Introdução as Máquinas

Elétricas
 Revisão
• Força em um condutor na presença de um campo
magnético
F = i(l  B)

Regra da mão direita: se o dedo

indicador da mão direita apontar na
direção do vetor l e o dedo médio na
direção do vetor de densidade de
fluxo B, então o dedo polegar
apontará na direção da força
resultante no fio.

Introdução às Máquinas Elétricas Rotativas 2

 Revisão
• Tensão induzida em um condutor que se move em um
campo magnético
eind =  . l = (v  B) .l

Introdução às Máquinas Elétricas Rotativas 3

Situando o problema

Conversores de
energia
Conversores eletromecânicos
de energia
Máquinas girantes

Introdução às Máquinas 4
 A máquina girante e o seu uso

EE: energia elétrica

Pe = v.i EM: energia mecânica

EE w
EM
Tem
EE EM Pm = Tem.w

Introdução às Máquinas 5
 A máquina girante e o seu uso

Motor Gerador
i i
v w v
ina w
Máqu
Carg Prim
a ária
EE EM EE EM

Introdução às Máquinas 6
 A máquina girante e o seu uso
• Conclusões:
– Qualquer máquina girante pode trabalhar
como motor ou gerador;
– O fluxo de potência ativa é suficiente para
indicar se a máquina opera como motor ou
gerador;
• No funcionamento motor, a máquina recebe
potência ativa da rede elétrica de alimentação;
• no caso gerador, a máquina entrega potência
ativa a rede de alimentação.

Introdução às Máquinas 7
 A máquina girante e o seu uso
• Conclusões:
– No funcionamento motor, a carga pode ser
a mais variada possível, uma bomba
d’água, um ventilador, ...
– No funcionamento gerador, a máquina
primária é, em geral, de origem:
• Hidro;
• Térmica (convencional, nuclear, ...)
• Eólica (eixo vertical, eixo horizontal, ...)
• Elétrica (motor cc, motor ca,...).
Introdução às Máquinas 8
 As Perdas
• Perdas = Pot. de entrada – Pot. de saída

mecânica:
{ atrito

{
ventilação

Origem:
cobre: I2R
elétrica:
{ { ferro
eddy
histerese

Introdução às Máquinas 9
 Conjugado Eletromagnético

q q
Móvel
N N S N S
S
Fixo Barra de Fixo
Móvel ferro

O ímã gira no sentido anti- A barra de ferro gira no

horário, na direção de sentido S horário,
N na
S
obter o fluxo máximo N
direção de obter o fluxo
máximo.
Fluxo

Introdução às Máquinas 10
 Conjugado Eletromagnético
✓ Conclusões:
➢ Um Tem é produzido pela interação dos campos
magnéticos das peças fixa e móvel, mesmo que um
deles exista por ação de indução do outro;
➢ Não houve ação externa para criação do conjugado. Este
Tem é do tipo eletromagnético;
➢ O valor do Tem depende da posição relativa (q) entre as
peças. Por exemplo, uma vez alinhadas, tem-se Tem = 0;
➢ Por extensão, se as duas peças girarem simultaneamente
com a mesma velocidade, garantindo entre si a mesma
posição relativa (q), o Tem será o mesmo que aquele
obtido com as peças estáticas.

Introdução às Máquinas 11
Máquina Girante Elementar

Introdução às Máquinas 12
 Máquina Girante Elementar

Produção de conjugado
unidirecional

Introdução às Máquinas 13
 Ponto de Funcionamento
Operação motora:
A máquina contém campos magnéticos no estator e rotor, o que lhe
capacita a produzir Tem. Este conjugado tem o mesmo sentido da
rotação.

Tem
Motor

Introdução às Máquinas 14
 Ponto de Funcionamento
Operação motora:
A ação de uma carga também produz um conjugado. Um pedaço
de madeira, por exemplo, apoiado sobre o eixo girante, cria um
conjugado que tende a frenar a máquina (motor). Esse conjugado,
denominado de conjugado resistente (Tr) ou de carga, tem sentido
contrário ao movimento.

i
v w Tr
Carg
Tem a
Motor

Introdução às Máquinas 15
 Ponto de Funcionamento
Operação motora:
O equilíbrio na operação motora é conseguido somente
quando os conjugados eletromagnético e de carga forem
iguais.
Tem = Tr

