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UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS


ENGENHARIA QUÍMICA

LEITO DE JORRO

Acadêmicos: André Fernando Bassi da Silva


Franciny Amaral

Toledo – PR – Brasil
Setembro – 2012
UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
ENGENHARIA QUÍMICA

LEITO DE JORRO

Acadêmicos: André Fernando Bassi da Silva


Franciny Amaral

Professor: Dr. Marcos Moreira

Trabalho apresentado à disciplina de Operações


Unitárias II, como parte dos requisitos
necessários à avaliação da disciplina.

Toledo – PR – Brasil
Setembro – 2012
Sumário

1 lista de figuras....................................................................................................................................IV

2 LISTA DE TABELAS........................................................................................................................V

3 RESUMO........................................................................................................................................VII

4 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................8

5 LEITO DE JORRO............................................................................................................................9

5.1 GENERALIDADES.................................................................................................................................9
5.2 DESCRIÇÃO DO REGIME...................................................................................................................10
5.3 TIPOS DE LEITO DE JORRO...............................................................................................................12

5.3.1 Leito de Jorro Convencional...............................................................................................12


5.3.2 Leito de Jorro Diluído (Jet Spouted Bed – JSB).................................................................13
5.3.3 Leito de Jorro Bidimensional Fendado...............................................................................14
5.3.4 Leito de Jorro Cônico..........................................................................................................15
5.3.5 Leito de Jorro-Aerado.........................................................................................................15
5.3.6 Leito de Seção Retangular..................................................................................................16
5.3.7 Leito Vibro-Jorrado.............................................................................................................16
5.3.8 Leito de jorro fluidizado......................................................................................................16
5.3.9 Leito de Jorro com Tubo “Draft”.......................................................................................16
5.4 FLUIDODINÂMICA NO LEITO DE JORRO.......................................................................................18
5.5 ESTABILIDADE DOS LEITOS DE JORRO.........................................................................................20

5.5.1 Efeito da geometria do leito................................................................................................21


5.5.2 Efeito das propriedades do sólido.......................................................................................22
5.5.3 Efeito da vazão do fluido.....................................................................................................22
5.6 APLICAÇÕES DO LEITO DE JORRO.................................................................................................22

6 CONCLUSÕES................................................................................................................................27

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................28

III
1 LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01. ESQUEMA DE UM LEITO DE JORRO (MATHUR E EPSTEIN, 1974)...................................11


FIGURA 02. ESQUEMA REPRESENTATIVO DAS REGIÕES DE UM LEITO DE JORRO CONVENCIONAL.......13
FIGURA 03. DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DE UM LEITO DE JORRO DILUÍDO (JSB)....................................14
FIGURA 04. DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DE UM LEITO DE JORRO BIDIMENSIONAL FENDADO..................15
FIGURA 05. ESQUEMA DE UM LEITO DE JORRO COM TUBO DRAFT COM SUAS REGIÕES
CARACTERÍSTICAS.............................................................................................................................18

FIGURA 06. LEITO DE JORRO APLICADA EM SECAGEM............................................................................20


Figura 07. Leito de jorro aplicada em recobrimento de partícula..............................................22

IV
2 LISTA DE TABELAS

Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.

V
3 RESUMO

A indústria química vem utilizando a tecnologia de leito de jorro para o tratamento de


materiais particulados que necessitam de altas taxas de transferências de calor e
massa e um produto final homogêneo. Comparado a outros secadores o leito de jorro
apresenta algumas vantagens como bom controle da temperatura do leito, tempo de
residência do produto baixo e alta taxa de transferência de calor e massa. Leitos de
jorro de várias configurações têm sido usados em aplicações como secagem,
granulação, aquecimento, resfriamento e recobrimento de partículas. Apesar da larga
aplicação deste equipamento, o seu uso ainda é restrito aos processos operados em
pequenas escalas, devido à limitação de “scale-up”. O aumento de escala provoca
instabilidades no leito, o que impede a sua utilização em muitos processos industriais.
Neste sentido, uma rota importante de estudo é identificar mecanismos, que tornem
possível o uso deste equipamento em processos industriais sem sofrer o efeito da
instabilidade do leito. O leito de jorro pode assumir várias configurações dependendo
da sua aplicação. Um fator muito importante para o projeto e operação de leitos de
jorro é o seu estudo fluidodinâmico, pois este retrata os processos químicos e físicos
que ocorrem durante o movimento de um fluido. No leito, os aspectos a serem
analisados são a estabilidade do jorro, a geometria do leito, os efeitos das
propriedades do sólido a secar, o efeito da vazão do fluido, a perda de carga em
função da vazão, a perda de carga em jorro estável, a queda de pressão máxima em
leito de jorro, velocidade de jorro mínimo, altura máxima do jorro estável, perfil de
velocidade tanto do fluido quanto do sólido, e o atrito durante o processo. É analisado
também questões de transferência de calor entre o fluido, sólido e a parede que
reveste o leito. O objetivo deste trabalho é abordar vários aspectos gerais e
específicos deste equipamento tais como histórico, configurações do leito, tipos,
fluidodinâmica e aplicações.

VII
4 INTRODUÇÃO

Os sistemas de escoamento bifásico gás-sólido mais comuns podem ser


classificados como não agitados, agitados mecanicamente e agitados por gás.
Os leitos fixos (não agitados) são aplicáveis a processos que não pedem alta
taxa de transferência de calor e massa entre o gás e os sólidos, e nos quais a
uniformidade de condições em partes diferentes do leito não é tão desejável. Sua
aplicação se estende então ao tratamento de sólidos e processos de calcinação,
secagem dentre outros.
Uma agitação limitada pode ser dada aos sólidos por meios mecânicos pelo
uso de agitadores internos. Em qualquer caso, a maioria do material é mantida ainda
em uma condição de leito acumulado. O sistema mecânico é usado principalmente
para processos que envolvem tratamento de sólidos, como secagem e resfriamento,
mas é obviamente indesejável para processos que requerem tratamento uniforme do
gás.
Em sistemas com agitação com gás, como leito fluidizado e leito de jorro, uma
forma de agitação mais intensa é dada para cada partícula sólida pela ação da
corrente de gás, que é alimentada na base do leito. Essa agitação mais intensa
(fluidização) ocorre quando um fluxo de fluido (gás ou liquido) ascendente através de
um leito de partículas adquire velocidade suficiente para suportar as partículas, porém
sem arrastá-las junto com o fluido. O leito assume o aspecto de um líquido em
ebulição, promovendo um bom contato entre a superfície das partículas sólidas e o
fluido. Em decorrência disso, consegue-se diminuir as resistências ao transporte de
calor e massa, além de se promover uma boa mistura e homogeneização do material.
Com determinadas propriedades da partícula e das características do leito em
questão, pode-se saber como é a fluidodinâmica do leito e dessa forma, chegando ao
nível ótimo do processo (máximo rendimento).
A fluidodinâmica retrata os processos químicos e físicos que ocorrem durante o
movimento de um fluido. No leito, os aspectos a serem analisados são a estabilidade
do jorro, a geometria do leito, os efeitos das propriedades do sólido a secar, o efeito da
vazão do fluido, a perda de carga em função da vazão, a perda de carga em jorro
estável, a queda de pressão máxima em leito de jorro, velocidade de jorro mínimo,
altura máxima do jorro estável, perfil de velocidade tanto do fluido quanto do sólido, e
o atrito durante o processo. É analisado também questões de transferência de calor
entre o fluido, sólido e a parede que reveste o leito.

