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Esta propriedade é obtida ao oxidar um ácido graxo de cadeia longa como, por exemplo,
palmítico, esteárico ou oleico com uma base alcalina, frequentemente de sódio, potássio
ou cálcio. Este processo é denominado saponificação. O extremo da molécula que
contém o ácido graxo é lipófilo, e o que contém o átomo alcalino.
Após um dia de calor, nada como um bom banho, pois, além de relaxante e refrescante,
o banho nos dá uma agradável sensação de limpeza. Na prática diária se entende como
detergente apenas as substâncias como sabões e similares, que emulsificam as gorduras
ou matérias orgânicas devido a propriedade de suas moléculas possuírem uma parte
hidrófila (que atrai moléculas de água) e uma parte lipófila (que é hidrófoba).
Enquanto uma possui afinidade pela água (polar) a outra possui afinidade com gorduras
e outras substâncias não solúveis (apolares). É para satisfazer essa necessidade de
higiene e limpeza que as indústrias químicofarmacêuticas fabricam e comercializam
anualmente toneladas de produtos para a higiene pessoal.
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Os principais produtos dessa indústria são os sabões e os detergentes. Deles derivam os
sabonetes, os xampus, os cremes dentais, os sabões especiais para máquinas de lavar
louça e roupas, os detergentes desinfetantes. , o sabão comum e outros. Sem dúvida
alguma, é o sabão comum o mais antigo.
OBJECTIVOS
Objectivo geral
Objectivos específicos
Classificar os detergentes;
Descrever as etapas de produção dos detergentes;
Diferenciar os sabões de detergentes;
Aplicações dos detergentes;
Detergentes e o ambiente.
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CAPÍTULO I: CONCEITOS GERAIS SOBRE O DETERGENTE
A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das actividades industriais mais antigas de
nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao século XXV a.C.
Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira evoluiu acumulando
enorme experiência prática, além de estudos teóricos desenvolvidos por pesquisadores.
Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica
de gordura e álcali. Foi quando Chevreul, um químico francês, mostrou que a formação
do sabão era na realidade uma reacção química. Nessa época, Domei completou estas
pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação.
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Actualmente, o sabão é obtido de gorduras (de boi, de porco, de carneiro, etc) ou de
óleos (de algodão, de vários tipos de palmeiras, etc.). A hidrólise alcalina de glicerídeos
é denominada, genericamente, de reação de saponificação porque, numa reação desse
tipo, quando é utilizado um éster proveniente de um ácido graxo, o sal formado recebe o
nome de sabão.
O mais comum de todos é o sabão de sódio. O que é praticamente neutro, que contém
glicerina, óleos, perfumes e corantes, é o sabonete.
Assim, os cabelos "assentam" e ficam com aparência sedosa. Os sabões, de forma geral,
melhoraram muito a vida das pessoas, pois facilitaram a limpeza de objetos e a
higienização dos mesmos e das residências. As condições sanitárias também
melhoraram, pois, o corpo poderia ser lavado de maneira mais eficiente, prevenindo
piolhos ou problemas na pele. Por uma questão estética, as vidas das pessoas também
melhoraram com a invenção dos sabões, xampus e condicionadores, pois as pessoas
puderam limpar melhor a pele, os cabelos e mantê-los mais bonitos. Por outro lado, os
sabões deixam muitos resíduos após sua utilização, fazendo como que rios sejam
poluídos.
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sem ramificações o que possibilita que os organismos façam a degradação dessas
substancia
1.2 Tensoactivos
Os tensoactivos estão presentes em quase todos os produtos de limpeza ou de cuidados
de higiene. Os tensoactivos são moléculas anfipáticas que consistem numa parte
hidrofóbica (não polar), geralmente uma cadeia linear ou ramificada de hidrocarbonetos,
contendo entre 8 a 18 átomos de carbono. Esta cadeia encontra-se ligada a uma parte
hidrofílica (polar) de carácter iónico (Figura 1). Como resultado, estas moléculas
concentram-se nas interfaces de duas fases imiscíveis, diminuindo a sua tensão
superficial.
Poder molhante;
Poder emulsionante (de líquidos não miscíveis);
Poder espumante;
Poder dispersante e suspensivo (de insolúveis);
Poder detergente.
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de diminuir a tensão entre a sujidade e a superfície, denominada por tensão superficial.
Às substâncias, como os tensoactivos, que conseguem promover este processo, diz-se
que possuem poder detergente e designam-se por detergentes.
O mecanismo de detergência envolve três fases (Figura 2). A primeira fase consiste na
molhagem da superfície a limpar. Se existirem sujidades hidrofóbicas na superfície do
substrato, a molhagem fica dificultada. Deste modo, a adsorção do tensoactivo na
interface da sujidade/superfície, permite a molhagem das superfícies pela água.
