês de maio, que é o mês consagrado a Nossa Senhora. A frase que escrevemos tem
sentido semelhante ao do texto, mas usamos o sentido real das palavras ou sentido denotativo.

11. aquecem, lãs, cálida, fagulham, ardor.

12. “juuuulho!” foi repetida a vogal u para imitar o ruído do vento.

13. “Agosto, mês de desgosto.”

14. a Independência do Brasil, a Natividade de Nossa Senhora e o dia de São Cosme e São Damião.

15. alternativa C

16. O Dia de Finados é o dia em que a vida visita a morte. É uma alusão à visita das pessoas (que estão vivas) aos túmulos (dos
que morreram).

17. Você pode ter identificado as seguintes frases:

. “o ano marca um encontro emocional”

. “a visita que a vida faz à morte”


. “o invisível está presente para recolher uma saudade sem esperança”

. “a saudade que desconhece qualquer promessa de tempo.”

18. alternativa C

19. a. D b. C c. D d. C

20. alternativa A

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