8
5 LEITO DE JORRO

Em leitos de jorro uma interação intensa entre a fase sólida e gasosa tem lugar,
o que é de grande importância para o tratamento de pós finos. Além disso, em leitos
de jorro partículas podem ser fluidizado, que são normalmente impossíveis de serem
tratadas em leitos fluidizados convencionais, em especial as partículas com uma
distribuição de tamanho de partículas gama, sendo pequenas e leves ou muito
grandes, não esféricas, partículas com superfícies ásperas ou adesivas.

5.1 Generalidades

O leito de jorro surgiu no Canadá (1955) como uma alternativa para o


manuseio de partículas de maior diâmetro em leitos fluidizados. Alguns autores
caracterizaram durante um tempo como uma versão modificada do leito fluidizado.
Hoje em dia, sabe-se que o leito de jorro exibe características especificas que o faz
capaz de executar certas operações em partículas sólidas, que exigem movimento
cíclico mais homogêneo das partículas, que não podem ser executadas em um leito
fluidizado devido a seu movimento de partículas comparativamente aleatório
(MATHUR e EPSTEIN, 1974).
O sistema de leito de jorro foi desenvolvido inicialmente por GISHLER e
MATHUR em 1995, projetado para a secagem de grãos de trigo em um processo que
permite a aplicação de maiores quantidades de calor sem a ocorrência de perda da
qualidade do material visando a secagem do trigo. Em 1962 foi utilizado para a
secagem de ervilhas e lentilhas. Posteriormente, outras unidades foram implantadas
em vários países para secagem, mistura de sólidos, resfriamento, recobrimento e
granulação. Foram estudadas as características do leito usando uma grande
variedade de materiais sólidos, tendo como fluido de jorro ar ou água (MATHUR e
EPSTEIN, 1974).
Os pesquisadores em questão, prevendo o grande potencial de aplicação da
nova técnica, iniciaram um estudo mais profundo sobre o regime fluidodinâmico de
jorro e concluíram que o mecanismo de fluxo de sólidos, assim como o de fluxo de ar
no leito de jorro é diferente ao observado para a fluidização, entretanto, o leito de jorro
possui as mesmas aplicações do leito fluidizado, só que para partículas de dimensões
mais elevadas (MATHUR e EPSTEIN, 1974).

9
5.2 Descrição do Regime

O sistema de leito de jorro consiste basicamente de uma coluna cilíndrica de


base cônica, contendo partículas sólidas de um tamanho considerável, sendo
aproximadamente de dP>1mm, e de um orifício de entrada do fluido localizado na parte
inferior central da base cônica.
Um fluido é injetado no orifício de entrada centrado na extremidade inferior da
base. Se a vazão for suficientemente elevada, o jato do fluido provocará um fluxo de
partículas sólidas para a região central da coluna e em seguida, estas são jorradas
sob a forma de um cogumelo, caindo na região periférica anular.
O leito de jorro é então a composição de três regiões de escoamento: a região
de jorro no centro do leito, onde a velocidade do ar de jorro e de ascensão das
partículas é alta e a concentração de partículas é baixa; a região da fonte (jorro), onde
as partículas sobem até uma altura máxima e depois sofrem uma desaceleração,
caindo na forma de chuva sobre a superfície superior da região anular; a região de
jorro e a parede do leito, onde a concentração de partículas é alta e elas se movem
lentamente para baixo em direção à base do leito, completando o movimento cíclico
das partículas. A região de jorro apresenta um movimento ascendente pneumático de
partículas sólidas por um fluxo e fluido concorrente. As três regiões de escoamento
são apresentadas na Figura 1 (NETO, 2007).
Com o conjunto de três regiões, um modelo cíclico sistemático do movimento
das partículas sólidas é estabelecido a partir de um sistema fluidodinâmico único, o
qual é mais adequado para certas aplicações, em detrimento de outras configurações
fluido-sólido mais convencionais. A intensa mistura favorece um alto grau de contato
fluido-partícula e a obtenção de uma elevada taxa de circulação de sólidos.

10
Figura 01. Esquema de um leito de jorro (MATHUR e EPSTEIN, 1974)
FONTE: AQUARONE et al., 1983

O leito de jorro surge então como um substituto para o leito fluidizado, sendo
aplicado a uma grande variedade de materiais sólidos com dP maiores que 1mm, como
dito previamente. MATHUR e EPSTEIN (1974) citam unidades para resfriamento de
sólidos, granulação, revestimento de partículas, cristalização e ativação de carvão.
Potenciais aplicações industriais para o leito de jorro, embora ainda esteja em escala
piloto, inclui a carbonização e gaseificação do carvão, moagem e mistura de sólidos e
pirólise de xisto.
Como já dito previamente, o leito de jorro apresenta característica de boa
agitação dos sólidos e de um efetivo contato fluido-sólido, além do baixo investimento
inicial e custo operacional. Apresenta diversas aplicações como secagem e
revestimento de partículas (FREIRE e SARTORI, 1992).
Apesar de sua extensa aplicação, este equipamento possui algumas
limitações, sendo necessária uma melhor compreensão de seu comportamento
fluidodinâmico.
O leito de jorro apresenta algumas limitações na sua aplicação na forma
convencional como grande dificuldade na ampliação de escala (também chamado de
scale-up); elevada perda de carga antes de atingir o jorro estável; existência de uma
altura máxima de leito que limita a carga do equipamento; grande faixa de tempo de
residência das partículas; o chamado curto-circuito das partículas, sendo definido pelo
retorno de algumas partículas que estão na interface jorro-anular para a região de jorro

11
antes de completarem o ciclo. Este curto-circuito provoca uma maior distribuição de
tempo de residência das partículas, tendo como consequência um produto
heterogêneo (DUTRA, 1984).
A fim de contornar este problema, CLAFIN e FANE (1982), utilizaram um tubo
central (também chamado de tubo draft) separando as duas regiões, visando impedir o
curto-circuito de partículas. Com a introdução deste tubo, além de impedir o problema,
pode alterar significamente a fluidodinâmica do leito de jorro, trazendo outras
consequências ao contato fluido-sólido.
Para o projeto de sistemas de leito de jorro, deve-se conhecer os aspectos
fluidodinâmicos de jorro, incluindo o conhecimento dos escoamentos de fluido e
partícula, estrutura do leito (características como a forma do leito e a porosidade),
estabilidade de jorro e altura máxima de leito para um jorro estável. É de primordial
conhecimento saber a vazão e a queda de pressão na condição de mínimo jorro para
um projeto adequado do leito de jorro (NETO, 2007).