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1.2.1 Classificação dos Tensoactivos
Conforme mencionado anteriormente, os agentes tensoactivos tem grupos hidrofílicos
numa extremidade da molécula e de grupos hidrofóbicos na outra extremidade. Na
grande maioria dos casos, a parte hidrofóbica é uma cadeia de hidrocarboneto com 8 a
18 átomos de carbono, linear ou ligeiramente ramificada. Em outros casos é possível
que um anel benzénico substitua alguns átomos da cadeia. O grupo hidrofílico funcional
pode variar amplamente, podendo ser aniónicos, catiónicos, não iónicos e dipolares.
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1.2.1.2 Tensoactivos catiónicos
Estes tensoactivos são constituídos por uma cadeia lipolífica, ligada a uma parte
hidrofílica de natureza catiónica em solução aquosa. Os tensoactivos catiónicos mais
comuns são os compostos de quaternário de amónio, como por exemplo o cloreto de
benzetónio, comercialmente denominado por Hyamine 1622, um tensoactivo catiónico
usado na determinação da matéria activa aniónica de detergentes (Figura 4). Estes
compostos têm a fórmula geral de R´ R´´ R´´´ R´´´´ N∗ X − , onde geralmente corresponde ao
ião Cl- e R representa grupos alquílicos.
Estes tensoactivos são constituídos por uma parte hidrofílica e lipofílica, que não têm
carácter iónico. Os tensoactivos não-iónicos mais comuns são os baseados em
moléculas de óxido de etileno, sendo denominados por tensoactivos etoxilados. Os mais
conhecidos são os álcoois gordos etoxilados, que são produzidos pela etoxilação de uma
cadeia de álcool gordo, como o dodecanol.
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Os tensoactivos desta categoria são geralmente betaínas n-alquílicas, como a
cocoamidopropil betaína.
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1.3.1 Viscosidade
A viscosidade intrínseca de soluções de polímeros é obtida em soluções diluídas, onde
indica o volume hidrodinâmico de uma cadeia isolada de polímero em solução a uma
dada temperatura. Em soluções semidiluídas ou concentradas, as cadeias poliméricas
não se encontram isoladas.
Acima de uma concentração crítica, interacções moleculares ocorrem, que
proporcionam o aumento de valores da viscosidade aparente. Esta é a viscosidade de
fluidos Não-Newtonianos de acordo com uma determinada tensão de corte. Os fluidos
podem ser classificados como Newtonianos ou Não-Newtonianos, dependendo do seu
comportamento de escoamento.
A viscosidade, definida por Newton, é o rácio entre a tensão de corte (Pa) e a taxa de
corte (s-1), expresso em unidade de (Pa.s) ou centipoise (cP). Fluidos Newtonianos
possuem uma viscosidade que é independente da taxa de corte a que é medida, tendo
como exemplos, a água, leite, vinho, etc. A medição da viscosidade é feita em
viscosímetros, que usam um spindle e um copo medidor com uma geometria conhecida.
O peróxido de hidrogénio não é tão eficaz como a lixívia, pois não actua em vírus nem
em esporos. Os per ácidos, como o ácido per acético quando combinado com o peróxido
de hidrogénio actuam em bactérias gram-positivas e negativas, vírus, fungos, etc.
reprodução.
1.4.4 Corantes
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Estabilidade com pH: existem corantes que podem variar a sua coloração
consoante a concentração de iões H+ em solução;
Estabilidade térmica: os produtos corados podem sofrer alterações de temperatura
ao longo do seu carregamento e armazenamento;
Resistência à luz solar: dependente do tipo de embalagem. Quanto mais opaco,
mais protegido estará o produto.
1.4.5 Perfumes
Nos últimos 30 anos, os detergentes domésticos, dos mais destacados países industriais,
experimentaram um rápido desenvolvimento e mudaram de composição
consideravelmente. Além dos tensoativos que desempenharam um grande papel neste
desenvolvimento, a inclusão de diversos aditivos contribuiu substancialmente para
aumentar desempenho dos detergentes, inclusive de seu poder de alvejamento.
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Em geral, além dos tensoativos, os detergentes podem conter os seguintes aditivos:
Os detergentes sintéticos puros não são muito eficientes para remover sujeira argilosa.
Para corrigir este inconveniente, bem como fornecer um pH adequado da água e anular
a presença de iões metálicos (cálcio, ferro, cobre, etc..) adiciona-se certos sais alcalinos
como, por exemplo: tripolifosfato de sódio, fosfato trissódico, pirofosfato de sódio,
carbonato de sódio.
