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30/09/2016 08:32 por Redação

STF pede que Congresso e Presidência se manifestem sobre MP do


Ensino Médio
Ministro Edson Fachin, relator da ação de inconstitucionalidade movida pelo PSOL, abriu prazo de dez dias para o
envio de informações

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, abriu nesta quinta-feira (29) prazo de dez dias para que o
Congresso Nacional e a Presidência da República se manifestem sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI
5599) movida pelo PSOL para suspender a medida provisória (MP) que reestrutura o ensino médio, editada na
semana passada. Após receber as informações, o ministro, relator da ação, deverá levar a questão para julgamento
na Corte.

Na quarta, o partido pediu a suspensão da tramitação da MP, alegando que a medida é inconstitucional. Para o
partido, não há urgência legislativa que justifique o tratamento do assunto por meio de uma MP.

Leia: PSOL recorre ao Supremo para tentar barrar MP do Ensino Médio.

Editada pelo presidente Michel Temer no último dia 22, e publicada em edição extra do Diário Oficial no dia seguinte,
a MP 746/2016 institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral,
alterando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996) e a Lei 11.494/2007, que regulamenta o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Segundo o PSOL, as alterações promovidas pela MP apresentam vícios formais e materiais. Sob o aspecto formal,
alega ofensa ao artigo 62, caput, da Constituição Federal, que prevê os requisitos da urgência e relevância para a
edição de medidas provisórias. “Não se pode negar que o tema tratado pela MP 746/2016 seja relevante. Por outro
lado, é cristalina a ausência de urgência”, sustenta o partido.

Para demonstrar a ausência desse requisito, a legenda narra que tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei
sobre o mesmo tema da medida provisória, e que há outras 14 proposições a ele apensadas. Informa ainda que já
estaria pronto para inclusão na pauta da Câmara projeto de alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação que
visa instituir a jornada de tempo integral e a mudança curricular no ensino médio. “Dispor por medida provisória
sobre tema tão complexo, que claramente não reclama urgência, é temerário e pouco democrático, por impor prazo
extremamente exíguo para debate que já está ocorrendo nos meios educacionais e, sobretudo, no Congresso
Nacional”, afirma o PSOL.

Quanto aos vícios de natureza material, o partido alega ofensa ao princípio da isonomia, ao direito fundamental à
educação, ao objetivo constitucional de redução da desigualdade, além de desrespeitar o direito de acesso ao ensino
noturno. Sustenta ainda contrariedade à garantia ao padrão de qualidade do ensino público, conforme o artigo 206,
inciso VII, da Constituição Federal, bem como violação ao pacto federativo, pois a norma teria desconsiderado
especificidades regionais, em especial ao impor o ensino de inglês como obrigatório e tornando facultativo o ensino
dos demais idiomas, sem levar em consideração a situação das regiões de fronteira.

A legenda destaca também que uma medida provisória produz efeitos por 60 dias, sendo prorrogável por mais 60, e
após esse período é transformada em lei ou perde seus efeitos. Logo, entende que a edição da MP 746/2016 viola o
princípio da segurança jurídica, pois a reforma de todo o ensino médio não poderia ser feita por medida provisória,
“haja vista que esta pode ter seus efeitos cessados em um período inferior a um ano letivo”. Assim, pede a concessão
de liminar para suspender a eficácia da norma e, no mérito, requer sua declaração de inconstitucionalidade.

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