5.3 Tipos de Leito de Jorro

Posteriormente são apresentado as principais formas (configurações) de leitos


de jorros relatados e utilizados em pesquisas para operações de secagem,
recobrimento de partículas e reações químicas.

5.3.1 LEITO DE JORRO CONVENCIONAL

O leito de jorro convencional é constituído por uma câmara de secagem


cilíndrica conectada a uma base cônica, a qual possui em sua extremidade inferior um
orifício de reduzida dimensão, através do qual o fluido de jorro é alimentado ao
sistema(PALLAI; SZENTMARJAY e MUJUMDAR, 1995). Configurações totalmente
cônicas, cilíndricas ou retangulares também podem ser empregadas (EPSTEIN e
GRACE, 1997).
O regime de jorro é estabelecido pela entrada de um jato de fluido em um leito
de sólidos particulados. Após a entrada do fluido, normalmente constituído por ar,
ocorre o transporte pneumático das partículas sólidas devido à elevada velocidade.
Nesta região observa-se a formação de um canal central diluído. Ao redor do canal
central, verifica-se a presença de um leito denso de partículas, que se deslocam
contra o fluxo ascendente de ar, traçando uma trajetória parabólica em relação à

12
região central do equipamento. A região que compreende esse leito deslizante de
partículas recebe a denominação de ânulo ou região anular (MATHUR,1971).
A desaceleração das partículas provenientes do canal central ocorre após as
mesmas atingirem a superfície do leito (região de fonte), e resulta na queda sobre a
região anular. Por fim, essas partículas descrevem uma trajetória anular de volta para
a região de jorro, seja após atingirem a base do leito (próximo ao orifício de entrada do
ar). Na figura 2 ilustra esquematicamente a movimentação cíclica e ordenada das
partículas em um leito de jorro convencional.

Figura 02. Esquema representativo das regiões de um leito de jorro convencional


FONTE: AQUARONE et al., 1983

5.3.2 LEITO DE JORRO DILUÍDO (JET SPOUTED BED – JSB)

A combinação entre uma reduzida carga de partículas e elevadas velocidades


de ar de jorro permite a obtenção de um regime de jorro diluído. A característica que
diferencia este regime em relação ao convencional é a porosidade da região anular,
que no regime diluído chega a 0,9 contra 0,4 do regime convencional. Nas operações
em regime diluído, o tempo de residência dos materiais é menor (o que pode ser uma
vantagem adicional na secagem de produtos que se decompõem no aquecimento) e a
velocidade relativa fluido-sólido é maior (por consequência, observam-se maiores
coeficientes de transferência de calor).

13
As características únicas do regime diluído faz com que sua aplicação na
secagem de pasta possua desempenho superior frente ao observado na secagem por
leito de jorro convencional. Entretanto, na secagem de células vivas e possivelmente
na secagem de sistemas estruturados (como as microcápsulas), o elevado grau de
atrito interparticular é ou pode ser uma característica desfavorável na aplicação desse
regime. É demonstrado um diagrama esquemático de um leito de jorro diluído na
Figura 3.

Figura 03. Diagrama esquemático de um leito de jorro diluído (JSB)


FONTE: ARAÚJO, 1995

5.3.3 LEITO DE JORRO BIDIMENSIONAL FENDADO

Romankov e Rashkovskaya (1968) foram os primeiros a descrever um


equipamento de leito de jorro com configuração bidimensional fendada. Esse
dispositivo, desenvolvido para contornar o problema de escalonamento apresentado
pela configuração convencional, é equipado por uma câmara retangular com a entrada
de ar na forma de fenda. Dessa forma, o ar de jorro penetra por toda a extensão da
câmara e supostamente permite a operação em dispositivos de grandes dimensões
sem a ocorrência de elevadas perdas de carga.
Entretanto, há problemas de instabilidade ocasionados pelo aumento na
largura da fenda de entrada de ar ainda não tem solução e inviabilizam os projetos de
escalonamento desse tipo de equipamento. A Figura 4 ilustra esquematicamente um
equipamento de leito de jorro bidimensional fendado.

14
Figura 04. Diagrama esquemático de um leito de jorro bidimensional fendado
FONTE: ARAÚJO, 1995

5.3.4 LEITO DE JORRO CÔNICO

O leito de jorro cônico é constituído apenas por uma base cônica com principal
vantagem de maior carga, ou seja, para uma mesma altura do leito, é possível
alimentar uma carga inicial maior do que aquela comparada com um leito convencional
(mencionado previamente no item 2.1), onde o ângulo da base tronco-cônica é igual
ao ângulo do leito cônico (NETO, 2007).

5.3.5 LEITO DE JORRO-AERADO

O leito de jorro-aerado é uma modificação do leito de jorro cônico em que a


porção cônica do leito recebe uma vazão de ar auxiliar, promovendo um aumento da
porosidade nesta região, melhorando com isso as taxas de transferência de calor e
massa (NETO, 2007).

5.3.6 LEITO DE SEÇÃO RETANGULAR

O leito de seção retangular é um leito composto de um prisma retangular com


base de tronco de pirâmide, muito utilizado para o estudo da influência do ângulo da
base como uma das variáveis de processo de recobrimento (NETO, 2007).

15
5.3.7 LEITO VIBRO-JORRADO

A movimentação das partículas é auxiliada pela agitação oriunda de um


sistema de vibração mecânica localizado na base do leito (NETO, 2007).

5.3.8 LEITO DE JORRO FLUIDIZADO

O leito de jorro fluidizado consiste em uma modificação do leito de jorro


convencional, com finalidade de melhorar a operabilidade, as características de
transferência de calor e a eficiência de contato sólido-fluído. Esta modificação ocorre
através do fornecimento de uma vazão auxiliar de fluido na região anular,
transformando este leito em um equipamento hibrido, com características de jorro e
fluidização.
VUKOVIC et al. (1984) comentam que os extremos de um leito de jorro
fluidizado são leito de jorro, quando todo o fluxo passa através da entrada principal, e
o leito fluidizado quando o fluxo total é uniformemente distribuído através da seção de
entrada do jorro e da região anular.