Deve ser enfatizado, que existe uma tendência atual para formulações de detergentes
contendo níveis mais baixos de fosfatos, em função dos efeitos adversos causados por
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esses compostos ao meio ambiente. A substituição completa dos fosfatos por outro
componente ainda não foi viabilizada, pois os produtos alternativos testados apresentam
custos mais elevados e menor eficiência.
São compostos que evitam a reposição da sujeira no tecido ou mesmo evitam que a
sujeira removida de uma peça seja transferida para as demais. Isto pode ser alcançado
através do uso de estabilizantes coloidais, como por exemplo, os derivados de celulose
(sal sódico de carbóxi-metil-celulose, hidroetilcelulose, metilcelulose). Em geral, a
quantidade desses derivados de celulose na formulação de detergentes depende do grau
de polimerização e do grau de substituição da molécula.
1.6.5 Silicatos
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1.6.6 Agentes modificadores do pó
Sob este título genérico pode-se incluir uma série de agentes específicos que podem ser
adicionados a uma formulação para conferir ou melhorar alguma propriedade, por
exemplo, é muito comum o uso de corantes com a finalidade de melhorar o aspecto do
pó.
São substâncias que quando depositadas sobre os tecidos, recebendo radiação de luz
ultravioleta (geralmente invisível), emitem luz visível na região azul-violeta. Isto
mascara o amarelado dos tecidos, dando mais brilho ao tecido, pois aumenta a
quantidade de luz visível emitida. Os branqueadores óticos são, normalmente,
adicionados em concentrações de 0,1 até 1,0% e o tipo de branqueador depende do tipo
de fibra dos tecidos.
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CAPÍTULO II: PROCESSOS DE FABRICO DE DETERGENTES
2.1 Surfactantes
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2.2 Processo de fabrico de detergentes
Figura 7: Síntese do ABS, tendo em conta as reacções de oligomerização (a), de alquilação (b),
de sulfonação (c) e de neutralização (d)
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Existe, no entanto, uma desvantagem inerente ao uso desta reacção, que é o da
possibilidade de ligação de mais do que um alquilo ao areno ou da subsequente ligação
do alquilo a outra zona do areno, o que leva a um menor rendimento da reacção de
formação do composto pretendido.
A reacção de acilação de Friedel-Crafts acontece em condições semelhantes à de
alquilação, no entanto nesta acontece a acilação (transferência de um grupo acilo de
uma molécula para outra) de um areno com um cloreto de Acila (R-COCl). Esta reacção
tem vantagens em relação à de alquilação, já que nesta não ocorrem múltiplas acilações
do mesmo composto.
Tomando como exemplo a reacção de formação do alquilbenzeno sulfonato de sódio
(ABS: cadeia ramificada «não biodegradável») a partir de propileno, benzeno e trióxido
sulfúrico, observa-se que todas as reacções previamente descritas são importantes na
síntese de tensoactivos. Este foi o primeiro detergente sintético criado, que serviu de
base para muitos outros.
Entre outros métodos os detergentes podem ser produzidos por reações de sulfonação de
alcanos de cadeia longa. As Figuras 8 e 9 apresentam estas reacções:
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Outra forma de obtenção detergentes é através de reacções a partir de alcenos e álcoois
de cadeia longa. As Figuras 10 a 13 apresentam estas reacções:
2.2.2 Detergente em pó
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O pó resultante é conhecido como “pó de base”, e o seu tratamento exacto a partir deste
ponto depende do produto a ser fabricado.
Detergente Neutro: Não agride o piso, pois não realiza limpeza agressiva. É
indicado para limpeza diária, mas tem poder de remoção elevado com pH
estabilizado em 7;
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Detergente Alcalino: Remove todo tipo de sujidade, com exceção das de origem
mineral. Deve ser usado com cuidado para não agredir o piso. Tem seu pH entre 7 e
14 e é indicado para s uperfície com alto teor de gordura e sujidade incrustas.
Mas até mesmo antes da preocupação com o meio ambiente se tornar parte do nosso
dia-a-dia, foram criados os detergentes biodegradáveis. Eles recebem esse nome por
serem passíveis de degradação pelos microrganismos presentes nas águas. Isso foi
conseguido reduzindo a quantidade de fosfato presente no detergente.
É importante lembrar que apenas os detergentes em gel, utilizados para lavar louça, são
biodegradáveis. Os sabões em pó e em barra permanecem na natureza ainda por um
longo período de tempo após serem despejados. Por isso precisam de um prévio
tratamento.
