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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Tramandaí, RS.

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


CBMRS Em 17 Dez 2017

NOTA DE SERVIÇO N.º 001/B3-Op Verão/2017-18

1. FINALIDADE

Regular as ações dos Militares Estaduais que exercem a função de Guarda-vidas quando da
ocorrência de eventos climáticos adversos nas orlas marítima e lacustre do Rio Grande do Sul.

2. DESENVOLVIMENTO

As ações previstas para os Guarda-vidas em eventos adversos deverão respeitar os seguintes


parâmetros:

a. CONDIÇÕES DO VENTO - para fins de indicação de procedimentos será considerada


a “Escala de Beaufort”, conforme segue:

Procedimentos a serem
Grau Designação m/s km/h nós Aspecto do mar Efeitos em terra adotados pelo Guarda-
Vidas
0 Calmo <0,3 <1 <1 Espelhado Fumaça sobe na vertical
Pequenas rugas na Fumaça indica direção
1 Aragem 0,3 a 1,5 1a5 1a3
superfície do mar do vento
As folhas das árvores
Ligeira ondulação sem
2 Brisa leve 1,6 a 3,3 6 a 11 4a6 movem; os moinhos
rebentação
começam a trabalhar Manutenção normal do
As folhas agitam-se e as posto de salvamento
Ondulação até 60cm,
3 Brisa fraca 3,4 a 5,4 12 a 19 7 a 10 bandeiras desfraldam ao
com alguns carneiros
vento
Poeira e pequenos
Brisa Ondulação até 1m, papéis levantados;
4 5,5 a 7,9 20 a 28 11 a 16
moderada carneiros frequentes movem-se os galhos das
árvores
Ondulação até 2.5m, Movimentação de
5 Brisa forte 8 a 10,7 29 a 38 17 a 21 com cristas e grandes galhos e árvores 1.Manutenção do posto de
muitos carneiros pequenas salvamento, protegido na
Movem-se os ramos das guarita ou em local
árvores; dificuldade em
Ondas grandes até abrigado (a critério do Cmt
6 Vento fresco 10,8 a 13,8 39 a 49 22 a 27 manter um guarda chuva
3.5m; borrifos SSV ou do Fiscal);
aberto; assobio em fios
de postes
2.Orientar os banhistas a
fechar os guarda-sóis e a se
Movem-se as árvores retirar da praia devido ao
Mar revolto até 4.5m
7 Vento forte 13,9 a 17,1 50 a 61 28 a 33 grandes; dificuldade em risco de projeção de
com espuma e borrifos
andar contra o vento objetos e de partículas;

1.Desativar os postos de
Quebram-se galhos de salvamento e recolher o
Mar revolto até 5m árvores; dificuldade em efetivo a local abrigado
8 Ventania 17,2 a 20,7 62 a 74 34 a 40 com rebentação e faixas andar contra o vento;
de espuma barcos permanecem nos 2.Orientar os banhistas a
portos recolher todos os pertences
e imediatamente se retirar
da praia devido ao grande
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.2

risco de projeção de
objetos e de partículas;

Danos em árvores e
Ventania Mar revolto até 7m; pequenas construções;
9 20,8 a 24,4 75 a 88 41 a 47
forte visibilidade precária impossível andar contra
Desativar o serviço de
o vento
guarda-vidas e recolher o
Mar revolto até 9m; Árvores arrancadas;
efetivo a base da Cia,
10 Tempestade 24,5 a 28,4 89 a 102 48 a 55 superfície do mar danos estruturais em
aguardando orientações do
branca construções
Mar revolto até 11m;
comando sobre os
Tempestade 103 a Estragos generalizados procedimentos a serem
11 28,5 a 32,6 56 a 63 pequenos navios sobem
violenta 117 em construções adotados no suporte às
nas vagas
Mar todo de espuma, Estragos graves e comunidades atingidas.
12 Furacão >32,7 >118 >64 com até 14m; generalizados em
visibilidade nula construções

b. CONDIÇÕES AQUÁTICAS - Para fins de indicação dos procedimentos relativos às


condições aquáticas serão empregados os critérios definidos na tabela abaixo:

Procedimentos a serem
Modalidade Condições Aspecto da superfície
aquática de corrente aquática
Efeitos causados na orla adotados pelo Guarda-
Vidas
Praia favorável ao banho, com poucas
Sem correntes de retorno (comum a
Espelhado
corrente formação de buracos logo após a zona
de varrido)
Mar com uma, duas ou
três zonas de
Praia favorável ao banho, com
Corrente arrebentação bem
formação de correntes de retorno
fraca ou definidas;
alternados com áreas de buracos;
média (de
nordeste ou Observa-se lento
Zona de varrido bem definida e de curta
de sul) deslocamento de objetos
extensão.
flutuantes e de surfistas
no sentido da corrente.
Praia desfavorável ao banho, com
grande formação de correntes de
Mar com duas ou mais
retorno (repuxos) em locais bem
zonas de arrebentação,
definidos, alternados com áreas de Manutenção normal do posto
nem sempre definidas;
Corrente buracos profundos; de salvamento
forte de
Observa-se rápido
nordeste Normalmente essa condição de mar está
deslocamento de objetos
Mar associada ao forte vento nordeste
flutuantes e de surfistas
(predominante na costa gaúcha) e pode
no sentido da corrente.
provocar efeitos de projeção de areia e
de objetos na faixa de areia.
Praia desfavorável ao banho, com
Mar com duas ou mais
grande formação de correntes de
zonas de arrebentação,
retorno em locais não bem definidos (há
usualmente bem
forte repuxo em toda a extensão da
definidas;
Corrente praia);
forte de sul
Observa-se rápido
Formam-se poucos buracos e o mar
deslocamento de objetos
costuma ter uma força
flutuantes e de surfistas
proporcionalmente maior do que o das
no sentido da corrente
demais correntes.
Corrente Mar com três ou mais Praia sem condições de banho; 1. Recuo do posto de
forte de zonas de arrebentação, salvamento até o limite da
nordeste ou usualmente bem Grande formação de correntes de
zona de varrido.
de sul com definidas; retorno em locais não bem definidos (há
maré alta forte repuxo em toda a extensão da
“mar de Observa-se muito rápido praia); 2. Deve-se desocupar a guarita
ressaca”. deslocamento de objetos e adotar posição de segurança
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.3

flutuantes e de surfistas O mar ultrapassa a linha média das que permita a visualização da
no sentido da corrente guaritas, inviabilizando a colocação de área protegida pelo posto de
cadeiras e guarda sóis na faixa de areia. salvamento
Praia favorável ao banho, sem formação
Sem
Espelhado de redemoinhos e com fácil
corrente
identificação dos riscos
Velocidade da corrente
entre 0,1 e 1,5 metros
por minuto.

Pequenas rugas na Praia favorável ao banho, com


Corrente superfície aquática, possibilidade de formação de fracos
fraca redemoinhos próximos a obstáculos
Observa-se o fixos.
deslocamento de
vegetações e objetos
flutuantes lentamente no
Manutenção normal do posto
sentido da corrente
Velocidade da corrente
de salvamento
entre 1,6 e 5 metros por
minuto; Praia com risco mais elevado de banho;

Pequenas e médias Observa-se a formação de redemoinhos


rugas na superfície próximos a obstáculos fixos e de
Corrente aquática; correntes submersas ao longo dos
média pontos mais profundos do balneário;
Observa-se maior
turbidez e o Podem ser observadas vegetações de
deslocamento de objetos maior porte em deslocamento no
flutuantes mais sentido da corrente.
rapidamente no sentido
da corrente.
Praia sem condições de banho;
Balneários
Lacustres Velocidade da corrente
Pode haver aumento do volume de água
acima de 5 metros por
do balneário, com invasão da orla
minuto, até 10 metros
média (da praia)
por minuto;
Grande formação de redemoinhos Recuo do posto de salvamento
Aspecto de turbilhão na
Corrente próximos a obstáculos fixos e corrente até o limite da orla, com
superfície aquática;
forte submersa de grande força ao longo dos orientação aos banhistas para
pontos mais profundos do balneário; que não entrem na água.
Observa-se grande
turbidez e grande
Podem ser observados vegetais de
velocidade relativa de
médio e de grande porte em
objetos flutuantes no
deslocamento no sentido da corrente,
sentido da corrente.
além de objetos submersos não
detectáveis na superfície.
Praia sem condições de banho;
Velocidade da corrente
acima de 10 metros por
Há aumento no nível médio das águas e
minuto;
usualmente há submersão da orla média
(da praia); Desativar o serviço de guarda-
Aspecto de
“corredeira”, com vidas e recolher o efetivo a
Grande formação de redemoinhos base da Cia, aguardando
Enxurrada grande turbidez na
próximos a obstáculos fixos e corrente
ou pós- superfície aquática;
submersa de grande força ao longo dos
orientações do comando sobre
enxurrada os procedimentos a serem
pontos mais profundos do balneário;
A velocidade e o porte adotados no suporte às
dos vegetais e objetos comunidades atingidas
Podem ser observados vegetais e
flutuantes é
objetos de grande porte em
relativamente muito
deslocamento no sentido da corrente,
maior do que a da
além de objetos submersos não
corrente forte.
detectáveis na superfície.
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.4

c. CONDIÇÕES DE PRECIPITAÇÃO:
Guarda-vidas devem dispor de uma compreensão geral sobre a ocorrência das trovoadas e relâmpagos para
garantir-lhes adequada tomada de decisões sobre quando procurar segurança e sobre como orientar aqueles que estão se
protegendo em busca de segurança.