5.3.9 LEITO DE JORRO COM TUBO “DRAFT”

O leito de jorro com tubo draft é uma variação dentre os leitos de jorro em que
já a inserção de um tubo concêntrico à parte cilíndrica do leito. Com o uso deste tubo,
obtém-se uma melhora do comportamento fluidodinâmico, direcionando o ar na região
de jorro central, possibilitando uma redução na queda de pressão para o jorro já
estabelecido (NETO, 2007).
Possui a vantagem de obter uma menor distribuição de tempo de residência
das partículas, bem como a homogeneização da circulação de partículas. O leito de
jorro com tubo draft apresenta desvantagens também como o comprometimento da
permeação do ar na região anular e a diminuição das taxas de transferência de calor e
massa nessa região, acarretando em prejuízos em operações de secagem e
revestimento. Porém, para contornar o problema da redução das taxas de
transferências de calor e massa, é utilizado um tubo draft poroso. Além de resolver o

16
problema, o tubo draft poroso ainda mantém uma homogeneização na circulação das
partículas (NETO, 2007).
Este leito apresenta sete regiões características: jorro central, região de fonte,
região anular, superfície do leito, interface jorro-anular, base cônica e entrada de ar.
A região de jorro central é a de maior porosidade no leito onde ocorre o
transporte pneumático das partículas com o movimento concorrente do gás e partícula
(sólido); a região de fonte é a região acima do leito, onde as partículas que sobem do
jorro central desaceleram, caindo na região anular. Para as colunas cilíndricas, a altura
da fonte aumenta com o incremento da velocidade superficial do gás, com a
diminuição das dimensões do orifício de entrada de ar e com a diminuição do diâmetro
das partículas; a região anular é o local onde as partículas que caem da região de
fonte deslizam até a base do leito num movimento contracorrente; a superfície do leito
é o cume do leito, onde irá aflorar a região fonte depois do jorro ter sido estabelecido;
a interface jorro-anular é a fronteira (imaginária) entre a região anular e o jorro central
onde ocorrem alguns problemas, como os chamados “curtos-circuitos”, comentados
previamente, sendo a migração antecipada dos sólidos da região anular para o jorro
central, fazendo com que seja diminuído o tempo de residência da partícula da base
do leito até a região da fonte, pelo jorro central, para logo em seguida, descer em
contracorrente ao escoamento de gás na região anular até a base da coluna onde irá
retornar ao jorro central, fechando, assim, o ciclo. Com a inserção de um tubo draft
separando estas duas regiões, proporcionará a movimentação de sólidos no leito; a
base cônica favorece o movimento circulatório das partículas, além de diminuir as
regiões conhecidas como zonas mortas, na base da coluna. O ângulo da base cônica
é um parâmetro importante a ser determinado, pois os ângulos menores facilitam o
escoamento de sólidos da região anular para a região de jorro, já os ângulos grandes
(por exemplo, quando o cone é muito fechado), o jorro fica instável; a região de
entrada de ar é o local por onde o ar é injetado. Esta área é localizada na parte central
da base da coluna. Uma relação ideal entre o diâmetro da parte cilíndrica da coluna e
o diâmetro do orifício de entrada de ar deve ser igual a seis (6) (DUTRA, 1984).
Na Figura 5 é demonstrado um leito de jorro com tubo “draft” com suas regiões
características.

17
Figura 05. Esquema de um leito de jorro com tubo draft com suas regiões características
FONTE: ARAÚJO, 1995

5.4 Fluidodinâmica no Leito de Jorro

Como foi descrito anteriormente, para se chegar ao estado de leito de jorro,


passa-se por duas pré-etapas nas quais o leito se comporta, respectivamente, como
leito fixo convencional e leito fluidizado.
O mecanismo de transição de leito estático para leito de jorro pode ser melhor
expresso por meio da curva característica de queda de pressão no interior do leito em
função da velocidade superficial do fluido, havendo um comportamento geralmente
semelhante ao expresso na Figura 06:

18
Figura 06. Curva típica de queda de pressão versus velocidade do ar
FONTE: MATHUR & EPSTEIN, 1974

Nesta figura estão expressas curvas para diversas alturas de leito, obtidos
tanto para vazão crescente quanto para vazão decrescente.
Conforme a vazão do fluido aumenta, é possível observar a seguinte sequência
de eventos, sintetizadas por ADEODATO (2003):
1. A baixas velocidades, este simplesmente passa sem perturbar o arranjo
estrutural das partículas e a queda de pressão aumenta com a taxa de
escoamento (sentido AB), comportamento padrão de um leito fixo.
2. A uma determinada velocidade, o jato torna-se suficientemente forte
para empurrar as partículas, ocasionando a formação de uma cavidade
na região central logo acima da entrada; a eventual camada sólida
compacta acima desta cavidade oferece uma grande resistência ao
fluxo do fluido, acarretando uma maior queda de pressão.
3. Com um acréscimo na vazão do gás, a cavidade se alonga formando
um jorro interno. A queda de pressão atinge um máximo (-ΔPM) no ponto
B, cuja velocidade superficial correspondente é UM.
4. Com o aumento da taxa de escoamento além do ponto B, a altura da
cavidade interna no jorro torna-se grande em comparação à camada

19
sólida compactada acima do jorro, fazendo com que a queda de
pressão comece a decrescer no trecho descrito pelo intervalo BC.
5. Aproximando-se do ponto C, um número suficiente de partículas sólidas
é deslocado para o centro d cavidade, causando uma expansão
considerável do leito, resultando em um decréscimo na queda de
pressão, essa expansão geralmente é acompanhada pela expansão
alternada de contração do jorro interno.
6. Com um ligeiro aumento na vazão para além do ponto C, conhecido
como ponto de jorro incipiente, a concentração de sólidos na região
logo acima do jorro interno decresce abruptamente, causando uma
redução notável na queda de pressão até o ponto D, no qual o jorro
interno rompe a superfície do leito. Este ponto representa o início do
jorro, no qual o leito torna-se móvel e o jorro contínuo se instala.
7. Aumentando-se mais ainda a taxa de escoamento do gás, o fluxo
adicional simplesmente passa através da região do jorro, o qual se
encontra estável com o patamar de mínima resistência, formando a
fonte, que não fornece efeito significante na queda de pressão, sendo
que esta permanece praticamente constante (-ΔPS) além do ponto D.
A instabilidade gerada pela ação de ruptura do jato através do leito faz com que
a velocidade do leito incipiente (C) e o princípio do jorro estável (D) não sejam
exatamente reprodutíveis. Opta-se então pela utilização de uma variável mais
reprodutível, a velocidade de jorro mínimo (Ujm), que é obtida diminuindo-se
gradativamente a vazão de fluido. O leito permanece em estado de jorro até o ponto
C’, que representa a condição de mínimo jorro. Uma pequena redução na velocidade
do gás nessa condição provoca colapso do jorro e a queda de pressão sobe
repentinamente até o ponto B’. Diminuindo ainda mais a taxa de escoamento, observa-
se um decréscimo contínuo na queda de pressão, ao longo do trecho B’A.
Os pontos B e D correspondem a valores de queda de pressão que são
importantes do ponto de vista prático em termos de projeto e operação de uma
unidade de leito de jorro, respectivamente, ao pico de queda de pressão (-ΔP M) e à
queda de pressão de operação no ponto de jorro estável (-ΔPS).