Introdução às Máquinas 16
 Ponto de Funcionamento
Operação geradora:
Neste caso, a máquina primária é responsável pelo acionamento
do gerador. Daí se concluir que Tr atua no sentido da rotação do
gerador. Para o estabelecimento do equilíbrio dinâmico o
conjugado eletromagnético Tem atua no sentido contrário a
rotação. Aqui também vale a relação: Tem = Tr

i
v Tr Tem
Máqu
w Prim
ina
ária
Gerador
Introdução às Máquinas 17
 Ponto de Funcionamento
O equilíbrio entre os conjugados eletromagnético e de carga ou da
máquina primária não se da de maneira ocasional e imprevisível.
Toda máquina elétrica, bem como toda carga ou máquina primária
são independentes uma da outra e têm características bem
definidas que relacionam o conjugado com a velocidade. Como
exemplo, são mostradas a seguir as características de T  w do
motor de indução e de uma carga tipo ventilador:

Tem Tr

w w
Motor de indução Ventilador
Introdução às Máquinas 18
 Ponto de Funcionamento
Suponha que o motor e o gerador sejam acoplados. Qual seria o
ponto de funcionamento do conjunto motor/ventilador? Sabe-se
que será necessário fazer Tem = Tr e para tanto, basta sobrepor as
duas curvas. O ponto P é o ponto de equilíbrio.

P: ponto de
equilíbrio
w

Introdução às Máquinas 19
 Ponto de Funcionamento
Resta-nos a questão: será que P é um ponto de equilíbrio estável?

T Tem > Tr T Tem < Tr

P P

w w
Ação de aceleração Ação de freio
P é estável

Introdução às Máquinas 20
 Produção de Conjugado Médio
Já foi afirmado que a iteração dos campos magnéticos do estator (Tem)
e do rotor (Tr) provoca o aparecimento de um conjugado
eletromagnético. Suponha que os dois campos tenham velocidades
distintas:

O ponto A na figura vê o ponto B passar com a velocidade relativa wr

- we. Isso faz com que CE (Campo do Estator) assuma todas as
posições em 360º em relação à CR (Campo do Rotor), mesmo que a
diferença de velocidade seja mínima. Logo, durante metade do
percurso há uma ação de atração e na outra metade de repulsão.
Introdução às Máquinas 21
 Produção de Conjugado Médio
Supondo uma distribuição senoidal, pode-se indicar esta
seqüência de alternância da seguinte maneira:

Atração
wr - we = 0  Tmédio ≠ 0
q wr - we ≠ 0  Tmédio = 0
Repulsão

Conclusão: a única possibilidade de produção de conjugado

médio diferente de zero é ter a velocidade relativa entre os dois
campos igual a zero. Cada máquina se arranja de forma peculiar
para atingir esta exigência.
Introdução às Máquinas 22
 Número de Pólos
Um outro aspecto importante da interação entre os dois campos,
tem uma importância fundamental: trata-se do número de pólos dos
enrolamentos do estator e do rotor da máquina.
Dada a configuração abaixo, qual é o sentido de rotação?
S

N
N N
S
S
O pólo norte do rotor é atraído pelo pólo sul do estator e tentará
girar no sentido anti-horário. O pólo sul do rotor será atraído pelo
pólo norte do estator e tentará girar no sentido horário. Por razões
de simetria, os conjugados serão iguais e de sentido contrário.
Introdução às Máquinas 23
 Número de Pólos
Considere outra configuração:
S
S
N N N
N
S
S
É fácil observar que todos os pólos, norte e sul, serão
atraídos pelos contrários do estator e procurarão girar no
sentido horário.
Conclusão: a única possibilidade de produção de conjugado
é ter um número de pólos no rotor igual ao número de pólos
do estator.
Introdução às Máquinas 24
 Classificação das Máquinas
• Universo das máquinas elétricas
SPLIT - PHASE
GAIOLA DE
ESQUILO CAP. PARTIDA
ASSÍNCRONO CAP. PERMANENTE

ROTOR CAP. 2 VALORES

MONOFÁSICO BOBINADO
PÓLOS SOMBREADOS
SÍNCRONO
MOTOR C.A. REPULSÃO
UNIVERSAL

ASSÍNCRONO RELUTÂNCIA

HISTERESE
TRIFÁSICO

SÍNCRONO DE GAIOLA

DE ANÉIS
EXCITAÇÃO SÉRIE
MOTOR CC EXCITAÇÃO INDEPENDENTE IMÃ PERMANENTE

EXCITAÇÃO COMPOUND PÓLOS SALIENTES

IMÃ PERMANENTE PÓLOS LISOS

Introdução às Máquinas 25