Eles também devem compreender quais áreas são mais adequadas para fornecer segurança contra
relâmpagos. A Federação Internacional de Salvamento recomenda que as organizações de salvamento tenham um plano
de segurança contra descargas atmosféricas e que os Guarda-vidas o conheçam e o sigam, sem exceção.

O plano deve dar as diretrizes de segurança claras e específicas para eliminar erros de julgamento. As
diretrizes devem abordar as seguintes questões:

• Quando devem ser interrompidas as atividades?


• Onde as pessoas deveriam ir para a segurança?
• Quando devem ser retomadas as atividades?
• Quem deve controlar o tempo e quem decide quando parar atividades?
• O que deve ser feito se alguém é atingido por um raio?

A regra 30:30 delineada neste documento deve ser considerada como uma orientação mínima para o serviço
de Guarda-vidas.

Nível de evidência

Este documento é baseado no consenso entre os especialistas através de solicitação de conselhos de segurança
de todo o mundo, a discussão entre os representantes das organizações membros, e consenso acordo sobre as melhores
práticas a nível mundial.

DISCUSSÃO

Quando as atividades devem ser interrompidas?

O princípio geral é que as atividades devem ser interrompidas para a busca de abrigo quando a atividade
atmosférica (relâmpagos) está perto o suficiente e o risco é aparente.

Em geral, uma ameaça significativa de relâmpagos se estende para fora a partir da base de uma nuvem de
tempestade sobre 10 a 16 km (6 a 10 milhas). Portanto, as pessoas devem estar em um lugar seguro quando uma
tempestade está de 10 a 16 km de distância (6 a 10 milhas). Além disso, as diretrizes de um plano devem contabilizar o
tempo que levará para que todos possam obter a segurança. Deve-se notar que há exemplos de relâmpagos em "céu
azul", o que pode ocorrer sem “avisos” óbvios, ou sem a presença de nuvens relacionadas. Aqui estão alguns critérios
que poderiam ser utilizados para interromper as atividades:

• Se você visualizar um relâmpago: A capacidade de ver um raio varia de acordo com a hora do dia, condições
climáticas e obstruções tais como árvores, montanhas, etc. No ar claro, e especialmente à noite, um raio pode ser visto a
partir de tempestades há mais de 16 km (10 milhas) desde que as obstruções não limitem a vista da tempestade.

• Se você ouvir o trovão: O trovão geralmente pode ser ouvido a uma distância de cerca de 16 km (10 milhas), desde
que não haja nenhum ruído de fundo. Tráfego, vento e precipitação podem limitar a capacidade de ouvir o trovão a
menos de 16 km (10 milhas). Se você ouvir o trovão, porém, é seguro assumir que a tempestade está dentro dos 16 km
(10 milhas).

Uma vez que o raio pode ser visualizado em distâncias superiores a 16 km (10 milhas) a partir de uma
tempestade, se você ouvir o trovão, é provável que haja pouca distância da tempestade. A observação de nuvens de
tempestade se aproximando, o primeiro relâmpago ou trovão, não importa o quão longe, deve aumentar a consciência
do risco de atingimento por raios. O nível de risco depende da localização (distância e direção) em relação à célula de
tempestade e à direção para a qual a célula se desloca. A orientação para quando as atividades devem ser interrompidas
é a recomendada abaixo.

Onde as pessoas deveriam ir para a segurança?

O Serviço Meteorológico Nacional, (National Oceanic and Atmospheric Administration - EUA), a Austrália e
Nova Zelândia adotam o padrão AS / NZS 1768-2007 “Proteção contra Descargas Atmosféricas" e da Sociedade Real
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.5

para a Prevenção de Acidentes (UK) definem uma série de orientações em relação às precauções de segurança em
relação à queda de raios.