5.5 Estabilidade dos Leitos de Jorro

20
Segundo COSTA (1998), a estabilidade dos leitos de jorro é caracterizada pela
formação de três regiões características e perfeitamente distinguíveis, nomeadamente
o jorro, a fonte e o ânulo.
Uma breve descrição dessas regiões é apresentada abaixo (adaptada de
PASSOS et al. 1991):
 O jorro consiste numa fase diluída de sólidos (porosidade entre 0,50 e
0,80), na qual as partículas são transportadas pneumaticamente pelo
jato de fluido no centro do leito. As principais características dessa
região são baixo tempo de residência e altos coeficientes de
transferência de calor e massa fluido-partícula.
 O ânulo é a região de fase densa de sólidos (porosidade igual ao valor
de mínima fluidização) onde as partículas se movem em fluxo
contracorrente. A mistura dos sólidos se intensifica na parte inferior
dessa região devido ao movimento de reentrada na região do jorro.
 A fonte é a região na qual as partículas transportadas no jorro mudam
seu movimento caindo novamente na região anular. O atrito e a colisão
entre as partículas se tornam intensos nessa região conforme o
aumento da vazão de fluido.
A obtenção e manutenção de um leito estável depende de uma série de
fatores, que serão abordados abaixo.

5.5.1 EFEITO DA GEOMETRIA DO LEITO

O primeiro fator de efeito significativo, em termos de geometria do leito, é a


razão Di/Dc, isto é, entre os diâmetros do orifício de entrada de fluido e da coluna. Este
fator é importante na obtenção da altura máxima do leito. Existem várias
recomendações diferentes na literatura quanto ao valor desta razão. BECKER (1961)
apud ADEODATO (2003) sugere como valor crítico para esta razão 0,35; NÉMETH &
PALLAI (1970) apud ADEODATO (2003) propõem um valor limite de 0,30. Encontram-
se também, na literatura, diversas correlações, porém muitas delas estão limitadas a
condições operacionais restritas.
O ângulo do cone também influencia na estabilidade do leito, uma vez que uma
menor seção cônica facilita o fluxo de sólidos do ânulo para a região do jorro. O ângulo
limite depende diretamente do atrito interno das partículas e para a maioria dos
materiais está entre 40 e 60°.

21
Há também o modo como é projetado o orifício da entrada do jato.
MANURUNG (1964) apud ADEODATO (2003) observou, após vários experimentos,
que o jorro torna-se mais estável quanto menor for o orifício de entrada do gás na
parte mais estreita do cone.

5.5.2 EFEITO DAS PROPRIEDADES DO SÓLIDO

A recomendação é que, ao se trabalhar em leitos de jorro, o diâmetro das


partículas não exceda 1mm, porém GHOSH (1965) apud ADEODATO (2003) sugere
que seja possível operar leitos de jorro com materiais mais finos, desde que o
diâmetro do orifício de entrada do gás não exceda 30 vezes o diâmetro da partícula.
Além do tamanho da partícula, outro ponto de efeito significativo é a
distribuição granulométrica: pequenas proporções de finos ou partículas mais grossas
podem prejudicar seriamente a estabilidade do jorro (MATHUR & EPSTEIN, 1974
apud ADEODATO, 2003).

5.5.3 EFEITO DA VAZÃO DO FLUIDO

A estabilidade do jorro é extremamente dependente da velocidade do fluido, em


faixas que variam em função dos aspectos geométricos do leito, além do tamanho e
forma das partículas. Velocidades abaixo da faixa não conseguem aflorar o jorro,
enquanto altas velocidades podem acarretar regimes instáveis como borbulhamento
(bubbling) e empistonamento (slugging), segundo mostrado na Figura 07.

Figura 07. Efeito visual (qualitativo) da velocidade do fluido na estabilidade do leito


FONTE: MATHUR & EPSTEIN, 1974

22
O grande “porém” do estudo da velocidade de escoamento é o fato de, devido
às características do processo, ser difícil obter dados que possam ser generalizados.
O que se tem feito ultimamente é o estudo da fluidodinâmica de leitos de jorro em
caráter experimental e com condições bem restritas, de modo a se simular o
comportamento fluidodinâmico no interior do leito.
Como as equações e geometrias utilizadas geralmente envolvem soluções
numéricas de alta performance, têm-se cada vez mais aderido à técnica da
Fluidodinâmica Computacional na modelagem e simulação de leitos de jorro.

5.6 A Fluidodinâmica Computacional e os Leitos de Jorro

Um dos grandes desafios no estudo e aplicação do leito de jorro é o projeto de


scale-up (ampliação de escala). Para tal, é necessário um conhecimento prévio
profundo sobre a fluidodinâmica do leito. Como a existência de uma enorme
quantidade de partículas no jorro dificulta a observação do trajeto e velocidades
individuais das partículas, a simulação computacional desta fluidodinâmica tem se
mostrado uma ferramenta essencial.
A técnica da Fluidodinâmica Computacional (Computational Fluid Dynamics,
CFD) tem se destacado nas aplicações na área de engenharia, especialmente em se
tratando de mecânica dos fluidos (SANTOS, 2008).
Segundo MASSAH & OSHINOWO (2000) apud SANTOS (2008), algumas das
principais vantagens do CFD são:
 Grande flexibilidade para mudar os parâmetros do projeto sem a despesa de
mudanças de hardware. Tem custo inferior ao de laboratórios ou experiências
de campo, permitindo aos engenheiros realizar outras tentativas e avaliar
novas possibilidades de projeto.
 Tem um tempo de resposta mais rápido que o das experiências.
 Guia o engenheiro à raiz dos problemas, diminuindo erros ocasionados por
“chutes”.
 Fornece informações relevantes sobre os perfis de escoamento, especialmente
em regiões onde as medidas são de difícil obtenção.

Em termos físicos e matemáticos, há, hoje em dia, duas aproximações para o


cálculo numérico de escoamentos multifásicos: a apoximação de Euler-Euler-Lagrange
(abordagem Euler-Lagrange) e a aproximação (abordagem) de Euler-Euler,
brevemente descritos abaixo (adaptado de SANTOS, 2008).