Como exemplo de tensoactivo biodegradável, pode ser citado o próprio ABS com
estrutura química modificada (ABL: cadeia lateral linear «biodegradável»)
Quando o assunto é agrotóxico, temos que nos preocupar. Afinal, grande percentagem
do que comemos contém o produto que pode se tornar fatal a saúde. Não é de agora que
ouvimos falar sobre agrotóxicos e seus malefícios. A utilização dos agrotóxicos teve
início na década de 20 e, durante a segunda guerra mundial foram utilizados até como
arma química.
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Num país, onde nem todos têm acesso a alimentos orgânicos, temos que prestar atenção
em tudo que ingerimos e tomar devidas precauções. A lavagem simplesmente não
resolve o caso, pois, as substâncias tóxicas não são hidrossolúveis.
Existem três tipos de avaliação com relação às semelhanças existentes entre sabões e
detergentes. Primeiramente, trabalharemos as semelhanças da utilização e da
degradação dos dois compostos. Em segundo lugar, verificaremos suas semelhanças
químicas e estruturais e, por último, as similaridades na forma de atuação nas sujidades.
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(mais de 8 carbonos). A facilidade de degradação também tem motivo comum: cadeia
carbónica linear;
Recentemente, a par da evolução tecnológica, tem havido também uma grande evolução
nos detergentes biodegradáveis. Quando se utiliza detergentes, quer seja para uso
doméstico, quer para uso industrial, estes vão parar aos lagos e rios.
Porém após um certo tempo os resíduos são degradados por microrganismos que
existem na água, ou seja, não são prejudiciais para o ambiente.
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Figura 16: Detergente biodegradável
Processo de obtenção;
Estrutura química;
Acção.
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Para sua acção
Nas águas duras: os detergentes, nessas águas, não perdem sua acção tensoactiva,
enquanto que os sabões, nesses casos, reduzem grandemente e até podem perder seu
poder de limpeza. Os sais formados pelas reacções dos detergentes com os iões
cálcio e magnésio, encontrados em águas duras, não são completamente insolúveis
em água, o que permite ao tensoactivo sua permanência na solução e sua
possibilidade de acção.
Figura 19: Reacção que ocorre entre os sabões e cálcio, presentes em águas duras
Figura 20: Reacção que ocorre entre um detergente e cálcio, presentes em águas duras
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Figura 17: Reacção que ocorre entre o sabão quando em águas ácidas
Figura 18: Reacção que ocorre entre o detergente quando em águas ácidas
Embora não pareça, os sabões e detergentes possuem um grau de toxicidade que, apesar
de baixo, pode tornar-se grave, dependendo do grau de intoxicação e do tipo de produto
que a causa.
Os tensoactivos aniónicos como o lauril benzeno sulfonato linear são mais tóxicos que
os sabões, a DL50 deste composto, em experiências utilizando ratos, por ingestão via
oral, é de 800-300 mg de detergente por quilograma de cobaia.
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2.8 Enzimas
Enzimas são proteínas que agem como catalisadores nas reações bioquímicas,
decompondo estruturas moleculares complexas em estruturas mais simples, facilitando
sua dissolução. As enzimas utilizadas nos detergentes enzimáticos são: amílase, lípase,
protéase e carbohidrase.
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CAPÍTULO III: IMPACTOS AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE
DETERGENTES
Porém, sabe-se que o uso desses agentes causa eutrofização dos corpos hídricos, pois
eles são nutrientes para as algas e, quando vão parar num lago, favorecem a proliferação
delas. Esse crescimento de algas em demasia interfere no equilíbrio natural e diminui o
oxigénio dissolvido na água, acarretando a problemas na vida aquática. Em virtude
disso, aumentou-se a pressão para retirada dessa substância e a troca por outra menos
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impactante ao meio ambiente. Muitas indústrias já estão diminuindo e retirando esse
componente de sua fórmula.
Um dos aspectos mais relevantes para a venda dos produtos são as fragrâncias e os
corantes. Esses componentes são importantes para a aceitação do produto pelo público,
mas nem todas as pessoas têm uma sensação agradável pelo uso dessas substâncias.
Elas podem causar alergias respiratórias, de contacto, irritações e ressecamento da pele.
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CONCLUSÃO
Embora não pareça, os sabões e detergentes possuem um grau de toxicidade que, apesar
de baixo, pode tornar-se grave, dependendo do grau de intoxicação e do tipo de produto
que a causa. Os detergentes aniónicos, assim como os sabões, podem causar dermatites
e irritam a mucosa ocular com maior facilidade. Os sintomas de ingestão são
determinados por surgimento de náuseas seguidas por vómitos, cólicas abdominais e
diarreia.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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