Estes incluem:

• Proteção ao ar livre
Ao ar livre algumas das medidas para reduzir o risco de lesões que podem ser causadas por raios durante um temporal
são os seguintes:

1. O ideal é procurar abrigo dentro de um grande edifício ou no interior de um veículo, mantendo-se longe de amplos
espaços abertos e colinas expostas;

2. O interior de um carro é um lugar seguro para se estar em uma tempestade com raios, uma vez que o carro é feito de
metal. O relâmpago irá se espalhar sobre o metal do veículo antes da ligação à terra através dos pneus. Se em um carro,
feche as janelas e evite o contato com as partes metálicas e remova quaisquer acessórios de telefonia móvel do tipo
“hands free” do corpo. Não fique em veículos abertos, tais como tratores, buggies de praia, ou qualquer outro tipo de
veículo aberto ou fechado sem um teto metálico.

3. Se você está exposto aos elementos sem nenhum lugar para abrigo, reduza sua silhueta, tornando-se tão pequeno
quanto possível. Isso pode ser feito agachando-se com os pés juntos, com as mãos e sua cabeça protegida entre os
joelhos. Esta técnica mantém o corpo o máximo possível fora de contato com a terra e é a melhor alternativa de
proteção. Se cercado por árvores, procure uma posição fora da folhagem e procure agachar-se, mantendo os pés juntos.

4. NÃO se abrigue sob árvores altas ou isoladas. Estima-se que uma em cada quatro pessoas atingidas por um raio estão
abrigadas sob as árvores.

5. Se você estiver na água, procure chegar à costa e saia de praias abertas o mais rápido possível. A água irá transmitir
os efeitos elétricos em maiores distâncias. Estudos têm mostrado que a proximidade de água é um fator comum nos
raios.

6. Não procure abrigo em galpões pequenos, quiosques, passarelas etc. com telhados metálicos sem aterramento ou
baixos, apoiados em materiais eletricamente isolantes de madeira ou de outros materiais.

7. Não tocar ou ficar perto de quaisquer estruturas metálicas, incluindo cercas de arame e linhas de roupas.

8. Não se levante sobre ou sob pontes ou outras estruturas elevadas.

9. Não carregue objetos metálicos, tais como guarda-chuvas ou guarda-sóis e remova correntes metálicas e outras jóias,
particularmente a partir da cabeça e partes superiores do corpo.

10. Se em um campo aberto ou na praia e longe de qualquer abrigo, mantenha um perfil tão baixo e tão pequeno quanto
possível, ou seja, você deve se agachar mantendo os pés juntos e não toque quaisquer objetos ou pessoas perto de você.
Uma vala seca, vale ou qualquer depressão no solo é mais segura do que um terreno elevado ou apartamento. Não deitar
no chão, pois isso pode causar tensão perigosa para envolver todo o corpo por correntes de terra gerados por uma
descarga elétrica nas proximidades. Calçados ou uma camada de material isolante, como folhas de plástico, pode
oferecer alguma proteção contra tensões de terra.

11. Não nadar ou entrar na água do mar, lago, rio, piscina ou qualquer outro corpo de água. Saia da água e vá para um
lugar seguro.

12. Se em um convés do barco, manter um perfil baixo e evite contato ou estar perto de postes, trilhos, fios ou quaisquer
outros objetos metálicos. Evite contato desnecessário com comunicação ou equipamentos de navegação. Não entrar na
água, e evitar qualquer tipo de contato com a água. Proteção adicional pode ser obtida por ancoragem abaixo de objetos
relativamente altos, como paredões e pontes, desde que não haja contato direto com eles. Bóias isoladas e postes de
atracação devem ser evitados.

• Proteção Indoor
1. Evite o uso de telefones, rádios, aparelhos de fax, computadores e outros equipamentos elétricos. Se forem
necessárias chamadas de emergência seja breve.

2. Antes de a tempestade chegar desligue antenas externas e conectadas a rádios e outros aparelhos.
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.6

• As piscinas interiores e exteriores


Alguns locais são extremamente perigosos durante as tempestades e devem ser evitados sempre que possível. As
estatísticas mostram que mais de 10% das lesões e mortes relacionadas com relâmpagos estão associadas com a água
(por exemplo, pesca, canoagem e natação). Piscinas ao ar livre devem ser evacuadas em um intervalo de tempo de
menos de 30 segundos e as pessoas devem ser encaminhadas para um abrigo seguro nas proximidades. Tem havido um
grande debate sobre se piscinas interiores devem ser evacuados. No entanto, não houve mortes registradas decorrentes
de piscinas cobertas adequadamente aterradas e talvez a evacuação de uma piscina interior possa aumentar o risco
potencial de atingimento por descarga atmosférica.