23
O modelo Lagrangeano de fase discreta segue a aproximação de Euler-Euler-
Lagrange, isto é, a fase fluida é tratada como contínua pela resolução das Equações
de Navier Stokes calculadas no tempo, enquanto a fase dispersa ‘e resolvida
injetando-se um grande número de partículas, bolhas ou gotas através do campo de
escoamento calculado e são tratadas pela mecânica clássica de corpos sólidos (mais
especificamente a Segunda Lei de Newton), sendo que a fase dispersa pode trocar
momento, massa e energia com a fase fluida.
Esta abordagem é indicada para sistemas em que a fase dispersa ocupa baixa
fração de volume, uma vez que a trajetória das partículas é calculada individualmente.
Desta maneira, a partícula não influencia o escoamento do fluido, ao passo que este
unica e exclusivamente determina a trajetória da partícula. Este modelo é bastante
apropriado para se modelar e simular ciclones, hidrociclones, elutriação e alguns
sistemas de combustão, porém não é eficiente para modelar misturas líquido-líquido
ou leitos (fluidizados ou de jorro), uma vez que o volume da fase secundária é
significante.
Na abordagem Euler-Euler, as diferentes fases são tratadas matematicamente
como contínuas e interpenetrantes, ou seja, o volume de uma fase não pode ser
ocupado por outras. Desta maneira, surge o conceito de fração volumétrica das fases,
que são funções contínuas no espaço e tempo e cuja soma é igual a um. Forma-se,
então, um conjunto de equações contendo as equações de conservação para cada
fase. A este sistema acrescentam-se as equações constitutivas que são obtidas de
maneira empírica ou, em se tratando de escoamento granular, através da teoria
cinética granular.

Segundo VERSTEG & MALALASEKERA (2007), um processo de simulação


por meio de CFD envolve três etapas distintas:
 Pré-processamento:
o Seleção dos fenômenos (físicos e químicos) a serem modelados;
o Definição da geometria da região de interesse (domínio computacional);
o Geração da malha (subdivisão do domínio em um número menor de
volumes, ver Figura 08);
o Especificação das condições de contorno nas células apropriadas.
 Resolução:
o Integração das equações de conservação da fase contínua e dispersa
(granular) em todos os volumes de controle do domínio;
o Discretização (conversão das equações integrais resultantes em um sistema
de equações algébricas);
o Solução das equações algébricas (geralmente através de um método
iterativo).

24
 Pós-processamento (ver Figura 08):
o Visualização da geometria do domínio e da malha;
o Obtenção de vetores das propriedades desejadas;
o Obtenção de gráficos 2D;
o Injeção de partículas (no caso da abordagem Euler-Lagrange);
o Manipulação da vista da geometria;
o Contorno dos perfis desejados
o Análise dos arquivos exportados pelo software utilizado.

A técnica descrita acima é utilizada na modelagem e simulação de leitos de


jorro partindo-se de equações constitutivas. Estas, por sua vez, obedecem às leis
básicas de escoamento e dinâmica de fluidos e sólidos, porém escritas de maneira a
propriada e sujeitas às simplificações cabíveis. Devido ao nível a que este trabalho se
apresenta, serão omitidas as deduções e técnicas de resolução das equações
constitutivas.
De maneira geral, basta atentar-se ao fato de que um modelo bem fundamentado
e completo, dentro do possível e plausível, gera dados de confiança sobre o
comportamento fluidodinâmico em leitos de jorro.

(a)

25
(b)

Figura 08. Exemplos de malhas (a) e resultados de trajetória de partículas (b)


apresentados em diversos trabalhos de simulação de leitos de jorro usando CFD
FONTE: SANTOS, 2008

Alguns exemplos, obtidos de DUARTE (2006), serão citados abaixo.

5.6.1 FORMATO DO JORRO

Estudos sobre formato e diâmetro médio do jorro têm sido realizados desde a
concepção do equipamento. Quando se atinge o estado de jorro estável, a região do jorro
assume um formato estável, que depende das condições experimentais utilizadas. Os
pioneiros em se tratando de leitos de jorro, Kishan Mathur e Norman Epstein já haviam
“previsto” formatos distintos de acordo com determinadas relações geométricas
utilizadas (tendo estas “previsões” sido publicadas em MATHUR & EPSTEIN, 1974).
Reproduzindo estas condições através de simulações 2D, DUARTE (2006) corroborou
as teorias dos pesquisadores, como pode ser visto na Figura 09:

26
Figura 09. Comparação entre os formatos de leito citados por MATHUR & EPSTEIN (1974) e os
obtidos por DUARTE (2006) através de simulação com CFD
FONTE: SANTOS, 2008

Cabe citar que o formato apresentado em (a) é o mais típico, independente da


geometria de leito utilizada.
Além de realizar estas simulações, o autor obteve os valores de diâmetro de
jorro para cada um dos casos e os comparou com os valores obtidos através das
principais equações empíricas, obtendo desvios entre 4% e 30%.

5.6.2 VELOCIDADE DA PARTÍCULA

Utilizando como entrada em seus modelos as condições experimentais de HE


et al. (1994), DUARTE (2006) realizou simulações de modo a comparar a altura da
fonte simulada com a experimental, utilizando um perfil de velocidade 10% superior ao
da velocidade de jorro mínimo e obteve a mesma altura de fonte obtida
experimentalmente no primeiro trabalho, 15cm. A comparação entre os dados
experimentais e simulados para os perfis de velocidade radial e para a distribuição
radiar de porosidade das partículas pode ser observada nas Figuras 10 e 11.

27
Figura 10. Comparação entre os perfis de velocidade no jorro obtidos experimentalmente (HE et
al., 1994) e por meio de CFD (DUARTE, 2006)
FONTE: SANTOS, 2008

Figura 11. Comparação entre as distribuições de porosidade no jorro obtidas experimentalmente


(HE et al., 1994) e por meio de CFD (DUARTE, 2006)
FONTE: SANTOS, 2008

5.7 Ampliação de Escala

A principal informação necessária para o cálculo e projeto de leitos de jorro é o


tamanho do leito em que o jorro possa ocorrer e a potência do soprador para um
processo específico. O procedimento de cálculo irá depender do tipo de processo no
qual o sistema é projetado. Em se tratando de ampliação de escala, o procedimento e