• Praias
Se você estiver em uma praia aberta, buscar abrigo o mais rápido possível, pois a água vai transmitir efeitos de mais
longe. Se a praia estiver longe de qualquer abrigo, mantenha um perfil tão baixo e tão pequeno quanto possível, ou seja
você deve se agachar mantendo os pés juntos e não toque quaisquer objetos ou pessoas perto de você. Não deitar na
areia, pois isso pode causar tensão perigosa para o envolvimento de todo o corpo por correntes de terra gerados por uma
descarga nas proximidades. Calçados pode oferecer alguma proteção contra tensões de terra.

Quando devem ser retomadas as atividades?

A tempestade típica viaja a cerca de 40 km (25 milhas) por hora. Uma espera de 30 minutos permite que a
tempestade se afaste cerca de 20km (10 a 12 milhas), em outras palavras, longe o suficiente para que o risco de um
relâmpago seja minimizado.
Portanto, recomenda-se que as atividades podem ser retomadas após 30 minutos do último trovão ou
relâmpago constatado.
A cada relâmpago observado ou, ouvindo trovoada, a contagem de tempo de 30 minutos deve ser reiniciada.

Quem deve controlar o tempo e quem decide quando parar atividades?

Cada Comandante de Seção de Guarda-Vidas deve designar o fiscal de Praia do dia (ou do turno) que é em
primeira instância responsável por monitorar o clima e aconselhar quando as atividades devem cessar. Cada
Comandante de Seção de Guarda-vidas também devem ter protocolos no local para auxiliar na tomada de decisão (ver
plano de segurança contra raios abaixo).

O que deve ser feito se alguém é atingido por um raio?

A gravidade das lesões infligidas a uma pessoa por um raio vai depender da intensidade da descarga, da fração
de corrente elétrica que flui através da pele fora do corpo e da fração que flui através do corpo. A pior situação se dá
quando uma pessoa é atingida na cabeça, no caso em que a corrente através do corpo pode causar danos fatais para o
cérebro, o coração e os pulmões. Uma situação menos perigosa é onde a pessoa pisa ou toca em riscos potenciais e
apenas uma fração pequena da corrente total passa através do corpo, embora a via tomada por esta fração de energia
seja ainda importante.

Os efeitos dos raios incluem queimaduras na pele, que são geralmente superficiais, danos a vários órgãos do
corpo e sistemas, inconsciência e, mais perigosamente, cessação da respiração e cessação do batimento cardíaco.
Independentemente destes efeitos relacionados, deficiência auditiva temporária ou permanente pode ser experimentado
como conseqüência dos níveis de pressão sonora extremamente elevados associados à queda de um raio nas
proximidades.

Nos primeiros socorros de um paciente ferido por um raio é essencial que a RCP seja fornecida aos pacientes
que não respiram. Estes procedimentos devem ser continuados até que a respiração e batimentos cardíacos sejam
restauradas, ou até que seja clinicamente confirmado que o paciente está morto. Deve também notar-se que os critérios
neurológicos habituais para a morte podem não ser confiáveis nesta situação.

Não há nenhum perigo em tocar uma pessoa que tenha sido atingido por um raio.

Vítimas de descargas atmosféricas às vezes são lançadas violentamente contra um objeto, ou são atingidas por
fragmentos de uma árvore quebrada, desta forma o tratamento de primeiros socorros pode ter de incluir o tratamento
para lesão traumática.

Resumo
• Garantir a segurança da cena;
• Siga os protocolos gerais de lesão, trauma e triagem. Se necessário, seguro e apropriado, mova a vítima para um local
seguro, longe da ameaça de um novo relâmpago;
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.7

• Chame uma ambulância, conforme necessário de acordo com os protocolos;


• RCP pode ser necessária;
• Irregularidades cardíacas, choque ou perda súbita de consciência são possíveis. Mantenha a vítima calma e consciente
e a acompanhe com atenção.

Plano de Segurança contra raios

O plano a seguir baseia-se na iniciativa conjunta da Associação de Guarda-Vidas do Estados Unidos, da


Administração Oceânica e Atmosférica Nacional e do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos e serve
como um guia para o desenvolvimento de um plano de segurança contra raios.

Estas diretrizes são destinadas principalmente a áreas com níveis de risco de descargas atmosféricas de moderado a
alto, mas podem ser aplicadas em qualquer lugar.

1. Desenvolvimento de um Plano de Ação de Emergência


 Tenha um meio para reunir as previsões meteorológicas diárias e atualizações;
 Identificar meios para acompanhar relâmpagos na área;
 Identificar os locais seguros mais próximos antes do início da temporada de guarda-vidas, e considere dar
publicidade a sinalizações que promovam a segurança e indiquem locais que forneçam proteção contra raios.

• Locais que oferecem proteção contra raios:


 Edifícios que são aterradas com fiação e encanamento totalmente fechado;
 Torres de Guarda-vidas que sejam totalmente fechadas e aterradas;
 Veículos de metal totalmente fechado (não conversíveis);

• Os locais que não oferecem proteção contra raios:


 Praias;
 Água;
 Pavilhões abertos (como áreas de piquenique);
 Banheiros, vestiários e chuveiros (existentes na beira da praia);
 Torres de Guarda-vidas ou postos de salvamento que não são completamente fechados ou não aterrados;
 Tendas;
 Barcos;
 Embarcações pessoais pequenas (por exemplo, Jet Skis).

• Determine quais as ações a tomar com base no nível de ameaça, incluindo:


 Como o Cmt de SSV será informado;
 Se haverá evacuação da praia ou apenas a emissão de advertências e alertas sobre a busca por abrigo seguro;
 Como os guarda-vidas devem se proteger (dependerá da estrutura e organização de cada SSV);
 Quando a notificar o Cmt de SSV e os Guarda-vidas que a ameaça diminuiu e as atividades normais podem ser
retomadas.

2. Treinamento do pessoal (guarda-vidas)


Treinamento anual para os guarda-vidas deve incluir a sensibilização para os riscos de raios e uma revisão de
protocolos no seu plano de segurança. Isto inclui:
 Educação sobre casos ocorridos e sobre os perigos do relâmpago;
 Reconhecer os locais que oferecem proteção;
 Plano de ação de emergência para descargas atmosféricas, e acompanhamento diário das condições climáticas e
de risco de raios, bem como da forma de comunicar os riscos.

3. Alertas e ferramentas de comunicação


 Transmissões de agência governamental local responsável pela previsão do tempo.
 As previsões podem ser monitoradas via internet, se disponíveis no site;
 Informação sobre a proximidade de raios deve ser disponibilizada através da regra de “Raio/Trovão”
(explicado abaixo), aplicativos de smartphones e serviços de notificação comerciais. Identificar meios para se
comunicar com e notificar os guarda-vidas e banhistas.
 As ferramentas de comunicação incluem:
 Rádios HT;
 Sistema de alto-falante (fixo e / ou em veículos móveis);
 Telefones, incluindo telefones celulares;
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.8

 Cornetas de Ar ou notificação megafone;


 Sistema de apitos;
 Sinalização de placas e bandeiras;
 Textos, e-mails e alertas de mídia social;
 Transmissões de televisão e / ou rádio interno.

4. Operações Diárias
• Designar um "observador de tempo" (fiscal de praia) a cada dia.
 No início do turno, o designado (fiscal de praia) notifica os guarda-vidas sobre previsões de tempo que possam
impactar as operações naquele dia;
 Identificar locais de abrigo seguro;
 O fiscal de praia tem a responsabilidade primária, mas não exclusiva, pela observação e atualizações das
condições meteorológicas.

• Determine a distância de um raio de um local usando a "regra de raio-trovão" (veja abaixo)


 Utilize esta regra em combinação com outros recursos (internet, previsão de tempo...) se eles estiverem
disponíveis, combinados com a observação da descarga atmosférica mais próxima detectada ou observada para
a definição sobre a evacuação de um local;
 Dependendo dos níveis de frequência e a proximidade de um abrigo adequado, um período de tempo maior
pode ser necessário para dar tempo para a busca por proteção adequada;
 Em caso de dúvida, lembre-se "Quando Trovão Rugir, Proteja-se!"

5. Para proporcionar segurança, considere o seguinte:


 Obter uma previsão de tempo diária;
 Definir indicadores para a evacuação;
 Plano de como se comunicar com a equipe de guarda-vidas;
 Plano de como se comunicar com o público;
 Planeje como evacuar;
 Identificar um lugar seguro;
 Como tratar ferimentos produzidos por raios;
 Quando a retomar as operações normais.

DEFINIÇÕES

RELÂMPAGO
Relâmpago é uma porção gigante de energia elétrica na atmosfera, ou entre a atmosfera e o solo. Nas fases iniciais
de desenvolvimento, o ar atua como um isolador entre as cargas positivas e negativas na nuvem e entre a nuvem e o
solo; no entanto, quando as diferenças de cargas se tornam muito grandes, esta capacidade de isolamento do ar se rompe
e há uma rápida descarga de eletricidade que nós conhecemos como um raio.
Relâmpago pode ocorrer entre cargas opostas dentro da nuvem-tempestade (Relâmpago Intra Nuvem) ou entre cargas
opostas na nuvem e no solo (relâmpago nuvem-solo). Relâmpagos nuvem-solo são divididos em dois tipos diferentes de
flashes, dependendo da carga na nuvem, onde o raio se origina.