28
requerimentos para um leito de jorro é praticamente semelhante àquele do leito
fluidizado, sendo a principal diferença a taxa de fluxo requerida: a velocidade de jorro
mínimo é dependente do tamanho e geometria do leito, enquanto a taxa de fluxo
correspondente na fluidização é independente da altura do leito e é diretamente
proporcional à área de seção transversal da coluna.
Embora muitas equações baseadas em leitos de pequena escala (Dc<0,3 m)
estão disponíveis para predizer as propriedades hidrodinâmicas de leitos de jorro, há
ainda consideráveis incertezas em relação aos critérios adequados de ampliação de
escala. A maioria das equações existentes não trabalha bem para grandes colunas.
Segundo SANTOS (2008), recentemente, alguns dados experimentais foram obtidos
em colunas consideravelmente grandes de até 1,1 m de diâmetro. Entretanto, modelos
não totalmente disponíveis ou equações para grandes colunas não foram
desenvolvidas devido à falta de dados suficientes.
Estudos de ampliação de escala em leitos de jorro são, entretanto, de grande
importância. LIM & GRACE (1997) examinaram se as relações de escala propostas
por GLICKSMAN (1984) para ampliação de escala de leitos fluidizados poderiam ser
adaptadas para ampliação de escala de leitos de jorro.
O princípio da similaridade é freqüentemente usado na obtenção de dados
experimentais para representar o complexo fenômeno de fluxo em grande escala, isto
é, para calcular cargas de vento em construções e para projetar cascos de navios. O
conceito básico é que se dois campos são geometricamente similares e são operados
com valores idênticos de todos os importantes parâmetros adimensionais
independentes, então as variáveis adimensionais dependentes também devem ser
idênticas nos locais correspondentes (BISIO e KABEL, 1985).
Este princípio tem sido bastante utilizado ao longo do tempo de modo a se
fazer ampliação de escala de leitos fluidizados, e baseia-se em grupos adimensionais
característicos.
Ao se traslar este método para aplicação em leitos de jorro, deve-se observar o
que pode ser aproximado por leito fluidizado (isto é, quais grupos adimensionais são
semelhantes e representam o mesmo “fenômeno”) e se desenvolver a parte que não
se encaixar neste primeiro tópico.
Embora existam muitas características comuns entre leitos fluidizados e de
jorro, existem também diferenças significativas. A mais notável, obviamente, é o fato
da região anular de um leito de jorro constituir um movimento do leito compacto com
fluxo intersticial de fluido em contracorrente, enquanto os sólidos em leitos fluidizados
apresentam movimento mais aleatório e inteiramente sustentado pelo fluido. Disto,
deduz-se que existe uma substancial constante partícula-partícula na região anular

29
dos leitos de jorro de modo que as características reológicas dessa fase densa
possam ter um papel mais importante do que em leitos fluidizados, nos quais a
reologia da fase densa é geralmente ignorada. Entretanto, antes dos grupos
adimensionais propostos por GLICKSMAN (1984) poderem ser usados para ampliação
de escala em leitos de jorro, o fenômeno detalhado de todas as partes do leito de jorro
deve ser examinado.
Para derivar os grupos adimensionais, o autor supracitado adotou equações de
movimento para fluido e partícula em leitos fluidizados de partículas esféricas, descritas
abaixo:

A adimensionalização destas equações gera certos grupos adimensionais


característicos, como por exemplo o número de Reynolds e razões como densidade
do fluido e do sólido, diâmetro de coluna e de partícula e assim por diante.
LIM & GRACE (1997) afirmaram que a Equação 1 poderia ser aplicável em
leitos de jorro em primeira instância, e a Equação 2 deveria ser modificada de modo a
levar em consideração as tensões intraparticulares na região anular, onde estas estão em
contato mútuo e constante, resultando (para o movimento das partículas) em:

Na qual EP é o tensor efetivo para a fase partícula. LIM & GRACE (1997)
também definiram quantidades adimensionais e, seguindo a linha proposta,
introduziram um “tensor de solicitação efetivo adimensional”. Os grupos adimensionais
utilizados foram:

A Equação 3 em sua forma adimensional se tornou, então:

30
O grupo adimensional gdp/U², relacionado à tensão, é, por coincidência ou não,
o próprio Número de Frode, que já houvera sido incluído nas relações de GLICKSMAN
(1984).
É possível derivar as relações de tensão efetiva na fase sólida através da
aplicação dos princípios da mecânica dos sólidos, como já foi realizado por diversos
autores (citados em SANTOS, 2008).
Além destes, em leitos de jorro outros fatores devem ser considerados. Na
análise clássica para leitos fluidizados, assumir a incompressibilidade dos gases foi
justificado devido ao fato da velocidade de escoamento em leitos fluidizados ser
pequena comparada à velocidade do som, portanto a pressão absoluta não se
alterava suficientemente de modo a influenciar apreciavelmente as propriedades
termodinâmicas do fluido. Entretanto, a velocidade do gás de entrada pode ser alta,
em até 80m/s, em grandes leitos de jorro, cerca de 20% da velocidade sônica, o que
mostra que a compressibilidade do gás pode ser, de fato, significante.
Embora se desconsiderando alguns efeitos que, de modo puramente empírico,
sabe se que não afetam significativamente a operação dos leitos de jorro (como por
exemplo forças eletrostáticas) e estando cientes do surgimento de alguns pequenos
desvios, os autores acreditam que a aplicação do princípio da similaridade possa ser
suficiente ao menos para uma primeira aproximação.
LIM & GRACE (1997) usaram o grupo completo de parâmetros adimensionais
governantes da Equação 5 e estudaram a validade dessas relações de escala,
examinando a influênca de cada grupo, bem como de suas interações, sobre a
similaridade do scale-up, além de estudar a influência da esfericidade e ângulo de
fricção interna das partículas, todas estas determinações tendo sido feitas em ensaios
a temperatura ambiente
Os resultados mostraram que todos os grupos adimensionais avaliados são
válidos para leitos de jorro em pequena escala e que, com exceção do grupo ρs/ρf,
nenhum outro grupo pode ser omitido do grupo total de parâmetros de escala. As
forças de interação partícula-partícula não puderam ser ignoradas para o estudo de
ampliação de escala de leitos de jorro.
Ensaios à altas temperaturas também foram conduzidos e a coincidência dos
resultados a quente e a frio sugeriram que os parâmetros de escala são suficientes
para a similaridade hidrodinâmica.
Estes resultados podem ser de grande importância para considerar o
comportamento de leitos de jorro em grande escala operando à temperatura ambiente,
já que a maioria das aplicações comerciais de leitos de jorro envolve grandes colunas
operando à elevadas temperaturas, sendo que a investigação experimental de tais

31
leitos é complicada e de alto custo. Por outro lado, a maioria das pesquisas são
executadas em leitos pequenos com ar à temperatura ambiente.

5.8 Aplicações do Leito de Jorro

O regime fluidodinâmico único, observado em equipamentos do tipo leito de


jorro, propicia inúmeras vantagens durante suas aplicações. Características, como a
excelente mistura de sólidos e o intenso contato fluido-sólido, permitem uma secagem
segura e eficiente de materiais termos sensíveis. Por outro lado, as elevadas
velocidades alcançadas pelo fluido de jorro são a base para vários processos na área
de engenharia química, como àqueles referentes à purificação de gases e ao
craqueamento do petróleo (EPSTEIN; GRACE,1997).
Outras características do regime fluidodinâmico que implicam em grandes
vantagens na aplicação dos leitos de jorro são: (1) a ocorrência de uma movimentação
cíclica e de alta regularidade dos sólidos, a qual constitui a base para a obtenção de
produtos com uniformidade adequada a partir de operações de granulação e
revestimento de sólidos farmacêuticos; (2) a existência de um nível considerável de
atrito entre os sólidos, que viabiliza as operações anteriormente citadas por reduzir a
aglomeração do material no interior do leito, além de permitir a secagem de materiais
líquidos nesse tipo de equipamento (com auxílio de sólidos inertes) (EPSTEIN;
GRACE, 1997).
Dentre as aplicações acima citadas, a secagem de pastas (soluções,
emulsões, suspensões, tortas) tem recebido considerável atenção dos pesquisadores
(SCHNEIDER; BRIDGWATER, 1993), pois este sistema de contato fluido-partícula
oferece altas taxas de transferência de calor e massa.
. Para produção em pequena escala, o diâmetro máximo da câmara de
secagem para uma operação estável em leito de jorro é de 1 metro, a técnica em
questão têm sido considerada promissora na secagem de pastas, podendo ser
aplicada com vantagem em relação à secagem por spray drying, por apresentar menor
custo operacional, elevada capacidade de secagem e possibilitar a obtenção de
produtos pulverulentos de alta qualidade (BACELOS et al., 2005). Diversos trabalhos
têm mostrado que o leito de jorro com partículas inertes pode secar vários tipos de
pastas orgânicas e inorgânicas. Entretanto, as aplicações deste equipamento também
demonstram que o conhecimento de sua fluidodinâmica e dos fenômenos de
transferência de calor e massa, envolvidos na operação de secagem, é essencial para