TROVÃO
O trovão é o som feito por um relâmpago. Como um raio atravessa o ar que aquece o ar rapidamente. Isso faz
com que o ar se expanda rapidamente e crie a onda de som que ouvimos como um trovão.

A REGRA "RAIO-TROVÃO"

O som viaja a 330 metros por segundo ou à 1 km em 3 segundos (cerca de 1 milha em 5 segundos). A luz viaja
a 300 mil quilômetros por segundo. Portanto relâmpago será sempre visto antes trovão.

Para calcular a distância entre você e a tempestade, começará a contagem com a visão do relâmpago. Pare de
contar com o som de um trovão relacionado. Divida a contagem de 3 (três) para determinar a proximidade do
relâmpago em km (divida por 5 para determinar a proximidade em milhas). Por exemplo, 3 segundos = 1 km e, 30
segundos = 10 km. Isto é conhecido como a regra “Raio-Trovão”.

Se a distância entre os raios e trovões aumenta ao longo de um par de descargas, a tempestade está se afastando
de você. Se ele diminui, ele está se movendo em direção a você.
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.9

A REGRA 30/30

A maioria das pessoas não se lesiona (ou pior) durante o pico de uma tempestade devido ao fato de que a
maioria das pessoas não quer ficar na rua no meio de uma tempestade. Antes e depois de uma tempestade, são os
momentos em que a maioria das lesões por relâmpago acontecem. Devido a este fato é importante garantir que as
pessoas estejam conscientes do risco potencial associado tanto à aproximação de uma tempestade, bem como depois
que a tempestade passou.

A mensagem geral é buscar abrigo quando a atividade de raios está muito próxima. A questão é definir ou
estabelecer o que é "muito perto"? A segunda questão é quanto tempo você esperar antes de atividades podem ser
retomadas?

Lopez e Holle estudaram tempestades em Oklahoma, Colorado e Flórida e descobriram que os raios mais
freqüentemente ocorrem na distância de 10 km (6 milhas) de uma tempestade, aproximadamente, 80% do tempo,
(embora haja ocorrências de relâmpago nuvem-solo em ataques conhecidos como "parafusos do azul" que podem atacar
de até 32 km (20 milhas) de distância de uma tempestade).

Holle et al e Vavrek et al recomendam fortemente que a medida "Raio-Trovão" não deve ser menor do que 15
segundos e que medidas imediatas para mover-se para uma posição mais segura devem ser tomadas nesses casos. Esta
contagem extremamente curta do critério "Raio-Trovão" coloca o guarda-vidas e o público em alto risco, porque os
raios são muito próximos.

RECOMENDA-SE GERALMENTE QUE OS COMANDANTES DE SSV SEJAM NOTIFICADOS E


OS GUARDA-VIDAS SE ABRIGUEM QUANDO TROVOADAS MOVAM-SE DENTRO DE 10 KM (6
MILHAS), ISTO É, UMA CONTAGEM DE 30 SEGUNDOS NA REGRA “RAIO-TROVÃO”.

Como mencionado acima, a tempestade típica viaja a cerca de 40 km (25 milhas) por hora. A espera de 30
minutos permite que a tempestade de desloque aproximadamente 20km (10 a 12 milhas), em outras palavras, longe o
suficiente para que o risco de um relâmpago seja considerado baixo.
Portanto, recomenda-se que as atividades podem ser retomadas após 30 minutos.
A regra '30 / 30 ' tem sido adotada em vários países e por muitas organizações desportivas e é o protocolo recomendado
para segurança contra descargas atmosféricas. A diretriz 30/30 é projetado para fornecer orientações sobre a suspensão e
retomada das atividades em um ambiente ao ar livre. Note-se que esta diretriz indica que medidas devem ser tomadas
quando a tempestade está a 10 km de distância (30 segundos entre o "raio e o trovão"), enquanto nos EUA a
recomendação é que a ação deve ser tomada quando a tempestade está a 10 milhas de distância (50 segundos entre flash
e bang).

Praticidade é a base da regra de 30 segundos. A regra define uma média entre uma curta contagem de "raio-
trovão", de 10 a 15 segundos e uma contagem de "raio-trovão" de 50 segundos (a regra mais conservadora de todas,
deixando o local à primeira vista de atividade de descargas elétricas ou o som de um trovão).