32
o domínio do processo. Essa constatação fica marcante quando se analisa os
problemas envolvidos no controle de secadores de leito de jorro (Corrêa et al., 2002;
Corrêa et al., 2004).
O movimento cíclico das partículas, único da técnica do leito de jorro, promove
um eficiente contato sólido-fluido. Desta forma, esta técnica pode ser aplicada à
secagem de diversos tipos de grãos (Freitas, 1996), e à secagem de suspensões em
leitos de partículas de inertes (Reyes, 1993; Oliveira, 1995; Passos et al., 1997).
Ressalta-se que o equipamento de leito de jorro requer um baixo investimento inicial e
é de fácil manuseio, podendo ser utilizado, no caso da secagem de grãos, na própria
região produtora (Freitas, 1996).
O secador de leito de jorro apresenta diversas geometrias, dentre elas: a
cilíndrica; a cônico cilíndrica ou convencional; a cônica; a bidimensional com injetor do
tipo fenda. A geometria convencional ou a cilíndrica apresenta restrições quanto à
capacidade de processamento, uma vez que a altura do leito de partículas, H, não
pode ultrapassar a máxima permitida, Hm (acima da qual o regime de jorro termina), e
o diâmetro da coluna, Dc, não deve ser superior a 1 m (para evitar o aparecimento de
regiões mortas no leito). A geometria bidimensional com injetor do tipo fenda apresenta
problemas quanto à estabilidade do jorro, devido aos efeitos de parede, além de ter a
sua capacidade de processamento limitada pela altura máxima do leito de partículas
(Passos, 1991). Já a geometria cônica não apresenta limitações em relação à altura
do leito de partículas, sendo utilizada, frequentemente, na secagem de suspensões
(Oliviera, 1995). Uma representação esquemática de um secador de leito de jorro
cônico pode ser visualizada na Figura 12.

33
Figura 12. Leito de jorro aplicada em secagem.
FONTE: ARAÚJO, 1995

No entanto, desenvolvimentos adicionais são necessários para contornar


algumas desvantagens já reconhecidas nesse tipo de aplicação. As frequentes
instabilidades do regime fluidodinâmico geradas pela alimentação de pastas, a
ocorrência de fenômenos de aglomeração das partículas e o elevado acúmulo de pó
no interior da câmara de secagem prejudicam, senão inviabilizam, o emprego
industrial da técnica de leito de jorro convencional (PASSOS et al., 1997). Nesse
sentido, é necessário um melhor entendimento sobre o comportamento fluidodinâmico
do leito na presença de pastas, visando o estabelecimento de condições operacionais
ótimas para a secagem de um determinado produto (BACELOS et al., 2005).
O leito de jorro também trás a aplicação em revestimentos (recobrimento de
partículas), os quais são feitos pela pulverização da suspensão recobridora sobre as
sementes utilizando um bico atomizador pneumático. Neste caso o revestimento é
caracterizado pelo crescimento que ocorre em torno da semente, na qual partículas do
material pulverizado colidem e aderem-se à superfície formando camadas
concêntricas. Este mecanismo é denominado formação de camadas. Um exemplo de
configuração de leito de jorro para recobrimento de partículas esta apresentada na
Figura 13.

34
Figura 013. Leito de jorro aplicada em recobrimento de partícula
FONTE: ARAÚJO, 1995

Secagem de suspensões e recobrimento de partículas são operações similares


quando conduzidas em leito de jorro. Em ambos os casos, a suspensão é atomizada
sobre leito de partículas movimentadas por ar aquecido, revestindo a superfície das
partículas com um fino filme líquido. No processo de recobrimento, o solvente evapora
e o material sólido fica depositado sobre as partículas na forma de filme. No processo
de secagem, o filme líquido é seco sobre o material inerte e é rompido durante a
circulação das partículas, produzindo um pó fino. O principal parâmetro que determina
se ocorrerá recobrimento ou secagem é a força de adesão da suspensão com a
superfície da partícula. Em casos de forte adesão entre a interface líquido-sólido, as
partículas poderão ser recobertas e para uma fraca adesão na superfície sólida, as
gotas de líquido poderão secar como pó, ou secar formando um filme sólido que é
rompido pelo atrito inter-partículas (Kutsakova, 2004; Donida et al., 2004). A força de
adesão é dependente da molhabilidade do sólido pelo líquido e pode ser quantificada
a partir do ângulo de contato e da tensão superficial da suspensão (Iveson et al., 2001;
Hemati et al., 2003).

35
6 CONCLUSÕES

O leito de jorro tem sido aplicado para uma ampla variedade de processos
industriais que vão desde a secagem até o recobrimento de partículas, mistura de
sólidos, limpeza de gases, granulação, gaseificação, combustão e pirólise, e isto se
deve ao fato deste sistema promover, através de movimentos cíclicos, um efetivo
contato entre o fluido e o sólido caracterizado por três regiões distintas descritas
acima.
O conhecimento do comportamento fluidodinâmico do leito de jorro é
imprescindível para prever o comportamento do equipamento instalado para escala
industrial. Entretanto, para as simulações mais realistas, com intuito de se obter
comportamento mais próximo do real, os modelos se tornam mais complexos devido
às condições que antes eram desprezadas. Normalmente, os trabalhos que buscam
essas condições realistas têm suas simulações realizadas através da fluidodinâmica
computacional, com auxilio de softwares obtendo soluções e simulações mais
precisas.
Portanto, a técnica de leito de jorro demonstra grande potencial para
aplicações industriais, uma vez que seus princípios físicos e fluidodinâmicos estão
sendo mais bem estudados e descritos. Com o aumento gradativo de pesquisas a
respeito do funcionamento e restrições do leito de jorro, as técnicas de scale-up deste
equipamento também estão sendo aperfeiçoadas e consequentemente, a sua
utilização no mercado industrial poderá ser viabilizada.

36
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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