Esta declaração de posição recomenda um mínimo de 30 segundos entre o “flash e bang" quando todas as
pessoas devem procurar abrigo, mas um intervalo de tempo mais longo pode ser usado onde a organização deseja
guarda-vidas para reduzir o risco ainda mais, especialmente em áreas congestionadas.

A regra 30/30 estabelece os seguintes princípios:

• Fechar a Piscina / Praia


Quando a contagem “Raio-trovão” for igual ou menor do que 30 segundos, o que indica que o raio está no máximo a 10
km (6 milhas). Isso está associado com risco significativo de que a descarga poderia ser na área protegida por guarda-
vidas.

• Abrir a Piscina / Praia


Depois que 30 minutos se passaram desde a última aparição de relâmpagos ou audição de trovões. Uma tempestade
típica viaja a cerca de 40 km/h (24 milhas/h). Espera de 30 minutos permite que o temporal de desloque
aproximadamente 20 km (12 milhas), em outras palavras, longe o suficiente para que o risco de um relâmpago seja
considerado baixo.

A regra 30/30 é uma maneira eficaz de levar as pessoas a lembrar as precauções básicas de segurança com uma
tempestade.
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.10

Resumo de procedimentos sobre precipitações


Procedimentos a serem
Tipo de precipitação Efeitos causados na orla adotados pelo Guarda-
Vidas
Chuva de qualquer intensidade,
Confere aspecto de “encrespamento” da superfície aquática;
sem presença de vento SEM Manutenção normal do posto
presença de descargas
Usualmente o mar “baixa” sob tais condições. de salvamento
atmosféricas
1. Manutenção do posto de
salvamento, protegido na
guarita ou em local abrigado
Provoca alterações na superfície do mar conforme a (a critério do Cmt SSV ou do
Chuva de qualquer intensidade intensidade do vento (verificar tabela de condições do Fiscal);
com presença de vento SEM vento)
presença de descargas 2. Nesses casos deve-se
atmosféricas Redução da visibilidade a ponto de tornar impraticável a observar a tabela de
manutenção dos postos. “condições de vento” para a
decisão sobre o
desativamento total do
serviço.
Danos ao patrimônio e possibilidade de lesões corporais 1. Orientar os banhistas a
Precipitação de granizo
(especialmente em crianças) imediatamente se retirar da
Chuva de qualquer intensidade praia em razão do grande
COM presença de descargas
Os mesmos efeitos da chuva com ou sem vento, com risco risco de lesão corporal e de
atmosféricas (APLICAR A
real de morte ou lesão corporal gravíssima em decorrência morte;
REGRA “RAIO-TROVÃO”)
de descargas elétricas
2. Desativar imediatamente
Visualização de raios ou audição o serviço e recolher o efetivo
Pode haver os mesmos efeitos da presença de vento, com para local abrigado,
ou trovões, SEM presença de
risco real de morte ou lesão corporal gravíssima em conforme a organização de
chuva (APLICAR A REGRA
decorrência de descargas elétricas
“RAIO-TROVÃO”) cada SSV.

3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. LOCAL ABRIGADO deve ser entendido como uma edificação que ofereça proteção
contra intempéries e proteção contra descargas atmosféricas (local totalmente fechado);

b. A desativação dos postos de salvamento será determinada, prioritariamente, pelo


Comandante de SSV e, secundariamente, pelo fiscal de serviço no turno;

c. O recolhimento do efetivo deverá ser ajustado por cada Comandante de SSV, de acordo
com as peculiaridades da Seção de Guarda-Vidas e com a disponibilidade de locais
abrigados próximos;

d. A reativação dos postos deverá ocorrer EXCLUSIVAMENTE sob comando, conforme


avaliação do Comandante de SSV, após a cessação dos motivos que levaram à
desativação dos postos de salvamento;

e. Para a reativação dos postos de salvamento cada Comandante de SSV deverá


desenvolver um plano de chamada local que permita o pronto acionamento dos efetivos;

f. A presente Nota de Instrução não esgota o assunto;

g. Esta Nota de Instrução deverá ser revisada sempre que necessária e será substituída tão
Continuação da Nota Sv N.º001/B3-Op. Verão/2017-18.....................................................................fl.11

logo seja editada Resolução Técnica sobre o tema.

EVALDO RODRIGUES DE OLIVEIRA JUNIOR – Cel QOEM


SubComandante-Geral do CBMRS

DISTRIBUIÇÃO: Via Expresso

Cmt do CCB 01
Cmt BBM 12
Coord. Geral da Op. Verão. 01
Chefes de Seção BARA/CCB 03
Cmt de SGSV/SSV Lit. Norte 15
Cmt de SGSV/SSV Lit. Sul 04

TOTAL 36

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